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GRAVIDEZ

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NUTRIÇÃO

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[SAÚDE GRAVIDEZ]

Dores mais comuns

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NA GRAVIDEZ, O CORPO da mulher passa por muitas alterações físicas e, consequentemente, podem ocorrer dores localizadas ou generalizadas, que podem surgir em períodos específicos ou persistir ao longo de toda a gestação. As dores mais habituais são as cefaleias, a dor na parte inferior do abdómen ou virilhas, dor nas costas, dor e mal-estar nas pernas e nos pés, dor mamária e dor uterina.

DORES DE CABEÇA

As dores de cabeça – ou cefaleias – são comuns durante a gravidez, sobretudo no primeiro trimestre. Ocorrem como consequência de um aumento da produção das hormonas sexuais, da pressão arterial alta ou do aumento da tensão nervosa.

Por vezes, pode ocorrer uma diminuição temporária da pressão arterial, causando hipotensão, a qual, associada a uma hipoglicemia, é responsável por dores de cabeça associadas a enjoos.

DOR NA PARTE INFERIOR DO ABDÓMEN OU VIRILHAS

Estas dores são mais frequentes a partir do segundo trimestre e ocorrem quando os ligamentos e os músculos que envolvem o útero são esticados e ganham expressão à medida que a gravidez avança. Caracte-

DURANTE A GESTAÇÃO

rizam-se por serem dores curtas, fortes e lancinantes, mas também podem ser dores contínuas, sentidas na parte inferior do abdómen ou das virilhas.

A melhor forma de aliviar esta dor consiste em a grávida mover-se lentamente e ir alternando a sua posição.

DOR NAS COSTAS

Surgem na sequência do aumento da tensão nas costas. Para aliviar as dores nas costas, é aconselhável usar calçado confortável, evitar longos períodos em pé, corrigir a postura ao dormir ou ao sentar-se, não fazer esforços nem transportar ou levantar objetos pesados.

Por vezes, a partir da segunda metade da gravidez, podem ocorrer contrações ocasionais do útero, as chamadas contrações de Braxton-Hicks. Embora sejam pouco frequentes, irregulares e não provoquem demasiado incómodo, estas contrações podem estar associadas a dor na zona inferior das costas.

DOR NAS PERNAS E PÉS

As dores e os incómodos nas pernas e pés surgem em consequência do aumento de peso que ocorre ao longo da gestação. Além disso, as hormonas que surgem durante a gravidez relaxam os ligamentos da zona inferior das costas e os dos joelhos, tornando-os mais vulneráveis a lesões.

Em consequência do aumento do tamanho do útero, este pode exercer pressão sobre alguns nervos, o que causa endurecimento e sensação de formigueiro tanto nos pés como nas mãos. Esta sensação é bastante frequente, mas desaparece após o parto.

DOR MAMÁRIA E DOR UTERINA

O útero é um órgão muito elástico, um músculo que dilata bastante com a evolução da gravidez, provocando desconforto. Também os seios da mulher aumentam de tamanho, tornando-os mais pesados e sensíveis.

CÃIBRAS

Não se sabe, com exatidão, porque surgem as cãibras durante a gravidez, embora se apontem, como possíveis causas, a falta de cálcio e de potássio, bem como o cansaço e a pressão que o útero exerce sobre alguns nervos.

Para prevenir estas incómodas dores, pode fazer este exercício, antes de ir para a cama: sente-se com as pernas esticadas e desenhe 20 círculos com as pontas dos pés, primeiro para um lado e, depois, para o outro; em seguida, na mesma posição, flita lentamente os tornozelos e os dedos dos pés em direção ao nariz.

Se apesar disto, acordar com uma cãibra, tente fazer este mesmo exercício ou apoie o calcanhar no chão e dê pequenas pancadas com ele. Uma boa massagem na zona dorida, ascendendo desde o tornozelo até à parte posterior do joelho, também ajuda a relaxar o músculo contraído.

A ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA PARA O ESTUDO DA DOR LEMBRA AS DORES QUE OCORREM MAIS FREQUENTEMENTE NA GRAVIDEZ E OS CUIDADOS A TER PARA EVITAR QUE PERSISTAM NO PÓS-PARTO.

ALTERAR ALGUNS HÁBITOS

A maioria das dores sentidas durante a gravidez são fisiológicas e surgem na sequência da própria gestação, mas outras dores podem ser patológicas e desencadeadas por infeções ou doenças. A maioria das perturbações que causam dor durante a gravidez têm resolução, mas devem ser acompanhadas clinicamente.

A grávida deve alterar alguns hábitos, atividades e posições para aliviar ou evitar agravar a dor. Em muitos casos, caminhar pode aliviar a dor, bem como fazer exercícios de relaxamento e alongamentos.

DORES DE COSTAS: as mais frequentes

As costas curvam-se, à medida que o ventre aumenta de tamanho e na mesma direção, ou seja, para a frente. Olhe-se ao espelho, de perfil, e compreenderá. O aumento de peso faz com que o centro de gravidade se desloque e o seu corpo tenta recuperar o equilíbrio, arqueando a coluna lombar para a frente e levando os ombros para trás. Em consequência disso, o alinhamento das vértebras modifica-se e as articulações ressentem-se. As hormonas também têm a sua responsabilidade: a relaxina faz com que todos os músculos e ligamentos estejam mais relaxados do que o habitual, incluídos os que unem as vértebras.

Na maioria dos casos, as dores de costas têm a sua origem na zona lombar – lombalgia –, embora possam estender-se para ambos os lados das costas e dificultar a realização de muitas tarefas quotidianas.

Se a dor provém da parte superior do glúteo e se estende até à zona superior da coxa ou da perna, trata-se de ciática. É uma dor mais intensa e acutilante, embora não seja contínua, como a da lombalgia. Deve-se, por um lado, à tensão do nervo ciático, devido à posição forçada do sacro, pelas razões que acabámos de explicar; e, por outro, à pressão do útero sobre o nervo.

Quanto à dorsalgia, é a dor da parte superior das costas, que as grávidas forçam, ao deslocarem os ombros e a cabeça para trás.

Exercícios, massagens ou qualquer outra técnica que escolha, para aliviar a sua dor de costas, será inútil, se não adotar posturas mais saudáveis: n ao andar e quando estiver em pé, mantenha a cabeça e o pescoço erguidos e relaxe os ombros. Para evitar a tendência a arquear a coluna para trás, tente não “empinar” a barriga; n os saltos ideais são os de 3 a 4 cm; não se devem usar saltos mais altos nem tão pouco sapatos rasos, durante muito tempo; n ao sentar-se, leve os glúteos até ao final do assento e mantenha as costas direitas, apoiando a cintura e ancas nas costas da cadeira. Afaste ligeiramente as pernas; n evite deitar-se de barriga para cima; se o fizer, flita os joelhos e apoie as plantas dos pés na cama; n agache-se dobrando os joelhos e separando um pouco as pernas, em vez de o fazer dobrando a cintura, com as pernas direitas. Se tiver de levar sacos pesados, reparta-os entre ambas as mãos.

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