Revista Medicina Especializada

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Alto desempenho em

medicina especializada A revista médica do Hospital Samaritano

ano II edição 08

C i ê ncia e m P a u ta O idoso com fratura de fêmur: o impacto da avaliação precoce e acompanhamento em desfechos intra-hospitalares

Ossos

no ofício Ortopedia e sua ampla gama de atuação nas diferentes partes do corpo e nas diversas fases da vida

ENTREVISTA: Luiz de luca fala sobre a incorporação ao americas serviços médicos



Especialidade democrática

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04

09 04

Q+A

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CIÊNCIA EM PAUTA

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CENÁRIO

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NOTAS

Crianças, mulheres, sedentários, jovens adultos, idosos, homens e atletas de alto desempenho: a ortopedia se relaciona com todos esses perfis de forma democrática! A especialidade é responsável por diagnosticar e tratar problemas desde a gestação ou após o parto, passando pelos desafios da adolescência e vida adulta até os idosos, que requerem atenção especial com tombos e fragilidade óssea. Confira reportagem (Cenário) sobre as diferentes formas de atuação do ortopedista e a importância de um correto acompanhamento para sanar problemas que podem gerar graves consequências aos pacientes. Leia também a entrevista (Q&A) com o superintendente corporativo, Luiz de Luca. Ele fala sobre o momento de transição do Hospital – em processo de incorporação à companhia norte-americana UnitedHealth Group (UHG), os desafios e principais características da mudança e, principalmente, os impactos e o funcionamento do Americas Serviços Médicos. Por fim, confira em Drops os números do Hospital em 2016 após a criação do novo portal de exames e a presença nas redes sociais após o lançamento do Medtalks. Tenha uma boa leitura e um ótimo 2017! Dr. Paulo Bianchini, diretor clínico Dr. Dario Fortes Ferreira, superintendente médico Hospital Samaritano de São Paulo

MEDICINA ESPECIALIZADA é uma publicação jornalística trimestral do Hospital Samaritano de São Paulo, com distribuição gratuita e circulação interna. O conteúdo da publicação é de inteira responsabilidade de seus autores e não representa necessariamente a opinião do Hospital Samaritano. Rua Conselheiro Brotero, 1.486 | 01232-010 | Higienópolis | São Paulo | SP | Brasil www.samaritano.org.br | comunicacao@samaritano.org.br | 11 3821.5300 | fax. 11 3824.0070 Gestão Executiva Superintendente Corporativo Luiz De Luca Superintendente Médico Dario Fortes Ferreira Superintendente Comercial, Marketing e Desenvolvimento de Negócios Paulo Ricardo Campos Ishibashi Superintendente de Responsabilidade Social Luiz Maria Ramos Filho Superintendente de Recursos Humanos Carmen Maria Natali Nigro Doro • Conselho editorial Paulo Bianchini, Dario Fortes Ferreira, Luiz Maria Ramos Filho, Paulo Ricardo Campos Ishibashi, Fernando de Andrade Leal, Mara Martin Dreger • Equipe DE Marketing Mariana Vendemiatti, Rafael Avad Ernandi, Adriano Ortiz, Bruno Amaral Jornalista Responsável Roberto Souza (MTB: 11.408) Editor-chefe Fábio Berklian Editor Rodrigo Moraes Reportagem Daniella Pina e Danielle Menezes Revisão Paulo Furstenau Projeto Gráfico Luiz Fernando Almeida Diagramação Leonardo Fial, Luis Gustavo Martins e Rodolfo Krupka Imagem de CAPa Shutterstock | Rua Cayowaá, 228, Perdizes, São Paulo - SP | www.rspress.com.br

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Q + A

Superintendente corporativo do Hospital Samaritano, Luiz de Luca fala sobre a constituição do Americas Serviços Médicos Desde agosto deste ano, o Hospital Samaritano está sendo incorporado à companhia norte-americana UnitedHealth Group (UHG), uma das maiores do mundo no setor de saúde. À frente do processo e da constituição do Americas Serviços Médicos – uma unidade de negócios com estrutura e gestão de resultados próprios –, o superintendente corporativo do Samaritano, Luiz de Luca, fala sobre as principais etapas do processo e os benefícios para empregados e pacientes. Por quais etapas passará a constituição do Americas Serviços Médicos e qual o prazo de conclusão do processo? A constituição do Americas como unidade hospitalar, com estrutura e gestão de resultados próprios, passará por diversas etapas. O primeiro passo é ter uma

