Complete a História - Z Multi Editora

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Ciro Domingos Ferretto - Caren Rochele Rönnau Kroeff - Ramiro José Borba - Waldir José Dilkin - Nestor Trein - Jorge Remi Hansen Paulo Link - Débora Knorst Krentkowski - Jussara Wilborn Griebeler - Ana Maria da Silveira Teixeira - João Gabriel Rocha Dilkin - Rariel Forian Mariana Ronnäu Kroeff - Banda Valente - Teresinha Lisete Seger Maciel - Nelci da Silva Linck - Renate Gigel Terezinha Roque - Marcia Wrasse - Sérgio Araújo – Joabe Fontoura - Luís Antonio Rodrigues Kroeff

Um desafio lançado na 35ª Feira do Livro de Estância Velha

Estância Velha, minha cidade Qualidade de vida



Apresentação Durante a 35ª Feira do Livro de Estância Velha, entre os dias 14 e 18 de agosto de 2016, no Centro Municipal de Eventos Novisol, a Z Multi Editora propôs um desafio aos frequentadores do evento: continuar as histórias iniciadas por dois de seus autores. Ciro Domingos Ferretto deu início ao texto “Estância Velha, minha cidade”; Caren Rochele Rönnau Kroeff, por sua vez, introduziu a história “Qualidade de vida”. Nas páginas a seguir, você confere o resultado desta iniciativa, com textos escritos por várias mãos. Eles nos fazem refletir sobre a importância de nos informar sobre nosso passado e também nos familiarizar com alguns fatos marcantes da história de Estância Velha; ao mesmo tempo, nos levam a pensar sobre o bem-estar das pessoas e nossas próprias experiência de vida. Por alguns minutos, em meio a uma visita aos livreiros, no intervalo de uma apresentação cultural ou após um bate-papo com os escritores, cada um dos autores ofereceu seu tempo, sua inspiração e sua vontade em compartilhar sua produção para você. Todo mundo tem uma história para contar. Aqui, você lê diversas formas de contar uma história e várias possibilidades. Agradecemos aos 22 autores desta obra coletiva por aceitarem o desafio. Você, leitor, é convidado a compartilhar deste momento. Boa leitura! Cleber Zanovello Dariva e Sandra Hess | Z Multi Editora


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CAPITULO 1

Estância Velha, minha cidade

E CIRO DOMINGOS FERRETTO, proprietário da JR Imóveis, morador do Bairro Floresta, autor do livro “Tribuna Livre - Ciro Ferretto: vereador de Estância Velha por três legislaturas (1993/2004)”, Cidadão de Estância Velha de 2011.

stância Velha é um local bonito, aprazível para se morar, próximo de grandes centros e da capital do Estado e, acima de tudo, com gente ordeira, trabalhadora e amiga. Mas, para que Estância Velha se tornasse o que é hoje, houve a participação ativa e determinante de muita gente. É assim, como todo o começo de uma estória, que começa a história de Estância Velha... ERA UMA VEZ... Era uma vez um pequeno núcleo de pessoas que moravam e trabalhavam numa pequena localidade, distrito de São Leopoldo. Pelo trabalho conjunto, pela pujança da economia local e pela garra e determinação desta gente, esta localidade, através de seus líderes, começou a trabalhar a emancipação de Estância Velha. Assim, não demorou muito para que a história de Estância Velha emancipada tivesse seu início, para que as futuras gerações contassem a luta e bravura de nossos emancipacionistas. E, como diz a historiadora e poetisa Cora Coralina.... “É preciso resguardar em tempo a memória de uma cidade, para que nossos descendentes não se queixem de nós mais tarde”. A história de luta e bravura continua.


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ossa comunidade gosta de trabalhar, mas também gosta de ler a boa literatura, e da cultura em geral... Mas não fica só aí! Escrever, escrever, escrever; é a bela paixão que ilumina a alma de muitos por aqui e por nossas redondezas.

RAMIRO JOSÉ BORBA, escritor, patrono da 35ª Feira do Livro de Estância Velha.


