A
revista
da
Pequena
Empresa
no
Paraná
Revista trimestral | nº 1 | Ano 1 | Fevereiro de 2008
De Olho no
Futuro
Nova Diretoria anuncia o alinhamento estratégico de 2008 - 2010: a meta é triplicar o número de atendimentos e atingir todos os municípios do Estado.
E mais: Conheça a atuação do Sebrae nos setores vitais para a economia do Paraná
Histórias de Pequenas Empresas que encontraram soluções no Sebrae
Para futuros empreendedores
e empresários de micro e pequenas empre sas, a palavra Sebrae pode ter vários signifi cados, como apoio, orientação e sucesso . Entre outros benefícios, no Sebrae você tem as melhores soluções para sua empresa crescer e evoluir com o aces so à informação e ao conhecimento. Procure o Sebrae da sua
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2 Revista Soluções sebrae
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Capa: De Olho no Futuro
Entrevista: A Nova Diretoria Soluções Empresariais
Editorial
Sebrae no Paraná expande atendimento.
É com enorme satisfação que começamos o ano iniciando os trabalhos com um novo produto: a Revista Soluções Sebrae, uma publicação do Sebrae no Paraná. O veículo, que será trimestral, nesta sua primeira edição aproveita o período de renovação da instituição e apresenta seus três novos diretores, os planos de trabalho e as significativas metas desses novos tempos. A matéria de capa deste primeiro número, por exemplo, foi pautada na visão de futuro do Sebrae e do seu importante papel, cada vez mais presente, no desenvolvimento sustentável da economia do Estado. A revista ainda traz a palavra dos diretores em três entrevistas que mostram, de maneira sintética, o que eles pensam sobre os novos desafios do atual momento da história paranaense. Numa seqüência lógica, as demais editorias da revista se dividem nas soluções de atendimento preconizadas pela instituição e pelos setores estruturais priorizados pelo Sebrae na sua atuação para os próximos anos. São matérias que mostram tendências de mercado, cases de empresas, soluções e os programas do Sebrae. Todas são motivos para uma leitura atenta porque, além de casos de sucesso, informam e mostram a maneira pela qual estes exemplos e estratégias podem chegar até você. Quem sabe o próximo case de sucesso possa ser o seu. Uma Boa Leitura O Editor
Soluções Estruturais/Vestuário Empresas do Vestuário encontram na criação de marca forte a saída para driblar a concorrência.
Soluções Estruturais/Turismo e Artesanato Pequenas empresas investem em cooperativismo e cultura empreendedora.
Soluções Estruturais/Agronegócio Sebrae no Paraná quer levar ao homem do campo soluções que agreguem valor aos produtos primários e promovem novos negócios.
Soluções Estruturais/Varejo Expediente
Conjuntura Positiva ajuda no crescimento do setor varejista, mas cresce também a competição.
Coordenação Geral Unidade de Marketing e Comunicação do Sebrae no Paraná
Soluções Estruturais/Construção Civil
Gerente Interina Cristiane Almeida sebrae@pr.sebrae.com.br http://asn.sebraepr.com.br
Depois de muitos anos com baixos índices o setor retoma as rédeas do crescimento.
Soluções Estruturais/Tecnologia da Informação - Software
Editora Ecocidade Rua 13 de Maio, 92 - cj 25 Centro - Curitiba/PR CEP - 80020-941 Tel (41) 3322-8868
Pela alta capacidade de geração de empregos, Sebrae planeja dobrar o número de empresas atendidas no setor.
Jornalismo e Arte - Editora Ecocidade Jornalista Responsável | DRT 05397 Bernardo Staviski bernardo@ecocidade.com.br
Soluções Sistêmicas Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas: nova Legislação cria melhor clima para o desenvolvimento dos pequenos negócios.
Impressão - Gráfica Capital Tiragem - 10.000 exemplares Periodicidade - Trimestral
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Palavra do Presidente
Palavra da Diretoria
Esforço coletivo, futuro promissor. Em 35 anos de história, é importante ressaltar o trabalho que o Sebrae e entidades parceiras realizam em prol das micro e pequenas empresas no Paraná. Formamos um colegiado que representa e defende, junto ao poder público e privado, a força dos pequenos negócios no desenvolvimento econômico do Estado. As parcerias são de grande valor nesse processo. Com elas, o Sebrae amplia sua capilaridade e, de forma cooperada, constrói soluções adequadas às pequenas empresas paranaenses. Nossa expertise, somada com a de nossos parceiros, auxilia os empresários na incessante busca pelo fortalecimento de seus negócios. Trabalhamos pela projeção das pequenas empresas no contexto socioeconômico paranaense. Por isso, lutamos por um ambiente favorável e por políticas públicas que beneficiem o setor. Queremos inserir as pequenas empresas no mercado, com condições de melhorias que garantam sua sobrevivência em um cenário empresarial cada vez mais competitivo. Nesta publicação, apresentamos à sociedade as diretrizes do Sebrae para alcançar, com uma gestão eficaz e comprometida, o fortalecimento dos pequenos negócios. Esforço esse que será levado também aos municípios de pequeno porte, que precisam caminhar juntos nesse processo de desenvolvimento. Esse é nosso papel no comando do Sebrae e esse esforço trará um futuro promissor. Fico satisfeito em estar na presidência do Conselho Deliberativo dessa entidade nesse momento em que o Sebrae tem tanto a oferecer para o fortalecimento dos pequenos negócios no Paraná.
Darci Piana Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae no Paraná
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Um compromisso com a sociedade.
As micro e pequenas empresas são a força motriz da economia no Paraná e no Brasil. A representatividade dos pequenos negócios pode ser traduzida por números e por sua relevância social. De todas as empresas formalmente constituídas no País, 99% são micro e pequenas empresas, responsáveis por 56% dos empregos com carteira assinada. Nesse cenário, o Sebrae no Paraná renova mais uma vez o seu compromisso, que é contribuir para o fortalecimento dos pequenos negócios. Com uma diretoria jovem e dinâmica, e em sintonia com o Conselho Deliberativo, estamos consolidando a construção de um Sebrae alinhado com as necessidades das micro e pequenas empresas paranaenses e coresponsável pelo desenvolvimento econômico e social do Estado. Por isso, trabalhamos com setores estruturais, que, com grande concentração de micro e pequenas empresas, representam a base da nossa economia, proporcionando a essas empresas acesso à inovação e ao avanço tecnológico, questões fundamentais para a sustentabilidade e competitividade dos pequenos negócios. Nossa estratégia prevê uma aproximação ainda maior com empresários e futuros empresários, ampliando a rede e a forma de atendimento. Temos o desafio de levar aos 399 municípios paranaenses as soluções do Sebrae para quem já é empresário ou quer montar uma empresa. Soluções que nasceram de discussões, de parcerias, de estudos e da paixão pela causa das micro e pequenas empresas. O Sebrae é a Casa do Empreendedorismo no Paraná. E o momento é agora. A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que contribuiu para criar melhores condições no ambiente da Pequena Empresa, facilitou a conquista da verdadeira “cidadania empresarial” por parte dos pequenos negócios. Os programas de formação de
líderes públicos e empresariais, que o Sebrae desenvolve com seus parceiros, contribuem para desenvolver líderes que atuem como protagonistas nesse processo de desenvolvimento. O incremento das nossas parcerias tem fortalecido ainda mais a rede que dá suporte aos pequenos negócios no Paraná. A ampliação da nossa capacidade de atendimento através de soluções inovadoras tornou possível para um número muito maior de empresários de micro e pequenas empresas e empreendedores contar com o apoio do Sebrae. As taxas de sobrevivência de Pequenas Empresas cresceram de forma significativa demonstrando inequivocamente seu maior preparo para competir e prosperar. Por estes e outros fatores, acreditamos num futuro promissor para os pequenos negócios paranaenses. Continuar atuando como protagonista de todo este processo é a razão de ser do Sebrae. Esse é o nosso compromisso.
Allan Marcelo de Campos Costa Diretor-superintendente do Sebrae no Paraná
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Capa | De olho no Futuro
O momento de trilhar
um novo caminho
O Sebrae é fruto do trabalho de homens e mulheres que acreditaram num esforço intelectual nascido ainda na década de 1960 em instituições como o BNDE – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico,
Uma delas foi o redirecionamento da instituição, na década de 1990, depois de aprovado o primeiro Estatuto da Microempresa e passada a crise institucional brasileira vivida com a transição democrática, altos índices inflacionários e planos macroeconômicos que tiraram o Brasil da chamada “década perdida”, com o qual a ação da entidade ganhou efetividade. Foi então que o antigo Ceag, unidade do Cebrae no Paraná, ampliou sua atuação e passou a chamar-se, a partir de 12 de abril de 1990, com a Lei 8.029, Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, nome que conserva até hoje. Chegar aos 399 municípios do Paraná, com soluções voltadas à abertura de empresas planejadas, à sustentabilidade dos pequenos negócios, à formalização, ao fortalecimento das MIT – Massachusetts Institute of Tec- cadeias produtivas e dos setores vitais nology e BRDE – Banco de Desenvol- para a economia, ao associativismo, à vimento do Extremo Sul, preocupadas disseminação do conhecimento em em garantir assistência gerencial às grande escala e à responsabilidade empresas brasileiras. O compromisso socioambiental, é o futuro que o Secom as micro e pequenas empresas brae no Paraná começa a trilhar. Em no Paraná começou oficialmente em números, isso quer dizer passar de 1972, com a inaugu2 milhões para 6 milhões de ração do Ipag – Ins- As oportunidades atendimentos, com qualidade tituto Paranaense em geral são iguais técnica e efetividade. de Assistência Ge- para todo mundo, O momento, para iniciar rencial à Pequena e mas nem todo esse processo, é agora. Foi Média Empresa, que mundo tira o mes- aprovado o segundo estatuto mais tarde veio a se mo proveito das para micro e pequenas emchamar Ceag – Cen- oportunidades que presas, a Lei Geral da Micro e tro de Assistência surgem. E é por Pequena Empresa, em dezemGerencial à Pequena isso que o Sebrae bro de 2006, como é conhecie Média Empresa do tem um importan- da e que se encontra em plena te papel no sentido fase de implantação em todos Paraná. Nesses 35 anos de preparar esses os municípios paranaenses. A de existência, o Se- empresários de economia retorna a um bom brae no Paraná pas- micro e pequenas momento. E uma nova equisou por fases deci- empresas para tipe formada por técnicos com rar proveito desse origem e formação no próprio sivas no trabalho de bom momento. transformação da reSebrae no Paraná está na direalidade empresarial. ção da entidade, com o vigor e
a energia que pressupõem qualquer arrancada seja na direção de um objetivo ou no comando de uma empresa ou instituição. O Sebrae no Paraná, por sinal, tem um papel bastante importante, fundamental até, neste bom momento na economia. O País está crescendo, as empresas estão crescendo, mais empregos estão sendo gerados: “Costumo dizer que as oportunidades em geral são iguais para todo mundo, mas nem todo mundo tira o mesmo proveito das oportunidades que surgem. E é por isso que o Sebrae tem um importante papel no sentido de preparar esses empresários de micro e pequenas empresas para tirarem proveito desse bom momento. Vamos ajudá-los a perceber quais são as oportunidades que estão surgindo e
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a se prepararem para elas com conhecimento, informação de ponta, com o que há de melhor, em uma linguagem acessível para o empresário”, afirma o diretor-superintendente Allan Marcelo de Campos Costa. “A nossa meta é que, em todas as pesquisas do Sebrae Nacional, o Sebrae no Paraná se apresente dentre os três melhores do País no ranking. Isso fará do Sebrae excelência nas soluções para as pequenas empresas, contribuindo na construção de um Brasil melhor”, acrescenta. Até pela relevância e importância do seu papel na dinamização da economia para, em última análise, transformar os rumos da pequena empresa, o preponderante é continuar a levar o Sebrae a um número cada vez maior de empresas. Bons resultados estão sendo obtidos. A última pesquisa de sobrevivência de micro e pequenas empresas, divulgada em 2007, aponta que 75% das empresas abertas conseguiram ultrapassar a barreira crítica dos dois anos de funcionamento, conseguindo criar alguma perspecti-
va de crescimento e A nossa meta é sas tenham acesso ao Sebrae desenvolvimento. É que, em todas e que utilizem suas soluções. bom lembrar que há as pesquisas do Pesquisas internas feitas pela cinco anos essa taxa Sebrae Nacional, o entidade mostram que com era inversa: 75%-80% Sebrae no Parao auxílio do Sebrae a taxa de das empresas que ná se apresente sucesso das micro e pequenas nasciam, mor riam dentre os três meempresas paranaenses chega antes de completar lhores do País no a 80%, percentual que ainda os dois anos. A inver- ranking. Isso fará pode crescer. “Uma das nossas são dessa taxa é em do Sebrae excelên- prioridades para os próximos função de um melhor cia nas soluções anos é aumentar a capacidade momento na econo- para as pequenas do Sebrae de chegar até essas mia, mas é também, empresas, contripequenas empresas. Evidentesem dúvida alguma, buindo na constru- mente, apenas ampliar a nosem função de uma ção de um Brasil sa capacidade de atendimenforte atuação do Se- melhor. to não é suficiente. É preciso brae. evoluir de forma sustentada, Por outro lado, mantendo o foco e a efetividaesses 25% de empresas que morrem, de das nossas soluções”, explica Allan de acordo com essa última estatís- Marcelo de Campos Costa. tica, não buscaram uma instituição A saída é contrabalançar as ações de apoio, dentre as quais a principal focalizando a atuação do Sebrae em delas: o Sebrae. O que isso sinaliza? dois grandes vieses: um, no viés da Qual é o único caminho viável massificação, ou seja, levar o Sebrae para aumentar essa taxa de até a pequena empresa com suas sucesso? A resposta soluções pré-formatadas”, solué aparentemente ções que já estão prontas e posimples: fazer com dem ser utilizadas pelo empreque essas empresário. O outro viés é a eleição
Da esquerda para a direita, Darci Piana, Vitor Roberto Tioqueta, Julio Cezar Agostini e Allan Marcelo de Campos Costa.
