Relatório de Responsabilidade Social - Hospital Samaritano

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Relat贸rio de Responsabilidade Social 2012 - 2013




Expediente Diretoria do Hospital Samaritano

Projeto gráfico

Gestão 2013/2015

Adriano Balbastro Ortiz

Diretor-Presidente

Fotografia

George R. Osborn

Andre Conti Monalisa Lins

Diretor 1 º Vice-Presidente e Diretor Financeiro

Adriano Balbastro Ortiz

William Edward Bennett

Rafael Ernandi

Diretor 2º Vice-Presidente

Estagiária de Comunicação

Gert Wunderlich

Carolina Fittipaldi Ramos de Oliveira

Diretor de Patrimônio

Redação

Marco Antonio Mattar

Grappa Editora e Comunicação Rafael Ernandi – Analista de Comunicação – Hospital

Diretora Financeira

Samaritano

Lorraine Mattos Hospital Samaritano de São Paulo Diretores

Rua Conselheiro Brotero, 1.486

Geoffrey David Cleaver, Ricardo Barbosa Leonardos, Luiz

01232-010 / Higienópolis / São Paulo – SP / Brasil

Arnaldo Szutan, Sérgio Teixeira Aguida, Marina Medley de Sá,

www.samaritano.org.br

Maria Stella Gregori, Renata Filippi Lindquist e Gustavo Mattedi

marketing@samaritano.org.br Tel. 3821.5300

Diretor Clínico

Fax. 3824.0070

Marcus Vinícius Campos Bittencourt Siga-nos: Vice-Diretor Clínico Ricardo Rabello Chiattone

@samaritanohosp

Conselho Consultivo 2013/2015

hospitalsamaritano

Farrer Jonathan Paul Lascelles Pallin, Hiran Castelo Branco, Jairo Eduardo Loureiro, Peter James Boyes Ford, Derrick Marcus, Timothy Altaffer, Ivan Ferrareto e José Antonio de Lima Superintendente Corporativo Luiz De Luca Superintendente de Responsabilidade Social Luiz Maria Ramos Filho Superintendente Comercial, Marketing e Novos Negócios Paulo Ricardo Campos Ishibashi Superintendente de Recursos Humanos Carmen Maria Natali Nigro Doro Superintendente Médico Dario Fortes Ferreira Superintendente de Controladoria e Finanças Sergio Tranquez Gerente de Marketing Fernanda Crema Henrique

Samaritano Hospital


Um olho no passado e outro no futuro Tão importante quanto as conquistas são os caminhos que nos permitem alcançá-las. Por isso, ao comemorar 120 anos com um nível de excelência sem precedentes na história da instituição, o Hospital Samaritano reconhece a necessidade de relembrar sua trajetória, a fim de compreender as bases do desempenho recente. O ano de 2011 assinalou o início de um novo ciclo. A partir do intenso esforço daqueles que fazem a instituição – administradores, médicos, enfermeiros e outros funcionários, parceiros, governos e a sociedade, o Samaritano expandiu em 50% sua capacidade de atendimento. O complexo hospitalar então inaugurado erigiu-se como um monumento aos valores essenciais da instituição: atendimento humanitário, aperfeiçoamento constante, consciência do papel junto à sociedade e ao ambiente e emprego da tecnologia em prol da vida. A sólida infraestrutura assinalou também o acerto do caminho escolhido pelo Samaritano para desenvolver-se: a aliança entre lógica empresarial e humanização no atendimento, compondo um círculo em que a excelência no serviço gera recursos que, por sua vez, alimentam a elevação constante da qualidade desse serviço. O ciclo virtuoso, baseado na reafirmação perene dos propósitos iniciais da instituição, é o que garante a longevidade. Nos primórdios, a humanização do atendimento médico norteou o projeto para a construção de um hospital que viria a ser o Samaritano, e esteve nas bases de uma iniciativa pioneira no pais: a criação do conceito de enfermagem profissional e de um programa interno de formação, numa altura em que os avanços da medicina tornavam fundamental o apoio de enfermeiras, e seus cuidados se revelavam vitais para o processo de cura. Conhecer os obstáculos que cruzaram a trajetória do Samaritano é surpreender-se com sua capacidade de superá-los. Além de acompanhar a constante evolução da Medicina e a tecnologia

pertinente para ficar na vangarda entre seus pares, teve que absorver os avanços e retrocessos da história brasileira, e autofinanciar periodicamente a sua crescente capacidade física. Mais relevante ainda tendo nascido quando era incipiente o sistema público, o hospital precisou repensar sua atuação diante da universalização do atendimento à saúde no país. Hoje o Samaritano é referência no setor privado e também no público – pois, desde 2008, é uma das poucas instituições elevadas à categoria de Hospital de Excelência, o que implica intensa colaboração para o SUS. Nesta nova fase o Samaritano mais uma vez demonstra a profunda afinidade com o tempo presente. Ao dobrar a capacidade de atendimento em modernas instalações, prepara-se para o cenário sugerido pelas tendências demográficas brasileiras: a existência de um maior número absoluto de doentes, dado o crescimento da população idosa, e, ao mesmo tempo, um menor número relativo de debilitados, graças aos avanços da medicina. Some-se a isso o crescente acesso à saúde, sobretudo por meio de planos privados. Olhando para trás, talvez se acredite ser simples a meta estabelecida em 2011, a de manter-se entre os três melhores hospitais paulistas, reconhecido pela excelência assistencial. O Hospital Samaritano não ignora os desafios futuros, mas aposta na musculatura desenvolvida diante dos obstáculos do passado – que lhe permite sustentar sua própria excelência, com independência e solidez, devolvendo à sociedade a beneficência a partir da qual se fundou. Os pilares para o cumprimento do objetivo, já os conhecemos. Seguir desenvolvendo o hospital como modelo no atendimento humanitário, como difusor de conhecimento científico e como exemplo de práticas de desenvolvimento sustentável. Que a paixão e a dedicação sigam, portanto, conduzindo a nossa história. Sr. Jon Pallin Presidente do Conselho Consultivo


A memória de um sonho e a consciência do futuro Ao completar 120 anos de funcionamento, o Hospital Samaritano celebra com orgulho sua trajetória e, mais do que isso, comemora a permanência dos princípios que nortearam seu desenvolvimento: a humanização do atendimento em saúde e a atuação solidária. Nascido do sonho de um homem e ampliado para um projeto da comunidade, o hospital é um exemplo de que o amadurecimento implica não apenas no avanço do saber e da prática médica, mas na consciência aguda do papel junto à comunidade. Tendo acompanhado as transformações da cidade de São Paulo e os esforços para o desenvolvimento do país, a instituição escreveu sua história como a história de uma coletividade. O elo fundamental entre o Samaritano, o entorno e a comunidade é a base de uma tradição que se reflete no dia a dia do hospital, além de impulsioná-lo para o futuro, num caminho trilhado sempre junto aos Paulistanos. Fundado em um momento de forte crença no progresso, o hospital cresceu com o desenvolvimento técnico da sociedade – terreno favorável à consolidação do princípio humanitário, que sempre norteou sua expansão. Quando o Brasil enfrentou dificuldades na década de 80, a instituição efetuou uma pausa estratégica para repensar seu caminho e preparar-se para o futuro. Saindo fortalecido das dificuldades e acompanhando a chegada do país à maturidade, o Samaritano agora demonstra sua solidez, com uma equipe que oferece, em instalações de primeira qualidade, serviço profissional, acolhedor e sustentável.


Índice

Índice

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120 anos de tradição e modernidade

Um novo Samaritano

Alto desempenho em medicina especializada

Samaritano em números


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Hospital Samaritano 120 anos

Alto desempenho em medicina especializada

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120 anos de tradição e modernidade

0 anos de tradição e modernidade

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Hospital Samaritano 120 anos

Alto desempenho em medicina especializada

Entre a esperança e a solidariedade Sonho de um homem só Quando José Pereira Achao, imigrante da colônia portuguesa de Macau, na China, chegou a São Paulo, em meados do século XIX, um dos maiores problemas da cidade em crescimento era a assistência à saúde. Por isso, viu-se numa delicada situação diante do mal-estar que o acompanhava ao desembarcar. Apesar da intensa expansão devida ao comércio cafeeiro e ao fluxo imigratório – em 1872, havia 30 mil habitantes em São Paulo; em 1900, 240 mil –, a cidade não contava com um efetivo atendimento público. Famílias ricas eram tratadas em casa, por seu médico particular. Os hospitais filantrópicos ligados a comunidades de imigrantes eram ainda incipientes. Assim, quem não pudesse pagar pelo tratamento contava apenas com as Santas Casas de Misericórdia, naquela época mais direcionadas à assistência religiosa do que à cura dos pacientes.

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Achao era protestante e membro da Igreja Presbiteriana, e a Santa Casa, católica, religião oficial do Império (terminado apenas em 1889). O imigrante sentiu o peso da discriminação religiosa, acreditando-se humilhado num momento de grande fragilidade física e emocional. Passou, então, a alimentar o sonho de um Hospital Evangélico aonde pudesse tratar os pobres seus membros [que não distinguisse seus pacientes – fosse por credo, etnia, sexo ou condição social]. Falecendo, em 13 de agosto de 1884, legou todos os seus bens para a Igreja Presbiteriana que deveriam ser destinados à construção desse sonhado hospital.

Um projeto coletivo O valor destinado por José Pereira Achao à instituição era francamente insuficiente para a concretização de seu sonho, e, de toda forma, acabou incorporado pelo erário, já que o Império não permitia a doação. Mas em dezembro de 1890 a congregação da Igreja Presbiteriana Independente, que incluiu brasileiros, norteamericanos, britânicos e alemães, sensibilizado pela história de Achao, tornou-se herdeira de sua aspiração, fundando a Sociedade para a Manutenção de um Hospital Evangélico. A sua diretoria incluía obrigatoriamente cinco membros da congregação presbiteriano – foram Dr. Horace

Lane (missionário e medico americano, diretor da Escola Americana e futuramente do Instituto Presbiteriano Mackenzie), Dona Maria Paes de Barros (esposa do senador António de Paes de Barros, filho do Barão de Piracicaba – provedor do Santa Casa em São Paulo), Miss Elmira Kuhl (missionaria e educadora americana), Manoel José Rodrigues da Costa (tesoureiro da Igreja Presbiteriana) e o reverendo Eduardo Carlos Pereira (fundador da Igreja Presbiteriana Independente) como presidente. Empenharam-se em campanhas de arrecadação mas ficou evidente que o caráter e estrutura puramente religiosa eram barreiras ao cumprimento do objetivo. Como consequência, em abril 1892 o projeto foi alterado abaixo da bandeira da parábola do Bom Samaritano com a mudança da nome da instituição para a Sociedade do Hospital Samaritano e os estatutos reformulados. Mesmo assim o seu texto não deixou de fora o desejo inspirador. Dizia o artigo segundo: “Serão recebidos o tratamento dos Sócios, e, se os permitirem outros doentes reconhecidamente pobres, sem distinção de crenças ou nacionalidades”. A isenção religiosa era o ponto de partida – embora os fundadores, presbiterianos, tenham dado ao projeto as marcas do protestantismo, como a firme ética do trabalho e o aperfeiçoamento moral, que levavam a uma concepção de comunidade baseada no suprimento de necessidades comuns, e não meramente nas relações afetivas. A nova e experiente diretoria votada pelos Sócios, e sem restrições, incluía Dr. Fernando de Albuquerque (e ex-mordomo da Santa Casa), William Speers (Superintendente do São Paulo Railway), senador Antonio Paes de Barros, e William Krug (“building contractor”, americano), e como presidente, Dr. William Loudon Strain (medico e cirurgião escocês e ex-Medico do St. John Del Rey Mining Company em Minas Gerais). O reverendo Eduardo Carlos Pereira continuou a presidir as assembleias durante muitos anos. Ainda antes da formalização das mudanças, iniciava-se, num terreno cedido inicialmente gratuitamente pela Intendência Municipal e ainda em uso hoje, a construção do Hospital Samaritano – entidade pertencente aos Sócios contribuintes e dirigida por voluntários escolhidos entre eles. Estava lançada a base de uma identidade múltipla, ecumênica e filantrópica.


120 anos de tradição e modernidade

Primeiros passos Em 25 de janeiro de 1894, inaugurava-se o primeiro prédio do Hospital Samaritano, nas encostas do Vale do Pacaembu, em uma região alta e arborizada, segundo recomendavam as determinações higiênicas então vigentes, preocupadas em evitar a propagação de doenças. Projetadas pelo renomado arquiteto George Krug (filho de William Krug e responsável por inúmeros edifícios em São Paulo), as instalações incluíam uma sala de administração, uma enfermaria geral com 16 leitos para homens, duas enfermarias pequenas, quartos para pensionistas (aqueles que pagavam pelo tratamento) e outras áreas necessárias ao funcionamento do hospital. Os recursos eram limitados. Tratava-se, afinal, de um edifício modesto, mas erigido pelo intenso esforço de solidários benfeitores sendo os principais sócios contribuintes o São Paulo Railway, os bancos e “trading houses” ingleses e alemães. As contribuições anuais dos sócios, e nos primeiros anos do Estado e Municipal de São Paulo, serviam para cobrir a manutenção do hospital, ficando para as futuras expansões - inicialmente a criação de uma enfermaria para mulheres e uma sala para cirurgias – por conta de arrecadações especificas. As campanhas de arrecadação, tanto com a sociedade paulistana em si, quanto com as comunidades inglesa e alemã se diversificaram, assumindo muitas formas: jogos de futebol, festas, jantares, bailes, chás, piqueniques, regatas, torneios de críquete, espetáculos de teatro e música… Um importante passo foi dado quando um comitê de mulheres estabeleceu um sistema para arrecadar doações regulares de empresas comerciais e industriais, bancos e pessoas. Garantia-se assim que o hospital tivesse recursos mesmo diante de grandes crises, como a provocada pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918). O crescimento físico e institucional – constante, embora modesto – marcou os primeiros anos da instituição. De 1896 a 1913, a expansão incluiu um centro cirúrgico, uma enfermaria feminina, um pavilhão para moradia das enfermeiras, a instalação de uma farmácia, a reforma total das enfermarias e a construção de uma nova, para homens. No pós-guerra, o crescimento acelerou, com novos andares e alas, ampliando a capacidade de leitos de 44 para 90, permitindo atender homens, mulheres e crianças, inclusive em situações de emergência. Nesta fase inicial foram atendidos pacientes de 19 nacionalidades diferentes, em sua maioria de italianos e portugueses, dos quais cerca de 30% tinham baixo poder aquisitivo.

O Hospital Samaritano nasceu de um sonho de oferecer atendimento médico de qualidade a todas as crenças, raças e nacionalidades

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Hospital Samaritano 120 anos

Alto desempenho em medicina especializada

Os bons samaritanos O atendimento era geral: acidentados, fraturados, queimados, maláricos, amputados; operados de hérnia, apêndice, vesícula; mulheres com complicações no parto; crianças e adultos com poliomielite. Só não havia ainda estrutura adequada para receber pacientes com doenças contagiosas ou alienados, sendo estes expressamente proibidos pelos estatutos da Sociedade.

prática – uma das razões pelas quais teve papel de liderança na tarefa de consolidar a instituição. O filho de William Speers, Dr. William Gordon Speers, formado na Inglaterra, também dividiase entre o hospital, e como sócio de Dr. Job Lane, no consultório particular até seu falecimento em 1940, além de ter os cargos de “Medical Officer” do São Paulo Railway, São Paulo Gas e o British Bank.

No inicio, a atuação dos médicos também era geral. Todos bons samaritanos, que de forma voluntária ofereciam seus conhecimentos e sua reputação ao atendimento dos pacientes. Da fundação a 1907, Dr. William Loudon Strain atuou como presidente da Diretoria e diretor médico com uma contribuição determinante na formação, construção e operação do Samaritano. Quando ele decidiu voltar a Londres, foi substituído na presidência por Dr. Fernando de Albuquerque e na direção médica por Dr. Lauriston Job Lane. Filho de Horace Lane, que havia participado do grupo fundador da Sociedade, Dr. Lauriston Job Lane ocupou o cargo por mais de trinta anos. Formado nos Estados Unidos, dividia-se entre o hospital e seu consultório particular, onde também atendia gratuitamente. Generoso e dedicado, foi um exemplo de visão humanitária revelada na

Enfermaria infantil


120 anos de tradição e modernidade

As “nurses” do Samaritano Muito antes de o termo entrar em voga, o tratamento humanizado já era a marca do Hospital Samaritano: as enfermeiras, morando, estudando e trabalhando no mesmo local, sustentavam a atenção integral aos pacientes, além de estabelecerem relações individualizadas com os internados e suas famílias. A instituição foi pioneira na profissionalização das enfermeiras. Além de ter oferecido o primeiro programa técnico da área em São Paulo, adiantouse em implantar um modelo rigoroso de atuação – o nightingaliano. Concebido por Florence Nightingale (Florença, 12 de maio de 1820 — Londres, 13 de agosto de 1910) a partir de sua atuação na Guerra da Crimeia (1853-1856) e de seus estudos sobre o sistema hospitalar inglês, impunha rígida disciplina e exigia das candidatas altas qualidades morais. Foi justamente na Inglaterra que o Samaritano buscou suas primeiras profissionais. Desde a inauguração, ali atuavam uma enfermeira e uma auxiliar imediata. Em 1896, chegou a matron, chefe do serviço de enfermagem e inicialmente para a administração do Hospital reportando à diretoria.

