2 minute read
O Sebrae-SP faz a ponte e Leandro segue adiante
nova maneira de organizar pensamentos, estratégias, comportamentos e ações. Quem adota esse novo olhar age rapidamente, sem receio de quebrar paradigmas ou de romper com modelos antigos, e segue em busca de respostas, de soluções para equações que pareciam impossíveis.
O Sebrae-SP faz a ponte e Leandro segue adiante
É possível afirmar, sem dúvida, que a ideia de reshape foi inteiramente absorvida por Leandro Dias, proprietário do restaurante La Paella, no bairro do Campo Belo, na capital paulista, aberto em 2013. Com a experiência de ter passado por uma crise anterior no seu negócio por falta de conhecimento, ele analisou com cuidado o novo cenário da pandemia e fez as adaptações que a situação indicava.
O restaurante era movimentado, mas o dinheiro não entrava e Leandro vivia com a situação financeira no fio da navalha. “Estávamos vivendo do giro do dia a dia. Eram muitos problemas, nenhum controle dos funcionários, e eu não entendia de precificação. Nossos preços eram muito baixos. A gente trabalhava muito e o dinheiro não aparecia”, ele conta.
Foi nesse período que ele buscou a orientação do Sebrae-SP para conhecer de fato seu negócio e o próprio entendimento como empreendedor. Tudo parecia estar entrando nos eixos, e de repente começou um drama maior: “A pandemia chegou, o restaurante estava ajeitado e eu estava trabalhando muito com eventos. Foi um desespero total, porque eu não entendia o que ia acontecer. Como assim, fechar o restaurante?”.
Aplicando o que aprendeu com os técnicos do Sebrae-SP, Leandro organizou tudo em planilhas, desde o valor das embalagens para delivery até a taxa cobrada pelo aplicativo de entrega. Além disso, levou em conta que, como o restaurante ficava em um bairro residencial, o almoço tinha pouco movimento. Por isso ele decidiu criar outro restaurante dentro do principal, concentrado no delivery, com comidas mais simples – afinal, a paella é um prato para ocasiões especiais. “Antes, eu fazia cerca de 15 entregas por dia, e na pandemia cheguei a fazer 80”, explica.
Leandro também aderiu aos recursos da digitalização – como o Sebrae-SP fazia questão de estimular entre os empreendedores – e adotou estratégias online para chegar aos clientes, como um mailing de WhatsApp para onde ele mandava novidades do cardápio e avaliava os comentários. Para ocupar melhor o tempo de seus funcionários, os garçons que não tinham a quem servir começaram a fazer entrega e ir ao mercado – e assim mantiveram os empregos. Em seguida, com a redução das restrições, veio a aposta mais alta: a inauguração de um bar de vinhos e jazz vizinho ao restaurante, um sonho antigo de Leandro. Além disso, ele abriu outro espaço na Vila Olímpia para servir comida espanhola. “Hoje tenho mais concorrência, principalmente com as dark kitchens (cozinhas que fazem apenas delivery), mas meu plano agora é organizar minhas finanças nas três unidades e investir mais na música”, acrescenta o empreendedor, que soube sair da crise por meio da expansão dos negócios.
Capítulo 3
Leandro Dias, do restaurante La Paella
O impossível gerando o extraordinário. Um relato da atuação do Sebrae-SP na pandemia de covid-19