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Out�bro/Novembro-2017 Paola Roos Braun
Advogada, mestra em Direito (OAB/RS 63.876)*
Síndrome do Impostor – Parte II
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iquei impressionada com a quantidade de e-mails e comentários nas redes sociais que recebi do público feminino, sobre o artigo da Síndrome do Impostor. Muitas mulheres agradeceram reportando que ficaram felizes em saber que aquele persistente sentimento de ser uma fraude tem nome e se trata de uma síndrome, uma condição psicológica. No artigo anterior, escrevi a razão pela qual as pesquisas apontam que essa síndrome atinge em sua maioria as mulheres, apesar de também apresentar-se em homens. No presente artigo trago mais algumas dicas para que todas nós, “impostoras” de plantão, possamos contornar o problema. Para amenizar a dificuldade de internalização do sucesso e sensação de fraude, especialistas recomendam que façamos a substituição das crenças negativas: - Crença de que nos foi dada uma oportunidade melhor do que aos outros: importante refletir que muitas pessoas que tiveram a vida repleta de oportunidades acabaram perdendo as vantagens que a vida lhes deu. Considere que o fato de você ter aproveitado bem as oportunidades na sua vida é um mérito só seu. As más escolhas se apresentam para todos, independentemente da sorte que possam ter tido. - Manter guardadas lembranças de coisas legais que as pessoas disseram sobre você: quem sofre da Síndrome do Impostor normalmente
tende a lembrar e enfatizar apenas as falhas. Para contornar esse comportamento negativo, faça o exercício de relembrar todas as coisas boas que as pessoas já lhe disseram a respeito de suas realizações. Porém, não vale ficar viciado em elogios, porque isso causa dependência da opinião dos outros, o que não é bom nem desejável, podendo ter o efeito contrário de reforçar a atuação da síndrome. - Evite comparações: cada ser humano é único, sendo que cada um traz um pouco da sua luz e sua essência ao mundo. Além disso, todos têm dificuldades, inclusive aquelas pessoas que admiramos e com as quais nos comparamos. A grama do vizinho ser mais verde é apenas uma questão de perspectiva. - Errar é humano: o perfeccionismo pode ser doentio. Cuidado. Errar é parte da experiência humana e uma importante forma de aprendizagem. Cometer erros não faz de você uma fraude. Faz de você apenas uma pessoa normal. Mesmo com todo esse treino, pensamentos negativos de autossabotagem voltarão a se manifestar. Procure lembrar que é a Síndrome do Impostor se manifestando. Só isso já vai fazer você se sentir melhor e capaz de realizar seus desafios. * Autora do livro “O Novo Código de Processo Civil e as principais tutelas”.
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Denise Kern
Professora, escritora, vice-diretora da EEEB Professor Mathias Schütz, de Ivoti. Autora do livro “Quanto eu pago de impostos?”
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Por que temos que pagar impostos?
stamos atravessando um momento difícil em nosso País. A mídia traz com frequência novos casos de desvio de dinheiro público e escândalos envolvendo políticos e empresários, deixando a população revoltada. Todo cidadão conhece o que é o certo e o que é o errado! Nosso papel neste contexto é de nos questionar se estamos fazendo o certo ou o errado. A Escola ajuda na construção dos cidadãos em transformação. Conhecer e saber o destino dos impostos que pagamos contribui para esta transformação que ocorre na trajetória escolar de nossos estudantes. Isso se faz necessário já que não se pode exercer sua responsabilidade como cidadão estando alheio ao que acontece no mundo. Busco promover atividades que ajudem nesse processo de construção dos conhecimentos para possibilitar que os alunos se situem no “mundo”. Defendo que os tributos de nosso País sejam conteúdo obrigatório nos currículos escolares. Existem projetos de Educação Fiscal desenvolvidos, porém, o número de escolas participantes ainda é pequeno.
O Plano Nacional de Educação Fiscal (PNEF) tem capacitado professores voluntários por meio de um Curso de Disseminadores de Educação Fiscal, que aplicam os conhecimentos adquiridos em sala de aula. O conhecimento dos tributos do Brasil ainda é um assunto restrito a áreas de atuação específica. Parte significativa da população desconhece os tributos que paga. E quando questionados sobre o assunto preferem adotar uma postura de apenas reclamar e, muitas vezes, esquecem de que se têm, além dos direitos, deveres como cidadãos. Acham injusta a cobrança de certos impostos, mas quando, em uma loja, não recebem a nota fiscal, alguns não se sentem injustiçados. A falta de conhecimento os faz acreditar que se cadastrar no Programa da Nota Gaúcha é para o Governo controlar o salário das pessoas. Contribuem para a sonegação defendendo-se com o velho chavão que me foi dito por um aluno durante minha prática de mestrado: “Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”. Da mesma forma, desconhecem que podemos ajudar destinando parte dos impostos que pagamos para instituições como escolas e hospitais, além de projetos culturais e outros. Cada vez mais tenho a certeza que a sociedade deve trabalhar para educar um cidadão esclarecido e reflexivo, que pratique a honestidade, que saiba e pratique o que é o certo. Será uma tarefa árdua conseguirmos melhorar a situação no Brasil. Mas, com esclarecimento e mais participação de cada cidadão pagando seus tributos e cobrando dos governos a correta aplicação dos recursos, poderemos viver num país melhor e com maior justiça social.