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WALDIR JOSÉ DILKIN, prefeito de Estância Velha nas gestões 2009-2012/2013-2016.

alando em trabalhar e escrever, quero lembrar o início da Escola Técnica de Curtimento (hoje Escola de Curtimento Senai), considerando que Estância Velha é a Capital do Couro. Éramos os maiores produtores de couro e o curtidor Paulo Leuck Schuck iniciou um movimento entre os curtidores do município e do país inteiro para construir uma escola especializada em curtimento de couro. A ideia foi logo adotada, e a mesma foi inaugurada em 1967 com a vinda do Presidente da República, General Costa e Silva. Todos os curtidores estancienses e do Brasil contribuíram para que ela se tornassse realidade. A terra foi doada pelo senhor Walter Pehls. Hoje, ela forma alunos para o mundo todo. Temos técnicos espalhados pelo mundo inteiro e ela é hoje a melhor e a mais moderna escola de curtimento do mundo. O presidente da República veio a Estância Velha pela primeira e única vez. Alguns industriais do couro de Estância Velha que participaram: Victor Kurt Schuck, Arlindo Bender, Ruggar Bender, Bruno e Mario Leuck, Ary Leuck, Nestor Becker e Alfredo Musskopf. Vale lembrar que as primeiras aulas práticas aconteciam no curtume Sampaiense, de propriedade de Ervino Arthur Ritter, Walter Musskopf e Lauro Normelio Konrath. Além deste educandário, nosso município sempre se destacou em educação e outras escolas, tanto públicas como privadas, fazem hoje parte da nossa cidade.


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este contexto, podemos registrar a importância da hoje Escola Estadual 8 de Setembro, que iniciou como educandário municipal para depois se estadualizar, tendo como idealizador nosso primeiro prefeito, Victor Kurt Schuck. Passada esta fase, onde hoje se encontra nosso maior monumento cultural, que é o Centro Tecnológico SENAI, Walter Alcides Pehls doa uma área enorme ao município e constrói-se o “Ginásio” que, depois até de sofrer um incêndio, é construído onde está hoje, aliás, construído com os trabalhos braçais da equipe própria de pedreiros da Prefeitura Municipal, à base de carrinho de mão e betoneira. Hoje, isto seria uma ficção...

NESTOR TREIN, professor, secretário de Meio Ambiente, viceprefeito entre 1972 e 1976 e prefeito entre 1976 e 1982.


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JORGE REMI HANSEN, autor do livro “Uma viagem inesquecível”, corretor de imóveis, produtor e apresentador do Programa Alemon Schosch, da Rádio ABC 900AM desde julho de 2007.

os idos de 1960, quando, para continuar os estudos, fui morar com o mano Cirilo, na gloriosa Vila Joaneta, Nova Petrópolis. Era ferreiro, tanto que fabricava as nossas ferramentas, como para vender as necessárias para as labutas agrícolas. Em virtude da ida da família do Cirilo e Noemia para o Rincão dos Ilhéus, pedi “aconchego” para a irmã Lucia e seu esposo Arno. A mudança do Cirilo e família, ao redor de 1967, quando a BR-116 era pista única, poucos habitantes no bairro. Decidiu com os manos José Cláudio e Ivo Roque fundar a Metalúrgica Hansen. A construção do pequeno galpão, nos fundos do terreno, com madeiras de eucalipto, buscados nas terra dos pais, em Nova Harmonia. O começo foi da maneira mais modesta possível, porém sempre acreditando na capacidade, honestidade e competência dos sócios e colaboradores, o resultado está concretizado no Bairro Rincão dos Ilhéus. Com muito orgulho pode-se afirmar que a empresa, hoje transformada na Central de Ferros/Metalúrgica Hansen, está sólida, das poucas empresas que chegam aos 50 anos de continuidade e progresso, fazendo das intempéries econômicas os patamares para galgar sempre horizontes novos. Evidente que houve adaptações na direção da empresa, quando as primeiras gerações assumiram responsabilidades.


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erações e responsabilidades são palavras chave para ser alguém na vida. Nesta linha de raciocínio, recordo dos tempos de Novisol. Em 1971, quando iniciei minhas atividades nesta empresa, a razão social era Irmãos Lovison e, posteriormente, passou para Calçados Novisol Ltda. (Novisol é o invertido de Lovison). Foram anos de ouro, onde construí muito do que sei hoje. Saí da empresa no ano de 1987. Fiquei feliz quando pude retornar a esta casa (Centro Novisol), ver que este espaço desocupado agora tem um novo valor, uma ocupação também nobre. Antes produzia calçado, agora desenvolve cultura. Que a vida siga e que muitos possam mostrar e desenvolver suas artes e dons no Centro de Cultura Novisol. A vida não para, é preciso olhar para a frente.