Capa | De olho no Futuro
O setor de Tecnologia da Informação/Software, por exemplo, foi escolhido como um dos setores a serem trabalhados por ter altíssimo potencial de desenvolvimento. O Paraná está se tornando um pólo de tecnologia, com a chegada de grandes empresas e o setor gera empregos altamente qualificados, com uma remuneração bastante atraente. É uma indústria não poluente e a possibilidade de se gerar emprego com baixo custo é efetiva. O setor de vestuário também foi escolhido porque é um dos mais importantes da economia paranaense. A moda no Paraná começa a ganhar espaço no cenário nacional e o Estado é o segundo maior pólo industrial de confecção do País.
Varejo. O Sebrae no Paraná vai continuar levando suas soluções para o comércio varejista paranaense. Umas das estratégias é a ampliação do VarejoMAIS, parceria de sucesso entre Sebrae e Fecomércio, levando-o às pequenas cidades do Estado. A expectativa do programa é dar um salto qualitativo e quantitativo, aumentando sua abrangência de 40 para mais de 100 cidades.
O setor da construção civil está altamente aquecido. O PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) vai gerar um movimento muito grande na construção civil e criar muitas oportunidades. É um setor onde é grande o número de pequenas empresas que se encontram na informalidade. O Sebrae, portanto, tem o papel de facilitar e de tornar viável que essas empresas se formalizem e dessa forma possam crescer e gerar empregos.
Turismo e artesanato foram escolhidos pelo potencial do Paraná como um estado que pode se transformar e já está se transformando num pólo de atrações turísticas. O Sebrae vai atuar no desenvolvimento e fortalecimento das empresas inseridas nesse mapa turístico, nas cinco regiões do Estado, levando em conta o turismo interno e externo. A idéia é dinamizar todo o Trade Turístico.
Agronegócio. O Paraná é um estado cuja economia depende fundamentalmente do agronegócio e, nesse caso, o papel do Sebrae é auxiliar e dinamizar o setor. O Sebrae no Paraná quer levar ao homem do campo soluções que agreguem valor aos produtos primários e promovam novos negócios, ampliado o acesso a redes de serviços tecnológicos e de inovação, com instrumentos de inteligência comercial e competitiva. A formação de lideranças no campo e a formação de uma rede de parcerias também são aspectos fundamentais para fortalecer o setor.
O Sebrae hoje
Para Okamotto, “Paraná é exemplo”
Foto| Márcia Gouthier
de setores prioritários da economia paranaense onde o Sebrae vai atuar a fundo com a intenção de transformar e dinamizar não apenas as empresas que atuam em cada setor escolhido, mas em dinamizar o setor como um todo. São setores com alto potencial de desenvolvimento e grande concentração de micro e pequenas empresas onde o Sebrae tem condições de fazer a diferença. São eles:
Em 35 anos de atuação, o Sebrae no Paraná é exemplo para todo o Sistema, com ações que contribuem para o fortalecimento dos pequenos negócios no Estado. O diretor-presidente do Sebrae Nacional, Paulo Okamotto, falou à Revista Soluções Sebrae sobre a atuação do Sebrae no Paraná. “A unidade do Paraná é um bom exemplo de competência e dedicação no apoio aos pequenos negócios, seja disseminando informação e conhecimento, estimulando a cultura empreendedora ou ajudando a desburocratizar”. Para Okamotto, o Sebrae no Paraná oferece “várias e inteligentes ferramentas para fortalecer as micro
e pequenas empresas, como a orientação correta para abrir o próprio negócio”. O diretor-presidente destaca a rapidez na abertura da empresa, com a Central Fácil; a conscientização dos entes públicos para a importância da pequena empresa no desenvolvimento regional, com o Programa de Estudos Avançados para Líderes Públicos. “O Sebrae no Paraná desenvolve parcerias em praticamente todos os segmentos relevantes da economia paranaense. Nossa atuação no Paraná reforça a importância do Sistema Sebrae como instrumento eficaz para o desenvolvimento”, analisa Okamotto.
O Sebrae do Futuro • Atender dos municípios do Paraná com soluções Sebrae • Revolucionar o atendimento nos setores estratégicos • Duplicar o número de empresas atendidas • Ter das empresas atendidas pelo Sebrae nos setores estruturais e Arranjos Produtivos Locais (APLs) por soluções de inovação tecnológica. • Ter das micro e pequenas empresas atendidas pelo Sebrae adotando soluções de inovação e tecnologia • Ter das micro e pequenas empresas atendidas pelo Sebrae nos setores estratégicos e APLs com acesso a no mínimo um novo mercado • Articular a implantação e operacionalização da Lei Geral em dos municípios do Paraná • A partir de 2008, ser um dos três melhores Sebrae do Brasil em as avaliações/pesquisas feitas pelo Sebrae Nacional, em todos os indicadores
todas
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Entrevistas | A Nova Diretoria
Entrevistas – A Nova Diretoria
N
um ambiente mais favorável ao empreendedorismo, devido a vários fatores como o crescimento da economia brasileira em praticamente todos os setores e a implantação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, o Sebrae no Paraná está pisando fundo no acelerador para a implantação de projetos e programas que aumentem sua capacidade de atendimento, que atendam cada vez melhor as micro
Quando falamos em dobrar o número de atendimentos que realizamos às empresas e aos empreendedores paranaenses, estamos falando em fazê-lo de forma inovadora e com forte apoio da tecnologia”, diz o diretor-superintendente Allan Marcelo de Campos Costa.
e pequenas empresas e que contribuam no desenvolvimento de novos negócios sustentáveis, acompanhando o ritmo que se instalou no Brasil. Três técnicos com visão de empreendedorismo, formados dentro dos quadros do Sebrae no Paraná e que acompanham a evolução da economia, assumiram o comando da instituição nesse momento tão importante de sua história. A renovação, que nasceu do consenso e de um processo harmonioso de transição, se tornou fundamental
para dar ainda mais velocidade à instituição, acompanhando a demanda que surgiu em função das expectativas criadas pelo crescimento do PIB – Produto Interno Bruto Brasileiro, do mercado interno e pela inserção cada vez mais acentuada do País na economia internacional. Nesta primeira edição, a Revista Soluções Sebrae entrevistou a diretoria do Sebrae no Paraná, para aprofundar um pouco mais essa visão de futuro. Confira as entrevistas.
Percebemos que os setores estratégicos que apontamos como diretrizes do Sebrae no Paraná (Turismo e Artesanato, Vestuário, Construção Civil, TI/Software, Agronegócio e Varejo) são importantes para a economia paranaense, com um alto potencial de desenvolvimento e grande concentração de micro e pequenas empresas, onde o Sebrae tem condições de fazer a diferença”, diz o diretor-técnico Julio Cezar Agostini.
Allan Marcelo de Campos Costa Diretor-Superintendente
Como foi iniciar a carreira profissional no mércio eletrônico e gestão de pessoas, o que Sebrae no Paraná e quais suas expectativas contribuiu sobremaneira para uma compreagora frente à Superintendência? ensão ampliada acerca da complexidade de uma instituição como o Sebrae. Ao longo do Allan Marcelo de Campos Costa – O Se- tempo, também tive grande preocupação com brae sempre proporcionou um ambiente extre- minha formação acadêmica, razão pela qual mamente propício ao crescimento e ao desen- busquei os cursos de pós-graduação e mesvolvimento profissional. Tanto é que ao longo trado que cursei, inclusive no exterior. Outro dos quase 15 anos de vida profissional aqui aspecto positivo deste processo de formação dentro, jamais tive momentos de rotina ou profissional foi o período de quase dois anos falta de desafios. Além das atividades ineren- em que atuei na Secretaria de Planejamento tes à área de informática, onde iniciei minha do Governo do Estado, como Diretor Geral e carreira, e que me trouxeram inclusive a opor- ocupando interinamente o cargo de Secretário tunidade de atuar em projetos de âmbito na- de Planejamento em duas oportunidades. Foi cional e conhecer a realidade de praticamente um período de intenso aprendizado e formatodos os estados do Brasil, também pude atuar ção de networking. Após o período no Estado, em projetos de diversas áreas da organização, retornei ao Sebrae na gerência da Unidade de como planejamento estratégico, mercado, co- Gestão Estratégica e, em função do processo
sucessório que já se desenrolava na diretoria do Sebrae à época, assumi a Diretoria Técnica por indicação do Conselho Deliberativo e cheguei posteriormente à Superintedência. Embora seja um enorme desafio, tenho a certeza de estar preparado para contribuir de forma efetiva com este importante momento do Sebrae, liderando os processos de mudança em curso, além de me sentir legitimado pelo nosso Conselho Deliberativo e pelas pessoas que formam o Sebrae no Paraná, que são, em última análise, a alma desta instituição. Temos um futuro extremamente promissor pela frente e buscaremos de forma incansável fazer com que o Sebrae no Paraná ocupe cada vez mais o seu espaço e cumpra sua missão, ajudando a impulsionar a economia e a transformar a sociedade através da pequena empresa.
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Entendendo que para elevar o número de empresas atuantes é preciso não só um ambiente econômico favorável, mas também o desenvolvimento de uma cultura empreendedora, qual é o papel do Sebrae na formação do jovem empreendedor? Allan Marcelo de Campos Costa – O jovem é uma peça fundamental na engrenagem do empreendedorismo e do desenvolvimento, pois são esses jovens que, desde que apresentados desde cedo a características e princípios do comportamento empreendedor, poderão se tornar os empresários de sucesso de amanhã, contribuindo para gerar empregos e riqueza. Até alguns anos atrás, o jovem entrava na faculdade com o objetivo de se formar e conseguir um bom emprego. Só que, como ensinam os estudiosos do mundo do trabalho, o emprego está em extinção. Evidentemente, isso não quer dizer que o trabalho esteja acabando, mas o que está em franco processo de transformação são as relações que regulam o trabalho e a forma como a competência e o conhecimento de um indivíduo ou uma organização são remunerados. E dentro deste contexto, a grande alternativa é a pequena empresa. Para que este verdadeiro processo de mudança cultural possa ser alavancado é preciso ajudar a mudar a mentalidade do jovem, preparando-o ao longo do ensino médio e da faculdade para ter “cabeça de empresário” e comportamentos empreendedores. Isto fará a diferença não só na sua vida profissional, mas também na sua vida pessoal, pois características do comportamento empreendedor contribuem para moldar uma personalidade empreendedora não só nos negócios, mas nas atitudes, nas escolhas, na avaliação de riscos e, em última análise, em toda a vida.
los com os quais nos deparamos diariamente quando ligamos para alguns números 0800 que servem, em última análise, apenas para irritar o cliente.O Call Center servirá também para estabelecer processos de relacionamento e do que estamos chamando de rastreabilidade da qualidade dos serviços prestados, o que nos permitirá customizar e adequar nossas soluções a partir dos feedbacks dos nossos clientes. Também intensificaremos o uso de ferramentas de Tecnologia da Informação e Comunicação, sendo a principal delas a Internet, onde colocaremos ferramentas de gestão do conhecimento e inteligência competitiva à disposição dos empresários e empreendedores paranaenses. Finalmente, nossa presença física nos municípios também será ampliada através de programas como o “Sebrae & Você” e o “Sebrae itinerante”, que são ações que levam o Sebrae a municípios onde não temos presença física através de parcerias e do uso de recursos móveis, aproximando cada vez mais o Sebrae do seu público.
Uma das metas do Sebrae no Paraná, previstas até 2009, é a de dobrar o número de atendimentos. Como será feito isso? Allan Marcelo de Campos Costa – É evidente que nossa capacidade de expansão baseada na presença física do Sebrae em todos os municípios é limitada pelos recursos de que dispomos, que são finitos e limitados. Portanto, quando falamos em dobrar o número de atendimentos que realizamos às empresas e aos empreendedores paranaenses, estamos falando em fazê-lo de forma inovadora e com forte apoio da tecnologia. Utilizaremos de forma mais intensiva o Call Center, mas procurando ofertar um serviço que seja efetivo e de qualidade, e não uma reprodução de mode-
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Mestre pela Universidade de Lancaster, Inglaterra – MSc in IT, Management and Organizational Change - e mestre em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, tem MBA em Gestão de Negócios pela IBMEC Business School e é pósgraduado em Desenvolvimento Gerencial para Executivos pela FAE/CDE. Possui artigos publicados em jornais, revistas e conferências no Brasil e no exterior, em países como Chile, África do Sul, Reino Unido, Holanda, Hungria e Eslovênia. Coautor do livro “Electronic Business in Developing Countries” publicado pelo Idea Group nos Estados Unidos. Desde 1993 atua no Sebrae no Paraná, com um intervalo de 18 meses entre 2005 e 2006, período em que atuou como diretor-geral da Secretaria de Planejamento do Governo do Estado do Paraná e como conselheiro da Agência de Fomento do Estado. Foi coordenador nacional do Centro de Desenvolvimento em Redes, gerente da área de Tecnologia da Informação e da área de Gestão Estratégica do Sebrae no Paraná e antes de assumir a Superintendência exercia o cargo de diretor-técnico da entidade.