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Hospital Samaritano

divisão dos ativos que hoje estão ligados à operadora Amil – uma das associadas ao UnitedHealth Group (UHG). Trata-se de uma reestruturação em gestão de resultados pela própria unidade de negócio. Estamos dividindo 22 unidades hospitalares e definindo uma estrutura organizacional para suportar a gestão desses ativos. Em um segundo momento, serão feitas as alocações societárias e as constituições jurídicas dessas empresas. Iniciamos o processo de incorpo-

ração em agosto deste ano, mas não temos um prazo específico para a finalização, já que o projeto compreende diversas fases. Quais os maiores desafios dessa incorporação? Um dos grandes desafios é fortalecer em todas as unidades hospitalares a visão que temos no Hospital Samaritano de São Paulo em trabalhar a assistência, as especialidades e a tecnologia não conseguimos ver esses itens


Q + A

de maneira desassociada. O Americas terá grandes referências clínicas, nas quais faremos mensurações baseadas no conceito Triple Aim, com indicadores das práticas clínicas em todas as áreas. Outro desafio é trazer uma visão de desempenho. As unidades do Americas Serviços Médicos deverão ter alta performance. Teremos uma visão muito relacionada ao capital humano - esse é o grande ativo do Americas.

© Hospital Samaritano • Arquivo

Haverá alguma mudança com relação aos planos atendidos? Não. Embora o Samaritano esteja sendo incorporado por uma empresa relacionada à Amil, a operadora continuará tendo a mesma participação que tinha antes. Servimos a todas as operadoras da melhor maneira possível, independentemente de sua relação societária. Nosso compromisso é trazer uma medicina diferenciada, baseada no processo de especialização, oferecendo mais benefício, resolutividade e integração da assistência.

Nosso compromisso é trazer uma medicina diferenciada, baseada no processo de especialização, oferecendo mais benefício, resolutividade e integração da assistência

Considerando Amil e Americas, temos 32 hospitais e mais de quatro milhões de vidas pelas quais o UHG é responsável. Temos de atender a essa demanda com excelência. O que essa reestruturação representa para o dia a dia do médico que atua no Samaritano? Essa transição não muda diretamente o dia a dia do médico. Não haverá mudanças na visão das especialidades, no processo de assistência e na busca pela integração dessas fases. O que muda são as perspectivas de desenvolvimento, recursos disponíveis e oportunidade de troca com outros hospitais do grupo Americas. Por exemplo: em uma especialidade de transplantes, o médico poderá se inter-relacionar com outras instituições para participar de atividades que antes estariam restritas a uma unidade independente. Os médicos poderão expandir isso para unidades hospitalares em São Paulo, para outras regiões do País e até mesmo para o exterior. Por ser um grande grupo mundial, essas fronteiras se tornam mais estreitas e mais fáceis de serem acessadas. Também vamos desenvolver uma unidade de treinamento no Rio de Janeiro, juntamente com o Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica (Ircad) para aprimoramento de técnicas cirúrgicas. Dessa forma, o que muda de fato é a abertura de possibilidades de desenvolvimento entre os profissionais do Americas. O que e como o médico deve comunicar aos pacientes sobre essas mudanças? O médico deverá comunicar a seus

pacientes a grande oportunidade de receber em outras instituições a assistência que hoje eles recebem no Hospital Samaritano São Paulo. Da mesma forma, os bons modelos de outras unidades hospitalares poderão ser incorporados ao Samaritano, como a cirurgia robótica. O impacto é positivo, de crescimento, maiores oportunidades de conhecimento e experiência. Acho que tanto pacientes quanto empregados devem sentir orgulho de fazer parte desse processo de expansão. No meu ponto de vista, o sentimento é mais de orgulho do que de medo; são mais oportunidades do que ameaças, mais fortalecimento do que enfraquecimento de uma unidade. O paciente cresce durante esse processo e, ao crescer, ele só tem a ganhar. O senhor também será CEO do Americas Serviços Médicos. Como encara esse desafio? Acredito que as magnitudes de desafios vêm no momento em que você está crescendo profissionalmente. Essa oportunidade veio para mim em um momento profissional em que já tenho maturidade para estar à frente desse processo. Não tenho receios. Encaro como uma etapa do meu desenvolvimento profissional como líder. Já vivi modelos internacionais de integração em outras incorporações e acho que é um momento estimulante, que traz motivação e não medo. Não temo errar. Isso pode acontecer sempre, pois só erra quem faz, mas acredito que os acertos serão bem maiores que os erros.

