Revista MultiFamília - Ed.23 - Jun+Jul/2019

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INFORME PUBLICITÁRIO

Renovare é eleita melhor provedor de Internet pelo site Melhor Plano Junho/Julho/2019

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Renovare Telecom foi apontada como o Melhor Provedor de Internet de Dois Irmãos, segundo pesquisa realizada pelo site Melhor Plano. Além da colocação, a empresa também foi apontada como a de Maior Satisfação entre os clientes e a que tem a maior velocidade de internet banda larga. A pesquisa envolveu centenas de notas de satisfação de clientes e aproximadamente 22 mil testes de velocidade de internet. No levantamento, a Renovare Telecom ficou à frente de concorrentes que incluem grandes operadoras, com presença nacional. Para o diretor da empresa, Leonardo Arnold, o reconhecimento é fruto de um trabalho cuidadoso, combinando tecnologia de ponta com atendimento personalizado para entregar um serviço diferenciado.

“Dois Irmãos é nossa cidade natal, onde construímos uma grande base de usuários, entregando conectividade com serviço de alto padrão. Com base na expertise e no nível de serviço que desenvolvemos ao longo dos anos, estamos nos expandindo dentro do mercado de banda larga. Este selo de qualidade, além de ser um reconhecimento pelo nosso compromisso com qualidade, também se torna nosso cartão de visitas”, avalia Leonardo. Estabelecida em 2010 na cidade de Dois Irmãos, a Renovare trabalha com tecnologias avançadas para garantir qualidade, segurança e alto desempenho em taxas de transferência de dados, por fibra óptica e rádio digital. Atualmente, a Renovare Telecom está presente em onze municípios no Vale dos Sinos, Serra e região metropolitana de Porto Alegre.


4 Junho/Julho/2019

Bate-papo da Família: As tecnologias usadas a favor da família: quais os limites?

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Revista MultiFamília e o Colégio Imaculada Conceição, de Dois Irmãos, promoveram o Bate-papo da Família, na noite de 6 de maio. O painel reuniu os psicólogos Wilson Corrêa Vieira, de Dois Irmãos, Andréia Reis, do Núcleo de Atendimento Psicológico (NAP) de Novo Hamburgo, e Cristiane Führ Giacomolli, do Espaço Vida em Movimento, de Ivoti, para tratar do tema “As tecnologias usadas a favor da família: quais os limites?”. O ingresso solidário foi destinado para a Liga Feminina de Combate ao Câncer de Dois Irmãos. Pais e professores estavam interessados em aprender e compartilhar suas experiências. Cristiane Führ Giacomolli abriu o painel abordando a importância que o celular adquiriu em nossas vidas, concentrando em um único aparelho várias funções rotineiras como realizar operações bancárias, pesquisas, jogos e como meio para relacionamentos sociais e familiares. O novo hábito faz com que olhemos para o aparelho, em média, a cada 10 minutos. A vida ficou mais prática e é possível comunicar-se com pessoas distantes sem custos elevados. Mas essas facilidades também geram consequências negativas

Cristiane falou sobre o tempo que convivemos presencialmente com as pessoas

Andreia sugeriu aos pais para compartilhar da rotina dos filhos e olharem para a mesma tela

Wilson tratou da ansiedade gerada pelas redes sociais

quando os eletrônicos são usados em demasia, fazendo com que o mundo de muitas pessoas gire em torno deles. Isso toma um tempo precioso de convívio presencial, especialmente com familiares. Cristiane propôs uma reflexão - com base em um estudo apresentado através de um vídeo* – sobre quanto tempo ainda estaremos juntos fisicamente das pessoas que amamos no restante de nossas vidas. O resultado pode ser surpreendente, não passando, muitas vezes, de alguns meses. Seguindo a mesma linha de que os


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aparelhos eletrônicos são indispensáveis nos dias atuais, mas que é preciso ter certo controle sobre o tempo que dedicamos a eles, especialmente as crianças, Wilson Corrêa Vieira destacou as expectativas e ansiedades geradas especialmente pelas redes sociais que podem trazer consequências negativas. Disse que é importante que os adolescentes vivam suas próprias experiências e desafios na vida real, aprendam a se relacionar pessoalmente com os outros, além de adquirir os benefícios físicos que as brincadeiras tradicionais proporcionam,

como boa postura, tonicidade muscular etc. Citou a carência de vitamina D como uma das consequências experimentadas pelos jovens atualmente. Em sua fala, Andréia Reis destacou que vivemos em uma época diferente, que as coisas não são mais e nem voltarão a ser como eram antes da internet. Observa que os jovens veem o mundo através do celular, que passou a ser uma extensão de seus próprios corpos. De acordo com a psicóloga, não é possível ir contra essa realidade. O caminho para os pais conquistarem um equilíbrio no tempo que os filhos dedicam aos estudos, convivência e o tempo que passam diante das ferramentas eletrônicas é se aproximar do mundo deles. Essa demonstração de interesse vai gerar empatia, o que permitirá que sejam estabelecidos acordos, contemplando assim as expectativas dos pais e as necessidades que são características das novas gerações. É preciso negociar e cobrar que os acordos sejam cumpridos. Andréia observa que, muitas vezes, os próprios pais ficam tempo demais no celular, ou dedicados aos seus próprios interesses, o que também não é saudável para o relacionamento com os filhos. Sugere que algumas atividades sejam realizadas por toda a família, como passeios ou simplesmente todos assistirem ao mesmo filme, olhando para a mesma tela.