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Out�bro/Novembro-2017 Andréia Reis
Psicóloga e palestrante do NAP CRP 07/07484
Depressão, ansiedade e o
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Complexo Humano Saudável
tualmente, ouvimos comentários de uma ou duas pessoas, no mínimo, que conhecem alguém que tem ou teve depressão, que quase todas sofrem de ansiedade, ou seja, as duas maiores “epidemias” da nossa sociedade. São geradas pela vida agitada, preocupante e diria até eletrizante, causadora de estresse diário. Se procurarmos tratamento, este será medicamentoso e/ou psicoterapêutico, ambos importantes, mas muitas vezes a ação dos mesmos sozinhos não ajuda, faz se necessário também mudanças de hábitos e de pensamentos diários. O complexo humano é dividido em corpo, mente e alma, este necessita de equilíbrio, através do cuidado de todas as dimensões. Então, se estamos ansiosos ou depressivos, precisamos cuidar desta tríade para alcançarmos o bem estar e a saúde. Muitas pesquisas apontam para o quanto a atividade física é útil no tratamento de estados depressivos, favorecendo a liberação de endorfina, melhorando o ânimo e sensação de bem-estar da pessoa. O exercício físico colabora
na melhora das funções intelectuais, reduzindo o tempo de reação para tarefas mentais com participação da memória, assim como melhora o estado de humor, a motivação e a autoestima. O exercício físico é mais do que a busca da perfeição corporal, ele permite que nossa “máquina” (corpo) não venha estagnar e sim, permitir que estejamos sempre em movimento, como ela foi feita para isso – mover-se. Sendo assim, o medicamento, a psicoterapia, o exercício físico, poderiam ser um conjunto de ações para a busca da cura ou melhoria da qualidade de vida? Não somente estes, a espiritualidade também tem uma grande contribuição nesta melhoria. A fé, a crença em algo maior, que vai além do alcance racional pode ajudar, como também o pensamento positivo, de harmonia e paz. A partir destes pontos, podemos instigar a todos a busca deste equilíbrio, conscientizando que todas as dimensões do complexo humano precisam de nossa atenção, para que assim possamos encontrar uma saúde plena. Leia este e outros artigos em:
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Paulo Link
Produtor de plantas ornamentais Autor do livro “Encantos e lições da colônia”
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Receita de escritor
enho comentado em meu local de trabalho que fico feliz quando recebo visita, pois, quando isso acontece, não preciso trabalhar. Digo isso em tom de brincadeira, mas conversar e ouvir as pessoas é um ato nobre. Rebuscar situações positivas na memória de alguém é promover a vida. Aparar situações de tristeza é eliminar fardos inúteis. Trocar ideias, comentar e compartilhar situações inusitadas é gratificante, é vida. O fato de ter lançado meu livro – Encantos e Lições da Colônia – gerou nova oportunidade para abordagem e longas conversas com pessoas conhecidas e não tão conhecidas. O tema abordado na obra abriu e expôs minha vida passada. Em conversa com os leitores e leitoras, surgiram as mais diversas observações; a mais repetida é a de que minha história é idêntica com
a dos leitores. Uma leitora disse entusiasmada que leu a obra dez vezes. Houve um que me conferiu até um apelido: coroinha. Não fiquei chateado, pois aquela experiência vivida foi de muitas lições e honras. Alguém me perguntou: o que é preciso para escrever um livro? Na vida, o caminho para o sucesso em qualquer frente tem muitas coisas em comum. Uma longa caminhada, uma viagem, assistir a um jogo... tudo precisa de um planejamento mais ou menos complexo. Um livro nasce com a escolha de um tema, um roteiro e muito trabalho. Concluída a obra, é só distribuir e colher as alegrias e o reconhecimento pela tarefa cumprida. Durante a vida de estudante, sempre senti imensa alegria com os temas concluídos e entregues. Escrever o primeiro parágrafo: essa é a receita para ser autor.
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Out�bro/Novembro-2017 Wilson Corrêa Vieira Psicólogo - CRP 07/25933
Sonhando acordado
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omeço perguntando: quem de nós não gostaria de ter um futuro melhor? Como assim? Óbvio, que sim. Mais uma pergunta: e como e o que estamos fazendo para que isso aconteça? Ou ainda, vamos esperar que daqui a pouco passe essa onda de corrupção, a política vai melhorar, os professores vão ser mais bem pagos e o ensino vai melhorar, nossos jovens, que ainda não têm uma noção de como resolver situações que cabe a nós adultos, nada poderão fazer. Então, o que é sonhar acordado? Há um projeto que está sendo desenvolvido com jovens de idade entre 13 e 16 anos em uma escola estadual de Ensino Fundamental de Dois Irmãos. Ali, é discutido o que é “Sonhar acordado”. Após ouvir o que é isso para cada um, começamos a discutir os sonhos, a “pensar no futuro” e o que cada um quer ser quando crescer. Aparecem: eu quero ser policial, advogado, bem-sucedido, ser rico, médico, jogador de futebol, professor, etc. etc. Aí começamos a incentivar o pensamento de como fazer para realizar os sonhos de cada um. Como se faz para trilhar esses caminhos?
Assim trabalhamos as questões de valores éticos e morais pautados na cultura familiar, escolar, política e social. As influências culturais, familiares, genéticas e do meio onde vivemos. Envolvemos disciplina alimentar, sono, pontualidade; comportamento, respeito com todos para ser respeitado. Além disso, discutimos sobre exemplos que não devem ser seguidos. Com os jovens de idade entre 15 e 16 anos, trabalhamos o preparo para o mercado de trabalho. A entrevista de admissão é abordada e desenvolvemos o que é básico para fazer uma entrevista com uma boa perspectiva. Tratamos também do que precisamos saber para causar uma boa impressão, transmitir confiança, demonstrar alguns conhecimentos da empresa pretendida e a disposição de encarar desafios. Entendemos assim, que nosso futuro depende do investimento que fizermos em nossos jovens. E nada mais é do que fazer por nós mesmos quando assim procedermos. Leia este e outros artigos em:
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O ARTIGO DE WILSON CORRÊA VIEIRA TEM O PATROCÍNIO DE:
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Catia Engel Moraes
Pedagoga com especialização em Desenvolvimento Infantil
Maida Ludwig
Pedagoga com especialização em Psicopedagogia Clínica e institucional Diretoras da Escola de Educação Infantil Petit Poá
Como escolher a escola de seu filho?
