Caderno do Professor - Histórias da Minha Terra

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CADERNO DO PROFESSOR

Ministério da Cultura apresenta Instituto Cultural Vale apresenta e patrocina
INTRODUÇÃO 2 A oralidade como registro histórico 3 O papel da leitura na Educação Patrimonial 4 ATIVIDADE DE PREPARAÇÃO Metáforas visuais 6 ATIVIDADE 1 Contando histórias 8 ATIVIDADE 2 Nossas tradições 11 ATIVIDADE 3 É nome ou apelido? Estamos no mapa 14 ATIVIDADE 4 O início de tudo 17 ATIVIDADE 5 Encontros com a malhada 20 ATIVIDADE 6 Real ou imaginário? 23 ATIVIDADE 7 Mandando mensagens 25 CONCLUSÃO Fechando o livro e abrindo caminhos 28
Índice

Histórias da minha terra, um livro feito a muitas mãos, ou melhor, por ouvidos atentos. Escutar e registrar vivências pessoais, para contar a história que não se registra em cartórios ou documentos oficiais.

Como Canaã dos Carajás se tornou o que é hoje? Pelos braços de pessoas que decidiram apostar em uma nova vida, desbravadores de uma região antes inabitada. Coragem, sonho, expectativas, molas que impulsionaram os chamados colonos, ou pioneiros, que compartilharam suas memórias, estas que se transformaram em contos e agora podem ser conhecidas por todos que nasceram nessas bandas ou para lá migraram há pouco tempo.

Este caderno traz atividades para que você conduza a leitura em sala de aula com seus estudantes de forma interdisciplinar, combinando manifestações artísticas, para criar um momento prazeroso em que os estudantes percebam com todos os sentidos que ler pode ser divertido.

Nossa proposta é “ler de olhos abertos” procurando detalhes, não apenas na escrita, mas nas sensações que as palavras podem causar, percebendo os personagens e cenários detalhados, além das ilustrações do livro que colaboram com o imaginário do leitor.

Acreditamos que um bom leitor de livros será um bom leitor do mundo, com pensamento crítico, e vai crescer entendendo seu papel em sua comunidade. Trazer histórias locais colabora com a noção de pertencimento, une pessoas por suas origens, levanta questões sobre onde queremos estar, juntos, na convivência em sociedade.

Professor(a)
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Vamos viajar no tempo, encontrar paisagens, pessoas, seus costumes e tradições para descobrir o que mudou e o que permaneceu nessa terra que acolheu cerca de 1.500 famílias que chegaram na década de 1980 e são, hoje, 50 mil habitantes.

A oralidade como registro histórico

O uso de entrevistas para construir o passado é parte da chamada

História Oral, metodologia que surgiu entre os anos de 1940 e 1950, nos Estados Unidos. Esse critério legitimou o uso de entrevistas com pessoas que podem ter testemunhado fatos, acontecimentos e modos de vida no mundo contemporâneo. Assim, a História Oral deu espaço para múltiplas vozes: mulheres, trabalhadores, imigrantes, vítimas de guerras, entre outras pessoas comuns, visto que suas experiências não eram registradas nos documentos oficiais.

Praticamos a História Oral para estudar a vida em sociedade, tomando como base a memória dos entrevistados. O pesquisador utiliza um roteiro de perguntas que não é fixo, mas maleável. Toda a conversa é captada por um gravador, com a autorização do entrevistado, e o conteúdo é transcrito, assim, o pesquisador começa a estudar as falas do entrevistado, seu discurso, sua respiração, seus silêncios e suas pausas.

A História Oral modificou a noção de documento histórico, utilizando não apenas as lembranças, mas também imagens, biografias, diários, jornais, objetos pessoais, entre outros elementos, numa tentativa de enriquecer os depoimentos coletados e reconstruir vivências e experiências na contemporaneidade, cruzando as informações das entrevistas com outros documentos e com os dados do período histórico de sua pesquisa.

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O resultado da pesquisa e das análises, geralmente, é organizado em um texto e publicado em um meio físico ou virtual. Para a elaboração do livro Histórias da minha terra, depoimentos que continham ingredientes poéticos, curiosos e divertidos foram transformados em contos, utilizando o método da História Oral. Nas últimas páginas do livro, você poderá conhecer mais sobre as pessoas que, gentilmente, abriram as portas das suas casas para que essa construção histórica fosse possível.

O papel da leitura na Educação Patrimonial Professor(a), faça a seguinte pergunta para seus estudantes: se eles tivessem uma máquina capaz de levá-los para qualquer lugar do mundo, algum canto do universo, ou até para outro tempo, para onde iriam? Infelizmente, essa máquina ainda não foi inventada, mas temos algo que cumpre bem a função de viajar no tempo e no espaço: o livro!

