Suplemento cultural de MILENIO
LABERINTO ENTREVISTA
ENSAYO
GUADALUPE ALONSO CORATELLA
VÍCTOR NÚÑEZ JAIME
Prefiero los cambios graduales: Alma Guillermoprieto
El Nobel que nació periodista Foto: EFE
SÁBADO 22 DE SEPTIEMBRE DE 2018 AÑO 15 - NÚMERO 797
Una conversación con Éric Vuillard Melina Balcázar Moreno/ FOTOGRAFÍA: JOËL SAGET/ AFP
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Es difícil saber si los dos hombres que el 24 de marzo asumieron la tarea bárbara de bombardear a sabían que eran víctimas de Kosovo sus cruzados. Uno es el madrileño destinos Madariaga, secretario general Javier Solana de la Organización del Tratado del Atlántico Norte (OTAN), un humanista de cincuenta y siete años, catedrático de Física y sobreviviente ileso de ministerios homicidas: Cultura,tres Educación y Asuntos Exteriores. En el ámbito de sus numerosos amigos se muestra siem- pre como es: un intelectual que no pa- rece barba- do, sino mal afeitado por las prisas del insom- nio, que conoce a fondo la magia de la conversación y ha leído bien y en serio todos los libros que se deben leer, y muchos que no se debe. Lo raro es que no haya escrito ninguno ni confesado nunca sus versos de amor. Goza de la fama mundial muy merecida de ser el hombre más pródigo en sonrisas y abrazos, al extre- mo de que un amigo suyo ha dicho que es capaz de abrazar hasta un poste de la energía eléctrica. Sin embargo, las pocas veces en que baja la guardia, sus ojos lo delatan como un poeta triste y propenso a la soledad.En el ámbito de la vida sabe guardar las distancias con política cada quién según su propio criterio, y siempre cortesía seductora de su tío abuelo con la don Salvador de Madariaga. Pero también tiene fama de ser colérico cuando el motivo lo vale, y de decir lo que mirar a quién. Su contradicción piensa sin más grave ha sido manifestarse a gritos contra el ingreso de España a la OTAN, flamante secretario general en y ser hoy su pie de guerra. En fin: un civil nada común, que parecía incapaz de matar una mosca, embargo ha cumplido sin vacilación y sin la orden militar más azarosa de este siglo. El único consuelo que nos queda es creer que aquel acto brutal a sus amigos no fue un designio de su corazón, sino una putada de su mala suerte.
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Ilustración: Alfredo San Juan