6 Junho/Julho/2019

Fábia Lumertz Psicopedagoga e neuropsicopedagoga ABPq-RS 4527

Quando chegam as notas do trimestre:

sobre ansiedade e dificuldade de aprendizagem

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ificuldade de aprendizagem é um problema comum e muitas vezes complexo de ser resolvido. Infelizmente, ela nunca se apresenta sozinha: vêm acompanhada de ansiedade. Neste período em que a maioria das escolas já encerrou o primeiro trimestre e inicia o segundo, essa ansiedade aumenta pois, se a criança ou adolescente não atingiu os objetivos propostos, o segundo trimestre já começa sob os olhares vigilantes e incertos de pais e professores, que aguardam ansiosamente os primeiros sinais de melhora no processo de aprendizagem. Além disso, tem-se a insegurança natural do aluno, que está envolto na incerteza sobre como ocorrerá a própria aprendizagem, o que é um fator estressante e que contribui sobremaneira para tirar sua atenção nas aulas. Essas situações, apesar de relativamente comuns, são distantes do que se deseja. Na nossa sociedade entende-se a aprendizagem como algo que acontece instantaneamente em função do aluno estar na escola e ter professores que lhe ensinem. Na realidade, trata-se de um processo de interação entre o que o professor ensina e o que o aluno apreende

em função da maturidade do seu sistema nervoso e da sua motivação para aprender. O desenvolvimento cerebral do indivíduo é próprio de cada um. No desenvolvimento que não é prejudicado por questões orgânicas, existe uma crescente de fases. Essas fases se dão em idades próximas mas não fixas, o que desencadeia situações onde temos alunos no mesmo nível sóciocultural e com estímulos parecidos, mas com aprendizagens diferentes. A motivação também é um fator pessoal e fundamental, intrínseca de cada indivíduo, fruto de seu amadurecimento psíquico e das interações que faz com os estímulos que têm contato. Desta forma, temos na aprendizagem um processo que tem de ser visto com a seriedade que merece. A ansiedade é compreensível quando o processo de aprendizagem não ocorre da forma esperada, mas devem ser considerados todos fatores, respeitando o tempo do aluno. Em casos que o professor e a família percebam que as dificuldades estão prejudicando, o ideal é encaminhá-lo a um profissional da psicopedagogia ou neuropsicopedagogia para uma avaliação aprofundada e orientação terapêutica adequada, casos seja necessária.


7 Junho/Julho/2019

Carla Rosani Scherer Psicanalista Membro do Círculo Psicanalítico do RS

Um pensar sobre a criança e o adolescente na clínica

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magia da vida começa no momento em que, ao abrirmos os olhos vislumbramos a luz, da luz, um ser e no olhar deste ser o significado do nosso viver. Por que estamos aqui? É aí que a vida começa a acontecer, a busca de significados para compormos nossa história. Decodificar a imagem do corpo exige estar de acordo com o outro, estar verdadeiramente a serviço dele com tudo o que se é – acordado ou adormecido – enquanto ele está ali. É no brincar que as crianças representam simbolicamente fantasias, desejos e momentos vividos, através da representação e da fala, assim como para nós, adultos, são os sonhos. O brincar é a linguagem que a criança fala, cujo papel do psicanalista é compreender e interpretar. Fazer-se presente, traduzir a dor e a angústia dialogando com ela. A partir de uma interpretação, outra brincadeira aparece e assim por diante, oportunizando a criação de uma nova simbolização à medida que a angústia diminui. Esta criança fala e vive dentro de nós em vários momentos de nossas vidas, cheia de registros e afetos, que a medida que se

desenvolve chega a adolescência e novamente pode se angustiar com as transformações que a assombram. É um momento de busca por respostas de fatos que se repetem, de conquistas e perdas. Busca pelo grupo, pelos afins, aqueles que pensam como ele. O corpo sofre transformações físicas e psíquicas, oportunizando o processo de busca de si mesmo, na transição entre a fase infantil e adulta. A influência do meio ambiente no desenvolvimento psíquico da criança e do adolescente é algo que influencia muito esta transição, pois tem a ver com o processo de formação e evolução do eu. À medida que o corpo vai se desenvolvendo, a imagem mental que o adolescente tem de si também vai se modificando, porém elas não acontecem na mesma velocidade. O corpo se desenvolve num período mais curto. Observa-se hoje jovens adultos e adultos jovens, crianças adultos e adultos crianças. A perda de referência de quem realmente nós somos está hoje pautada no virtual e na imagem que construímos para os outros, não para nós mesmos.


8 Junho/Julho/2019

Rodolfo Gabriel Llompart Professor de Inglês e Espanhol na Cliff Idiomas Estudante de Letras

A importância de falar bem um idioma estrangeiro

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m um mundo globalizado e com intensa troca de informações, qualquer pessoa sabe pelo menos duas ou três palavras em inglês e espanhol. Trata-se de duas línguas altamente difundidas pelo mundo, principalmente o inglês. Os idiomas têm se tornado acessíveis através de diversos meios, como as séries, aplicativos, músicas e jogos. Agora, será que todos sabem o necessário para pronunciar com excelência uma simples palavra? Levando-se em conta experiências em sala de aula, vários mitos relacionados à pronúncia de vocábulos muito comuns na língua estrangeira, são desvendados. É verdade que uma pessoa que maneja de forma satisfatória um idioma, estabelecerá uma relação mais estreita com um nativo. Até viagens curtas a outros países podem ser mal aproveitadas se não falar bem o idioma local. Em se tratando de fonética, na língua inglesa, suas vogais se desmembram em 12 sons, ao passo que no português, há 8. A tendência é pronunciar como se escreve e nem sempre é assim, pode haver nuances em uma só palavra, como vibração vocal, sílaba tônica, consoante ou vogal silenciosa, etc.

