Jornal de Negócios - 01 de Março de 2019 - Edição 299

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| Versão impressa - 250 mil exemplares # 299

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Marcia Sena, da Senior Concierge: experiência pessoal inspirou criação de empresa para auxiliar idosos em casa

O NOVO MERCADO DA TERCEIRA IDADE Envelhecimento da população abre oportunidades de negócios voltados a idosos, como serviço de acompanhamento e até games para estimular o raciocínio. Pág. 8

Startups especializadas facilitam o dia a dia de condomínios Pág. 4

Chocolate artesanal se renova e amplia opções para o consumidor Pág. 6

Programa reúne empreendedores em busca de soluções conjuntas Pág. 10


2 | JORNAL DE NEGÓCIOS EXPEDIENTE Publicação mensal do Sebrae-SP Edição impressa CONSELHO DELIBERATIVO

Diálogo construtivo

Presidente: Tirso Meirelles

ACSP, ANPEI, Banco do Brasil, Faesp, FecomercioSP, Fiesp, Fundação ParqTec, IPT, Desenvolve SP, SEBRAE, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Sindibancos-SP, Superintendência Estadual da Caixa Econômica Federal. DIRETORIA EXECUTIVA

TIRSO MEIRELLES, Presidente do Sebrae‑SP

Somos favoráveis às ações que promovam a melhoria do ambiente empreendedor e a sustentabilidade do setor produtivo, em especial dos pequenos negócios, pilares da geração de empregos e inovação. E por estar em sintonia com as diretrizes dos novos governos federal e estadual – melhoria da produtividade e geração de empregos –, decidimos contribuir para este debate, trazendo novos elementos que deem suporte às medidas governamentais futuras. Existem hoje no Estado de São Paulo 4 milhões pequenos negócios, que garantem ocupação a 10 milhões de pessoas e geram 27% do Produto Interno Bruto (PIB). O que esses números não revelam é que, sozinhos, ainda enfren-

tam muitas dificuldades de gestão, produção, além das armadilhas do ambiente burocrático e tributário desfavorável à manutenção da atividade, que faz uma em cada quatro empresas abertas hoje encerrar atividade até 2020. É aí que o Sebrae atua, levando produtos e serviços que orientam, capacitam e promovem a inclusão de microempreendimentos individuais, micro e pequenas empresas e futuros empreendedores nas mais diversas cadeias produtivas, garantindo sua sustentabilidade. Em 2018, realizamos mais de 2,6 milhões de atendimentos a mais de 1 milhão de empresários e futuros empreendedores, que pontuaram com nota 8 a efetividade do conhecimento transmitido nos resultados obtidos na empresa. É o caso do Vinicius Costa, do Dr. Farol, que conta sua história nesta edição do Jornal de Negócios. Com veia empreendedora desde a in-

fância, um insucesso no primeiro empreendimento e uma nova ideia na cabeça, procurou o Sebrae-SP em Franca. Com a qualificação que recebeu de nosso time de especialistas mudou sua história empreendedora, passando de uma empresa com três colaboradores e faturamento médio de R$ 360 mil/ano para um empreendimento com 32 colaboradores, três unidades e receita média de R$ 2,3 milhões. Para ele, o Sebrae foi a porta de entrada para o conhecimento. Os planos agora são para franquear o negócio, dentro e fora do Brasil. Diante desse quadro, o Sebrae-SP está construindo uma agenda positiva junto a diversos parceiros – públicos e privados – para desenvolvimento de plataformas regionais de desenvolvimento, afinadas às necessidades da economia 4.0, que garanta a jornada exitosa dos pequenos negócios, como o Dr. Farol, rumo à competitividade.

Diretor-superintendente: Luis Sobral Diretor técnico: Ivan Hussni Diretor de administração e finanças: Guilherme Campos JORNAL DE NEGÓCIOS

Unidade Inteligência de Mercado Gerente interina: Marcelle Carvalho. Editores responsáveis e redatores: Gabriel Jareta (MTB 34769) e Roberto Capisano Filho (MTB 46219). Assessores de imprensa: Gisele Tamamar, Patricia Gonzalez e Rogério Lagos. Imagens: istockphoto.com. Diagramação: Daniel Augusto de Resende Neves, Gisele Resende Costa e Letícia Durães. Fotos: Ricardo Yoithi Matsukawa – ME e Carlos Raphael do Valle – ME para o Sebrae-SP. Apoio comercial: Unidade Comercial. SEBRAE-SP

Rua Vergueiro, 1.117, Paraíso São Paulo-SP. CEP: 01504-001 ESCRITÓRIOS REGIONAIS SEBRAE-SP

Alto Tietê

Araçatuba Araraquara Baixada Santista Barretos

Novidades

Bauru Botucatu Campinas Capital Centro

Sebrae realiza Prêmio Nacional de Educação Empreendedora (PNEE) A iniciativa é destinada a professores, secretários municipais e estaduais de educação, reitores, diretores e coordenadores em todos os níveis O Sebrae realizará este ano a 1ª edição do Distrito Federal. Esses professores, gestores Prêmio Nacional de Educação Empreendedora e diretores estarão automaticamente clas(PNEE). A premiação está organizada em qua- sificados para a etapa regional. Nessa fase, tro categorias (ensino fundamental, médio, pro- serão analisados os 108 projetos e indicados fissional e superior) e se destina a professores, 60 finalistas do País, que passarão por banca secretários municipais e estaduais de educa- avaliadora nacional, responsável por apontar ção, reitores, diretores e coordenadores em to- os 12 ganhadores nacionais (1º, 2º e 3º lugados os níveis. Para participar, basta estruturar res de cada categoria). as boas práticas realizadas no ambiente escolar. As inscrições vão até 26 de abril.

As melhores iniciativas estaduais e regionais serão reconhecidas com os troféus ouro,

O reconhecimento ocorrerá em três eta- prata e bronze. Já os melhores cases nacionais pas. Na primeira, em nível estadual, após aná- receberão, além de troféus, convites para parlise por banca avaliadora, serão selecionados ticipar de uma missão técnica nacional (1º, 2º e os 20 melhores cases (cinco para cada cate- 3º lugares). Por fim, para os 1º lugares em cada Istockphoto.com

goria) em cada um dos 26 Estados, além do uma das quatro categorias, serão concedidas

também oportunidades de apresentarem seus projetos em um evento de visibilidade nacional. A participação é gratuita e pode ser feita no site do Prêmio: educacaoempreendedora. sebrae.com.br INFORMAÇÃO IMPORTANTE Após o fechamento da edição de fevereiro do Jornal de Negócios, a data em que será realizada a Feira do Empreendedor do Sebrae-SP 2019 foi alterada. O evento ocorrerá entre os dias 5 e 8 de outubro, das 10h às 20h, no Anhembi. Para inscrições e outras informações, acesse feiradoempreendedor.sebraesp.com.br.

