Revista MultiFamília Nº 16 - Abril + Maio/2018

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Abril/Maio-2018


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Satoshi Suzuki

Eng. Agronomo, diretor da Alface Pizza Gourmet, diretor S. Suzuki Viveiro de Mudas e vereador em Ivoti.

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Seja notável utilizando a poderosa mágica da comunicação

m certo dia, numa discussão corriqueira de trânsito, um sujeito meio estranho, transtornado com algo, se apresentou a um duelo de verbos afiados. Me chamou insistentemente de “Seu Gurizão”, criando um momento cômico, pois era difícil captar a sua mensagem. Cheguei até a apreciar a ideia de ser jovial, mas rapidamente compreendi o cenário. Era provável que o desafortunado oponente possuía gravado em seu inconsciente vários fatos intensos e extremamente pouco alegres, associados às vibrações da palavra “Gurizão”. Assim, logo concluí que o objetivo era me abater transmitindo esta sensação. Porém, me mantive imune às investidas do desafiante, pois estava eu recheado de bons pensamentos. De imediato, podemos concluir que “Feliz é aquele que tem bons pensamentos”. Porém, a observação essencial é perceber que todas as pessoas possuem gravadas em seu inconsciente, palavras que despertam diversas sensações. São reações involuntárias governadas por coisas simples como o cheiro de um bom churrasco, que faz o estômago trabalhar. Então, logo podemos deduzir que a vibração das palavras também

afeta o comportamento involuntário das pessoas, conforme a memória das sensações de cada um. Desta maneira, se desejamos cativar, encantar e conquistar o público, devemos utilizar palavras boas, pois estas produzem as valiosas endorfinas cerebrais que animam e inspiram o espectador. Assim, o maior desafio está na arte de julgar e construir o contraditório, utilizando apenas palavras positivas, pois toda análise e opinião, para ser ilustre, necessita ser construtiva. Talvez estes escritos sejam óbvios, mas sempre imagino que as rodas de carroça no formato redondo pudessem ser incrivelmente mágicas na época em que todas as rodas eram quadradas. Para finalizar, desejamos que todos consigam lapidar o “oficio da vida”, utilizando o conhecimento da Poderosa Mágica da Comunicação. Porque POEMAS melhoram o mundo!!!


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Abril/Maio-2018 Fabiane Horlle Hoff

Diretora da H. Maria Joias Contemporâneas e filha de Maria Helena Horlle Hoff

Contraste e movimento

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niciei este texto em meio às lágrimas. Tem dias em que a saudade é tão grande, mas tão grande, que não seguro a onda e preciso dar uma choradinha... Tipo de umas 3 horas seguidas e depois passa. Se neste momento alguém encontrasse comigo, me acharia parecida com o Coelho da Páscoa, por causa dos olhos vermelhos e do pelo branquinho... Certo, preciso fazer uma piada, pois até nisso puxei a minha mãe: nem chorando consigo deixar de pensar umas bobagens e rir um pouco. Pois sabe que, com esse “gancho”, posso afirmar que tudo na vida tem dois lados. Vai depender de como nos posicionamos para ver a questão. Perdi minha mãe num acidente muito improvável e de forma abrupta. Já são quase três anos e meio sem ela. Como hoje, tem dias que tenho esta vontade de chorar e aí choro. Mas lá atrás, escolhi ser grata a Deus por ter tido a Dona Maria Helena como mãe e muitíssimo agradecida pelo seu amor e exemplo. Minha escolha não foi lamentar o resto da minha vida por esta perda. Acredito que todas as coisas acontecem em opostos, caso contrário, não teríamos o contraste. Faça um exercício comigo. Sabe aquele lindo dia de sol? Qual sua importância se já faz mais de duas semanas que ele anda rachando? E se tivermos dias chuvosos e entre as nuvens brilharem raios de sol e aquele dia se

transformar num dia ensolarado? Qual dos dois cenários deixa o dia mais bonito? Observe que o contraste é o que dá movimento. Já pensou se tudo fosse sempre belo, lindo, perfeito... de forma contínua? Perde a graça. Chorar de vez em quando é bom, mas viver chorando, aí não dá! O nosso exercício é o livre arbítrio. Estar frente às situações e escolher para que lado iremos. Imagino que em cada um dos meus ombros há um personagem: no direito um anjo e no esquerdo um diabo. Os dois falam ao mesmo tempo, um em cada ouvido. Um é positivo e outro é negativo. Meu exercício é “dar ouvidos” ao anjo. Mas tenho um segredo para contar: nem sempre é fácil escolher o anjo. Como hoje, tive vontade de me atirar num canto e deixar-me abater. Mas tenho exercícios ótimos. No meu celular tenho uma foto do meu afilhado, com minha irmã e minha esposa. Eu procuro essa foto e olho bem para ela e meu coração se enche de amor. Ou busco na mente uma coisa engraçada, que possa me tirar do negativo. Hoje, lembrei de um dia que fizemos uma lista interminável dos namorados que a mãe havia tido e suas características... Ela ficou louca com a gente e nos finamos de rir! Uma chance para você adivinhar como finalizo este texto... Sorrindo!