O português e o espanhol se estreitam através de uma gama enorme de palavras semelhantes ou idênticas. Muitos nativos brasileiros não enfrentam dificuldades em compreender um diálogo simples em espanhol. Mas se tentarem falar de maneira correta, sem estudo prévio, certamente não soará bem. Existem algumas diferenças nas consoantes, por vezes gritantes, que podem gerar confusão e até soar cômico. Por conta de falsos cognatos (palavras escritas de modo similar, mas que têm significados diferentes), seguidamente induzem o falante a cometer erros. A palavra “embarazada” é usada para se dizer que uma mulher está grávida, enquanto “avergonzado” é o adjetivo para alguém que está com vergonha. Temos outros exemplos como salada (salgada), rato (momento), pastel (bolo), vaso (copo). A comunicação eficaz abre caminhos, leva longe e faz refletir sobre nossa própria língua. Será que estamos fazendo o uso correto dela? O brasileiro também precisa estudar melhor seu próprio idioma, e comunicar-se de maneira objetiva e eficaz, de modo a obter resultados diferentes.


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Paulo Link

Vicente Fleck

Produtor de plantas ornamentais Autor do livro “Encantos e lições da colônia”

A Educação

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ou primeiro relatar um fato ocorrido quando eu trabalhava numa grande empresa de calçados. Certa vez foi colocado na esteira de montagem um novo modelo de calçado. Tudo calculado e planejado, porém, ao final da linha o produto não estava na conformidade de qualidade. A equipe técnica não conseguiu detectar em que parte do processo ocorria a falha. Então, pararam a esteira e retiraram todas as peças da linha de montagem. Reiniciando a produção, a cada etapa era parado o movimento e o operador recebia orientação para executar de forma correta sua tarefa. Ao final, o calçado chegou na expedição com a qualidade exigida. Falando de educação, a criança/jovem deve receber a educação em casa e a escola deve produzir conhecimento. Quando meus filhos, durante o Ensino Fundamental, criticavam o trabalho da professora, eu fazia compreendêlos que se eles sabiam fazer melhor, deveriam ser aliados da professora. Só a crítica muito pouco ou nada constrói. Quando os filhos têm dificuldades,os pais e responsáveis devem buscar solução em conjunto. Isso é construtivo!

Advogado - OAB 73.662

Muitas perguntas, poucas respostas

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esde o começo do mandato do atual presidente da República se fala em reforma da Previdência. Tal fato não é exclusivo. Todos governantes costumam colocar em pauta as medidas mais difíceis no começo, apostando na popularidade da eleição para aprovar as medidas amargas. Porém, até o momento, não se pode afirmar com exatidão qual a verdadeira proposta do governo, porque muitos são os interlocutores, mas poucos afirmam o objetivo da reforma. O objetivo seria aumentar a arrecadação? Aumentar a idade para a aposentadoria? Aumentar o tempo de trabalho para se aposentar? Quem está trabalhando poderá se aposentar antes dos 60 ou 65 anos? Nem mesmo os mais fiéis ao governo respondem estas perguntas. Talvez, estamos estudando, depende, e assim se vão respostas evasivas e sem explicar aonde esta reforma quer chegar. Agora a Câmara dos Deputados toma a iniciativa de apresentar uma totalmente nova, que apresenta a resposta às dúvidas dos brasileiros. Será? Quem está mais perdido, quem quer mudar a lei ou os trabalhadores que não sabem quando poderão se aposentar? Os eleitos para responder as perguntas são 513 deputados e 81 senadores, mas poucos são os que sabem ou querem respondê-las.


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Michele Zamboni De Boni

Junho/Julho/2019 Susan Figueiró

Psicóloga | CRP 07/09159 Atua na Clínica Mais Saúde

Advogada | OAB/RS 68161

“Doutora, quanto tempo vai levar meu processo?”

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pós longos anos de estudo, respondo: também queria saber. Seriados americanos mostram conflitos envolvendo milhões de dólares resolvidos em poucas conversas entre os advogados e a expectativa versus realidade é decepcionante. - Então, os juízes brasileiros não trabalham? São mais de 80 milhões de processos em tramitação e 18 mil juízes. Calculou? Qual solução para resolver e não procrastinar conflitos? Quem assistiu “Suits” deve ter sonhado com um Harvey Specter resolvendo em poucos dias problemas insolúveis. Juízes americanos também estão sobrecarregados: a média anual é de 1.000 processos por juiz. (Comparou, né?) A boa notícia é que os tempos estão mudando e a advocacia, também. As negociações são adotadas por profissionais preocupados em RESOLVER os problemas dos clientes, cientes da urgência de cada questão. A negociação extrajudicial e/ou judicial é valiosa quando o conhecimento jurídico e planejamento estratégico são aplicados. Muitas situações podem ser resolvidas através de um profissional qualificado. Então, você já sabe: não “casar” com seus problemas? Faça como naquele outro seriado e “Better Call Saul”.

Amor x Relacionamento

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omeço este artigo questionando a relação entre o amor e o relacionamento. E obrigatoriamente precisamos falar de autoestima, pois é preciso entender que o Ser Humano se desenvolve e evolui de acordo com as relações que estabelece com o mundo, com os outros e com a relação que estabelece consigo mesmo. Esse primeiro objeto de amor, para que qualquer relacionamento possa dar certo, PRECISA ser o amor por si mesmo. Se você sofre com seu relacionamento, provavelmente sofre com a sua autoestima. E a sua atitude pode estar relacionada com fatores internos, de acordo com as crenças adquiridas; e fatores externos, através das experiências vividas. Essa atitude vem de uma reflexão relacionada à responsabilidade e à liberdade. Vale lembrar que ‘atitude de autoestima’ é diferente de comportamento, visto que o comportamento não demanda reflexão: você se comporta de um jeito porque aprendeu assim, enquanto a outra é o reflexo de uma escolha, onde assume uma responsabilidade diante dela. Quando amar significa sofrer, é hora de repensar. Te convido a ler este artigo na íntegra em zmultieditora.com.br ou no meu perfil no

Facebook. Até mais!