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oje, mais do que ser um espaço apenas de cuidado, as boas escolas de Educação Infantil seguem à risca o compromisso com os aspectos educativos. Pesquisas do mundo todo mostram que a frequência à esta instituição, causa efeitos positivos na vida da criançada. Decidido a idade em que a criança vai para a escola, é hora de pensar em qual. Confira, abaixo, o guia que preparamos: - Primeiramente visite as redes sociais e os sites das escolas selecionadas para conhecer quais informações apresentam, se têm fotos, textos interessantes de orientação aos pais, se têm produções dos alunos. Algumas já podem cair nessa primeira triagem. E por fim, escolha mais de uma escola para visitar, assim terá parâmetros de comparação. - Em seguida, marque as visitas. Procure já agendar uma reunião com o coordenador e/ ou diretor da escola. Só eles poderão tratar dos princípios e valores que regem a prática educativa. Você pode perguntar qual a formação dos profissionais que estão com as crianças. A exigência do Ministério da Educação é que todo o profissional que atua com criança deverá ter formação mínima em Magistério ou Pedagogia. Além disso, é necessário que tenha um pedagogo responsável pela instituição. É importante também que estes profissionais tenham experiência na área onde atuam, principalmente em se tratando de berçários. - Ao chegar na escola, esteja atento ao que o espaço comunica. Percebe-se que o ambiente é acolhedor, aconchegante, bem arejado e iluminado? As crianças expressam alegria, energia e felicidade? O que está acontecendo nas turmas em que visitou? As crianças estão fazendo atividades(leve em consideração o horário da
visita)? Como os profissionais recebem as visitas e como se relacionam com as crianças? - Em relação ao espaço físico, analise se as instalações são adequadas aos pequenos, tanto do ponto de vista da segurança e higiene como dos desafios que colocam. O mobiliário é adequado (mesas, cadeiras, estantes) de maneira que as crianças possam realizar, com autonomia, ações do dia a dia? Há brinquedos adequados para faixa etária? Na escola, há livros e a preocupação com a leitura? Há contação de histórias? No espaço externo há brinquedos para a exploração corporal? Tem campinho de areia? A escola se preocupa com a alimentação saudável? As crianças têm contato com a natureza? A escola traz para dentro da sala de aula assuntos atuais? - Outro ponto a ser pesquisado é a rotina escolar. A rotina é um elemento estruturante e indispensável, para as crianças pequenas se organizarem. Essa rotina, está bem elaborada? Há atividades extracurriculares? - Outra questão relevante é saber se os pais podem entrar na escola, conversar com a professora sobre assuntos simples do dia a dia. Muitas instituições proíbem esta entrada, delimitando um espaço específico para entrega e busca da criança. Enfim, muitos aspectos podem ser considerados nessa escolha. Agora, a última dica! Depois de passar por todos esses pontos, ouça seu coração. Sentiu segurança no que lhe foi passado? Sentiu veracidade nas informações? Considere como você se sente no espaço escolar, quais sentimentos e sensações lhe provocou. É fundamental que pai e mãe estejam seguros na relação com a escola, para a boa adaptação das crianças.
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Out�bro/Novembro-2017 Everton Augustin
professor no Instituto Ivoti
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Moradia escolar: lições de vida
moradia escolar (ou internato) carrega, em si o mito de ser praticamente um reformatório de jovens com dificuldades de convívio por causa de seu comportamento. No Instituto Ivoti esse mito se desfaz. Jovens de diferentes lugares do Brasil e do exterior trazem em sua bagagem uma enorme riqueza multicultural. Esse aspecto, por si só, oportuniza e exige uma grande capacidade de adaptação para que o convívio diário seja respeitoso e a tolerância ocupe o seu devido lugar. Muitas amizades se formam e ficam para a vida toda. A rotina na moradia escolar, para que bem funcione, exige organização. O respeito às regras necessárias é um princípio. Precisa-se de horário para despertar, fazer a higiene, as refeições, organizar o material, participar das aulas e das demais atividades cotidianas. Por vezes, os jovens alunos necessitam de um tempo para adaptaremse a essa realidade. Muitos, posteriormente, na condição de ex-alunos, fazem referência a esses aspectos como fundamentais para ter uma vida profissional com sucesso. Jovens que têm a oportunidade de viverem esse dia a dia percebem que organização e disciplina são fundamentais
para realizar os seus projetos de vida. Com isso desenvolvem autonomia. Residir na própria escola permite o acesso imediato a atividades que enriquecem o currículo de um aluno. Esportes, músicas, idiomas, teatro, dança, robótica são apenas algumas das oportunidades. A infraestrutura da escola – biblioteca, salas de estudo específicas para instrumentos, área esportiva – está à disposição para que o aluno, em seu tempo vago, possa dedicar-se mais ainda ao que gosta, àquilo com que mais se identifica. Em função de aderirem a diferentes atividades, muitos jovens acabam desenvolvendo habilidades que os levam a integrar orquestras, grupos de teatro, equipes esportivas e, em função disso, têm oportunidades de conhecer outros lugares e pessoas por meio de viagens de apresentação ou competições. A escola leva, portanto, o aluno, para muito além dos seus muros. O mundo é o limite! Ver e conhecer o mundo é a grande oportunidade que tem aquele que vive a experiência de moradia escolar. Leia este e outros artigos em:
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Ingried Maria Weber
Especialista em Estudos Avançados em Inglês e Formação Pedagógica para Docentes e diretora da Cliff Idiomas (com a mãe Norma Teresa Petry Weber)
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Ame e trabalhe. Trabalhe e ame.