Grupo de formandas da escola de enfermagem do hospital

Em 1899, atuavam no hospital seis diplomadas, provenientes também da Alemanha e da Escócia. A língua adotada no serviço era o inglês, daí os cargos serem designados como matron, nurse e sister (profissionais mais experientes em cargo de chefia). Jovens brasileiras ingressaram a partir de 1901, mas provinham de famílias imigrantes alemãs, inglesas e norte-americanas estabelecidas também no interior do estado. A demanda era crescente, e a carência dessas profissionais, intensa. Em 1949, concretizou-se o projeto, idealizado na fundação e então tornado urgente, de criação da Escola de Auxiliares de Enfermagem do Hospital Samaritano. Aos poucos, a Rua Conselheiro Brotero, testemunha das intensas transformações por que passavam a cidade de São Paulo e a sociedade brasileira, foi reunindo mais e mais jovens instruídas, vestidas em impecáveis uniformes brancos.

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Hospital Samaritano 120 anos

Alto desempenho em medicina especializada

Incertezas do presente, desafios da juventude

Exame de raios-x realizado no Hospital nos anos 1960

Afinado com seu tempo A passagem para a década de 1950, quando o mundo se reerguia da Segunda Guerra Mundial, trouxe mudanças intensas ao Brasil, com impactos inclusive para a área médica. Acentuava-se a concentração urbana da população, especialmente em São Paulo, para onde a expansão industrial atraía trabalhadores de diversas regiões. Como consequência, aumentava a demanda por tratamentos de saúde, o que, por sua vez, estimulou a multiplicação do número de hospitais públicos e privados na cidade. Já os avanços tecnológicos – contraditoriamente, um legado positivo da guerra – representavam uma nova realidade para a prática médica. A disponibilidade de medicamentos e equipamentos e a criação de técnicas cirúrgicas e terapias revolucionárias tornavam as instalações hospitalares cada vez mais necessárias à atuação dos profissionais.

Com a inauguração da Ala Lane, o Samaritano estava aparelhado para responder às novidades. Seus oito pavimentos e a maior oferta de quartos particulares permitiam a reestruturação do atendimento, ampliando e diversificando em termos de especialidades clínicas e cirúrgicas, e uma maior geração de recursos – tornados então necessários para o investimento em tecnologia. E, de fato, os investimentos foram crescentes. Além da aquisição de equipamentos que marcou os anos seguintes, a década de 1960 se encerrou com a criação da Unidade Respiratória, a Unidade de Tratamento Intensivo e, por fim, a Seção de Recuperação Intensiva. O hospital de caridade havia-se tornado uma moderna e estruturada instituição médico-hospitalar.


120 anos de tradição e modernidade

Cada vez mais profissionais O sólido crescimento do Samaritano determinou também mudanças nas relações constituídas pelo hospital e dentro dele. Capaz de gerar seus próprios recursos, não mais dependendo da solidariedade das doações, estava preparado para desenvolver ações filantrópicas mais maduras. Desde que o Estado assumira ação direta na saúde, ademais, já não se tratava de fazer caridade – e sim de compartilhar a medicina de alto nível praticada na instituição. Foi na longa parceria com a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) que se encontrou esse novo padrão de prática filantrópica. Até que a instituição tivesse seu próprio hospital, uma equipe de especialistas ligados tanto à AACD quanto ao Samaritano realizava voluntariamente diferentes tipos de cirurgia, inclusive na coluna vertebral, algo então inédito no país. Ao mesmo tempo em que ajudou a enfrentar uma das mais sérias ameaças à infância, a parceria permitiu ainda que a equipe do hospital desenvolvesse agudamente suas áreas de ortopedia e anestesiologia, tornando-se referência nessas especialidades. Também a gestão demandava novos perfis dirigentes, já não sendo possível aos médicos dividirem-se entre as duas atividades. O Conselho Deliberativo assumiu perfil heterogêneo, reunindo executivos e empresários de diferentes segmentos econômicos, além de médicos especializados em áreas relacionadas à administração.

Centro Cirúrgico da nova ala do hospital, no ínicio da década de 1950

Outro importante marco das mudanças foi a criação, em 1962, da AMHS (Associação Médica do Hospital Samaritano), que até hoje reúne e integra os médicos credenciados no Hospital Samaritano. Não tendo vínculos formais com a instituição, o corpo clínico garantia, assim, boas relações em diferentes níveis: com o hospital, os agentes públicos e os convênios e seguros de assistência médica. A AMHS tornou-se referência para entidades similares em São Paulo e no Brasil.

O legado de um líder Quando, em 1942, faleceu o Dr. Lauriston Job Lane, sua herança estava consolidada: desde a fundação, o Hospital Samaritano havia atendido mais de 50 mil pessoas, e a contínua expansão da estrutura permitia que a atuação se ampliasse cada vez mais. Novas alas construídas, enfermarias reformadas e maternidade melhorada. Inaugurou-se um novo setor para crianças, e aumentou a oferta de quartos particulares. Com as generosas doações, foram adquiridos dois terrenos vizinhos. A campanha “Um apelo à cidade de São Paulo”, lançada em 1943, pretendia angariar fundos para a construção de um pavilhão cujo nome faria homenagem à memória do diretor recentemente falecido – um devoto do “sacerdócio da medicina”, conforme o folheto de divulgação. Cidadãos e empresas paulistanas responderam com entusiasmo à proposta: em 1944, quando o Samaritano completava 50 anos, teve início a construção da Ala Lane. Inaugurada dez anos depois, era o símbolo de que o hospital preparava-se para a modernização, uma nova realidade para a sociedade e a medicina no Brasil.

Acima, em pé, Dr. Lauriston Job Lane

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Hospital Samaritano 120 anos

Alto desempenho em medicina especializada

Abertura para novas possibilidades Embora o Brasil tenha vivido, entre 1967 e 1973, o chamado “milagre econômico”, o contexto da época era pouco favorável para empresas e entidades do setor privado da saúde. Nessa altura, o Samaritano sentiu necessidade de elaborar um primeiro plano de reestruturação – em termos de equilíbrio financeiro, tratava-se de otimizar custos e aumentar receitas. O primeiro passo foi dado em 1965, quando se estabeleceram convênios para prestação de serviço médico-hospitalar em grandes empresas, como a Volkswagen e a General Motors. Em 1967, a eficiência desse tipo de parceria foi reconhecida pela legislação, que regulamentou a prática no país, abrindo caminho para que o Samaritano e o Hospital Oswaldo Cruz se unissem na criação da

Interclínicas, uma das primeiras operadoras de planos de saúde brasileiras. Diversas clínicas mantidas internamente foram aos poucos transferidas para grupos de médicos pertencentes ou não aos quadros do hospital. Em 1971, a Escola de Enfermagem Job Lane foi encerrada, devido aos altos custos para sua manutenção e à ampla oferta já existente de ensino superior na área de Enfermagem. Por fim, o Hospital Samaritano abriu-se para outras operadoras de medicina de grupo. Integrar esse crescente mercado era o caminho para ampliar a clientela da instituição, e, assim, assegurar o desenvolvimento que se veria a partir da década de 1980.

Uma década perdida? A fórmula usada por analistas para nomear o momento de grande turbulência econômica no Brasil e no mundo não conseguiu se aplicar ao Hospital Samaritano. O cenário de crise levou a instituição a se reorganizar e adotar um novo modelo de gestão – o que pôde fazer após um longo período de reflexão coletiva e a aprovação de um plano desenvolvido com um consultor em administração hospitalar. O processo foi estabelecido no primeiro Plano Diretor do hospital, lançado em abril de 1985, que inicialmente reafirmou a vocação filantrópica do Samaritano, ressaltando os princípios vigentes desde a fundação – ausência de vinculação com grupos étnicos, religiosos ou sociais. O projeto estabeleceu os termos em que se buscaria o desenvolvimento, considerando todos os níveis, desde o cuidado com as instalações até o investimento na qualificação do corpo clínico e operacional. Os frutos logo foram colhidos: o hospital manteve sua tecnologia atualizada, ficando na vanguarda em algumas especialidades, como cirurgias de alta complexidade, sobretudo cardíacas, e mantendo o papel de referência em outras áreas, como a anestesiologia. Um novo pronto-socorro foi inaugurado em 1987; em 1991, inaugurava-se o Pronto-Socorro Infantil, o primeiro em um hospital geral privado no Brasil.

Com a construção da Ala Norte, concluída em 1992, o Samaritano passou a ocupar 25 mil metros quadrados, quase dobrando sua capacidade operacional, agora de 197 leitos. Inauguravamse sete andares de internação e quatro subsolos – com 17 apartamentos por andar, estrutura de apoio independente, serviços computadorizados e um heliponto para remoções de emergência. O novo prédio permitia conjugar tecnologia, qualidade de atendimento e conforto, aplicando o conceito de hotelaria hospitalar, segundo o qual o gerenciamento deve ser como o de um bom hotel. Até a metade da década de 1990, o hospital passou a contar com relevantes investimentos: uma nova Central de Utilidades, a Unidade de Ginecologia e Obstetrícia, o Centro de Angiografia Digital e de sistemas de diagnósticos por imagem e a implantação do sistema Day Clinic, ou HospitalDia, para pacientes submetidos a procedimentos e cirurgias de baixa complexidade. Foram também adquiridos equipamentos para a Medicina Diagnóstica e uma ambulância com UTI móvel, além de recursos para aumentar o conforto do paciente, como cama com controle eletrônico. Com a área expandida, o Samaritano alcançava também um novo patamar em termos tecnológicos.


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A lamparina acesa que simboliza a Enfermagem, no magnĂ­fico conjunto de vitrais no antigo hall de entrada do Hospital

Fachada do Hospital nos anos 90


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Hospital Samaritano 120 anos

Alto desempenho em medicina especializada

Construção da ala norte

Gestão pela qualidade A necessidade de reorganização dos processos internos gerou, em 1998, a redação de um novo Plano Diretor. Baseado nas conclusões da consultoria especializada, estabeleceu novos modelos e indicadores de gestão, determinou a continuidade dos investimentos em expansão e alertou para a importância de se desenvolverem áreas médicas relacionadas ao futuro envelhecimento da população: cardiologia, neurologia, oncologia e reabilitação, entre outras.

O contexto colocava ainda algumas dificuldades, como a necessidade de se criar uma área específica para o relacionamento com as operadoras dos planos de saúde – diante da regulamentação de sua atividade, em 2000, haviam adotado procedimentos como exigir autorização prévia para que alguns procedimentos fossem pagos. Além disso, em 1998 o Samaritano deixara de ser considerado entidade filantrópica, já que as regras então criadas para o benefício da isenção fiscal tornavam insustentável a manutenção da qualidade do atendimento.


120 anos de tradição e modernidade

Como consequência do aumento das obrigações tributárias e das despesas administrativas, foi possível realizar apenas medidas de baixo impacto econômico, como modernizar a gestão, criando novas áreas e superintendências e captando profissionais de mercado capazes de manter o hospital competitivo e em expansão constante.

Enfermagem foi reestruturada. Com foco na capacitação profissional – que incluía cursos em convênio com a Faculdade de Enfermagem da USP e visitas a hospitais de referência no exterior –, foi possível recuperar a atuação sistematizada e de qualidade da Enfermagem, tradicional marca da instituição.

A ameaça da mecanização no atendimento ao paciente, surgida diante da crescente especialização do saber, foi definitivamente afastada em 1999, quando se implantou o GAR (Gerenciamento Assistencial por Resultados). A partir de pesquisas com enfermeiros, colaboradores, técnicos e médicos, e do monitoramento do trabalho, a

Os efeitos da implantação do GAR, ao permitirem a revalorização do mais importante traço do Samaritano, revelaram que o foco nas mudanças culturais constituía um acerto estratégico. Essa foi a base para o Samaritano se recolocar entre as mais importantes entidades hospitalares de São Paulo e do Brasil.

Uti Móvel da década de 90

Pausa estratégica Tendo crescido apesar das dificuldades colocadas pelo presente, o Samaritano se mantinha como centro de excelência no atendimento geral, tornando-se então consagrado também nas especialidades médicas. Assim como a Ala Lane simbolizara a frutífera década de 1950, a Ala Norte representava a promessa de alavancagem do hospital. Com a crise intensa que tomou a economia brasileira e os sucessivos fracassos dos planos governamentais de estabilização, porém, a promessa de alavancagem parecia frustrada. O aumento vertiginoso das taxas de inflação e juros impunha condições árduas aos brasileiros. A Ala Norte, recentemente inaugurada, sentiu os efeitos da crise, já que as novas instalações não foram ocupadas conforme o esperado. Diante desse quadro, foi preciso que a instituição tomasse medidas emergenciais, revisando fluxos internos e adequando preços e custos. Os contratos com empresas de medicina de grupo e os convênios com o sistema público de saúde se ampliaram, ao mesmo tempo em que as campanhas de comunicação e marketing foram intensificadas. Essa pausa estratégica no crescimento da instituição foi fundamental para que, após o Plano Real (1994), com a estabilização da economia brasileira, o Samaritano pudesse se preparar para um novo crescimento da demanda. De 1995 a 1997, a diretoria em conjunto com uma consultoria especializada analisou profundamente o hospital, preparando-o para um novo ciclo de mudanças.

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Hospital Samaritano 120 anos

Alto desempenho em medicina especializada

A afirmação da maturidade A fundação de uma cultura O Hospital Samaritano entrou no século XXI orientado por uma pequena revolução. O reencontro com sua mais antiga tradição permitiu um momento de guinada, e a Diretoria assumiu o objetivo de elevar a instituição a um altíssimo patamar de excelência. A consultoria realizada na década anterior motivou a redação do Projeto de Reestruturação do Hospital Samaritano, um atualizado plano diretor. Com olhos para o futuro, foram revisados os textos da “Missão” e da “Visão”, estabelecendo como meta a colocação entre os três melhores hospitais privados do país, além, é claro, da referência em especialidades médicas e tratamento humanizado.

O caminho escolhido foi a conquista da acreditação internacional conferida pela JCI (Joint Commission International), uma garantia de que os procedimentos adotados estariam de acordo com um rigoroso parâmetro de qualidade, refletido no ganho de qualidade assistencial aos pacientes. Para se alinhar ao padrão reconhecido internacionalmente como o mais importante para hospitais, o Samaritano promoveu mudanças consistentes em sua base cultural. Ficaria adiada a construção de um novo prédio – uma das metas do início do século –, para que a expansão pudesse se assentar sobre um alicerce de excelência.


120 anos de tradição e modernidade

As pedras fundamentais As primeiras medidas atingiram áreas diversas. Entre 2000 e 2005, Maternidade, UTI Neonatal, UTI Pediátrica, Semi-Intensiva Adulto, Banco de Sangue, Unidade Cardiológica e Serviço de Hemodiálise Infantil receberam equipamentos de última geração, mesas cirúrgicas e novas camas hospitalares. As enfermarias se tornaram apartamentos, e foram modernizados os quartos da Ala Lane. Os serviços de diagnósticos e análises clínicas foram reformulados a partir de parceria com o Fleury – Centro de Medicina Diagnóstica. O atendimento passou a ser feito dentro do próprio hospital, tanto para clientes externos como para pacientes internados, e o resultado dos exames, liberado online, tornou-se diretamente acessível aos médicos. A parceria com a Interclínicas foi encerrada, motivando a criação do Client Care, serviço destinado à comunicação com os clientes em

todas as etapas do atendimento, com vistas ao fornecimento de apoio e à garantia de satisfação. Também com os médicos a comunicação foi aprimorada, implantando-se um novo processo de ambientação profissional. A área de comunicação passou igualmente por intensas reformulações, tornando-se mais dinâmica externa e institucionalmente. A Tecnologia da Informação recebeu consideráveis investimentos, na esteira do esforço para integrar os novos processos de trabalho. Nenhuma dessas medidas, porém, seria proveitosa sem a participação ativa das pessoas que fazem o Hospital Samaritano. Por isso, a busca pela excelência colocou o foco também na capacitação e no estímulo profissional. Essas linhas gerais guiaram a instituição no estabelecimento de seus pilares – os fatores hoje responsáveis pelo incontestável padrão de excelência em todos os níveis de atuação do hospital.