Ao ler as primeiras linhas…pronto: já fomos! Sem carimbo no passaporte, somos transportados, uma combinação de palavras cria um cenário na nossa imaginação. Em uma mesma história, múltiplas sensações são despertadas, nos emocionamos, torcemos e vivenciamos os acontecimentos com os personagens. Entretanto, tudo isso só é possível se abrirmos o livro. Parece uma ação simples? Pode até ser, mas ela é poderosa!

Nas páginas do livro Histórias da minha terra, há uma reunião de contos que trazem a “cor local”. A paisagem, os animais e as pessoas dessa terra são o cenário e os personagens do livro, assim como as expressões faladas pelo povo e as lembranças de Canaã dos Carajás antes do asfalto, do supermercado e da energia elétrica. Tudo isso é registro de Patrimônio Imaterial.

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Para o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional)

são consideradas patrimônio imaterial “aquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas)”.

O registro escrito dos “causos” dos moradores de Canaã dos Carajás no livro Histórias da minha terra é um exemplo de registro do Patrimônio Imaterial. O incentivo à sua leitura tem o poder de valorizar as tradições e os modos de vida da comunidade e contribui para que suas histórias continuem atravessando gerações.

O IPHAN define a Educação Patrimonial como uma construção pedagógica que vê no Patrimônio Cultural, tanto material quanto imaterial, sua fonte primária de conhecimento e enriquecimento individual e coletivo. Ela tem como objetivo estreitar vínculos de afeto entre as comunidades e seu Patrimônio Cultural, assim como fortalecer os sentimentos de identidade e cidadania.

A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9.394/96) destaca a importância do trabalho educativo que ressalta características regionais e de culturas locais que compõem nosso país. Refletir sobre cultura na sala de aula é falar sobre nossas vidas, sobre as muitas formas de entender o mundo e nosso próprio cotidiano. Todos nascemos em algum lugar, falamos alguma língua, construímos e participamos de tradições com a família ou os amigos. Porém, cada um constrói sua própria rede de sentidos e significados para o que os cercam. A Educação Patrimonial na escola proporciona trocas e conhecimento. O registro e a leitura são caminhos para ela.

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ATIVIDADE DE PREPARAÇÃO

Metáforas visuais

Professor(a), antes de iniciar nosso percurso, é interessante informar aos estudantes que não é só o escritor que conta a história do livro. A ilustração e o projeto gráfico caminham junto do texto para criar narrativas, personagens e cenários, nos permitindo adentrar no universo da obra. Imagine como seria o livro se os textos não estivessem ilustrados.

O ilustrador Camilo Martins, além das cores, paisagens e expressões culturais presentes nos contos, também utiliza metáforas visuais que nos dão dicas do que aconteceu na história.

Um exemplo está no conto Dourado e doce em que o ilustrador traz a dualidade entre a cor do mel e a do ouro. Notem o desenho das mãos apertando o favo de mel, ele remete ao movimento de extração de uma pepita de ouro, e as duas atividades estão presentes na trajetória do entrevistado Luiz Pereira Rodrigues.

Também no conto Cachorro grande em noite de lua cheia, que narra o momento em que a protagonista se depara com uma onça, a ilustração mostra a silhueta de um animal em uma noite estrelada, mas, ao prestarmos atenção no céu, veremos que algumas estrelas têm o formato das manchas do pelo da onça.

Ou seja, as metáforas visuais são um recurso para fazer com que os próprios elementos que compõem a imagem tragam as ideias presentes no texto. Antes de ler o texto do livro com os estudantes, experimente

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fazer uma leitura das imagens com a turma e veja quantas informações sobre o enredo é possível descobrir. Depois, experimente criar metáforas visuais com os estudantes a partir da realidade em que vivem.

Vamos lá!

1) Selecione uma ilustração do livro. Pergunte o que está acontecendo nas imagens e incentive as diversas interpretações.

2) Tente identificar com os estudantes alguns recursos usados pelo ilustrador em relação a cor, forma, textura, traço e tema. Você pode fazer perguntas como: existe diferença na paleta de cores entre os contos que se passam de dia e as histórias que se passam à noite?

3) Destaque as metáforas visuais nas ilustrações, ou seja, aponte onde algum elemento aparece fazendo alusão a outros elementos da história.

4) Proponha ao grupo criar novas ilustrações para os contos, usando outras metáforas visuais de acordo com suas vivências diárias e os locais onde vivem.