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Wilson Corrêa Vieira Psicólogo - CRP 07/25933

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Viva às mulheres!

cabamos de comemorar o dia, a semana, o mês, o ano e a vida das mulheres. Um dia é pouco para homenageá-las. Elas merecem muito mais, por isso resolvi fazê-lo por escrito, pois, às muitas que não as cumprimentei, perdão. Esse movimento de reconhecimento das mulheres chamou-me a atenção, pois vi que até nos países árabes houve manifestação. Todas as manifestações, e não só as do dia 8 de março, mas sempre, são verdadeiras. Ouvimos que as mulheres ganham menores salários, que não são respeitadas, que são abusadas, que são tão ou mais competentes que muitos homens e por aí vai. Então, por que será que esses direitos ainda não são iguais? Vamos pensar um pouco. É sabido que uma cultura não muda de um dia para outro, nem numa semana, nem anos e muitas vezes não muda. Somos herdeiros de uma cultura onde as mulheres eram as donas de casa, cuidadoras dos filhos, sem direito de voz, submissas ao ponto de quando casadas, pronto, vida resolvida, futuro garantido, enfim, propriedade dos homens. Lindo, não é? E os homens se achando, tudo podiam. Essas questões permaneceram até muito recentemente. Sabemos de grandes movimentos culturais

feministas a partir da década de 1960. Quem não conhece o grupo musical inglês The Beatles ou Roberto Carlos que liderou a Jovem Guarda no Brasil. Falo apenas dessas duas referências que foram ícones de movimento cultural através da música. Houve outros tantos, mas vejam, anos 1960. Quem nasceu depois, apenas ouviu falar no movimento feminista. Leis protegendo as mulheres, só a partir da Constituição Federal de 1988. A partir de então, elas vêm sendo alteradas para diminuir essas diferenças. Ainda não acabou. As leis estão vagarosamente sendo moldadas e certamente não pararão por aí, até que essa igualdade se concretize. Minha opinião é que as mulheres já conquistaram muito, se considerarmos nossa herança cultural. Portanto, mulheres, não sejam omissas por suas lutas. Não se intimidem, denunciem maus tratos, falta de respeito, qualquer tipo de abuso. Homens covardes são esses que batem e que as sacrificam. Existem muitos locais de proteção especializados, aptos a reparar essas distorções, e ainda, homens de verdade estão dispostos a defender vocês mulheres. Parabéns a vocês por suas lutas.

O ARTIGO DE WILSON CORRÊA VIEIRA TEM O PATROCÍNIO DE:


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Abril/Maio-2018 Paola Roos

Advogada, mestra em Direito (OAB/RS 63.876) Autora do livro “O Novo Código de Processo Civil e as princiaipais tutelas”

Namoro qualificado ou união estável – Parte 1

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orre nos tribunais do país uma nova figura, nas contendas de família, denominada namoro qualificado. Essa figura possui diversas características em comum com a união estável, mas com ela não se confundindo. O direito de família está sempre se modernizando para poder acompanhar as mudanças ocorridas no seio social. Assim, muitos dos requisitos que anteriormente eram exigidos pelo Judiciário para configuração de união estável - como residência de ambos no mesmo imóvel, lapso temporal mínimo, existência de filhos para que seja a união considerada uma modalidade de família - vêm sendo mitigados. Essa simplificação dos pressupostos tornou tênue a linha divisória entre a união estável e o namoro qualificado: ambos os relacionamentos possuem cunho romântico-afetivo, são externados publicamente para a sociedade e costumam ser duradouros, denotando estabilidade, compromisso e importante vínculo entre os envolvidos. Contudo, eles apresentam efeitos jurídicos diferentes. A união estável pode ser atualmente conceituada como o relacionamento afetivoamoroso duradouro e público entre pessoas de

sexos diferentes ou mesmo sexo, residentes ou não sob o mesmo teto, devendo estar presente o affectio maritalis (ânimo de constituir família), o que não se vincula à presença de filhos. A união estável possui regime patrimonial de bens e, quando dissolvida, pode gerar a obrigação de partilha e de pagamento de pensão alimentícia, enquanto no namoro qualificado não é causa para tais efeitos. Atualmente, é muito comum que namorados residam juntos, namorem por longo período, participem da vida social e familiar um do outro e, em muitos casos, compartilhem cartões de crédito e contas bancárias. Então como diferenciá-los? E mais: como prevenir-se das dores de cabeça acarretadas pelos possíveis efeitos patrimoniais decorrentes do término de uma relação entendida por um dos ex-parceiros como apenas um namoro qualificado e pelo outro como união estável? As respostas para essas questões serão abordadas no próximo artigo, aqui na Revista MultiFamília. Leia este e outros artigos em:

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Vicente Fleck

Advogado - OAB 73.662

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Vale a pena pagar mais para se aposentar?

ergunta recorrente entre as pessoas que contribuem para o INSS é quanto devem pagar e se vale a pena contribuir com mais de um salário mínimo. Primeiramente, devemos explicar que o cálculo da aposentadoria se baseia na média das 80% maiores contribuições para o INSS, desde julho de 1994 até a data do requerimento da aposentadoria. Com essa média, multiplica-se pelo fator previdenciário para obter o salário de benefício que cada pessoa terá direito. Para se ter uma ideia de como o fator previdenciário diminui a aposentadoria, vejamos o caso de uma pessoa que tenha uma média de contribuição de R$ 1.500,00 e se aposenta com 35 anos de contribuição, nesse caso a pessoa só ganhará mais de um salário mínimo se se aposentar com 53 anos de idade. Ou seja, se a pessoa se aposentar antes, o fator previdenciário irá reduzir o benefício dessa pessoa a um salário mínimo. Essa perda é sempre proporcional aos valores

contribuídos, por exemplo, uma pessoa que tenha uma média de contribuição no valor de R$ 4.000,00 e se aposente com 50 anos de idade, irá receber R$ 2.304,00, pouco mais da metade do valor para o qual contribuiu. As perdas para quem contribuiu com médios e grandes valores serão sempre muito expressivos na aposentadoria, ainda mais quando comparamos com quem contribuiu para a previdência privada ou investiu o dinheiro em outras aplicações. Contribuir para o INSS é fundamental para termos a garantia de uma renda no futuro, porém, para que o valor supere um salário mínimo, o investimento deverá ser muito grande, sendo mais interessante pensar em outras garantias para o futuro que não apenas a aposentadoria.


