Revista MultiFamília Nº 18 - Agosto/Setembro-2018

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Satoshi Suzuki

Eng. Agronomo, diretor da Alface Pizza Gourmet, diretor S. Suzuki Viveiro de Mudas e vereador em Ivoti.

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A Pizza e a Família

m um certo fim de semana, decidimos fazer pizzas caseiras para alegrar o dia. O animado evento iniciava-se a partir da ida ao mercado para escolher os ingredientes prediletos. Elaborar a massa e vê-la crescer era fascinante como enxergar uma estrela cadente. Com o passar do tempo, a primorosa tarefa de combinar os temperos e rechear generosamente a pizza, frutificou na descoberta de sensacionais experiências gastronômicas. Os empolgantes momentos de convívio junto à mesa, associado ao inestimável estímulo de amigos, inspiraram o cozinheiro a oferecer o produto a outros lares. No princípio, logo se entendeu que satisfazer as necessidades de alguém e receber recompensa financeira é o princípio de qualquer empreendimento. Desta maneira, montouse um “Plano de Negócios” para determinar os custos e estabelecer um valor ao produto. Com o crescimento, notou-se que vender boas sensações como, por exemplo, “momentos de alegria”, em vez de simplesmente um bem físico, é a alma do sucesso da atividade comercial. Para isso, foi dado foco na “Neurolinguística” do produto, observando a necessidade de gerar

um considerável afeto de satisfação. Mais tarde, ao trabalhar para vencer os desafios do mercado, elaborou-se um conjunto minucioso de características únicas que identificam o produto, pois percebeu-se que o maior valor do trabalho está em conseguir construir um legado, porque tradição não se compra. Ao começar, tudo era improvável. Mas, sair do casulo e voar ao céu, antes que o espaço fique apertado, talvez seja a sorte da borboleta, inspirando um ótimo argumento para empreender. Porém, o melhor resultado alcançado foi a virtude de conseguir fazer os filhos crescerem vendo os pais trabalharem. Se será promissor ou não, a gente nunca sabe, mas a cozinha promoveu importantes laços de fraternidade no lar. Enfim, tanto a Pizza como a Família, são coisas que valem a pena serem cultivadas com altruísmo, carinho e generosidade, porque é muito bom poder se sentir querido e amado. Leia este e outros artigos em:

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Agosto/Setembro-2018 Pâmela Cristina Alexandre Pschichholz

Psicopedagoga e neuropsicopedagoga clínica do NAP Autora do livro “O menino que não via amigos”

Realidade virtual em casos de TDAH: auxílio do diagnóstico e intervenção

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agito, a desorganização, a impulsividade e a falta de foco são características que prejudicam bastante uma criança em processo de aprendizagem. Quando combinadas, intensificadas e persistentes em mais de um contexto, podem ser sintomas de TDAH Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Desta forma, ter uma alternativa de intervenção clínica com utilização de alta tecnologia, traz à terapia maior eficiência e eficácia, além de desenvolver a capacidade de gerenciamento de reações de forma lúdica e funcional. Para compreender mais sobre o que é este transtorno, é preciso se desprender de paradigmas de que este acontece por escolha do sujeito, ou seja, apenas consequência de fatores comportamentais. Entende-se que este é uma especificidade de funcionamento neurológico e precisa de intervenção clínica específica. O TDAH é um transtorno que afeta o processo cognitivo da atenção que é, em síntese, segundo MAIA (2012) “a capacidade de selecionar e manter controle sobre a entrada de informações externas necessárias em um dado momento para a realização de um processo mental”. Vale ressaltar que este processo está diretamente ligado à um conjunto mais amplo de funções mentais superiores e complexas, as chamadas funções executivas. Sabendo que nosso cérebro

é um mecanismo complexo e dinâmico que funciona integralmente, envolvendo mais de um processo cognitivo ao mesmo tempo, perceber que uma criança tem seu processo de aprendizagem prejudicado por este transtorno, e realizar o encaminhamento para uma intervenção clínica pode ser um fator determinante para a sua qualidade de vida dentro e fora da escola. Uma novidade com o uso de alta tecnologia, a Realidade Virtual, já está sendo aplicada pela equipe de psicólogos, psicopedagogos e neuropsicopedagogos, como auxílio na intervenção clínica de crianças com TDAH. A criança é avaliada, estando exposta a um contexto real de sala de aula, com uma análise individual e direcionada, gerando um plano terapêutico exclusivo com mapeamento e gerenciamento em tempo real de suas reações biológicas. Seus processos cognitivos serão gerenciados por novos padrões mentais, o que refletirá na qualificação da aprendizagem pelo aumento do direcionamento de sua atenção e controle de impulsos. Esta tecnologia possibilita perceber reações individuais da criança em um ambiente artificial acessado pelo uso do óculos de realidade virtual, sendo uma forma de complementar o diagnóstico em tempo real de mapeamento de atenção, flexibilidade cognitiva e memória de trabalho.


