QUANDO INICIAMOS O TERCEIRO TRIMESTRE, ENTRAMOS EM CONTA-
TO COM VÁRIOS LIVROS E “CAUSOS” QUE CONTAVAM HISTÓRIAS DO INTERIOR DE SÃO PAULO. ESSAS HISTÓRIAS NOS ENVOLVERAM POR CONTA DOS MISTÉRIOS QUE DAVAM UM FRIO NA BARRIGA...
DURANTE AS DISCUSSÕES QUE FAZÍAMOS APÓS AS LEITURAS, CONCLUÍ-
MOS QUE A MAIORIA TINHA UMA “MORAL” QUE AS PESSOAS MAIS VELHAS QUERIAM QUE AS MAIS NOVAS ACREDITASSEM, COMO POR EXEMPLO: POR SEREM MUITO CATÓLICOS, DIZIAM QUE SE DEMORASSE PARA BATIZAR UMA CRIANÇA, O LOBISOMEM PODERIA LEVÁ-LA; PARA QUE AS MOÇAS NÃO CAÍSSEM EM PECADO, SE APAIXONANDO POR UM PADRE, DIZIAM QUE AQUELA NÃO OBEDECESSE, VIRARIA MULA-SEM-CABEÇA; VIRARIA UM CORPO-SECO, QUE NÃO É ACEITO PELA TERRA, O CADÁVER DA PESSOA QUE BATESSE EM SEUS PAIS... E OUTROS CAUSOS QUE MAIS DAVAM MEDO DO QUE PASSAVAM OS ENSINAMENTOS.
DEPOIS DA LEITURA DE VÁRIOS CAUSOS, NOS BASEAMOS NO LIVRO CON-
TOS DE ASSOMBRAÇÃO, CAUSOS ARREPIANTES DE REDENÇÃO DA SERRA, DE MAURÍCIO PEREIRA, PARA PODERMOS CRIAR NOSSAS PRÓPRIAS HISTÓRIAS. NOS SEPARAMOS EM DUPLAS OU TRIOS E, RESPEITANDO AS CARACTERÍSTICAS DO GÊNERO ESTUDADO, SUSPENSE E MISTÉRIO, COLOCAMOS A MÃO NA MASSA. NÃO FOI UM TRABALHO FÁCIL, PORQUE ESCREVER É DIFÍCIL: PRECISAMOS RESPEITAR AS REGRAS ORTOGRÁFICAS, USAR A CRIATIVIDADE, LEMBRAR DAS PONTUAÇÕES E NÃO FUGIR DO GÊNERO.
ESPERAMOS QUE VOCÊ TENHA CORAGEM PARA AGUENTAR ATÉ O FIM.
BOA LEITURA E BOA SORTE NA HORA DE DORMIR... ALUNOS DO 5º ANO B 2021
SUMÁRIO
O MISTÉRIO DA MEIA NOITE ARTHUR FLAVIO F. DINIZ, PEDRO JOSÉ S. ROCHADEL E PIETRO MACEDO I. E. BARTIJOTTO
A RECÉM-NASCIDA HELENA ALMEIDA DE AZAMBUJA E SILVA E VALENTINA ROCCABRUNA SCHMEISKE
A MULA SEM CABEÇA JOÃO GABRIEL DIAS DA SILVA E JOSEPH BIRENBAUM ZUPPO
O LOBISOMEM E O RECÉM-NASCIDO LISA DE ROSSI POIANI E LORENA MEDEIROS BAVARESCO
A POUSADA ABANDONADA ANA JULIA PATTI VIEIRA E FERNANDA BERNARDO DUTRA DA SILVA
O MISTÉRIO DO CORPO SECO JOSÉ FRANCO LOLLO E LUIS FERNANDO IMANISHI FREITAS
O LOBISOMEM LUCA MACHADO ANDREOLI
A ASSOMBRAÇÃO DE REDENÇÃO DA SERRA MARINA CUNHA VILLANACCI, OLIVIA QUARTIM A. PEDROSO E VICTORIA ROBLES NAZARÉ
O FANTASMA DA ESTRADA PEDRO BENATTI MIN E RAFAEL VIEIRA DE CASTRO
ARTHUR FLAVIO F. DINIZ / PEDRO JOSÉ S. ROCHADEL / PIETRO MACEDO I. E. BARTIJOTTO
ESSA HISTÓRIA ACONTECEU HÁ MAIS OU MENOS 80 ANOS, EM SANTO
ANTÔNIO DO PINHAL, NA VILA TABOÃO. ISSO SE PASSOU COM CIDA, UMA COZINHEIRA QUE TRABALHAVA PARA UMA FAMÍLIA NOBRE, CONHECIDA COMO ROCHADEL, E QUE MORAVA NUMA FAZENDA ANTIGA. NESTE LOCAL, TINHA ACABADO DE NASCER UM BEBÊ NA FAMÍLIA, CHAMADO TONHO.