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Abril/Maio-2018 Angelita M. dos Santos

Psicóloga Clínica CRP: 07/26522

Chegou a adolescência, e agora?

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lguns pais se perguntam: como agir com filhos adolescentes? Gostaria agora de me dirigir, em especial, aos pais de adolescentes e propor algumas reflexões de como lidar com seus filhos. Sabemos que a adolescência é um período de luto da infância, não os pertencendo mais um corpo de criança, tampouco um corpo de adulto. E por trás deste luto, surgem os comportamentos angustiados, tristes, de isolamento e por vezes revoltados destes adolescentes. E aos pais? como agir com esse turbilhão de sentimentos? J.D.Nasio, nos convida a pensar: “Se você deseja que seu adolescente mude, mude seu olhar sobre ele!” Tenho escutado pais que dizem: “eu tento conversar com meu filho, tento ter uma conversa simpática, gostaria de ajudar, mas ele não responde...” Nesse sentido, recomendo aos pais saber esperar, encontrem o momento certo para dialogar. Por vezes, os pais precisam conversar sobre um assunto sério, que vem preocupando-os, primeiro ouça seu filho, depois se preciso for, você pode e deve punir um comportamento condenável, sem com isso renegar seu amor de pai. A adolescência é uma etapa da vida que tem começo e tem fim, e todos os pais que tem filhos em algum momento devem fazer essa travessia. Busque ser firme, afetivo, estabeleça limites, (evitando humilhar ou acuar o jovem), tenham em mente que o seu filho ou sua filha, esperam de vocês que desempenhem o papel de adulto

protetor, mas que não hesita em fixar limites. Negocie quando necessário, muitas vezes com o adolescente é preciso proibir, dizer NÃO!...mas também firmar compromisso com ele, o adolescente precisa sentir que o adulto confie nele, como por exemplo: sugira a ele fazer uma festa em casa, estabeleçam algumas regras, assim, estarão desenvolvendo confiança e senso de responsabilidade. Isso também promoverá aos pais, uma boa oportunidade de saber quem são suas companhias, sejam elas boas ou más. Mais tarde, num momento favorável vocês poderão conversar sobre seus colegas e da relação com eles. Evite fazer comparações quando fores repreender o adolescente, isso só vai deixá-lo irritado, adolescentes não gostam de ser comparados com irmãos ou com qualquer outro jovem que tenha um comportamento exemplar. Aprendam a ter paciência, pois suas atitudes perante seu filho adolescente é frequentemente estimulada por seus próprios sonhos acerca do que ele deveria ser...será que vai ser desejado? amado? popular? brilhante? será que vai ser capaz de se virar sozinho? Os pais sofrem, sentem se culpados, para isso devem realizar o “luto do bebê imaginário”, aquele bebê dócil e obediente de ontem, que deixou de ser, e aceitar o adolescente de hoje. Lembrem-se: “cada sujeito é único”. Mude seu olhar sobre ele... AME-O COMO ELE É!


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Maiga Sabo Sandri Psicóloga e Psicanalista CRP 07/07240

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Ajuda psicológica para pais e mães

ães e pais sempre tentam fazer o melhor que podem: direcionam tempo, energia, esforços e afeto para o bom desenvolvimento dos seus filhos. Observam, escutam, brincam, respeitam o ser em desenvolvimento; se dedicam a acompanhar o dia a dia das crianças ou adolescentes ao máximo, os educam com amor e com os limites necessários; dialogam, sabem dizer “não” quando é preciso, ensinam o que é certo, transmitem valores. A parentalidade exercida de forma espontânea e natural, dedicada e amorosa, num aprendizado constante entre erros e acertos, é de certa forma, a ideal. Entretanto, lembramos uma questão delicada que boa parcela das famílias enfrenta hoje em dia: vivemos num tempo de “pouco tempo”porque há tanta atividade sendo feita - e de “pouca atenção”. Neste cenário, propício a menos encontros reais, poucos limites e vínculos frágeis, podemos dizer que o exercício da parentalidade está mais longe de chegar ao ideal. De qualquer modo, quando tudo parece estar bem na criação dos filhos, os pais nem precisam se questionar a respeito, não é mesmo? Porém, quando as dificuldades vêm à tona, surgem questões sobre como estão administrando a vida

em família, o quanto estão se dedicando com tempo e qualidade para os filhos, ou questões conflituosas do casal, até mesmo de um ou outro progenitor em especial. Muito comum é que diante das dificuldades com os filhos, os pais e as mães se encham de culpa, ou projetem as críticas e responsabilidades um sobre o outro. Ao buscarem ajuda psicológica, seja a mãe que tenha tomado iniciativa, ou o pai, ou o casal em si, com certeza já refletiram, discutiram os problemas, tentaram por seus próprios meios algumas soluções que não deram resultados satisfatórios, e, não raro, já estão até cansados. É um momento delicado que temos que acolher junto à família. A escuta psicanalítica abre um espaço de sustentação para as narrativas, sem julgamentos ou preconceitos ao modo de ser e de viver de cada um. Num ambiente de confiança, de tempo e de atenção, podem emergir as questões mais sensíveis e profundas, por onde serão encontradas novas vias de entendimento a partir das questões surgidas na criação ou no relacionamento entre pais/mães e filhos. Consequentemente, surgem novas maneiras mais saudáveis de lidarem com os problemas apresentados.