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Wilson Corrêa Vieira Psicólogo - CRP 07/25933

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O Luto e a Modernidade

embro de quando criança, ainda sem ter visto uma pessoa morta e ver as pessoas usando roupas pretas em sinal de luto. Para quem não tinha relações com o enlutado, ao ver as vestes, sabia então que havia um luto sendo elaborado. Nos dias de Finados, assim como hoje, os cemitérios são um local de visitação muito grande. As pessoas usavam muita roupa preta nesse dia. Para mim como criança não sabia dimensionar esses sinais. As pessoas suavam muito, pois não lembro de dia de Finados sem calor. Eu tinha muito medo quando sabia de alguém conhecido que morria. Ao deitar à noite tapava até a cabeça e tomava grande suador. Com o tempo passando, a modernidade ocupando seus espaços e os costumes mudando e mais informações e diálogos ficou mais fácil esse entendimento. Hoje não se usa mais o preto como símbolo de luto. Sabemos que são muitos lutos que nos acometem. Começamos por situações de, ainda em idade escolar, precisarmos trocar de escola ou de turma, de cidade; quando adulto, uma separação amorosa, a saída dos filhos de casa. Tudo isto causa ansiedade, desconforto e insegurança que prejudica até uma readaptação. Isto porque nós

criamos vínculos onde estamos, seja com colegas, professores, cuidadores, amigos e etc. Quando perdemos um animalzinho de estimação, quanto sofrimento é vivenciado por uma família inteira, porque hoje os animais vivem dentro de casa com as famílias. Diferente de antigamente, os animais vivam na rua, no pátio das casas, por mais que houvessem vínculos, eram menores. Ao perdermos coisas como um bom emprego, um amigo, uma competição, quando saímos da faculdade, são situações inevitáveis e rompemos vínculos, mesmo sem querer. Nós não sabemos perder e logicamente quando perdemos, enlutamos. Possivelmente o luto mais difícil de elaborar deve ser quando perdemos um ente querido, os outros têm intensidade variada, sempre de acordo com os vínculos estabelecidos e quão estamos preparados. Crianças sofrem luto muito significativo e dificilmente sabemos avaliar já que as verbalizações e os sentimentos também variam muito. Importante é ficarmos atentos quando o luto demora muito ou não é elaborado, então estamos num limite perigoso que chamamos de luto patológico. É quando precisamos de apoio de especialistas sobre o assunto. Geralmente a psicologia.

O ARTIGO DE WILSON CORRÊA VIEIRA TEM O PATROCÍNIO DE:


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Agosto/Setembro-2018 Ailim Schwambach

Doutora em Educação em Ciências pela UFRGS Professora do Instituto Ivoti

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Sustentabilidade: do discurso à prática

sustentabilidade é uma palavra ouvida com frequência na televisão, redes sociais e nos discursos de marketing. Mas, afinal, o que significa ser sustentável e como podemos melhorar o impacto que temos causado no planeta Terra? Para entender melhor o tema, vamos compreender o que significa sustentabilidade. O termo deriva do latim “sustentare”, que quer dizer, sustentar, apoiar e conservar. O conceito de sustentabilidade está normalmente relacionado com uma mentalidade, atitude ou estratégia que é ecologicamente correta, e viável no âmbito econômico, socialmente justa e com uma diversificação cultural. Estar sensibilizado para o tema e para a causa é o primeiro passo para a mudança. As ações virão por consequência das informações que vamos obtendo a partir dos ambientes formais e informais que circulamos. No primeiro, a escola exerce um grande papel nesta construção, através do discurso e das ações que precisam servir como exemplo. Nos ambientes informais, precisamos colaborar e dialogar com as empresas que consumimos e trabalhamos.

Há separação de resíduos e reaproveitamento de materiais? Você reutiliza os copos plásticos mais de uma vez ao longo do dia? Ou para café e chá irá utilizar uma única vez um prato ou copo plástico? As certificações ambientais nos rótulos dos produtos são lidas ou ignoradas na compra de produtos? A sustentabilidade pode ser exercida a partir de pequenas ações, como a de comprar produtos das feiras de produtores locais. Essa decisão pode garantir a diminuição na emissão de gases tóxicos no planeta, pois o transporte de caminhões de um estado para outro é danoso ao ambiente. Ou mesmo podemos comprar frutas e verduras utilizando a mesma sacola plástica, ao invés de uma para cada item levado. Não conseguimos ser exemplo em tudo, mas podemos fazer a diferença em pequenos gestos e mudanças que irão sim, diminuir nosso impacto no planeta.