UMA NOITE, OS PAIS DO RECÉM-NASCIDO TIVERAM QUE VIAJAR A TRA-
BALHO, E A COZINHEIRA TEVE QUE CUIDAR DO BEBÊ POR 7 NOITES E 7 DIAS.
NA SÉTIMA NOITE DE VIAGEM, UMA NOITE DE LUA CHEIA, CIDA, A CO-
ZINHEIRA, ESCUTOU RUÍDOS PELA CASA COM OS CACHORROS LATINDO. ELA LEVANTOU DA CAMA COM MEDO. COM AS PERNAS TREMENDO, ABRIU A PORTA, PEGOU O BEBÊ DO BERÇO E O COLOCOU EM SUA CAMA.
FOI VERIFICAR SE AS JANELAS ESTAVAM FECHADAS... ENCONTROU
APENAS UMA ABERTA, NO QUARTO DOS PAIS, E RAPIDAMENTE A FECHOU. VOLTOU SORRATEIRAMENTE PARA A CAMA COM TONHO. DE REPENTE, MAIS RUÍDOS SURGIRAM, MAS DESSA VEZ ESTAVAM MAIS PERTO, MAIS ALTOS E MAIS FORTES. RAPIDAMENTE ELA RECONHECEU DE ONDE ERAM… ERAM DA PORTA DE SEU QUARTO!!! SUA JANELA BATIA COM O VENTO, OS PAPÉIS VOAVAM, ELA NÃO SABIA O QUE FAZER, ESTAVA PERDIDA. MUITO RELIGIOSA, COMEÇOU A REZAR. ENTÃO, LEMBROU-SE DO BEBÊ, E FICOU ASSUSTADA, POIS ELE NÃO TINHA SIDO BATIZADO… AO LEMBRAR-SE, DESMAIOU.
NO OUTRO DIA, ELA VIU A PORTA COM UM BURACO, E NINGUÉM NUN-
CA MAIS SOUBE DO BEBÊ.
HELENA ALMEIDA DE AZAMBUJA E SILVA / VALENTINA ROCCABRUNA SCHMEISKE
ISSO DEVE TER ACONTECIDO POR VOLTA DE 1900. MEU BISAVÔ CONTAVA QUE LÁ EM TAUBATÉ, NO BAIRRO DE TABOÃO, HAVIA O SÉTIMO E ÚLTIMO LOTE DA REGIÃO, ONDE ERAM OUVIDOS CHOROS E BARULHOS SUSPEITOS EM UMA ANTIGA CASA.
NESSA CONSTRUÇÃO COM 7 JANELAS, NO DIA DE UM ECLIPSE, HÁ 121
ANOS, NASCEU UMA CRIANÇA QUE HORAS DEPOIS MORREU POR UMA CAUSA DESCONHECIDA. MESES DEPOIS DO ACONTECIMENTO, TONINHO PEREIRA CAMINHAVA POR ESSAS BANDAS, EM UMA NOITE ESCURA, NEBULOSA DE LUA CHEIA.