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Equipamentos modernos auxiliam no diagnóstico precoce de doenças


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Hospital Samaritano 120 anos

Alto desempenho em medicina especializada

Abertura de canais A consolidação de uma nova cultura tinha como pressuposto fazer o hospital funcionar em rede, e não a partir de uma gestão segmentada em núcleos independentes. Nessa tarefa, foi decisivo o papel da área de Comunicação, cujas estratégias tornaram possível a difusão dos novos paradigmas dentro e fora da instituição. Estruturada desde 1999, a área passou por algumas reformulações até assumir a configuração atual. Nesse percurso, abriu-se para todos os canais de comunicação: com médicos, enfermeiros e todos os colaboradores; com a comunidade do entorno; com a imprensa; com a organização de eventos científicos, culturais, sociais e esportivos; com os clientes, a partir do contato direto; com o público em geral, por meio das redes sociais. Um importante marco dessa consolidação foi a campanha, promovida em 2009, “O jeito de ser Samaritano”, que selecionou colaboradores como ‘modelos’ de aplicação, no dia a dia de trabalho, da cultura do hospital. A atuação da área soma ainda exemplos como a produção da revista institucional Samaritano com você; o lançamento do Portal Médico e de um novo portal corporativo entre 2009 e 2010; a criação do programa Sempre Samaritano, para o corpo clínico e familiares; e o estabelecimento de variados canais com o público – o Serviço de Atendimento ao Cliente, o jornal trimestral Foco no cliente e o Conselho de Clientes. Um outro tipo de comunicação – a visual – foi igualmente contemplada no processo, com a criação de um novo logotipo para o Hospital Samaritano em 2006. Com seu azul tranquilo e terno, o símbolo, em forma de S, é uma referência ao cuidado humanizado presente desde as origens da instituição. Isto porque representa a chama de uma lamparina, tal como aquela que Florence Nightingale, a precursora da enfermagem moderna, sustentava ao percorrer a fila de leitos de seus pacientes. Dessa forma, o legado da “Dama da Lâmpada” transforma-se na própria marca do Samaritano.


120 anos de tradição e modernidade

Dar curso às mudanças Cuidar de gente que cuida de gente é fundamental. Sabendo disso, o Hospital Samaritano, ao planejar a reestruturação, colocou como prioridade o investimento contínuo em quem garante a excelência dos serviços prestados: os funcionários. Aproveitando a tradição humanística, que implica trabalhar com paixão, foram realizadas iniciativas para que todos participassem ativamente do novo plano. Primeiramente, a área de Recursos Humanos foi remodelada, visando reduzir a burocracia, estabelecer estratégias e manter o foco na qualidade. Em seguida, foram criadas superintendências – Corporativa, Comercial, de Recursos Humanos, de Planejamento. Em 2008, tiveram início reuniões do Comitê de Gestão de Pessoas, com profissionais de diferentes áreas do hospital concentrados em refletir sobre o assunto. Ao mesmo tempo em que promovia a gestão participativa, o Samaritano procurava estabelecer atenção integral também aos funcionários. Para

além dos benefícios atualmente fornecidos (assistência odontológica, vacinação, refeições, cartão alimentação, assistência médica e seguro de vida), implantou-se o programa Qualidade de Vida, visando promover hábitos saudáveis, e criou-se um amplo sistema de segurança para o profissional – em termos tanto literais, com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, quanto mais amplos, com a criação de um plano de carreira. Essas iniciativas são francamente reconhecidas pela sociedade, que já conferiu ao Samaritano alguns prêmios, como o outorgado pelo Encontro Sul-Americano de Recursos Humanos, em 2012, na categoria Gestão de Pessoas, ao Programa de Formação de Novos Talentos. Implantado desde 2009, o curso objetiva preparar futuros líderes por meio de módulos presenciais com temas, como Gestão de Pessoas, Processos, Custos, Gestão Hospitalar, Liderança, entre outros.

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Ampliação dos saberes O cuidado com os colaboradores passou a abranger outra relevante dimensão: o investimento em educação continuada, com foco no perene aperfeiçoamento das competências profissionais e organizacionais. Por isso, em 1999, o Samaritano incorporou o Centro de Estudos aberto pela AMHS; no ano seguinte, fundou o Comitê de Ética e Pesquisa; e, em 2001, criou a Assessoria de Desenvolvimento e Pesquisa Científica. Inicialmente realizadas pela Enfermagem, as atividades de pesquisa passaram a atrair diferentes áreas do conhecimento. Os esforços reuniramse, então, no Centro de Estudos do Hospital Samaritano – em 2009 tornado ICEP (Instituto de Conhecimento Ensino e Pesquisa). Atualmente é múltipla a atuação do ICEP, sendo quatro os seus núcleos de atividade: Pesquisa Científica, Educação Médica Continuada, Simulação Realística e Treinamento e Desenvolvimento. Promove ações, ainda, em parceria com as demais áreas do hospital, como, por exemplo, Recursos Humanos, Marketing e Responsabilidade Social.

As atividades destinam-se a médicos, profissionais da saúde e públicos não especializados, visando tanto as equipes que compõem o Hospital Samaritano como a comunidade externa. E incluem reuniões para a discussão interdisciplinar de casos médicos, cursos de atualização, aulas, conferências, teleconferências; incentivo a investigações de ponta e seu acompanhamento, com possíveis aplicações aos cuidados realizados pelo hospital; para o público externo, cursos de interesse geral, com atenção para a importância de práticas preventivas e medidas cotidianas que assegurem a qualidade de vida. Na história do ICEP destaca-se a obtenção, em 2012, do credenciamento junto à AHA – American Heart Association, tornando o instituto um de seus centros formadores, autorizado a aplicar o curso de BLS – Basic Life Support. Trata-se de um treinamento oferecido não apenas internamente, mas também ao público em geral, com o objetivo de preparar as pessoas para a realização de primeiros socorros, o que é essencial para o sucesso na cadeia de sobrevivência e diminuição da taxa de mortalidade relacionada às doenças cardiovasculares.

Evento realizado em parceria com o Ministro da Saúde


120 anos de tradição e modernidade

Da assistência à responsabilidade Ao completar 120 anos, o Hospital Samaritano era responsável por 24 projetos mantidos junto ao SUS, além de sustentar ações próprias, voltadas à comunidade, aos colaboradores e ao meio ambiente. Para tanto, a mudança de cultura, embora respeitando a tradição, foi fundamental. As novas exigências da sociedade, já amadurecida, não mais demandavam o assistencialismo, mas a responsabilidade social – definida como a promoção do bem-estar e da melhoria da qualidade de vida da população, a partir de uma gestão ética e transparente, em respeito à comunidade, à sociedade e ao meio ambiente. Nesse percurso, um importante passo foi dado em 1997, com a criação da Comissão da Filantropia, formada por diretores e médicos, que organizou as ações beneficentes, instituindo um plano estratégico. A atuação se dava de três modos principais: prestação de atendimento gratuito (no próprio hospital ou em instituições humanitárias externas), Acordos de Cooperação com entidades da área da saúde e doação de equipamentos e materiais às mais variadas entidades filantrópicas e de saúde. A entrada no milênio se fez com a criação de um dos mais importantes projetos sustentados pela instituição, o AMA, nascido como Ambulatório de Múltiplo Atendimento e aperfeiçoado para Atendimento MultiAssistencial. O projeto buscava, e ainda busca, assegurar o acesso à saúde por famílias que se encontram em risco social, a partir de ações preventivas e controle de doenças. Em 2006, a instituição reconquistou a condição formal de entidade filantrópica, o que auxiliou o fortalecimento de sua base de atuação. Para além de colaborar com o poder público e fornecer acesso médico à comunidade, hoje fomenta a atuação de diversos grupos voluntários, oferece cursos gratuitos à população e procura se inserir de modo consciente no meio ambiente. O Hospital Samaritano acredita ser preciso não apenas atuar de forma reativa diante de determinados conflitos sociais, mas trabalhar ativamente com ações e projetos de impacto social, incorporados como prática organizacional sistemática da instituição.

Crianças do Projeto AMA

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Hospitalidade e hospedagem O conforto, o bem-estar e a segurança são atributos indispensáveis a hospitais com excelência internacionalmente reconhecida. Desde o início dos anos 2000, portanto, o Hospital Samaritano procura atender ao moderno conceito de hotelaria hospitalar, satisfazendo as necessidades dos clientes durante a internação. Um anfitrião recebe o paciente e fornece orientações sobre os serviços disponíveis, como compra de flores, agendamento de táxi, locação de equipamentos. A partir do Disk Serviço, encontrou-se uma forma rápida e confortável de atender necessidades individuais, que vão desde a solicitação de notebooks ao pedido de apoio religioso.

Serviço de Gastronomia e Nutrição

O Serviço de Gastronomia e Nutrição encarrega-se da alimentação servida aos pacientes e aos acompanhantes, não apenas contemplando as necessidades específicas, mas também cuidando da aparência e do sabor das refeições. Uma importante manifestação do foco no cliente é o atendimento especial à comunidade judaica – muito presente nos arredores do Samaritano. Há um cardápio específico, preparado segundo as regras sobre a matéria-prima e o modo de preparo da alimentação kosher. O esquema de visitas obedece aos rituais judaicos, assim como grupos voluntários buscam assegurar as condições para que os pacientes não abdiquem de suas tradições durante a estadia no hospital.

Equipe de atendimento

Também a tecnologia colabora para a excelência do atendimento – servindo, é claro, como indispensável apoio, mas jamais se sobrepondo às premissas da atenção humanizada. Assim, a incorporação de recursos de ponta obedece ao princípio básico da instituição: para além de modernos equipamentos médicos, o Samaritano investiu na informatização, adotando sistemas de prontuário eletrônico e de controle de medicamentos, tornando o atendimento mais eficiente e seguro.

A conquista do futuro O aniversário de 120 anos do Hospital Samaritano assinala a plena conquista da maturidade. O desenvolvimento sustentado, contemplando as dimensões financeira, social e ambiental, firma-se como caso de sucesso e exemplo. Rompeu-se com o velho paradigma segundo o qual a administração hospitalar não deve ser entendida na lógica empresarial, permitindo-se que hoje o Samaritano sustente a rara condição de negócio tornado viável a partir de práticas que lhe fazem eficiente e longevo, sem jamais perder o foco na ética e na humanização. Cada etapa desta história colaborou para formar a personalidade da instituição, com traços fortes que se fazem sentir desde a atenção a cada cliente até o reconhecimento de que o Hospital Samaritano possui junto à sociedade. A cultura humanitária, o conhecimento de excelência, a estrutura sólida, a constante busca pelo aperfeiçoamento: assim se revela o preparo para o futuro. Tudo isso, enfim, sempre reafirmando a tradição – e valorizando a riqueza proporcionada pelo legado de um sonho.


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Êxitos e reconhecimento Desde que se propôs a alcançar um nível de excelência reconhecido internacionalmente, o Hospital Samaritano obteve mais de uma conquista. Os próprios esforços, aliás, resultaram em benefícios perenes, sintetizados pela gestão eficiente, o alto desempenho mercadológico e o ganho em tecnologia médica, capacitação e benefícios sociais. Tudo amparado em ferramentas estruturadas de comunicação e de tecnologia da informação. Por isso, a acreditação pela Joint Commission International em 2004 foi apenas o primeiro de muitos sinais de que o caminho a percorrer estava correto. O recebimento do mais importante atestado de qualidade hospitalar foi sentido como um estímulo para mudanças cada vez mais profundas, o que explica o processo vivido pela instituição na primeira década do século, sobretudo no que diz respeito à qualidade assistencial, à importância da informação e ao cuidado com a segurança. Tendo sido a segunda instituição hospitalar geral privada de São Paulo e a terceira do Brasil a ser acreditada pela JCI, o Samaritano recebeu novamente a certificação em 2007 e 2011. Em 2008, havia sido uma das oito instituições reconhecidas como Hospitais de Excelência a Serviço do SUS, resultando na ampliação de sua responsabilidade social e do fomento às atividades de pesquisa, em todas as categorias de profissionais que atuam no setor hospitalar.

Assim, o bem-sucedido processo de reestruturação, responsável pelo considerável aumento dos resultados financeiros, permitiu que o projeto de ampliação física voltasse à tona. Um novo complexo hospitalar foi inaugurado em 2011, erguendo-se como símbolo do amadurecimento alcançado pela instituição. Ampliando a estrutura do hospital de 32 para 60 mil metros quadrados e a capacidade de internação para 313 leitos, o novo edifício materializou os pilares do desenvolvimento do Samaritano. A humanização, a tecnologia a serviço da vida e do bem-estar, a geração e disseminação do conhecimento, a sintonia com a comunidade e o respeito ao meio ambiente estão presentes e arraigados em todos os detalhes do hospital – elevado padrão hoteleiro, equipamento tecnológico de alto nível, construção sustentável e de acordo com os princípios do green bulding. Com a inauguração da estrutura, um novo certificado de acreditação foi conferido pela JCI em 2012, mesmo ano em que o Samaritano conquistou a segunda posição brasileira e a quinta geral no ranking dos melhores hospitais e clínicas na América Latina promovido pela conceituada revista América Economía Intelligence. A busca pela acreditação internacional havia colocado o Samaritano em um patamar de excelência consensualmente reconhecido pela sociedade.

Program certified by Joint Commission International de padrões e qualidade das instituições de saúde do mundo.

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Um novo Samaritano

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Um novo Samaritano

Temos observado que o mercado passa por um momento menos tolerante a erros. Isso se traduz em um contexto que exige maior eficiência das instituições – aquelas que não estiverem balizadas por um bom planejamento e uma gestão competente poderão comprometer seus resultados e até mesmo sua sobrevivência. Por isso o Hospital Samaritano busca fortemente o exercício da eficiência junto ao corpo de gestão e ao corpo clínico, buscando em diversas frentes uma responsabilidade coletiva e o atendimento às demandas internas e externas, analisadas sob pontos de vista multifuncionais. Pelo fato de pertencermos a um ambiente privado que vem passando por forte consolidação, é preciso compatibilizar os serviços, a assistência médicohospitalar e a necessidade de geração de recursos físicos e econômico financeiros. Prestar o serviço de saúde está atrelado a encontrar uma forma de gerar um superávit que permita investimentos e longevidade. Como atingir resultados positivos em um ambiente de necessidades tão distintas, em que contracenam as operadoras de saúde, as empresas e os pacientes? A resposta está na integração constante e crescente dos processos assistenciais. Nosso modelo atual deverá seguir protocolos da medicina baseada em evidencia e governança clínica, a qual deverá demonstrar a efetividade da assistência na alta do paciente. Entre 2012-2013, reforçamos tal premissa através da consolidação dos nossos Núcleos de Especialidades, pois neles está justamente o princípio da integração da assistência. Assim, promovemos uma expansão contínua por meio de linhas de cuidados, que partem desses núcleos para os então Centros de Especialidades. Para exemplificar, tomemos o Núcleo de Ginecologia, Obstetrícia e Perinatologia. Se precisarmos atender a um caso específico dentro da especialidade, como um câncer de mama, devemos atuar na especificidade do núcleo. Assim, transitamos do núcleo para um centro ainda mais especializado. Em outras palavras, oferecemos uma assistência mais específica para gerar uma maior eficiência. Nesse período, estivemos dedicados também à especialização da emergência, que por origem

tende a ser generalista. Demos grandes passos na emergência neurológica, cardiológica, ortopédica e, mais recentemente, na emergência do trauma, cada qual com seu modelo de visão singular – focos de protocolos assistenciais. Outro ponto que merece destaque é o desenvolvimento de indicadores de acompanhamento da gestão. As metas, que devem de fato ser atingidas, estão mais claras e difundidas por toda a instituição. O processo de transição do Hospital Samaritano trouxe a migração de um sistema de indicadores genéricos para metas assistenciais e de produção médica. Não devemos temer mudanças. Uma vez que estamos nos posicionando em busca de novos desafios, faz-se necessário viver as transformações, que resultam de um processo de desconforto constante. As organizações amadurecem e se estruturam para o futuro na medida em que se sentem desafiadas. A administração desse crescimento passa pela motivação, pela capacidade de realização e pelo sabor da conquista. Por isso, acreditamos que o desafio para 2014 seja as grandes entregas, perceber que os Núcleos de Especialidades estão atendendo as demandas de forma efetiva, que os Centros de Especialidades obtiveram seu espaço no mercado, que os nossos resultados de processos assistenciais apresentamse de forma mais clara. Reforçaremos nosso comprometimento com a geração de conteúdo, com as linhas de pesquisa médica, de gestão, projetos de capacitação e com a Residência Médica. Acreditamos como essencial para o futuro da nossa Instituição ser reconhecido como, além de um hospital de especialidade, um difusor de conhecimento.

George R. Osborn Diretor-Presidente

Luiz De Luca Superintendente Corporativo

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Missão, visão e valores O ano de 2013 foi importante para revitalizar Missão, Visão e Valores do Hospital Samaritano, com o objetivo de alinhar o novo modelo de gestão que a instituição passou a seguir desde 2012 em seus novos caminhos e negócios. Após passar por tantas mudanças desde sua fundação, há 120 anos, e ter vivido a experiência de agregar a lógica empresarial ao atendimento humanitário, hoje o Samaritano se preocupa cada vez mais em pensar no futuro, concentrandose em ideais e valores que sempre pautaram a instituição: acolhimento e respeito, qualidade e segurança, comprometimento e efetividade, entusiasmo e espírito de equipe, valorização e desenvolvimento, inovação e empreendedorismo. Acompanhando esses valores, a missão do Samaritano está refletida na dedicação à segurança e na assistência à saúde, na eficiência operacional e no alto desempenho, no respeito à diversidade e no acolhimento diferenciado, atuando sempre com o compromisso da responsabilidade social. Ancorado em tais premissas, o Samaritano cumprirá a missão de ser eficiente “em medicina especializada, integrada com ações de responsabilidade social, gerando e disseminando conhecimento, investindo na gestão empresarial e no capital humano”. E, para fixar ainda mais esses conceitos junto a diferentes públicos, um grupo de lideranças

administrativas, assistenciais e médicas utilizou um método bem criativo: a peça de teatro “Os três trabalhos de Hércules – A Missão de chegar se faz na jornada! Uma Visão carregada de Valores”. A adaptação, escrita por Flávio Ferraz e Vania Cavazzana, com direção de Maurycio Madruga, foi encenada nos dias 15 e 16 de julho pelo grupo Arte & Vida Teatro Empresarial. A história conta a jornada de Hércules ao receber uma Missão para se tornar imortal: revitalizar a cidade de Samaritanus, obtendo o mapa da Missão, conquistando a bússola da Visão e resgatando o manto dos Valores. A peça foi vista por 1.200 pessoas em oito sessões – todas elas ganharam bandeirinhas com a nova Missão, Visão e Valores, um cartão para o crachá com as novas informações e as Metas Internacionais de Segurança do Paciente, além de bolinhas antiestresse e mouse-pads. Um dos personagens da peça, Filocletes, o treinador de Hércules, participou de outras ações para a disseminação da Missão, Visão e Valores. No hall do restaurante, o personagem convidou os funcionários a pegarem um cartãopostal com os valores do hospital e presentear um colega que representasse tal valor. Assim, o Hospital Samaritano conseguiu fazer com que seus funcionários realmente compreendessem e participassem ativamente da nova gestão da instituição.