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Agosto/Setembro-2018 Geovana Geib

Advogada, mestre em Direito – UFRGS

OAB/RS 66.949

Camila Schmitz

Advogada, especialista em Direito Civil e Processo Civil - IDC

OAB/RS 57.397

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Quando devo procurar um advogado?

uitas pessoas pensam que só devem procurar o advogado quando surge um problema. Contudo, o advogado é o profissional capaz também de prever quais são as complicações futuras que determinada situação pode lhe gerar e auxiliá-lo a minimizar tais riscos. Portanto, o advogado também exerce uma função preventiva. A advocacia preventiva vem se tornando um valioso investimento, trazendo consigo grandes benefícios. A atuação do advogado pode ser iniciada muito antes, auxiliando o seu cliente na tomada de decisões e na implantação de ações preventivas. Ao consultar um advogado antes do problema acontecer você toma conhecimento de quais são os seus direitos/deveres e como deverá agir se os mesmos não forem respeitados. Além disto, evita o desgaste e até mesmo os prejuízos financeiros que o mesmo poderá causar.

Citemos aqui como exemplos práticos de advocacia preventiva: a elaboração ou análise de contratos e documentos (antes da assinatura), pareceres, consultoria avulsa ou mensal, análise de legislação, envio de notificações, planejamento tributário e sucessório, etc. Agir de modo preventivo possibilita uma maior proteção e segurança, evitando demandas judiciais e extrajudiciais ou, caso ocorram, tornando tais demandas menos onerosas e com reais possibilidades de defesa. Deste modo, agora que você já sabe o que é advocacia preventiva e qual a sua importância, antes de tomar qualquer decisão, consulte um advogado de sua confiança. Evite transtornos futuros e conte com o apoio de profissionais especializados na área jurídica. Não espere a concretização de problemas para trabalhar em soluções. Tenha sempre em mente que o custo do cuidado é sempre menor que o custo do reparo.


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Cezar Gagliardi

Economista e autor do livro “Laranja Lima”

Paralelas do Poder

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epois de feriados do primeiro trimestre, o episódio da Greve dos Caminhoneiros e a Copa do Mundo, devemos nos concentrar no que realmente interessa. Após mais de 3 anos de instalada a mais severa recessão econômica do País, fato que gerou uma das maiores taxas de desemprego de todos os tempos, eis que chegam as Eleições! Evento fundamental para mudança e que nos conduz a questionamentos básicos como: - O que queremos? Para onde vamos? Afinal, o que precisamos para emplacarmos com nossa economia? Deixando o debate em aberto, precisamos é cultivar a Empatia. O Brasil precisa urgentemente de Ética e em tudo. Só assim talvez se quebre com o maior de todos os males construído meio às tramas da matriz social brasileira que são as vias Paralelas do Poder e que nos assolam desde o tempo do império. Esta se fortalece por encontrar uma sociedade que brinda condutas como as de abuso de poder e corrupção. Quem sabe se, com o advento das Eleições de outubro, comece um novo momento que possa ser efetivamente um momento de exercício pleno de cidadania, de renovação inclusive das energias? Para que o Brasil e os brasileiros embarquem em um novo ciclo onde todos possam prosperar, principalmente a partir de uma nova visão e valorização da Educação. E que novamente comece a se abrirem as portas ao progresso do nosso tão dilapidado Brasil.


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Agosto/Setembro-2018 Eder Gustavo Schuster Mecânico

Recomendações na hora de comprar um carro usado

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escolha de um carro seminovo nem sempre é fácil, levando-se em conta que cada carro é único, com sua própria história. Algumas precauções podem ser tomadas para aumentar a segurança e diminuir as chances de frustração com o veículo. - O primeiro passo é optar por uma revenda ou concessionária de confiança e mostrar o carro a um mecânico, ele vai saber por onde começar a olhar o automóvel. - Deve-se verificar todos os itens de segurança, desde a existência de chave de rodas, triângulo e até as condições do estepe, nível do óleo etc. Se possível, solicitar também o histórico de manutenção. - Uma dica é ligar o carro em marcha lenta e verificar os níveis de ruído na cabine e de vibração do volante e da alavanca de câmbio. Não deixe de testar o carro em movimento, observando se há folga no pedal de freio e como o veículo se comporta quando passa em um buraco. - Para saber se o carro já se envolveu em acidente, recomenda-se verificar o alinhamento de portas, capôs e porta-malas, se há irregularidade nos tons da pintura e olhar minuciosamente os parafusos, em especial das portas e tampas. Esses parafusos, quando vêm de fábrica, são geralmente pintados na cor da carroceria. - Também é indispensável a verificação das questões legais envolvendo o veículo.