APROXIMANDO-SE DO MISTERIOSO TERRENO, OUVIU GRITOS, BARU-
LHOS E VOZES DESCONHECIDAS. ACHANDO QUE ALGUÉM NECESSITAVA DE AJUDA, RAPIDAMENTE SE DIRIGIU ATÉ A CASA.
AO ENTRAR NO SÍTIO, AVISTOU UMA MULHER EM UMA CADEIRA DE
BA-LANÇO FEITA DE MADEIRA E REVESTIDA DE PANOS VELHOS. A MULHER ESTAVA COM UMA RECÉM-NASCIDA EM SEUS BRAÇOS.
A BEBÊ PARECIA NEBULOSA, TRANSPARENTE E NEM UM POUCO SÓLI-
DA. ENQUANTO O RAPAZ OBSERVAVA A MÃE E SUA FILHA, A MULHER CANTAVA UMA MÚSICA DE NINAR.
TONINHO TOMOU CORAGEM E, TRÊMULO, DISSE:
− SE... SE... SE... SENHORA, POR QUE CANTAS PARA UM FANTASMA?
− AH, MEU QUERIDO JOVEM, ELA PODE SER UM FANTASMA, MAS CONTINUA SENDO MINHA QUERIDA E FALECIDA FILHA.
APÓS ESSA RESPOSTA, UM SILÊNCIO ATERRORIZANTE TOMOU CONTA
DO SÍTIO. TONINHO FICOU PARALISADO, COM A BOCA TREMENDO POR ALGUNS MINUTOS. QUANDO SE RECUPEROU, SAIU, SORRATEIRAMENTE, DO LUGAR ASSOMBRADO E, NUNCA MAIS PASSOU POR AQUELAS BANDAS.
JOÃO GABRIEL DIAS DA SILVA / JOSEPH BIRENBAUM ZUPPO
ISSO ACONTECEU HÁ UNS 40 ANOS, EM UMA FAZENDA BEM HUMILDE,
ONDE MORAVA UMA FAMÍLIA COM DOIS FILHOS.
EM UM DIA ENSOLARADO, AS DUAS CRIANÇAS BRINCAVAM COM OS
ANIMAIS DA FAZENDA, ENQUANTO O PAI TRABALHAVA NA ROÇA E A MÃE FAZIA O ALMOÇO DELICIOSO: COXAS DE FRANGO, BANANAS FRITAS E ARROZ VERDE COM ERVILHA. DEPOIS DE UM TEMPO, A MÃE CHAMOU AS CRIANÇAS PARA O ALMOÇO E O PAI VOLTOU PARA FAZER A REFEIÇÃO COM A FAMÍLIA. DE NOITE, TODOS FORAM PARA OS SEUS QUARTOS DORMIR, ATÉ QUE NO MEIO DA MADRUGADA, A MÃE ACORDOU COM UM BARULHO ESTRANHO. QUANDO ELA FOI VER PELA JANELA, UM VULTO PASSOU POR LÁ… ELA NÃO SABIA AO CERTO O QUE ERA, MAS TINHA CERTEZA DE QUE ALGO NÃO ESTAVA CERTO.
QUANDO ERA DE MANHÃ, TODOS FORAM PARA MESA TOMAR CAFÉ
DA MANHÃ, QUE TINHA PÃO COM MANTEIGA E LEITE JUNTO COM FRUTAS. LOGO DEPOIS, AS CRIANÇAS SE ARRUMARAM E FORAM PARA A ESCOLA. JÁ A MÃE, FICOU PENSATIVA SOBRE O QUE HAVIA VISTO NA NOITE ANTERIOR. ACHOU QUE ERA COISA DA SUA CABEÇA. O PAI FOI DAR COMIDA AOS ANIMAIS DA ROÇA.