Capital Leste I Capital Leste II Capital Norte Capital Oeste Capital Sul Franca Grande ABC Guaratinguetá Guarulhos Jundiaí Marília Osasco Ourinhos Piracicaba Presidente Prudente Ribeirão Preto São Carlos São João da Boa Vista São José do Rio Preto São José dos Campos Sorocaba Sudoeste Paulista Vale do Ribeira Votuporanga ENTRE EM CONTATO: 0800 570 0800


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Entrevista do mês

Fórmula de sucesso

Isaias de Oliveira começou a fabricar sorvetes em uma pequena loja e agora chega ao exterior Patricia Gonzalez

U

m pequeno empreendimento iniciado por um jovem de 18 anos na década de 1980, a rede Chiquinho Sorvetes já alcançou a marca de mais de 450 unidades espalhadas em todo o País, além de três lojas na Flórida, nos Estados Unidos. Com o apoio do pai – que se chama Francisco e foi a inspiração para o nome da marca –, o empreendedor Isaias Bernardes de Oliveira abriu uma pequena sorveteria na cidade de Frutal, em Minas Gerais, na década de 80. Após cinco anos de trabalho, o empresário identificou a oportunidade de expandir seu negócio e partiu rumo ao Estado de São Paulo para novos desafios. A primeira filial foi inaugurada em Guaíra, cidade a cerca de 40 quilômetros de Barretos. A partir daí, o negócio se expandiu e, em 1998, já com uma pequena rede de lojas, Oliveira implantou o uso das máquinas de sorvete soft. Durante a década de 2000, quando já tinha cerca de 80 unidades, a empresa entrou para o franchising com a criação da CHQ Companhia de Franchising, franqueadora com sede em São José do Rio Preto. Atualmente, a empresa possui centro de distribuição próprio para atender toda a rede e que é responsável pela logística e abastecimento das unidades. Oliveira conversou com o Jornal de Negócios a respeito dos desafios da vida de empreendedor e as estratégias para o negócio. Por que o senhor escolheu o ramo de sorvetes para empreender? Na época, a cidade em que eu morava (Frutal) era carente de sorvetes de qualidade e nós vimos essa oportunidade, aliada ao clima quente do município. O senhor apostou no desenvolvimento de uma receita própria. Por quê?

Isaias de Oliveira, da Chiquinho Sorvetes: desafios de manter padrão e inovar para vender o ano todo

Quais foram as estratégias adotadas para divulgar a empresa? Investimos constantemente em ações de marketing e campanhas de divulgação dos produtos, tanto em TV como redes sociais. Hoje já podemos dizer que o investimento em mídia offline é o mesmo usado para mídias online. Também investimos em pesquisas de desenvolvimento e capacitação para manter o bom atendimento dos clientes e o suporte aos nossos franqueados. A sazonalidade no ramo de sorvetes é um desafio para todo empreendedor que atua nesse segmento. Que conselho o senhor daria para quem atua no setor? Acredito que o empresário precisa se preparar para a queda de vendas devido à sazonalidade com inovação, criatividade e estratégia. Todo ano, por exemplo, fazemos uma campanha de inverno com um mix de produtos para serem consumidos nesta época. Já fizemos bolo de caneca com sorvete por cima, fondue de frutas, entre outros. Estamos sempre inventando coisas novas. Hoje a sazonalidade já não é mais um problema.

Desde o começo sempre tivemos nossa própria receita. A que usamos atualmente é a evolução de todos esses anos. Eu nunca abri mão da qualidade, então estamos sempre aperfeiçoando nossa técnica. O sorvete é feito à base de uma bebida láctea que foi desenvolvida por mim. Hoje é colocada na máquina soft, que faz sorvetes de baunilha e chocolate. Esses dois sabores são a base para desenvolver os outros existentes. Hoje temos 120 sabores em nosso cardápio, além de outros produtos, como o milk shake e o shake mix. Qual o maior desafio en-

contrado quando resolveu ampliar a sua rede e estabelecer o sistema de franquias? O maior desafio foi sair de um modelo artesanal para um modelo industrial em grande escala. E também o fator logístico e de distribuição para todo o Brasil. Para isso, eu fiz parcerias com grandes indústrias que fornecem insumos para a produção da base de bebida láctea. Com nossa receita própria, esses fornecedores já entregam a base pronta em nosso centro de distribuição, que fica responsável por todas as entregas nas lojas.

Além de sorvete, o grupo é detentor de distribuidora alimentícia, empresa de tecnologia e agência de comunicação. Por que o senhor optou por diversificar? Essas empresas têm por objetivo manter o padrão, a qualidade e o aperfeiçoamento dos serviços. Todo o trabalho desenvolvido por elas é complementar ao nosso negócio de sorvetes. A empresa de tecnologia, por exemplo, investe no desenvolvimento de software para as lojas. Hoje o nosso PDV é próprio. Já a nossa agência é responsável pelo desenvolvimento de todas as peças e campanhas. Lá eles respiram a Chiquinho Sorvetes e entendem toda a nossa realidade e necessidades.


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Condomínios na

As chamadas “condotechs” oferecem serviços para

Gisele Tamamar

A

s fintechs são as startups ligadas ao sistema financeiro, assim como as agtechs são aquelas ligadas ao agronegócio e as lawtechs ao setor jurídico. Agora, um grupo de startups se reuniu para criar uma nova categoria: são as condotechs. Essas empresas inovadoras estão de olho em um mercado com potencial: os condomínios. Só no Estado de São Paulo, são 60 mil condomínios residenciais, comerciais e mistos, sendo 45 mil na capital, segundo estimativa do Sindicato da Habitação (Secovi-SP). O arquiteto José Augusto Aly, coordenador de educação continuada da FAU/Mackenzie, destaca que o mercado de condomínios faz parte de uma tendência de verticalização das cidades. Segundo ele, existem duas maneiras para se pensar a questão. Uma delas é que a cidade precisa se movimentar para promover mais adensamento habitacional nas áreas centrais, providas de infraestrutura. Cenário que se traduz em um crescente número de condomínios nas grandes cidades e um mercado potencial para as startups. Mas existe uma outra linha, iniciada após os anos 1950, que é uma reação a esse adensamento: são as edge cities, ou cidades das bordas. São bairros condominiais formados por pessoas que optam por morar em áreas mais afastadas e menos populosas em busca de espaços verdes e tranquilidade. Cabe ao empreendedor ficar atento a esses movimentos. Aliado a esse contexto, o consultor de inovação do Sebrae-SP Marcus Leite reforça que o cenário é favorável para as startups com o crescimento da economia compartilhada. Por outro lado, ele aponta um grande desafio para os empreendedores do ramo. “Os síndicos, via de regra, são pessoas mais velhas e, muitas vezes, resistentes a mudanças. Por isso, iniciativas como o grupo das condotechs de trocar informações e