11 Junho/Julho/2019

Luiz Mateus Pacheco Psicólogo do NAP CRP 07/27656

7 formas de amar e ser amado

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mar é verbo e possui muitas conjugações. Pode ser conjugado em primeira pessoa e, portanto, tornarse amor próprio. Ou então ser dirigido para pessoas ou coisas. Não podemos sobreviver sem ele – a ciência comprova. O que é amor? AMOR PAIXÃO - É associado ao desejo, ao romance e ao prazer. Uma metáfora comum é o fogo que nos consome – principalmente a razão. O amor paixão, entretanto, tem prazo de duração. Não costuma se manter intenso por muito tempo e, quando se mantém, pode adquirir uma forma patológica – não é à toa que culturas antigas a consideravam uma maldição. AMOR FRATERNAL - Essa é uma das formas mais poderosas do amar. Que se desenvolve entre irmãos ou amigos. Se estabelece sobre laços fortes e conexões intensas, calcando-se na intimidade, na autenticidade e na segurança. É o amor da confiança e, muitas vezes, o amor paixão evolui para esta forma de amar. AMOR FAMILIAR - Essa forma de amar é especial, pois não pressupõe retorno. É o amor do cuidado, em especial dos pais para com os filhos. Tende a ser incondicional e se bastar pelo simples fato de ver o outro prosperar. AMOR COMPAIXÃO - Pode ser considerado a forma mais pura e desprendida do verbo

amar. É o amor da empatia, aquele que sentimos pelo outro, seja ele conhecido ou estranho, e está ligado à capacidade de poder se colocar em seu lugar. É fundamental para o processo civilizatório e para nosso desenvolvimento enquanto humanidade. AMOR COMPROMISSO - Também conhecido como o amor dever e da dedicação. Esta forma de amor é a do patriota para com seu lar, e está presente nos relacionamentos. Leva em consideração o passado e pode ser também descrito como amor gratidão. AMOR DIVERSÃO - A mais descontraída das formas, está presente em verbos como brincar ou dançar. É aquele que brota da conexão, das boas risadas ou do descontrair. É ligado ao momento e não existe por muito tempo, mas pode fortalecer outras formas de amar. AMOR PRÓPRIO - Quando é conjugado em relação ao Eu. É essencial e dificilmente outras formas de amar existirão de modo saudável se esta estiver comprometida. Este amor pode ser desenvolvido e fortalecido pelo autoconhecimento. O amor é força viva. Amamos não de uma única forma, mas de várias: conforme cada momento, mais de uma forma, o que não significa que as outras jamais serão possíveis.


12 Junho/Julho/2019

Márcia Fritzen Arquiteta | CAU A18.681-3

¨Steel Frame¨ – um jeito rápido e limpo de construir

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Steel Frame é um sistema construtivo que nasceu nos EUA, quando o país teve a necessidade de criar uma maneira de aumentar a produtividade na construção de novas casas, em função do crescimento rápido da população. O aço, então, começou a ser utilizado mais amplamente na construção civil, no início com estruturas mais pesadas em prédios e arranha-céus, e mais tarde com a introdução do ¨aço leve moldado a frio¨, conhecido como ¨light steel frame¨. O sistema se baseia em perfis metálicos de suporte espaçados entre si, e paineis de vedação para o fechamento das paredes, que podem ser de chapas de OSB, placas cimentícias ou gesso acartonado (Drywall), dependendo do ambiente em que será instalado. As instalações elétricas e hidráulicas são facilitadas nesse sistema, pois as tubulações passam entre as

chapas de fechamento. A principal vantagem desse sistema é a maior rapidez de execução da obra, quando comparado ao sistema convencional de construção em concreto e alvenaria. Outra vantagem é que a obra se torna mais limpa, ou seja, os materiais vêm todos prontos para o canteiro de obras, reduzindo consideravelmente os resíduos finais da construção. O peso da obra também é um ponto positivo desse sistema, sendo uma construção bem mais leve que a construção convencional, o que propicia soluções em situações onde uma obra de concreto e tijolos não seria possível. Essa foi a principal razão da escolha desse sistema na obra que está sendo executada ao lado da agência dos Correios, na Rua São Leopoldo, em Ivoti. O local da obra era um


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ESPECIAL / PROJETO DE ARQUITETA

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espaço encravado entre duas construções existentes, no segundo pavimento de um prédio onde duas lojas no térreo estão em pleno funcionamento. Nesse caso, uma construção tradicional de concreto e alvenaria de tijolos se tornaria inviável em função de que a estrutura do prédio existente não comportaria o peso de um segundo pavimento, bem como o tempo da obra seria de 4 a 5 vezes maior. Esse sistema se mostra, quando bem executado, tão eficaz em termos de isolamento térmico e acústico quanto a parede de alvenaria de tijolos, desde que entre as placas de fechamento dos vãos se coloque lã de vidro, lã de rocha ou lã de garrafa pet. Em casos de áreas molhadas, como boxes de banheiros, a chapa de fechamento pode ser o gesso acartonado

(Drywall) ¨verde¨, que possui tratamento contra a umidade, ou placas cimentícias, que após impermeabilizadas podem receber revestimento de porcelanato, exatamente como nas construções convencionais. Externamente as paredes recebem massa acrílica e pintura, ou revestimentos como pedra, madeira, ou ainda o ¨siding¨, material ainda bastante usado nos EUA, réguas vinílicas ou de madeira, compondo aquele padrão ¨listrado¨ na fachada. A desvantagem desse sistema, porém, é que a obra se torna um pouco mais cara que a de concreto e tijolos, em torno de 20 a 40%, dependendo do projeto, sendo por enquanto a escolha preferida quando outros limitantes como prazos ou produtividade se fizerem presentes.