COMEÇOU A CAIR UMA CHUVARADA DANADA. O PAI ENTROU EM CASA
PARA SE ESCONDER DA CHUVA FORTE E, QUANDO FOI OLHAR PELA JANELA, OUVIU UM BARULHO ESTRANHO, PARECIA UM GRITO DE ALGUM ANIMAL… NÃO SABIA AO CERTO O QUE ERA. MAS LOGO DEPOIS DE TER OUVIDO ESSE BARULHO, VIU UM ANIMAL CORRENDO NO MEIO DA MATA, PARECIA QUE ESTAVA… SEM CABEÇA?
DEPOIS DE UM TEMPO, NO FINAL DA TARDE, O PAI TENTAVA ESQUECER
O QUE TINHA VISTO, TAMBÉM NEM TINHA CERTEZA SE ERA MESMO UM BI-
CHO SEM CABEÇA OU ALGO DO TIPO, MAS SABIA QUE TINHA ALGO MUITO ESTRANHO. ANOITECEU.
TENTANDO ESQUECER O QUE TINHA VISTO, O HOMEM FALOU COM A
ESPOSA PARA SABER SE ELA TAMBÉM TINHA PERCEBIDO ALGO DE ESTRANHO NA FAZENDA:
− AMOR, VOCÊ VIU ALGO ESTRANHO LÁ FORA, NA NOITE PASSADA?
− NÃO… MAS VOCÊ VIU? − TENTANDO DISFARÇAR.
− NÃO SEI DIREITO, PARECIA UM ANIMAL CORRENDO NA FLORESTA,
COM UM BARULHO ESTRANHO DE GRITO.
− BARULHO DE GRITO? TEM CERTEZA, QUERIDO?
− SIM, NO MEIO DA NOITE EU ACORDEI COM BARULHOS DE GRITOS DE
ANIMAIS E FIQUEI COM MEDO.
NO MESMO INSTANTE EM QUE O HOMEM DISSE ISSO, UM BARULHO
ESTRANHO VEIO DO LADO DE FORA DA CASA.
− VOCÊ ESCUTOU ESTE BARULHO? − PERGUNTOU A MULHER.
− ESCUTEI SIM!
O HOMEM FOI VER O QUE ERA. SAIU DE SUA CASA COM UM GUAR-
DA-CHUVA E UMA ARMA DE CAÇA. NAQUELE ESCURO, FOI OUVINDO O BARULHO E SEGUINDO-O, ATÉ QUE FINALMENTE ENCONTROU UMA FIGURA ESTRANHA. QUANDO OLHOU PARA ELA, BOOM! UM RAIO CAIU AO SEU LADO E ELE VIU O QUE NÃO QUERIA… A MULA SEM CABEÇA!
ELE CORREU DESESPERADO, GRITANDO SOCORRO. RAPIDAMENTE
CONSEGUIU DESPISTÁ-LA, MAS LOGO DEPOIS QUE ENTROU NA CASA, OLHOU PELA JANELA E A VIU NOVAMENTE, MAS NÃO SABIA ONDE ESTAVA SUA ESPOSA E SEUS FILHOS: TINHAM DESAPARECIDO! E OS PORCOS, AS VACAS, AS GALINHAS, ESTAVAM TODOS MORTOS.
LISA DE ROSSI POIANI / LORENA MEDEIROS BAVARESCO
FAZ UNS 40 ANOS QUE ISSO ACONTECEU, NO VELHO SÍTIO DO TIÃO
PEREIRA, EM NATIVIDADE DA SERRA.
ERA UMA NOITE FRIA, ESCURA E CHUVOSA, QUANDO MADALENA, UMA
MOÇA LINDA E JOVEM, DEU À LUZ UM BELO MENINO. A CRIANÇA NÃO FOI BATIZADA LOGO DEPOIS DE SEU NASCIMENTO, POR ISSO SEU PAI JÁ ESTAVA ATENTO AO QUE PODERIA ACONTECER.