As empreendedoras Lucilene Oliveira e Raquel Schramm: soluções para o mercado crescente dos condomínios

contatos é muito válido”, diz. “As startups precisam o tempo inteiro compartilhar, trabalhar juntas, estar em um ambiente propício para colaboração”, completa. Atualmente, algumas condotechs se reúnem em um grupo que já conta com 18 startups. Essas empresas trabalham com diferentes tecnologias para condomínios envolvendo serviços dentro de uma lógica de economia compartilhada usando aplicativos, internet das coisas (IoT) e ferramentas para condomínios. A ideia de formar o grupo é oferecer pacotes de soluções, entender melhor os gargalos dos síndicos e condôminos, dividir experiências, contatos e promover eventos de tecnologia para esse público. A iniciativa de criar o grupo

para troca de experiências começou com a engenheira Raquel Schramm, que criou a EntregAli com o também engenheiro Thiago Lopes. Eles trabalharam juntos no setor de óleo e gás e tinham a mesma vontade de empreender. Depois de uma temporada na Inglaterra, Thiago conheceu como funcionava o sistema de pontos de retirada e resolveu investir no modelo de negócio. Depois de muitas projeções e testes, a dupla chegou ao CollectSpot – caixas postais eletrônicas que transformam o recebimento, guarda e gestão de encomendas em um autosserviço. Na prática, o usuário cria uma caixa postal em um dos pontos de coleta – que pode ser no condomínio, caso tenha um armário ins-

talado por lá. Ao fazer a compra, ele informa a caixa postal para receber o produto. O entregador, ao chegar no local, vai localizar a caixa, validar a operação no sistema e fazer a entrega. O comprador será avisado em tempo real sobre a entrega e poderá fazer a retirada quando quiser ao digitar um código no armário. Tudo sem a necessidade de alguém para receber e guardar o produto. Segundo Raquel, os serviços de portaria serão cada vez mais restritos e os moradores precisarão de alternativas de entrega. “No contexto de São Paulo, 30% das residências estão em áreas de restrição de entrega. Como atender essas pessoas, que compram pela internet?”, destaca. A expectativa para 2019 é instalar os armários em quatro condomínios por mês, além de buscar parcerias com lojas virtuais, redes de lojas físicas e transportadoras para colocar 50 pontos de retirada no segundo semestre. Outra startup que faz parte do grupo é a Eletrika, dos sócios Lucilene Oliveira, Alexandre Hellis e Oswaldo Prates. A ideia de criar uma empresa voltada para aluguel de eletrodomésticos surgiu da necessidade da própria fundadora. “Moro em um apartamento compacto e existem vários eletrodomésticos que poderiam ser usados uma vez por mês, mas não tenho espaço para guardar”, conta a jornalista Lucilene, que teve a ideia do negócio durante uma pós-graduação na área de inovação. Lavadora extratora, aspirador de pó, furadeira e panela de pressão elétrica são alguns dos itens à disposição para o aluguel. Os clientes podem fazer locações pontuais ou optar por uma assinatura mensal para ter acesso ao portfólio da startup. A Eletrika participou dos programas Incubadora SP e Startup SP do Sebrae-SP e atualmente está se estruturando para cumprir as metas estabelecidas. Para o primeiro semestre, o objetivo é alcançar 1,2 mil locações.


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mira das startups facilitar a vida de moradores e síndicos nas grandes cidades CONDOTECHS

Empresas que fazem parte do grupo de startups voltadas para condomínios oferecem diversas soluções eletrika.app Plataforma de locação de eletrodomésticos portáteis de uso esporádico, como furadeira, aspirador de pó e batedeira. collectspot.com Facilita o recebimento e devolução de encomendas e instala uma caixa postal inteligente nos condomínios para tornar o serviço fácil e seguro. feiragora.com.br Conecta produtores e fabricantes de alimentos orgânicos com consumidores finais em condomínios residenciais maniadepassar.com.br Rede de microfranquias que oferece o serviço de passar roupas. tranpo.com.br Startup com um novo modelo de contratação e gestão de técnicos. organizemeucondominio.com. br Plataforma que facilita o dia a dia de síndicos e moradores, melhorando a comunicação, e trazendo automação para os condomínios. labfinder.com.br Oferece soluções para a garantia de conformidade ambiental nas empresas promovendo a redução de despesas e aumentando a eficiência operacional. vinteum.io Startup especializada na comunicação do condomínio com moradores, com foco em inovação e agilidade. orcafacil.com.br Oferece, em uma única ferramenta, uma alternativa de negociações entre clientes e fornecedores.

supercondominios.com.br Oferece um conjunto de melhores práticas de governança condominial, com apoio de tecnologia que integra assuntos financeiros, riscos, manutenções, obrigações, opinião de moradores, entre outros. smartcontrolpro.com.br Traz soluções para facilitar a administração de condomínios por meio da automatização de processos e controle de demandas. atleta.co Voltada para gestão de áreas esportivas e sociais do condomínio. Elimina a necessidade de um funcionário para realizar as reservas e democratiza o acesso dos moradores. kiper.com.br Desenvolve uma solução tecnológica completa de acesso a condomínios, combinando economia, precisão e segurança. cotabox.com.br Plataforma que ajuda o condomínio a encontrar os melhores fornecedores. condomínioapp.com Ferramenta de comunicação para condomínios que integra síndicos, funcionários, condôminos e administradora. reabra.com.br Rede de fibra óptica que oferece aos moradores “combos” de serviços de diversas operadoras, usando um único cabeamento de última geração. lar.app Administradora de condomínios que procura acabar com a burocracia e garantir transparência. myvillage.com.br Canal de comunicação, gestão e controle de acesso integrado para o condomínio.

PROGRAMAS DO SEBRAE-SP PARA STARTUPS Speed mentoring O objetivo é potencializar uma ideia de negócio, ajudando os participantes a alcançar, de forma eficaz, o desenvolvimento e as validações iniciais do projeto. São mais de 40 horas de atividades realizadas de forma intensiva em curto espaço de tempo e com foco no segmento de atuação. Cada mês é trabalhado um tema diferente. Incubadora de projetos Voltado para startups que objetivam o desenvolvimento de MVP (mínimo produto viável) com a melhor assertividade possível com o mercado. Ajuda o empreendedor na validação do problema e da solução proposta. Startup SP Programa de desenvolvimento de startups digitais em estágio de validação das premissas dos modelos de negócio. Tem duração de quatro meses e oferece capacitações, acompanhamento de negócios, conexão com outros programas e investidores e mentoria com parceiros de mercado.


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Muito além das

Pequenos negócios utilizam especiarias amazônicas e receitas

A empresária Renata Arassiro fabrica chocolates com frutos amazônicos

Rogério Lagos

D

izem que um pedaço de chocolate pode salvar o dia de uma pessoa. Até mesmo quem não é muito fã do doce por vezes se sente atraído pelo seu sabor, talvez como uma forma de recompensa prazerosa aos seus esforços rotineiros. O anseio pelo produto no Brasil coloca o País em terceiro lugar na lista dos maiores consumidores do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha. De acordo com a agência de pesquisas Euromonitor, são consumidos por aqui cerca de 2,8 quilos de chocolate por pessoa todos os anos. Há quem resista pensando na saúde, ou até mesmo esteja cansado de “mais do mesmo” – mas é aí que os pequenos negócios brasileiros usam a criativida-