14 Junho/Julho/2019

Satoshi Suzuki Eng. Agronomo, diretor da Alface Pizza Gourmet, diretor S. Suzuki Viveiro de Mudas e vereador em Ivoti

A casa de barro

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aminhando para o trabalho, enxerguei sobre o alto de um poste de luz, um João de Barro construindo o seu ninho com barro e palha de capim. Era um dia chuvoso de outono. O vento e as gotas de chuva dissolviam sem dó a parte recém erguida. Mas, o hábil pedreiro conduzia a sua obra cantando e desafiando as nuvens, da melhor maneira como poderia fazer. A casa estava a meia altura, mas logo ficaria pronta e o esforço realizado transformaria a obra em um aconchegante lar. Ao contemplar a eufórica atividade, por um toque de mágica, surgiram algumas perguntas intrigantes. Como será que este pássaro aprendeu as lições de arquitetura com tanta perfeição? Será que nasceu sabendo cálculos geométricos? Entre as várias suposições, a resposta mais provável para o enigma é que o aprendizado tenha sido alcançado ao custo de infinitas tentativas. Porém, ao voar e visitar o mundo da imaginação, surgiu uma outra simpática e cativante explicação. Desconfia-se que haja uma misteriosa parceria entre Anjos e todos os seres do mundo que tenham propósitos nobres. Assim, adoram descer

do Céu para ajudar a moldar a edificação, pois o incansável João de Barro é merecedor de todo êxito. A virtude está no esforço em construir um lar para acomodar a sua família, e em temporadas subsequentes, emprestar a proteção e o conforto da casa para outros. Ah,... observando melhor, a chuva era apenas uma providência divina para fornecer água suficiente, possibilitando sovar a massa de barro para enrijecer a construção. Pois a essência de toda dificuldade é fortalecer a resiliência da alma. Ao refletir sobre o fantástico evento da natureza, fiquei a imaginar que o pássaro arquiteto já tenha sido um mestre na época antes da Eva comer a tal da maçã. Eureca!!! Então, é provável que tenha ensinado os humanos a construírem suas casas, libertandoos das cavernas. Deste modo, a Casa de Barro talvez seja uma ótima inspiração para sempre trabalharmos cantando e sorrindo igual ao João. Que tal produzirmos um feliz legado??? Enfim, desejamos que haja Alegria e Bons Pensamentos em nossa família, porque merecemos a doce companhia de Anjos na vida. Viva São João!!!


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Tatiane Cristina Gutheil Junho/Julho/2019

Bióloga, especialista em Educação Ambiental Professora das redes municipais de Ivoti e Novo Hamburgo Educadora ambiental e mãe

Viviane Jardim Enfermeira, especialista em Acupuntura TC Cursando Naturopatia Sócia-proprietária na Plenitude Alimentos Naturais

Educação (Ambiental) Estamos morrendo pela boca vem de casa

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m algum momento, todos ouvimos a frase: “Educação vem de casa”. Nós aprendemos com o que ouvimos, lemos, mas, acima de tudo, com o que fazemos juntos. Então sim, educação vem de casa, também. Com a Educação Ambiental não é diferente. Para estimularmos a sensibilização para as questões ambientais em nossa família não é necessário investir recursos financeiros, o investimento é de vontade pessoal e comprometimento. Basta transformar pequenos atos cotidianos em hábitos, e nos tornamos exemplo. Separar os resíduos para coleta seletiva, pensar sobre o consumo em excesso, não desperdiçar alimentos, utilizar de forma adequada os recursos naturais, respeitar os seres vivos e suas relações com o ambiente, são maneiras simples de influenciar ambientalmente quem convive conosco. Qual o destino de brinquedos e roupas que não são mais usados? Há espaço para usar os resíduos orgânicos no próprio pátio? Poderia levar sua própria sacola para as compras? Há respeito nas relações com as pessoas que convive? É mais fácil do que parece...todos podemos ser exemplos!

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ngerimos tanta porcaria que poderíamos dizer que “estamos morrendo pela boca”. Tenho visto homens, mulheres e crianças sofrendo de males que não existiam no passado. Grande parte vem da péssima qualidade dos alimentos que consumimos. Infelizmente a oferta de alimentos enriquecidos com sódio, glutamato monossódico e agrotóxicos é abundante. Eles têm efeito cumulativo e causam doenças cardíacas, neurológicas, endócrinas, imunológicas e alergias transmissíveis para a próxima geração. Me questiono sobre a escolha do que comer e o que oferecer aos meus filhos. A alimentação é a principal estratégia para manter e recuperar a saúde reforçando as defesas do organismo. Na busca incansável disso, acredito no equilíbrio e nas escolhas saudáveis para o nosso dia a dia. Quando esta escolha é incorporada na rotina, penso que pequenos atos provocam grandes mudanças. Cozinhar com um tempero da horta dá um sentimento de estar no caminho certo. Acredito que podemos alcançar o equilíbrio e nos permitir viver com qualidade.


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Denise Kern

Vice-diretora da EEEB Mathias Schütz, professora e escritora de livros de Educação Financeira, de Ivoti

Quanto valem os centavos?