Arielle Gehm

Engenheira Civil – CREA RS 198259 Especialista em Estruturas e Fundações

Sonhando com a casa própria...

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stás pensando em construir, reformar, fugir do aluguel? Realizar o sonho da casa própria? O que você tem economizado durante anos, ou o crédito que estava para ser aprovado, finalmente foi liberado? É chagado o momento! Mas, e agora? Como será? Construir uma casa é uma tarefa que pode levar um bom tempo, é necessário planejar, projetar cada espaço, pensar em todas as necessidades, considerar o custo de cada etapa, sem falar dos possíveis imprevistos, mas a recompensa ao final do processo e a sensação de conquista superará todas as dificuldades. A realização desse sonho não se reduz, apenas, a pegar os tijolos e começar a juntá-los. Erros não previstos no princípio, podem deixar sua obra mais cara e demorada. Antes de iniciar qualquer procedimento, reserve um tempo para pensar exatamente acerca do que você e a sua família pretendem para o futuro. O lugar onde moramos é um refúgio, onde podemos relaxar e receber pessoas queridas. Faça uma lista de necessidades, defina um orçamento, converse com especialistas (engenheiro ou arquiteto). Com o auxílio de um profissional competente comece a dar “vida” aos seus sonhos. Chega de dizer que “Casa bonita é coisa de rico”!


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Marliese Christine Simador Godoflite

Psicopedagoga institucional e clínica, fonoaudióloga no Espaço Vida em Movimento e no Município de Picada Café; diretora Apae Ivoti - CRFa 7 - 6932

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Falar com a criança ou para a criança?

criança começa a aprender mesmo antes do seu nascimento. A linguagem pode ser tanto verbal quanto não-verbal. A verbal é quando expressada por intermédio da fala. A não-verbal envolve o uso de gestos indicativos e/ou representativos, expressão corporal e facial, manifestados através de qualidades e características vocais específicas. O manhês, ou seja, vozes falseteadas, sussurradas, graves ou neutras permeiam os momentos de interação entre a mãe e o bebê. Acreditamos que o vínculo é importante durante todo o desenvolvimento humano, pois sentiremos a necessidade ou não de comunicar-nos se tivermos com quem. Trocar o nome de um objeto por um mais fácil achando que ajudará a criança é inadequado. Chamar a chupeta de “pepeta” ou a mamadeira de “Tetê” faz com que a criança tenha que aprender duas palavras para um mesmo objeto, podendo atrasar o desenvolvimento da linguagem. Também devemos evitar os “inhos”, dificultando o entendimento e estimulam uma produção da fala infantilizada. Há os erros decorrentes

de alterações orgânicas, estruturais e/ou funcionais, como: fissura palatina, hipotonia ou hipertonia dos órgãos fonoarticulatórios, má oclusão, falhas dentárias ou uma lesão cerebral. Muitas vezes os sintomas representam “buracos” na estrutura formal da linguagem que, tomada como soma das partes (fonemas, sílabas, palavras, frases), acaba por perder o seu valor simbólico diante da ausência ou alteração de alguma dessas “partes”. Ouvir o que é dito escutando o que não é, parece ser uma possibilidade de não se prender a esta visão reducionista de resolver o problema, pois acredita-se que a linguagem é uma via de expressão do inconsciente. A linguagem, além de ter a função comunicativa, exerce também às funções organizadora e planejadora. Ficou interessado no assunto? Surgiram dúvidas? Questionamentos? Indagações? Podemos seguir conversando...

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Agosto/Setembro-2018 Marcia Schardosim

Cirurgiã-dentista | CRO 12316 Especialista em Radiologia Odontológica e especializanda em Ortodontia

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Saúde Bucal na Adolescência

inegável que o tempo, inclusive para os adolescentes, têm ficado cada vez mais escasso, portanto uma rotina de higiene bucal prática e eficiente tem assumido o protagonismo nesse cenário. Quando estão atrasados para a escola, às vezes não há tempo para escovar os dentes da maneira adequada. Mas como pais, é dever garantir que os filhos pratiquem boas práticas de higiene bucal. Ao transformar a higiene bucal como parte de uma rotina diária simples, podemos ajudar os adolescentes a incorporar a escovação e uso de fio dental em suas rotinas diárias. Os adolescentes muitas vezes seguem uma dieta uma dieta rica em refrigerantes, batatas fritas e doces, mas esse tipo de delícias pode causar estragos nos dentes. A dieta rica em açúcar promove o desenvolvimento de bactérias e cárie. Com a preparação de refeições mais sadias e sucos feitos na hora, os adolescentes poderão diminuir sua procura por alimentos açucarados. Mantenha disponíveis garrafas de água, vegetais picados, biscoitos integrais e outras gostosuras sem açúcar para beliscar. É notória a preocupação dos adolescentes