de para dar luz a uma nova forma de produzir o chocolate. Renata Arassiro trabalha há 20 anos com chocolates e tem uma loja própria há dez. De início sua produção era tradicional, mas seu gosto pelo caju a fez criar uma linha de produtos há 15 anos com frutos brasileiros, especialmente amazônicos. A recepção do público foi bastante positiva, tanto que atualmente suas vendas de produtos especiais representam 80% do faturamento. “Lá fora é comum encontrar chocolates com especiarias e frutas típicas brasileiras, mas aqui as pessoas ainda não conhecem como deveriam”, comenta Renata, que é embaixadora da grife suíça de chocolates Barry Callebaut no Brasil desde 2005. Em sua loja, Renata Arassiro Chocolates, a empreen-

dedora oferece produtos com especiarias amazônicas como cumaru, priprioca, iquiriba, puxuri, amburana, pimenta-de-macaco, além de frutos nacionais como cupuaçu, cajá, uvaia e pitanga. É possível encontrar ainda bombons de limão siciliano, laranja com baunilha, manjericão e capim santo, entre outros. “Quando se conhece a técnica é possível fazer tudo, basta deixar a criatividade fluir”, explica. Com a proximidade da Páscoa, o mercado de chocolates costuma ficar ainda mais agitado. Este ano, o chamado “quarto tipo de chocolate” deverá ganhar ainda mais espaço no País: o chocolate rubi. De coloração rosa, a iguaria não possui corantes ou aromatizantes. Sua cor vem da própria semente do cacau rubi, trazendo um leve sabor de frutas ver-

melhas. “Depois do chocolate amargo, do leite e do branco, agora é a vez do rubi. Essa novidade atrelada às especiarias brasileiras tem tudo para dar certo”, comenta Renata. Para a analista do Sebrae-SP Ana Claudia Mariano, as empresas precisam ter a inovação como um dos pilares dentro da gestão do negócio. Uma empresa que fica muito tempo atuando da mesma maneira, ainda que com razoável sucesso, pode se tornar ultrapassada. “O ideal é o empresário se perguntar sempre onde pode mudar para melhorar, pesquisar o mercado nacional e estrangeiro, se manter atualizado e se preparar em termos de gestão e planejamento”, diz. A especialista ainda explica que simplesmente imitar a concorrência quase nunca dá certo. “É preciso ter a ideia e la-


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trufas caseiras

diferenciadas, como as veganas, para inovar no chocolate pidá-la para ver se é coerente com o seu tipo de negócio, daí mensurar os resultados.”

MERCADO SAUDÁVEL

Segundo a Euromonitor, até o ano de 2021, esse mercado deve crescer no Brasil, em média, 4,41% ao ano. Apenas em 2016, o setor de alimentos e bebidas saudáveis movimentou R$ 93,6 bilhões em vendas, colocando o País na quinta posição entre os mais importantes do segmento. Essa crescente onda também chegou ao chocolate oferecendo linhas sem glúten, zero lactose, vegana e até mesmo sem leite, sem soja, sem ovo e, claro, sem açúcar. Suzana Giupponi trabalha diariamente com essas linhas de produtos. Juntamente com a mãe, Virgínia, Suzana é proprietária da Bolos – Sabor da Fazenda, localizada na zona leste da capital paulista, que, além do produto principal que dá nome à empresa, produz também bombons de brownie e pães de mel especiais – sucesso na época de Páscoa. “As pessoas vinham fazer encomendas de produtos regulares e pediam os diferentes por conta de suas restrições. Passamos a produzi-los e, em pouco tempo, nossas vendas ultrapassaram o balcão indo para diversos pontos de venda na região”, comemora Suzana.

Suzana Giupponi produz chocolates e doces veganos ou sem glúten

O cuidado com a linha saudável é muito grande. Para a produção dos produtos sem glúten para celíacos, por exemplo, mãe e filha têm outra cozinha exclusiva. Toda essa dedicação está dando certo, já que atualmente 70% do faturamento da empresa vem das linhas saudáveis, fato que motiva as empreendedoras a incrementarem ainda mais a produção. “Estamos testando receitas de cookies saudáveis que provavelmente serão implementadas este ano”, diz. O consultor do Sebrae-SP Leandro Reale Perez explica que para uma empresa trabalhar com um nicho como esse é preciso entender muito bem as necessidades dos clientes, além de ter a preocupação com a aparência, textura e sabor dos produtos. “Não costuma dar certo de uma hora para outra. Há um tempo para acertar a receita, testar com familiares e amigos para depois ir ao mercado analisar a aceitação”, explica. No caso dos produtos para celíacos, por exemplo, a cozinha exclusiva demanda investimento dobrado, o que gera uma maior necessidade de planejamento e estudo do público. “Mercado existe, mas tem de ser encontrado. A internet, por exemplo, é um dos mais fáceis pontos de encontro para mercados de nicho.”

QUER INOVAR EM SEU NEGÓCIO? Leandro Reale Perez, consultor do Sebrae-SP, dá três orientações básicas para quem quer inovar apostando em produtos de nicho: Preparação – Os empreendedores precisam se preparar em termos de receita e produção para analisar se têm de fato tal competência, além de procurar fornecedores adequados e mercado disponível, que pode não estar em uma região específica. A logística, nesse caso, pode prejudicar a margem de lucro.

Distribuição – Haverá uma loja física? A empresa vai investir em e-commerce? Pretende trabalhar com com delivery? O ponto é o ideal? Essas são perguntas básicas que todo empreendedor precisa fazer. Planejamento – Uma vez definidos os pontos anteriores, o empreendedor deve elaborar um plano de marketing e sua divulgação. A imagem dos produtos precisa ser pensada com cuidado, lembrando sempre que as pessoas comem com os olhos.


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Empreender para

O aumento da população acima de 60 anos cria oportunidades para

Marcia Sena, criadora da Senior Concierge: ideia de dar conforto para idosos a partir de uma experiência pessoal

Diego Braga Norte

O

Brasil está envelhecendo. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, entre 1940 e 2017, a expectativa de vida no País aumentou em mais de 30 anos, atingindo os atuais 76 anos. Hoje, 15% da população brasileira é formada por idosos. Em 2050, o Brasil já terá mais pessoas acima dos 60 anos do que jovens, com idades entre 15 e 24, enquanto que, em 2060, o índice de idosos atingirá 25%. Diante desse fato demográfico, surgem necessidades para consumidores e abrem-se oportunidades para empreendedores. Quem

souber captar os anseios, entender os hábitos de consumo e os perfis de comportamento dos idosos vai encontrar um mercado em crescimento nos próximos anos. A empresária Marcia Sena buscou inspiração em sua atividade profissional e pessoal para criar uma empresa prestadora de serviços para pessoas com mais de 70 anos que precisam de suporte para manter a qualidade de vida e a organização da rotina. Ela sempre trabalhou em marketing na área da saúde e, dentro de casa, tinha de se desdobrar para cuidar dos filhos e da mãe. “Minha mãe era bem doentinha, suas dificuldades tiveram impactos grandes na minha vida”, conta.