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Š Shutterstock

cenĂĄrio

Em todas as fases da vida Especialistas em ortopedia do Hospital Samaritano falam dos principais problemas e procedimentos em cada faixa etĂĄria Por daniella pina e danielle menezes 6

Hospital Samaritano


cenário

A

proximadamente cinco milhões de anos atrás, homens e primatas seguiriam rumos diferentes na escala evolutiva graças a uma característica importante: a postura ereta. O longo caminho de desenvolvimento do primeiro ancestral bípede do homem, o Australopithecus, até a sua espécie mais moderna, o Homo sapiens, exigiu uma nova estrutura óssea e muscular e separou as duas espécies em definitivo. A evolução, porém, trouxe problemas congênitos do sistema esquelético e doenças relacionadas ao estilo de vida do homem moderno. Alguns desses problemas podem ser diagnosticados ainda durante a gestação ou após o parto e, quando não corrigidos a tempo, podem trazer consequências para o futuro. Segundo o especialista em ortopedia pediátrica Dr. Antônio Carlos Fernandes, uma das patologias mais frequentes identificáveis logo ao nascimento é a displasia do desenvolvimento dos quadris, também conhecida por luxação congênita dos quadris. “Por meio do exame clínico e confirmação pela ultrassonografia, o tratamento precoce tem altos índices de sucesso e a necessidade de procedimentos cirúrgicos tem sido cada vez menor”, informa. Outra doença relativamente frequente é o pé torto congênito, que responde bem ao tratamento conservador, quando iniciado precocemente. “Entretanto, com a maior sobrevida de bebês prematuros, devemos estar atentos a prevenir complicações como as infecções osteoarticulares oligossintomáticas. Nesse grupo de risco, também há uma chance maior de lesões do encéfalo, que poderão promover sequelas que envolvem o sistema musculoesquelético secundariamente”, conclui. Já na adolescência, os problemas ortopédicos estão ligados diretamente ao uso das tecnologias. Celulares e tablets são cada vez mais comuns entre os jovens e pode trazer problemas graves para a coluna e desenvolvimento. Segundo o especialista em coluna

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cenário

Dr. João Paulo Machado Bergamaschi, o uso inadequado da tecnologia pode gerar grandes transtornos musculoesqueléticos na coluna vertebral desses jovens. “Estamos observando a inconsciente formação de uma geração da cabeça baixa, que atinge todas as faixas etárias e classes sociais. Se permanecermos com a cabeça inclinada 50 a 60 graus para baixo por 20 a 30 minutos é como se tivéssemos um peso adicional de quase 30 quilos nela”, afirma. De acordo com Bergamaschi, os exames complementares são fundamentais para a confirmação diagnóstica e escolha da melhor forma terapêutica a ser adotada, principalmente nesses casos. “As radiografias simples são capazes de identificar e quantificar desvios posturais, desde os graus mais leves. Alguns pacientes jovens necessitam de exames mais detalhados para descartar outros problemas que estão cada vez mais prevalentes na população mais jovem, como hérnia de disco, listese e lesões por estresse, entre outros”, completa. Com um público-alvo bastante heterogêneo, a ortopedia surgiu para atender às demandas musculoesqueléticas de homens e mulheres, atletas de alto desempenho e pessoas sedentárias, nas diferentes fases de vida. Para dar assistência a essa gama variável de perfis de pacientes, a especialidade também se subdividiu. De acordo com o coordenador do Núcleo de Ortopedia do Hospital Samaritano, Dr. Luiz Fernando Cocco, hoje o Hospital possui profissionais de referência em quadril, joelho, ombro e cotovelo, mão, pé e coluna. A traumatologia também foi uma demanda nesse sentido. Ela surgiu da necessidade de lidar com pacientes vítimas de acidentes envolvendo veículos,

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Hospital Samaritano

ferimentos por armas, quedas e outras lesões causadas por traumas de alta energia. “No Samaritano, a avaliação do ortopedista diante de um paciente politraumatizado passa por um protocolo de urgência e emergência”, explica. A prioridade é manter o paciente vivo, por isso cabe ao cirurgião geral e ao traumatologista avaliar as vias aéreas e as lesões que o deixem com risco de morte imediata. Uma vez estabilizado, a ortopedia começa a atuar para fazer fixações provisórias ou definitivas. Durante a vida adulta, os traumas mais frequentes são as quedas, as entorses e as lesões ligadas ao esporte. “Com o aumento da expectativa de vida, houve também crescimento no número de traumas em indivíduos na terceira idade”, afirma o ortopedista e traumatologista do Samaritano, Dr. Rogério Naim. Além dos traumas causados pelas quedas, segundo Cocco, que é especialista nessa área, existem dois grandes grupos de problemas ósseos nos idosos: os degenerativos, que são as artroses, quando a cartilagem já foi muito comprometida e o paciente não consegue caminhar ou subir escadas, por exemplo; e a fragilidade óssea, que pode resultar em fraturas, principalmente no fêmur, punho e úmero. A principal causa da fragilidade óssea é a osteoporose, condição mais comum em mulheres e ligada a diversos fatores, principalmente hormonais. “A prevenção da osteoporose é feita com atividades físicas que estimulem os ossos, como corrida, que tem impacto e repetição, e por dieta alimentar, que nem sempre precisa ser suplementada”, afirma. Os traumas comuns nas pessoas idosas acontecem não só pela fragili-