com a aparência, de modo que apelar para a imagem pode ser um meio de encorajar os adolescentes a melhorarem seus hábitos de higiene bucal. Dar um toque gentilmente aos adolescentes de que uma rotina de cuidados bucais relaxada poderá resultar em dentes amarelados e mau hálito os ajudará a lembrar de que a importância da escovação é mais do que apenas ficarem livres de cárie. Principalmente se este usar aparelho ortodôntico (dentário), a higiene deve ser com muito mais atenção. O dentista é o profissional mais indicado para orientar também os praticantes de esportes quanto ao risco de traumatismos dentários, aconselhando-os, em alguns casos, a usar protetores bucais e orientando quanto a noções de primeiros socorros em caso de ocorrer algum acidente. A Ortodontia deve trabalhar em parceria com a Odontologia do Esporte, indicando a todos os pacientes que praticam esportes com riscos de trauma na região oral o uso de um protetor bucal individualizado. Leia este e outros artigos em:

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Agosto/Setembro-2018 Claudete Kunst

Psicóloga Especialista CRP 07/27438

Gratidão e a saúde

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que é a gratidão, como funciona e que benefícios ela traz? Gratidão é um sentimento, uma forma de agir. Envolve reconhecimento de valor, afeto e memória das coisas da nossa vida. Temos a gratidão automática, vazia, sem sentimento ou consciência, muito utilizada para aparentar que damos um certo valor como um protocolo social. Já a gratidão passiva ocorre em eventos específicos, pontuais positivos da vida. A gratidão ativa ou o exercício de gratidão é quando escolhemos outorgar, reconhecer valor nas coisas da vida no presente e nas nossas conquistas passadas que nos impulsionam para novos objetivos. Ser ativo nesse processo é esforçar-se para exercer a gratidão diariamente. Falar de gratidão é falar de benefícios para saúde. Pesquisadores da Universidade George Mason, nos Estados Unidos, observaram que a gratidão desperta o bem-estar das pessoas e que é um ingrediente essencial para se ter uma vida feliz. Gratidão potencializa laços afetivos, produz relaxamento, gera tranquilidade o que reduz níveis de estresse. O exercício de gratidão melhora motivação física, traz qualidade ao sono, fortalece o sistema imunológico que atua na defesa do organismo contra as doenças. Robert Emmons, pesquisador do tema sobre o poder da gratidão, constatou que ser grato é um antídoto que pode ser utilizado na luta contra a depressão. A gratidão aumenta a empatia, reduz a agressividade, melhora a autoestima e equilíbrio mental. Praticando o exercício cotidiano de agradecer reforça o cérebro para que ele foque em pensamentos positivos o que reflete em amor, alegria, perdão e respeito possibilitando novos relacionamentos melhorando a sociabilidade.

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Agosto/Setembro-2018 Angelita M. dos Santos

Psicóloga Clínica CRP: 07/26522

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Laços

ecentemente, li que laços estão em

nos confortam no desconforto. Mas, as vezes,

alta. Os estilos, os modelos e tamanhos

além de grandes se tornam volumosos,

são diversos. Estão por toda a parte,

pesados e ao invés de prazer no conforto,

decorando sapatos, bolsas, cintos, roupas, joias e presentes... Laços fascinam? Os decorativos parece que sim. Mas hoje quero falar sobre outra espécie de laços: OS AFETIVOS. Aqueles que vamos

provocam desconforto e desenlaço. Alguns de tão pequenos e discretos são facilmente esquecidos, são frouxos,não enlaçam. Outros pelo contrário, enlaçam de tal forma que acabam virando nó e esses provavelmente,

construindo

sem que

durante a

entendamos,

vida e acabam

serão os

determinando nosso

mais difíceis de desenlaçar.

modo de viver. Você já parou para pensar sobre os seus laços afetivos? Eles estão em alta? Em baixa? Mais ou menos? Será que possuem alguma semelhança com os decorativos? São grandes? Pequenos? Volumosos? Discretos? Os laços afetivos podem ser grandes, calorosos, duradouros, os quais sentimos prazer em conservar bem enlaçados, pois

Aproveite que os laços estão em evidência e busque pensar um pouco mais nos seus laços afetivos. Talvez alguns você queira resgatar, reencontrar, apertar? Outros afrouxar, ou desfazer? Ou quem sabe criar novos laços? Em tempos de tantos enlaços e desenlaços, encontre em VOCÊ o seu melhor laço!


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Vicente Fleck

Advogado - OAB 73.662

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É possível se aposentar sem nunca ter contribuído ao INSS?