Grupo de teatro que encenou a peça “Os três trabalhos de Hércules”


Um novo Samaritano

Recursos humanos A área de Recursos Humanos é essencial para o cumprimento da Missão do Hospital Samaritano. Por isso, em 2013, diversas ações foram realizadas dentro do Modelo de Gestão de Recursos Humanos – dando continuidade a ações de proximidade com as áreas e apoio às lideranças. A Liderança Gerencial desenhou, por meio de um workshop, o perfil ideal do Líder Samaritano. A ênfase foi no grupo de Gerentes, com diversos encontros para tratar de temas sobre Liderança Consciente, Comunicação, Relacionamento e Accountability. Os mesmos temas foram desdobrados para o grupo de Coordenadores e Líderes. No total, foram investidas 76 horas para cada gerente e 20 horas para cada coordenador.

Pesquisa de clima organizacional A Pesquisa de Clima Organizacional permite medir a satisfação dos funcionários e sua percepção sobre fatores de engajamento e ferramentas de suporte dos Recursos Humanos. A adesão em 2013 foi de 90%, um recorde que superou os 83% alcançados em 2010, mostrando a confiança dos funcionários nessa ferramenta. Uma das novidades da pesquisa em 2013 foi a percepção em torno do tema recém-introduzido: Segurança do Paciente. O resultado, altamente positivo, mostrou que 86% dos participantes têm uma visão favorável sobre o tema. Da mesma forma, os temas Imagem da organização, Qualidade e Foco no Cliente e Comprometimento continuam a ser recebidos favoravelmente. As lideranças receberão, durante o ano de 2014, o resultado estratificado por área. Assim, juntamente ao RH, poderão planejar ações para melhoria contínua do clima organizacional.

Samarina, personagem criada para a Campanha da Pesquisa de Clima Organizacional

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Alto desempenho em medicina especializada

Premiação para funcionários elogiados

Reconhecimento Identificar os funcionários que são elogiados pelos clientes externos e parabenizá-los é mais uma iniciativa da área de Recursos Humanos voltada à valorização e ao reconhecimento profissional. Esse reconhecimento faz parte da política da nova gestão do Hospital Samaritano e vem sendo realizado de forma sistemática com ótimos resultados. Aqueles que atendem ao perfil são convidados a participar de um café da manhã com o Superintendente Corporativo, Luiz De Luca.

ME CURTIRAM!

Durante o ano de 2013 foram 366 elogiados, 595 elogios, 14 funcionários com mais de quatro elogios e nove áreas entre as mais elogiadas. Os destaques do ano receberam, em evento, troféu, carta institucional de agradecimento, além de um sorteio para premiação especial.

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O chamado programa 3S (Servir, Sorrir e Superar) é voltado à sensibilização da melhoria do atendimento, com foco em todas as áreas pelas quais um cliente externo passa durante sua estadia no Hospital – seja para internação ou realização de exames. O projeto oferece treinamentos constantes de modo a estimular o ótimo atendimento aos clientes. Em 2013, foram treinadas as áreas de Recepção, Assistenciais, Apoio e Administrativas. No total, foram sensibilizados 686 funcionários e terceiros.


Um novo Samaritano

Um novo canal de comunicação A comunicação é um dos pilares do Hospital Samaritano. Fazer com que os funcionários sejam cada vez mais bem-atendidos e tenham suas dúvidas e solicitações resolvidas de forma rápida e eficaz é uma prioridade. Por isso, em novembro de 2013, a instituição inaugurou mais um canal para promover a comunicação entre funcionários e o departamento de Recursos Humanos: a Ouvidoria RH. O novo canal está disponível por e-mail e a área de RH trabalha para que todos recebam respostas ágeis. Assim, é possível garantir a satisfação dos funcionários e colaboradores e criar um ambiente positivo de trabalho, um grande diferencial na atração e retenção dos melhores profissionais.

Ouvidoria RH ouvidoriarh@samaritano.org.br

Este é o jeito Samaritano de cuidar de você!

Recursos Humanos

Plano de carreira e promoções Em 2013, um dos destaques do Samaritano foi o Programa de Promoção de Enfermeiros. Nele, todos os Técnicos de Enfermagem trabalhando há mais de um ano no hospital e com graduação em Enfermagem são convidados para participar de um processo seletivo específico para eles. As etapas do processo incluem prova técnica e entrevista com a área de Recursos Humanos e com as Lideranças Assistenciais. Em 2013, 14 profissionais foram aprovados, assumindo seus postos de trabalho em todas as áreas de serviços de enfermagem no hospital. No total, foram 126 promoções e 694 admissões. No primeiro semestre de 2013, 4,8% das vagas existentes foram preenchidas por recrutamento interno. No ano de 2012, o índice era de 2,9%, o que mostra que a política de valorização dos funcionários tem funcionado. Para reconhecer as competências de cada um, o Hospital também instituiu o Café dos Promovidos. O evento, com início em agosto de 2013, teve sete edições até o fim do ano, envolvendo 75 funcionários.

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Alto desempenho em medicina especializada

Oportunidade para jovens colaboradores Com o auxílio de uma empresa terceirizada especializada, o Hospital Samaritano investe no Programa Aprendiz. Os jovens selecionados têm um tutor – funcionário que recebe capacitação especial para essa função – e podem se desenvolver fazendo estágios em áreas como Engenharia e Serviço de Atendimento ao Cliente. Hoje há 39 aprendizes trabalhando regularmente na instituição. Assim, além de desenvolver e diversificar o quadro de pessoal, o Samaritano contribui com a educação do país e oferece oportunidades bem-estruturadas a jovens e menores.

Cine Pipoca Voltado para os funcionários das áreas de Governança e Recepções, Hospitalidade, Telefonia e Call Center, o Cine Pipoca procura, por meio da promoção de um momento de descontração, tratar de temas relacionados aos valores da instituição e de conceitos importantes para a rotina de trabalho dessas áreas. Em 2013 aconteceram 16 apresentações, envolvendo 311 funcionários.

Qualidade de vida e benefícios A qualidade de vida e o bem-estar dos funcionários é assunto sério para o Hospital Samaritano. Por isso, além de contar com todos os benefícios obrigatórios, os colaboradores também recebem assistência odontológica, vacinação, refeições, cartão-alimentação, assistência médica extensiva à esposa e aos filhos de até 24 anos e seguro de vida com auxílio-funeral extensivo ao cônjuge e aos filhos de 14 a 21 anos.

Visando a ampliação do conceito de qualidade de vida e atenção aos funcionários, em 2013 foi instituída a área de Serviço Social e Benefícios. Foram inaugurados espaços de conforto e convivência de funcionários, contando com computadores com acesso a redes sociais, videogame, jogos de mesa, televisão e um espaço para descanso e outro em área externa sob uma mangueira, ao lado da entrada de funcionários.


Um novo Samaritano

Além disso, o Hospital Samaritano inaugurou um espaço onde os funcionários podem relaxar com o atendimento de quatro massoterapeutas. Foram revistos alguns programas de qualidade de vida, que buscam agora um novo olhar para a promoção da saúde dos funcionários. O Livre sem Cigarro oferece subsídio da empresa para compra de medicamentos, em alguns casos, que ajudem a acabar de vez com o vício do tabagismo, conscientizando o público sobre a importância de se viver sem essa substância e os problemas de saúde que ela pode trazer. O Sou Saudável, por sua vez, concentra-se na alimentação como meio para promover bem-estar. Nele, os funcionários com algum problema de saúde relacionado a nutrição – especificamente diabetes, hipertensão, sobrepeso e obesidade – podem contar com atendimento especializado dentro da instituição. Após consultas e exames na área de Medicina do Trabalho, um médico encaminha sua análise clínica para um nutricionista que, em dez sessões, orienta o funcionário. Nos últimos três anos foram realizados 421 atendimentos, sendo que mais da metade

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conseguiu manter ou perder peso. Além desses benefícios, a educação e o lazer não ficam de fora. Por isso, o Samaritano mantém convênios com pousadas, lojas de calçados, cabeleireiros, corretora de seguros, floricultura, agência de viagem, livrarias, óticas e spas. Para garantir a comodidade em todos os aspectos da vida, os funcionários também podem fazer empréstimos consignados com taxas diferenciadas e têm desconto em instituições de ensino e escolas de idiomas. O Campeonato Interno de Futebol Society também é uma iniciativa que visa promover interação e lazer entre todos os que trabalham no Samaritano. Em 2013, ele contou com oito times (representando as áreas de Engenharia, CME, Pronto-Socorro, Hospitalidade, Farmácia, Central de Transporte, Tecnologia da Informação e Financeiro) e aconteceu entre 21 de setembro e 30 de novembro – a final contou com uma comemoração especial que incluiu churrasco e música ao vivo.

Campeonato Interno de futebol society


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Gestão da Qualidade e de Riscos

A coordenação de qualidade do Hospital Samaritano é responsável, entre outras coisas, por garantir a certificação do hospital pela Joint Commission International. Para assegurar a segurança do paciente e a minimização dos riscos, esta coordenação deve monitorar indicadores administrativos e assistenciais, colaborar na formatação de documentos sobre procedimentos técnicos adotados como padrão e sobre a avaliação técnica do corpo clínico. Além disso, envolve-se nas auditorias prediais, no mapeamento de processos e na gestão de riscos profissionais, institucionais, ambientais e financeiros. Essa busca por qualidade e segurança começou a ser reforçada no ano 2000, quando a instituição passou a adequar seus padrões aos da Joint Commission International – pela qual viria a ser reconhecida em 2004, tornando-se um hospital acreditado. Até hoje, já foram realizadas três reacreditações, em 2007, 2011 e 2013, além da avaliação de extensão com a inclusão do novo complexo hospitalar de mais de 41 mil metros quadrados em 2012. Isso significa que o Samaritano atende aos mais altos níveis de assistência e segurança dos pacientes e do corpo profissional. Hoje, o Comitê de Gestão de Risco, criado em 2012, se configura como uma coordenação específica. Foi nesse mesmo ano que diversas áreas receberam capacitação por meio de auditorias, elaboração de documentos e metas internacionais de segurança: Segurança Corporativa, Gerência Corporativa, Gerência de Engenharia, Gerência de Serviços de Enfermagem (GSE), Recursos Humanos e Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), Assessoria Legal, Superintendência Médica e Gerência de Marketing. Hoje, todos esses setores trabalham juntos para evitar e resolver possíveis crises. Esses processos contínuos e a acreditação pela JCI estimulam a identificação de necessidades e prioridades para melhorias, garantindo um atendimento uniforme de excelência, eficiente e que visa minimizar a ocorrências de falhas.


Um novo Samaritano

Foco assistencial A Assistência foi a área de maior foco e atenção na gestão do Hospital Samaritano no ano de 2013. A melhoria de processos incluiu mudança no modelo de atendimento do Pronto-Socorro Adulto, com a introdução da classificação de risco em cinco níveis e adequação e atribuição de funções à equipe médica. O resultado foi uma redução significativa no tempo de espera para atendimento médico: enquanto em junho de 2013 76% dos pacientes eram atendidos em até uma hora, em dezembro esse índice passou para 98%. Três doenças de alta morbidade e mortalidade receberam atenção especial em elaboração e gerenciamento de protocolos: a sepse, o acidente vascular cerebral e o infarto agudo do miocárdio. A melhora da confiabilidade dos processos clínicos e dos resultados de tratamento logo se mostrou. Na sepse, por exemplo, a conformidade no período de tratamento mais crítico, as primeiras duas horas, atingiu 86%. A segurança do paciente é uma das prioridades do Hospital, e foi abordada novamente em 2013, no treinamento Segurança do Paciente no Século XXI, realizado de 9 a 17 de setembro e obrigatório para todos os funcionários, médicos e terceirizados – no total, 1.921 pessoas compareceram. Realizado pela Superintendência Médica, esse seminário abordou os temas “A ciência sobre a segurança do paciente”, “Conceitos sobre a teoria do erro humano” e “Abordando eventos adversos”. As palestras foram realizadas pelo Superintendente Médico, Dr. Dario Fortes Ferreira, e pela Assessora Médica, Dra. Simone Raiher.

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Simulação de catástrofes Em 2013, o Simulado de Atendimento a múltiplas vítimas contou com voluntários para encenação, criando uma simulação mais realista. O objetivo foi preparar melhor as equipes para trabalhar no atendimento de situações de catástrofe. O simulado, cuja realização anual é um dos requisitos da Joint Commission International, seguiu o plano institucional do Samaritano para esse tipo de atendimento.


Um novo Samaritano

Capacitação ICEP – Parceria internacional Em 2013, o Instituto de Conhecimento, Ensino e Pesquisa (ICEP) do Hospital Samaritano manteve e criou novas parcerias institucionais – como a realizada com a Harvard Medical School para a capacitação de profissionais na área de pesquisa científica.

Iniciada com a palestra, em novembro, do professor e diretor do Departamento de Ensino Continuado, Pesquisa Clínica e Programa de Treinamento da Universidade de Medicina de Harvard, Felipe Fregni, com o tema “Novos tipos de estudos clínicos e o impacto sobre a medicina baseada em evidência”. A parceria continuou em 2014, com o curso Princípios e Práticas da Pesquisa Clínica – PPCR 2014, em forma de Ensino à Distância (EAD), com transmissões feitas a partir de Boston, onde fica a universidade, para o Hospital. No total, serão 24 aulas, divididas em quatro módulos. Outra importante iniciativa com cooperações internacionais foi o Seminário Internacional em Economia da Saúde, realizado nos dias 28 e 29 de agosto de 2013. A organização, em parceria com a Faculdade Getulio Vargas (FGV) e o Ministério da Saúde, trouxe especialistas da Universidade Nova de Lisboa, da Toulouse School of Economics e da University of Los Andes.

Tais iniciativas destacam a importância da pesquisa e da educação continuada para o cumprimento da missão do Samaritano, que volta seus olhos sempre ao futuro, tanto no que diz respeito a novas tecnologias quanto à qualidade da assistência. Além disso, em 2013, o Núcleo de Pesquisa do Hospital Samaritano (NuPeS) atuou em parceria com a Responsabilidade Social no acompanhamento dos projetos de pesquisa do PROADI-SUS, os quais englobam estudos socioeconômicos, estudos clínicos e de inovação tecnológica (veja seção Responsabilidade Social, dentro deste capítulo). Paralelamente, o NuPeS passou a ser responsável pela gestão de todas as pesquisas Institucionais, com prestação de assistência técnico-científica aos pesquisadores, monitoramento contínuo e atuação em consonância com o Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Samaritano. No ano de 2013, foram submetidos 31 projetos. Houve 143 reuniões clínicas em 24 grupos diferentes e mais de 2.800 participações de profissionais envolvidos na troca de experiências profissionais e na atualização científica. Houve no total 24 eventos realizados no Brasil e 1.900 participações de profissionais envolvidos nos eventos internos e externos, com seis eventos internacionais. Entre os destaques estiveram o I Simpósio Internacional de Ortodontia e Cirurgia Ortognática do Hospital Samaritano, o Seminário Internacional de Economia em Saúde, o Seminário Internacional Cuidados Continuados Integrados, o I Simpósio Internacional de Cirurgia Metabólica e o V Curso Internacional de Artroscopia de Quadril.

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Estrutura funcional Enfermagem qualificada A área de Enfermagem é uma das mais importantes em qualquer bom hospital, e no Samaritano ela é cada vez mais valorizada. Acompanhando o crescimento da instituição, a enfermagem atualmente conta com 940 profissionais, correspondendo a 45% do quadro institucional. Com o objetivo de capacitar esses profissionais e adequá-los aos padrões de qualidade estabelecidos pela instituição, há uma parceria com o ICEP, na qual é possível realizar desde treinamentos focados na necessidade de cada setor até capacitar a equipe em cursos específicos e de reconhecimento internacional tais como ACLS, PALS, ATLS e ATCN. O ano de 2013 viu uma importante reestruturação na área: foram criadas coordenações de enfermagem que representam as áreas de Centro Cirúrgico, Terapias Intensivas e Semi-Intensivas, ProntoSocorro e Unidades de Internação. A proximidade das Coordenações com a Superintendência Médica e Corporativa otimiza informações e processos de mudança, com foco no aumento da resolutividade. A assistência de enfermagem tem sido revisitada a fim de garantir não apenas a segurança do paciente, mas também a qualidade assistencial e os resultados administrativos – para apoiar esse processo foram criadas as áreas de Gerenciamento de Riscos, de Práticas Assistenciais e Assessoria da Enfermagem.