Como a mãe dela precisava de atenção constante, Marcia sempre teve de lidar com cuidadores de idosos, mas as ofertas limitavam-se a contratos de 12 ou 24 horas, sem flexibilidade nenhuma. “Quando eu ou minha irmã estávamos em casa, mamãe não precisava de mais um cuidador. Eu vi nessa dificuldade a oportunidade de ofertar serviços mais flexíveis, personalizáveis”, diz. Criada em 2015, a Senior Concierge foi uma das pioneiras em introduzir no Brasil o conceito de “aging in place”, já utilizado nos Estados Unidos, Japão e Europa. Essa postura garante aos idosos a possibilidade de seguirem vivendo em suas casas, com acompa-

nhamento apenas pontual e para determinadas funções. “Muitos idosos de até mais de 80 anos têm condições de morar sozinhos. Eles precisam apenas de suporte, não de cuidados 24 horas”, explica. A empresa trabalha tanto com prevenção de acidentes, adaptando espaços domésticos, como com cuidadores. Marcia, aliás, evita usar o termo ‘cuidador’. “Há preconceito e temor com a palavra, muitos idosos não gostam. Com razão, eles dizem: ‘não estou doente, não sou criança’”. Assim, os acompanhantes treinados criam atividades lúdicas, promovem estímulos físicos, sociais, mentais e ajudam a manter a organização da residência. “Alguns


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os novos idosos

empresários que oferecem produtos e serviços específicos para a terceira idade velhinhos querem e precisam de companhia, alguém que converse, ouça, ria junto. Esse convívio social ajuda na cognição e na parte física.” Como conselho para quem deseja investir em um negócio na área, a empreendedora diz que seu arrependimento foi não ter feito um plano de negócios profissional e consistente desde o início. “Comecei a empresa em casa e bati muito a cabeça, poderia ter feito diferente e sofrido menos.” Hoje, a Senior Concierge tem seis funcionários contratados e cerca de 40 colaboradores, entre enfermeiros e acompanhantes.

DE PORTA A PORTA

O empreendedor Gabriel Barbosa é outro que experimentou na pele as dificuldades em lidar com

pessoas que precisam de cuidados especiais ou que têm mobilidade reduzida. “Minha mãe tem esclerose múltipla e sempre precisou de ajuda para se locomover. Também tenho um avô internado em instituição psiquiátrica, que precisa de cuidados constantes”, afirma. Ele e sua irmã – e sócia – Victória Barbosa fizeram pesquisas de mercado e decidiram criar um serviço de locomoção urbana e acompanhamento exclusivo para idosos e pessoas com mobilidade reduzida. Com o aplicativo batizado de Eu Vô, a startup criada em 2017 faz o transporte “de porta a porta, mesmo”, explica Gabriel. Ele ressalta o “mesmo” afirmando que os motoristas são também acompanhantes e, desde que avisados previamente no aplicativo, podem ajudar os passageiros

idosos em bancos, supermercados, clínicas e outras atividades. Com sede em São Carlos, a empresa já conta com 14 motoristas e 180 usuários cadastrados. “Temos taxa de recorrência muito boa, acima do 80%. Os clientes que usam, gostam e nos procuram novamente.” Outro trunfo é o aplicativo adaptado, com cores, letras e usabilidade agradável aos idosos. Para chegar ao modelo atual, foram feitos testes de viabilidade e hoje Gabriel orgulha-se de ter um cliente de 94 anos que utiliza o app sozinho. E mesmo se os clientes não queiram ou não saibam usar smartphone, familiares podem cadastrá-los e operarem o app a distância. Para o futuro, a empresa deseja expandir suas operações

para São Paulo e outras cidades. Na opinião da consultora do Sebrae-SP Cristiane Sevilla, um dos pontos de atenção dos negócios voltados para os idosos é respeitar as limitações deles. “Aquelas empresas que utilizam soluções digitais precisam facilitar sempre a interface tecnológica, simplificar ao máximo”, diz. Para ela, essa questão pode ser uma barreira para captar clientes, já que muitos idosos não gostam ou mesmo não sabem usar tablets e smartphones. Mesmo assim, a consultora avalia que o mercado da terceira idade tem algumas peculiaridades positivas. “É um mercado crescente, com muita gente vivendo mais e melhor. Muitos têm um perfil ótimo para o consumo, como a renda certa da aposentadoria e a disponibilidade de tempo”, analisa.

TREINO CEREBRAL

Antes restritos às crianças e adolescentes, os videogames também estão atraindo os mais velhos. Parte dessa diversificação etária é fruto da popularização dos smartphones, mas pesquisas mostram que muitos games podem ser usados para fins pedagógicos, com reflexos positivos. De olho nos

novos jogadores e nas possibilidades educacionais e terapêuticas dos games, o empreendedor Fábio Ota criou, em 2014, a ISGame. A empresa é uma escola de desenvolvimento de games para crianças, jovens, adultos e idosos. Durante um ano, o programador especialista em TI e sua equipe realizaram testes e pesquisas com 75 idosos separados em três grupos: jogadores, desenvolvedores e grupo de controle. O estudo científico, que teve apoio da Fapesp, foi publicado na “Science Magazine” e revelou que tanto o desenvolvimento como o ato de jogar melhoram cognição, memória, concentração, raciocínio e

sociabilidade dos idosos. Além disso, segundo o empreendedor, pesquisas apontam que é possível retardar a doença de Alzheimer com exercícios mentais, como uma “fisioterapia para o cérebro”. A iniciativa da ISGame ganhou prêmio na Startup World, evento realizado em 2015, na Escola de Negócios Sebrae-SP Alencar Burti. Depois do reconhecimento, Ota passou a ser convidado para palestrar sobre empreendedorismo na instituição. Os jogos são indicados como terapias auxiliares, mas os idosos devem seguir algumas recomendações, como não ultrapassar duas horas seguidas jogando e intercalar as sessões com atividades físicas leves, como caminhada e alongamentos. Até o meio deste ano, Ota e sua equipe de 11 pessoas – seis são profissionais

da saúde, como neuropsicóloga, psicopedagoga, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional – pretendem finalizar o app de games para idosos. Será uma plataforma digital com vários jogos que estimulam diferentes funções do cérebro. Os games são desenvolvidos especificamente para pessoas mais velhas, respeitando algumas características distintas das encontradas na maioria dos jogos eletrônicos, como formas, duração, figuras, contrastes de cores, letras, personagens e estrutura narrativa. “Jogos são infantilizados. Para crianças, cores fortes, brilhantes, objetos que piscam são legais; para os idosos, não”, explica Ota.