PAULO LINK, aposentado nas horas vagas, e ativo como florista.


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O DÉBORA KNORST KRENTKOWSKI, pedagoga e professora na Rede Municipal de Ensino de Estância Velha. JUSSARA WILBORN GRIEBELER, mestre em Educação e professora da Rede Municipal de Ensino de Estância Velha.

lhando para trás, percebemos o quanto a nossa cidade evoluiu, progrediu em termos de população, comércio, serviços, habitação. E, com isso, também houve a necessidade de construir e ampliar as escolas com o intuito de atender toda essa demanda que anseia por uma educação de qualidade. Passado mais de meio século, vê-se como prioridade a construção de escolas em todos os bairros, isto ainda é um sonho, mas com o passar de mais alguns anos, quem sabe as gerações futuras verão este sonho concretizado. E não bastam apenas prédios, é necessário que os profissionais estejam capacitados para atender toda diversidade que tem migrado de diferentes regiões, trazendo a sua cultura e seus costumes, em busca de oportunidades no município de Estância Velha. Estância Velha sempre esteve e sempre estará de braços abertos, pronta a acolher todos aqueles que optarem em realizar seus sonhos nesta cidade. A educação é o alicerce que sustenta diferentes sonhos, contribui na formação do ser humano, respeitando a diversidade social e cultural. Os projetos de pesquisa, a arte, os costumes e as tradições projetam Estância Velha num cenário mundial. Escola, professores, crianças, famílias, comunidade, elementos essenciais para a construção de uma cidade de qualidade.


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stância Velha é um lugar que nasceu e se desenvolveu graças ao sonho de pessoas que acreditavam na força do trabalho e na união de esforços para se ter uma cidade próspera. O fruto deste sonho se concretizou, pois temos atualmente uma cidade com quase 50.000 habitantes, onde podemos viver e conviver com segurança e paz, mesmo tendo problemas estruturais de cidade grande, conseguimos ter um olhar de cidade de interior com relacionamentos próximos entre as pessoas. LUÍS ANTONIO RODRIGUES KROEFF, professor, administrador e corretor de imóveis, morador de Estância Velha.


12 CAPITULO 2

Qualidade de vida

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a cidade de Estância Velha, morava uma família tradicional gaúcha. A casa era de madeira e sem muitos luxos, mas o jardim e o pomar eram magníficos. Seus animais eram muito bem tratados. Eles adoravam se reunir para conversar enquanto tomavam chimarrão. Os pais aproveitavam para ensinar a importância do respeito e do amor, pois juntos seriam mais fortes para enfrentarem o mundo. Certo dia uma das filhas adoeceu.

CAREN ROCHELE RÖNNAU KROEFF, professora, voluntária da Liga Feminina de Combate ao Câncer e organizadora da obra “Amor Perfeito: aprendendo a conviver com o câncer” (2015).


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mãe a olhava com preocupação. A febre não cedia, o apetite sumia e a menina parecia sumir dentro das roupas. A mãe a olhava pela manhã, procurava fixar na retina a aparência com que se apresentava naquelas horas, atenta a qualquer sinal de melhora. Uma melhora que não vinha. E a mãe passava da preocupação ao desespero, à medida que os dias passavam sem nenhuma novidade. ANA MARIA DA SILVEIRA TEIXEIRA, funcionária pública federal aposentada, autora do livro “O Arcanjo” (2016).


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á não sabendo mais o que fazer, recorreu a procura de um famoso médico da cidade. Sem dinheiro para a consulta, iniciou a venda de doces no semáforo mais movimentado, para conseguir arrecadar a quantia necessária.

JOÃO GABRIEL ROCHA DILKIN, 16 anos, estudante de Ensino Médio da Escola Técnica Cenecista, e RARIEL FORIAN, 23 anos, músico.


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ão foi o suficiente para muita coisa. Pagou apenas a consulta médica. Na segunda semana, a filha piorou.

MARIANA RONNÄU KROEFF, 8 anos, estudante.


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ercebendo que o dinheiro seria pouco, passou a voltar todos os dias no semรกforo, com o intuito de arrecadar mais recursos para os cuidados da filha. Certa semana, percebeu que um artista no semรกforo ao lado logo puxou conversa com ele e o artista contou sua histรณria.