Entrevistas | A Nova Diretoria Julio Cezar Agostini
Vitor Roberto Tioqueta
Diretor-Técnico
Dentro do alinhamento estratégico para 2008/2010 o Sebrae no Paraná pretende trabalhar com seis setores prioritários no Estado. Quais são eles e o porquê da escolha? Julio Cezar Agostini - Os setores que escolhemos são Turismo e Artesanato, Vestuário, Construção Civil, Tecnologia da Informação/ Software, Agronegócio e Varejo. O Sebrae no Paraná tradicionalmente atua nesses setores, mas precisamos aumentar o número de empresas atendidas. Percebemos que são setores importantes para a economia paranaense, com um alto potencial de desenvolvimento e grande concentração de micro e pequenas empresas, onde o Sebrae tem condições de fazer a diferença. Por isso, nossa meta é ter 100% das empresas atendidas nesses setores e nos Arranjos Produtivos Locais (APLs), com soluções de inovação e tecnologia, para aumentar ainda mais sua competitividade. Esse posicionamento estratégico é o grande eixo que permeia todas as ações do Sebrae no Paraná. Transformada em lei desde dezembro de 2006, a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa foi uma grande conquista para os empresários de micro e pequenas empresas em todo o Brasil. Como será a implantação e operacionalização da Lei nos municípios do Paraná? Julio Cezar Agostini - Uma coisa é você ter a lei federal. Agora, é preciso que ela seja municipalizada. Nesse aspecto, o Sebrae no Paraná lidera o ranking nacional, sendo que aproximadamente 40 municípios no Paraná já aderiram e implantaram leis gerais municipais, específicas para micro e pequenas empresas. Temos como meta chegar aos 399, ou seja, 100% dos municípios, o que possibilita um ambiente favorável para os empresários. Antes, a pessoa que queria abrir uma empresa tinha que passar por um processo burocrático e demorado. E com a Lei Geral cria-se o ambiente institucional para que possamos simplificar esses procedimentos no município. Outro aspecto interessante é que ela vai possibilitar que 25% das compras municipais sejam feitas prioritariamente para micro e pequena empresa. Então, em cada prefeitura, está se abrindo um novo mercado para essas empresas venderem.
O Sebrae no Paraná quer estar entre os três melhores do País em todas as pesquisas e avaliações que ocorrem periodicamente pelo Sebrae Nacional. Como será alcançado esse objetivo? Julio Cezar Agostini - Nós temos uma meta de melhorarmos ainda mais nossos serviços e estarmos sempre na vanguarda. Para isso, nos preocupamos com a qualidade e a efetividade dos nossos serviços. Qual a diferença entre esses dois termos: a qualidade está associada à satisfação do serviço que eu entrego, já a efetividade é o resultado que eu gero para meu cliente. Se for feito um trabalho para melhorar o acesso ao mercado de determinada empresa, a efetividade é quanto ela registra de aumenta nas vendas. É preciso ressaltar também que o Sebrae no Paraná atua sempre em parcerias com instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais. Temos 13 instituições que participam do nosso Conselho Deliberativo, além das parcerias locais e os projetos internacionais. Temos uma parceria se consolidando na Emilia Romagna, na Itália, em que estamos trabalhando na elaboração de quatro projetos conjuntos. O Sebrae, junto com associações comerciais, sindicatos, Governo Estadual, e outros parceiros, já desenvolveram projetos de enorme sucesso, como os de liderança empresarial. Participei em Cascavel do primeiro programa de líderes no Sebrae no Paraná em 1994. E em 1998 contribuimos decisivamente na elaboração do Programa de Estudos Avançados para Líderes Públicos. Eu sou diretor há cinco meses, mas minha carreira se iniciou no Sebrae no Paraná há 21 anos. Outro ponto importante é o apoio do Sebrae às iniciativas de tecnologia voltadas às pequenas empresas no Paraná, como os parques e as incubadoras tecnológicas de cidades como Pato Branco, Cascavel, Maringá, Curitiba, entre outras. Queremos promover um ambiente que propicie a criatividade e inovação, elevando os níveis de conhecimento, para que os empresários de micro e pequenas empresas tenham esse diferencial competitivo.
Diretor de Administração e Finanças
Fez o curso de Formação em Desenvolvimento Local pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) e atualmente é mestrando em Administração pelo UnicenP. Formado em Ciências Econômicas, com especialização em Administração Geral e Estratégica, em Gestão de Empresas e em Coordenação em Dinâmicas de Grupo. Há 21 anos no Sebrae no Paraná, atuou como consultor e gerente do escritório regional de Cascavel, onde esteve envolvido com diversos projetos para o desenvolvimento local e regional, de aprimoramento do turismo na região. Participou do processo de criação do Programa de Estudos Avançados para Líderes Públicos e de programas de empreendedorismo aplicados em todo o Estado. Foi um dos redatores e condutor técnico de oficinas de discussões para a elaboração de propostas de políticas públicas para a redução da desigualdade e geração de riquezas - pequenos negócios e desenvolvimento.
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Como foi sua trajetória no Sebrae no os 399 municípios. Podemos destacar que, Paraná? através dos setores estratégicos, das ações de empreendedorismo, como o Sebrae ItiVitor Roberto Tioqueta - Estou no Se- nerante, entre outros projetos, fortalecerebrae desde o dia 18 de fevereiro de 1988. mos a nossa rede de relacionamento. Com No lançamento desta revista comemoro isso, nossos clientes vão receber mais in20 anos de casa. Comecei no escritório de formações atualizadas sobre o seu setor e Pato Branco, na Regional Sudoeste, e por negócio, aumentando a proximidade com lá fiquei até 2007, quando assumi o cargo o Sebrae. de Diretor de Administração e Finanças. Durante todos esses anos fui consultor e Como será a gestão do orçamento do gerente regional, onde tive a oportunidade Sebrae no Paraná para os próximos dois de administrar o Sebrae na região e tam- anos? bém coordenar inúmeros projetos. Fui coordenador do projeto de confecção, onde Vitor Roberto Tioqueta – O Sebrae no auxiliei a formar o Arranjo Produtivo Lo- Paraná é referência na gestão do seu orçacal (APL) de Confecção do Sudoeste, o mento e a nossa meta é de intensificar o projeto de pedras Preciosas de Chopinzi- uso dos recursos nos próximos anos, atranho, a implantação de projetos novos como vés de uma melhoria dos processos o Sistema Regional de Inovação e auxiliei internos, como o Gedoc (Gestão também na implantação da Sudotec (Asso- de Documentos), o SGI (Sistema ciação para o Desenvolvimento Tecnológi- de Gestão de Informação), Proco e Industrial do Sudoeste). Como con- jeto BI (Business Intelligence sultor, destaco principalmente as ações no - informações orçamentárias disProjeto Sebrae de desenvolvimento local, poníbilizadas online), iniciando onde conseguimos levar conhecimento de toda a gestão dos projetos já no planejamento coletivo a todas as cidades seu planejamento e com acomdo Sudoeste. Tive também uma oportuni- panhamento permanente da dade muito grande de aprender e conhecer execução das ações. Além as empresas desde cedo, já que ingressei de atualização dos nossos no Sebrae ao final de minha faculdade. ativos tecnológicos, sendo Conheci todos os municípios do Sudoeste, sempre vanguarda, e caas necessidades e deficiências das empre- pacitação dos nossos cosas da região, principalmente nas áreas de laboradores para estarem finanças e gestão. Em projetos estaduais, cada vez melhor preparaajudei a implantar o SGP, atual Sistema dos para o atendimento de Gestão de Pessoas que está em vigor, aos nossos clientes. É e sempre participei de grupos de trabalho importante destacar que pensando o futuro do Sebrae e ligado a o Sebrae no Paraná tem ações regionais e às atividades das peque- de ser exemplo de gesnas empresas. tão de seus recursos pelo seu papel social de Como o senhor avalia a nova gestão agente de empreendee a meta de atender os 399 municípios do dorismo no Estado. Estado? Vitor Roberto Tioqueta - Vejo que essa é a grande mudança do Sebrae no Paraná com a nova gestão. É a agilidade de colocar nossa missão em prática, é a nova maneira de chegar até os empresários e futuros empresários, é inovação para atender
Revista soluções sebrae 15
Especialização em Direção de Empresas e Marketing e Desenvolvimento Gerencial, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/ PR). Há 20 anos no Sebrae no Paraná, atuou com empresas da região sudoeste do Estado, nas áreas de finanças e gestão. Participou de inúmeros grupos de trabalho no Paraná, elaborando programas de capacitação interna, Sistema de Gestão de Pessoas por Competência, formatando e coordenando diversos projetos com soluções para as pequenas empresas da região sudoeste.
o Novo Posicionamento do
Sebrae
Soluções para pequenas Empresas A partir de 2008 o Sebrae no Paraná se posiciona para ser, ainda mais, o grande agente do empreendedorismo no Estado. Desenvolver o potencial da micro e pequena empresa é mais do que gerar novos empregos e qualidade de vida, é potencializar toda uma economia, entendendo que toda a cadeia depende da força dos empresários e empreendedores de pequenos negócios, seja no campo ou na cidade. O Sebrae entende que todos os setores estão interligados e precisam funcionar de forma harmônica, sistêmica, em um continuado processo de geração de conhecimento e inovação. E para atingir metas como estar presente em 100% dos municípios paranaenses com qualidade e a efetividade e, assim, gerar resultados significativos para a economia no Estado, o Sebrae no Paraná criou um alinhamento estratégico dividido em soluções sistêmicas, estruturais e empresariais. Soluções Empresariais: o Sebrae sabe que precisa estar presente em todo o Paraná para fazer a diferença. Por isso vai buscar a universalização do atendimento a partir do uso de novas tecnologias e programas itinerantes, prevendo dobrar o número de atendimentos aos empresários e futuros empresários. Soluções Estruturais: Vestuário, Construção Civil, Turismo e Artesanato, Varejo, Agronegócio e Tecnologia da Informação/Software – todos setores com alta densidade de micro e pequenas empresas e forte influência na economia não só do Estado, mas de todo o País. Promover o desenvolvimento desses setores é também proporcionar o crescimento da macroeconomia. Soluções Sistêmicas: o Sebrae entende que não existe apenas uma variável para ajudar no fortalecimento das micro e pequenas empresas, mas toda uma cadeia de ações que preparam um ambiente propício para o crescimento dos pequenos negócios, como legislações mais favoráveis a exemplo da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa.
Soluções Empresariais
Sebrae expande atendimento Preparando-se para os novos tempos da economia brasileira e do conseqüente aumento da demanda por seus serviços, o Sebrae no Paraná estruturou um plano de universalização do atendimento levando suas soluções para micro e pequenas empresas formais e informais e pessoas interessadas em iniciar um negócio, baseado na presença constante nos 399 municípios paranaenses e na disseminação de informações empresariais por meio de ferramentas inovadoras como a internet, por exemplo. “É uma nova estratégia de aproximação, de levar o Sebrae até o cliente diagnosticando suas necessidades e levando soluções adequadas”, conta o consultor Emerson Cechin, da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae no Paraná, responsável pelo setor de Atendimento Individual e pela implantação do plano com uma equipe formada por 40 técnicos do Sebrae. Uma das frentes de trabalho, nessa estratégia de universalização, é o projeto Sebrae & Você, nas modalidades Ponto Atendimento, Itinerante e Relacionamento Empresarial. O Sebrae conta com 16 unidades próprias no Paraná e a estratégia do Sebrae & Você - Ponto de Atendimento, com 46 pontos de atendimento fixos localizados em várias cidades por meio de parcerias com prefeituras, associações comerciais e outras entidades. “Nós começamos a dar ênfase a essa aproximação mais forte em 2007 e, em 2008, isso será ainda mais reforçado”, diz o consultor. O Sebrae & Você – Itinerante é outra maneira de levar as soluções da entidade até muEm 2007 detecnicípios de pequeno porte que estão distantes das unidades tamos que havia físicas. Num período que pode uma demanda variar entre três e cinco dias, empresarial pelos o Sebrae disponibiliza uma esnossos serviços, trutura com atendimentos indipor isso realizaviduais, orientações coletivas e mos 120 ações em palestras. “Em 2007 detectamos cidades onde o que havia uma demanda empresarial pelos nossos serviços, Sebrae não tinha por isso realizamos 120 ações atuação. em cidades onde o Sebrae não tinha atuação. A grande novi-
16 Revista SEBRAE NEGócios
dade é que, além disso, estamos preparando o lançamento de um veículo especialmente equipado que irá dispensar a estrutura física necessária nesses locais. Isso dará muito mais mobilidade ao programa. Poderemos, por exemplo, estacionar numa praça e realizar o atendimento”, explica Emerson Cechin. A universalização do atendimento também vai se processar com o Sebrae & Você - Relacionamento Empresarial. Segundo Emerson Cechin, esse programa apresenta excelentes resultados em termos de efetividade. São 1.180 empresas atendidas em todo o Paraná. “Ele funciona inicialmente com um diagnóstico, que leva à criação de um plano de ação, o qual passa a ser executado e acompanhado pelo Sebrae e pelo empresário ou diretores da empresa. É um canal de acesso permanente que traz uma aproximação maior com a instituição, oferecendo soluções personalizadas aos empresários. Conseguimos um índice de satisfação superior a 94% entre seus usuários conforme pesquisa de 2007”, relata o consultor. O Sebrae no Paraná também está preparando algumas ferramentas que irão auxiliar no processo de ampliação do atendimento como a “Bússola Sebrae”. “Trata-se um serviço de informações georreferenciadas que estará à disposição dos empresários em todas as unidades do Sebrae no Paraná e que poderá ajudar, por exemplo, na localização de um novo negócio e na definição de estratégias de marketing”, diz Cechin.