ão é incomum alguém se surpreender com uma pessoa que nunca contribuiu para o INSS e se aposentou, na verdade isso é impossível! Para se aposentar pelo INSS a lei estabelece um tempo mínimo de contribuição, atualmente 15 anos (180 meses) ou 15 anos de trabalho na agricultura antes de se aposentar. Mas então como é possível que alguém que nunca trabalhou ou pagou INSS ganhe um benefício de um salário mínimo? Porque na verdade o benefício desta pessoa é um Benefício Assistencial. Para ter direito a esse benefício não precisa haver contribuição ao INSS, porém será analisada a renda familiar per capita da pessoa, devendo a família ser considerada miserável para receber o benefício. Dois grupos de pessoas têm direito a este benefício, primeiramente a pessoa portadora de deficiência que não tenha condições de trabalhar, por exemplo uma criança ou adulto que possua grave deficiência motora e/ou mental e sua família seja miserável segundo os critérios da lei e da Justiça.

O segundo grupo são as pessoas com mais de 65 anos, nesse caso tanto homens quanto mulheres devem atingir a mesma idade para ter direito ao benefício. Nesse caso também a pessoa que pede este benefício deve encontrar-se em situação de miserabilidade para ter direito ao benefício. A outra diferença dos demais benefícios pagos pelo INSS está em que esse benefício não tem 13º, ou seja, como se trata de um benefício para a manutenção da vida a lei não prevê o abono natalino, conhecido como 13º. Além disso, o benefício assistencial não pode ser cumulado com nenhum outro, como pensão, salário maternidade ou auxílio reclusão. Em caso de dúvida os Centros de Referência de Assistência Social dos Municípios costumam fazer esse encaminhamento, verificando e cadastrando as pessoas que podem ter direito a este benefício, além de advogados que atuem na área do Direito Previdenciário. Leia este e outros artigos em:

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Agosto/Setembro-2018 Nestor Luiz Trein

Ex-prefeito de Estância Velha Autor do livro “O pai do Voltér”

Ler é mais importante que estudar

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ois ouvi esta assertiva do título pessoalmente, numa Feira do Livro de Porto Alegre. Por volta de 2001. Seu autor, ninguém mais ninguém menos que ZIRALDO. Até usei como gancho de artigo meu reproduzido no meu livro O PAI DO VOLTÉR, o qual sou suspeito, mas recomendo. Há uns pares de dias, revi o autor de O Menino Maluquinho numa entrevista televisiva. Alquebrado pelo peso dos seus 85 anos, deu uma aula de reitor. Lamentavelmente, a equipe de entrevistadores não estava nem aí para esta situação, sugando como se fosse um acadêmico. Ziraldo se esforçava para citar nomes importantes que se escondiam nos seus meandros e esquinas cerebrais, quase que implorando ajuda, e a banca, muda como uma pedra, pecado capital de produção de um programa, pois pelo gigantismo do assunto e do entrevistado, só este sobreviveu, por ser um imortal da nossa cultura. Confesso que me angustiei, mas como dar um “clic” onde está Ziraldo? Como fazem falta os “Jôs” Soares! Ao final, quiseram saber sua opinião sobre o Brasil e ele falou, de bate-pronto (acho que deixou muitos com o sono mais pesado): - Eu sempre viajei muito, tenho amigos no mundo todo, e me entristece não poder visitá-los, pois sempre tive vergonha na cara. Não conseguiria encará-los por serem pessoas que leem, e, quem toma conhecimento do que está acontecendo nestes últimos anos em nosso País, não é de chorar, é de deixar com muita vergonha! Para um bom leitor, precisa mais?


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Ingried Maria Weber

Especialista em Estudos Avançados em Inglês e Formação Pedagógica para Docentes e diretora da Cliff Idiomas

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Múltiplas perspectivas no ensino da língua inglesa

aperfeiçoamento dos profissionais da área da educação é uma prática que deve ser constante, já que o conhecimento é o bem maior que cada professor possui e que, ao compartilhar com os seus alunos e colegas, edifica a escola para a formação de indivíduos que devem estar preparados para as oportunidades e os desafios da vida. O BRAZ-TESOL - Convenção Nacional de Professores de Inglês, ocorrido pela primeira vez no sul do Brasil, na UCS (Universidade de Caxias do Sul) no mês de julho, teve como tema da sua 16ª edição: ´através do caleidoscópio: múltiplas perspectivas no ensino da língua inglesa’. Contou com convidados experientes e atualizados, vindos de diferentes estados do Brasil e do exterior, dispostos a compartilhar conhecimento e trazer reflexão sobre a importância do olhar para a nossa área de atuação, partindo de uma perspectiva de campo que tem amadurecido ao longo dos anos e consolidado práticas pedagógicas e profissionais. O clima de euforia durante o evento era contagiante entre os mais de 500 professores presentes, onde falar inglês era uma prática natural – uma verdadeira imersão que oportunizou, também, a troca de conhecimento e cultura entre profissionais da área vindos de vários estados do Brasil. Enfatizou-se os quatro pilares da educação: aprender a ser, aprender a conviver, aprender a conhecer e aprender a fazer. Paralelamente,