BANDA VALENTE


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eu coração se sensibilizou com aquele ser humano, de olhar triste, corpo descuidado e roupas rasgadas, que vivia na rua em condições precárias e indignas. Mas, algo nele me chamou a atenção, o seu talento e o amor que demostrava pela música. A partir daquele momento, a música teve um novo significado para minha vida, eu decidi aprender a tocar instrumentos e a cantar. A coisa foi dando certo, abri uma escola de música. Sucesso absoluto! Participamos do Super Star, encantamos o Brasil inteiro, nos tornamos Super Stars na nossa cidade e no país inteiro, com um lindo repertório de músicas autorais. A cada apresentação, Estância Velha vibrava, curtia. Só dava Valente...

TERESINHA LISETE SEGER MACIEL, nutricionista, voluntária da Liga Feminina de Combate ao Câncer nos atendimentos em nutrição e co-organizadora da obra “Amor Perfeito: aprendendo a conviver com o câncer (2015).


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V NELCI DA SILVA LINCK, integrante do Grupo Amor Perfeito, da Liga Feminina de Combate ao Câncer, bem como do livro “Amor Perfeito: aprendendo a conviver com o câncer (2015)”.

alente para enfrentar as situações do dia a dia. Valente a tal ponto de ser referência para uma cidade. A alegria da música, seus ritmos, suas mensagens, proporcionam um bem-estar capaz de transformar uma pessoa doente, com dificuldades, em uma pessoa mais feliz, capaz de ir em busca de uma vida melhor. A música é um remédio para todos, pois resulta em maior companheirismo. Ao invés de ficar quieto, introspectivo, com a música, passou a compreender o verdadeiro sentido da vida. - Eu não tenho medo de mais nada! Vou em frente!


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omara possamos vencer nossos medos! Quando nos deparamos com dificuldades, especialmente relacionados a quem amamos, muitas vezes permitimos que o desespero nos invada e nos torne mais expostos ao desânimo ou à dor. Nos momentos em que somos tocados pela solidariedade e pelo apoio, nos sentimos fortalecidos. Tanto pela palavra, como pelo gesto, vamos reconstruindo nossa confiança, restabelecemos nossa energia para enfrentar o que a vida nos apresenta. Quantas vezes alguém ao nosso lado é dono de experiências que nunca saberíamos se não tivéssemos o encontro, a palavra , a história. Poder conhecer outras vivências nos traz um bálsamo para o coração aflito e faz crescer a vontade de perseverar , reagir e lutar. Quem sabe um carinho ou um abraço na hora certa? Talvez uma música para alegrar momentos de dor? Ou escrever? Não seria também uma alternativa ou uma oportunidade para transformar experiências pessoais em motivação para outros que não alcançaram ainda a paz na sua busca? É muito grande a distância entre a busca e a realização, de qualquer meta a alcançar. Mas nada pode vencer a fôrça do querer, o poder de se superar e vencer. Buscar sua força interior, formar a corrente dos anjos de uma asa só, para voltar a voar. Todos fomos destinados à felicidade!

RENATE GIGEL, professora, presidente da Academia Literária do vale do Rio dos Sinos.


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P TEREZINHA ROQUE, secretária municipal de Educação e Cultura

erseverar, perseverar, perseverar na busca da felicidade, diante de obstáculo, de dificuldade que o cotidiano apresenta, sem pedir licença embaralhando o viver. O maior ganho é aprender a lidar com perdas, principalmente quando nos damos conta de que o tempo foi pouco para viver intensamente as relações humanas. É necessário a clareza no querer o bem, do estar bem, na consciência de que a vida é uma dádiva, intransferível, cuja responsabilidade é una. É necessário a clareza no norte enquanto pessoa, enquanto profissional, para trilhar um caminho de “pedrinhas de brilhante”. Não, olha! Emergiu a criança!