POUCOS DIAS DEPOIS, O MENINO FOI PERTURBADO POR UMA CRIA-
TURA MONSTRUOSAMENTE GRANDE E FEROZ, QUE ARRANHAVA SUA JANELA TODAS AS NOITES DE LUA CHEIA. SEU PAI SABIA QUE A SUA CRIANÇA ESTAVA EM RISCO, ENTÃO TEVE UMA IDEIA. QUANDO CHEGOU EM UMA SEXTA-FEIRA 13, NOITE DE LUA CHEIA, O HOMEM JÁ ESTAVA PREPARADO.
QUANDO O LOBISOMEM CHEGOU, TIÃO DISSE:
− LOBISOMEM, TENHO UM PRESENTE PROCÊ. VOLTE AQUI AMANHÃ,
PROMETO QUE LHE DAREI 1KG DE SAL.
NO DIA SEGUINTE, UM JOVEM MUITO PÁLIDO E ALTO APARECEU EM
SUA CASA.
− SENHOR, VIM BUSCAR O SAL QUE OCÊ ME PROMETEU.
O HOMEM PEGOU O SAL RAPIDAMENTE E FOI-SE EMBORA.
O PAI DA CRIANÇA NUNCA REVELOU A VERDADEIRA IDENTIDADE DO
LOBISOMEM.
ANA JULIA PATTI VIEIRA / FERNANDA BERNARDO DUTRA DA SILVA
VOU CONTAR UMA HISTÓRIA DO PAI DO AVÔ DO DITO SILVA, QUE
MORAVA EM UMA ESTRADINHA PERTO DE REGISTRO, E TRABALHAVA EM UMA PLANTAÇÃO DE CAFÉ, SABE? ISSO ACONTECEU DEVE FAZER MEIO SÉCULO.
EM UMA CERTA NOITE ESCURA, DE LUA CHEIA, ELE E OS AMIGOS, QUE
NÃO ACREDITAVAM EM LOBISOMEM, RESOLVERAM INVADIR UMA POUSADA ABANDONADA, NA ENCRUZILHADA, QUE ERA FAMOSA POR RUMORES DE SER HABITADA POR LOBISOMENS DA REGIÃO. OS HOMENS FORAM AVISADOS POR UMA SENHORA QUE PASSAVA LENTAMENTE PELA ESTRADINHA:
− CUIDADO QUERIDOS, MUITOS ENTRARAM AÍ, MAS NUNCA MAIS
SAÍRAM.
ZOMBANDO DA VELHINHA, DEBOCHADAMENTE, UM DELES FALOU:
− QUE BOBAGEM! - DISSE RINDO − ISSO NÃO EXISTE.
ENTRARAM NA POUSADA ESCURA, LARGADA E BAGUNÇADA, E SO-
MENTE UM QUARTO ESTAVA ABERTO. O SOMBRIO QUARTO DE NÚMERO SETE! DECIDIRAM QUE PASSARIAM A NOITE ALI MESMO.
DURANTE A MADRUGADA, ESCUTARAM GRITOS, CHOROS E ARRA-
NHÕES NA PORTA DO QUARTO. AQUELE QUE ZOMBOU DA SENHORA, NÃO CONSEGUIU DORMIR, POIS QUANDO ESTAVA PRESTES A PEGAR NO SONO, SENTIA ALGUÉM PUXANDO SEU COBERTOR E TINHA A SENSAÇÃO DE ESTAR CAINDO DA CAMA. OUTRO, COM MUITO MEDO, NÃO TEVE CORAGEM DE ESPERAR O AMANHECER E FOI EMBORA.