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“O RESSENTIMENTO é um veneno que tomamos esperando que o outro morra”

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Débora Schneider

Psicóloga (CRP 07/12539), especialista em Psicologia na Educação e em Psicologia Clínica e Institucional, esquizoanalista e coordenadora do Espaço Vida em Movimento

(Shakespeare)

uem nunca sofreu com uma traição, injustiça, intimidação, desrespeito ou humilhação? Sentir raiva e dor momentaneamente são respostas normais depois de sofrer ações negativas como essas. Mas elaborar os fatos passados é a melhor opção para a saúde física-mental. Sofrer humilhações é terrível e pode resultar em vários problemas psicológicos. Mas alimentar sentimentos amargos pode ser algo muito forte. A amargura é como um solvente que corrói as coisas boas que acontecem no presente, fazendo com que pessoas “re-sintam” as dores passadas, deixando-as cegas às “pequenas” alegrias da vida. O termo “ressentimento” deriva do verbo “ressentir”, significando reviver um sentimento ou sensação anteriormente experimentada, designando uma renovação de um mal sofrido, de uma dor que se ressente. O ressentimento associase à ideia de um auto-envenenamento por meio de sentimentos como raiva, inveja, rancor e ódio. Um envenenamento que ocorre quando esses sentimentos não podem ser mudados e se voltam para o interior da pessoa, onde – quando não são digeridos e elaborados envenenam o viver. O ressentimento consiste em reviver um sentimento e o que o provocou repetidas vezes, causando danos a si e também à outros. O ressentimento pode se transformar numa forma de viver, de pensar e de se relacionar bastante negativa, impotente e triste.

Suas consequências se assemelham, sem dúvida, entre todas as pessoas que o carregam: perdem o sentido da realidade, ficam pesadas, amargas, e isso se estende a todos os campos da vida. A consciência do papel que o ressentimento exerce em nossa vida é o primeiro passo para reconhecer sua influência no bem-estar físicomental. Essas emoções rancorosas têm todo o potencial de governar nossos pensamentos e ações, com efeito similar ao que pode produzir a depressão ou um transtorno de estresse. Ao não o reconhecermos, se converte em uma força desgovernada que provoca angústia, raiva e sensação de desamparo. É impossível evitar todos os eventos que poderiam lhe transformar em uma pessoa amarga. Em algum momento, você poderá ser vítima de um chefe injusto, um mal parceiro, um colega de trabalho rancoroso ou qualquer outra pessoa que lhe fará mal sofrendo abusos físicos, sexuais ou psicológicos. Elaborar a amargura não significa que você precisa ser ingênuo ou que as pessoas vão pisar em cima de você. Um exemplo é de uma pessoa que é traída pelo seu amor, mas ao invés de ficar amargurada, “re-sentindo” todas as dores milhares de vezes, segue em frente com a vida e encontra outra pessoa ou outras coisas! Não é fácil libertar-se de ressentimentos que crescem a ponto de quase ganhar vida própria. Mas o alívio e a leveza que você vai sentir quando os elabora, valem a pena!


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Tânia Zambon*

Master Coach, empresária, escritora, especialista em comportamento humano

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Harmonia e plenitude familiar

ense em algo novo. Pode ser em você mesmo, no seu marido ou esposa, no seu filho ou filha. Observe-os e olhe também para si mesmo. Reflita. Já pensou em mudar algo? Você vê essa necessidade? Mudanças não são fáceis, mas quando nos permitimos, realmente acontecem. Como é você em casa? Você se dedica aos filhos e ao seu parceiro ou é “workaholic”? Você prioriza o dinheiro ou a relação familiar? De nada adianta estar bem em um ponto e mal no outro. Agora pense nas palavras relacionamento, validação, atenção. Uma simples mudança na forma de tratamento de um parceiro ou de algum outro membro da família pode ser a chave para uma reconstrução. O Coaching voltado para a família pode ser essa ferramenta que ocasiona uma mudança da água para o vinho. Quando mudamos, tudo muda. Uma simples valorização e maior credibilidade a algo ou a uma pessoa transforma relações. A maioria dos pais, por exemplo, não se dá conta de que não basta ser, simplesmente, pai ou mãe. É preciso estar presente. Marcando essa presença e validando um ao outro, tem-se uma harmonia no lar. E dessa harmonia, passamos a ter outros fatores bons, de valor. Com o Coaching, a vida pode dar uma volta de 180º, com foco na felicidade e no bem-estar. Falamos do lado pessoal, gerando reflexão sobre a família, o casamento, a saúde, o lazer, as finanças e os projetos pessoais, da vida que queremos construir para nós mesmos, quebrando crenças e preconceitos, furando bloqueios, construindo um novo caminho, clareando conceitos, rumo à autorrealização. Estabelecemos uma relação maior de confiança com o outro, de entrega nas ações do cotidiano, para uma

nova atitude perante à vida e ao próximo. Por considerar o indivíduo em seus aspectos lógicos e afetivos, o Coaching trabalha os aspectos cognitivos e emocionais integrando ambas as funções e multiplicando a inteligência, o conhecimento e as emoções isoladamente. O gerenciamento conjunto de inteligência e emoção faz com o que a pessoa caminhe em direção à sabedoria. Tudo isso melhora as relações entre pai, mãe e filhos, por exemplo. Ao longo de toda a nossa vida, observamos ou presenciamos discussões ou disputas entre pais ou parentes em geral, por motivos, muitas das vezes, nada relevantes, além de situações conflituosas. Só que, em meio a isso, na maioria das vezes, as pessoas se sentem incapazes de interpretar e encontrar uma solução. Um Coach voltado para a família identifica e explora competências e qualidades de uma pessoa visando a uma mudança comportamental dentro do ambiente familiar. São consideradas as limitações autoimpostas partindo para um plano de ação com ferramentas e estratégias. Em suma, o Coaching Familiar é procurado para uma integridade familiar e pessoal, resgatando harmonia e plenitude, reconstruindo o espaço familiar sob uma base de respeito, verdade, apoio, comunicação e cooperação. Que nos unamos em busca de homens, mulheres e crianças melhores para construirmos, juntos, uma nova realidade das nossas famílias. Hey! * Considerada a Coach de Equipes nº1 do Brasil pelo RankBrasil Recordes e referência em liderança no país pela Braslider. Também é fundadora do Instituto Tânia Zambon que, desde 2011, realiza treinamentos em prol da excelência humana.