uitas vezes, lemos e ouvimos a respeito de pessoas famosas, importantes, grandes inventores, descobridores e exploradores e, com menor frequência, falamos de pessoas comuns, ainda presentes nas nossas vidas, não menos merecedoras do nosso reconhecimento e orgulho. Por isso, compartilho momentos da vida da minha mãe, Norma Teresa Petry Weber, pessoa que me inspira pela sua coragem e perseverança. Freud certa vez disse: Ame e trabalhe. Trabalhe e ame. Penso que este simples, porém tão significativo dizer, move muitas pessoas. Certamente, move minha mãe, mulher forte, guerreira, corajosa, que tem amor pelas pessoas e que amou o trabalho que desempenhou até pouco tempo atrás. Teve amor pelo ofício que escolheu há 45 anos, o de fabricar o cabedal dos calçados, em seu atelier de costura. Trabalho que aprendeu com sua irmã mais velha e seu cunhado, aos quais é grata até hoje. Sempre trabalhou com dignidade e respeito, obtendo seu próprio sustento, o de sua família e garantindo o de muitas outras. Desde muito cedo, teve que lutar pela própria vida e viver o luto da perda de pessoas queridas. Ainda criança, vivendo em um lugar com poucos recursos, perdeu uma irmã pequena. Aos 12 anos, teve sérias complicações com o apêndice, quase perdendo a vida. Não pode, de forma alguma, prever que um dia perderia para o mar, ela mesma, um filho de 12 anos. Com fé, perseverança, amor e senso
de responsabilidade, ela seguiu a vida. Junto a nosso pai, entre nós até pouco menos de 4 anos, criou seus três outros filhos: minha irmã, bebê de seis meses que nos traria alegria e razão de viver, meu irmão de 11 anos de idade e eu com 13. Tempos extremamente difíceis para todos; entretanto, minha mãe não desistiria da sua família, de seus sonhos nem deixaria de honrar os seus compromissos com o trabalho. Dedicou-se a ele com empenho, dia e noite, finais de semana, feriados e com escassos dias de férias, conseguiu, com a ajuda de nosso pai, construir seus sonhos. O sonho de deixar a vida do campo e mudar-se para a cidade não tinha o mesmo encanto para o nosso pai; todavia, ele aceitaria o desafio, concordando que aquela era a decisão mais sensata, especialmente porque nosso irmão menor necessitava de cuidados médicos mais constantes e de mais fácil acesso. Mais tarde, minha mãe viveria novamente a dor da perda, dos seus pais, de três irmãos queridos e, mais recentemente, do marido. Pouco depois da perda de nosso pai, tratou um tumor maligno, recuperou-se e está bem. Felizmente, hoje, minha mãe desfruta de belos e agradáveis momentos na sua melhor idade. Segue a vida, cumprindo um dos últimos desejos do nosso pai – o de que ela fosse feliz. Eis que minha mãe, aos 70 anos de idade, nos dá a oportunidade e alegria de celebrar com ela o seu segundo casamento, ocorrido no último dia 16 de setembro. Essa celebração festiva e deveras alegre nos faz crer que a vida pode ser bela, basta que saibamos amar a nós mesmos, aos outros e ao trabalho que escolhemos.
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Out�bro/Novembro-2017 José Guerra Bressan
Militar aposentado
Minha vida no Sinfonia
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ou José Guerra Bressan, tenho 78 anos, nasci em 21 de fevereiro de 1939 e moro no Sinfonia Hotel Residência, em Novo Hamburgo, desde o dia 5 de maio de 2017. Após uma vida de mais de 30 anos em carreira militar, profissão que exerci com muito amor e dedicação, minha família e eu concluímos que seria muito bom para mim curtir a terceira idade em um hotel aconchegante, agradável e muito bem localizado, como o Sinfonia. Aqui, levo uma vida muito boa, realizo algumas atividades, faço minhas refeições, cuido da minha saúde e não preciso me preocupar com nada, nem em arrumar a cama ou preparar as refeições, pois temos pessoas muito queridas por aqui que fazem isso por mim e pelos demais moradores. Sou mais reservado, me considero até mesmo um pouco tímido, mas me relaciono muito bem com os outros moradores. Sou pai de dois filhos, o mais velho, Jeferson Luis, é engenheiro agrônomo e me deu duas netas lindas, o mais novo, Luis Fernando, é juiz do Trabalho e, por enquanto, ainda não tem filhos. Fui casado por 35 anos com Docelina da Costa Bressan e hoje continuamos amigos, ela seguidamente vem me visitar. Atualmente não tenho preocupações, já
contribuí bastante na minha vida e a coisa que mais gosto de fazer aqui é descansar. Além disso, gosto muito de comer. A comida aqui é muito boa, gosto de tudo que servem, sou bom de garfo. Aqui no Sinfonia são oferecidas diversas atividades aos moradores: em segundas-feiras à tarde, por exemplo, participo do grupo de musicoterapia. Sou o único homem do grupo neste horário e é muito bom, gosto de cantar e os demais participantes dizem que levo jeito. A professora Liris Neumann nos traz opções de músicas de variados estilos e oferece que toquemos os instrumentos. Em terças à tarde, meu compromisso é com a atividade física e o professor Jacson Gatelli faz com que a gente mexa o corpo, com alongamento e atividades de pilates em solo.
Palavra da dona Docelina
O Sinfonia foi o residencial preferido, meus filhos e eu gostamos muito. Considero a localização muito boa, com fácil acesso, além disso, gosto de tudo, começando pelo atendimento, limpeza do apartamento e dedicação dos profissionais.