AQUELES QUE FICARAM, QUERIAM DESCOBRIR DE QUEM ERAM OS
GRITOS, ENTÃO TENTARAM ABRIR A JANELA… PORÉM ESTAVA EMPERRADA. ELES ABRIRAM A PORTA E ALGUÉM PELUDO, COM OS OLHOS AMARELOS E SOMBRIOS, PUXOU UM DOS HOMENS PARA O MATO ATRÁS DA POUSADA. O RESTANTE ESPEROU O AMANHECER, DE OLHOS BEM ABERTOS, E MUITO ASSUSTADOS, PARA PODEREM IR EMBORA.
NUNCA MAIS DUVIDARAM DA EXISTÊNCIA DO CACHORRO DA NOITE.
JOSÉ FRANCO LOLLO / LUIS FERNANDO IMANISHI FREITAS
ESTA HISTÓRIA DEVE TER ACONTECIDO HÁ CEM ANOS.
ZEZINHO MORAVA EM UM SÍTIO MUITO POBRE PERTO DE TAUBATÉ.
ESTE LOCAL FICAVA ENTRE UMA PEQUENA PLANTAÇÃO DE CAFÉ E OUTRA DE MANGAS.
O HOMEM PLANTAVA CAFÉ E VENDIA MANGAS DE SUAS MANGUEIRAS
PARA AS PESSOAS DA VILA QUE FICAVA ALI PERTO. SUA ESPOSA, MADALENA PEREIRA, PREPARAVA CARNE DE PORCO, QUE ELES CRIAVAM, COM UM POUCO DE ALFACE QUE PEGAVA ATRÁS DE SUA CASA, ONDE TINHA UMA PLANTAÇÃO.
UM DIA, ZEZINHO FOI VENDER O CAFÉ E AS MANGAS NA CIDADE VI-
ZINHA. DEPOIS DE UM TEMPO, QUANDO ANOITECEU, ELE ESTAVA VOLTANDO PARA CASA E, NO MEIO DO CAMINHO, TEVE QUE ATRAVESSAR A PLANTAÇÃO DE CAFÉ. ELE ESTAVA QUASE CHEGANDO EM SEU SÍTIO. DE REPENTE, OUVIU GEMIDOS VINDOS DO MEIO DA PLANTAÇÃO. ENTÃO, SAIU CORRENDO EM DIREÇÃO À CASA.
− TEM ALGO LÁ FORA! - GRITOU ZEZINHO PARA SUA ESPOSA. − VEM
RÁPIDO!
ZEZINHO E SUA ESPOSA CHEGARAM RAPIDAMENTE NA PLANTAÇÃO,
MAS NÃO VIRAM NADA. SEGUIRAM UMA TRILHA E AVISTARAM UM AMIGO, QUE JÁ ERA FALECIDO, COMO UM CORPO SECO. ZEZINHO LEMBROU QUE O HOMEM BATIA NOS PRÓPRIOS PAIS QUANDO ERA MAIS NOVO E, POR ISSO, A TERRA NÃO O ACEITOU DEPOIS DE MORTO.
ZEZINHO E MADALENA CORRERAM DE VOLTA PARA CASA.
JÁ ESTAVA PERTO DO AMANHECER E, QUANDO O GALO CANTOU, O
CORPO SECO SUMIU.
LUCA MACHADO ANDREOLI
NOS ANOS DE 1600, EM UMA FAZENDA ANTIGA, MORAVA O LUCA CACO COM SEUS PAIS E SUAS SEIS IRMÃS. ELE ERA O SÉTIMO FILHO, E MENINO.
EM UMA NOITE DE LUA CHEIA, LUCA CACO FOI DAR UMA VOLTA NA FAZENDA E TRANSFORMOU-SE EM LOBISOMEM.
O LOBISOMEM CORREU PARA A ESTRADA DE TERRA E VIU ALGUMAS PESSOAS VINDO DA ESCOLA. ERAM PESSOAS QUE ESTUDAVAM A NOITE.
AS PESSOAS CORRERAM COM MEDO DO LOBISOMEM. DIZIAM QUE O LOBISOMEM MATAVA GENTE. ENCONTRARAM UMA IGREJA ANTIGA E SE TRANCARAM LÁ DENTRO.