Dr. João Paulo Machado Bergamaschi


© Shutterstock

cenário

© Samaritano/Divulgação

Na página ao lado, jovem da chamada ‘geração da cabeça baixa’. Acima, Lesões ortopédicas são bastante comuns na prática esportiva

Dr. Luiz Fernando Cocco, coordenador do Núcleo de Ortopedia do Hospital Samaritano

dade óssea, mas também por problemas de visão, audição, menor capacidade de defesa e reflexos mais lentos. Geralmente, o ambiente domiciliar é onde o idoso mais sofre quedas. Por isso, a residência segura é aquela que cumpre todas as medidas possíveis para que os riscos inerentes a uma queda sejam contornados. “É preciso colocar corrimão no banheiro e dentro do box para tomar banho. O idoso precisa de uma cadeira ou banco para sentar e lavar os pés. Portas de vidro também são perigosas, pois ele pode cair e se cortar. O ideal é deixar a cortina para dentro do box para que ele não se apoie. É preciso cuidado com as banheiras. O piso precisa ser plano e antiderrapante. A maçaneta, principalmente em banheiro, precisa ser aquela reta para que ele consiga abrir e fechar com facilidade. Ter portas largas também é importante caso a pessoa eventualmente use andador, para que ela possa passar de frente e não de lado. Não pode ter tapete, a menos que tenha cola embaixo para grudar no chão. Deve haver luminosidade suficiente, com lâmpadas noturnas. É importante também ter um cuidador para a hora da medicação, para não tomar remédios errados, entre outros cuidados”, completa Cocco. Na área de atuação da medicina do esporte, as lesões estão muito relacionadas ao tipo de atividade praticada pelo atleta. É comum que jogadores de futebol tenham mais lesões ligamentares e de menisco, por exemplo. Na natação, as lesões mais frequentes são as bursites e tendinites no ombro. “Cada esporte tem sua particularidade. A maioria das lesões é por sobrecarga e não por acidente”, explica o ortopedista e traumatologista do Samaritano, Dr. Marcus Luzo. De acordo com ele, a medicina do esporte é uma área muito ampla, que envolve desde o aconselhamento de como prevenir lesões e ter um melhor resultado no esporte até o tratamento de traumas relacionados à prática esportiva.

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cenário

Casos emblemáticos Enfermeira do Pronto-Socorro do Hospital Samaritano, Andréa Corrêa Ortiz Gimenez sofreu um grave acidente a caminho do trabalho. Ela, que estava no carro com mais duas colegas também do Hospital, viu outro veículo capotar na sua frente e não teve tempo para frear, colidindo com ele. Com o acidente, a enfermeira fraturou a clavícula,o fêmur direito e a patela do joelho direito. A ambulância a levou direto para o Hospital das Clínicas, mas ela foi transferida para o Samaritano em poucas horas. Após cinco horas de cirurgia, duas hastes intramedulares e alguns parafusos na patela, Andréa conta que teve uma recuperação muito rápida. Um mês após todos os procedimentos, ela já andava normalmente. “Foram quatro meses de recuperação e muita fisioterapia. Mas tenho certeza de que minha recuperação foi rápida e eficiente graças às técnicas da equipe do Samaritano.” Ao cair do telhado em sua casa em Orlando (EUA), José Carlos Lopes Casarejo fraturou o cotovelo e foi operado em um dos melhores hospitais da cidade. Porém, uma semana após a cirurgia, já no Brasil, houve uma complicação que quase resultou em necrose. Ele foi encaminhado ao Pronto-Socorro Ortopédico do Hospital Samaritano e submetido a cinco cirurgias. Hoje, pouco mais de um ano após o primeiro procedimento, ele afirma que o braço está praticamente perfeito. “O Hospital é excelente. Todas as avaliações que fiz da equipe médica foram boas. Ainda estou em acompanhamento porque meu acidente foi muito grave, mas já retornei a todas as minhas atividades normais.”