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Abril/Maio-2018 Jussara Ramos Zanetti

Psicologa de Orientação Psicanalítica Especialista em Psicologia Clínica Profissional do NAP

O Filho do Desejo – uma reflexão sobre a adoção

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esejar um filho não implica necessariamente estar preparado para situações que poderão advir. A escolha pela adoção deve vir acompanhada de um planejamento. Ao chegar ao seio familiar um filho escolhido, semelhante ao processo do filho legítimo, esta criança, antes mesmo de nascer, para estes pais já deve ter sido pensada e esperada. Mesmo que a adoção seja uma “surpresa”, a constituição do vínculo deverá se fazer pela via do “estar preparado” não somente no que tange a um planejamento socioeconômico, mas, principalmente, um preparo psicológico. Ou seja, deverá existir nesses pais um espaço que não seja preenchido pela dor, pela pena ou pela constatação da negligência que uma criança abandonada convoca, mas sim pelo amor. Adotar não é sinônimo de ajudar. Crianças são sábias e não demorão a entender o por quê de estar ali. O amor, o vínculo, o educar e o suportar serão duplamente testados antes de serem aceitos, pois o medo de serem novamente abandonados é latente em filhos adotivos e levará um certo tempo para que consigam relaxar

e se entregarem para sentimentos que não conhecem. Pensar que a criança adotada possa ser uma geradora de conflitos e de situações problemáticas é, no mínimo, um erro, pois, nada nos garante que filhos legítimos, durante seu processo de desenvolvimento, não apresentam problemas de conduta, pois são inúmeras as famílias que vivenciam situações difíceis com seus filhos biológicos. Cuidar, ver crescer, preparar para a vida, não é uma tarefa simples, independente de serem filhos adotivos ou biológicos. Tanto um quanto o outro necessitam ser frutos do desejo e da preparação para tê-los, mesmo que este desejo surja após o seu nascimento e de uma outra mãe. Saber-se desejado é pelo menos um bom começo. Ser reconhecido no olhar pode demorar um pouco, afinal, mães e filhos precisam de tempo para se conhecerem. No caso da adoção, é na construção do vínculo que acontece a gestação. Leia este e outros artigos em:

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Abril/Maio-2018 Eder Gustavo Schuster

Claudete Kunst

Mecânico

Psicóloga Especialista CRP 07/27438

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Planejamento e autoconhecimento para atingir o sucesso

ara alguns, sucesso significa êxito, reconhecimento, estabilidade financeira, bons relacionamentos e saúde. Não existe uma definição única de sucesso, mas como atingir o sucesso? Segundo a Exame/Carreiras “sucesso pede autoconhecimento”, segundo Robert Kaplan professor de Harvard, “o sucesso depende de um processo corajoso de conhecimento pessoal”. Como psicóloga, acredito que o conhecimento de si e inteligência emocional é um processo transformador que permite conhecer e trabalhar conflitos, resistências e potencialização das pessoas e desta forma seu desenvolvimento. Para ter sucesso precisamos também de metas coerentes, e sustentar a motivação subdividindo a meta em pequenas metas através de ações e comportamentos diários. Meta exige ponto de controle, então o “planejamento e estratégias” são fundamentais para atingir as metas, mas precisamos de foco, responsabilidade, posicionamento, vontade, disciplina, conhecimento, engajamento etc. Como vimos, o autoconhecimento e inteligência emocional, bem como as metas e planejamento/estratégias - uma vez que estas nos fornecem direção, são muito importantes para atingir o sucesso, mas a arma imprescindível para atingir o sucesso na minha opinião é “batalhar”. Existem pessoas que tem talento e não vão para nenhum lugar, então conheça a si mesmo, inspire-se, batalhe e trace o seu caminho para o sucesso!

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Falta de manutenção do ar quente do carro pode causar problemas de saúde

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om o final do verão, os motoristas voltam a usar o sistema de ar quente que torna o veículo mais confortável naqueles dias frios. Confira dicas e os cuidados que se deve ter com o sistema: O sistema de ar quente funciona basicamente captando uma parte do calor gerado pelo motor e o usa para aquecer o veículo através de dutos, um radiador próprio do sistema e um ventilador. Esse radiador utiliza a água quente do motor para aquecer o ar, que é “jogado” para dentro do veículo pelo ventilador. Por esta razão, só é possível utilizar o ar quente depois que o veículo atingir sua temperatura normal de trabalho. Nos primeiros dias em que se liga o ar quente, o motorista pode sentir um cheiro diferente no interior do veiculo e isso pode ser um indicio perigoso, pois a proliferação de fungos e bactérias prejudiciais a saúde, principalmente para as pessoas com predisposição a alergias, pode causar problemas de saúde. Como esse sistema funciona com a água proveniente do arrefecimento do veículo, recomenda-se que esse líquido seja trocado de acordo com as especificações de cada fabricante, em média a cada 30 mil quilômetros, evitando-se assim a corrosão interna e a diminuição da vida útil do sistema. Deve-se também limpar os dutos de ventilação pelo menos uma vez ao ano. Essa limpeza, além de eliminar fungos e bactérias, retira outras partículas que podem obstruir o radiador do ar quente. Outra dica é utilizar o ar quente com certa frequência. Ligue o sistema ao menos uma vez por semana. A falta de utilização pode danificar as peças.