AS UNHAS GRANDES DO LOBISOMEM COMEÇARAM A ARRANHAR A PORTA DA IGREJA.
O LOBISOMEM COMEÇOU A UIVAR: – AAUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!!!!
O ARTHUR PEREIRA, QUE ESTAVA DENTRO DA IGREJA, ABRIU A PORTA E MOSTROU UMA CRUZ PARA O LOBISOMEM.
O LOBISOMEM CORREU PARA O LADO DA PORTEIRA E DESAPARECEU.
MARINA CUNHA VILLANACCI / OLIVIA QUARTIM A. PEDROSO / VICTORIA ROBLES NAZARÉ
JÁ FAZ UNS 100 ANOS QUE ISSO ACONTECEU, EM UMA NOITE FRIA DO
MÊS DE JULHO.
LÁ EM REDENÇÃO DA SERRA, AS MENINAS CLARA, TONHA E TINA,
ERAM MUITO AMIGAS, MORAVAM NO MESMO SÍTIO, EM UM BAIRRO POBRE E HUMILDE. TINA ERA UMA MENINA ÓRFÃ, QUE HAVIA SIDO ADOTADA, E NINGUÉM SABIA COMO SEUS VERDADEIROS PAIS HAVIAM MORRIDO.
CERTO DIA, AO ANOITECER, AS TRÊS DECIDIRAM SAIR DE CASA ESCON-
DIDAS DE SEUS PAIS PARA IREM À UMA FESTA DE UM DESCONHECIDO. NO CAMINHO, ENCONTRARAM UMA CASA VELHA, ABANDONADA E BEM HORRIPILANTE. NA JANELA TINHA UMA MULHER PÁLIDA, DE CABELOS ESCUROS E USAVA UMA ROUPA BRANCA, BEM ENCARDIDA E VELHA.
NO MEIO DO SILÊNCIO, TONHA SUGERIU QUE AS TRÊS ENTRASSEM NA
CASA, MAS TINA DISCORDOU, FALANDO QUE ERA ARRISCADO. QUEM SERIA AQUELA MULHER? MAS, TONHA, TEIMOSA DO JEITO QUE ERA, ENTROU, JUNTO DE CLARA E TINA, QUE FORAM OBRIGADAS A IR JUNTO, POIS ELAS NÃO QUERIAM FICAR SOZINHAS.
QUANDO AS MENINAS ENTRARAM, NOTARAM QUE ALI NÃO HAVIA
NADA. A SALA ERA ESCURA E FRIA, O QUARTO ERA SURPREENDENTEMENTE ABAFADO E TINHA UMA JANELA QUEBRADA. ELAS ACHARAM ESTRANHO QUE SÓ TINHAM ESSES CÔMODOS NA CASA, E A MULHER, QUE VIRAM NA JANELA, NÃO ESTAVA LÁ.
QUANDO SAÍRAM, ENCONTRARAM UM HOMEM CORTANDO O MATO,
NO QUINTAL DA CASA, E PERGUNTARAM PELA MULHER QUE AVISTARAM NA JANELA. ELE RESPONDEU:
− ESSA MULHER QUE VOCÊS DESCREVERAM, ERA A MINHA IRMÃ… MAS
ELA MORREU JÁ FAZ UNS 50 ANOS.
AS MENINAS VOLTARAM CORRENDO PARA CASA, ASSUSTADAS, ATRÁS
DE SEUS PAIS. CLARA, TONHA E TINA NUNCA MAIS OUSARAM SAIR DE CASA SOZINHAS.
PEDRO BENATTI MIN / RAFAEL VIEIRA DE CASTRO
ISSO ACONTECEU JÁ FAZ MAIS OU MENOS 25 ANOS, EM UMA NOITE
ESCURA, LÁ EM REDENÇÃO DA SERRA.