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Soluções conjuntas

Programa do Sebrae-SP reúne empreendedores do mesmo segmento para encontros e consultorias Gabriel Jareta

O

desafio de expandir um negócio ou encontrar novas oportunidades no mercado pode se tornar mais simples se as dúvidas e receios – assim como as soluções – forem compartilhadas entre empreendedores do mesmo setor. É esse o espírito do programa Soluções Setoriais, do Sebrae-SP, que reúne empreendedores do mesmo segmento para uma verdadeira imersão na empresa e no ambiente de negócios, com encontros presenciais e coletivos, além de consultorias individuais, dentro de uma trilha específica. Em 2019, o programa vai atender a 31 segmentos de cinco áreas: comércio, indústria, serviços, agronegócios e profissionais liberais (veja a relação completa no quadro abaixo). “O Sebrae-SP mapeou os segmentos mais densos, que oferecem maior potencial de negócios, identificou os principais gargalos e preparou soluções para atender os empreendedores com uma trilha de cursos e consultorias”, explica o consultor do Sebrae-SP Diego Smorigo. O programa oferece atendi-

mentos específicos para atualizar o planejamento e os controles da empresa, facilitar a gestão, aprimorar a liderança e proporcionar melhor atendimento aos clientes. De acordo com Smorigo, as soluções são transversais, ou seja, abrangem questões que perpassam todo o segmento. Mesmo assim, cada região pode ajustar a trilha de acordo com características locais – o programa é oferecido em todo o Estado de São Paulo. Em 2019, a flexibilidade está também nas datas dos programas. O início das atividades agora depende apenas da formação de turma – entre 15 e 30 clientes. Podem participar Microempreendedores Individuais (MEIs), microempresas (MEs) e empresas de pequeno porte (EPPs). O programa também atende pessoas físicas dentro das soluções para profissionais liberais, como advogados e dentistas que querem aprender a lidar melhor com o caixa ou a divulgar seus serviços de maneira mais eficiente. “O perfil do participante é aquele empreendedor que está em busca de oportunidades ou que quer melhorar a performance do seu negó-

COMO FUNCIONA

cio, não importa se é uma empresa nova ou se já tem tempo de mercado”, afirma Smorigo. A trilha tem duração média de quatro meses e começa com um diagnóstico inicial, passa por soluções individuais (consultoria na empresa), soluções coletivas e um diagnóstico final. De acordo com o consultor do Sebrae-SP, o programa coloca uma lupa sobre a empresa. “A ideia do programa é um atendimento em longo prazo, com continuidade e acompanhamento dos resultados. É algo muito incentivamos a participação em feiras”

TROCA DE EXPERIÊNCIAS

O engenheiro agrônomo Marcos Landgraf Malta e a esposa, Karina Belmonte Malta, participaram do programa Soluções Setoriais para colocar em funcionamento uma pet shop fora do convencional. A partir de março, vão inaugurar na zona oeste de São Paulo uma loja especializada em acessórios para calopsitas e seus donos – de canecas personalizadas a brinquedos para a diversão do pássaro, conhecido por sua sociabilidade. “Em 2016, abri um criatório de calopsitas no inte-

rior e, conhecendo um pouco mais o setor, vimos uma oportunidade de negócio no segmento de pets não convencionais. Apesar de serem atividades diferentes das de uma pet shop comum, nossos clientes acabam tendo um perfil e um comportamento semelhante”, diz Marcos. Embora a esposa seja a dona do negócio, ele auxilia na administração e no planejamento da empresa, que já fazia vendas pela internet. Os planos para abrir um espaço físico levaram o casal a procurar o Sebrae-SP. Após finalizar as atividades e cursos que fazem parte do Soluções Setoriais, o casal deu sequência com o Super MEI – já que a empresa é MEI – e agora está em busca do Juro Zero Empreendedor. “O programa foi uma grande oportunidade para troca de experiências e para ter contato com algumas questões que só a prática ensina”, afirma Marcos. Empreendedores interessados em conhecer mais sobre o programa Soluções Setoriais podem entrar em contato pelo 0800 570 0800 ou pelo site www.sebraesp.com.br.

QUAIS SEGMENTOS FAZEM PARTE

A empresa passa por uma trilha específica para o segmento do qual faz parte, que inclui: DIAGNÓSTICO INICIAL

INDÚSTRIA

SERVIÇO

Alimentos e bebidas Confecção Construção civil (indústria) Gráfica Metal mecânica Panificação

Alimentação fora do lar Artesanato Beleza e estética Construção civil (serviço) Educação

Meios de hospedagem Reparação automotiva TIC Transportes Turismo

SOLUÇÕES INDIVIDUAIS (CONSULTORIA NA EMPRESA)

SOLUÇÕES COLETIVAS

PROFISSIONAIS LIBERAIS

COMÉRCIO DIAGNÓSTICO FINAL

Duração média de quatro meses

Autopeças Farmácias e drogarias Material para construção Minimercados Pet shop Varejo de vestuário

AGRONEGÓCIOS Bovinocultura do leite Cafeicultura Fruticultura Olericultura

Advogados Contabilistas Corretores Médicos Odontologistas


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Facilidade para negócios KARYNA MUNIZ, consultora do Sebrae-SP

Como produzir marmitas em casa com segurança Para oferecer alimentos preparados sem riscos para os consumidores, o empreendedor deverá fazer um curso na Vigilância Sanitária local sobre as boas práticas de fabricação e manipulação de alimentos. Além de adquirir conhecimento sobre essas práticas, ele deverá saber como adequar o ambiente doméstico para produzir as preparações, como manter a higiene pessoal e ter noções sobre a contaminação dos alimentos. O planejamento das preparações deve seguir uma ordem lógica que se inicia na montagem do cardápio, seguido das compras, do transporte até o local de produção, do armazenamento, da pré-produção, produção, da distribuição e do transporte até os clientes. É preciso dar atenção redobrada ao tempo em que os alimentos ficam expostos em todas essas etapas. Alimentos e bebidas perecíveis, principalmente de origem animal, sofrem com temperaturas que variam acima de 10°C até 65°C. O tempo de ex-

posição dentro dessa variação deteriora os alimentos e bebidas, propiciando o desenvolvimento ou crescimento de micro-organismos patogênicos, como fungos e bactérias que podem causar danos à saúde. A contaminação biológica dos alimentos é causada também pelos vírus, portanto, é imprescindível que o manipulador esteja saudável e tenha bons hábitos de higiene. As contaminações podem ser também físicas quando, por exemplo, são encontrados dentro das preparações objetos como pedaços de borracha de geladeiras, plástico PVC, palitos, fios de cabelos, esmalte, brincos, piercings, cacos de vidro, entre outros; e podem ser químicas, quando produtos de higiene e limpeza são utilizados e deixam resíduos no ambiente de manipulação. Por esses e outros motivos que os hábitos de uma cozinha doméstica por mais limpa e organizada seja, não podem ser replicados no ambiente de uma cozinha profissional.

O Sebrae Responde é um serviço para tirar dúvidas de empreendedores sobre a abertura de novos negócios e questões relacionadas à gestão de empresas já em atividade.