Foto|Antonio Menegatti
Conheça
Além disso, segundo o consultor, há o Programa Empreender, uma parceria da Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná) e Sebrae, que reúne empresas do mesmo segmento para juntas encontrarem alternativas que fortaleçam o conjunto. “Promovemos ações de relacionamento que objetivam fazer com que empresários de um mesmo setor se unam em torno de objetivos comuns como compra de matérias-primas para reduzir custos. A nossa meta é chegar ao final de 2008 com o dobro das empresas atendidas atualmente nessa estratégia”, conclui o consultor
Visita que faz a diferença A vida da empresária Mirtes Terezinha Fredo Corso começou a mudar em outubro de 2007, quando o Sebrae & Você - Itinerante chegou na sua cidade. Há 12 anos mantendo uma loja de confecções destinadas ao público infantil em Pranchita, município com pouco mais de 5 mil habitantes no sudoeste paranaense, Mirtes nunca havia participado de qualquer tipo de treinamento e mantinha seu negócio – a loja Cantinho do Céu - na base da intuição. Levada pela curiosidade e necessidade de novas idéias, ela participou de um treinamento pela primeira vez e já sentiu diferença. “Nunca havia me preocupado em
traçar planos e trabalhar com metas e foi também a primeira vez em que aprendi lições de como atuar no atendimento dos clientes. Isso foi muito importante, porque deu para ver quantas coisas erradas eu precisa corrigir. Tinha mais experiência mesmo como dona de casa”, conta Mirtes. A empresária nunca havia participado de um projeto que melhorasse seu empreendimento. “Adorei. Sigo à risca tudo o que aprendi”, conta ela. “Passei a me informar muito mais sobre treinamentos e sobre como administrar um negócio”, acrescenta. “Meus clientes já sentiram a mudança principalmente no atendimento”, relata ela.
Revista soluções sebrae 17
Auditório Lotado
1.200 pessoas participam, em Francisco Beltrão, de uma das palestras da Semana da Pequena Empresa Uma mostra do poder de mobilização do Sebrae no Paraná foi a segunda edição da Semana da Pequena Empresa, em outubro do ano passado. Com o tema “A evolução da sua empresa começa por você”, a entidade conseguiu atingir meio milhão de atendimentos em todo o Estado. As soluções do Sebrae para o fortalecimento dos pequenos negócios foram levadas por meio de atendimentos presenciais, consultorias nas praças, palestras, oficinas, seminários, call center, acessos ao Portal, boletins virtuais, mensagens de celular, entre outros. Foram 334 eventos simultâneos em 72 municípios do Paraná, voltados a empresários e futuros empresários.
Soluções Estruturais | Vestuário
Saindo dos bastidores para
brilhar A chegada da China no mercado brasileiro tem tirado o sono dos empresários do setor do vestuário. Algumas das conclusões de uma sondagem feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) entre seus
Empresas do vestuário encontram na criação de uma marca forte a saída para driblar a concorrência.
Itens produzidos x porte da empresa
Fonte: SEBRAE/PR (2004)
Micro
Pequena
Média
Calça jeans
150
157
35
3
345
Camisas masculinas e/ou femininas
233
89
21
2
345
Modinha
233
86
11
1
331
Camisetas
237
69
10
0
316
Calças sociais masculinas e/ou femininas
198
53
12
0
263
Uniformes e jalecos
211
29
1
0
241
Calça esporte (sport wear) masculina e/ou feminina
152
45
18
0
215
Jaqueta, blaser ou casaco jeans
85
74
24
2
185
Vestido adulto
124
47
11
0
182
Moda praia, shorts e/ou Bermudas
106
44
11
1
162
Roupas para fitness e prática de esportes/moletons
135
22
4
0
161
Ternos, trajes e blasers masculinos e/ou femininos
130
18
3
0
151
89
50
6
0
145
93
14
1
1
109
87
17
1
0
105
67
11
2
0
80
associados aponta que 66% das empresas desse setor que concorrem com os Bonés, chapéus e/ou viseiras chineses relataram que tiveram queda Tricô (malharia retilínea) de participação nas vendas no mercado Lingerie dia interno. No mercado externo, o cenário também não é animador: 31% das em- Pijamas presas pararam de exportar e 69% afir- Saia maram que perderam clientes para os Roupas infanto-juvenis chineses. Mas como enfrentar a ameaça que Acessórios em couro vem do Oriente? No Paraná, segundo Lingerie noite maior pólo industrial de confecção do Roupas para bebê País, a saída das micro e pequenas empresas – que são grande maioria neste Calças em geral setor – está na melhoria da gestão do Conjuntos em geral negócio e em nichos em que o dragão Jaquetas, japonas e casacos falha. “Existe um grande mercado de consumo no Paraná, mas, por outro lado, Bolsa, mochilas e/ou malas existe na mesma proporção uma quanti- Bermudas jeans dade significativa de produtos que estão sendo importados em função do baixo Segundo Edvaldo, a grande meta preço dos produtos da do Sebrae no Paraná é, além de China e dos países do Vamos selecionar continuar o trabalho que já está Leste Europeu. Para se empresas ‘âncoras’ sendo feito junto às empresas tornarem competiti- em nossos na melhoria da gestão do negóvas e se manterem no projetos e que cio, também posicionar o Estado mercado, as empresas irão levar a marca como produtor de moda. “Um dos precisam se especialiexemplos desta linha de ação é o paranaense para zar e agregar valor aos Paraná Business Collection, um seus produtos”, afirma feiras nacionais evento de moda e de negócios, oro consultor Edvaldo como a Fashion ganizado pelo Sebrae em parceria Pires Corrêa, coor- Rio e São Paulo com o Sistema FIEP, Sistema Fedenador estadual do Fashion Week comércio, Sistema FACIAP, sindiVestuário do Sebrae no catos do setor e demais instituiParaná. ções representativas e que reúne
Grande Soma
36
27
3
2
68
42
11
2
0
55
32
18
1
0
51
41
8
1
0
50
31
9
2
0
42
20
10
1
0
31
20
9
1
0
30
16
4
2
0
22
17
4
1
0
22
7
8
2
0
17
toda a moda paranaense, evidenciando que nosso Estado não é só faccionista, mas que também mostra tendências e cria coleções. E isso já vem sendo confirmado através de marcas fortes, mas que, muitas vezes, não têm o nome associado ao Paraná”, diz Edvaldo. “Também vamos selecionar empresas ‘âncoras’ em nossos projetos e que irão levar a marca paranaense para feiras nacionais como a Fashion Rio e São Paulo Fashion Week, por exemplo, para evidenciar o nome do Estado” completa. O Sebrae no Paraná pretende multiplicar o número de atendimentos no setor,
18 Revista Soluções sebrae
chegando diretamente a 1.200 empresas em todo o Estado. Um número significativo e necessário para trabalhar o Paraná em todas suas regiões. “Já tivemos ótimos resultados em pólos como o de Cianorte e Maringá, em que há uma grande concentração de empresas, no centrosul caracterizado por ser multisegmento, além dos arranjos produtivos locais, tais como: Bonés de Apucarana, Confecção Moda Sudoeste, Malhas de Imbituva, Moda Bebê de Terra Roxa e Vestuário em Londrina e Região, mas precisamos também trabalhar o Paraná como um todo, integrando produção e varejo e criando
Sogni Belli: resultados que até a Rede Globo quer ver
Vestuário/Paraná 2007 Produção Anual Faturamento Empregos Gerados Nº de Grandes Pólos
358 milhões de peças U$ 902 milhões 41.600 7
Fonte: Governo do Paraná
canais de relacionamento.” E esse se torna outro ponto importante no trabalho do Sebrae no Paraná, já que 65% dos lojistas fazem suas compras fora do Estado, mesmo que pesquisas apontem que o principal atrativo das empresas do Pa-
raná, em relação à compra dos produtos, é a qualidade, seguida do preço. “Temos que mostrar para o empresário que não é só a qualidade e a marca, mas também o relacionamento com o cliente e a logística que fazem a diferença”, finaliza
Pelo contrário, cresceu e se fortaleceu. Em 2004, as sócias foram novamente ao Sebrae e resolveram se inscrever para participar da primeira turma do Programa Competitividade da Indústria do Vestuário em Curitiba e Região. Estruturado pelo Sebrae no Paraná, em parceria com Senai, Fiep, Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem no Estado do Paraná (Sinditêxtil), Associação Paranaense da Indústria Têxtil e do Vestuário (Vestpar), Agência de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex) e Prefeitura de Curitiba. “Foi o melhor programa que já vivenciei de assessoria ao pequeno empresário por uma razão muito simples: o Sebrae veio até a empresa”. No ano seguinte, a Sogni Belli estava trabalhando ativamente nos objetivos propostos. Foram noites mal dormidas, concorrência, tributação, busca pela qualidade dos produtos, muito planejamento, mas hoje Lenir já consegue mensurar suas conquistas. “Consigo vi-
sualizar no papel o que era minha lucratividade e o que é agora. Eu consigo ver os resultados financeiros. Vejo retorno do meu investimento, sendo que na época eu nem sabia o que era isso”, diz Lenir com brilho nos olhos e mostrando o crescimento do lucro líquido de 9,84% em 2005 para 19% em 2007. E para quem acompanha a novela, não estranhe se por acaso algum dos artistas “Globais” aparecer com algum produto da linha de banho da Sogni Belli. A produção da Rede Globo encontrou a empresa na internet e já vestiu alguns de seus atores com a marca. “O site é a maior vitrine que uma empresa tem. O número de acessos é muito grande. A produção da Rede Globo acessou nosso site pelo Google e nos mandou um e-mail dizendo que gostaria de ter um produto nosso na novela das 8”, diz Lenir, mostrando como economizou com merchandising.
Ainda na primeira metade da década de 1990, a executiva Lenir de Souza se deparou com uma questão que muitos profissionais acabam tendo que enfrentar ao longo de sua carreira. A filial da empresa que trabalhava fechou e só lhe restaram duas opções: acompanhar a mudança da empresa para outro estado ou ficar e arriscar o mercado de trabalho. O que parecia ser uma situação de difícil solução, no entanto, foi resolvida rapidamente quando ela acabou encontrando uma terceira opção, ao montar uma confecção junto com sua amiga Letícia Spengler. “Tínhamos uma idéia e um monte de confusão na cabeça e começamos a desenvolver um trabalho bem pequeno, de início. O orçamento, o lucro, o número de empregados, tudo era do tamanho de empresa pequena. Só o desafio era grande”, diz Lenir, com inconfundível sotaque dos naturais de Santa Catarina, mesmo morando em Curitiba há muitos anos. As primeiras diretrizes da estruturação da Sogni Belli, nome da empresa, vieram em 1995, depois de visitar o Sebrae, que ainda se localizava na rua Monsenhor Celso, no centro de Curitiba. Mas foi em 1997 que as sócias vivenciaram um dos momentos mais críticos da empresa. Com a balança comercial brasileira inconstante e o alto custo da matéria-prima importada, o negócio não ia bem. Foi quando uma amiga apresentou uma nova proposta, o tecido atoalhado. “Era nossa última cartada. Se não desse certo, teríamos que fechar a empresa”, conta Lenir, lembrando da importância da decisão naquele momento. Da esquerda para direita, Lenir de Souza e Letícia Spengler, donas da Sogni Belli, empresa que Felizmente a empresa não fechou. comercializa produto da linha de banho
Revista soluções sebrae 19
Soluções Estruturais | Turismo e Artesanato
A União do
Turismo
Fortalecimento do turismo como um todo e criação de uma cultura empreendedora são as saídas que pequenas empresas do setor estão encontrando para aumentar a competitividade. “É um setor que dá uma resposta muito grande e é formado quase que somente por micro e pequenas empresas”, diz o consultor Aldo Cesar Carvalho, coordenador estadual do Turismo e Artesanato do Sebrae no Paraná. “O problema é que a maioria delas precisa desenvolver a cultura empresarial”, acrescenta. O Sebrae quer mudar esse quadro e organizar o turismo e o artesanato em pelo menos seis das nove regiões paranaenses até 2009. “Entre 2003 e 2004, trabalhamos ajudando a organizar o setor nos municípios lindeiros ao Lago Itaipu (Projeto Caminhos do Turismo Integrado ao Lago Itaipu) e nos Camtorna capaz de receber visitantes ou pos Gerais (Projeto Rota dos Tropeiros). de incrementar o próprio turismo local. Em 2005 começamos no Litoral. Em Entre 2002 e 2006, o fluxo de turistas 2007, a ação foi iniciada na Região no Paraná aumentou 38,7% (de 5,6 para Metropolitana e na capital Curitiba e 7,3 milhões); o gasto médio cresceu em 2008 vamos alcançar a região do 36,9% e a receita gerada com o turismo centro-sul e o norte do Estado”, comsaltou de US$ 899 milhões para US$ pleta Aldo. 1,5 bilhão, um crescimento de 67,8%. No litoral paranaense, o Sebrae já Estima-se que, anualmente, pelo me- conseguiu reunir 28 entidades e 270 nos 4 milhões de pessoas visitem as empresas, mas quer aumentar esse núatrações turísticas do Paraná, vindas mero para 350. “Procuramos aumentar de outros estados e de fora do Brasil. a competitividade do setor porque de Num setor tão importante para a nada adianta uma empresa ser compeeconomia, a atua- No setor só titiva se o setor não é”, afirma o ção do Sebrae está “Além da atuação aparece a ponta do coordenador. sendo reforçada com tradicional, onde procuramos iceberg que são as reforçar a gestão sob o ponto o dobro de pessoal técnico envolvido, cinco áreas direta- de vista empresarial, nós quetrabalhando nos pro- mente envolvidas, remos criar produtos e dar renjetos que envolvem como gastronotabilidade à toda a cadeia que turismo e artesanato, mia, hospedagem, envolve o turismo. Na verdade, buscando uma meta transporte, agenno setor só aparece a ponta do de 1,2 mil empresas ciamento e entreiceberg que são as cinco áreas atendidas em 2008, tenimento e lazer, diretamente envolvidas, como dentro de um proces- mas há pelo menos gastronomia, hospedagem, so de trabalho que se outras 47 atividatransporte, agenciamento e baseia no associa- des econômicas entretenimento e lazer, mas há tivismo, na partici- beneficiadas. pelo menos outras 47 atividapação e no fortalecides econômicas beneficiadas e mento de lideranças. que não são vistas”, finaliza 20 Revista Soluções sebrae
Foto|Karina Yoshizawa
Embora existam diferenças de cidade para cidade e de região para região, a maioria dos municípios paranaenses tem algum tipo de atrativo que o
Case Hotel Alvorada
Turismo e Hotelaria no Lago Itaipu A estruturação do programa Caminhos do Turismo Integrado ao Lago Itaipu é um dos exemplos do trabalho que o Sebrae no Paraná vem desenvolvendo com o setor. Uma parceria com prefeituras, associações comerciais, associações de produtores rurais, Itaipu Binacional e empresários que levou a estratégia do associativismo à região oeste, dando
uma nova força ao setor nos 16 municípios lindeiros – 15 no lado paranaense e Mundo Novo, em Mato Grosso do Sul, atingidos pela construção da barragem. O Lago Itaipu
tornou-se uma atração por si só, criando uma nova costa em toda sua extensão e surgindo como uma alternativa para o desenvolvimento do turismo e da economia de várias regiões. Flávio Degasperi, de Santa Helena, um dos municípios do extremo oeste paranaense beneficiados pelo programa, vislumbrou essa oportunidade: “Meu pai e eu tínhamos um supermercado em Porto Alegre e nós vendemos o negócio e começamos a investir em salas comerciais e apartamentos em Santa Helena onde a família tinha negócios des-
Revista soluções sebrae 21
de1969. Quando fazíamos a terraplanagem da área veio a idéia de montar um hotel”, conta ele. A decisão pelo novo empreendimento e sua localização em Santa Helena foram decididas depois de uma conversa com taxistas que vieram perguntar o que estava sendo feito no local. Em meio ao projeto de construção do hotel, Flávio ingressou no Núcleo Setorial de Turismo, uma iniciativa do Sebrae em parceria com a Faciap – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná, prefeituras e outras entidades representativas que reúnem empresas de um mesmo segmento para que, juntas, trabalhem ações cooperadas que visam o fortalecimento do setor como um todo. Numa das reuniões do Núcleo, Flávio Degasperi conheceu um consultor do Sebrae e foi apresentado ao programa Caminhos do Turismo Integrado ao Lago Itaipu. “Estávamos na fase final de construção do hotel e, quando ele foi inaugurado, em 2005, já trazia a placa que indicava nossa participação no Programa”, conta ele. No relacionamento com o Sebrae, no entanto, o empresário foi mais além e procurou um parceiro para estruturar a empresa. Hoje, o Hotel Alvorada recebe cerca de 400 visitantes mensais na baixa temporada e mais de 600 visitantes na alta temporada em seus 23 apartamentos e uma suíte, somando uma oferta de 52 leitos. Possui estacionamento próprio, acesso à internet em banda larga e uma de suas atrações é o café colonial. “O turismo na região só dura os três meses de verão e a idéia agora e a de criar mais atrações como provas náuticas e a atração de visitantes de Foz do Iguaçu para que tenhamos visitantes o ano inteiro”, conta ele. Por conta dessa expectativa, depois de dois anos de sua inauguração, o Hotel Alvorada vai ter sua primeira ampliação: “até o meio do ano vou incorporar mais três apartamentos”, conta Flávio Degasperi.