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Fabiane Horlle Hoff
Diretora da H. Maria Joias Contemporâneas e filha de Maria Helena Horlle Hoff
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Uma onda que se propaga
ngraçado como hoje costumo olhar mais para o meu passado. Alguns dizem que quando fizemos isso estamos muito saudosistas, que talvez se esteja deixando o “agora” para viver “do que ficou”. Sabe que já me questionei bastante sobre isso e chego à conclusão de que não é que eu esteja ficando “velha”, que talvez o futuro me traga insegurança... Não é isso! Penso que hoje eu tenha maturidade para de fato entender realmente que o “ser” que hoje se apresenta em mim é o resultado não só das minhas escolhas ao longo da caminhada, mas também das sementes que tenham sido “plantadas” nesta pessoa que vos escreve. Pode até parecer papo de doida... E lhes afirmo: é sim! E bem doida! Sendo “doida” me sinto livre para expressar o que penso e sinto independente do que os outros achem, se concordam ou não. Também não desejo que alguém aceite isso como uma verdade sua... até por que está é minha! Mas a reparto, tranquilamente. Retomando... Olho para meu passado e vejo minha mãe uma pessoa feliz e otimista, com uma postura de vida positiva e percebo que apesar de todos os pesares, ela era assim por escolha e isso foi a base para que eu “intuitivamente” também trouxesse isso para a minha vida. Uso a palavra intuitivamente, pois a “coisa toda” acontecia sem que eu tivesse consciência. Quando me refiro ao exemplo, quero falar do bem e do positivo que nossa mãe exalava
na sua vida. Ao reunir-se com as amigas do poderoso “Grupo Fechado”, ela costumava dividir suas problemáticas em meio às lágrimas. Mas a finalização do “causo” sempre se dava com uma piada e risos da sua própria situação. Era como se ela afirmasse para o Universo que doeu, mas que ela estava firme e bem para continuar a jornada. Tenho a lembrança de quando eu era pequena acordei a noite para ir ao banheiro, lembro-me da cena dela sentada à mesa da cozinha corrigindo provas e suas lágrimas correndo solitárias. A indaguei sobre as lágrimas e ela simplesmente me abraçou e pediu um beijinho para “curar o dodói”. E eu a abracei forte, dei um beijão e voltei para meu sono. Então hoje eu entendo que o grande lance é que Ela não cultivava a dor. Ela propagava o amor. Aí pensem comigo se as coisas na vida não são doidas: num momento muito difícil das nossas vidas onde minha irmã e eu não víamos muita saída nos negócios como estavam, ao mesmo passo a perda e a saudade nos doíam... Não sabíamos exatamente o que fazer, mas desistir nem pensar! Ora bolas, tínhamos um exemplo de força! A H.MARIA nasceu. Passados quase dois anos percebo que o mais legal desta história toda é que hoje somos muito mais que a oferta de produtos: somos uma onda que se propaga. Irradiamos um estilo de vida positivo, somos voltados para o bem, somos felizes! Constituímonos de muitas mãos, mas acima de tudo, temos asas!
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Sandra Pinheiro Zambiasi
Assessora e consultora empresarial, estrategista em marketing. Especialista em organização e desenvolvimento de equipe e planos.
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Sucesso na vida com valores
alores: uns os tem, outros nem tanto, alguns podem até não saber o que significa. Mas para se obter sucesso ao longo da vida precisamos sim saber, aplicar e levar uma vida com valores bem sólidos. Quando falo de valor, eu me refiro a CARÁTER, HUMILDADE E DIGNIDADE, nenhum deles é palpável, nem são apresentados ao conhecer o indivíduo, mas eles se refletem nas escolhas, decisões e atitudes tomadas. Existe a herança genética, mas muito se aprende ao iniciar a vida: é como uma grande mala onde os exemplos e o ambiente em que vivemos vão nos dando experiências e vamos guardando nesta mala que carregaremos para toda a nossa vida. Já ouvi muito dizer que caráter não se compra, ou se tem ou não, mas é nossa função como pais e educadores ensinar valores, algo nada fácil de transmitir. Criar um filho dando roupa e comida é fácil, mas educar, consolidar valores, trabalhar o emocional e estabelecer valores para a criança isso é difícil e requer esforço e dedicação diário. Compartilho com vocês uma experiência de pouco tempo atrás... Em um shopping lotado, aguardando numa fila enorme para pagar as compras, com meu filho de pouco mais de 2 anos em pé, mexendo em tudo ao longo do corredor do caixa e com minha bebê de 4 meses no
carrinho, precisando trocar a fralda e amamentar, tudo o que eu mais desejava naquele momento era estar em casa e nunca ter saído! Meu filho pegando e pedindo tudo o que via, momentos que pareciam horas, mas por fim fila vencida, ticket do estacionamento validado, tudo perfeito, eu avisto o meu carro no estacionamento e neste momento meu filho saca um pacotão de salgadinho da parte de baixo do carrinho de bebê da minha filha. Sim, exatamente! Ele pediu para eu comprar, eu disse “não” e ele guardou embaixo do carrinho. E, apesar da pouca idade, ele sabia o que estava fazendo e sentiu-se um vencedor, uma satisfação enorme por ter conseguido algo sem pagar. Imaginem a vontade de colocar tudo no carro e ir embora que eu tive, a vontade de sentar no chão e chorar, mas não dava. Aquele era o momento e a oportunidade não poderia ser perdida de ensinar valores ao meu filho. Guardei as compras no carro, desci novamente ao primeiro piso, fomos até o segurança da loja, e pedi que meu filho devolvesse o salgadinho, pois ele havia pego sem pagar. Exemplos de valores são os melhores bens que podemos passar. Uma palavra antes de ser dita deve ser pensada, pois ela tem valor, palavra dada deve ser palavra mantida, por isso reflita antes de se comprometer com algo que possa não conseguir cumprir e seja humilde, pois não existe sucesso sobre o sofrimento de outra pessoa.
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Out�bro/Novembro-2017 Ilizete Klein e Kimberly Klein
Consultoras de moda e perfumaria, mãe e filha e sócio-proprietárias da Intuição Moda & Perfumaria
Neste verão, o que fica bem em você?
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rabalhamos com tendências (a Intuição está completando 11 anos neste ano) e precisamos observar a estação para procurar tomar decisões acertadas. O verão está aí e queremos ficar elegantes, mas também leves e confortáveis, não é mesmo? Pensando nisso, nesta estação do ano, o que fica bem em você? As marcas Dolce Gabbana, Lança Perfume, Charry e Booq, por exemplo, têm algumas sugestões para deixar todo mundo bonito e no clima da estação. As peças estão inspiradas na Grécia: tudo a ver com o nosso Brasil, não é mesmo? A coleção de biquínis e a linha casual contam com elementos que lembram o país europeu. Azulejos, limões sicilianos, moedas e estampas florais marcam presença nas peças. As peças midis, mais alongadas e a moda destroyed estão fortes. Para os homens, as camisetas alongadas e florais são a tendência. O blaser e saia alongada também. Do Plus Size até o PP, e todas as idades são valorizadas com as peças pensadas para a nova estação. Na maquiagem, a coleção tons pastéis são inspirações nos unicórnios, que estão muito na moda. As cores nudes têm nos esmaltes também.