5) Reserve um tempo para que os alunos compartilhem as imagens produzidas entre si e analisem as escolhas uns dos outros, identificando os recursos utilizados. A análise das imagens produzidas pode levantar temas diversos, como urbanização, tradição e meio ambiente, e pode inspirar atividades interdisciplinares para aprofundar as histórias do livro em sala.

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ATIVIDADE 1

Contando histórias

Conto: O fantasma da estrada

Como o nome já revela, esse é um conto que pode dar uma pontinha de medo. A “noite ventosa” esconde um vulto branco que assustou todos e deu um “refugo” no cavalo, que disparou em velocidade. Nós, leitores, nos armamos de coragem, junto com o protagonista para um final que reserva uma surpresa no texto, que traz uma mistura de alívio e humor.

Este livro está organizado em contos. Vamos conversar com os estudantes, sobre a estrutura do conto e sobre as palavras escolhidas para contar as histórias. Em seguida, vamos pedir para que cada um conte uma memória e, em seguida, a escreva em forma de conto, incluindo gírias atuais.

Vamos lá!

1) Apresente alguns contos populares, Câmara Cascudo e Silvio Romero, grandes folcloristas brasileiros escolheram esse formato para mostrar as tradições do nosso povo. Mesmo que não tenham trazidos relatos, mantiveram, muitas vezes, as vozes das pessoas que ouviram para recolher os contos registrados.

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Manter o “sotaque”, trazendo regionalismos da fala, faz com que o leitor se sinta dentro da história, como se estivesse ouvindo também aquela pessoa que contou a história.

2) Geralmente, os contos são textos curtos e estruturados em apresentação com descrições do cenário, tempo, personagens, depois o desenvolvimento que mostra o “problema” ou a situação “clímax” do ocorrido e o fechamento, que conta como o personagem principal resolveu ou encerrou o caso.

3) Peça para que os estudantes se lembrem de algo que aconteceu, pode ter sido na infância, ou uma memória atual, o importante é pensar a organização do texto e, para isso, vamos sugerir algumas perguntas que podem guiar a redação dos contos.Vamos relacionar as lembranças com locais da cidade. De acordo com a estrutura base sugerida, vamos às perguntas:

• Quando aconteceu?

• Onde aconteceu?

• Quem estava lá?

• Como eram as características daquelas pessoas? Podem ser físicas ou emocionais, o que for mais relevante para o desenrolar da narrativa.

• Qual foi o problema encontrado? Como os personagens lidaram com o ocorrido? Detalhe suas reações.

• Elabore o fechamento do texto, procurando alinhar a uma sensação. Procure palavras que passem o sentimento vivido pelos personagens no momento em que vivenciaram o fato descrito.

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4) Procure no livro exemplos de fala local, palavras que não estão no dicionário, mas que têm seu significado conhecido pelos moradores. Peça que os estudantes façam uma lista e conversem em casa, procurando com seus familiares sinônimos ou sentidos para as palavras encontradas no livro. Essa pesquisa vai ser fundamental para que os estudantes reconheçam sua própria linguagem. Quais são as gírias que caíram em desuso, quais ainda são faladas e quais as que foram incorporadas e inventadas pela geração atual?

5) Depois dos textos prontos, vamos compartilhar!

• Podemos ler em sala, dividindo as experiências vividas não só nas histórias, mas, também, de como se deu a organização e a redação de cada conto.

• A turma pode juntar os textos em um livro com ilustrações para abertura de cada conto e depois compartilhar com os outros estudantes da escola.

• Uma sugestão é a turma realizar apresentações para as séries mais novas, já que essa troca é motivadora para ambas as partes: para os pequenos, é um incentivo acompanhar as conquistas e a trajetória dos estudantes mais velhos, e para os maiores, é um desafio que traz uma experiência única de apresentar sua produção textual, dando vida com sua voz, seu corpo e sua intenção, trazidos no papel de contador de histórias.

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ATIVIDADE 2

Nossas tradições

Contos: O fantasma da estrada, A roça e o rio, Dourado e doce e Poço de desejos, lagoa dos milagres.

Nos contos do livro, vemos relatos de quem chegou e teve que trabalhar com a terra, a economia girava em torno das culturas de arroz, milho, feijão e da cadeia do leite e do gado de corte. Depois da descoberta de jazidas minerais de cobre, níquel e ferro no município, Canaã dos Carajás começou a receber trabalhadores para a implantação de minas e usinas de beneficiamento e processamento do minério.