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Abril/Maio-2018 Kátia Schuster

Professora de Alemão na Cliff Idiomas

Por que estudar Alemão?

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studar uma língua estrangeira é um dos primeiros passos, e é importante. Deve ser dado o quanto antes. Sabe-se que o inglês e o espanhol são falados em muitos países, daí sua relevância, porém o alemão destaca-se, igualmente, como uma língua de prestígio. O Alemão não é somente uma língua da Filosofia, Literatura e Cultura, mas também da Tecnologia, Engenharia e Ciências, bem como do Desporto e Lazer. O estudo deste idioma possibilita, não somente o entendimento da língua, mas também da cultura de Goethe, Nietzsche e Kafka, de Marx e Weber, de Mozart, Bach, Beethoven, Freud e Einstein, além de viabilizar o acesso aos originais dos contos infantis dos irmãos Grimm, por exemplo. Além disso, auxilia, e muito, na recepção aos turistas da Alemanha, Suíça ou Áustria, alguns dos grupos de estrangeiros que mais visitam o Brasil. O alemão é falado ainda em Luxemburgo, Liechtenstein, leste da França, norte da Itália e partes da Bélgica, da Romênia, da Hungria e da Rússia. O Alemão é a língua mais falada na

Europa, 100 milhões de pessoas a falam. É uma das 10 línguas mais faladas no mundo. Dos 1,5 milhão de alemães ou descendentes de alemães na América do Sul, 80% vivem no Brasil. Os conhecimentos da Língua Alemã podem ser muito úteis em diversas áreas, abrindo portas na vida acadêmica e profissional. Quem fala alemão, pode estudar em mais de 350 universidades alemãs. O sistema de educação alemão promove excelentes condições, tanto na área da formação profissional como da pesquisa científica. A Alemanha está em terceiro lugar entre os países que mais investem nesta área e oferece inúmeras bolsas a estudantes estrangeiros. A tecnologia, o design, a criatividade e a qualidade são elementos chave da pesquisa e ciência alemãs. A comunicação na Língua Alemã confere maiores chances de negociar com uma das economias mais fortes do mundo e aprimora as qualificações num mercado de trabalho competitivo e globalizado, além da possibilidade de aproveitar melhor as visitas às grandes feiras industriais em Hannover, Düsseldorf, Munique e Frankfurt.


Abril/Maio-2018 Ricardo Nilson

Betina S. Pohren

Professor de Educação Física CREF - 009992 Profissional da Vic Center

Fonoaudióloga da Clínica Mais Saúde CRFa 9452

Aspectos que devemos levar em consideração ao adquirir um aparelho auditivo

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uso do aparelho auditivo pode melhorar a comunicação e autonomia do idoso e alguns cuidados favorecem a adaptação: - Adquirir os aparelhos em um Centro Auditivo de fácil acesso, para que o idoso possa ir sozinho realizar as revisões, buscando auxílio e esclarecimento em pequenas dúvidas que surjam; - Procurar um Centro Auditivo onde possa comprar pilhas, sílica gel, fazer a troca do tubinho ou moldes novos e solicitar pequenos reparos, observando se o estabelecimento atende às exigências dos órgãos que regulamentam seu funcionamento; - Observar se os exames auditivos e atendimentos são realizados por fonoaudiólogo, se existe isolamento acústico e cabine audiométrica. Lembramos que filhos e netos podem aprimorar a compreensão nas conversas familiares: - Chamar a atenção do usuário de prótese auditiva, para que olhe para o rosto de quem está falando; - Quando estiverem conversando entre três pessoas ou mais desligar televisão ou o som; - Respeitar o tempo de quem não ouve bem para que possa organizar com calma a resposta, pois a velocidade do processamento do som pode ser mais lenta. Com calma, teremos mais ganhos nas relações, fortalecendo os laços de quem têm tanto a ensinar.

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Natação o ano inteiro

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lguns pais pensam que a natação no período do inverno pode deixar a criança resfriada, mas não é bem assim. A natação, na verdade, estimula a imunidade e trabalha muito a parte cardiorrespiratória, o que deixa a criança mais resistente às doenças relacionadas a esse sistema. E tem mais, a natação não beneficia somente na prevenção de doenças respiratórias, há muitas outras vantagens trazidas com a prática do esporte. O sono, a musculatura, a coordenação motora e até o humor têm uma melhora significativa para a criança que nada. Uma preocupação constante que não deve ser só dos pais, mas principalmente da escola de natação, é quanto aos cuidados com o ambiente ao redor da piscina e o vestiário. Eles precisam ser protegidos para que a criança não tenha um choque térmico ao sair da água, da mesma forma a roupa que a criança usa ao deixar o espaço, é importante que seja um casaco com capuz, manta e meias nos pés. Tomando estes cuidados, não abandone a água no inverno, torne-se aliado dela.