destacou-se que é preciso auxiliar nossos alunos e prepará-los para tornarem-se líderes de si mesmos, e que ao mesmo tempo, saibam trabalhar em equipe e possam fazer as suas escolhas de forma planejada com atitudes assertivas para resultados eficientes. Tal objetivo será alcançado se nossos alunos compreenderem efetivamente o sentido dos 4Cs (sigla em inglês para Communication, Criativity, Collaboration, Critical Thinking) e tiverem a consciência de que estes devem servir como base para as práticas do dia a dia, seja na escola, na família, na comunidade e no trabalho. Assim, poderão contribuir com o seu próprio desenvolvimento conforme proposto pelo PNDU (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o que vai de encontro à proposta de educação do século XXI – o Paradigma do Desenvolvimento Humano. Finalmente, ressaltou-se que a quantidade de informação disponível hoje, nem sempre exata ou útil, exige que professores alertem seus alunos para que eles sejam capazes de comparar e avaliar fatos e opiniões e tomar decisões baseadas em uma análise e pensamento crítico. Atualmente, necessitamos de cidadãos cujo conhecimento seja superior a ´ter algum ou pouco conhecimento sobre determinado assunto’. Acima de tudo, é crucial que hoje e futuramente nossos cidadãos sejam capazes de tomar a informação e aplicá-la para resolver problemas e criar soluções diante dos desafios e oportunidades que a vida lhes proporciona.


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Agosto/Setembro-2018 Pronila Krug

Professora aposentada e autora do livro “Crônicas da Pronila”

Das lezte platz

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ede ehne hot ehn Platz woh ea schön find. Das geb awe kheen Platz woh schöne is als unsa Hem. When unsa Haus ach net das schönste is, is awe vas mea am Beste hon, un sicha das schönste uf de Weld. Net di Lait al wohne in em Haus, alsmol wohne’se unich de Brick, uh ehm Chiff, in de Milhehitt un so vaide. When in unsa Haus ehn Tisch hat, ehn sofa, ehn Bett, ehn Schranck, brauch net in jedem Zimma ehn compiude sin. Etwas woh net fälle derft sin Bücher, Blume, Bilde, Lumbe, tapetes, un dorich Haus muss Luft dorich kheen. Das Haus khend de Herr woh drin wohne duut. Woh das liftiche is, woh das Schöne is das Haus muss kanz uf sin un di Son muss rin schaine. Das lezte Plazt is woh mea hihin gedroo werre, in de Grund, mit de Füs baisame. Alles uf de Weld is fakhenlich, kheed rum, kheed fagess, awe das Sterwe is sicha, un fa di Lait al.

O último lugar

Todas as pessoas têm um lugar ideal. Só que não existe lugar mais bonito do que o Lar da gente. Mesmo que a casa não seja a mais bonita, é o que nós temos de melhor, para nós é a mais bonita do mundo. Nem todos têm casa, muitos moram debaixo da ponte, em cima de um barco ou no galpão. Se nossa casa tem uma mesa, um sofá, cadeiras, uma cama, um armário, não é necessário ter um computador em cada quarto. Na casa, não pode faltar livros, flores, fotografias, panos, tapetes e luz do dia, o sol deve passar pela casa todos os dias. A casa conhece seu dono. Quanto mais arejada a casa estiver e com sol, mais saudável ficará. A nova moradia e última é a dos pés juntos, tudo passa nessa vida, mas a morte não passa, ninguém escapa.


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Fabiane Horlle Hoff

Diretora da H. Maria Joias Contemporâneas e filha de Maria Helena Horlle Hoff

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Sobre coragem e dar as mãos

e você observar uma criança quando começa a andar verá que ela se levanta do “engatinhar” segurando-se nos móveis, nas paredes e nos dá suas mãos. E de uma hora para a outra percebemos que aquele ser pequenino, que até minutos atrás andava de joelhos, agora sorri alegremente soltando as mãos e aumentando suas passadas! Uaaaaauuuuuu!!! Como é o nome disso? Coragem. Pois é, às vezes me sinto – com o perdão da palavra – um pouco “cagalhona”... Tenho um certo medo que não habitava o bebê que fui. Quando olho para as coisas que deixei de fazer e me frustro com isso me pergunto: onde será que perdi a bravura e a determinação que nasceram comigo? Onde foi parar aquela “Fabinha” ousada e valente que soltava as mãos para desbravar a experiência dos primeiros passos??? Oi, cadê você? Faaaaabiiiiiaaaaaneeeee? Tenho feito o exercício de me questionar sobre onde está a minha coragem. A boa notícia a que venho partilhar é que já faz alguns anos que tenho ouvido a voz da coragem se fortalecer dentro de mim. E sinto isso acontecer inclusive naqueles momentos bem difíceis da vida, que possuem tanta força que quase “abafam” esta