Soluções Estruturais | Agronegócio
O agronegócio representa hoje 28% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Isso corresponde a quase um terço de todas as riquezas de nossa economia.
Se o agronegócio não vai bem, outros setores sentem o reflexo. Nos municípios pequenos, isso interfere no comércio de veículos, nas lojas de roupas, nas farmácias, nas sapatarias, nos empreendimentos em geral. Atento aos reflexos desse efeito-dominó, o Sebrae no Paraná trabalha na formação de múltiplas parcerias, integrando os empreendedores rurais, instituições de ensino e pesquisa, entidades representativas do setor, e órgãos dos governos municipais, Estadual e Federal. Uma equação para transformar as pequenas propriedades rurais em negócios rentáveis e competitivos. O Sebrae no Paraná quer levar ao homem do campo soluções que agreguem valor aos produtos primários e promovam novos negócios, nos 399 municípios paranaenses. A meta é atingir um total de 4.230 empresas e empreendedores rurais, a partir de 2008. Além disso, será ampliado o acesso a redes de serviços tecno-
Sebrae no Paraná quer levar ao homem do campo soluções que agreguem valor aos produtos primários e promovam novos negócios.
lógicos e de inovação, propiciando mais benefícios, como comprar mais maior competitividade no setor. Para barato, vender a preços melhores, o consultor Osmar Dalquano Júnior, além de trocar informações e expecoordenador estadual do Agronegó- riências. “A tendência para qualquer cio do Sebrae no Paraná muitas ve- setor é trabalhar coletivamente, forzes o pequeno agricultor acha que o mar parcerias, ter condições para poempreendedorismo é algo distante da der competir com mais carga de força, realidade dele, mas levar uma visão com os grandes. Senão o produtor ruempresarial para o ral sempre vai ficar restrito ao campo acaba sendo seu mercado que acaba sendo Queremos o caminho de crescipequeno. E, quando coopeaumentar o mento para o emprera, o produtor cria uma marca faturamento dos endimento rural. E a forte, tem subsídios de inforgestão pode estar em empreendimentos mações, tecnologias e orientasaber aproveitar o rurais, contribuir ções com muito mais suporte exemplo do que deu para a criação de do que se estivesse sozinho”, certo na fazenda do novas redes de diz o coordenador A formacooperação e, con- ção de lideranças no campo vizinho. “Queremos au- seqüentemente, continua entre as prioridades mentar o faturamento gerar novos postos do Sebrae, por entender que dos empreendimen- de trabalho o sucesso dos pequenos netos rurais, contribuir gócios não depende somente para a criação de de cenários econômicos e tennovas redes de coodências, mas das pessoas. Um peração e, conseqüentemente, gerar exemplo bem sucedido de parceria novos postos de trabalho. Para isso, nessa área é o Empreendedor Rural, atuaremos na ampliação da partici- um programa pioneiro que une no pação dos produtos paranaenses no Paraná o Sebrae, Faep (Federação da mercado estadual e nacional, ofere- Agricultura), Senar (Serviço Naciocendo aos empreendedores rurais ins- nal de Aprendizagem Rural) e Fetaep trumentos de inteligência comercial e (Federação dos Trabalhadores competitiva, contribuindo para conso- na Agricultura), desde 2003, lidar seu posicionamento no mercado na formação de produtores de modo claro e objetivo”, explica o rurais. “Além de capacitação coordenador. técnica, o Empreendedor RuSegundo Osmar, o Sebrae no Pa- ral prevê ações que promovem raná pretende estimular ainda mais uma transformação comporo associativismo, pela ótica de que, tamental no empresariado desem grupo, o agricultor pode conseguir se setor”, explica o coordenador
Números País
Números paraná
O IBGE aponta o aumento no número de estabelecimentos rurais, que avançaram de 4,8 milhões para 5,2 milhões na última década. E também no aumento de 7% na renda da agricultura familiar.
Agricultores de pequenas propriedades Investimentos do PRONAF
25pésMIL de sucesso Valtamir Mezzomo, ex-publicitário que resolveu plantar café no sítio de sua sogra, e hoje produz um dos melhores grãos do Brasil
Não é sempre que temos a chance de perseguir um sonho. E muito menos quando encontramos nele um importante nicho de mercado. Para Valtamir Mezzomo, publicitário que atuava há 16 anos na sua profissão, o insight veio assistindo um programa de televisão: começaria a plantar café.
O ano de 2003 marca o início da saga de Valtamir. Com pouco conhecimento sobre o plantio, mas com a vontade de fazer da produção de café um negócio e um novo prazer para sua vida, o ex-publicitário aproveitou os 30 hectares de terra da família que estavam abandonados e começou a empreitada. “Comentei com um amigo, que foi comigo dar uma olhada no sítio da família. Ele me disse que era uma boa idéia, mas avisou que eu teria que correr atrás e foi aí que tudo começou”, relembra. A opção foi pelo café orgânico, que vem se tornando uma tendência mundial. Foi no Sítio Dona Alice, da sua sogra, localizado em Salto do Itararé, no Norte Pioneiro paranaense, que ele deu início à plantação de 25 mil pés de café. “Fui criado em um sítio. Meus pais tinham plantação em casa e todos os produ-
283.000 R$ 1,3 Bilhão
Fonte: MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário)
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Foto|ASN/PR
Campo Planejamento Estratégico no
Soluções Estruturais | Varejo
tos, como legumes, verduras e fru- por causa do excesso de mato que tas, eram plantados sem agrotóxi- crescia na plantação. De lá para cos. Por esse motivo sou adepto cá foram vários cursos que nos dos produtos orgânicos”, conta ensinaram como chegar aos meValtamir. lhores níveis de qualidade”, diz o Mas para garantir a qualida- produtor. de do produto e a E o sucesso não tardou gestão do empre- Em 2004 a chegar. Logo na primeira endimento rural, comecei a me colheita Valtamir conquisValtamir buscou entrosar com a tou, em 2006, o 1º lugar no orientação e pas- Emater e o Se3º Concurso Nacional da sou a fazer parte brae por causa Associação Brasileira da do grupo de pro- do excesso de Indústria de Café Prêmio dutores, assisti- mato que crescia (ABIC), na categoria café dos pelo Projeto na plantação. De natural. O produtor paCafé Orgânico do lá para cá foram ranaense foi selecionado Norte Pioneiro, para o Prêmio Nacional, vários cursos que que discute ações, após conquistar o 1º lugar nos ensinaram como prospecção no Prêmio Café Qualidade como chegar aos de mercado, que Paraná. Hoje o cafeicultor melhores níveis de colhe bons resultados. Os auxiliam no desenvolvimento e qualidade. prêmios lhe dão a referênfortalecimento da cia de ser um dos melhores produção de café produtores de café orgâniorgânico no Paraná e tem como co do Estado e do Brasil. “Eu não parceiros o Sebrae, Faep, Emater esperava receber esses prêmios. (Instituto Paranaense de Assis- Quero crescer e continuar protência Técnica e Extensão Rural), duzindo um café de qualidade e Senar e sindicatos rurais, dentre ajudar a cafeicultura paranaenoutros. “Em 2004 comecei a me se, dar exemplo a outros produentrosar com a Emater e o Sebrae tores”, completa.
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Comércio em
A conjuntura permanece positiva para o comércio do Paraná. A melhora no agronegócio, a expansão dos financiamentos, queda nos juros e a estabilidade nos Projeto de Cafés Especiais do Norte Pioneiro Um dos programas do Sebrae do Paraná que está promovendo a implantação de novas formas de gestão de negócios no campo e que deu muito certo é o Projeto de Cafés Especiais do Norte Pioneiro. Nascido também de uma parceria de entidades como Faep, Emater, Senar, APAC (Associação de Produtores de Café do Paraná, que tem sede na região), sindicatos rurais e prefeituras, o programa já atendeu 18 cidades do norte velho do Paraná. O projeto foi iniciado porque um diagnóstico apontou que, apesar da excelente qualidade do café da região, os pequenos agricultores não conseguiam preço competitivo nos âmbitos nacional e internacional. A região possui, segundo a Secretaria de Agricultura do Paraná, 7.500 propriedades produtoras de cafés, sendo responsável por 50% do café produzido no Paraná. Algo precisava ser feito. Hoje, o projeto desenvolve ações principalmente de padronização, qualidade, comercialização e criação de marca regional, com o objetivo de aumentar o valor do produto e, conseqüentemente, aumentar o faturamento do produtor.
O setor varejista cresce, mas junto vem a concorrência. Mais do que nunca trabalhar a gestão se tornou o diferencial competitivo entre as empresas.
preços levam empresários e consumidores a ficarem mais confiantes. Também contribuem para esse cenário a valorização cambial do real diante do dólar e a queda nos juros praticada pelas autoridades monetárias, além de outros fatores como o aumento do emprego e o crescimento do salário mínimo. As vendas do comércio varejista cresceram 8,5% em novembro de 2007 na comparação com o mesmo mês do ano anterior, apontou a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na análise do mês de novembro em relação a outubro, o comércio varejista paranaense apresentou alta de 2,5% no volume de vendas. Com isso, o Paraná acumulou crescimento de 7,2% entre janeiro e novembro de 2007 e de 6,7% nos últimos 12 meses, fenômeno que vem se repetindo desde 2006. Mas se os empresários estão apostando mais no varejo e os consumidores estão com maior poder de compra – bem como mais exigentes - a concorrência também aumenta proporcionalmente. “Percebendo a expressividade do comércio e do varejo pelo número de micro e pequenas empresas nesse setor, o Sebrae no Paraná levou a
esses empreendedores uma série de ram ganhos no profissionalismo, gestão, visual e atendimento. E o projetos que troucliente percebeu isso”, diz o xeram benefícios A expectativa do consultor Osmar Dalquano significativos na programa é dar competição local um salto qualitati- Júnior, coordenador estadual do Varejo do Sebrae no Parajá que, diferente vo e quantitativo, de outros setores, aumentando de 40 ná. Dentre os programas de como vestuário ou grupos atendidos maior sucesso, está o Varejoconstrução civil, no comércio em que competem no 2007 para 117, em MAIS, parceria entre Sebrae no Paraná e Fecomércio, que seu mercado se- um total de 3.150 busca fortalecer e tornar o cotorial, o comércio empresas. mércio mais competitivo. Em compete somente 2007 foram atendidas mais na sua região. Fo-
Foto|Divulgação SECS
Soluções Estruturais | Agronegócio
As vendas do comércio varejista no Paraná cresceram 8,5% em novembro de 2007 na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo o IBGE.