Melhorias no Pronto-Socorro Adulto Em 2013, o Pronto-Socorro Adulto passou a contar com uma nova dinâmica de trabalho que garante mais agilidade e qualidade no atendimento a emergências. Há plantão de cardiologia e neurologia 24 horas por dia, além de protocolos institucionais para infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular cerebral (AVC) e sepse. O treinamento ACLS (Suporte Avançado de Vida em Cardiologia, ou Advanced Cardiac Life Support) foi atualizado com toda a equipe de médicos. Em 2014, a equipe de trauma entrou em cena, com a atualização do ATLS (Suporte Avançado de Vida no Trauma, ou Advanced Trauma Life Support). O corpo presencial foi aumentado. Hoje, há um médico responsável pelo serviço de remoção e atendimento domiciliar, um médico cirurgião e dois médicos urgencistas 24 horas por dia, além de um médico responsável pela assistência aos pacientes no repouso durante o dia e mais dois médicos nos horários de pico. Um supervisor gerencia presencialmente o atendimento do período diurno, fazendo atendimentos e coordenando o plantão.

Ambulatório de Fisioterapia Os pacientes de diversas áreas contam, no Samaritano, com acompanhamento especializado e individualizado em Fisioterapia para sua recuperação e para a manutenção da capacidade funcional e da qualidade de vida. Entre os serviços estão neurologia infantil e adulto, pré e pós-parto, RPG, pilates, reabilitação cardiopulmonar, ortopedia, reumatologia, pneumologia infantil e adulto, oncologia, drenagem linfática terapêutica e reabilitação dos músculos do assoalho pélvico.


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Crianças e adolescentes com atendimento verticalizado O Pronto Socorro Infantil compõe a Especialidade de Pediatria e sua coordenação e seus colaboradores participam de reuniões mensais e de educação continuada. Uma vez por ano há jornadas de pediatria, que alinham o trabalho dos profissionais envolvidos, e a cada dois anos é realizada a manutenção e a atualização de protocolos clínicos. Com cerca de 4.500 atendimentos realizados por mês e funcionando 24 horas por dia, o PS Infantil conta com quatro médicos de plantão, sendo todos pediatras com pelo menos quatro anos de formação. Há quatro consultórios, uma sala de emergência para casos graves, uma de procedimentos – para suturas, acessos venosos, passagem de sondas e coleta – e uma de triagem da enfermagem – que utiliza um sistema canadense baseado na classificação da gravidade do paciente por meio de cores (e não na hora de chegada): verde relacionase a casos estáveis, amarelo a outros instáveis e vermelho àqueles de urgência e emergência. São seis leitos de retaguarda, onde as crianças de casos instáveis aguardam por internação ou transferência para outro hospital, caso não haja vagas. Esses pacientes são reavaliados a cada duas horas ou menos, conforme a necessidade. O PS Infantil recebe pacientes com até 17 anos e 11 meses de idade, sendo que os de 16 a 18 podem escolher se preferem ser atendidos ali ou no PS Adulto. Em 2012 foram quase 5 mil adolescentes

atendidos, mais que o dobro do número do ano anterior (2011 – 2 mil). Todos os médicos do PS Infantil são acreditados no atendimento de ressuscitação PALS (Suporte de Vida de Atendimento Pediátrico). A cada dois anos, repete-se a prova que fornece a acreditação, para revalidação. A enfermagem é integralmente especializada em pediatria, um diferencial em relação aos outros hospitais. O trabalho é em equipe para que a assistência ao paciente pediátrico se mantenha com qualidade e segurança. Outra vantagem do PS Infantil é o fato de ele ser verticalizado: o grupo que atua ali é o mesmo que cuida da pediatria de todo o hospital, sejam as crianças internadas, a UTI pediátrica ou a Neonatal. Os protocolos são formalizados e cumpridos de modo a padronizar a conduta dos profissionais. Em 2013, a coordenação do PS Infantil do Samaritano representou o Brasil na Jornada Internacional de Urgências Pediátricas, a se realizar em Granada, na Espanha. O convite foi feito por conta do reconhecimento internacional acerca da qualidade do serviço prestado na área. O evento é organizado pela Sociedade Pediátrica Espanhola.


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Medicina Diagnóstica A área de Medicina Diagnóstica e Terapêutica do Hospital Samaritano é altamente modernizada e conta, cada dia mais, com tecnologia de ponta para realizar novos exames importantes para todos os pacientes – dos mais simples aos de mais alta complexidade. Em 2013, o destaque nessa área foi considerável, com expansões e reformas importantes, além da inclusão de novos exames. Exemplo disso foi a finalização das obras da Endoscopia, do laboratório de hemoderivados, da sala de espera, e do laboratório Fleury localizado no Samaritano. Assim, foram realizados mais de 1,8 milhão de exames: 619.700 internos (34%), 960.577 (53%) externos, 237.320 em pronto-socorro (13%) – uma média de 151.466 a cada mês. O ano também foi profícuo no que diz respeito a novos exames. Foram 14 novidades no rol atendido pelo Samaritano, todas de alta complexidade: Phmetria e manometria, elastografia por ultrassonografia, ultrassom transvaginal com preparo intestinal, ressonância de próstata multiparamétrica, enterotomografia, enterorressonância, tractografia por ressonância, tap test, crioablação, cordocentese, biópsia de vilo corial, amniocentese e exames genéticos.

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Clientes

Hotelaria e Hospitalidade O Hospital Samaritano trabalha para que a estada de cada paciente (considerando sempre os protocolos médicos e assistenciais específicos) seja a mais tranquila e confortável possível – sem deixar de pensar, é claro, em seus acompanhantes e visitantes. Para isso, trabalham juntas as áreas de Hotelaria, Apoio, Hospitalidade e os serviços de governança, gastronomia e nutrição e segurança. Um dos modos em que isso se traduz são os serviços de floricultura e revistaria, que ajudam o dia a dia dos clientes a ser mais agradável. Desde o momento em que chega à instituição, o paciente recebe acompanhamento especial de anfitriões e mensageiros, que ficam à disposição para providenciar tudo o que possa trazer conforto e bem-estar. Quem tem dificuldade idiomática é acompanhado por um intérprete (inglês, espanhol, francês, alemão, japonês ou mandarim) durante todo o tempo de permanência, e quem tem alguma dificuldade visual, auditiva ou motora também conta com profissionais especializados para facilitar sua comunicação e movimentação.

Já os concierges são os profissionais responsáveis pelo contato mais personalizado com os pacientes. São eles, por exemplo, que atendem aos pedidos por serviços como manicure, cabeleireiro, barbeiro e massagens, além de fazerem visitas periódicas aos pacientes para identificar oportunidades de melhoria. Quem está internado no Samaritano não precisa abdicar de comemorar datas importantes. Por isso, os aniversariantes recebem bolo, bexigas e uma foto, e as crianças têm festa de Dia das Crianças na ala da Pediatria. Os pequenos pacientes podem ainda trazer seus próprios brinquedos para o quarto, criando um ambiente mais acolhedor, e contam com brinquedoteca e brinquedoteca móvel, sempre com voluntários dispostos a criar momentos de diversão e descontração para a família toda. Oferecer diferenciais de alto padrão em conforto e atendimento é uma das prioridades do Hospital Samaritano, que acredita que os clientes vêm em primeiro lugar.


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Espaço de alimentação O restaurante Viena e a Cafeteria e Chocolateria Dulca, inaugurados no complexo hospitalar aberto em 2011, têm sido bastante frequentados. Médicos, colaboradores, acompanhantes e visitantes se acomodam nos salões que possuem 98 e 26 assentos respectivamente e recebem até 300 pessoas durante o almoço. Os números comprovam a aceitação e a satisfação dos clientes de ambos os estabelecimentos. São 6.000 clientes por mês na Dulca e 4.000 no Viena, em média. O espaço, moderno e amplo, propicia uma pausa confortável aos acompanhantes, especialmente os das UTIs, que podem desfrutar de opções de bufê, lanches rápidos ou atendimento à la carte fora do ambiente de terapia médica intensiva.

Sala Bikur Cholim fornece conforto e alimentação personalizada para pacientes da comunidade judaica Situado em uma região de São Paulo com forte presença da comunidade judaica e estando sempre preocupado com o bem-estar físico e psicológico de seus clientes, o Hospital Samaritano criou, em 2012, a Sala Bikur Cholin, que presta serviços de nutrição voltados a quem consome exclusivamente produtos Kosher.

O serviço da Sala, gratuito, está disponível 24 horas por dia, e há no local um ambiente para rezas e descanso. O grupo de voluntárias Refuá Shlema entrega às sextas-feiras, véspera de Shabat, ralot e velas. Em festividades como Purin, Pessach, Shavout, Rosh Hashaná, Sucot e Chanuká é servida alimentação especial.

O termo Kosher não diz respeito a um tipo específico de comida, e sim aos preceitos que devem ser seguidos na preparação e na produção das refeições. Dentro desse tipo de culinária, os alimentos são divididos em laticínios, carne e parve (frutas, vegetais, verduras e peixes) e uma das regras é que o primeiro grupo não se misture com o terceiro, nem na conservação, nem na preparação, nem no consumo.

Atuando no entorno comunitário, o Hospital disponibiliza UTI em dias de festa religiosa nas seguintes sinagogas: Congregação Sefaradi, Congregação Monte Sinai e Centro Judaico Bait, além do Colégio Renascença.

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Chef Laurent Suaudeau e equipe de Gastronomia e Nutrição do Hospital Gastronomia hospitalar A gastronomia e a nutrição funcional fazem parte do cotidiano dos pacientes no Hospital Samaritano. Assim, é possível garantir que o corpo receba todos os nutrientes necessários para uma boa recuperação sem deixar de lado o prazer de comer que permeia nosso dia a dia. O trabalho conjunto de chefs, cozinheiros e nutricionistas garante que esse objetivo seja alcançado. Assim, em 2013, o Hospital Samaritano contou com a ajuda do renomado e premiado chef Laurent Suaudeau, que por meio de sua Escola de Arte Culinária Laurent promoveu um treinamento de 40 horas para a equipe da instituição, com técnicas básicas de gastronomia e desenvolvimento de receitas. O resultado da iniciativa, um novo cardápio lançado em 2014, dá aos pacientes (com exceção daqueles que estão com mastigação ou digestão comprometidas) a escolha entre duas opções de cardápio. A opção 1 traz preparações desenvolvidas com Laurent durante o treinamento e a 2 dá destaque aos alimentos funcionais e a receitas do dia a dia do brasileiro – esta vem com um folder explicativo falando sobre as propriedades do alimento. Além disso, o Serviço de Nutrição e Gastronomia desenvolve cardápios específicos para cada

especialidade. Em 2011, o trabalho foi focado nos pacientes da área oncológica e em 2012 e 2013, na área de geriatria – ou seja, todos os pacientes com mais de 60 anos. Levando em consideração a dificuldade de mastigação desse grupo, deu-se prioridade a receitas pastosas, mas que mantenham todo o sabor, como os tortelanes (flans ou pudins salgados) com recheios especiais, como feijoada, salmão e creme de palmito. Esses pacientes também receberam um livro de receitas. O outro grupo privilegiado em 2013 foi o de pacientes da maternidade. No cardápio oferecido a este público, há muita fibra e líquidos, além de orientações para as mães junto da refeição. Já os pacientes gastroenterológicos receberam instruções de nutrição necessárias para sua adaptação e recuperação. As novidades não pararam por aí: também chegou em 2013 o “Kit realçador de sabor”, especial para pacientes com comprometimento das papilas gustativas ou para aqueles que fazem dietas com controle de sal. E 2014 promete mais mudanças, com um novo design no cardápio da Pediatria, que utilizará animais em extinção como ilustrações, além de preparações específicas para crianças de até 12 anos.


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Qualidade testada Para garantir a qualidade dos insumos que chegam ao Hospital, os produtos passam por um processo de inspeção no recebimento, onde é feita uma préanálise das embalagens e verificação de exigências técnicas, como data de validade e temperatura, e também das condições do veículo de transporte e do entregador. O Samaritano conta com um estagiário exclusivo, com supervisão e acompanhamento de um nutricionista, que faz a conferência dos gêneros alimentícios, das condições de uniforme e apresentação do entregador e da temperatura do carro de entrega para garantir ainda mais a qualidade dos produtos recebidos. Em 2013, foram devolvidas 7% das entregas que não estavam conformes, ou seja, fora dos padrões de qualidade exigidos. O maior problema encontrado são produtos entregues fora de temperatura adequada. A qualificação de fornecedores de gêneros alimentícios fica a cargo do Serviço de Gastronomia e Nutrição, que, antes de cadastrar um fornecedor, envia um nutricionista do Hospital para realizar auditoria do estabelecimento. Para se tornar um fornecedor de alimentos, é necessário que a empresa apresente pelo menos 85% de conformidade com os padrões de qualidade

Kit realçador de sabor

do Samaritano. No momento da entrega dos alimentos também são realizados testes de análise sensorial em carnes e checados todos os processos de segurança alimentar exigidos pela Vigilância Sanitária para garantia da qualidade do produto recebido. Internamente também há procedimentos de inspeção de qualidade dos alimentos: todo mês é realizada uma análise microbiológica para se obter garantias de que os processos higiênicos e sanitários estão sendo conduzidos adequadamente pela equipe de cozinheiros e demais profissionais da cozinha. Os laudos são encaminhados para o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Hospital para acompanhamento dos resultados.

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Pacientes bem tratados são pacientes bem informados Quando um paciente recebe alta, significa que ele esta com a saúde estável e tem condições de voltar pra casa. Ainda assim, para evitar a necessidade de reinternação, podem ser tomadas uma série de medidas de saúde, tanto pelo paciente quanto por seus familiares. Para isso, podem contar com apostilas produzidas pelo Samaritano, além de manuais de orientação entregues na hora da alta. O responsável pela produção e entrega desse material, que compõe o Plano Educacional Multidisciplinar, é o Comitê de Educação ao Paciente, formado por uma equipe de profissionais de diversas áreas. As orientações são fornecidas pessoalmente por membros do Comitê e começam a ser elaboradas no momento da admissão do paciente no Hospital, não apenas para esclarecer suas dúvidas durante a estadia, mas também para que haja tempo hábil de identificar e sanar novas questões. Uma vez por mês o Comitê realiza auditorias sistematizadas para identificar pacientes elegíveis para o Plano e fazer um levantamento adequado para o preenchimento. Assim, é possível avaliar se as orientações estão sendo transmitidas de forma efetiva e detectar casos e temas que precisam de acompanhamento mais próximo e detalhado.


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HS 2.0 As redes sociais passaram a fazer parte da comunicação do Hospital Samaritano com o público externo em 2010 – e, desde então, ganharam papel essencial no relacionamento com clientes e na promoção do bem-estar comunitário por meio de informações sobre saúde. Afinal, uma das metas da instituição é promover a qualidade de vida da população por meio de campanhas e dicas. A interação tem se mostrado muito produtiva: hoje, são 6.312 seguidores no Facebook (Hospital Samaritano de São Paulo), 16.793 no Twitter (@samaritano) – um dos maiores números entre hospitais brasileiros – e 209 vídeos no YouTube (www.youtube.com/user/hospitalsamaritano). Além de promover campanhas de marketing e interagir com clientes, esses canais são utilizados para a divulgação de vídeos e matérias veiculadas na grande imprensa com profissionais do Samaritano, fazendo referências à instituição. Já as dúvidas e reclamações feitas por pacientes são encaminhadas para o SAC, de modo a preservar a identidade e a privacidade, sempre com foco na ética do tratamento.

Atendimento ao cliente: acolhimento, agilidade e satisfação O atendimento e acolhimento dos pacientes e de seus familiares e acompanhantes é essencial na gestão do Hospital Samaritano, e tem se dado de forma cada vez mais humanizada, com atenção e conforto. Por isso, nossos clientes têm voz por meio do SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente), que recebe dúvidas, críticas, elogios, solicitações ou sugestões. Seu padrão de qualidade obedece às exigências da Joint Commission International. Em um espaço aconchegante, que garante conforto e atenção individualizada, uma equipe especializada em ouvidoria concentra todas as etapas de atendimento ao cliente, recebendo as solicitações, encaminhando-as para a área responsável e garantindo os prazos das respostas, a finalização e a melhoria contínua nos processos. Já a Central de Atendimento do Hospital Samaritano concentra pedidos de unidade móvel, agendamento e informações sobre exames laboratoriais e pacotes cirúrgicos, agendamento de consultas e informações sobre cuidados paliativos e filantropia. Sua parceria com a Unidade de

Autorizações garante a agilidade de que os clientes necessitam no processo de autorização de exames e procedimentos junto às operadoras. Essa dedicação aos clientes se reflete plenamente na satisfação com a instituição, que em 2013 atingiu 91%.