Acompanhe o Sebrae-SP no ambiente digital, em www.sebraesp.com.br, e nas redes sociais: facebook.com/sebraesp | twitter.com/sebraesp flickr.com/sebraesp | instagram.com/sebraesp soundcloud.com/sebraesp | issuu.com/sebraesp youtube.com/sebraesaopaulo

Um ambiente favorável para empreender é vital para qualquer empresa, principalmente para as micro e pequenas, muito sensíveis a adversidades. O relatório Doing Business de 2019, elaborado pelo Banco Mundial sobre a facilidade em fazer negócios, mostrou que o Brasil passou da 125ª posição para a 109ª nesse quesito. O ranking é uma espécie de retrato de quão simpáticas para se empreender são as economias analisadas do ponto de vista de leis, regulações e burocracia. São fatores que afetam diretamente o dia a dia dos negócios em todos os níveis. Embora tenhamos melhorado, ainda estamos aquém de uma posição digna de competitividade global, já que estamos falando de uma lista com 190 nações. Na comparação com outros países da América do Sul, aparecemos atrás de Chile (56º), Colômbia (65º), Peru (68º) e Uruguai (95º). Também estamos em uma posição pior do que os parceiros de Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul). A principal melhora brasileira foi no aspecto “abertura de empresas” em que passamos da 175ª colocação para a 140ª. A implementação da Redesimples, sistema online que agiliza a abertura e registro de em-

presas, foi decisiva para a escalada na classificação. Por meio dela, um negócio pode ser formalizado em cerca de 20 dias em São Paulo, frente aos mais de 80 antes da sua utilização. Outro item que aponta melhora foi “comércio internacional”: de 139º colocado, o País ocupa agora a 106ª posição. Significa que houve avanços em relação a custos, tempo e entraves burocráticos para negociações com o exterior. Contudo, ainda estamos longe do razoável. Fica claro que temos muito a fazer. Direcionar esforços nessa direção é estimular a economia e investimentos, criar empregos, aumentar a renda e sua circulação e promover progresso social. Além de capacitar o empreendedor para que construa negócios sólidos, o Sebrae-SP trabalha em prol de um ecossistema simpático ao desenvolvimento das micro e pequenas empresas, pois dessa forma teremos bases para um futuro mais promissor.

LUIS SOBRAL, diretor-superintendente do Sebrae-SP

FALE COM A REDAÇÃO imprensa@sebraesp.com.br


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AGENDA

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Onde: Expo Center Norte - Pavilhão Amarelo Avenida Otto Baumgart, 1000, Vila Guilherme, São Paulo - SP Informações: www.expobrasilfeiras.com.br/sobre-a-feira.asp

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ABRADILAN CONEXÃO FARMA Quando: 19 a 21/3 Onde: Expo Center Norte Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme, São Paulo - SP Informações: abradilanconexaofarma.com.br

FESPA BRASIL Quando: 20 a 23/3 Onde: Expo Center Norte - Pavilhão Azul

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PLÁSTICO BRASIL Quando: 25 a 29/3 Onde: São Paulo Expo Rodovia dos Imigrantes, Km.1.5, Vila Água Funda, São Paulo - SP Informações: www.plasticobrasil.com.br


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LIVROS Manual Completo do Empreendedorismo (Literare Books) O “Manual Completo do Empreendedorismo”, da Literare Books International, se direciona a todos que buscam abrir ou manter o próprio negócio em um período de mudanças como o atual. Mostra como desenvolver habilidades, gerir pessoas e o próprio negócio, entender as tendências de mercado e inovar. Mais do que abrir o próprio negócio e ser seu próprio chefe, o empreendedorismo cobra muitas habilidades e competências daqueles que decidem se arriscar, explicam os organizadores Alexandre Sita e Elissandro Sabóia.

Gestão do Amanhã (Gente Editora) O que fez empresas como Netflix, Airbnb e Uber assumirem o lugar de companhias e modelos de negócios aparentemente consagrados e indestrutíveis? O que nos reserva o futuro? São esses questionamentos que Sandro Magaldi e José Salibi Neto procuram responder no livro. Eles abordam as mudanças no mundo corporativo e apresentam um panorama completo dos modelos de gestão no decorrer da história e qual deve ser adotado nesse novo momento em que estamos vivendo. Os autores também falam sobre o que é preciso saber para não ser derrubado por não se adaptar ao novo.

TEC & APLICATIVO FACILITA PARTICIPAÇÕES EM PREGÕES DO GOVERNO Os pequenos negócios terão acesso mais rápido às oportunidades de participar de aquisições públicas, realizadas no Comprasnet, com o aplicativo Comprasnet Mobile. A nova ferramenta faz parte do Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o Sebrae e o Ministério da Economia com o objetivo de modernizar os sistemas de compras do governo federal. Com o app gratuito, as micro e pequenas empresas podem conhecer mais rapidamente as oportunidades de negócio com o poder público. Desenvolvido pelo Serpro, o aplicativo estará disponível para pregões, inicialmente. Em um segundo momento, a ferramenta também será utilizada para cotações eletrônicas. Caso o usuário queira enviar a proposta, ele terá de fazê-la por meio de computador. Já estão disponíveis também pelo aplicativo a visualização de outras modalidades (concorrência, Regime Diferenciado de Contratação - RDC, tomada de preços/convite). O fornecedor poderá instalar o aplicativo disponível nas versões de sistema operacional Android 4.1 ou superior e iOS9 ou superior, por meio das lojas Google Play e Apple Store, pesquisando por Comprasnet.

STARTUP CRIA FERRAMENTA PARA EMPRESAS ECONOMIZAREM ENERGIA ELÉTRICA Startups: Aspectos Jurídicos Relevantes (Lumen Juris) A economia brasileira está em reconstrução, processo que passa pelo setor de inovação e aumento de iniciativas empreendedoras de pequeno, médio e grande porte. Para que exista um crescimento sustentável do setor de inovação, além de um ecossistema constituído de instituições voltadas para o desenvolvimento e financiamento dos projetos empreendedores e disruptivos, há de existir também um ambiente juridicamente seguro. É nesse contexto de efervescência que Eduardo Moretti e Leandro Antônio Godoy Oliveira produziram conteúdo técnico-jurídico relevante para o desenvolvimento de startups, com foco na resolução de problemas práticos enfrentados por empreendedores e investidores.

Depois de conseguirem economizar o equivalente a US$ 1 milhão em energia elétrica na universidade onde faziam mestrado nos Estados Unidos, quatro jovens de São Paulo tiveram a ideia de trazer a experiência para o Brasil. Foi assim que nasceu a CUBi, uma startup que vem ajudando empresas a controlar melhor sua gestão energética, por meio de um hardware de medição próprio e uma plataforma web que analisa e apresenta, de forma clara, os dados sobre o consumo e como economizar. A empresa se enquadra no sétimo dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), instituição que, desde 2015, é parceira do Sebrae no fomento aos negócios de impacto social e ambiental. Segundo os empresários, a economia pode chegar a 20%.


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IDEIAS

PERGUNTE A QUEM ENTENDE “Como a realidade aumentada pode efetivamente ajudar nas minhas vendas?” Eduardo Tosta, coordenador da área de Comércio e Serviços da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), responde:

DELIVERY DE RESTAURANTES CRESCE NA PREFERÊNCIA DO CONSUMIDOR A tecnologia tem mudado os hábitos das pessoas consumirem comida de restaurante, principalmente nos Estados Unidos. Elas não deixaram de ser cientes desses estabelecimentos, mas cada vez mais preferem pedir sua refeição por meio de aplicativos em vez de ir até o restaurante. Os aplicativos de delivery como DoorDash, Postmates, as redes de alimentos pensam sobre seus negócios. O número de downloads de aplicativos de entrega de alimentos aumentou 380% em comparação com três anos atrás, segundo a firma de informações de mercado App Annie. A empresa de pesquisa Cowen and Co. prevê que as vendas de delivery de restaurantes nos

Estados

Unidos

aumentarão

em média 12% ao ano, para US$ 76 bilhões, nos próximos quatro anos.

