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NUTRIÇÃO

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GRAVIDEZ

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escolaEM TEMPO DE Alimentação

ESTÁ NAS MÃOS DOS PAIS FAZER DO FUTURO DOS SEUS FILHOS UM LUGAR SAUDÁVEL, SEM A TERRÍVEL OBESIDADE QUE LHES VAI TRAZER PROBLEMAS DE DIABETES E DE CORAÇÃO, DE HIPERTENSÃO E DE AUTOESTIMA DIMINUÍDA, ENTRE TANTAS OUTRAS COMPLICAÇÕES.

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OARRANQUE DE MAIS UM ANO escolar pode ser o início de mais uma dor de cabeça para os pais no que respeita à alimentação das crianças. Porém, se as escolas tiverem o cuidado e o bom senso de oferecer refeições saudáveis e equilibradas, pensadas para as exigências energéticas das crianças, tanto ao nível físico como intelectual, os pais podem ficar apenas com a preocupação de um bom pequeno-almoço e um jantar adequado.

Antes de confiarem a alimentação dos seus filhos à escola, os pais devem procurar informar-se do tipo de ementas que estão pensadas para o ano letivo. Há que ter em atenção a quantidade de carne vermelha que é servida, quantas refeições de peixe e de aves, que tipo de sobremesas existem (doce ou fruta), quantas peças de fruta irão comer na escola e, muito importante, a quantidade e o tipo de vegetais que irão fazer parte das refeições.

COMPOSIÇÃO DA DIETA

Uma criança em idade escolar, além de estar a crescer fisicamente, está a desenvolver funções intelectuais. É importante haver hidratos de carbono na sua dieta (como pão, cereais e massas), vitaminas, minerais e fibras (de legumes e frutas), bem como proteínas (como leite, queijo, frango, peru e leguminosas, evitando as carnes vermelhas, na medida do possível).

Também é importante garantir que a criança não consome mais calorias do que aquelas que gasta, pelo que é fundamental adequar a quantidade de alimento ao exercício físico que pratica. Se for uma criança que tem pouca atividade física, passando mais tempo sentada, deve ter menos calorias do que outra que passe muito tempo a correr e a jogar à bola. Neste campo, entra também a gestão inteligente do açúcar, bolos e guloseimas que são postos ao dispor da criança. Não faz mal comer um pão-de-leite ao lanche, mas a pastelaria com creme, bolos e biscoitos industriais embalados devem ser evitados e guardados só para ocasiões especiais. É importante lembrar que um simples queque não tem apenas açúcar, também tem um elevado teor de gordura, por isso deve ser consumido com bom senso.

IMPORTÂNCIA DO PEQUENO-ALMOÇO

Uma dos aspetos importantes na alimentação da criança é um bom pequenoalmoço, que deve incluir pão ou cereais, com leite ou iogurte. Um alimento de excelência para a primeira refeição do dia são as tradicionais papas feitas com flocos de aveia, pelo que vale a pena acordar 10 minutos mais cedo para poder confecionálas. A aveia é rápida de fazer e é muito nutritiva. Tem ferro, proteínas, minerais (cálcio, magnésio, fósforo, ferro, e zinco), vitaminas (rico em B1, B2, B3 e E), hidratos de carbono e fibra. Fornece energia, é remineralizante, reconstituinte e um bom revitalizante mental.

Comece bem o dia e aproveite para fazer um pequeno-almoço de aveia para toda a família. Junte uma peça de fruta e estão todos preparados para o trabalho, para o estudo e para as brincadeiras.

COMER PARA SER SAUDÁVEL

Devemos sempre lembrar-nos que somos o que comemos. Não há dúvida de que a alimentação é a base de toda a saúde e é ela que vai definir em boa medida, não só a qualidade com que vivemos, mas também a longevidade que vamos ter.

O nosso corpo é um mundo, um organismo vivo onde o equilíbrio é fundamental para que tudo funcione bem. Átomos, células, moléculas, tecidos, todos dependem de um estado de nutrição e de equilíbrio energético que conduza a um bom nível de saúde.

Ao contrário do que é vulgarmente aceite, a saúde não é apenas ausência de doença. É um estado que representa boas condições físicas, psicológicas, emocionais e afetivas.

Para que a nossa mente esteja bem, o nosso corpo tem de estar saudável e forte. Para o nosso corpo estar bem, as nossas células têm de estar bem alimentadas, com todos os nutrientes essenciais ao seu bom funcionamento.