Out�bro/Novembro-2017 Liciane Schabarum Bellin
Camila Camargo Raimundo
Advogada – OAB/RS 80.304
Nutricionista-coach da Pluma Estação de Bem Estar e coautora do livro “O Poder Transformador do Coaching”
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Fazer dieta...
ão gosto da palavra dieta. Dieta é algo que faz lembrar privação, sofrimento, algo passageiro, que fazemos por um curto período e depois voltamos ao “normal”. Esse pensamento de “agora vou fazer uma dieta” precisa ser trabalhado justamente para que não se torne algo momentâneo. É muito comum receber pacientes que já foram em muitos profissionais e já tentaram inúmeras dietas. Sempre questiono: o que você vai fazer para que esta não seja apenas mais uma tentativa? Como você pensa em manter os resultados obtidos para o resto da vida? A mudança definitiva nos hábitos na alimentação só ocorre com a conscientização de que não será feita uma dieta, apenas. Precisa ser feita uma reeducação alimentar e trabalhar todas as questões emocionais envolvidas nesse processo. Percebo que a maior dificuldade das pessoas não é a alimentação em si, mas as emoções relacionadas ao comportamento alimentar. Para auxiliar nesse equilíbrio, entre alimentação e emoções, é que existe o processo de Coaching Nutricional, onde é trabalhado o fortalecimento emocional, autoconhecimento, motivação e identificação de crenças limitantes, para que o paciente consiga mudar os seus hábitos de maneira definitiva e sem sofrimento.
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Outubro Rosa
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utubro é o mês da prevenção ao câncer de mama... Outubro Rosa! Levantamos a bandeira e colamos lacinhos rosas em nossas camisas, em nossos murais mas, principalmente, buscamos colaborar de alguma forma com as campanhas em prol das campanhas educativas. Infelizmente, a incidência de câncer de mama nas gaúchas ainda é muito alta. A mastectomia (retirada da mama) não deixa apenas cicatrizes físicas na mulher, mas também, e principalmente, psicológicas. É comprovado que o estado psicológico da paciente tem grande interferência na cura do câncer. Por isso, é muito importante que todos atentem ao fato de que é garantido legalmente à paciente submetida à mastectomia, a imediata reconstrução das mamas. A reconstrução será feita na mesma cirurgia de retirada do câncer, se houver condições médicas para tanto, pois a lei garante a IMEDIATA reconstrução. O procedimento diminui muito os casos de depressão pós-cirurgia. É justo, é digno e o Sistema Único de Saúde tem obrigação legal de realizar o procedimento. Retira-se o câncer, mantém-se a autoestima na caminhada para a cura.
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Out�bro/Novembro-2017 Vicente Fleck
Advogado - OAB 73.662
O bom exemplo dos nossos pais e avós?
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uando falamos em aposentaria logo pensamos em algo distante, um sonho longe do nosso alcance e que demorará muito para acontecer, porém esse momento um dia chega. Quando chega esse dia pensamos em várias coisas que podíamos ter feito melhor, por exemplo, ter contribuído com valores mais altos para se aposentar com um salário maior, talvez esperar para se aposentar. Enfim, pensamos em diversas atitudes ao longo do nosso tempo de trabalho que acabaram nos prejudicando no momento da aposentadoria. Infelizmente, na maioria dos casos, o INSS não premia quem contribui por mais tempo ou com valores maiores, eis que o valor da aposentadoria acaba sendo diminuído pelo Fator Previdenciário e pela baixa correção monetária, não fazendo grande diferença contribuir com valores maiores ou por mais tempo. Porém, esquecemos de olhar para trás e ver o que faziam nossos pais e avôs para se aposentar, eles também não viam a aposentadoria como algo próximo de acontecer, por isso, ao invés de
confiar apenas no INSS, guardavam dinheiro para comprar imóveis, abrir negócios ou mesmo para ter algum valor guardado para o futuro. Não vivemos em um país com hábito de guardar dinheiro, entretanto, o sistema previdenciário ruma para um caminho em que teremos que repensar a forma de planejar nossa velhice e aposentadoria. O exemplo dos colonos que vieram de outras partes do mundo com certeza tem muito a ensinar: alemães, italianos e japoneses têm o hábito de gastar menos e guardar mais, exatamente para que não lhes falte no futuro. Esse hábito, algumas vezes até ridicularizado sob o pretexto de aproveitar a vida, é o que nos falta e certamente nos faltará para um futuro onde nos aposentaremos cada vez mais tarde e com cada vez menos recursos do governo. Leia este e outros artigos em:
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Kamila Scheffel
Psicóloga CRP 07/14576 Terapeuta de Casal e Família Mestre em Psicologia Clínica Autora do livro “Casais Grávidos”
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Quando um casal decide ficar grávido
o longo da minha trajetória como psicóloga clínica, chamava a atenção a fragilidade das relações conjugais e o seu impacto para as relações familiares. Foi então que ingressei no mestrado e estudei em profundidade o relacionamento conjugal diante da vinda do primogênito. Essa experiência me inspirou a escrever o livro “Casais grávidos: um guia prático para os futuros pais”. Conversei com casais que planejavam ou já estavam grávidos, a partir de uma ação da MV Trevisan, no Hotel Ibis. Lá, lembrei que engravidar não é pensar somente no espaço físico ou na saúde da gestante e do bebê – algo muito importante, sem dúvida. Mas, ressaltei que, é preciso preparar a relação para a chegada de mais uma pessoa na relação. Enquanto o filho vai crescendo na barriga, o casal ganha mais um tempo para se afirmar para o novo momento. E não existe sentimento certo! Sentir medo, raiva, tristeza, frustração também faz parte e precisam ser acolhidos. Sempre é bom ressaltar: haverá problemas e desafios pela frente: o importante é que o casal esteja fortalecido para vivê-los e resolvê-los. Também conversei com os pais da Escola de Educação Infantil Ursinho Pooh, em Novo Hamburgo, sobre a importância do diálogo, da
atenção ao cotidiano e dessa relação criada – primeiro como casal – e depois como pais. Acho primordial encontrar uma maneira de refletir sobre nosso dia a dia para dar conta das demandas. Precisamos entender o papel de pai ou mãe, mas lembrar que fazemos parte de um casamento e cada um tem 50% de responsabilidade na relação. As atitudes e a forma de nos relacionarmos é que estruturam os envolvidos. Assim, é importante que o casal destine um tempo para si. Temos um dia muito corrido, mas é necessário prestar atenção em nossas relações, em nós mesmos, no que está à nossa volta. Temos que nos conhecer, entender o que sentimos, conversar e agir de acordo. Queremos um casal fortalecido para garantir o pleno desenvolvimento destes filhos.