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Soluções Estruturais | Varejo setorial, que vai atender comércios específicos como óticas, farmácias, lojas de materiais de construção civil, dentre outros, e o VarejoMAIS em Ação nos pequenos municípios, que vai ser uma versão adaptada para a realidade da pequena cidade. “Além dessas novas opções, teremos o VarejoMAIS 2ª Fase, porque as empresas que participaram do programa estavam voltando ao Sebrae pedindo para continuar. Disseram que o trabalho do Sebrae foi tão importante, que não queriam ficar sem a consultoria”, conta Dalquano. Para quem quer ampliar ainda mais os conhecimentos repassados pelo VarejoMAIS, o Sebrae no Paraná vai continuar realizando missões empresariais, nas quais o empreendedor visita grandes redes de lojistas em estados como São Paulo, podendo assim, na prática, conhecer outras experiências empresariais. “O empresário volta animado e mais preparado para a mudança”, finaliza Dalquano
SETORES – Destaques para os resultados de setembro no Paraná equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
(32,9%)
livros, jornais, revistas e papelaria
(23,1%)
móveis e eletrodomésticos
(22,2%)
produtos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria
(14,3%)
tecidos, vestuário e calçados
(11,3%)
artigos de uso pessoal e doméstico
(8,6%)
hipermercados e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumos O setor de combustíveis e lubrificantes apresentou queda
(7%) (-8,9%)
Fonte: IBGE - Números de setembro de 2007, na comparação com o mesmo mês de 2006.
Alguns dos melhores resultados globais do Varejo - País (13,9%) São Paulo (15,1%) Rio Grande do Sul (16,8%) Minas Gerais (12,7%) Paraná (17,4%) Rio de Janeiro (9%)
lumbrou Roni. Em 1993,transferiu-se para a cidade das cataratas, onde começou também a atuar no ramo de comércio varejista de materiais elétricos. Procurando sempre oferecer produtos e serviços diferenciados e com qualidade, a Enerluz consolidou-se no mercado de Foz do Iguaçu e região, mas da mesma forma que a lista de clientes se multiplicava aumentava também a necessidade de estruturar a empresa para se manter em crescimento. “Eu estava procurando uma forma de organizar a empresa e a primeira coisa que me veio à cabeça foi o Sebrae. Ele foi fundamental para a Enerluz desde 1999, quando eu participei do ‘D´Olho na Qualidade’. O resultado foi tão expressivo que nós resolvemos entrar no programa de implantação do ISO 9002 e obtivemos o certificado em 2001.” A partir daí as premiações da Enerluz não pararam mais. Em 2004 conquistou o 1º Lugar no Prêmio Sucesso Empresarial - Categoria Comércio, promovido pelo IBQP, Sebrae e Grupo Gerdau. A empresa também levou o Prêmio em 2007. Em 2006, recebeu do Sebrae o troféu O Melhor do VarejoMAIS – Loja Referência e em Roni Carlos Temp, na premiação do VarejoMAIS, que aconteceu no 2005, em Brasília, recebeu das final do ano passado, em Foz. Na ocasião a Erneluz foi homenageada. mãos de presidente da ReEm 1985, depois de sair da facul- uma sociedade, a Estava procurando pública o reconhecimento dade de Engenharia Elétrica, Roni Enerluz. No come- uma forma de de Destaque Nacional de Carlos Temp não tinha dúvida de ço, a empresa fun- organizar a Qualidade. que queria ser dono do próprio nariz cionava em um dos empresa e a priHoje, com meta de crese abriria seu próprio negócio. Roni cômodos da casa de meira coisa que cimento médio de 10% ao deixou o Rio Grande do Sul e foi tra- Roni, prestando as- me veio à cabeça ano, a Enerluz começa a adbalhar como prestador de serviços sessoria na área de foi o Sebrae, que é ministrar uma filial do outro para a Dínamo, empresa de insta- projetos, mas após fundamental lado da fronteira. “Ainda é lação elétrica em Cascavel, oeste ganhar uma con- para a Enerluz cedo para falar de resultado Paraná, por indicação do tio que corrência de porte desde 1999. dos, mas o Paraguai é muitambém tinha uma empresa na ci- em Foz do Iguaçu, to promissor para nós. É um dade. tudo indicava que país com economia estável Essa seria a grande escola para a Enerluz estava e que precisa de muita coiRoni antes de abrir seu empreendi- de mudança. “Senti, como cliente, sa, como serviços de engenharia mento. Dois anos após a mudança, que havia uma lacuna para o aten- elétrica”, completa Roni que já em 1987, recém-casado, Roni e a dimento especializado e técnico na se inscreveu no Programa Semulher Vani Luiza Cremonesi criam nossa área em Foz do Iguaçu”, vis- brae Gestão da Qualidade 2008 Foto|Divulgação
de 1,5 mil empresas em mais de 40 cidades do Paraná. Um total de 9 mil pessoas foram capacitadas, entre donos de empresas, dirigentes e colaboradores. As empresas que participaram do programa conquistaram um aumento de faturamento que variou entre 15% e 18%. “Esse ano vamos expandir o trabalho do VarejoMAIS às pequenas cidades do Estado. A expectativa do programa é dar um salto qualitativo e quantitativo, aumentando de 40 grupos atendidos no comércio em 2007 para aproximadamente 120, com um total de mais de 3 mil empresas para 2008, o que representa mais que o dobro do ano passado. Para isso formatamos o projeto para ter mais abrangência”, diz o coordenador. A nova formatação de que Dalquano fala diz respeito aos dois novos aspectos de atuação do programa. Além do tradicional VarejoMAIS, será implantada a versão
Enerluz: Uma coleção de prêmios em busca da qualidade
Fonte: IBGE - Números de novembro de 2007 na comparação com o mesmo mês de 2006.
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Fênix crescimento Soluções Estruturais | Construção Civil
Depois de uma década com baixos índices, a construção civil retoma as rédeas do crescimento
Se nos EUA a crise na construção civil derruba a economia daquele país, o Brasil dá um drible na influência do mercado norte-americano e o setor cresce a taxas surpreendentes.
que teve aumento de 5,4% no se- viado. O Paraná vivenciou uma gundo trimestre de 2007, enquan- crise na construção civil que durou to o da construção civil chegou a 10 anos até 2006, o que achatou o preço do imóvel e inviabilizou a 6,3%. No Paraná os indicadores tam- manutenção e o crescimento das bém chamam a atenção: só na empresas do setor. “Com as linhas Capital, o número de alvarás para de financiamento específicas para novas construções registrou 2,3 o mercado imobiliário, estabilidade econômica, redução da taxa milhões de m2 em 2007 - aumento de É realizado anual- de juros, redução ou isenção 37% em relação a mente um planeja- de alguns IPIs de matérias2006. Em todo o Es- mento estratégico primas, além da Lei Geral tado o número de setorial, que envol- das Micro e Pequenas Emempregos gerados ve uma política de presas, que incluiu alguns dos subsetores da construcresceu 35%, sal- ações em grupos ção civil no Simples Naciotando de 5.955 em temáticos, lideranal, diminuindo a carga triÉ o que apontam entidades sin- 2006 para 8.011 em dos por empresábutária que era semelhante dicais do setor que prevêem um 2007. E tudo apon- rios, tratando de à uma empresa de grande crescimento de 10,2% para 2008. ta para que o cená- tecnologia, merA grande explicação para esse rio de expansão se cado, capacitação, porte, os empresários voltaram a investir no setor”, diz desempenho é o crescimento do mantenha, já que parcerias e polítiEdvaldo Pires Corrêa, coormercado imobiliário, que surpre- o déficit de mora- cas públicas. denador estadual da Consendeu até mesmo os empresários dias, segundo estrução Civil do Sebrae no do setor. Segundo o IBGE (Institu- tudos da GV ConParaná. to Brasileiro de Geografia e Esta- sult, é de 256.177 Mas, se por um lado o cenário tística), o setor da construção de- residências no Paraná. Finalmente o setor respira ali- mais amplo é animador, é preciso verá crescer acima do PIB Brasil não descuidar de alguns indicadoLançamentos res. Mesmo um pouco abaixo da Fonte: Sinduscon-PR imobiliários média nacional, a informalidade 3.927 unidades no setor ainda é significativa, che(aumento de 107% em relação ao mesmo período de 2006) gando a 47% (a do País é de 52%). 1.947 são unidades com três dormitórios “Um dos objetivos do Sebrae será o de trazer esse público para a for956 são unidades com dois dormitórios malidade. Também trabalharemos Lançamentos residenciais colocados à venda em 2007 com mestres de obras, pedreiros, (empreendimentos verticais, 4 ou mais pavimentos) azulejistas, entre outros, auxilian28 Revista Soluções sebrae
JACP
Construindo sonhos
Jacson Polese dos Santos é um Após uma análise criteriosamenempreendedor nato. Não demorou te fundamentada, Jacson percebeu muito para o gaúcho, que se criou um nicho a ser explorado: a patolono Paraná, abandonar os sonhos de gia estrutural. Concentrou suas pescriança, para começar a pensar na quisas nesse segmento, um campo carreira de futuro empresário. Pon- da engenharia que estuda os sintoderou bem e chegou a conclusão que mas, mecanismos, origens, causas um curso técnico poderia aproximá- e conseqüências dos defeitos nas lo da decisão empreendedora. “Em construções civis. Em 1992, Jacson 1990, quando já abriu sua empresa, a JACP estava concluindo Percebi que todo – Produtos para Construção o curso de técni- mundo construía Civil, e começou a produzir co em edificações, do mesmo jeito, as peças que são usadas para percebi que todo mas ‘de uma maevitar as chamadas fraturas mundo construía neira diferente’. expostas. Seu produto princido mesmo jeito, pal foi batizado de Espaçador Alguns tinham mas ‘de uma maPAC, um distanciador de conneira diferente’. Al- mais critérios, creto para ser utilizado nos guns tinham mais outros menos. cruzamentos das barras nas critérios, outros Entretanto, via em obras para impedir que as menos. Entretanto, todos uma falha: armaduras causem danos na via em todos uma a tal da armadura superfície do concreto e oxifalha: a tal da ar- exposta dem o aço, comprometendo madura exposta”, as estruturas em conconta Jacson. creto armado.
Foto|Karina Yoshizawa
do
do-os na organização e criação de empresas para que possam ter acesso a crédito, direitos trabalhistas e dar uma garantia maior para o cliente final, seja ele a construtora ou pessoa física”, fala Edvaldo. O Sebrae tem hoje consolidados quatro projetos, localizados nas regiões noroeste, oeste, norte e centro-sul do Estado, com metas de multiplicação do atendimento e que também incluem o sudoeste. No total serão atendidas 1.500 empresas nas diversas regiões em 2008. “Em parceria com os Sinduscons, Sistema Fiep e outros agentes intervenientes do setor, estamos fazendo um trabalho junto às construtoras e sua cadeia de fornecedores. É realizado anualmente um planejamento estratégico setorial, que envolve uma política de ações em grupos temáticos, liderados por empresários, tratando de tecnologia, mercado, capacitação, parcerias e políticas públicas”, diz Edvaldo. O grande diferencial do Sebrae no Paraná nesses projetos está no auxílio à estruturação dos modelos de negócios nas empresas, que compreende o posicionamento estratégico, a adoção de melhores práticas em gestão, inserção em redes de negócios e foco em inovação e meio ambiente. “Em sua maioria, são empreendimentos muito pequenos e que possuem atuação muito diversificada, o que pode ser um complicador para o setor da construção civil comparativamente com médias e grandes empresas . Para posicionar a empresa no mercado é preciso definir um nicho específico para ela e especializá-la, agregando valor aos serviços”, completa Edvaldo Déficit de moradias no País Conforme estudo da GV Consult:
Brasil
7,9 milhões de residências
Paraná
256.177 moradias
Curitiba
75.668 moradias (*)
(*) Fundação João Pinheiro
Jacson Polese dos Santos - proprietário da JACP - Produtos para Construção Civil
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Soluções Estruturais | Tecnologia da Informação | Software
Foto|Divulgação
Soluções Estruturais | Construção Civil
Jacson Polese dos Santos (o primeiro à esquerda) é premiado com o ”Prêmio Destaque 2007”, do Projeto Construindo o Futuro.
Mesmo depois de ter identificado essa necessidade no mercado, foram mais três anos até colocar o projeto em prática e até as pessoas conhecerem o produto. “Como eu ia explicar para um sujeito que o trabalho que ele faz há 30 anos iria causar problemas à longo prazo. Acabava por não conseguir vender. Veja minha dificuldade: tinha um produto que ninguém conhecia e que quando eu apresentava, ninguém queria usar”, fala Jacson, em tom de brincadeira. Jacson sentia que precisava de ajuda e foi assim que, em 1996, resolveu procurar o Sebrae no Paraná. Num primeiro momento, não encontrou o curso que queria. En-
tão decidiu continuar buscando conhecimento por conta própria. Em 2003, decidiu contratar uma empresa especialista em marketing, e já na entrevista solicitou uma indicação de um curso que o ajudasse na empreitada de expandir o seu negócio. E o curso indicado era o Empretec, do Sebrae, ONU e parceiros. “Foi sensacional! Esse curso me transformou como empresário. Depois disso fiz mais um monte de cursos”, conta ele entusiasmado. Em um ano, a empresa dobrou de tamanho. “Eu conseguia influenciar mais as pessoas e conseguia fazer com que o mercado entendesse o propósito do produto que oferecia.” Jacson partici-
pou de outros cursos no Sebrae no Paraná, como o Programa Avançado para Líderes Empresários, Projeto “Construindo o Futuro” e implantou em sua indústria o ISO 9000 e também incentiva seus funcionários a participarem de cursos e buscarem conhecimento. “Cada funcionário que atua no escritório já participou pelo menos de três cursos no Sebrae. Os outros participam de cursos mais específicos conforme sua área de atuação. Hoje minha empresa cresce em média 30% ao ano. Para você ter uma idéia do crescimento, em 1995 eu vendi 15 mil peças, e já em 2007 fechei com praticamente 8 milhões de peças em vendas”, comemora. A JACP vende seus produtos desde pequenas obras até grandes usinas e indústrias, somando uma clientela de, em média, 180 empresas. Em 2003, Jacson contou com uma variável externa que também o ajudou na expansão do negócio – a obrigatoriedade do uso dos espaçadores em obras de concreto, por meio da NBR 6118:2003, em conformidade com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e que passou a vigorar em março de 2004.