Cada lugar conta suas histórias também por suas receitas e costumes religiosos. Cada família tem seus hábitos, mas quando se juntam com os dos vizinhos, do bairro, da cidade, viram saberes tradicionais daquele povo.

Plantar e colher foi ação dos pioneiros, que chegavam nessa terra e dependiam do próprio esforço para ter comida em cima da mesa. Vamos ler os contos e depois conversar com a turma sobre o que colocamos na mesa atualmente, e em quais momentos, e sobre o que é preparado para as festividades comemoradas na cidade. Vamos criar um livro de receitas, indicando os familiares responsáveis pelas comidas e as datas em que as famílias se reúnem para degustar essas iguarias recolhidas pela turma.

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Vamos lá!

1) Peça para os estudantes lerem os seguintes trechos em voz alta:

Página 8: “Tinham ido comprar açúcar, fumo, macarrão e alguns legumes, que não cultivavam na horta de casa. Levavam queijo, requeijão e doce de mamão para vender.”

Página 10: “Daniel botou uma roça quando chegou na VP-13, estrada que passa por Vila Bom Jesus. Tirou o mato, foi tratando de roçar com foice e plantou melancia, maxixe, abóbora, feijão e milho. O milho deu bom de espiga. Um milhão bonito que só vendo. Logo vendeu uns cinco sacos para um cabra conhecido, que ia fazer pamonha para vender em uma festinha da igreja. Era também muita abóbora, quando olhava assim, era tudo vermelhinho de abóbora.”

2) No conto Dourado e doce, o protagonista fala do mel na sobremesa e o costume da família de fazer vela com cera de abelhas, que deixava um cheiro agradável em casa. Já a família de Poço de desejos, lagoa dos milagres, tomava café com beiju. Em ambos os contos, existem descrições de dar água na boca!

Página 21: “Voltaram os dois para casa. Zé Baliza ia pegar ferramentas e contar as boas novas para a esposa.

Ao chegarem, a mãe tinha tirado leite e tinha cheiro de café recém-passado. A mesa estava posta e as irmãs comiam beiju. A notícia trouxe só felicidade.”

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Página 23: “Como bom nordestino, seu Benedito seguia a tradição: mel não podia faltar. Muito menos na Semana Santa. Na mesa, o costume era servir galinha, ovo, carne de porco ou bode. Peixe era raro, dificilmente se pegava uma trairinha num córrego. Junto com a proteína, completavam o prato arroz e feijão, um feijão com abóbora, bem temperado com manteiga de leite, aquela manteiga da nata da coalhada.”

3) Peça para que os estudantes se lembrem das festividades comemoradas na cidade: podem ser festas religiosas ou datas comemorativas do município. Quais as comidas especiais? E quais as comidas de todo dia que também se fazem especiais por serem receitas de família?

4) Os estudantes vão conversar com seus familiares para pegar o passo a passo das receitas, incluindo os dados a seguir:

• Nome da receita;

• Data em que a preparam;

• Qual a pessoa que cozinhava;

• Quem relembrou a receita;

• Ingredientes;

• Modo de preparo.

5) Com os resultados em mãos, vamos criar um livro de receitas da turma, que pode ter fotos dos pratos, das mesas arrumadas ou ilustrações feitas pelos estudantes. Sugerimos que o livro circule entre as famílias dos estudantes, para que todos conheçam e partilhem as receitas tradicionais da região.

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ATIVIDADE 3

É nome ou apelido?

Estamos no mapa

Contos: Uma questão de fé e A cidade que desapareceu do mapa.

Em quase todos os contos, os personagens são apresentados por seus apelidos. Alguns curiosos, como o protagonista Nego Padre de Uma questão de fé. No entanto, nos chama atenção que os moradores também apelidaram o local onde moravam. Vimos no conto A cidade que desapareceu do mapa a nomeação da Vila que foi ignorada por seus moradores. Vamos pedir para os estudantes pesquisarem apelidos de familiares e bairros, vamos pensar o motivo que os nomeou dessa forma, tanto as pessoas quanto os locais que são conhecidos de formas diferentes do nome original. A Vila de Racha Placa não existe mais no mapa, vamos pensar na cidade de hoje e construir um mapa diferente, com o território afetivo ao qual pertencemos.

Vamos lá!

1) Peça para os estudantes lerem os seguintes trechos em voz alta:

Página 31: “O moço era de ter muita fé, devoto do Divino Pai

Eterno e de Nossa Senhora Aparecida, que era a padroeira da Vila Racha Placa, povoado que existiu, mas não existe mais.