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Out�bro/Novembro-2017 Guilherme Schweitzer e Caroline Nunes Corretores da Casa Mais Imobiliária
Quero comprar meu primeiro imóvel... e agora?
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e você não está passando por isso agora, certamente conhece alguém que está, não é verdade? A aquisição do primeiro imóvel é uma atitude que requer muito planejamento, e que certamente causará impacto em diversos setores da sua vida, fundamentalmente, no financeiro e familiar. Separamos algumas dicas que irão lhe ajudar: Se informe - Conversar com pessoas que já compraram um imóvel é uma dica muito valiosa! Procure conhecidos, amigos e familiares de diferentes idades e visões. Sem dúvida, eles darão uma excelente contribuição de como foi esta experiência e você poderá tomar alguns “atalhos” nesta busca. Saiba todas as características do imóvel - Pode parecer óbvio, mas este é um dos maiores erros que as pessoas cometem na hora de comprar um imóvel... O que você precisa? Casa x apartamento? Segurança x fácil acesso? Condomínio x manutenção? Privativo x coletivo? Infraestrutura x espaço? Imóvel pronto x construção? São várias as dúvidas e, na grande maioria das vezes, não podemos optar por todas. A dica é pensar em todas as variáveis, levando em conta um cenário de, no mínimo, cinco anos. O que pode mudar na sua vida durante este tempo? Programe-se - A parte financeira pode ser a solução ou início das suas dores de cabeça, tudo vai depender de como você se programa para comprar a casa própria. Se você pretende adquirir um imóvel e ainda não começou a poupar, reveja seus projetos. É primordial ter a consciência de que a compra de
um imóvel é um investimento alto e que, muitas será necessário fazer alguns cortes nas despesas, tendo em vista que os gastos com a compra não se limitam apenas ao financiamento e ao valor das prestações. Há ainda as taxas de transferências, taxas de encargos bancários e questões referentes à documentação. É necessário ter uma reserva financeira, por isso todos os envolvidos devem estar comprometidos com este objetivo e cientes de que algumas renúncias poderão ser feitas ao longo deste processo. Seja curioso - Na hora de comprar um imóvel, é preciso ter uma postura questionadora. Entenda a diferença de preços entre dois imóveis que parecem à primeira vista semelhantes. Qual a diferença? Acabamento? Localização? Metragem construída? Encontre um corretor de confiança - Por mais que o seu desejo de ter o primeiro imóvel seja urgente, é preciso ter cautela. Hoje, o mercado está com várias boas oportunidades e uma pesquisa qualificada aliada a uma assessoria de um profissional preparado para atuar no mercado imobiliário te dará a chance de encontrar o melhor negócio que se enquadre ao seu perfil. Confiança é a palavra-chave na hora de contratar um corretor, portanto, procure por indicações e referências antes de tomar sua decisão. Agora que você já sabe algumas dicas de como comprar seu primeiro imóvel, planeje-se e torne este importante passo na sua vida um grande sucesso!
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Tatiana Graebin
médica veterinária, pós-graduada em Clínica Médica e Cirúrgica de Cães e Gatos | CRMV 7431
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Piometra
iometra é uma doença que acomete cachorras, gatas entre outras espécies. É uma infecção uterina decorrente de uma invasão bacteriana anormal. Esta infecção pode ocorrer em qualquer fase da vida, com qualquer idade, porém há alguns fatores que pré-dispõem, como o uso de contraceptivos, cio, tendo ou não ter sido coberta pelo macho. Entre os sinais clínicos observamos aumento de volume abdominal, pode ter ou não secreção vaginal purulenta, dor, febre, olhos vermelhos, diarreia e vômito. A ausência de secreção vaginal não descarta a doença, pois a cérvix pode estar fechada e não exteriorizar o conteúdo ( piometra fechada). Neste caso, torna-se ainda mais grave, pois o útero pode aumentar ainda mais o seu tamanho e o proprietário pode não observar os outros sinais da doença. Para o diagnóstico definitivo pode-se fazer uma ultra-sonografia abdominal. O tratamento para piometra é cirúrgico, retirando todo o aparelho reprodutor da fêmea. Existe tratamento conservador, porém sua eficácia é muito baixa, aumentando os riscos para a fêmea. Sendo que o tratamento conservador não funciona para o caso de piometra fechada. Além da cirurgia faz-se uso de medicações e fluidoterapia. A prevenção desta doença se faz com a castração das fêmeas. Lembrando que as fêmeas podem ser castradas a partir dos quatro meses de vida. Leia este e outros artigos em:
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Out�bro/Novembro-2017 Eder Gustavo Schuster Mecânico
O ar condicionado do carro
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ar condicionado do carro tem se tornado cada vez mais indispensável, seja numa viagem, ou no dia a dia. Mas precisamos sempre lembrar de que ele precisa de revisões periódicas, necessárias para o perfeito funcionamento do aparelho. A manutenção deve ser feita a cada seis meses em condições mais severas, em que se trafega muito por estradas de chão, por exemplo, e de até um ano em condições normais. Essa manutenção consiste na troca do filtro pólen e higienização do sistema, para eliminação de fungos e bactérias que se proliferam pela umidade da caixa de ar e poeira da rua, o que pode agravar problemas respiratórios, ou até mesmo desenvolve-los. A higienização é feita por um equipamento, onde coloca-se o produto especifico dentro, e o vaporiza para dentro da caixa de ar, que fica atrás do painel. O valor para esta manutenção custa entre 100 a 150, e leva em torno de meia hora. Quando muito tempo sem fazer esta manutenção, o entupimento pela sujeira acumulada pode ocasionar problemas como diminuição do rendimento do ar e da ventilação, que para ser solucionado, muitas vezes é necessária a remoção do painel do veiculo, o que gera um custo bem maior. Alem desta limpeza, o ar condicionado não precisa de muita manutenção, a não ser ligá-lo ao menos uma vez por semana, para circular o gás e o óleo que existentes dentro sistema, e que o mantém lubrificado, evitando ressecamento de mangueiras e outros componentes. Outro fator importante é que não é aconselhável ligar o ar condicionado com o carro andando, pois o giro do motor estando muito alto, prejudica o compressor, o ideal é que seja ligado com o motor na lenta, pois ele vai funcionar bem por muito mais tempo.