NEGOCIAÇÃO DIFÍCIL Ceder ou não às investidas de uma grande corporação que quer comprar seu negócio? Esse é o enredo do filme Walt nos Bastidores de Mary Poppins. O filme conta a história verídica da difícil negociação entre Walt Disney e a escritora P.L. Travers para adquirir os direitos de transformar em filme o livro Mary Poppins. Disney demorou 20 anos para convencer a autora a fazer um acordo, pois ela não admitia mudanças na sua obra. Um bom exemplo de obstinação, gestão de conflitos

Divulgação

Divulgação

GrubHub e UberEats facilitaram os pedidos e mudaram a forma como

O mundo digital cada vez mais salta das telas de celulares e computadores e se mistura ao ambiente físico. A tecnologia da realidade aumentada chamou a atenção do mundo devido à facilidade de utilização e, principalmente, à grande variedade de opções em que ela pode ser aplicada, e também pelos diversos benefícios. Quando os consumidores olham os produtos em uma loja física, eles não querem mais simplesmente fazer uma compra, mas buscam uma jornada de experiência e de autonomia. Dessa maneira, os serviços de realidade aumentada aplicados aos negócios agregam valor à experiência. Na maioria das lojas, os produtos precisam estar expostos em algum lugar, para que o cliente os veja e então compre-os. Esse tipo de catálogo ou expositor leva tempo para ser confeccionado e há um custo alto para catalogar dezenas, centenas ou milhares de produtos que o negócio comercializa. Por outro lado, se em uma única página todos os itens estivessem presentes, e o cliente pudesse apontar o celular e ter uma interação com o produto, vendo diversos ângulos, cores, combinações e funções, a experiência se tornaria mais completa. Se tomarmos como exemplo uma ótica, um tablet configurado com um programa de realidade virtual aumentada permite às pessoas provar vários modelos de óculos, apenas posicionando o rosto na câmera e selecionando os modelos. A realidade aumentada é um universo de possibilidades para deixar a experiência do cliente cada vez mais atrativa e fidelizada. A informação que o varejista quiser alocar em alguma plataforma de realidade aumentada estará disponível para o cliente. Informação correta, no momento certo, na decisão de compra, possibilitando coleta de dados e leads (clientes em potencial) qualificados.

e interesses comerciais. No elenco estão Tom Hanks e

Tem alguma dúvida sobre como a tecnologia pode ajudar o seu

Emma Thompson.

negócio? Pergunte a quem entende! Mande um e-mail para imprensa@sebraesp.com.br.


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Caminho iluminado

Vinícius Costa, proprietário da empresa Dr. Farol, de Franca, precisou ser persistente para crescer Vinícius Costa, do Dr. Farol: o cliente precisa sair com um sorriso no rosto

“E

u comecei a empreender muito cedo. Aos 11 anos de idade, juntei várias peças de computadores velhos e construí um para mim. Desse aparelho fiz cartões de visita, documentos, currículos e já ganhava meu próprio dinheiro. No mesmo ano, eu comecei a trabalhar em uma oficina de carros, onde fiquei por alguns anos. Depois da oficina resolvi seguir os passos de meu pai e passei por vários lava-jatos, até o próprio estabelecimento do meu pai. Já mais velho e recém-casado, decidi que era hora de ‘sair da barra da saia’. Com bastante esforço e perseverança, abri meu próprio lava-jato. Imagina a minha alegria, meu primeiro grande negócio aos 20 anos. Mas quebrei em menos de um ano. Voltei para o lava-jato do meu pai, que me recebeu de braços abertos. Mesmo que a minha primeira tentativa não tenha dado

certo, eu voltei com mais experiência e com muita vontade de vencer. O trabalho era informal e sabia que não conseguiria crescer como empresário sem ajuda. O Sebrae seria a porta de entrada para o conhecimento. Marquei horário com um consultor no escritório de Franca, mas não compareci por vergonha. Mesmo trabalhando com o meu pai, eu mantinha o sonho de ter meu próprio negócio. Com isso, percebi um novo nicho no mercado: o conserto de faróis. O meu foco foi todo para desenvolver técnicas de limpeza, conserto e personalização para esse mercado. Além de lavar os carros no lava-jato dele, comecei a atender em domicílio consertando os faróis de alguns clientes, e devagar as coisas foram se encaixando. Abri meu CNPJ e contratei funcionários. Dessa vez eu fui ao Sebrae e conversei com o consultor. Eu acreditei que tinha um serviço in-

teressante nas mãos e era hora de me qualificar. Tive acesso a diversas ferramentas que foram de extrema importância para a empresa e também conheci o Empretec. Esse foi um dos passos mais decisivos da minha vida como empreendedor. Antes do Empretec, eu tinha uma empresa com três colaboradores e rendimento médio de R$ 360 mil por ano. Hoje, depois de quase três anos do curso, a empresa conta com 32 colaboradores, três unidades de serviço e faturamento anual de R$ 2,3 milhões. Agradeço muito ao Sebrae por isso. Fiz vários cursos lá e recomendo de olhos fechados. A empresa passou por reformulações em diversos setores. O planejamento estratégico me deu confiança para arriscar. Vendi minha casa para investir na empresa. Um sonho não se realiza sem meta e planejamento.

Um exemplo muito bacana do Dr. Farol é a oficina móvel que criamos em 2018. Uma van, totalmente equipada com os produtos e serviços da loja, percorre a região em um raio de 100 km, atendendo com mais comodidade os clientes que não conseguem se deslocar até Franca. Aprendi que até a concorrência é parte do nosso sucesso. Passamos a oferecer produtos para lojas da cidade com preço competitivo, ou seja, o cliente vai ter preço justo não importa o lugar. Hoje atuamos com loja física, móvel, virtual e também como distribuidores de lâmpadas. Não há crescimento, pessoal ou profissional, sem muito empenho, resiliência e qualificação. E lembre-se bem: a sua equipe é o termômetro da sua empresa. Com pessoas engajadas e dispostas a crescer com você, o sucesso é garantido. Para trabalhar com gestão de pessoas eu sempre me coloquei no lugar dos meus colaboradores com a seguinte pergunta: ‘Se eu trabalhasse aqui, como eu gostaria que fosse?’ Fazemos reuniões semanais com o intuito de reforçar os pontos importantes do relacionamento com o cliente. Aqui, ele não tem sempre razão, mas vai sair satisfeito sempre. O lema é que a experiência do cliente no Dr. Farol tem que ser a melhor possível. O cliente tem de sair com um sorriso no rosto. O Dr. Farol cresceu, me fez crescer e acreditar que há ainda muito para expandir. O trabalho nunca para, pois novas metas já foram traçadas – como os planos que tenho para franquias dentro e fora do Brasil. Em 2018, a aprendizagem atravessou fronteiras internacionais e a carência dos nossos serviços existe lá fora, portanto a oportunidade também.”


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