voz. Tenho me sentido bem orgulhosa e lhes afirmo: não deixei de sentir medo, mas consigo dominá-lo e não ele a mim! Olhando esta analogia do início do texto me dou conta que a revitalização desta coragem não é uma vitória solitária. É possível tê-la quando entendemos que precisamos novamente “dar as mãos”, nos sentirmos apoiados, recebendo os olhares confiantes daqueles que nos amam e estão a nossa volta. E neste quesito, eu sou rica. Bem bem rica! Tenho muitas mãos que me apoiam, mas em especial tenho minha irmã, Tatiane, minha amiga, minha maior parceira. Quando iniciamos nossa empresa, a gente se deu as mãos, e numa experiência que nos era nova, íamos juntas atender os clientes do mercado calçadista. Tínhamos medo deles. Juntas, buscamos nossa coragem. Quando uma “agachava” a outra dava volume à voz ora abafada. Então vejo que “as filhas da Professora Maria Helena”, como somos conhecidas em Estância Velha, nossa cidade natal, estão aí... cheias de coragem e energia tentando ajudar outras mulheres a amplificarem suas vozes interiores através da razão de ser da nossa empresa: ir além da joia, a ofertando como um valioso meio da mulher com o seu próprio poder, beleza e valor pessoal.


Agosto/Setembro-2018 19 19 Agosto/Setembro-2018 Paulo Link

Produtor de plantas ornamentais Autor do livro “Encantos e lições da colônia”

T

Ainda sobre Pais

ive pai, sou pai, sou avô! Muitas lições recebidas e emitidas. Há poucas semanas, viajei no Trensub a Porto Alegre e, na parede interna do vagão, li um pensamento cujo autor não lembro: “ Pediram para falar sobre a vida; é uma ida”. Então vamos em frente. Ainda não tenho certeza se fui um bom pai. Como avô, agora mais experiente, procuro ser melhor. Tenho muito presente a forma de os meus pais me criarem; e ajo no sentido de dar o melhor de mim, ou daquilo que esperava dos meus pais. Que um dia os netos, ao olharem para trás, possam dizer que o avô, com pulso firme, permitiu aprendizados constantes. Os avôs, num sentido amplo, não têm como missão distribuir doçuras e, sim, apresentar sempre orientação segura. Fico impressionado e observo atento como os netos constroem o saber, como são importantes os momentos mais diversos. A forma lúdica é a melhor de ser construída. O maior patrimônio que se pode dar aos filhos e netos é a oportunidade de ensino em um bom colégio. Será preciso sempre acompanhar de perto. É estar presente em todos os momentos. O dito popular de que o

homem, para ser completo, deve ter gerado um filho, escrito um livro, plantado uma árvore, para mim, inclui um quarto fato, o de ter vivido a criação dos netos. Assim, posso descrever aos leitores essa quarta experiência. Outro dia, levando o Francisco para a escolinha, pediu-me um colinho e, como eu estava com os braços bem ocupados, ele saiu com esta pérola: Um vô deveria ter quatro braços. Brincando com ele de mercadinho, ele era o cliente e eu, o dono do negócio. Ao se aproximar com ares de timidez, proferiu o pedido: quero comprar um avô. Tarefas diárias de um pai/avô: abraçar, beijar, estender a mão, passear... A melhor maneira de educar é enaltecer os comportamentos positivos, ressaltar os pontos fortes; com isso, as dificuldades tendem a diminuir. A maior alegria de quem ensina é perceber que a lição foi assimilada. A legenda da foto poderá ser nesta linha. São meus tesouros, Francisco e Bento.

Revista MultiFamília é uma publicação da: Ano 3 - Número 18 - Ago + Set/2018 ISSN 2447631-5 Circulação: Bimestral - 4.000 exemplares Distribuição: Gratuita

Edição: Sandra Hess (Jornalista - MTB/RS 11.860) Diagramação: Cleber Z. Dariva (Jornalista - MTB/RS 11.862) Impressão: BT Indústria Gráfica Capa: Freepik Faça contato: 51-99961-4410 |contato@zmultieditora.com.br


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