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NUTRIÇÃO

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ESPAÇO AMPLIPHAR

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O CHOCOLATE SUSCITA PAIXÕES… É O DOCE POR EXCELÊNCIA, A TENTAÇÃO MAIS IRRESISTÍVEL… SE GOSTA DE CHOCOLATE, ALEGRE-SE, PORQUE HÁ MUITAS RAZÕES PARA O CONSUMIR.

TODOS OS BENEFÍCIOS DO CHOCOLATE

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MAIS DO QUE UM SIMPLES ALIMENTO, o chocolate é um verdadeiro capricho. Já lhe atribuíram qualidades místicas, curativas e, inclusive, de moeda de troca no antigo império azteca. Desde que Cristovão Colombo o trouxe para a Europa, o chocolate consolidou-se com um doce por excelência.

No entanto, apesar do seu reconhecido sabor, o chocolate foi rotulado de “pecado dietético”.

NÃO É ASSIM TÃO MAU

Os nutricionistas tentam, atualmente, recuperar a imagem deste alimento, recordando que não há alimentos maus nem bons em si mesmos, desde que consumidos em quantidades moderadas.

Considera-se que o consumo de cacau, nas suas diversas variedades, é recomendável, conquanto não se abuse. Nos últimos anos, surgiram numerosos estudos a tentar demonstrar os benefícios do chocolate e a realçar que as suas virtudes são mais do que os seus defeitos.

Reduzida percentagem de CAFEÍNA

Muitas pessoas associam o chocolate à cafeína, embora a contenha em quantidades muito reduzidas: uma tableta inteira de chocolate tem a mesma cafeína que uma chávena de café. Também contém teobromina, mas que está presente numa pequeníssima quantidade, pelos que os seus efeitos são mínimos. A conclusão é que seria necessário consumir muitos quilos de chocolate para que este provocasse insónias ou outros problemas nervosos.

Na verdade, o segredo de comer chocolate consiste em saber parar. Quando se come com moderação, não constitui perigo para nenhuma dieta, podendo, pelo contrário, ser benéfico. Recomenda-se, sim, escolher os chocolates com maior concentração de cacau – 60 ou 70% –, dado que, quanto mais cacau conter, menos gordura proporcionará.

RICO EM NUTRIENTES

O chocolate e os derivados do cacau são ricos em gorduras, hidratos de carbono, proteínas e vitaminas, nutrientes que proporcionam uma grande quantidade de energia ao organismo.

Os principais componentes da semente do cacau são as gorduras e os hidratos de carbono. As gorduras provêm da manteiga de cacau, a qual contém uma grande percentagem de ácido esteárico, um ácido gordo saturado que, ao contrário dos seus congéneres, não aumenta o nível de colesterol no sangue.

Como alimento, o chocolate negro é nutricionalmente mais adequado, em especial aquele que contém 70% ou mais de cacau na sua composição, em detrimento das gorduras. Contudo, o mais consumido é o chocolate de leite, que apresenta maior quantidade de gordura e açúcar, pelo que é algo menos saudável.

O chocolate fornece vitaminas A e B e minerais, como cálcio, fósforo, ferro, magnésio, cobre e potássio, além de uma importante dose de fibras. Por sua vez, o chocolate de leite fornece um extra de cálcio. O ácido fólico e a tiamina ou vitamina B1 do cacau são nutrientes indispensáveis para a regulação do metabolismo.

O chocolate também fornece outras substâncias como a teobromina, principal alcaloide do cacau, a qual, apesar de ser da família da cafeína, tem um menor poder estimulante.

Por outro lado, o chocolate contém compostos fenólicos, que contribuem para evitar a oxidação do colesterol no sangue e já foram cientificamente relacionados com a prevenção de perturbações cardiovasculares e a estimulação das defesas do organismo.

Contém, ainda, antioxidantes, que têm efeito em todo o organismo, para além de serem, por natureza, poderosos agentes antienvelhecimento. Também é importante assinalar que o chocolate contém um tipo concreto de antioxidante com a capacidade de reduzir o risco de contrair certos tipos de cancro.

O chocolate revela um índice glicémico relativamente reduzido. Isto é, uma vez ingerido, o açúcar no sangue aumenta lentamente e não de forma tão imediata, como costuma suceder com outros alimentos ou bebidas açucaradas. Contudo, existe o chocolate sem açúcar, apto para consumo por diabéticos.

NÃO PROVOCA DEPENDÊNCIA

Está cientificamente comprovado que o chocolate não provoca dependência, porém, devido ao seu agradável sabor e aroma, estimula todos os nossos sentidos, pelo que gera a necessidade de o comermos. Além disso, inclui na sua composição uma substância, a feniletilamina, que tem a propriedade de imitar a hormona que produzimos quando estamos apaixonados. Este facto pode explicar porque é que comer chocolate nos faz sentir, fisicamente, tão bem. Finalmente, o chocolate também estimula a libertação de endorfinas, que são os opiáceos naturais do organismo e que provocam grande sensação de bem-estar. De qualquer modo, nenhuma destas substâncias está presente em quantidade suficiente para que o chocolate possa ser considerado um alimento que gera dependência. A BEM DA SAÚDE

Diversas investigações têm procurado limpar a imagem do chocolate e demonstrar que não é tão nefasto como se pensava. Destacam-se, em seguida, algumas das principais conclusões desses estudos, as quais asseguram que este saboroso alimento constitui, em muitos casos, um precioso aliado da saúde.

4Protege o coração

Os flavonoides contidos no chocolate parecem reduzir o tempo de coagulação do sangue, algo que pode diminuir o risco de ataques do coração e derrames cerebrais.

Um estudo da Universidade de Harvard, sobre 800 homens com mais de 65 anos, descobriu que aqueles que consumiam habitualmente chocolate – embora em quantidades moderadas – viviam, em média, mais um ano, comparativamente com os que nunca provavam este alimento. O fenómeno parece ficar a dever-se aos compostos antioxidantes presentes no chocolate.

4Previne as cáries

Um artigo publicado no New Scientist refere um composto que se encontra na semente do cacau, o qual pode ajudar a travar a decomposição dos dentes, protegendo-os dos ataques da placa bacteriana. O composto estudado pode encontrar-se, também, no chocolate e na manteiga de cacau.

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