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stou lançando um livro infantil, mas que interessa a todos nós: dar valor ao nosso dinheiro, ao nosso trabalho e esforço. Sou professora de Matemática e venho trabalhando a questão da Educação Financeira há muitos anos. O “cofrinho” usado para guardar moedas é um elemento muito simbólico na família, porque representa a ideia de economizar, planejar, esperar e, claro, de usufruir. “Quanto valem os centavos” é um livro pensado para crianças e adolescentes. Nele, a professora Beta e os alunos Xis, Cinco, Exclamação, Pi e Vírgula (todos elementos da Matemática) tratam sobre a função dos centavos, o uso de tabelas, mas também do valor e do uso do dinheiro. Logo no início da história, Xis desdenha o conteúdo da professora: - Centavos não valem nada. Beta aproveita para propor uma tarefa. E aqui, proponho uma reflexão: como você faz uso do dinheiro? Registre em uma tabela. Qualquer valor precisa ser bem empregado... afinal, ele não nasce em árvores, não é? O ARTIGO DE DENISE KERN TEM O PATROCÍNIO DE:

Letícia Moura de Brito Advogada | OAB/RS 114.302 Pós-graduanda em Direito Tributário

O parcelamento dos salários pode gerar dano moral presumido

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esde 2015 o Estado do Rio Grande do Sul tem parcelado os salários e o décimo terceiro de seus servidores. Essa atuação contraria o disposto na Constituição Estadual, que estabelece ao Estado o dever de pagar os salários de seus servidores até o último dia útil do mês do trabalho prestado. Quando opta por adiar o pagamento de parcela do salário para o mês seguinte, o Estado causa danos aos seus servidores ativos e inativos, pois o salário é verba de natureza alimentar, tratando-se, muitas vezes, da única fonte de renda de que dispõe o servidor. Inclusive, já temos em nosso Estado uma decisão judicial que dispensa a comprovação do dano. Com isso, o servidor ou aposentado não precisa mais demostrar que atrasou o pagamento de contas por causa dos parcelamentos dos salários, pois o dano é considerado presumido. Assim, para provar o direito à indenização, basta juntar ao processo comprovantes de rendimentos, como os extratos bancários.


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Wilson Corrêa Vieira Junho/Julho/2019 Psicólogo - CRP 07/25933

Parte II – Continuando sobre sono

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bom a gente pensar como seriamos se não fosse a evolução, quanto atraso. Certo? Vejamos o caso da criação da lâmpada elétrica por Thomas Edison lá em 1880. Houve a possibilidade, desde então, de realizar-se trabalhos à noite. Vantagens sim, desvantagens também. Estudos realizados em universidades da Alemanha, Escócia e Filadélfia concluíram que jornadas prolongadas de trabalho prejudicam a memória e raciocínio lógico e deterioram o desempenho. Estudos com médicos plantonistas e não plantonistas demonstraram prejuízos nos desempenhos profissionais. Os resultados mais contundentes concluíram que os médicos com sono atrasado demonstraram indecisão, imprecisão, realizaram tarefas mal planejadas e desnecessárias durante um terço da operação e 80% deles apresentaram ritmo cardíaco elevado, indicando alto nível de estresse. Também as demais profissões que realizam tarefas a noite correm os mesmos riscos. Vamos pensar e agir com coerência? Fonte: Revista Mente Cérebro, Dossiê 1, jul/2017.

O ARTIGO DE WILSON CORRÊA VIEIRA TEM O PATROCÍNIO DE:

Julia Balsemão

Administradora, Proprietária da Frutos da Arte - Boutique do Artesanato

Você só faz artesanato ou trabalha?

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uantas vezes artesãs como eu escutam este tipo de pergunta. Ser artesão é uma escolha profissional, fazer da arte o seu “ganha pão”! Transformar uma matéria-prima em obra de arte não requer só uma habilidade manual e, sim, requer conhecimento, sensibilidade, amor e dedicação em cada gesto. Trabalhar com artesanato é uma arte! Sim! É uma arte porque precisa estar se atualizando, buscando inovação e materiais diferenciados para atrair o cliente e fidelizá-lo. Não basta fazer o que se gosta. Você precisa se colocar no lugar do cliente e se perguntar: por que eu levaria essa peça para casa? É preciso surpreender, encantar e, para isto, existe muita pesquisa da técnica e do material. Nem sempre conseguimos cobrar o que, de fato, a peça valeria, mas precisamos encantar o cliente para que ele compre novamente e traga com ele outros clientes. Você só faz artesanato ou trabalha? Aprendi a fazer o que sei com horas de aprendizado, observação, trabalho duro, erro e acerto, fazendo tudo com dedicação. Sou privilegiada porque escolhi uma profissão onde faço terapia trabalhando com as mãos e sou feliz trabalhando com o coração!


18 Junho/Julho/2019

Marcos Antonio Kroeff Pesquisador, autor do livro Revirando Arquivos

60 anos da Paróquia Sagrado Coração de Jesus

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os anos 1950 nasceu o movimento

paróquia foi emitido por Dom Vicente Scherer

emancipacionista no Estado do

(Arcebispo de Porto Alegre) em 30/12/1959.