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O tal moço batizado como Valdivino era conhecido em todo canto como Nego Padre, mas era padre, não. Ele e uns colegas trabalhavam na igreja lendo o Evangelho e falando sobre Jesus, então o povo dizia: ‘Olha ali o Nego Padre’.”

Página 49: “Entre os primeiros moradores de Racha Placa estavam seu Américo, Zé Goiano, Jeremias, seu Nego Padre, seu Ivanir e Divino Rosca. Este último tinha esse nome porque era experiente em fazer canga de madeira para carro de boi. Fazia o encaixe certinho do pescoço do animal e usava a madeira da árvore que por lá chamam de rosquinha.”

Página 52: “Eles se reuniram, um disse: Amercolândia, outro sugeriu Bom Jardim, mas nenhum desses nomes agradou. Foi quando ocorreu de homenagearem um funcionário da Vale de nome Mozart, que os ajudava. Concordaram na escolha de Mozartinópolis. Acontece que o nome terminou por ficar registrado só no papel, porque, na hora mesmo do batismo, um colono já anunciou: ‘Aqui não é Mozart, é o Racha Placa!’. Um dia, os colonos se surpreenderam com uma placa de muitos metros fincada onde todos passavam. Devia de ser grande para todo mundo ler sem dificuldade o escrito: ‘Proibido roçar, caçar e pescar’. O povo não gostou de ser cerceado em suas práticas. Uns homens juntaram, derrubaram e cortaram a placa todinha, de pedacinho em pedacinho. Foi daí que veio o nome de Racha Placa.”

2) Peça para os estudantes se apresentarem: eles são conhecidos também por outro nome? Procurem no livro outros personagens com apelidos, muitos acompanham a justificativa para o uso. Inclusive, nas últimas páginas, na parte de apresentação dos entrevistados, vários incluem o apelido pelos quais são conhecidos na região.

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3) Em seguida, peça para que se lembrem de familiares que utilizam apelidos no lugar do nome. Se não souberem as justificativas, peça para que perguntem às suas famílias o motivo do chamamento.

4) Peça para que procurem, no entorno da escola, nas ruas onde vivem e no bairro, locais que são chamados não pelo nome oficial, mas por apelido. Podem ser lojas de serviços e comércio também.

5) Comparem as listas para ver se existem nomes repetidos e façam ilustrações que possam representar figurativamente tanto o nome das pessoas quanto o dos locais.

6) Em um papel grande, uma cartolina ou no papel quarenta quilos, desenhe uma representação do município de Canaã dos Carajás, posicione a escola no mapa. Recorte as ilustrações dos nomes e as posicione no mapa de acordo com a região onde as pessoas vivem ou a localização dos estabelecimentos. Não precisa ser uma representação fiel, o mural nos dará uma visibilidade geral

ATIVIDADE 4

O início de tudo

Contos: Um boi na sala de aula, Por um punhado de terra e A cidade que desapareceu do mapa.

Professor(a), converse com os estudantes sobre o significado da palavra mudança. Leve um dicionário ou procure pela internet.

1- Ação ou efeito de mudar; muda, mudamento. 2- Ação ou efeito de fazer passar ou transportar alguém ou alguma coisa de um lugar para outro. 3- Os móveis e todos os outros objetos que são transferidos de uma moradia para outra. 4- REG (SC) Família ou pessoa que se muda. 5- Variação das coisas de um estado para outro. 6- Modificação ou alteração de sentimentos, ideias ou atitudes. 7- Alteração ou variação climática decorrente das estações do ano ou das condições meteorológicas.

8- Substituição de alguém ou de algo por outro.

fonte: https://michaelis.uol.com.br

O dicionário pode dar vários significados, mas quem passa por mudanças é quem sente seus efeitos. Vindos de diversas partes do país, os colonos trouxeram poucos pertences e muita esperança de dias melhores.

O livro Histórias da minha terra se faz a partir de memórias de pessoas que se mudaram e vivenciaram muitas mudanças. Vamos pedir que os estudantes procurem as histórias de seus familiares, quais mudanças enfrentaram para constituírem o que hoje são suas casas, seus trabalhos e suas famílias em Canaã dos Carajás.

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Vamos lá!

1) Peça para os estudantes lerem os seguintes trechos em voz alta:

Página 32: “Na boleia do caminhão, iam só o motorista e o filho, mas na traseira, amontoados como dava, estavam os pertences de seis famílias. Parecia muita coisa para o espaço reduzido, mas o moço dizia que tinha lugar até para levar uma casa. Pelejaram, coube o que havia. Por cima de tudo, foi o colchão de casal, era ortopédico, e Severa não queria largar para trás.”