Lançamentos imobiliários em Curitiba (Unidades residenciais
em empreendimentos verticais)
Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Unidades residenciais 991 1.711 1.650 1.860 1.006 1.708 1.892 3.927
Pessoal empregado na construção civil
Fonte: Sinduscon-PR
(Fonte:PNAD/IBGE)
Ano
Brasil
Paraná
Curitiba
2004
2,679 milhões
151 mil
46 mil
2005
2,750 milhões
143 mil
39 mil
2006
2,945 milhões
162 mil
49 mil
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Sebrae quer
dobrar
o número de empresas atendidas
e dePor ser um segmento lideranças senvolvimento de vital para a economia políticas públicas, concentrará esfordo Paraná, pela sua ços em setores da paracapacidade de geração economia naense com alta de de empregos a baixos concentração pequenas empresas e com grancustos, nível dos de potencial de empregos gerados e desenvolvimento. Um desses setopelo nível res é exatamente o de Tecnologia de competitividade da Informação
Vamos atuar junto com parceiros e empresários no fortalecimento das governanças dos APLs, no acesso a novos mercados sejam eles nacionais ou internacionais, no desenvolvimento empresarial e na qualificação da mão de obra.
rá, em pouco tempo, traçar estratégias e desenvolver iniciativas, sempre em parceria, que permitam fazer a diferença para o setor. O mercado encontra-se em expansão e apresenta desafios importantes. Por exemplo, a formação de mão de obra hoje representa um grande desafio. Outras áreas que deverão ter prioridade na formulação de políticas e estratégias de desenvolvimento relacionam-se à certificação internacional que o Estado pode com foco nas empara empresas de software atingir em pouco tempo, o Se- presas que desenvolvem softwa- e à identificação de nichos com brae no Paraná vem desenvol- re. Essa concentração possibilita- bom potencial que permitam às vendo um trabalho de fortalecimento das pequenas empresas APLs de SOFTWARE de Tecnologia da Informação (TI), com os Arranjos Produtivos Maringá 97 empresas Locais (APLs) na região de Maringá, Pato Branco, Londrina e Curitiba 162 empresas Curitiba. Para o próximo triênio, o SePato Branco 48 empresas brae no Paraná, além de toda a sua atuação nas áreas do emFonte : FIEP preendedorismo, formação de Revista soluções sebrae 31
Foto|Divulgação
empresas paranaenses desenvolver produtos com maior nível de diferenciação e valor agregado. No desenvolvimento do setor, também é importante o ganho de produtividade que toda a economia do Estado terá, pois a TI é o único setor que, por meio de seu trabalho, consegue ajudar a elevar a qualidade e produtividade de todos os outros. Segundo o coordenador estadual de Tecnologia da Informação/Software do Sebrae no Paraná, Ricardo de Almeida Pereira, nos Arranjos Produtivos Locais já formados existem atualmente perto de 100 empresas de TI que desenvolvem software e são atendidas pelo Sebrae. “A nossa meta é atingir 200 empresas nos próximos meses e trabalhar esses empreendimentos até o final do ano”, conta ele. “Vamos atuar junto com parceiros e empresários no fortalecimento das governanças dos APLs, no acesso a novos mercados sejam eles nacionais ou internacionais, no desenvolvimento empresarial e na qualificação da mão de obra. Queremos dar maior visibilidade a esses negócios para que se tornem mais competitivos”, acrescenta. Em franca expansão no País, o setor de Tecnologia da Informação já representa 0,97% do PIB – Produto Interno Bruto brasileiro e movimenta perto de US$ 10 bilhões, dos quais US$ 3,26 bilhões são em softwares. Das 7.818 empresas do setor existentes no Brasil, 94% são pequenos negócios. “Há um prognóstico de crescimento do setor numa média de 12% ao ano e no Paraná vamos atuar fortemente na educação, além da parte técnica de gestão porque o setor de software necessita de pessoas e há um quadro de falta de pessoal especializado na região”, conclui Ricardo de Almeida Pereira
Foto|Divulgação
Soluções Estruturais | Tecnologia da Informação | Software
Comemoração pela conquista do Prêmio Sucesso Empresarial 2007, uma parceria do Sebrae, IBQP e Grupo Gerdau.
Marcus Friedrich, um dos fundadores da Mabtec, que é hoje uma das empresas mais atuantes da APL de Londrina no desenvolvimento de software
Acertando o passo para o
Em 2007, a Mabtec Tecnologia em Sistemas Ltda., em Londrina, norte paranaense, recebeu o Prêmio Sucesso Empresarial do Paraná, escolhida como a melhor na categoria serviços, entre 911 empresas concorrentes. Foi o reconhecimento de uma gestão modelo. A Mabtec é uma das empresas mais atuantes do APL de Tecnologia da Informação em Lon-
drina e Região e um exemplo de como uma pequena empresa pode aproveitar as oportunidades do mercado de TI com a ajuda do Sebrae e parceiros. O Sebrae tem forte atuação nos APLs espalhados por todo o Estado. Além de fortalecer a gestão das pequenas empresas reunidas nesses arranjos, a entidade também trabalha a cultura do associativismo.
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Fundada em 1994, com dois proprietários, Marcus Friedrich, e a mulher Alexsandra Cristina Von Borstel, a empresa familiar atua no desenvolvimento de softwares para o segmento de transporte e processos de qualidade, produzindo softwares gerenciais, administrativos e técnicos para reformadores de pneus, autocentros e indústrias de borracha. Atualmente
possui 35 empregados e entre 1994 e 1998 dedicou-se também à venda de equipamentos e suprimentos, além da manutenção de computadores. “Entre 1998 e 2000, no entanto, decidimos concentrar a atuação no desenvolvimento de softwares para diversos segmentos, mas só acertamos o passo de crescimento quando nos especializamos no desenvolvimento de softwares para o segmento de pneus e, a partir de 2007, para frotas e processos de qualidade”, conta Marcus Von Borstel. Até hoje o seu software Recap, para recapeadoras de pneus, é sucesso nacional de vendas. Graças a essa decisão estratégica, a Mabtec pode iniciar a exportação de dois de seus sistemas, a partir de 2004, para o Chile e Argentina, expandindo as vendas em 2005 para o Paraguai, Uruguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, América Central, México, além de Portugal e Espanha. Atualmente 10% das vendas e de usuários dos produtos da empresa estão no exterior. Em 2006, a empresa recebeu da Adetec (Associação de Desenvolvimento Tecnológico de Londrina) o Prêmio Destaque Tecnológico, sendo escolhida como a melhor empresa na categoria Software. Atuante no APL de TI em Londrina e Região, a empresa participa e incen-
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tiva seus colaboradores a estarem presentes em eventos de TI. Em 2007 a empresa promoveu o lançamento de dois novos produtos – MabQuality, para controle de qualidade e MabFrota, para o gerenciamento de frotas de veículos - e estabeleceu uma parceria com o programa Microsoft Business Partner, com assinatura de ferramentas e soluções Microsoft. “Com os dois novos lançamentos e a atuação em nível nacional a previsão é a de que cresçamos 25% neste ano”, diz Marcus. Como resultado, a empresa alcançou mais de 200 clientes no Brasil, com mais de 3 mil usuários ao final de 2007, realizando trabalhos de marketing como a participação em feiras e eventos automotivos no Brasil e exterior e fazendo propaganda em revistas específicas e sites. No projeto de reestruturação executado em 2007, a Mabtec também criou um novo departamento: o de P&P - Pesquisa e Projeto, que tem como objetivo criar novos projetos e gerenciá-los.
Soluções Sistêmicas | Lei Geral da Micro e Pequena Empresa Foto|Bruna Moreschi
Sebrae quer implantar Lei Geral nos 399 municípios do Paraná Nova legislação cria um novo clima para o desenvolvimento dos pequenos negócios
Saudado como um tipo de reforma tributária consistente num setor específico da economia e uma estratégia de desenvolvimento para o País, o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, também conhecido como Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, virou lei federal em dezembro de 2006 e veio para ampliar o horizonte empresarial. Antes dele, o Brasil sacrificava seus empreendedores devido ao excesso de regras, formalismos e processos muitas vezes burocráticos que deveriam ser seguidos pelos empresários de pequenos negócios. O Sebrae no Paraná, que teve um trabalho atuante durante todo o processo de discussão da Lei Geral, desde a sua primeira concepção, em 2001, iniciou um movimento mais forte e articulado em 2007, com a criação de um grupo de trabalho específico para orientar a implantação da Lei Geral pelos municípios paranaenses. Só no ano passado, cerca de 40 municípios paranaenses implantaram leis gerais municipais, com regras que beneficiam as micro e pequenas empresas.
A estratégia do Sebrae é intensificar ainda mais essa municipalização da Lei Geral, atingindo os 399 municípios do Paraná. Para auxiliar o trabalho das prefeituras e câmaras municipais, o Sebrae disponibiliza por meios eletrônicos ou mesmo impressos um roteiro completo da implantação da Lei Geral ou destaca seus técnicos para palestras e assessorias que estão sendo promovidas em conjunto com as Associações de Municípios. “Não se pode esquecer que o prazo de implantação da Lei Geral foi fixado em um ano e ele venceu em 13 de dezembro de 2007. A partir daquela data, as prefeituras podem estar sujeitas a ações judiciais de empresas que se julgarem prejudicadas pela não regulamentação da Lei Geral. Esse é um dos princi- em improbidade, por não respeitar os pais alertas que estamos levando aos princípios da administração pública prefeitos e assessorias jurídicas dos previstos na Lei nº 8.429 conhecida municípios”, conta o como Lei de Improbidade Adconsultor do Sebrae O prazo de implan- ministrativa. e coordenador do tação da Lei Geral Segundo Serrato, a ênfagrupo de implanta- foi fixado em um se da mídia para os aspectos ção da Lei Geral no ano e ele venceu tributários da Lei atrapalhou Paraná, Cláudio Ser- em 13 de dezembro um pouco sua implantação rato. porque trouxe o receio aos de 2007. Desde Outra questão então as prefeituprefeitos de que eles podeque deve ser atenriam perder receitas, o que ras podem estar tada pelos prefeitos, não vem ocorrendo nos munisujeitas a ações segundo o consultor cípios que implantaram a Lei do Sebrae, é que o judiciais de Geral Municipal. Um outro administrador públi- empresas que se aspecto a analisar é que “Os co que deixar de as- julgarem prejutributos municipais não são segurar o tratamento dicadas pela não muito importantes nos custos diferenciado deter- regulamentação da de uma empresa. Nesse caso, minado pela nova Lei Geral. o mais importante é implantar Lei poderá incorrer a Lei para diminuir a burocra34 Revista Soluções sebrae
cia e os prazos de implantação do negócio, o que pode ser um verdadeiro estímulo para a formalização dos empreendimentos e aí as prefeituras só têm a ganhar”, diz ele. “O que procuramos levar aos prefeitos é que essa idéia da formalização, presente na Lei Geral, é muito forte e que com isso ele irá aumentar suas receitas. Só para dar um exemplo: somente os programas de desenvolvimento dos governos federal e estadual vão aplicar R$ 41 bilhões nos próximos anos e as micro e pequenas empresas poderão participar das licitações deste valor se estiverem formalizadas”, relata Serrato
Benefícios na
Prática
O empresário Fernando Françozo, proprietário da AFIATEC, uma pequena empresa de Maringá criada há cinco anos e especializada na afiação de ferramentas para indústria mecânica como brocas e frezas é um exemplo de quem já se beneficia dos efeitos da Lei Geral na esfera municipal. “ Na minha empresa o melhor efeito foi a redução dos impostos na área municipal pelo número de empregos gerados”, conta ele. “No início pagava 3%, com a Lei a alíquota baixou para 2% e ainda tenho mais alguma redução pelos três empregos criados. Como o mercado está bom vou contratar mais um funcionário até março”, conta ele. “A redução no imposto me dá fôlego para pensar em novos investimentos”,conclui.
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Maringá
saiu na frente
A implantação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa no Brasil começou antes pelo Paraná porque o município de Maringá, no noroeste do Estado, resolveu sair na frente e implantar uma legislação favorável às micro e pequenas empresas antes mesmo de sua promulgação. Em outubro de 2006, por exemplo, a Prefeitura havia colocado em vigor duas leis complementares municipais criando o Alvará Provisório e o Certificado de Registro Cadastral. Além disso, a nova legislação municipal para micro e pequenas empresas prevê uma série de incentivos para quem entrar na formalidade e gerar empregos. Segundo o secretário municipal da Indústria, Comércio e Turismo, Ercílio Santinoni, “com o Alvará Provisório, para abrir um escritório em um prédio, a pessoa não tem mais que esperar pelas vistorias da saúde, do Corpo de Bombeiros e de zoneamento. Com o Certificado, o empresário precisa de apenas um documento para participar das licitações”, afirma. O resultado é que uma empresa é aberta em apenas cinco dias, e, além disso, na Prefeitura do município de Maringá, as micro e pequenas empresas também têm preferência assegurada nas compras governamentais de até R$ 80 mil, um dos principais atrativos à formalidade estabelecidos pela Lei Geral. Existem 26 mil estabelecimentos cadastrados na Secretaria Municipal da Indústria, Comércio e Turismo, dos quais 25,2 mil são micro e pequenas empresas. Esses empreendimentos geram mais de 50 mil empregos na cidade, mas calcula-se que existam outras 35 mil empresas locais atuando na informalidade. A partir da Lei Geral, no entanto, calcula-se que pelo menos 600 empresas da cidade já procuraram sua formalização para usufruir dos benefícios da legislação, número que tende a crescer por que a cidade inovou mais uma vez e criou um programa que troca tributo por empregos para as empresas que estão inscritas no Simples Nacional. Dependendo do número de empregos que a empresa cria ou mantém, passa a ter um desconto que pode chegar até 20% do ISS.