Rio Grande do Sul. Estância Velha,

Hoje a Comunidade Católica de Estância Velha,

contagiada por este movimento, após 9 anos

além da Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus,

de luta de seus líderes comunitários, conseguiu

é composta pelas capelas São José (Campo

a sua emancipação, através da Lei Nº 3818, de

Grande), Sagrada Família (Floresta), Nossa

8 de setembro de 1959. A área compreendida

Senhora Aparecida (Bela Vista) e Centro Com.

por Estância Velha abrangia Ivoti, Presidente

Nª Sra. Auxiliadora (Nova Estância). Também

Lucena (então Arroio Veado) e Lindolfo Collor

assistidos espiritualmente as comunidades

(ex-Picada Capivara). Por ocasião do plebiscito

Imaculada Coração de Maria (Veneza) e Nª Sra.

exigido para a população desta área territorial,

de Fátima (Lago Azul), ambas com celebrações

os eleitores votavam pelo SIM ou pelo NÃO

aos domingos nas suas respectivas Associações

e na mesma célula escolhiam o local sede do

de Bairros. No Bairro Rincão da Saudade são

novo município entre Estância Velha ou Ivoti. O

celebradas missas no 2º domingo de cada mês na

resultado pelo SIM foi expressivo, mas para a

Escola José de Alencar e no 4º no Lar dos Idosos

sede, Estância Velha venceu com uma diferença

“Olhai para o Vale”.

apertada de votos. Alegavam os moradores

A fé vivida e cultivada a luz dos Evangelhos,

de Ivoti que Estância Velha não tinha uma

herdadas dos nossos antepassados continua

paróquia católica. Foi daí que os membros

acesa nestes 60 anos. Em 30 de Junho ocorre a

da Comunidade local conseguiram apressar a

Festa do Padroeiro, Sagrado Coração de Jesus.

criação da paróquia.

A partir desta data até o final do ano serão

Relatam os registros históricos que o documento canônico que cria a nossa

lembrados e festejados com muita oração e bênçãos a criação dessa Paróquia.


19 Junho/Julho/2019

Fabiane Horlle Hoff Diretora da H. Maria Joias Contemporâneas e filha de Maria Helena Horlle Hoff

Hoje a gente sabe mais ou menos (+ ou -)

V

ocê lembra do envio de cartas e do tempo de espera? Atualmente a gente escreve no WhatsApp e o percurso desta informação não é mais físico, agora é virtual, é quase instantâneo!!! Uau, que massa!!! Sim, ok, mas qual é o preço que estamos pagando por isso? Na balança se ganha exatamente o quê? E na mesma proporção, o quê se perde? Quero expor minha opinião sobre apenas uma das muitas perdas que estamos tendo. Estamos cada vez mais rasos. Sabemos de muitas coisas, tanto quanto somos bombardeados de informação, mas sabemos em pouca profundidade sobre elas. As palavras se repetem tanto, que dá a impressão de que sei o que significam, mas muitas vezes a verdade é que NÃO sei... Você sente isso também? Desde que voltei a estudar tenho me deparado com a minha própria dificuldade de interpretar e de também, ao escrever, não ser repetitiva nas palavras. Em certa ocasião assistindo a uma aula, eu não estava entendendo o que o instrutor dizia. Fiquei me sentindo mega ignorante, fiquei até com um pouco de vergonha de mim mesma, pois eu devia estar com a maior cara de Pateta, tipo de quem está boiando... Aí “plãft”, virou

a minha chave. Me dei conta de que eu não estava compreendendo o real significado das palavras. Sabe, quando vai dando “bugs” em partes de uma coisa? Como eu posso entender um conceito se eu não compreendo algumas das palavras que conjuntas construirão o significado? Sabe, sinto que estejamos sabendo mais ou menos – tipo meia boca. De forma muito superficial e imediatista. Não estamos nos dando o tempo de pensar, de estudar e então compreender a informação e aí sim, sermos mais críticos sobre ela. Confesso que voltei a ler livros e o faço com aplicativos de significados e sinônimos conectados em paralelo no celular e estou me dedicando verdadeiramente ao entendimento. Gente, vem fazendo muita diferença!!! Falando com uma amiga sobre o tema, a Liselena Tonietto, ela me disse: - e tem mais uma coisa - as pessoas não querem entender tudo, porque dá trabalho, então preferem as leituras de redes sociais, poucos caracteres, que se repetem num ciclo vicioso. Porque dá a sensação de sabedoria universal, porém superficial. Tantas teses que não levam a nada. E viva as fakes: porque muitos não refletem sobre o que estão lendo! Grata Lise – a gente concorda!


20 Junho/Julho/2019

Márcia Baptista Fisioterapeuta CREFITO 9565-F

Que dor no meu pé, tenho Fasceíte plantar!!!

E

sta queixa tem se tornado bem comum nos últimos tempos e as pessoas acometidas por esta dor, vão trocando de calçado, caminhando na ponta dos pés, usando receitas caseiras e outras “emprestadas” por familiares e amigos que já sentiram algo semelhante, para encontrar algum alívio e, geralmente, o quadro vai se agravando. Neste momento, o paciente se dá conta de que é preciso consultar o médico, pois já não suporta mais conviver com tanta dor. Chegando lá, depois da avaliação médica e algumas vezes de um exame complementar, como a ecografia , o diagnóstico médico é fascite plantar. Mas calma, este diagnóstico tem sido bem comum e com o tratamento e cuidados corretos tudo ficará bem. Trata- se de uma inflamação de um tecido chamado fáscia plantar, localizado na sola do pé, o que ocorre, normalmente, quando há muita tensão ou uso excessivo da fáscia plantar, o que pode provocar dor e dificuldade para caminhar. Os sintomas mais comuns são: - Dor ao

dar os primeiros passos pela manhã, ou ainda ao subir escadas, e ao ficar em pé por muito tempo. Esta dor ocorre consequente a um sobrepeso, descarga errada na pisada (pés cavos, planos ou ainda pisada pronada ou supinada), calçados inadequados/rígidos utilizados por quem tem uma atividade continuada em pé, ou ainda atletas. No tratamento médico, às vezes, será indicado uso de medicamentos mas, sem dúvida, o paciente será encaminhado para a Fisioterapia. O Fisioterapeuta irá realizar manobras de analgesia local , alongamentos específicos, reforço muscular e orientação da correta descarga do peso plantar até a indicação do uso de palmilhas posturais/funcionais. Então na reeducação postural, com o alongamento e a descarga correta de peso sobre os pés, orientados pelo Fisioterapeuta, se obtém a regressão do processo inflamatório e o alívio da dor, devolvendo o prazer de caminhar.