Página 13: “Aparecida dava aulas em uma classe multisseriada: na mesma sala ficavam alunos de anos escolares diferentes e de idades variadas. Isso foi no tempo em que não havia muitos professores na cidade e não se podia organizar as turmas como se deve. A mesa feita a facão era alta e não atendia às crianças menores. Nos dois únicos bancos de tábuas sentavam-se até dez alunos. A lousa era só um pedaço, porque tinha chovido e estragado o restante.”

Página 52: “No começo, chamavam ali só de Serra Norte, mas, conforme o povoado foi prosperando – as casas, já de tijolos, uma escola com professor, merendeira e boletim, campo de futebol, postinho de saúde, umas poucas ruas de terra e igrejinha –, os moradores entenderam que já era hora de batizar com nome de cidade.”

2) Nestes trechos, visualizamos a viagem de uma família, as dificuldades iniciais de quem acabara de chegar e, também, as transformações, frutos do trabalho e das conquistas dos primeiros moradores da região.

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3) Peça para a turma ler atentamente os perfis de cada entrevistado, de onde vieram, seus trabalhos, a trajetória de cada um.

4) Vamos fazer entrevistas e criar biografias. Peça aos estudantes para conversarem com os familiares mais velhos, investigando suas origens e como era a região no momento de sua chegada. As perguntas a seguir podem ajudar no relato do entrevistado:

• Quando chegou a Canaã dos Carajás?

• Como foi a mudança, o percurso até aqui?

• Veio sozinho ou com família?

• Como era a cidade? O que mudou de lá pra cá?

• Qual o seu trabalho na época? Continuou no mesmo ofício?

• Como era a sua primeira casa?

• Estão ainda no mesmo local?

• Quantas pessoas fazem parte de sua família hoje?

• Qual seu maior feito ou orgulho nesse percurso?

5) Peça aos estudantes para montar fichas dos seus entrevistados com nome, foto e dados recolhidos nas entrevistas. Faça uma exposição em um corredor ou outro espaço da escola e convide os demais estudantes para compartilharem os resultados. As famílias também podem fazer parte desse momento.

6) Outra ideia é ir para o mundo virtual. Que tal criar uma página da turma em uma rede social e compartilhar a pesquisa? Não se esqueçam de marcar o perfil da Sapoti Projetos Culturais, editora do livro, com o @sapotiprojetosculturais.

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Encontros com a malhada

Contos: A roça e o rio, No mato com cachorro e Cachorro grande em noite de lua cheia.

Não tem jeito. Conforme as pessoas vão abrindo cidades no meio da floresta, que é morada dos bichos, encontros inesperados tendem a acontecer. Muitos são os relatos de moradores que encontraram com a onça, o maior felino brasileiro que vive nas regiões da Amazônia, do Pantanal, do Cerrado e da Mata Atlântica. No livro, temos encontros variados, daqueles colaborativos, os inventados pelo medo e até os inesperadamente desencontrados. Após a leitura, vamos recriar as cenas em teatro de sombras com o uso de recursos sonoros.

Vamos lá!

1) Peça para os estudantes lerem os seguintes trechos em voz alta:

Página 11: “A malhada era grande. Daniel, vendo aquela arrumação, disse: ‘Menino, vou tirar um pedaço dessa anta pra gente comer’. Daniel e Rio Grande ficaram lá aguardando a bicha se satisfazer. Também apetecia aos dois carne de caça, e um naco da anta no churrasco ia cair bem. Quando a onça ficou de bucho cheio e se embrenhou pela mata, os dois correram para buscar o quarto do bicho que a pintada tinha largado para trás, antes que outros animais brigassem pelo quinhão deles. Valeu esperar, nesta tarde, além dos legumes e do feijão, tiveram carne no prato e também se fartaram.”

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Página 17: “David, que sem falsa modéstia, se dizia um tanto mais destemido, se aproximou levando uma espingardinha muito sem-vergonha. Deu uns primeiros tiros, errou e pediu para buscarem na casa outros cartuchos. Aí o Áureo, que era o mais fortão, mas também o mais medroso, perguntou, de longe, que bicho era. ‘É anta!’, respondeu o David, mas o amigo entendeu que era onça.”

Página 29: “Novamente ela pensa: ‘Meu Deus, o que é isso? Que cachorro grande’. Ainda bem que Deus deu o pensamento de que era um cachorro, porque, se tivesse imaginado que era onça, ela tinha era corrido, gritado e feito movimento brusco.”