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Abril/Maio-2018 Cayena Sofia Feiten Graeff

Estudante na EMEF 25 de Julho em Ivoti

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Patinar...

uando era menor, sempre gostei muito de ver apresentações de dança, de ginástica, e outras modalidades artísticas, até que descobri a patinação e foi aí que me encantei. Eu comecei a patinar mais por amizade, porque várias das minhas amigas patinavam. Depois que comecei a fazer, me apaixonei pelo esporte. Com isso também comecei a praticar um exercício físico e eu realmente senti uma grande diferença, pois isto me fez sair da rotina. Patinar me traz leveza. Fazer uma apresentação sempre é incrível, é quando nós podemos mostrar tudo o que aprendemos. Competir sempre nos traz aquele nervosismo bom, estar dentro da pista dando seu melhor, é mágico. Ainda que ao final não se alcance o 1° lugar, o fato de poder fazer algo que te realiza, faz bem, é sempre um ganho. Eu e mais algumas amigas participamos ano passado, em agosto, da primeira Copa Patinart de Ivoti, onde aproximadamente 200 meninas e meninos

competiram, vindos das mais diversas cidades. Uma das coisas mais legais desse esporte é que, embora muitos pensem, não é só para meninas, participa quem gosta e quem se acha nele. Importante também ressaltar que há mais pessoas envolvidas, como os pais, os avós, os professores e amigos, que assistem ao espetáculo montado ao final de cada ano, enfim um grande encontro entre famílias. Uma das referências do esporte é o gaúcho nascido em Lajeado, Marcel Stürmer, considerado o maior patinador do país, já conquistou vários títulos nacionais e internacionais. Ele, além de ser um estímulo, também nos mostra que, se nos dedicarmos, alcançaremos nossos sonhos. Patinação é mais do que andar sobre rodas, é nos desafiar ao fazer nosso máximo com delicadeza, é poder voar com leveza, é dançar com o coração. O importante, no final das contas, é praticar um estilo de esporte, não importa qual, desde que você se ache nele como eu me achei na patinação.

O ARTIGO DE CAYENA SOFIA FEITEN GRAEFF TEM O PATROCÍNIO DE:


Abril/Maio-2018 Camila Camargo Raimundo

Juliana Birk

Nutricionista e Health Coach. Sócia da Pluma Estação de Bem Estar e coautora do livro “O Poder Transformador do oaching”.

Por que eu não emagreço?

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ocê já tentou emagrecer, fez dietas e não está satisfeito com os resultados? Confira os 8 erros mais comuns: 1) Consome álcool – a maioria das bebidas alcoólicas, além de prejudicar a sua saúde, contém muitas “calorias vazias”, ou seja, hipercalóricas sem nenhum nutriente. Quanto menos ingerir, melhor. 2) Faz substituições pouco vantajosas – Trocou o açúcar pelo mascavo, o cacetinho por pão integral, o bolo por bolo integral, a mortadela por peito de peru. Você segue ingerindo açúcar, farinhas e industrializados! E não troca pelos alimentos que vêm diretamente da natureza. 3) Não come frutas e vegetais – Ou só come de vez em quando ou não varia. 4) Exagera no final de semana – Durante a semana controla a alimentação, mas no final de semana exagera. 5) Não faz atividade física ou não altera o estímulo – Fazer atividade física é fundamental para a saúde, independente se deseja emagrecer ou não. Porém, para o emagrecimento é importante evoluir, pois sim, o corpo acostuma e aí é importante mudar o estímulo, seja dentro da mesma modalidade ou não. 6) Foge das gorduras naturais – Existem gorduras ruins e boas. Fugir de todas faz você sentir mais fome, o que pode ser uma armadilha. Gorduras do bem fazem você ter saciedade por horas e são aliadas no emagrecimento. 7) Dorme mal/estresse – Essas situações desequilibram hormônios importantes para o equilíbrio do peso. 8) Come sem ter fome – Aquela velha história de comer a cada 3 horas. Você já parou para pensar se está com fome? Ou apenas acostumado? Fica beliscando? É importante reconhecer e respeitar os sinais que o corpo dá. Comer quando tem fome. E na hora que a fome aparecer, comer alimentos saudáveis, até porque a fome não é seletiva (desejo é diferente de fome). Ficou com dúvidas? Não identificou os seus erros? Procure um nutricionista, que certamente fará o seu atendimento individualizado, necessário para o alcance dos seus objetivos.

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Acadêmica de Nutrição

Saindo do automático para testar o paladar

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empre escolhemos produtos pela marca e ou por indicação de alguém, mas com isso acabamos não nos permitindo provar outros produtos e ampliar nossos gostos e paladares. Neste semestre, curso uma disciplina a qual vem sendo uma experiência bem diferente. Tenho me surpreendido, pois avaliamos produtos e experimentamos os mesmos sem rótulos. Degustamos as bebidaos H2O e Aquarius, a maioria assim como eu tem preferência pela H2O. Feita a análise sem saber qual era qual, a dificuldade foi grande para diferenciá-las ou até mesmo dizer qual eu estava provando. A grande maioria dos colegas não soube distinguir a diferença, notando uma diferença mínima entre elas. A professora chegou a comentar que se recebermos visita e a pessoa dizer que só toma H2O pode servir Aquarius que ela não irá notar diferença. Como acabamos tendo uma rotina corrida não nós permitimos degustar e sentir o real gosto do que comemos, a gente acaba apena engolindo. Vamos prestar mais atenção no alimento que estamos oferecendo ao nosso organismo, sentir realmente o gosto, tentar identificar os ingredientes que podem conter naquela preparação ou produto. Vale a pena fazer a experiência em casa e testar o seu paladar.