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rilhamos um longo caminho, anualmente, e cada vez novas ideias surgem fazendo com que os caminhos tomem novos e melhores rumos. Estamos celebrando a XXXV Feira do Livro de Estância Velha e este evento já é histórico na cidade. Isso deve ser motivo de orgulho para uma cidade, pois significa que “insistir” com um evento literário dá resultados. Nossas crianças e nossos jovens aprendem já na escola o valor da leitura, mas a feira vem coroar esse valor. A cidade já não vive mais sem a feira, pois é parte do calendário de eventos. Para cada nova feira, novas expectativas se criam. Evoluímos com o passar dos anos, e, acredito eu, esta evolução é sempre para melhor. Os desafios da organização são muitos, desde a escolha do local até a escolha da pessoa que vai ser a homenageada a cada ano. Temos tido muitas alegrias ao longo de todos estes anos, pois muitos escritores passaram por nossa cidade e muito se alegraram por podermos tê-los aqui conosco. Tivemos encontros interessantes: Sinovaldo (Mario Junges) e Anônymos Gourmet em uma única feira. A mistura destes ingredientes foi saborosa. Autores de renome nacional, como Thalita Rebouças, Fabrício Carpinejar, Luis Carlos Iotti e Martha Medeiros já fizeram parte da festa da literatura.

MARCIA WRASSE, professora e diretora da Biblioteca Pública Municipal Professor Luiz Santos


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Além da vinda dos escritores, já tivemos grandes aberturas e encerramentos com Guri de Uruguaiana e Tangos e Tragédias. Até circo voador também já fez parte da festa. E as peças de teatro - encantam e divertem. Geralmente nos remetem a histórias infantis. Grandes trupes já nos honraram com a presença. Mas o que tem haver livro com Shows? Muito, pois uma atividade puxa a outra. As pessoas são movidas pela imaginação, coisa que os livros e os shows nos propiciam. Desde o ano de 2015 inovamos: temos dado espaço e o devido valor aos escritores da cidade. Muitos o são. Muitas vezes ficam despercebidos, mas as produções destes muito têm a acrescentar à história. Já em 2016 este número aumentou e ainda temos a honra de contar com uma editora presente durante todo o evento. Uma entidade que vem se destacando também é a ALVALES. É uma associação de escritores do Vale do Rio dos Sinos. Muitos escritores têm conseguido publicar suas obras através desta. Feira é emoção, é trabalho, é diversão. Esperamos que muitas outras ainda aconteçam ao longo dos anos. Que não nos esqueçamos de cada vez mais incentivar a leitura para que nossas crianças, nossos jovens e adultos tenham na imaginação uma vida mais prazerosa.


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eira é emoção, é trabalho, é diversão. Esperamos que muitas outras ainda aconteçam ao longo dos anos. Que não nos esqueçamos de cada vez mais incentivar a leitura para que nossas crianças, nossos jovens e adultos, tenham na imaginação uma vida mais prazerosa. Como é gostoso estar na Feira do Livro. São momentos que sentimos muitas sensações inexplicáveis, pois estão em um universo de nossos sentimentos pessoais onde o imaginário individual, misturado com fantasia, curiosidade e alegria, se agrega ao real de um agora. Isto nos enche de esperança para acreditar em nossos sonhos e ver que todos, neste clima da Feira do Livro, também, cultivam o seu. Então exalto: Salve estas ocasiões!

SÉRGIO ARAÚJO, escritor, de Nova Petrópolis.


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literatura nos faz descobrir novos mundos dentro de nós mesmos. A Feira do Livro serve para nos incentivar a nos achar, e é muito bom ver que a minha geração ainda está interessada em construir sua própria história.

JOABE FONTOURA, estudante


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alar e escrever sobre qualidade de vida não é fácil, pois o que pode ser algo de qualidade para mim pode não ser para os outros. Porém, uma coisa é certa, qualidade de vida está ligada diretamente ao bem estar das pessoas. Mesmo sabendo que o mundo está cada vez mais conectado através da tecnologia, podemos estar em qualquer lugar em apenas um “clic”, percebemos que as pessoas estão cada vez mais ficando doentes, pois não estão preocupadas em estar convivendo e se relacionando com os outros fisicamente. Nós, seres humanos, temos esta condição de humanos por dependermos da convivência com outros humanos, porém com a vida sendo mais digital do que analógica. Estamos nos distanciando uns dos outros, não nos abraçamos mais, não nos tocamos mais. Isto, no meu entendimento, pode nos levar ao mal do século, que é a depressão. Vamos reaprender a conviver.

LUÍS ANTONIO RODRIGUES KROEFF, professor, administrador e corretor de imóveis, morador de Estância Velha.


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DisponĂ­vel desde 8 de setembro de 2016.



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