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Os médicos e o Samaritano Em 2013, o corpo de profissionais do Hospital Samaritano recebeu atenção especial com a revisão do Programa de Relacionamento Médico, dedicado a atender e credenciar profissionais, tornando-se, assim, a voz dos médicos dentro do Hospital. Atualmente, o Sistema de Avaliação do Corpo Clínico – contempla 664 médicos, avaliando-os por meio de indicadores de produção, qualidade assistencial e aprimoramento profissional, para tomadas de decisão. Há ainda uma ferramenta de autoavaliação voltada ao crescimento de cada um dos profissionais. Em 2014, a mudança será ainda maior: o sistema será preparado para a avaliação de equipes, estimulando ainda mais o bom atendimento de forma integrada. Os indicadores que compõem a nota de cada profissional no sistema foram utilizados para definir sua classificação no Programa de Relacionamento que entrega benefícios de acordo com as performances de cada um. Para 2014, foi criada ainda uma categoria especial, que inclui coordenadores de Núcleos e Serviços. Em setembro de 2013, ampliando ainda mais esse relacionamento entre médicos e instituição, foi criada a Central de Relacionamento Médico, responsável por Credenciamento, Espaço Médico e Atendimento ao Médico, sob a gerência da Gestão de Relacionamento com Clientes – o que mostra que, para o Samaritano, o bom atendimento aos pacientes passa pela boa relação com os profissionais. Assim, todas as demandas e necessidades dos médicos da instituição podem ser resolvidas com agilidade e qualidade.


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Responsabilidade Social As ações de responsabilidade Social fazem parte do dia a dia do Samaritano, garantindo a ação de excelência não apenas no atendimentos aos pacientes em seu ambiente interno, mas também em relação à população de seu entorno e em demais regiões do Brasil. Isto vem sendo possível em função do reconhecimento da sua qualidade assistencial e da manutenção dos padrões de segurança em seus processos, que conferiram à Instituição o título de Hospital de Excelência pelo Ministério da Saúde no ano de 2008.

de uma paciente feminina de 29 anos, lúpica, em hemodiálise há quatro anos, com quatro transfusões e um transplante renal prévio. Investimento previsto: R$ 10.769.098,00.

Os Hospitais de Excelência que compartilham seus conhecimentos com as demais instituições de saúde no Brasil por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema único de Saúde (PROADI-SUS). No triênio 2012-2014, o Hospital Samaritano aportará em 24 projetos para o SUS cerca de R$ 100 milhões.

- Incidência, prevalência e fatores envolvidos na progressão da doença renal crônica em crianças Estudo descritivo e prospectivo a ser realizado entre 2012 e 2014 com pacientes de idade inferior a 18 anos em todas as regiões do Brasil – os pesquisadores visitarão 30% das 708 unidades de diálise, investigando os fatores de risco mais importantes para a progressão da DRC em crianças, estabelecendo um protocolo de vinculação de dados clínicos dos serviços de nefrologia pediátrica com os bancos de dados disponíveis no Sistema Único de Saúde para criação da Base de Dados Brasileira sobre a DRC terminal em pediátrica no Brasil. Desde 2012, a equipe de pesquisadores foi selecionada e capacitada; houve formação da coorte de crianças com DRC, consultas dos pacientes da coorte e reunião com a Coordenação; foram visitadas 224 unidades (90% do total) das 249 previstas. Restam 15 unidades a serem visitadas (6%), pois houve recusa de dez unidades (4%).

As ações e projetos de Responsabilidade Social junto ao PROADI-SUS envolvem também o estabelecimento de parcerias junto aos demais Hospitais de Excelência, a gestores locais de saúde, universidades, bem como a diversas áreas técnicas do Ministério da Saúde, cujos resultados impactaram a prática assistencial e gerencial de 4.000 profissionais de 200 instituições, localizadas em 222 municípios, nos 26 estados e no Distrito Federal.

Estudos de avaliação e incorporação tecnológica Produção de materiais avançados para saúde: liberação controlada de fármacos em scaffolds (andaimes) tridimensionais Desenvolver arcabouços nanocompósitos a partir da quitosana (fosfato de cálcio) para engenharia tecidual como carreadores para sistemas de liberação controlada de substâncias antitumorais, aplicada em polímeros. Investimento previsto: R$ 1.979.072,00 Transplante renal em pacientes portadores de anticorpos anti-HLA ou anti-ABO dirigidos contra potenciais doadores Estudo dividido em duas partes que tem o objetivo de viabilizar o transplante de pacientes considerados intransplantáveis devido à presença de anticorpos. A pesquisa de anticorpos anti-HLA conta com 43 pacientes já incluídos, provenientes de todos os estados brasileiros e tratados em São Paulo, com a realização de 14 transplantes, dos quais três com doadores falecidos e 11 com doadores vivos. No caso da pesquisa de anticorpos anti-ABO o público-alvo são aqueles que não apresentam alternativa de curto prazo. Assim, foi realizado o primeiro transplante do tipo no Brasil,

Capacitação de recursos humanos Transplante renal como terapia substitutiva de escolha na doença renal crônica terminal na infância – desafios e propostas O projeto é dividido em cinco subprojetos:

- Ementa de capacitação: formação de núcleos parceiros para o preparo e o seguimento de transplante renal pediátrico O objetivo desta ementa é viabilizar a formação e o aprimoramento de novos centros especializados no país, em parceria com cinco instituições em Goiânia, Cuiabá, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador. Atualmente, há 15 profissionais envolvidos: • Rio de Janeiro – 2 nefropediatras e 1 cirurgião; • Salvador – 1 nefropediatra; • Belo Horizonte – 2 nefropediatras e 1 enfermeiro; • Goiânia – 2 nefropediatras, 2 enfermeiros e 1 nutricionista; • Cuiabá – 3 nefropediatras. - Análise de custo das terapias renais substitutivas na população pediátrica Esta parte do subprojeto visa realizar estudo de coorte de 30 crianças submetidas a transplante renal que previamente estavam em programa de hemodiálise diária ou convencional. - Estratégia para aceleração do transplante renal em crianças de baixo peso Com 51 pacientes incluídos, 18 deles já


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transplantados (16 com doador falecido e dois com doador vivo), este subprojeto avalia a eficiência clínica de um programa de transplante renal destinado ao tratamento de crianças portadoras de DRC terminal com peso menor do que 12 quilos. Permanecem 33 pacientes em preparo para transplante. - Avaliação da qualidade de vida das crianças e adolescentes com doença renal crônica em hemodiálise, hemodiálise diária e transplante renal Aqui, o objetivo é determinar, por meio de entrevistas com crianças e cuidadores, se existem diferenças relativas à qualidade de vida a partir de repercussões psicológicas. Estão envolvidos pacientes em hemodiálise convencional e diária, pacientes transplantados e seus respectivos cuidadores. Investimento previsto: R$ 12.141.795,00 Programa de desenvolvimento organizacional e de apoio à gestão e assistência com ênfase em unidades de terapia intensiva neonatal e pediátrica A capacitação de profissionais de 27 UTIs neonatais e pediátricas, nas regiões Norte, Nordeste e CentroOeste, visa melhorar os processos de gestão e os indicadores assistenciais, por meio do Programa Qualidade Continuada em Unidades Críticas da Sociedade Hospital Samaritano. Hoje, 1.686 profissionais já foram atendidos pelo projeto, em dois momentos (visita monitorada no Samaritano, totalizando 40 horas, e on the job, totalizando 20 horas em cada instituição). Investimento previsto: R$ 7.057.734,00 Curso de especialização à distância em economia da saúde A primeira turma desse projeto começou em 2012, com 60 inscritos – 42 deles se formaram em 2013. O objetivo é capacitar, por meio de Ensino à Distância, profissionais ligados à gestão pública em saúde na área de economia da saúde, formando especialistas habilitados a interpretar e alterar práticas de gestão para a tomada de decisões custoefetivas. Em parceria com a Faculdade de Saúde Pública da USP, esta desenvolvendo a segunda curva iniciada em outubro de 2013 com 63 alunos. Foram realizados dois encontros presenciais, em outubro de 2012, em Brasília, e em maio de 2013, em São Paulo. A segunda turma iniciou-se em outubro de 2013, com 63 alunos. Investimento previsto: R$ 1.553.034,00 Capacitação para assistência em habilitação/ reabilitação auditiva em crianças deficientes auditivas com ênfase na faixa etária de 0 a 3 anos de idade O curso de Ensino à Distância, em andamento (o primeiro encontro presencial se realizou em agosto de 2013, em Brasília), tem o objetivo de capacitar profissionais atuantes em serviços de

reabilitação auditiva, em parceria com a Faculdade de Odontologia da USP de Bauru, com 105 profissionais médicos e fonoaudiólogos. Busca-se qualificar a conduta no tratamento dispensado aos pacientes e familiares com vistas à redução de danos e à retomada precoce da sociabilização do paciente, fortalecendo o cuidado e desenvolvendo o modelo de atenção integral em rede. Investimento previsto: R$ 642.140,00 Programa de capacitação em cuidados paliativos para profissionais atuantes na atenção básica O projeto de Ensino à Distância desenvolvido pela Equipe de Cuidados Paliativos do Hospital Samaritano capacita profissionais da atenção básica e de unidades de cuidados paliativos. É voltado a profissionais de nível superior, técnico e agentes comunitários atuantes em serviços da região metropolitana do Recife (PE) e se iniciou em julho de 2013, com 150 alunos. Investimento previsto: R$ 1.296.178,00 Programa de formação de preceptores de residência médica Também realizado na modalidade de Ensino à Distância, tem enfoque na capacitação pedagógica e de gestão para o desenvolvimento de atividades de preceptoria médica. A realização do curso, iniciada em julho de 2013 com 130 alunos, é uma parceria do HS com o Hospital do Coração e o Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Investimento previsto: R$ 1.497.893,00 Projeto SOS Urgência e Emergência O programa pretende auxiliar o desenvolvimento e a organização dos serviços de atendimento a urgências do SUS, com o objetivo final de melhorar a qualidade da assistência e apoiar as chamadas Redes de Atenção às Urgências. As instituições participantes são: Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Hospital Central, São Paulo; Hospital Nossa Senhora da Conceição – GHC, Porto Alegre (RS); Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, Cuiabá (MT); Hospital Geral do Estado Doutor Osvaldo Brandão Vilela, Maceió (AL); Hospital Geral de Palmas, Palmas (TO); Santa Casa de Campo Grande (MS). A metodologia inclui a implantação de dispositivos de classificação de risco, revisão dos fluxos de internação, implantação de protocolos clínicos (assistenciais e administrativos), organização da gestão de leitos, adequação da estrutura e do ambiente hospitalar e regulação e articulação com o sistema de saúde local. Investimento previsto: R$ 493.200,00

Treinamento

Higiene de mãos

ALSO

BLS

Protocolode Manchester

Conceitos básicos de controle de infecção hospitalar

Profissionais treinados

100

25

64

80

16

Total

285

55


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Alto desempenho em medicina especializada

Pesquisas de interesse público em saúde Métricas territoriais de proteção social: a capacidade protetiva de famílias residentes em territórios precarizados de metrópoles É no ambiente de cada território de vivência que se constroem relações e condições de proteção social e a luta pela melhoria das condições de vida. O estudo desenvolverá uma métrica para avaliar como as condições dos territórios onde vivem famílias em situação de vulnerabilidade nas metrópoles impacta o desenvolvimento saudável de seus membros. A metodologia de análise do projeto parte de indicadores sócio-territoriais, com o objetivo de ampliar a proteção a essas famílias. A análise permitirá maior compreensão do processo saúde-doença e, portanto, o planejamento de intervenções de maior impacto. Em parceria com a PUC-SP, a iniciativa é desenvolvida em São Paulo. Até 2013, foi elaborado o Mapa de Exclusão/ Inclusão Social da cidade; construída a métrica de vulnerabilidade/segurança de proteção social de famílias; realizado estudo longitudinal dos MEIS I (1991), MEIS II (2000) e MEIS III (2010); feita a cartografia da percepção dos profissionais das áreas sociais, de saúde e educação sobre a métrica de vulnerabilidade/segurança de proteção social; e realizadas duas oficinas temáticas. Investimento previsto: R$ 561.329,00 Efeitos do saneamento básico nos indicadores de saúde Identificar a relação entre o saneamento básico e os indicadores de saúde é o objetivo deste estudo, que analisa o efeito positivo do acesso à água de qualidade em indicadores de saúde. A metodologia é inovadora por avaliar não apenas o acesso, como também a qualidade da água ofertada. A primeira conclusão mostra que reduzir em 1% os coliformes totais na água levaria a uma redução de 0,33 internações por 100.000 crianças entre 1 e 4 anos de idade. Vê-se, também, que o tratamento de esgoto está diretamente relacionado à redução de óbitos nessa faixa etária. Melhorias no acesso à água da população, por sua vez, reduzem internações por disenteria, difteria e infecções respiratórias agudas, bem como reduzem a mortalidade de crianças entre 1 e 12 meses. Investimento previsto: R$ 294.491,00 Avaliação do impacto da descentralização sobre a qualidade de saúde nos municípios brasileiros Estudo para avaliar as consequências da transferência de responsabilidade pela saúde básica dos municípios sobre a saúde da população. A pesquisa empírica aborda a qualidade de bens e serviços públicos, como taxas de imunização de crianças, controle de malária, saúde de mães e crianças, entre outros. Os resultados até 2013 mostram que a descentralização medida pelo cumprimento da EC 29/2000 associa-se a taxas

de vacinação maiores e taxas de mortalidade menores, além de causar mudanças positivas no acompanhamento de gestantes. Premiado na 2ª edição do prêmio Ministério da Fazenda de Economia - Área 5: Economia da Saúde em dezembro de 2013. (http://www.fazenda.gov.br/ banners-esquerda/arquivos/estudos-economicos/ estudos_economicos_texto_13.pdf-1) Investimento previsto: R$ 294.491,00 Gasto público com aquisição de medicamentos genéricos Estudo que busca compreender se a exigência da lei dos genéricos impactou no preço pago pelo governo de SP com consequente aumento na quantidade ofertada. A metodologia conta com a base de dados do governo estadual de São Paulo e do SIOPS (2002 a 2010) de organizações privadas ligadas à indústria farmacêutica: PNAD e IBGE. Foram analisadas 30.448 transações e 425 diferentes princípios-ativos. Os resultados preliminares mostram que a presença de genéricos na licitação levou os fornecedores de medicamentos de referência a reduzir os preços de seus lances em 3%, havendo consequente redução do preço pago pelo governo em 7%. Investimento previsto: R$ 294.491,00 Determinantes do mercado de saúde suplementar brasileiro: características dos planos valorizadas pelos indivíduos Projeto de pesquisa que tem o objetivo de estudar o mercado de saúde complementar, determinando quais são as características valorizadas pelos consumidores ao contratar um plano de saúde privado. Os resultados em todo o Brasil podem funcionar para o planejamento estratégico do SUS. Comprovou-se, porém, que não há grandes alterações na percepção média do consumidor a despeito do aumento de usuários de planos de saúde e das mudanças da legislação, nem distinções entre diferentes perfis de valor dos planos para os atributos observados, a não ser o acesso a exames complementares e a serviços em outros estados e municípios. Investimento previsto: R$ 294.491,00 Mapeamento genético de fatores de risco cardiovascular na população brasileira: uma abordagem de mapeamento baseada em núcleos familiares O chamado Projeto Corações de Baependi consiste em um mapeamento genético dos polimorfismos que podem levar a risco de doenças cardiovasculares na população brasileira, por meio do estudo da população adulta na cidade de Baependi, em Minas Gerais. Os resultados mais importantes, até agora, são a determinação da prevalência de fatores de risco cardiovasculares na população da cidade; o auxílio ao SUS no município na triagem de novos casos de hipertensão arterial e diabetes mellitus; a conscientização dos


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habitantes em relação à prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares e seus respectivos fatores de risco e os avanços no entendimento da estrutura genética da população brasileira e de como variantes genéticas influenciam a gênese de fatores de risco cardiovasculares. Investimento previsto: R$ 664.381,00 Programa genético de rastreamento ativo de hipercolesterolemia familiar na região metropolitana de São Paulo O chamado Hipercol Brasil usa o rastreamento genético em cascata para identificar pacientes com histórico familiar de hipercolesterolemia entre os atendidos pelo SUS na Unidade de Dislipidemia do Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e vindos da região oeste da cidade. Até 2013 foram incluídos 531 casos no estudo – 192 positivos. Após o processo de rastreamento em cascata, esses diagnósticos resultaram no cadastramento de mais 428 familiares com resultados positivos para a hipercolesterolemia familiar. O estudo, por sua importância, agora está sendo implantado em outras regiões do Brasil. Investimento previsto: R$ 2.007.525,00 Utilização do prontuário médico eletrônico para acelerar a descoberta de fatores genéticos que influenciam doenças complexas: abordagem para doenças cardiovasculares em pacientes do Sistema Único de Saúde Com amostras de pacientes atendidos pelo SUS no Incor-HCFMUSP, o estudo tem por objetivo utilizar o prontuário eletrônico para desenvolver um biorrepositório com informações genéticas, moleculares ou bioquímicas em escala genômica. Em 2013, foram incluídos 736 pacientes no estudo – todos serão genotipados para a complementação das informações do prontuário; desenvolvimento de algoritmos para condições clínicas e biomarcadores; análise dos dados genéticos e pesquisa transversal. Investimento previsto: R$ 3.345.874,00 Estudo multicêntrico de pacientes com hipertensão arterial para identificação de pacientes resistentes e padronização de esquemas terapêuticos – ReHOT Esta pesquisa pretende identificar pacientes hipertensos resistentes, em 26 centros localizados em 15 cidades brasileiras, de modo a padronizar esquemas terapêuticos. Até 2013 foram incluídos 1.846 pacientes; realizados e analisados exames laboratoriais e avaliação cardiovascular; identificados os pacientes hipertensos resistentes, com desenvolvimento da melhor abordagem terapêutica para inclusão da quarta droga; por fim, estruturada uma bioteca, contendo amostras de todos os pacientes incluídos para estudos futuros de genotipagem. Investimento previsto: R$ 664.381,00