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Abril/Maio-2018 Marcia Schardosim

Cirurgiã-dentista | CRO 12316 Especialista em Radiologia Odontológica e especializanda em Ortodontia

Cáries nas crianças

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que são cáries de mamadeira e como evitá-las? São cáries causadas pela exposição frequente a líquidos que contém açúcar, como o leite, as fórmulas preparadas para bebês e os sucos de frutas prontos. Estes açúcares se acumulam ao redor dos dentes por longos períodos de tempo, enquanto seu bebê está dormindo, provocando as cáries, que primeiro se desenvolvem nos dentes anteriores (os da frente), tanto na arcada superior quanto na inferior. Por essa razão, nunca deixe sua criança dormir com a mamadeira na boca. O mesmo vale ao amamentar, não deixe o bebê se alimentar continuamente, dormindo com a mama na boca. Ensinar seu filho a cuidar dos dentes desde pequeno é um investimento que trará benefícios paro o resto da vida dele. Comece dando o exemplo: cuide bem dos seus próprios dentes. Isto mostra a ele que a saúde bucal é importante. Atitudes que tornam o cuidado com os dentes algo interessante e divertido (como exemplo, escovar os dentes junto com ele ou deixá-lo escolher sua própria escova) incentivam a boa higiene bucal.

O sorriso desdentado do bebê é irresistível, e todos querem que seus filhos tenham dentes bonitos e saudáveis por toda a vida. Por isso, os cuidados devem começar o mais cedo possível, levando o pequeno ao dentista antes mesmo do 1° dente surgir, para que os pais recebam orientações de como fazer a higiene e resolver dúvidas a respeito da nutrição da criança, o uso de chupetas e mamadeiras. Pois, a cárie detectada a tempo pode não causar lesão ao dente, sem necessidade de restauração. Os dentes de leite não são descartáveis, eles têm a função de mastigação, fonação (fala), manutenção de espaço para o dente permanente e função social. Estes dentes possuem raízes iguais aos permanentes, e muitas vezes quando careiam necessitam tratamento de canal. Por tudo isso é importante os cuidados com os dentes de leite.


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Geovana Geib

Advogada, mestre em Direito – UFRGS OAB/RS 66.949

Camila Schmitz

Advogada, especialista em Direito Civil e Processo Civil - IDC OAB/RS 57.397

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As vantagens do Inventário Extrajudicial

Lei Federal 11.441/2007 possibilitou, em alguns casos, a realização de inventário diretamente em cartório (extrajudicial), por meio de escritura pública. Serve para partilhar e transferir os bens móveis e imóveis deixados pelo falecido à viúva e seus herdeiros, bem como para levantar valores em instituições financeiras. Contudo, para a sua realização, alguns requisitos devem ser respeitados: a) o falecido não poderá ter deixado testamento; b) todos os herdeiros deverão ser maiores de idade e capazes; e, c) todos os herdeiros deverão estar em consenso sobre a partilha dos bens. Caso tais requisitos não estejam presentes, o inventário deverá ser aberto pela via judicial. O inventário extrajudicial é um procedimento vantajoso por ser mais rápido, prático, e menos oneroso que o judicial. Este poderá ser realizado em qualquer Tabelionato de Notas do país, independentemente do local do óbito, do

domicílio das partes ou do local onde se situam os bens a serem partilhados. Frisa-se ainda que as partes deverão estar assistidas por advogado. Sabemos que a dor da perda de um ente querido é imensurável. Por isto, neste momento tão delicado que você está enfrentando, procure um profissional do Direito de sua confiança que possa ajudá-lo com tais questões legais da forma mais leve possível. Leia este e outros artigos em:

zmultieditora.com.br

Revista MultiFamília é uma publicação da: Ano 3 - Número 16 - Abr+Mai/2018 ISSN 2447631-5 Circulação: Bimestral - 4.000 exemplares Distribuição: Gratuita

Edição: Sandra Hess (Jornalista - MTB/RS 11.860) Diagramação: Cleber Z. Dariva (Jornalista - MTB/RS 11.862) Impressão: BT Indústria Gráfica Capa: Freepik Faça contato: 51-99961-4410 |contato@zmultieditora.com.br


AbrilMaio-2018 19 19 Abril/Maio-2018 Paulo Link

Produtor de plantas ornamentais Autor do livro “Encantos e lições da colônia”

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E o Kerb?

xistem muitas versões sobre a origem do Kerb. A única certeza é que foram os alemães que trouxeram essa festa nos navios repletos de imigrantes. Neste mês de abril, ocorre o Festival do Kerb aqui em Estância Velha. É um festival, um evento público. Nasci e me criei na colônia e, desde muito pequeno, esperava pelo Kerb, porque era uma alegria que reunia a grande família, era uma festa de reencontros. O primeiro trabalho consistia em fazer uma limpeza no grande pátio e arrumação geral na casa. Era a data em que meu avô paterno, Cristiano Link, nos visitava por, no mínimo, oito dias. Era o primeiro a chegar e assim acompanhava a tarefa de preparar carnes, através da matança de algum suíno e um bovino, refazendo especialmente o estoque num dos ambientes quase sagrados, que era o defumador de linguiça, charque e costelinhas de porco. Eram elaboradas grandes quantidades de doce de coco, de pera, de figo, doce de marmelo e outros. Também algumas fornadas de cucas, bolos e roscas eram feitas

no capricho. No domingo do Kerb, o forno, após bem aquecido, recebia uma boa carga de carne temperada, servida ao meio-dia. Cabe ressaltar que a bebida não era o ponto principal do encontro. Servia-se apenas durante o almoço. A festa durava três dias. Ao retornarem para suas casas, alguns visitantes ainda levavam certa porção de quitutes aos que não tinham vindo no encontro. Ainda faltou contar que o avô Cristiano sempre costumava comprar a famosa bala de anis da Neugebauer (em lata de três kilos) e era evidente que em seu bolso sempre carregava algumas dessas guloseimas e ele, num gesto muito carinhoso, sentado na cadeira, apontava com uma mão para seu colo e a outra para algum dos meus irmãos ou irmãs e proferia o convite: venha um pouco no meu colo? Tudo isto era KERB!


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