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Hospital Samaritano

Andréa Corrêa Ortiz Gimenez, enfermeira que sofreu acidente de carro e fraturou a clavícula, fêmur e patela do joelho


cenário

Diagnóstico e técnicas cirúrgicas

© Samaritano/Divulgação

Dr. Rogério Naim

Fundamental à ortopedia, a medicina diagnóstica é o que determina a classificação da fratura para compreensão do tipo de doença, através de radiologias, tomografias e ressonâncias magnéticas. A hipótese diagnóstica é dada pelo ortopedista após um exame físico ortopédico, porém, a comprovação do tipo de doença depende de exames complementares de imagem. Cocco destaca a infraestrutura da área de medicina diagnóstica para realizar exames complexos, como os de reconstrução tridimensional. “No Hospital Samaritano, contamos com especialistas nas diversas áreas da traumatologia ortopédica, além de uma rede moderna de diagnóstico, com médicos radiologistas especialistas em aparelho musculoesquelético, o que agiliza o diagnóstico e o tratamento dessas lesões”, completa Naim. O sucesso de uma cirurgia ortopédica e a boa reabilitação do paciente também dependem das técnicas realizadas. Atualmente, as cirurgias minimamente invasivas permitem fazer uma medicina de alta performance, com menos dor, menor tempo de internação, custo mais baixo e recuperação mais rápida. “Valorizamos muito a preservação de partes moles, pois sabemos que uma das principais características para a consolidação do osso é o aporte sanguíneo. Preservar o invólucro de partes moles, cadeias musculares, pele e deixar o sangue nutrir a fratura é o que fará o paciente se reabilitar cada vez mais rápido”, explica o coordenador do Núcleo de Ortopedia. De acordo com ele, a especialidade depende muito da associação de formação técnica e desenvolvimento

cirúrgico a implantes e materiais diferenciados de fixação da fratura. “As incisões, acessos e hastes fazem com que as cirurgias sejam percutâneas. Através da radioscopia no intraoperatório, conseguimos saber a direção correta dentro do osso para passar os parafusos para as posições corretas. Isso faz com que o paciente já tenha a capacidade de sentar e ficar de pé logo após a cirurgia. Ao associar estabilidade com a preservação biológica do paciente, fazemos uma medicina de alto desempenho”, conclui.

Visão especializada e multidisciplinar Além de profissionais bem treinados, a interação e a sintonia entre as equipes complementam o cuidado de excelência. “Dizemos que o paciente politraumatizado é um paciente multidisciplinar. O ortopedista fica diretamente envolvido com a equipe de cirurgia do trauma e a atuação com o cirurgião geral em caso de pacientes polifraturados ou politraumatizados é praticamente conjunta. A ortopedia também interage muito com a medicina diagnóstica, anestesistas e, claro, os cirurgiões”, diz Cocco. Além de equipes capacitadas para estabilizar esses pacientes, o coordenador destaca a infraestrutura e a retaguarda cirúrgica de altíssima qualidade, UTIs bem equipadas e intensivistas treinados. O coordenador explica que após a fixação de fraturas, a área de atuação passa a ser basicamente clínica. Daí os intensivistas, cardiologistas e outros especialistas podem proporcionar ao paciente uma boa condição pós-operatória. “A cirurgia põe esse paciente de pé, mas quem permite que ele volte à condição que tinha antes das lesões é o suporte clínico”, diz.

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c i ê n c i a e m p a u ta

O idoso com fratura de fêmur: o impacto da avaliação precoce e acompanhamento geriátrico em desfechos intra-hospitalares

Autora: Dra. Juliana Marília Berretta1 Orientador: Prof. Dr. João Toniolo Neto1

Dr. Luiz Fernando

Cocco2,

Coautores: Dr. Leonardo Henrique Ferraro3, Dra. Ana Beatriz di Tomaso1

Com o envelhecimento populacional, a presença de idosos nas unidades de emergência cresceu 34% entre 1993 e 2003, com aproximadamente 11,7 milhões de visitas em 2013 nos Estados Unidos e crescimento expressivo dos maiores de 85 anos (1). A lesão ortopédica é uma amostra representativa das causas pesquisadas (2), sendo que o trauma representa 33% das visitas no Reino Unido (3). Em 2010, 620 mil idosos foram acometidos com fratura de fêmur nos países da União Europeia e nos Estados Unidos, mais de 250 mil anualmente, com previsão de esse número dobrar em 2040 (4). O tratamento, com algumas exceções, é predominantemente cirúrgico, o que configura a cirurgia de fratura de fêmur como urgência geriátrica, sendo recomendada uma abordagem rápida e precisa para diminuir as complicações ocasionadas pela fratura e imobilidade. A

internação hospitalar e o estresse cirúrgico somados à vulnerabilidade orgânica da população idosa criam um ambiente propício para eventos clínicos desfavoráveis e diminuição de reservas fisiológicas do paciente. Um estudo revelou que a admissão imediata de pacientes com 70 anos ou mais com fratura de fêmur aos cuidados de uma equipe geriátrica promoveu melhoria na mobilidade desses pacientes em quatro meses, quando comparado com o tratamento ortopédico habitual. Os resultados sugerem que o tratamento de pacientes idosos com fraturas de fêmur deve ser organizado como cuidados “ortogeriátricos” (8). Assim, unidades ortogeriátricas agudas, com um comanejo médico desses pacientes, oferecerem melhor chance de um bom resultado (7), com alguns estudos demonstrando redução de complicações pós-operatórias e mortalidade (9).