Soluções Sistêmicas | Lei Geral da Micro e Pequena Empresa
Regulamentação gera empregos e renda
“O papel do Sebrae é apoiar sudoeste, oeste, noroeste, norte as micro e pequenas empresas e centro-sul do Estado. Dentre e é com satisfação que verifi- as associações parceiras do Secamos que muitos municípios brae estão a AMSOP (Sudoeste), acolheram a idéia da munici- AMOP (Oeste), AMERIOS (Entre Rios), AMUNPAR (Noroespalização. Hoje, te), AMUSEP (Setentrião os municípios A Lei Geral da Paranaense), COMCAM que geram mais Micro e Pequena (Campo Mourão), AMUempregos no Pa- Empresa é um NORP (Norte Pioneiro), raná são os que instrumento de ASSOMEC (Região Mejá regulamenta- desenvolvimento tropolitana de Curitiba), ram a Lei Geral”, e formalização AMOCENTRO (Centro), afirma o diretor- dos pequenos superintendente negócios. Engloba AMCG (Campos Gerais) e AMLIPA (Litoral). do Sebrae no Pa- não apenas tribuO Programa de Estudos raná, Allan Mar- tos, mas questões Avançados para Líderes celo de Campos como a desburoPúblicos, uma parceria do Costa. Segundo cratização, acesso Sebrae, Governo do Estado ele, “a partir da e Associação dos Municíregulamentação ao crédito e a pios do Paraná, também da Lei Geral, novos mercados. cria-se um círculo virtuoso, que vai beneficiar os municípios, gerar empregos e movimentar renda”. Campos Costa destaca, além do intenso trabalho de orientação feito junto aos empresários, a mobilização das associações de municípios em todo o Estado que, em parceria com o Sebrae, divulgaram a importância da regulamentação. Foram realizados encontros no
foi, na avaliação do diretorsuperintendente, um meio eficaz para disseminar a municipalização da Lei Geral. Durante os encontros regionais do Programa, edição 2007/2008, além de palestras com consultores, o Sebrae também distribuiu CDs com uma proposta de lei e documento contendo o passo a passo para a implantação de leis gerais municipais. “A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa é um instrumento de desenvolvimento
e formalização dos pequenos negócios. Engloba não apenas tributos, mas questões como a desburocratização, acesso ao crédito e a novos mercados como o das licitações públicas”, assinala Campos Costa. Outro ponto da Lei Geral destacado pelo diretor-superintendente é a possibilidade de acesso à inovação. “O Brasil tem uma série de instituições públicas que investem em inovação e tecnologia. A Finep, por exemplo. São recursos públicos normalmente investidos a fundo perdido. E 20% desses recursos devem, obrigatoriamente, de acordo com a nova legislação, ser destinados a projetos de inovação em micro e pequenas empresas. Esse item é de fundamental importância para o fortalecimento dos pequenos negócios.” O Sebrae fará um esforço para que até 2009 todos os municípios do Paraná tenham implantado e regulamentado a Lei Geral Municipal, beneficiando todas as micro e pequenas empresas, criando assim um ambiente legal favorável a implantação de desenvolvimento de negócios.
Micro e pequenas empresas • Correspondem a 99,2% das 4,6 milhões de empresas formalizadas
O Conselho Deliberativo do Sebrae no Paraná é um exemplo de gestão democrática e colegiada, que traça a estratégia de ação do Sebrae a ser executada pela Diretoria Executiva, com a fiscalização do Conselho Fiscal. Formado por entidades parceiras, representantes de segmentos do setor produtivo, de instituições de crédito e do governo, a governança funciona como uma Assembléia Geral, soberana, que representa a tomada de decisões de forma compartilhada.
Conheça as entidades e o que fazem pelas pequenas empresas A Agência de Fomento do Paraná S/A mantém parcerias importantes com o Sebrae na área de microcrédito. Em 2008, o governo do Paraná irá retomar o seu programa de microcrédito, com linhas de financiamento para micro e pequenas empresas. O novo sistema vai atender ao centro expandido do Estado, região composta por 127 municípios. Serão ofertados empréstimos de R$ 300 a R$ 10 mil, com possibilidade de pagamento em até 24 meses, com três meses de carência e taxas de 0,95% ao mês. Nesta parceria, a Agência disponibiliza recursos próprios e o Sebrae orienta sua aplicação pelos empresários de pequenos negócios. Em 2008, também serão disponibilizados, em parceria com o Sebrae, recursos próprios para empresas abrigadas em incubadoras ou graduadas em incubadoras. A idéia é injetar R$ 4,5 milhões nesse segmento, como estímulo e apoio à inovação, mudando o perfil do setor industrial paranaense.
O Banco do Brasil possui relação histórica de apoio às empresas brasileiras, especialmente aquelas de micro e pequeno porte, sendo líder em negócios com micro e pequenas empresas com 1,6 milhão de clientes. O crescente volume de crédito a cada ano oferecido ao segmento reflete a estratégia de focar os pequenos empreendimentos: no primeiro semestre de 2007, o saldo contratado atingiu R$ 28,6 bilhões, com recursos liberados na ordem de R$ 21,3 bilhões entre linhas para capital de giro, financiamentos de investimentos e comércio exterior.
A Caixa apóia o Sebrae em todo o estado do Paraná, nas diversas atividades e eventos, por meio de patrocínios e, especialmente, com o trabalho do seu corpo gerencial, e equipes do relacionamento empresarial, em toda a sua rede de agências. A missão é voltada para o desenvolvimento das pequenas empresas. Por conhecer os serviços do Sebrae, os clientes empresários são direcionados para receberem orientação e consultoria dessa instituição. Da mesma forma, ao detectar clientes que necessitem dos produtos e serviços oferecidos pela Caixa, o Sebrae prontamente os encaminha para nosso atendimento.
O CITPAR é uma Oscip que se dedicou durante 21 anos a prestar atendimento na área de tecnologia a órgãos de governo, universidades e entidades da iniciativa privada. Como Eurocentro realizou muitos encontros empresariais de países da Comunidade Européia e América Latina. Várias empresas que hoje se encontram instaladas no Paraná foram influenciadas direta ou indiretamente pelo CITPAR e com o Sebrae houve vários projetos que foram desenvolvidos visando o atendimento às micro e pequenas empresas. Nesse ínterim, o CITPAR sempre participou do Conselho Deliberativo e, dessa forma, continuamos a emprestar nossa colaboração como membros do Conselho procurando ajudar o Sebrae a prestar com brilhantismo o serviço de apoio às micro e pequenas empresas.
• Empregam 56,1% das 25,9 milhões de pessoas em atividade • Responsáveis por 24% do total da receita bruta privada. Fonte: IBGE
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A Faciap e o Sebrae mantêm uma antiga parceria em torno do Programa Empreender, que possui hoje 180 núcleos e atende a 2.055 empresas, com orientação de técnicos e consultores contratados pelas associação comerciais e pela Faciap, tendo parte dos recursos supridos pelo Sebrae. Por meio de suas 282 associações comerciais afiliadas – que constituem a mais capilarizada rede de apoio à micro e pequena empresa no Estado do Paraná – a Faciap disponibiliza uma série de ferramentas no auxílio à gestão empresarial, que vai desde o sistema de proteção ao crédito até a parte de apoio em ações de comércio exterior, passando pelos estágios orientados, pela organização de cooperativas de crédito, abraçando o trabalho das mulheres empresárias e jovens empreendedores.
O Paraná possui cerca de 300 mil micro, pequenos e médios produtores que têm no Sistema Faep/Senar e parceiros fortes aliados na profissionalização de sua empresa rural. Portanto, em cada parceria firmada com o Sebrae, o Sistema Faep/Senar buscou sua expertise no desenvolvimento de lideranças e gestão. Por isso, a realização conjunta de ações como o Programa Empreendedor Rural e o Programa de Desenvolvimento Sindical, fruto de esforços conjuntos de entidades que utilizaram suas competências nas áreas de formação profissional, desenvolvimento humano e empreendedorismo em favor do incremento do meio rural.
REGIONAL CENTRO-SUL Curitiba Rua Caeté, 150 Bairro Prado Velho CEP: 80.220-300 Fone: (41) 3330-5800 Fax: (41) 3330-5768 / 3332-1143
Escritório A Fampepar – Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas do Estado do Paraná é parceira do Sebrae em projetos que buscam o fortalecimento de associações de pequenas empresas em todo o Estado. O trabalho consiste na realização de palestras e na capacitação de lideranças e empresários. A entidade representa as micro e pequenas empresas no Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exteriore que discute temas ligados às micro e pequenas empresas. Ele existe desde 1999 e foi mantido num dos artigos da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa.
Guarapuava Rua Vicente Machado, 1552 Bairro Centro CEP: 85.010-260 Fone: (42) 3623-6720 Fax: (42) 3623-6720
REGIONAL OESTE
Ponta Grossa Rua XV de Novembro, 120 Bairro Centro CEP: 84.010-020 Fone: (42) 3225-1229 Fax: (42) 3225-1229
Cascavel Avenida Pres. Tancredo Neves, 1262 Bairro Alto Alegre CEP: 85.805-000 Fone: (45) 3321-7050 Fax: (45) 3226-1212
Escritório
O Sistema Ocepar mantém com o Sebrae parcerias nas áreas de crédito e intercâmbio internacional. Em conjunto com o Sebrae/PR e o Sescoop/PR está em fase de formatação um projeto denominado Cooperação Empreendedora que é um programa de desenvolvimento integrado das cooperativas de crédito, onde se busca o desenvolvimento e o fortalecimento do sistema de crédito cooperativo por meio da qualificação e aprimoramento de seus dirigentes, colaboradores e cooperados. Na área internacional existe uma parceria para capacitar dirigentes e executivos das cooperativas do Estado, visando a inserção, cada vez maior, de produtos e serviços no mercado externo, além de prospectar possíveis parcerias com cooperativas de outros países.
A Secretaria da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul desenvolve com o Sebrae trabalhos para a inclusão das micro e pequenas empresas paranaenses no cenário comercial. Juntas, as duas entidades promovem a capacitação das empresas nos Arranjos Produtivos Locais (APLs) onde o governo atua no fortalecimento do setor produtivo. Do processo fiscal - como a isenção do ICMS para a micro e pequena empresa - passando a inserção do pequeno e médio empresário no comércio exterior, o governo estadual é um instrumento de apoio e estímulo para o empresário do Paraná.
Foz do Iguaçu Rua das Guianas, 151 Bairro Jardim América CEP: 85.864-470 Fone: (45) 3523-2808 Fax: (45) 3523-1873 Toledo Largo São Vicente de Paulo, 1333 - 3° andar - sala 30 e 31 CEP: 85.900-210 Fone: (45) 3252-0631 Fax: (45) 3252-6175
REGIONAL NORTE Londrina Av. Santos Dumont, 1335 Bairro Aeroporto CEP: 86.039-090 Fone: (43) 3373-8000 Fax: (43) 3373-8005
REGIONAL SUDOESTE
Escritório Desenvolvendo projetos que estão agregando mais valor às ações do comércio do Estado, como o Pró-Litoral e VarejoMAIS, entre outros, o Sistema Fecomércio - Sesc Senac tem crescido em suas realizações a partir das parcerias já realizadas com o Sebrae no Paraná. Somando esforços, o objetivo é o de dar ao Empresário do Comércio as melhores condições possíveis de sobrevivência e sustentabilidade do seu negócio, numa época em que a competição pelo cliente é cada vez mais acirrada.
Apucarana Rua Osvaldo Cruz, 510 - 13° andar Bairro Centro CEP: 86.800-720 Fone: (43) 3422-4439 Fax: (43) 3422-4439 Ivaiporã Rua Professora Diva Proença, 1190 Bairro Centro CEP: 86.870-000 Fone: (43) 3472-1307 Fax: (43) 3472-1307
O Sistema Fiep, que engloba a própria Fiep, Sesi, Senai e IEL, tem diversas parcerias com o Sebrae e muitos eventos de comércio exterior, realizados pelo Centro Internacional de Negócios (CIN), contam com apoio ou parceria do Sebrae. Ambos – Fiep e Sebrae – têm atuação importante na governança e expansão da rede de Arranjos Produtivos Locais (APLs) do Estado e na realização do Paraná Business Collection e em ações do Senai na área de capacitação e de clínicas tecnológicas. O Sebrae é um grande parceiro da Federação na elaboração da pesquisa Indicadores Conjunturais, que mede o volume de vendas da indústria paranaense.
A Universidade Federal do Paraná tem em sua grade curricular matérias que contribuem para a formação dos empreendedores do futuro. A parceria com o Sebrae no Paraná é uma extensão de nossos interesses em ter uma sociedade mais empreendedora.
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Pato Branco Avenida Tupi, 333 Bairro Bortot CEP: 85.504-000 Fone: (46) 3220-1250 Fax: (46) 3220-1251
Escritório Francisco Beltrão Rua São Paulo, 1212 - Sala 01 - Condomínio Alphaville CEP: 85.601-010 Fone: (46) 3524-6222 Fax: (46) 3524-5779
Jacarezinho Rua Dr. Heráclio Gomes, 732 Bairro Centro CEP: 86.400-000 Fone (43) 3527-1221 Fax: (43) 3527-1221
REGIONAL NOROESTE Maringá Avenida Bento Munhoz da Rocha, 1116 Bairro Zona 07 CEP: 87.030-010 Fone: (44 ) 3220-3474 Fax: (44) 3220-3402
Escritório Campo Mourão Avenida Manoel Mendes de Camargo, 1111 Bairro Centro CEP: 87.302-080 Fone: (44) 3523-5386 Fax: (44) 3523-5386 Paranavaí Rua Mato Grosso, 1874 A Bairro Centro CEP: 87.702-030 Fone: (44) 3423-2865 Fax: (44) 3423-2794
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