Desenvolvimento de técnicas e operação de gestão em serviços de saúde Programa de apoio aos hospitais filantrópicos do Estado de São Paulo Os hospitais filantrópicos são fundamentais no atendimento prestado pelo SUS, e este projeto pretende melhorar a gestão – e, portanto, o atendimento à população – dessas instituições com a criação de um Comitê Regional que permite a troca de experiências entre as instituições da região, do acompanhamento das instituições por meio de um rol de indicadores e da implementação de planejamento estratégico e parâmetros de humanização, além de avaliações periódicas com as ferramentas da qualidade. Em 2012, 15 instituições do Estado de São Paulo participaram do programa envolvendo 1.291 profissionais diretamente envolvidos. Em 2013, o projeto se direcionou a 24 instituições de três microrregiões de saúde do Estado de Santa Catarina (Araranguá, Tubarão e Criciúma). Investimento previsto: R$ 1.358.361,00 Implantação da Rede de Cuidados Continuados Os pilotos de Cuidados Continuados Integrados têm o objetivo de gerar novas formas organizacionais e desenvolver um modelo integrado de cuidados de saúde especialmente voltado a pacientes que se encontram em situação de dependência funcional. Assim, será possível desafogar hospitais gerais com alta ocupação e adequar hospitais do entorno com tecnologias leves em saúde, voltadas a absorver e reabilitar pacientes de baixa e média complexidade. O projeto está sendo implantado no Mato Grosso do Sul, Piauí e Paraná. Foram treinados 151 profissionais ao todo. Investimento previsto: R$ 13.983.590,00 Implantação de software em hospitais federais do Rio de Janeiro O projeto, concluído em 2012, implementou o Prontuário Eletrônico do Paciente (TOTVS-PEP) e o Hospital Information System (TOTVS-HIS) em quatro instituições: Hospital do Andaraí, Hospital do Bonsucesso, Hospital de Jacarepaguá e Hospital dos Servidores. Investimento previsto: R$ 389.101,00

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Alto desempenho em medicina especializada

Projetos PROADI-SUS desenvolvidos em parceria com o gestor local Assistencial transplante O objetivo é complementar de forma gratuita a assistência ao paciente de transplante renal, bem como ao seu doador, realizando procedimentos que não sejam cobertos pelo SUS mas que façam parte do protocolo do Hospital Samaritano. Assim, não apenas a qualidade de vida dos envolvidos é garantida, mas também é possível prevenir complicações decorrentes da cirurgia. Em 2012 e 2013 foram realizadas 67 internações e 41.891 exames diagnósticos, dentre outros procedimentos e terapias. Investimento previsto: R$ 6.893.950,00 Programa de Atendimento Multiassistencial do Hospital Samaritano – HSAMA Crianças e adolescentes de até 14 anos provenientes de famílias em situação de risco social no Estado de São Paulo têm o cuidado integral à saúde garantido por esse programa que, desde 2000, realiza atendimentos médicos e de enfermagem, nutrição, assistência social e odontologia.

Resultados AMA 2012

Resultados AMA 2013 588; 12%

12.695; 46%

6727; 24%

1718; 35% 856; 17%

3827; 14%

4540; 16%

1817; 36%

Médicos

Médicos

Multidisciplinar

Multidisciplinar

Exames

Exames

Medicamentos / Suplementos

Medicamentos / Suplementos

Assistencial pacientes externos Este programa de assistência tem o objetivo final de reduzir a fila de espera por procedimentos diagnósticos de pacientes oncológicos e cardiológicos ou portadores de outras patologias mais complexas. Para isso, o HS realiza biópsias e exames de alta complexidade em usuários do SUS encaminhados pela Central de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde de SP. Entre 2012 e outubro de 2013, foram atendidos 1.656 pacientes e realizados 1.750 procedimentos em hemodinâmica, exames de imagem, endoscopias, biópsias e exames de PET-CT. Investimento previsto: R$ 4.599.154,00


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Alto desempenho em medicina especializada

Produção Científica

Ações com a comunidade

Em 2013, os projetos do PROADI-SUS foram contabilizados em 72 produtos científicos (15 em 2012 e 57 em 2013), frutos de 12 projetos. Todos eles apresentarão sua produção científica até o fim de 2014.

Identificando e prevenindo o mau colesterol A campanha Hipercol, para prevenir a hipercolesterolemia (níveis elevados de LDL no sangue – maior que 210 mg/dl), foi promovida no Samaritano nos dias 3, 4 e 5 de setembro. Nestes dias, 900 testes foram realizados em funcionários, médicos, terceiros e clientes externos; os resultados apontaram que 284 pessoas apresentavam o índice acima do recomendado pelo Ministério da Saúde (72% destas eram funcionários, médicos ou terceiros do Hospital).

Distribuição dos trabalhos segundo o tipo de evento, 2012 e 2013

10 (18%)

Internacional

14 (93%)

47 (82%) 1 (7%)

Nacional 0

10

2013

O diagnóstico precoce da condição é importante porque, iniciando o tratamento precoce, há maior chance de prevenção de doenças cardíacas e outras complicações. A iniciativa foi uma parceria da Superintendência de Responsabilidade Social com o Programa Hipercol Brasil do INCOR/SP.

Voluntariado 20

30

40

2012

50

O Comitê Gestor do Voluntariado do Hospital Samaritano, formado por colaboradores e dois membros da Associação Interação Rede Social, existe desde 2009, e é responsável por gerir 14 grupos em atividade, além de selecionar e treinar novos voluntários – sempre com profundo respeito a cada um dos grupos que atuam no Hospital.


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Amigas Voluntárias do Hospital Samaritano As 22 voluntárias gerenciam a boutique do Hospital comercializando presentes, brinquedos e bijuterias com renda revertida para o Projeto HSAMA.

Pronto-Socorro Infantil Uma voluntária faz atividades de recreação com as crianças atendidas, além de acolher pais e acompanhantes.

Grupo José Pereira Achao Com 35 voluntários, o grupo apoia pacientes em tratamento e seus familiares e acompanhantes.

Acolhimento Oito voluntários realizam atividades para pacientes e também acompanhantes, incluindo piano no átrio, medicina diagnóstica e círculo de conversas com pacientes e acompanhantes da Oncologia.

Refuá Shlema Voltado principalmente à comunidade judaica do Hospital, o grupo de 9 voluntárias se reúne duas vezes por semana com o acompanhamento de um rabino para prestar atendimento e orientação religiosa. Voluntários internos e externos do Projeto HSAMA Dos 42 voluntários, 38 realizam trabalhos externos com as comunidades parceiras do programa e quatro se dedicam a atividades de entretenimento com as crianças durante as consultas. Brinquedoteca Uma brinquedista e mais 03 voluntários promovem atividades de recreação para crianças internadas e na brinquedoteca do Hospital. Hemorrecreação Dois voluntários fazem atividades recreativas com as crianças atendidas pelo serviço de Hemodiálise do Samaritano.

Associação Viva e Deixe Viver de Contadores de Histórias Formado por oito contadores de histórias infantis da instituição parceira, o grupo atua com as crianças internadas na Pediatria e em atendimento na Hemodiálise, além das que são atendidas pelo Projeto HSAMA. Grupo Pensamento Positivo Os dois voluntários coordenados pela ONG parceira visitam o Hospital semanalmente para entreter os pacientes com jogos e brincadeiras. Narizes de Plantão O grupo, formado por oito estudantes universitários de Biomedicina e um Coordenador, se veste de palhaço para brincar com os pacientes na Pediatria.

Meio ambiente e reciclagem No Samaritano, todos os colaboradores que atuam na limpeza são treinados para evitar o desperdício de água, energia elétrica e materiais. Os resíduos infectantes, químicos, perfurocortantes e radioativos são descartados e tratados de acordo com cada classificação, e os recicláveis são separados e comercializados. O resultado financeiro dessa comercialização é o desconto na fatura do resíduo comum. Pilhas e baterias também são colocadas em espaços reservados, de onde seguem para o descarte correto. Em 2013, a quantidade de resíduos gerados atingiu 968.728 quilos, dos quais 398.047 foram compostos de materiais recicláveis. A meta é conseguir que esse último número corresponda a 70% do total (hoje, são 34%). A lavagem da roupa é outro ponto que tem mostrado resultados positivos. Em 2013 houve uma redução significativa nas roupas utilizadas, incluindo o que é usado na internação, centro cirúrgico e UTI, chegandose a uma média global, em dezembro, de 7,5 quilos por paciente. A justificativa é o constante trabalho interno para uso consciente de roupas de cama e banho. A lavanderia já trabalha com um sistema de racionalização de água e tratamento de efluentes. Há ainda a preocupação de economia no número de sacos plásticos que envolvem as roupas. O cuidado com as embalagens também se estende a outras áreas, como o Serviço de Gastronomia e Nutrição, de forma a reduzir a quantidade de resíduos gerados.

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Alto desempenho em medicina especializada

Alto desempenho em medicina esp


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Alto desempenho em medicina especializada

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Alto desempenho em medicina especializada

Com o posicionamento “Alto desempenho em medicina especializada”, o Hospital Samaritano vem cumprindo a proposta de executar um atendimento de qualidade com equipamentos de ponta para seus clientes. Os procedimentos inovadores são parte essencial do que constrói a instituição, e a cada ano mais deles são incluídos no rol de atendimento. Para destacar o alto nível de especialização, a partir de 2012 o hospital estruturou sete Núcleos de Especialidades: Ortopedia, Neurologia, Oncologia, Cardiologia, Gastroenterologia, Urologia e Ginecologia, Obstetrícia e Perinatologia. Cada um deles é capacitado para atender os pacientes de forma global, desde o diagnóstico até o póstratamento. Em 2013, um dos grandes investimentos do Hospital Samaritano foi o Ambulatório de Oncologia, entregue em janeiro de 2014.

Procedimentos inovadores Os protocolos do Hospital Samaritano, cada vez mais inovadores, trouxeram grandes novidades em tratamento no ano de 2013. Uma delas foi o transplante renal ABO incompatível – ou seja, em que o grupo sanguíneo do doador não é igual ao do receptor. Trata-se de um procedimento salvador de vidas, que pode tirar da fila do transplante milhares de pessoas que esperam por um órgão compatível. A técnica, já realizada no Japão, Europa e Estados Unidos, foi utilizada no Brasil pela primeira vez. A responsável foi a Dra. Maria Cristina Ribeiro de Castro, da equipe do Centro de Transplante Renal. A paciente, de 28 anos (sangue tipo O), esperava há cinco por um rim, e pôde receber o de sua mãe (sangue tipo A). As áreas de Radiologia Intervencionista e Ortopedia, por sua vez, dedicaram-se a criar um tratamento menos invasivo para o câncer, que é capaz de eliminar o tecido tumoral enquanto preserva o sadio. Na Crioblação Percutânea Guiada por Imagem, a tomografia computadorizada auxilia o médico na localização do tumor e um dispositivo “congela” o tecido tumoral, que necrosa e morre – enquanto os órgãos vizinhos ficam intactos. Um caso de câncer de fêmur foi tratado dessa forma com sucesso. Entre as vantagens estão o tempo mais rápido de alta e de recuperação. Os especialistas do Núcleo de Medicina Fetal também realizaram feito inédito, com uma cirurgia intrauterina feita por meio de endoscopia, para a correção de uma malformação chamada mielomeningocele (que deixa a medula exposta). A técnica, desenvolvida em 2009 na Alemanha, até então não tinha sido realizada em nenhum outro país do mundo. Poucos meses depois, a médica Denise Pedreira realizou a mesma cirurgia com técnica 100% nacional, mais barata, com mais qualidade e de tempo de procedimento reduzido – colocando o Brasil e o Hospital Samaritano ainda mais na liderança em procedimentos inovadores. A iniciativa foi finalista do prêmio Saúde 2013.


Alto desempenho em medicina especializada

Paciente que foi submetida à cirurgia fetal endocópica para correção de mielomeningocele

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Alto desempenho em medicina especializada

Núcleos de Especialidades

núcleo de

ortopedia Os pacientes com lesões ou emergências ortopédicas podem contar com a equipe altamente especializada e diversificada do Núcleo de Ortopedia e Traumatologia, primeiro a ser inaugurado dentro da nova gestão do Hospital, em 2012, e disponível 24 horas por dia. Entre eles, estão ortopedistas especializados em joelhos, quadril, mãos e membros superiores, coluna, ombros, pés, ortopedia infantil, traumas do esporte e oncologia ortopédica. A estrutura integrada conta ainda com o Centro de Medicina Diagnóstica e Terapêutica, onde médicos especialistas no sistema músculo-esquelético estão à disposição, e com o Ambulatório de Fisioterapia, capaz de atender a diversas especialidades.

núcleo de

urologia Sexto a ser inaugurado pelo Hospital, em 2013, este núcleo é capaz de realizar atendimentos emergenciais e de diagnóstico e tratamento para todo tipo de alteração urológica em homens e mulheres. As subespecialidades atendidas são: Disfunção miccional (compreendendo alterações no funcionamento da bexiga e disfunções do aparelho urinário secundárias a distúrbios neurológicos), Endourologia (o tratamento endoscópico de cálculos urinários, tumores urológicos e do estreitamento do trato urinário), Laparoscopia urológica (um método cirúrgico minimamente invasivo, utilizado para corrigir problemas nos rins, na próstata, entre outros), Uro-oncologia (o tratamento de tumores na próstata, rins, bexiga, testículo, pênis e adrenais), Uroginecologia (tratamento de infecções urinárias, prolapsos e fístulas urogenitais), Andrologia (tratamento da disfunção erétil e da ejaculação precoce).


Alto desempenho em medicina especializada

núcleo de

neurologia Inaugurado em 2013, o Núcleo de Neurologia reúne alta tecnologia e centros especializados em doenças comuns e prevalentes, com todos os equipamentos e capacidades de diagnóstico e tratamento, inclusive cirúrgico. Sua equipe multiprofissional inclui neurologistas, neurocirurgiões, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogas, fisiatras, entre outros – e as áreas de radiologia, anestesia e UTIs oferece apoio contínuo no atendimento aos pacientes. Além disso, o Núcleo conta com três Centros para oferecer atendimento especializado. São eles: Centro de Atenção e Reabilitação em Trauma Cranioencefálico (centro é líder no tratamento do traumatismo crânioencefálico (TCE), principal causa mundial de morte causada por fatores externos), Centro de Atenção à Memória (focado em doenças relacionadas à memória, como Alzheimer, oferece um check-up para jovens e adultos com distúrbios cognitivos ou para idosos funcionalmente ativos, e é composto por avaliação médica, avaliação neuropsicológica, eletroencefalograma, exames gerais e de imagem), e Centro de Atenção a Hidrocefalia de Pressão Normal ( especializado em HPN, realiza diagnóstico da condição por meio de avaliação clínica e exames de imagem, além de ser capaz de realizar as mais modernas técnicas de tratamento, como a derivação ventriculoperitoneal e a neuroendoscopia)

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Alto desempenho em medicina especializada

núcleo de

oncologia Na área de onco-hematologia, em 2013 houve aumento no número de pacientes submetidos a transplante de medula óssea. Teve início também a realização de transplantes alogênicos não aparentados, um dos procedimentos de maior complexidade na especialidade. Em conjunto com o núcleo de ginecologia, obstetrícia e perinatologia foi implantado o

Centro de Mama que visa garantir diagnóstico e tratamento em curto espaço de tempo para pacientes portadoras de câncer de mama, buscando maior efetividade e melhores resultados. A unidade de oncologia e infusões ganhou novas instalações, mais modernas e com maior conforto e segurança para tratamento quimioterápico e biológico.

núcleo de

ginecologia, obstetrícia e perinatologia É um dos núcleos de destaque do hospital por sua dedicação a procedimentos inovadores e é composto por seis Centros Especializados e Integrados: Centro da Mama (atendimento a pacientes com alterações suspeitas de câncer de mama ou mesmo aquelas que procuram somente um rastreamento, segundo padrões de acreditação do National Accreditation Program for Breast Centers – NAPBC - e Accreditation Program for Breast Centers da Senologic International Society e UICC - The Union for International Cancer Control ), Centro de Tratamento da Endometriose (prevenção secundária, diagnóstico e tratamento de uma das patologias ginecológicas mais prevalentes nas mulheres em idade fértil), Centro de Uroginecologia (tratamento de patologias como Prolapso Genital, Bexiga hiperativa, Incontinência

urinária de esforço, Infecção urinária de repetição, com foco em restabelecer a qualidade de vida das mulheres utilizando métodos tecnológicos), Centro de Ginecologia Endovascular (tratamento de mioma uterino, adenomiose, varizes pélvicas, tumores ginecológicos, entre outros), Centro de Reprodução Humana (área que se relaciona com outros Centros na preservação da fertilidade nos casos oncológicos, na infertilidade causada por outras patologias, e no diagnóstico préimplantacional) e Centro de Medicina Fetal e Perinatal, cujo destaque é o tratamento inédito de doenças como meningomielocele e hérnia diafragmática, ainda no útero. O foco em pré e pósnatal inclui gestantes, fetos e recém-nascidos, de baixa ou alta complexidade.