1. Disciplina de geriatria e gerontologia da Unifesp, 2. Disciplina de ortopedia e traumatologia da Unifesp. 3. Disciplina de anestesiologia da Unifesp 12

r e v i s ta m e d i c i n a e s p e c i a l i z a d a • h o s p i ta l s a m a r i ta n o


c i ê n c i a e m p a u ta

Em 2014, as disciplinas de geriatria, anestesiologia e ortopedia da Universidade Federal de São Paulo criaram um protocolo para abordagem de idosos com fratura de fêmur que internaram no Hospital São Paulo e buscaram avaliar o impacto da implantação desse modelo em desfechos intra-hospitalares. Trata-se de um estudo coorte retrospectivo comparando dois grupos de pacientes acima de 60 anos internados com fratura de fêmur de qualquer tipo na enfermaria da Ortopedia, acompanhados pela equipe da Geriatria do Hospital São Paulo, no período de março de 2013 a março de 2014 (grupo controle) e de abril a dezembro de 2014 (grupo intervenção). O grupo controle foi formado com dados retirados de prontuários médicos de pacientes com fratura de fêmur, de março de 2013 a março de 2014, cuja avaliação pela equipe da Geriatria foi feita em qualquer momento ao longo da internação (pré e pós-operatório), solicitada a critério da equipe da Ortopedia. Os critérios de exclusão foram pacientes transferidos para outros serviços.

O grupo intervenção foi formado por dados de prontuário médico de pacientes de abril a dezembro de 2014, com fratura de fêmur, cuja avaliação da equipe da Geriatria foi feita de forma precoce, nas primeiras 48 horas da internação hospitalar. Os critérios de exclusão foram os mesmos do grupo controle. Foram coletados ao todo dados de 56 pacientes - 23 do grupo controle, nomeado Grupo Pré-Protocolo, e 33 do grupo intervenção, nomeado Grupo Pós-Protocolo. Variáveis como idade, número de comorbidades (Tabela 4), sexo, polifarmácia e alteração cognitiva prévia foram semelhantes entre os dois grupos. A variável para funcionalidade, representada pelo Índice de Katz ou de Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD), apresentou diferença estatisticamente significante entre os grupos, sendo que a proporção de pacientes com dependência grave foi maior no Grupo Pré-Protocolo, enquanto a proporção de pacientes independentes foi maior no Grupo Pós-Protocolo (Tabela 1).

Trata-se de um estudo coorte retrospectivo comparando dois grupos de pacientes acima de 60 anos internados com fratura de fêmur de qualquer tipo

Pré

Sexo Alteração Cognitiva Índice de Katz (ABVD)* Polifarmácia+

Masculino Feminino Não Sim Independente Moderada Grave Não Sim

Pós

p-valor

N 5 18

% 21,7 78,3

N 6 27

% 18,2 81,8

11

52,4

21

63,6

10 10 4 5 8 10

47,6 52,6 21,1 26,3 44,4 55,6

12 26 4 2 18 14

36,4 81,3 12,5 6,3 56,2 43,8

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0,742 0,412 0,03 0,417 0,04 0,423


c i ê n c i a e m p a u ta

A média do tempo de internação e do número de complicações no Grupo Pós-Protocolo foi menor do que no Grupo Pré-Protocolo

Notamos que a média do tempo de internação e do número de complicações no Grupo Pós-Protocolo foi menor do que no Grupo Pré-Protocolo, passando de 23,09 para 10,73 dias e de 3,56 para 2,45 complicações clínicas respectivamente (Tabela 4). Concluímos com os dados apresentados que uma avaliação e manejo precoce dos idosos com fratura de fêmur por uma equipe geriátrica e um comanejo desse grupo com ortopedistas e anestesiologistas promovem melhorias em desfechos intrahospitalares como tempo de internação, uso de leitos de terapia intensiva e mortalidade intra-hospitalar.

© Shutterstock

Comparamos os dois grupos em relação à internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No grupo controle, 78,3% dos pacientes se submeteram à internação na UTI, enquanto no grupo intervenção, 33,3%, com p < 0,001 (Tabela 2). Em relação à mortalidade intra-hospitalar, concluímos que existe significância estatística entre os grupos. No Grupo Pré-Protocolo, sete dos 23 pacientes acompanhados faleceram e, no Grupo Pós-Protocolo, três dos 33 pacientes faleceram, revelando uma queda de percentual de 30,4% para 9,1% (p-valor = 0,040) (Tabela 3).