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Jorge Remi Hansen
Diretor da Imobiliária Rincão, presidente da APAE Estância Velha e escritor
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Uma viagem inesquecível
ito de novembro 2009. Reunimo-nos do Santuário das Mães, N.Hamburgo. Após missa de despedida, rumamos para o embarque, em Porto Alegre. Com uma escala em São Paulo, chegamos ao amanhecer , em solo italiano. Após um tour panorâmico, nos dirigimos ao hotel, para jantar e repouso. Iniciamos por Roma, Vaticano, Capela Sistina, o Coliseu, Catacumbas de São Calixto, Audiência Papal, Basílica de Santa Maria Maggiore, São João de Latrão, Castel Gandolfo, Via Ápia Antiga, Arco do Triunfo, Arco de Constantino, Ilha Tibertina, Fontes de Roma, Basílica São Paulo Extramuros. Destaque especial para Assis, Basílica de São Francisco. Dia 13 de novembro, nosso destino Israel, Terra Santa. Hospedagem Tel Aviv. Conhecemos Jaffa, Cesaréia Marítima, Haifa, Monte Carmelo, Nazaré, Rio Jordão, Tiberíades, Mar da Galiléia, Réplica do Barco de Jesus, Tabgha, Capharnaum, Caná da Galiléia, Monte Tabor, Monte das Bem Aventuranças, Ein Karen, Deserto da Judéia, Monte Scopus, Capela da Ascenção de Jesus, Igreja do PaiNosso, Capela Dominus Flevit, Horto Getsêmani/
Oliveiras, Basílica da Agonia, Igreja São Pedro in Galicantu, Igreja de Santa Ana, Igreja da Flagelação e da Condenação, Via Dolorosa, Basílica do Santo Sepulcro, Cenáculo, Capela da Dormição, Tumba do Rei David, Belém, Muro das Lamentações, Massada, Mar Morto... Resolvi escrever um livro. São 204 páginas, 169 fotos, 40 depoimentos de peregrinos que estiveram nos locais, além de textos de Dom Zeno, Mons. Oscar, Prof. Osvino Toiller, Côn. Círio, Pe. Beno, Pe. Silfredo, Dr. José Mário... A proposta é o leitor sentir muitas emoções, numa viagem que será inesquecível!
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Sandra Hess e Cleber Zanovello Dariva, com Oliver Hess Dariva
Dois anos de MultiFamília!
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ma coleção de edições da Revista MultiFamília foi entregue para as bibliotecas municipais de Estância Velha, Ivoti e Dois Irmãos, onde estabelecemos raízes desde outubro de 2015. Para comemorar esta trajetória de 2 anos, decidimos entregar as edições, da número 1 até a 12, para o acervo de cada espaço cultural. No município de Estância Velha, a atenção de Maria Helena Ritter nos trouxe a certeza de que a história da revista estaria guardada para consulta dos usuários. Em Ivoti, a bibliotecária Maria do Carmo Neis e a funcionária Amanda Gularte e Leonardo Guerra acolheram nosso conteúdo. Em Dois Irmãos, fomos recebidos pela bibliotecária Fabiane Alonso e a funcionária Daiane de Souza. A gente sabe que conquistou leitores, colaboradores e anunciantes. E temos este desafio de continuar conversando, propondo e compartilhando informações úteis para toda a família. A todos que fizeram parte de uma, algumas ou de todas as edições, muito obrigada! Sem vocês, a MultiFamília seria apenas uma ideia. Vocês estão tornando essa publicação algo concreto e viável! E se você pegou este exemplar por acaso, te convidamos a ficar com a gente para fazer parte dos próximos 2 anos... ;-) Revista MultiFamília é uma publicação da: Ano 3 - Número 13 - Out+Nov/2017 ISSN 2447631-5 Circulação: Bimestral - 4.000 exemplares - Distribuição: Gratuita
Edição: Sandra Hess (Jornalista - MTB/RS 11.860) Diagramação: Cleber Z. Dariva (Jornalista - MTB/RS 11.862) Capa: Cláudio Utzig Impressão: BT Indústria Gráfica Entre em contato: 51-99961-4410 contato@zmultieditora.com.br
Mais uma vez, e no clima do ensinamento dado às crianças, encerramos esta mensagem usando a palavra mágica que abre portas e sorrisos... MUITO OBRIGADA!!
Estância Velha
Dois Irmãos
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