A alimentação é o principal veículo de nutrientes para o nosso organismo. O que de bom e de mau acontece dentro do nosso corpo está diretamente dependente da forma como o alimentamos. A obesidade ou a má nutrição são reflexos da forma como comemos.

OS TEMPOS MUDARAM

A obesidade é uma condição que continua a crescer e a preocupar os organismos que regem a saúde, apesar dos apelos da moda para uma imagem escanzelada. Mas, afinal, que fenómeno é este?

É simples. É um fenómeno que começa bem cedo, na infância da maior parte das pessoas. Se por um lado nos olhamos ao espelho e vemos sempre aqueles quilos a mais que a moda diz que não devemos ter, por outro lado olhamos para as nossas crianças e achamos que estão “tão magrinhas”. E ficamos preocupados. E aumentamos a dose de comida, até ficarem mais “redondinhas” e com “bom aspeto”. De repente, quando damos por nós, as crianças estão gordas.

Pelo caminho, esquecemo-nos que os tempos mudaram. As crianças já não brincam na rua, pouco andam de bicicleta, já não vão a pé para a escola, os pais levamnas de carro ou a carrinha do colégio vai buscá-las, os pais não têm tempo nem paciência para as levar aos poucos parques que existem e onde podem correr um pouco. Agora é a época da tecnologia, do computador, dos tablets e smartphones....

Pelo caminho, trocámos a dieta mediterrânica, rica em fruta, legumes, peixe e azeite, pelas comidas pré-cozinhadas ou de consumo rápido, como as pizzas, hambúrgueres, pastéis industriais, salsichas, bolachas, batatas fritas de pacote e milhentos bolos e bolinhos.

É importante escolher produtos que os miúdos gostem e que estejam habituados a consumir em casa

A CULPA NÃO É DAS CRIANÇAS

Não podemos culpar as crianças pela crescente obesidade infantil a que estamos a assistir (mais de 30% das crianças portuguesas têm excesso de peso e mais de 10% são obesas!). Afinal, não são as crianças que vão fazer as compras ao supermercado.

São os pais que enchem as despensas e frigoríficos de comida pouco saudável, tornando facilmente acessíveis os doces e as gorduras prejudiciais.

São os pais que recompensam os filhos oferecendo-lhes um chocolate, ou as suas bolachas com creme preferidas, em vez de uma bola de futebol.

Está nas mãos dos pais fazer do futuro dos seus filhos um lugar saudável, sem a terrível obesidade que lhes vai trazer problemas de diabetes e de coração, de hipertensão e de autoestima diminuída, entre tantas outras complicações.

Está nas mãos dos pais alimentar saudavelmente os seus filhos, tornando-se também eles saudáveis.

Comece hoje a cuidar da sua saúde alimentar e de toda a sua família, ensinando também os seus filhos a comer bem

5 DICAS para preparar a lancheira

1.Marmita térmica, leve e fácil de transportar – Uma marmita térmica, leve e fácil de transportar é o ideal para facilitar a vida aos miúdos, uma vez que eles próprios já andam carregados com o material escolar. Tendo em conta que o lanche é comido ao longo do dia, é o melhor recipiente para manter os alimentos frescos. 2.Colocar na lancheira um produto de cada grupo alimentar – Para repor as energias entre a sala de aula e as brincadeiras, a lancheira deve conter uma porção de proteína, como iogurte, hidratos de carbono, como pão integral, vitaminas e minerais presentes nos legumes e fruta (sempre da época) e líquidos para hidratar, como a água ou sumos naturais. Evite sumos com açúcares adicionados. 3.Preparar a lancheira na noite anterior – Para poupar tempo na preparação das refeições, o ideal é fazê-lo na noite anterior, desde que os alimentos fiquem bem condicionados. Uma boa sugestão será pedir ajuda aos miúdos, por exemplo escolherem qual a fruta que querem levar no dia a seguir, tornando-os mais conscientes e autónomos das suas escolhas. 4.Incluir opções de snack saudáveis – Manteiga de amendoim com maçã, frutas desidratadas, mix de frutos secos (sem açúcar ou sal) são boas sugestões que, para além de serem saudáveis, saciam por um longo período e são uma boa alternativa às bolachas ou aos cereais açucarados. 5.Optar pelos alimentos preferidos das crianças – É importante escolher produtos que os miúdos gostem e que estejam habituados a consumir em casa, mas é necessário fugir, de vez em quando, à rotina, introduzindo novos alimentos que despertem o interesse dos mais novos.

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