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c i ê n c i a e m p a u ta

UTI

Pré

Pós

N

%

N

%

Não

5

21,7

22

66,7

Sim

18

78,3

11

33,3

Óbito na Internação

P-total

<0,001

Tabela 2. Comparação dos grupos para internação em UTI

Núm. Complicações

Pós

N

%

N

%

Não

16

69,6

30

90,9

Sim

7

30,4

3

9,1

P-total

<0,040

Tabela 3. Comparação entre grupos na distribuição de óbito na internação

Média

Mediana

DesvioPadrão

CV

Mín.

Máx.

N

IC

Pré

23,09

14

19,24

83%

5

70

23

7,86

Pós

10,73

8

5,47

51%

4

22

33

1,87

Pré

3,56

4

2,04

57%

1

8

18

0,94

Pós

2,45

2

1,14

47%

1

5

22

0,48

Momento

Tempo Total de Internação

Pré

P-valor

0,001

0,037

Tabela 4. Comparação dos grupos para variáveis qualitativas como tempo de internação e número de complicações clínicas

REFERÊNCIA S 1. Roberts DC, McKay MP, Shaffer A. Increasing Rates of Emergency Department Visits for Elderly Patients in the United States, 1993 to 2003. Ann

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fracture: A randomized, controlled trial. J Am Geriatr Soc. 2005;53:1476–82.

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r e v i s ta m e d i c i n a e s p e c i a l i z a d a • h o s p i ta l s a m a r i ta n o


n o ta s

Samaritano participa do Novembro Azul Em 2005, o Brasil tinha expectativa de vida de 66,01 anos para os homens. Em 2015, esse número passou para 71,88 anos, e, em 2030, a previsão é que seja de 75,28 anos. O envelhecimento da população é um dos principais fatores que elevam o número de pacientes com câncer. De acordo com informações do coordenador do Núcleo de Urologia do Hospital Samaritano, Dr. Alexandre Crippa Sant’Anna, o câncer de próstata é um dos tipos com maior prevalência entre os homens. Em números absolutos, a quantidade de homens em 2015 era superior a 100 milhões e, em 2030, deve chegar a mais de 109 milhões. “Se levarmos em consideração que a idade média para o diagnóstico de câncer de próstata é 67 anos, e que um em cada seis homens provavelmente desenvolverá a doença, podemos imaginar o tamanho do problema”, afirma. Para ajudar no controle da doença, o mês de novembro é utilizado para informar toda a população sobre a importância do diagnóstico precoce. Segundo Sant’Anna, desde a aprovação do PSA como marcador do câncer de próstata, em 1986, pela

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Hospital Samaritano

FDA, há uma diminuição da mortalidade desse tipo de câncer devido ao diagnóstico precoce da doença. “Esses fatos demonstram a importância da consulta com um urologista, como orienta a Associação Americana de Urologia. Paciente e médico devem tomar uma decisão compartilhada sobre os exames”, afirma o coordenador do Núcleo de Urologia do Samaritano. O Hospital disponibiliza uma equipe de urologistas para dar a orientação adequada e equipamentos de última geração, como a ressonância magnética, para ajudar no diagnóstico ou guiar a biópsia, quando necessária. “É importante compreender que existem várias opções de tratamento para o câncer de próstata, a depender da expectativa de vida do paciente, da agressividade do tumor e das crenças individuais quanto à qualidade de vida pós-tratamento. Portanto a avaliação por um uro-oncologista na decisão do melhor tratamento pode ajudar na escolha do paciente”, conclui Sant’Anna.

Mulheres na menopausa ganham assistência diferenciada Cerca de dois terços da vida de uma mulher acontecem durante o climatério e a pós-menopausa. Foi pensando nisso que o Hospital Samaritano criou o Centro de Climatério e Menopausa, para oferecer atendimento dedicado e especialmente para a mulher nessa fase da vida. Segundo o coordenador do Núcleo de Ginecologia e Perinatologia, Edilson Ogeda, o Centro já está em funcionamento e é possível fazer o agendamento das consultas por telefone ou on-line. “O foco é a prevenção e promoção da saúde e diagnóstico precoce das patologias que são comuns durante a menopausa”, afirma o especialista. O Centro engloba o trabalho de uma equipe multiprofissional e todos os exames disponíveis na medicina diagnóstica do Samaritano. “No diagnóstico de alguma patologia de outra especialidade, a mulher é automaticamente encaminhada para acompanhamento pela equipe de especialistas, seja da Cardiologia, Oncologia, Cirurgia do Aparelho Digestivo, especialistas de outras áreas da Ginecologia, ou qualquer outra especialidade necessária”, completa Ogeda.