PERTO DO VELHO SÍTIO DE TONHO, HAVIA UMA ESTRADINHA DE BAR-
RO QUE DIZIAM SER ASSOMBRADA, E VÁRIAS PESSOAS JÁ TINHAM RELATADO TER VISTO VULTOS POR LÁ
EM UMA NOITE ESCURA, DE LUA CHEIA, CISCO FOI ATÉ O SÍTIO DE
TONHO, SEU AVÔ, PARA VISITÁ-LO. NO CAMINHO PELA ESTRADA, ELE FOI PARADO POR UM GRITO AMEDRONTADOR DE UMA PESSOA MUITO ASSUSTADA. COM MEDO, OLHOU LIGEIRAMENTE PARA O LADO, MAS NÃO VIU NADA. SEM SABER O QUE ACONTECEU, SEGUIU SEU CAMINHO RAPIDAMENTE.
AO CHEGAR NA CASA DE SEU AVÔ, CONTOU O QUE HAVIA ACONTE-
CIDO NA NOITE E, SEU FAMILIAR, LEMBROU DE UMA VELHA HISTÓRIA PARA LHE CONTAR. O MENINO, JÁ PRONTO, SENTOU-SE PARA OUVIR...
HÁ MUITO TEMPO, EM UMA VELHA ESTRADA DE TERRA, MEU BISAVÔ,
BERTO, ESTAVA RONDANDO PELA SERRA E SE DEPAROU COM UM GRITO AMEDRONTANTE DE UMA PESSOA. DEPOIS DE ESCUTAR TANTA GRITARIA, CORREU ATRÁS DO GRITO PARA TENTAR ENTENDER O QUE ESTAVA ACONTECENDO.
CHEGANDO LÁ, VÔ BERTO SE DEPAROU COM UMA MULHER DESMAIA-
DA, CHEIA DE MACHUCADOS ESPALHADOS PELO CORPO. DESESPERADO, CORREU DE VOLTA PARA ONDE MORAVA, MAS, NO CAMINHO, DEU DE CARA COM UM VULTO, GRANDE, ASSUSTADOR E COM UM ROSTO DEFORMADO.
SEM TER O QUE FAZER, TENTOU ENFRENTAR A FIGURA, MAS INFELIZ-
MENTE, FOI ARREMESSADO CONTRA O CHÃO E CAIU DESMAIADO.
CISCO, MUITO ASSUSTADO, DISSE AO AVÔ QUE IA EMBORA PARA SUA
CASA.
NO CAMINHO DE VOLTA, O NETO OUVIU NOVAMENTE UM GRITO, SÓ
QUE DESTA VEZ, MUITO PERTO. ELE VIU, APROXIMADAMENTE A 3 METROS DE DISTÂNCIA, UM VULTO ESCURO, PARECIDO COM O QUE SEU TONHO HAVIA DESCRITO, E DEPOIS DISSO, FOI ELE QUEM GRITOU...
DEPOIS DESSA ESTRANHA NOITE, CISCO FICOU ESQUISITO, QUASE NÃO
FALAVA E NÃO VOLTOU MAIS PARA A CASA DE TONHO, SEU AVÔ.
NUNCA MAIS FOI O MESMO.
AGRADECEMOS A JOSÉ CARLOS LOLLO E BLANDINA FRANCO, POR DEDICAREM UM TEMPO, PRECIOSO, PARA NOS PRESENTEAR COM A ILUSTRAÇÃO DA CAPA E TAMBÉM POR DAR “FORMA”AO NOSSO PROJETO. AGRADECEMOS A NOSSA QUERIDA PROFESSORA, SANDRA, POR NOS APRESENTAR O GÊNERO DE SUSPENSE E MISTÉRIO, AJUDAR COM A CORREÇÃO DOS NOSSOS CAUSOS E POR FAZER A LEITURA DO LIVRO QUE NOS INSPIROU.