21 Junho/Julho/2019

Marcia Schardosim Cirurgiã-dentista | CRO 12316 Especialista em Radiologia Odontológica e especializanda em Ortodontia

Manifestações Bucais do Diabetes (Parte 2)

C

ontinuando nosso assunto sobre diabetes, existem outras manifestações bucais bastante severas, além das que foram citadas. * Cicatrização tardia: As mudanças vasculares, a disfunção de neutrófilos (as células de defesa contra infecções), as mudanças na microbiota (a presença de bactérias) gengival e o prejuízo na síntese de colágeno (mais colágeno é destruído do que formado) são características do diabetes que levam à cicatrização tardia também na boca. Lesões demoram mais para ser eliminadas e tratamentos dentários e gengivais têm um período de recuperação prolongado. A melhor maneira de contornar o problema é fazendo o controle glicêmico da doença. *Síndrome de Ardência Bucal (SAB): Essa condição é caracterizada pela sensação de ardência na mucosa bucal sem que existam lesões aparentes. Também são relatados sintomas como fisgadas, coceira e inchaço, principalmente na língua. O dentista ou o endocrinologista poderá

indicar medicamentos para aumentar o bem-estar do paciente, mas a eliminação do problema depende também do controle glicêmico do diabetes. *Candidíase: Causada pelo fungo Cândida, esta doença acomete mais de dois terços dos pacientes com diabetes. O nível elevado de glicose no sangue, a diminuição do fluxo salivar e a baixa imunidade favorecem a adesão do fungo nos tecidos bucais. Sua manifestação é por meio de placas brancas principalmente na língua. Quando elas são removidas com espátulas, revela-se uma mucosa avermelhada e mais sensível na região. O tratamento se dá sobretudo com o controle glicêmico, mas antifúngicos orais ajudam a amenizar o mal-estar inicialmente. Revista Mul�Família é uma publicação da: Ano 4 - Número 23 - Junho+Julho/2019 ISSN 2447631-5

Circulação: Bimestral - 4.000 exemplares | Distribuição: Gratuita

Edição: Sandra Hess (Jornalista - MTB/RS 11.860) Diagramação: Cleber Z. Dariva (Jornalista - MTB/RS 11.862) Capa: Banco de Imagens/Freepik Impressão: BT Indústria Gráfica Faça contato: 51-99961-4410 |contato@zmul�editora.com.br


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Junho-Julho/2019

Junho/Julho/2019

Joana Senger

Residenciais de idosos: como falar sobre o assunto?

A

Psicóloga

ula de tecnologia, atividade física,

o sentimento de traição ou abandono”,

dança, artesanato, musicoterapia...

explica a profissional que atua no Sinfonia.

essas são algumas das atividades

Joana chama atenção que muitas vezes,

realizadas no Residencial de Idosos Sinfonia

o idoso quando vive em sua casa, mesmo

Vale do Sinos, em Novo Hamburgo.

que conte com a visita da família, acaba

O estigma dos antigos asilos ainda

passando grande parte do dia só. “Viver

assombra muitas pessoas que poderiam

sozinho pode ser prejudicial não só para a

desfrutar de atividades diárias, com

saúde física, ocasionando quedas e outras

monitoramento de saúde 24 horas, novas

situações de risco, mas também para saúde

amizades, entre outros. De acordo com a

psíquica”, afirma.

psicóloga Joana Senger, a família precisa

Deixar claro para o idoso que o

estar segura da sua decisão para introduzir

residencial possibilitará segurança, convívio

o assunto da mudança de moradia com

social, estimulação cognitiva, assistência

o idoso. “A família precisa avaliar as

integral e conforto pode auxiliar no

vantagens e desvantagens de manter o

momento de abordar o assunto e lembre-

idoso em sua casa, se possível, incluí-lo

se: é obrigação da família zelar pela

no planejamento para que ele enxergue

segurança e saúde do seu ente querido que

com clareza os aspectos envolvidos e

precisa de assistência.

sinta-se pertencente a decisão, evitando

Conheça o Sinfonia Vale do Sinos!


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Junho-Julho/2019

Junho/Julho/2019

UNOPAR LANÇA CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO

A

graduação de Educação Física Bacharelado chega em Portão Montenegro pela Universidade Unopar.

Com duração de 4 anos e meio a nível superior, o curso premium visa atender apaixonados pelo esporte que almejam trabalhar na área em academias, clubes e como Personal Trainer. Um curso que irá proporcionar aos alunos aulas presencias e práticas, de até 3 vezes por semana. A Universidade Unopar já oferta em sua grade o curso de Educação Física Licenciatura, para futuros professores na área da educação. Com os investimentos em laboratórios o curso Bacharelado chegou na unidade, podendo ofertar vivencias práticas aproximando os alunos do mercado de trabalho e dos afazeres da função. Interessados podem solicitar informações pelo Whatsapp (51) 996.595. 595 e agendar uma visita para conhecer a estrutura, a metodologia, sanar dúvidas e ter acesso à Grade Curricular do curso. As matrículas já estão abertas e as aulas iniciam em fevereiro.

INFORME PUBLICITÁRIO


24 Junho/Julho/2019


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