Arquivo pessoal

N O TA S

Medicina esportiva para todos Desde novembro, o Hospital Samaritano passou a contar com um Centro Avançado de Medicina do Esporte (CAME), coordenado pelo médico da seleção brasileira de futebol feminino, Dr. Nemi Sabeh Junior. Segundo o ortopedista, o CAME abrange a melhor metodologia de avaliação esportiva. “Conseguimos observar como o corpo se comporta no momento do exercício e como podemos melhorar seu desempenho em qualquer modalidade. Além da melhora da performance, podemos direcionar o paciente indicado a fazer exercícios, mui-

Dr. Nemi Sabeh Junior, coordenador do Centro Avançado de Medicina do Esporte (CAME) e médico da seleção brasileira de futebol feminino

tas vezes pelo médico, da melhor forma e intensidade possível”, informa. O Centro tem a participação de três especialidades – cardiologia, traumatologia esportiva e fisiologia do exercício – para poder atender às demandas. O atendimen-

to será voltado tanto para atletas que precisam de atendimento especializado, principalmente para um diagnóstico após algum trauma, quanto para o público em geral que quer iniciar algum tipo de esporte e precisa de acompanhamento médico.

Centro para tratamento das disfunções de ATM Desde setembro, o Hospital Samaritano mantém uma unidade para o tratamento dos distúrbios da ATM, coordenada pelo Prof. Dr. Ronaldo de Freitas, médico e cirurgião-dentista, com área de atuação em cirurgia craniomaxilofacial. De acordo com o especialista, o Samaritano é pioneiro em dispor de um atendimento especializado para o problema. “Dentro desse ambiente, é possível integrar o atendimento ambulatorial à estrutura do Hospital, facilitando o acesso do paciente a exames complementares ao diagnóstico, bem como otimizando a realização de tratamentos cirúrgicos quando necessários”, informa. O Centro foi estruturado para atendimento ambulatorial dentro do Hospital, para que pudesse haver integração com outras especialidades médicas como a neurologia e a otorrinolaringologia. Também está integrado à medicina diagnóstica, para oferecer diagnóstico precoce e a possibilidade de

tratamento multiprofissional amplo, que possibilitem terapias clínicas, cirurgia minimamente invasiva (artroscopia) e cirurgias abertas, incluindo procedimentos de reconstrução da ATM, a depender do estágio da doença. Segundo Freitas, os distúrbios da ATM, ou dor ‘orofacial’, podem acometer de 40% a 75% da população brasileira, de acordo com estudos epidemiológicos. “Além disso, 33% dessas pessoas têm pelo menos um sintoma, como cefaleia, dor facial, mordida errada, otalgia reflexa, zumbido, ruídos articulares, alterações da movimentação ou limitação das funções mandibulares. Trata-se de um grupo de afecções que envolvem a ATM cujos achados clínicos podem mimetizar outras doenças do seguimento craniofacial e requerem atenção especializada para diagnóstico e terapêutica precoces, minimizando os danos articulares e melhorando a qualidade de vida dos pacientes portadores”, completa.

outubro•novembro•dezembro | 2016

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DROPS

Novo Portal de Resultado de Exames No ar desde 26 de setembro de 2016, o Portal de Resultado de Exames do Hospital Samaritano tem alcançado resultados excepcionais. O projeto, que tinha como meta migrar 20% dos agendamentos para a plataforma digital em um ano, já superou esse objetivo em apenas dois meses. De acordo com a gerente de atendimento do Hospital Samaritano, Silvia Voullieme, o recurso é muito simples e possui uma ótima navegabilidade, facilitando a adesão e oferecendo mais autonomia e liberdade ao usuário. Confira os primeiros números da ferramenta.

Agendamento de consultas* • 1º mês: 206 agendamentos a partir de 15 de setembro, com média de 13 consultas por dia; • 2º mês (outubro): 604 agendamentos, com média de 19,5 consultas por dia; • 3º mês (até 7 de novembro): 156 agendamentos, com média de 22 consultas por dia; • Meta para um ano superada no segundo mês de funcionamento: 21% dos agendamentos feitos através da plataforma; • O agendamento de consultas corresponde a 57% do uso da ferramenta. *O “no show” tem índice 8% menor nos agendamentos on-line

Agendamento de exames • A partir de 15 de setembro: 333 média de 22 exames por dia; • Até 7 de novembro: 181 média de 26 consultas por dia; • O agendamento de exames corresponde a 43% do uso da ferramenta; • 21% dos agendamentos (incluindo exames e consultas) foram feitos fora do horário de atendimento do call center, aos domingos, feriados e madrugada.

Medtalks 30 vídeos publicados Mais de 1 milhão de visualizações Aproximadamente 4 milhões de pessoas impactadas

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Hospital Samaritano

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