Alto desempenho em medicina especializada

núcleo de

cardiologia Um dos núcleos inaugurados em 2012, o Núcleo de Cardiologia conta também com equipe multiprofissional, capacitada para realizar diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes dentro do hospital, inclusive nos casos que necessitam de internação e procedimentos cirúrgicos, tanto os de alta complexidade quanto os minimamente invasivos. Há, ainda, um Centro de Terapia Intensiva Cardiológica. Entre os exames disponíveis no Centro de Diagnóstico estão eletrocardiograma, holter, MAPA (Monitoramento da Pressão Arterial), tilt test, cintilografia miocárdica, angiotomografia

de coronária, ressonância cardíaca, cateterismo, ecocardiograma, estudo eletrofisiológico e teste ergométrico. Para isso, os profissionais vêm das mais diversas subespecialidades da medicina cardíaca, como coronariapatia, insuficiência cardíaca e miocardiopatia, hipertensão, arritmia, cardiologia do esporte, cardiologia infantil e congênita, cirurgia cardíaca, cardiopatia na gravidez. A equipe de retaguarda, para cuidar dos pacientes nos períodos pré, trans e pós-cirúrgicos, é formada por pneumologistas e neurologistas.

núcleo de

gastroenterologia Com 27 médicos especialistas, o quarto Núcleo a ter sido inaugurado no Hospital, em 2013, que presta atendimento de alta tecnologia tanto para casos simples, como úlceras e gastrites, quanto para os complexos, como tratamento de câncer do aparelho digestório e transplante de fígado, entre outros. Todos esses profissionais estão aptos a atender os pacientes de forma integrada, com especial destaque à área de cirurgia do aparelho digestório, que inclui a cirurgia bariátrica, coloproctologia, gastroenterologia clínica e cirúrgica, nutrologia e hepatologia clínica e cirúrgica. Em 2013, o Núcleo lançou uma grande novidade no mercado de saúde: o Check-up Gastroenterológico. O serviço é composto por consulta médica, exames laboratoriais e de imagem, e garante uma

avaliação completa para a identificação precoce de alterações gastrointestinais e hepáticas. No mês de novembro de 2013, foi realizado o I Simpósio Internacional de Cirurgia Metabólica do Hospital Samaritano. O evento, que contou com a participação de renomados profissionais nacionais e internacionais, abordou os benefícios do procedimento, indicado inicialmente no tratamento da obesidade mórbida, no controle do Diabetes tipo II. Mensalmente a equipe realiza uma palestra multidisciplinar gratuita, envolvendo nutricionistas, endocrinologistas, fisioterapeutas e psicólogos, para informar e esclarecer dúvidas de pacientes que pretendem passar pelo procedimento cirúrgico.

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Samaritano em nĂşmeros

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Alto desempenho em medicina especializada

2013 Internações (novas entradas)

20.049

Número de pacientes-dia

85.623

Número de cirurgias (exceto partos)

12.887

Número de partos

480

Número de consultas no pronto-socorro (PSA + PSI)

168.173

Número de consultas no ambulatório (ambulatório transplante + ambulatório hemodiálise + núcleo especialidades)

9.381

Medicina Diagnóstica - Exames realizados Taxa de ocupação

1.444.501 82,8

Tempo médio de permanência

4,3

Taxa global média de infecção hospitalar

1,2

Taxa de mortalidade

1,3

Leitos instalados

313

Número total de leitos operacionais

275

Número de leitos de UTI

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Infraestrutura Depois da inauguração do novo prédio do Complexo Hospitalar Samaritano em 2011, a instituição adquiriu proporções e qualidades de infraestrutura que se aproximam ainda mais às dos melhores centros de saúde em todo o mundo. A reorganização de áreas e de novos espaços, necessária devido à expansão, começou em 2012 e prosseguiu em 2013, com obras já existentes, expansão e criação de outros locais e retrofit – a adequação do prédio mais antigo aos padrões arquitetônicos do novo. O Centro Cirúrgico Central, parte essencial do funcionamento do Hospital, foi finalizado em abril de 2013. O orçamento para obras em todo o Hospital Samaritano estava orçado, para 2013, em R$14.886.218. Porém, após repriorizações, o valor total acabou somando R$20.000.000, investidos em obras e reformas de infraestrutura, compra de equipamentos, gastos com TI e governança, entre outros. A reforma do Pronto-Socorro Adulto, finalizada em fevereiro de 2013, incluiu o aumento da sala de medicação, construção de consultórios e reforma de áreas comuns. Hoje, o Samaritano conta com 19 andares com alas assistenciais e de serviços, além de 313 leitos, 18

salas de cirurgia preparadas para procedimentos de alta complexidade, com recursos para transmissão de teleconferência para qualquer lugar do mundo e acesso a prontuários eletrônicos. Além disso, a tecnologia Variop – painéis modulares metálicos – facilita a higienização e a manutenção. As salas são controladas por um painel que aciona a porta, o som, a iluminação, as persianas, o ar-condicionado e o foco cirúrgico. Os pacientes que saem de cirurgia podem ser monitorados constantemente, com integração à farmácia satélite e central informatizada. Em 2013 o Hospital Samaritano investiu R$322.000na reforma dos leitos de UTI. Os leitos pré-cirúrgicos e os leitos do SUS também ganharam aumento de área, com investimento de R$777.661 e construção de sete novos leitos. Toda a estrutura do hospital foi pensada em termos sustentáveis, permitindo, por exemplo, consumo menor de água e energia elétrica. Em 2013, o consumo total de energia elétrica no Hospital foi de 14155796 kWH, enquanto o de água foi 129278 metros cúbicos (ou 129.278.000 litros) – para efeitos de comparação, vale lembrar que apenas uma pessoa em casa, no Brasil, consome cerca de 200 litros por dia, ou 73 mil litros por ano.

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Fornecedores Em 2012, o foco da relação do Hospital Samaritano com seus fornecedores havia sido aumentar o número, de modo a atender com qualidade toda a complexa estrutura da instituição. Hoje, são 1.090 fornecedores ativos – 30 a mais do que em 2011, resultando em um volume de compras total de R$168.000.000,00 Esse aumento foi resultado de novas estratégias de compras e de padronização de materiais, acompanhando o perfil de atendimento e a receita produzida do hospital. Assim, o ano de 2013 serviu para consolidar essas mudanças nos processos ocorridas no ano anterior, com destaque para a automação da dispensação da Farmácia Central, com foco na Segurança do Paciente, e a implementação da Central de Misturas Intravenosas (CMIV), uma expansão do projeto de preparo de medicamentos que inclui também medicamentos injetáveis para pacientes internados. Vale lembrar que o Samaritano faz parte da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP) e, portanto, participa do Projeto de Relacionamento com Fornecedores, que contribui para uma melhor relação com os fornecedores homologados e para sua fidelização.


Samaritano em números

Tecnologia da Informação a serviço da qualidade A área de tecnologia é essencial para que o Hospital Samaritano possa oferecer um bom serviço, com agilidade, a seus clientes – e também precisa estar sempre atualizada para que os funcionários tenham as melhores ferramentas para trabalhar. Por isso, em 2013, a área de TI se dedicou a fortalecer sua infraestrutura e se planejar para crescer em 2014. Sempre pensando na segurança do paciente, focou-se novamente na renovação da certificação digital do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), que acontece todos os anos, de modo a garantir a confidencialidade, a segurança e a validade jurídica de todas as informações (histórico do paciente, procedimentos, avaliação médica, medicações, exames e outras informações relevantes para o tratamento). As 1.200 estações fixas e os 20 carrinhos com notebook e 12 carrinhos com tablets foram mantidos em uso nas unidades de internação e farmácia. Para 2014, o projeto é fazer novas aquisições, incluindo carrinhos com notebook para todas as UI, além de substituir 73% de todas as estações de trabalho fixas.

Um dos mais importantes projetos nessa área foi o Sistema GPS (Gestão de Performance em Saúde), para avaliação do corpo clínico, já em plena utilização pelos médicos e pela área de Relacionamento Médico. Com ele, hoje é possível medir a performance individual ou por especialidade, de forma centralizada e informatizada – melhorando sensivelmente o processo que, até 2012, era feito manualmente. O Data Center do Hospital também recebeu especial atenção, tendo seu projeto de expansão concluído. Agora, há 30Tb de capacidade de armazenamento – antes, eram apenas 15. Isso permitiu estruturar o Sistema Tasy, ferramenta de gestão hospitalar, com a tecnologia Oracle Ray, que oferece melhor desempenho. Também foram concluídos os projetos de CRM, utilizando plataforma Dynamics, e Portal, com a plataforma Sharepoint. Por fim, iniciou-se um projeto de disponibilização de exames (laudo e imagem) via portal para médicos e clientes.

75


76

Hospital Samaritano 120 anos

Alto desempenho em medicina especializada

Perfil dos Funcionários

2012

2013

2089

2294

Funcionários indiretos

780

612

Médicos Credenciados

3815

4473

Médicos Contratados

55

54

Estagiários

17

28

Aprendizes

7

39

85

111

2012

2013

Acima de 45

322

407

De 35 – 44

637

809

De 30 – 34

541

537

De 25 – 29

420

381

-

160

Funcionários

PCDs

Faixa etária dos funcionários

Menor de 25


Samaritano em números

Faixa etária da liderança

2012

2013

Acima de 45

49

47

De 35 – 44

41

45

De 30 – 34

21

12

De 25 – 29

6

3

Menor de 25

0

0

Perfil

Funcionários Liderança Corporativa Liderança (demais) Médicos Credenciados Médicos Contratados

2012

2013

Homens

Mulheres

Homens

Mulheres

659

1430

733

1561

5

-

5

1

27

85

26

75

2060

1755

2827

1646

37

18

34

20

77


78

Hospital Samaritano 120 anos

Alto desempenho em medicina especializada

Profissionais treinados

Horas de treinamento

214

1712

Integração de novos prestadores

45

270

BSC - Balanced Scorecard - Reciclagem de conhecimento

76

608

Capacitação em segurança do paciente

64

512

Curso de matemática financeira c/ calculadora HP 12c

26

615

139

209

19

460

202

404

1.930

1.930

394

379

TASY - gestão de documentos

16

24

TASY - solicitação de pagamento eletrônico

35

53

5

10

3.165

7.185

Treinamento Integração de novos colaboradores

Multiplicadores - qualidade e segurança Programa de formação de multiplicadores Protocolos de atendimento 3S’s Segurança do paciente do século XXI Suporte básico á vida

Sedação para não anestesiologistas

Total


Samaritano em números

Profissionais treinados

Horas de treinamento

GSE - Admissional

380

55.302

GMDT - Admissional

101

12.098

Prevenção de infecção de corrente sanguinea

833

1.231

Úlcera por pressão, dermatite associada a incotinência

711

1.070

Bomba PCA

135

223

Indicador de Dor

880

1.243

Prevenção de incêndio

958

1.662

Higienização das mãos

971

1.511

Anotação de enfermagem

866

1.317

Meta 2

124

186

PCR teoria

886

1.366

PCR prático

881

1.326

Protocolo assistencial queda

866

1.334

Revisão de processos assistenciais e administrativos

856

1.312

47

71

9.495

81.251

Treinamento

PCR prático plano de ação

Total

79


TABELA IBASE - Balanço Anual 2011/2013 1. Base de Cálculo

2011

Receita Bruta

305.736

Receita Líquida

249.989

% FPB

100,00

Superávit Operacional

29.565

100,0

Folha de Pagamento

90.041

100,00

2. Indicadores sociais internos Alimentação

% FPB

% RL

7,43

3,14

5.540

6,15

2,60

392

0,44

0,18

302

0,34

0,14

530

0,59

0,25

1.743

1,94

0,82

15.194

16,87

7,13

% RO

% RL

0,2

0,03 0,08

6.687

Encargos sociais compulsórios

Não se aplica

Previdencia privada

Não se aplica

saúde (plano de saúde) segurança e saúde no trabalho (vacinas) educação cultura capacitação e desenvolvimento profissional creches ou auxílio-creche participação nos lucros ou resultados outros (Vale Transporte + Seguro de Vida) Total

0 0

Não se aplica

3. Indicadores sociais externos educação cultura saúde e saneamento esporte

55 170

0,6

9.978

33,7

4,68

76

0,3

0,04

0,0

0,00

combate à fome e segurança alimentar outros

% RL

5.412

18,3

2,54

Total das contribuições para a sociedade

15.692

53,1

7,36

Tributos (excluídos encargos sociais)

27.963

94,6

13,12

Total

43.655

147,7

20,48

4. Indicadores ambientais investimentos relacionados com a produção/ operação da empresa investimentos em programas e/ou projetos externos total de investimentos Quanto ao estabelecimento de metas anuais...

82.211

0,3

0,05

278,4

38,61

Cumpre de 0 a 50%

1925 649

Nº de empregados(as) terceirizados(as)

950

Nº de empregados(as) acima de 45 anos Nº de mulheres que trabalham na empresa

19 277 1314

% de cargos de chefia ocupados por mulheres

91

Nº de negros(as) que trabalham na empresa

79

% de cargos de chefia ocupados por negros(as) Nº de portadores(as) de deficiência ou necessidades especiais

3 51

6. Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial relação entre a maior e a menor remuneração na empresa número total de acidentes de trabalho os projetos sociais e ambientais desenvolvidos...

136 51 Direção e gerências

os padrões de segurança e salubridade...

Direção e gerências

quanto à liberdade sindical, ao direito....

Segue as normas da OIT

a previdencia privada contempla: a participação nos lucros ou resultados contempla.. na seleção de fornecedores... quanto à participação de empregados em programas..

Não se aplica Não se aplica São sugeridos Apoiará, organizará e incentivará

número total de reclamações e críticas de consumidores

Na empresa - 3139 / No Procon - 05 / Na Justiça - 78

% de reclamações e críticas solucionadas

Na empresa - 100% / No Procon - 100% / Na Justiça - em trâmite

Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): Distribuição do Valor Adicionado:

38,57

96

Nº de admissões durante o período

Nº de estagiários(as)

% RL

278,1

82.307

5. Indicadores do corpo funcional Nº de empregados(as) ao final do período

% RO

em 2011 142.899


2012

% FPB

% RL

388.805

2013

% FPB

325.666

130,27

380.009

152,01

24.169

100,0

72.009

100,0

106.681

100,00

121.960

100,00

8.578

% RL

441.075

% FPB

% RL

8,04

4,02

9.396

% FPB

% RL

7,70

4,41

5.600

5,25

2,63

6.581

5,40

3,09

528

0,49

0,25

640

0,52

0,30

410

0,38

0,19

477

0,39

0,22

645

0,60

0,30

838

0,69

0,39

1.823

1,71

0,86

1.952

1,60

0,92

17.584

16,48

8,25

19.884

16,30

9,33

% RO

% RL

% RO

% RL

5.095

21,1

2,39

20.551

28,5

9,64

0,0

0,00

0,0

0,00

9.547

39,5

4,48

15.230,52

21,2

7,14

0,0

0,00

0,0

0,00

0,0

0,00

0,0

0,00

2.150

8,9

1,01

7.173,06

10,0

3,36

16.792

69,5

7,88

42.954

59,7

20,15

24.645

102,0

11,56

39.648

55,1

18,60

41.437

171,4

19,44

82.602

114,7

38,75

% RO

% RL

% RO

% RL

52,2

5,92

19,9

6,73

12.610

14.341

31

0,1

0,01

125

0,2

0,06

12.641

52,3

5,93

14.466

20,1

6,79

Cumpre de 0 a 50%

Cumpre de 0 a 50%

1.925

2.294

649

674

950

442

19

28

277

318

1.314

1.573

91

85

79

165

3

2,43

51

105

127

132

57

56

Direção e gerências

Direção e gerências

Direção e gerências

Direção e gerências

Segue normas da OIT

Segue normas da OIT

Não se aplica

Não se aplica

Não se aplica

Não se aplica

São Sugeridos

São Sugeridos

Apoiará, organizará e incentivará

Apoiará, organizará e incentivará

Na empresa - 3.969/ No Procon - 05 / Na Justiça - 66

Na empresa - 1.653/ No Procon - 11 / Na Justiça - 54

Na empresa 100% - No Procon 100% / Na Justiça - Em trâmite

Na empresa 100% - No Procon 100% / Na Justiça - Em trâmite

em 2012

em 2013

147.706

204.989




American Hospital Association

Program certified by Joint Commission International de padrões e qualidade das instituições de saúde do mundo.

Hospital Samaritano de São Paulo Rua Conselheiro Brotero, 1.486 | Higienópolis | 01232-010 São Paulo | SP | Brasil | Tel. 55 11 3821.5300 | Fax. 55 11 3824 0070 marketing@samaritano.org.br www.samaritano.org.br

Samaritano Hospital @samaritanohosp hospitalsamaritano


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