“Quando foi no dia seguinte Maria contou a história para o vizinho. E ele: ‘Irmã, você teve sorte. Você quase foi comida por uma onça!’. Nessa chegou à mente de Maria das Chagas tudinho. E ela foi ficar com medo da onça depois que a bicha já tinha se ido embora.”

2) Divida a turma em grupos, os estudantes vão se organizar: enquanto uns se dedicam à produção dos objetos, outros vão compor a sonoridade das cenas.

3) Para as sombras: peça para listarem os personagens do conto e desenharem silhuetas para cada um. O ideal é pensar características que mudem os recortes como chapéu, um pode ser mais alto, outro, mais gordinho. Sombras com recortes vazados feitos com estilete ficam bem bonitas, e os detalhes ajudam a passar uma impressão melhor dos desenhos. Peça para manusearem com cuidado para ninguém se machucar. Os cenários, como árvores, casas e demais elementos, também deverão ser cortados.

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Prenda os recortes em palitos de churrasco, levando em conta como será a entrada de cada um, colando pelo lado, se a manipulação acontecer pela lateral, ou por cima, se a entrada das peças for encaixando pelo topo da caixa cênica.

4) Para a sonorização: peça para que levem materiais reciclados para a sala: garrafas, latas, isopor, plástico. Se pensarmos bem, tudo faz um som! É só testar e ver com o que se parece. No cinema, muito do que escutamos é incluído depois das filmagens, com a sonoplastia que insere sons de abrir portas, passos apressados, chuva, vento. Pedaços de plástico amassado, caixas com um punhado de areia, até batuques pelo corpo.

Incentive os estudantes para que experimentem materiais para compor a ambientação e a sonoridade das cenas.

5) A caixa cênica: pode ser uma única para todas as apresentações. Pegue uma caixa de papelão grande, recorte o fundo, deixando uma aba lateral, e cole um pedaço de papel-manteiga. Use as laterais da caixa como apoio para deixá-la em pé. Você precisará de uma fonte de luz no fundo para iluminar o teatro, que pode ser uma lanterna ou luminária de mesa.

6) Com tudo pronto, faça um ensaio para combinar a narração, a entrada das silhuetas e a sonorização e, em seguida, realize as apresentações. Os estudantes podem filmar com os celulares para também conseguir ver o resultado final de suas produções originais.

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Real ou imaginário?

Contos: O bicho que anda nas matas e Fusquinha da alegria

Lendas e mitos cercam o imaginário dos brasileiros, não só das crianças na hora de dormir, mas também de adultos, pessoas que moram mais perto da mata. São histórias de seres encantados que às vezes fazem o bem, outras não, que podem defender a natureza ou pregar peças nos moradores da região. Tem gente que jura que já viu, outros que não acreditam e aqueles que morrem de medo. Vamos nos lembrar de alguns personagens que fazem parte da oralidade da região de Canaã dos Carajás.

Vamos lá!

1) Peça para os estudantes lerem os seguintes trechos em voz alta:

Página 37: “Tinha sempre causo de onça, anta e cobra, e muita era a curiosidade pelo ‘capelobo’, criatura que só tinha no Pará. O povo dizia que era um bicho virado de indígena velho, do tamanho de uma anta, só que mais veloz. O focinho comprido assim como o do tamanduá, danado de peludo e bebedor de sangue. Soltava poderosos rugidos e deixava um rastro redondo, como fundo de garrafa – era uma criatura medonha.”

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Página 46: “Estrada de terra, vento e poeira, uma combinação perfeita: chegava todo mundo com os cabelos vermelhos, parecendo curupira. Às vezes, o carro quebrava na estrada e o povo aproveitava para entrar nas matas para colher o ouriço da castanha-do-pará.”

2) Pergunte aos estudantes quais histórias já ouviram, contadas pela família e ou amigos que moram no município. Quais outros seres fantásticos “existem” além do capelobo?

3) Essa investigação pode se estender para casa. Peça que os jovens conversem com os integrantes mais velhos da família ou vizinhos moradores da rua e do bairro. Qual o nome, seus costumes, é um ser que faz o bem?

4) Depois de descobrir outros mitos, vamos organizar um álbum do folclore local, organizando desenhos, detalhando a personalidade desses seres imaginários e histórias ouvidas pelos estudantes

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Mandando mensagens

Contos: Um anjo na TelePará e A cidade que desapareceu do mapa

Os estudantes de hoje já nasceram cercados pela tecnologia: celulares, computadores e internet. É difícil até imaginar profissões de antigamente e a ausência dessas “novidades” tão comuns atualmente.

Na década de 1990, os celulares chegaram nos grandes centros do Brasil, mas, em regiões mais afastadas, ainda eram as telefonistas que realizavam as ligações. Como vimos no conto Um anjo na TelePará, a funcionária tinha que conhecer todos os moradores, e fazia parte de sua rotina anotar recados e atender a chamados de emergência às altas horas da noite.

Já no conto A cidade que desapareceu do mapa, outra estranheza pode ser criada: com a falta de notícias, sem aparelhos de televisão, muito menos computadores, os moradores dependiam dos programas de rádio para acompanhar as notícias de outros lugares ou do restante do país.

Vamos conversar sobre essas diferenças e refletir como mandamos mensagens atualmente. Trocamos as longas e esporádicas cartas recheadas de detalhes por mensagens instantâneas, muitas vezes com pouco significado.

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Vamos lá!

1) Peça para os estudantes lerem os seguintes trechos em voz alta:

Página 42: “Jocênia, que conhecia bem as letras e os números, foi contratada, junto com acolega Sandra, para o cargo de telefonista. Na época, ninguém por ali sonhava em ter telefone em casa, e só mais tarde instalaram, além do posto, outras linhas nas fazendas Umuarama e Pouso do Sol. O mais comum, na ocasião, era que os moradores recebessem novidades por carta e, de emergência, viajassem para uma cidade vizinha para ligar. ”

Página 51: “Para saber notícias do resto do Brasil, só pelo rádio de pilha. Nunca teve energia em Racha Placa: alumiavam a escuridão lamparina, lanterna ou vela. Pegava só o sinal da Rádio Nacional, de Brasília. O programa ‘Você de lá, eu de cá’ ia ao ar à noite, com muita música sertaneja e recados que os ouvintes enviavam para todo o país. Em dia de jogo de futebol, reuniam muitos em torno do aparelho. Pilha era artigo de luxo que os colonos compravam em Xinguara.”

2) Vamos conversar sobre o tema Memórias virtuais.

Pergunte como os estudantes se comunicam hoje em dia:

redes sociais, whatsapp, youTube. São tantas ferramentas online… O que os estudantes compartilham nessas plataformas?

Fotos, vídeos e pouco texto. Provavelmente, foram essas as conclusões obtidas na primeira reflexão.

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3) Vamos propor a escrita de cartas! Os estudantes vão escrever à mão acontecimentos do seu dia a dia e escolher um amigo para enviar um envelope por correio. Peça para que troquem endereço com CEP e postem as cartas, anotando o dia do envio. O conteúdo deve ser surpresa (sem spoiler!). As cartas podem ter fotos impressas, ingressos de cinema, folhas de árvores recolhidas no caminho ou uma borrifada de perfume. Antigamente, as cartas eram especiais, um momento esperado entre amigos que trocavam novidades e também confidências.

4) Ao receber as cartas, vamos conferir quanto tempo levou para serem entregues nas residências. Reúna a turma e converse sobre a experiência, o longo processo de enviar e receber notícias, e um “gostinho” de como era ser adolescente na década de 1990.

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Fechando o livro e abrindo caminhos

Professor(a), neste caderno, trouxemos reflexões sobre o papel das pessoas na construção de Canaã dos Carajás, sugestões de atividades que ligam a discussão dos temas tratados pela Educação Patrimonial com o livro Histórias da minha terra, por diferentes caminhos.

Seja por imagens ou pelas narrativas, vemos como Histórias da minha terra pode ser usado como ferramenta para formar jovens críticos, participativos e sensíveis às transformações do lugar do qual fazem parte.

Durante meses, pudemos escutar a comunidade e conversar sobre como a trajetória de cada um esteve ligada à de Canaã dos Carajás. Como você veio para cá? Com quem? O que esperava quando chegou aqui? Questionamentos como esse foram a porta de entrada para mostrarmos que temas como Cultura, História e Memória fazem parte do nosso dia a dia.

A produtora

Sapoti é uma fruta tropical, bem doce e com cor de terra. A palavra em português tem um ritmo divertido e dinâmico de se ouvir. Quando nos perguntam o porquê de escolhermos Sapoti, respondemos que o nome tem ligação com as raízes brasileiras, nossa história, patrimônio e cultura.

A Sapoti Projetos Culturais acredita que o conhecimento pode ser construído e compartilhado de forma criativa. Livros, espetáculos, séries animadas e ações educativas em Museus

CADERNO DO PROFESSOR

Redação

Flavia Rocha

Helena Young

Ilustrações

Camilo Martins

Design gráfico

Gabriel Victal

Revisão

Sol Mendonça

A partir do livro

de Daniela Chindler

produção realização patrocínio
CULTURA MINISTÉRIO DA

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