Alice Teodoro Franco “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.” (Charles Chaplin)
CINDERELA DOS NOVOS TEMPOS Era uma vez uma bela jovem chamada Cinderela que vivia com o seu pai, um proprietário de apartamentos, viúvo e rico. Cinderela perdera a mãe quando ainda era criança. O seu pai, logo depois, achou uma mulher com quem se casou, visando que sua filha tivesse uma figura materna. A madrasta da Cinderela também era viúva e tinha duas filhas que estavam na época de "patinho feio", na adolescência. Elas eram cheias de espinhas e usavam aparelho. A bela jovem tinha acabado de completar dezoito anos e seu pai decidiu dar um de seus apartamentos para ela viver sozinha. Meses depois seu pai faleceu e todo o dinheiro e as propriedades que ele possuía haviam ficado com a madrasta da menina. O apartamento da Cinderela agora estava no nome de sua madrasta, que começou a pedir um grande aluguel por ele. Sem dinheiro, ela começou a trabalhar em dois empregos: durante o dia em uma loja de roupas e à noite em uma loja de sapatos no shopping. Portanto, ela não tinha mais tempo para o lazer. Certo dia, no seu horário de almoço, a menina pegou seu Iphone e viu, em um site de fofocas, que o filho do Eike Batista, um homem muito rico, daria um baile de máscaras e o site acrescentou que ele estava à procura de uma esposa. Nas redes sociais, ninguém parava de falar sobre esta festa. Todas as amigas de Cinderela iam e acabaram convencendo-a a ir também. Faltava uma semana e Cinderela não sabia com que roupa ia, não tinha nenhum centavo para comprar nada. Foi quando teve uma ideia peversa: já que trabalhava em uma loja de roupas e em outra de sapatos, pegaria um vestido e um salto, usaria no baile e depois devolveria para as lojas. O grande dia chegou. A jovem roubou o vestuário e foi ao baile. Quando chegou, todos a olharam. Ela era a garota mais bonita da festa. O filho de Eike se apaixonou quando a viu. Ficaram conversando a noite toda, até que a polícia chegou ao local e prendeu Cinderela por roubar um par de sapatos e um vestido das lojas mais caras do shopping, com um valor estimado em quarenta mil reais.
A garota não só roubou o vestido e o sapato como roubou também o coração do jovem Batista, pois ele sonha com a Cinderela todos os dias.
Ana Júlia Fernandes “Escolher o dia. Apreciá-lo ao máximo. O dia como ele vem. As pessoas como elas vêm. O passado, eu acho, me ajudou a apreciar o presente, e eu não quero estragar nada disso por idealizar um futuro.” (Audrey Hepburn)
O REINO ADORMECIDO Em uma terra distante, viviam um rei e uma rainha que sonhavam em ter uma filha. Certo dia, o desejo tornou-se realidade: a rainha deu à luz a uma linda menina, que se chamava Aurora. A Vossa Majestade decidiu dar uma festa ao reino todo para comemorar o nascimento da princesa e chamou em especial três fadas: Flora, Fauna e Primavera. Durante a comemoração, as fadas queriam dar seus presentes à menina. Flora deu o dom da beleza, Fauna deu o dom de cantar, mas quando Primavera ia dar o seu presente, uma pessoa chegou. O rei tinha deixado de convidar apenas a temida Malévola, que entrou irritadíssima e, com raiva de todos, quis dar algo à Aurora. Por meio de um feitiço, disse ‘’Pouco antes do pôr-do-sol de seu décimo sexto aniversário, a menina irá mudar todo o reino para melhor ou para pior, dependerá dele, e dependendo da decisão, o reino todo irá dormir para sempre’’. E, com essas palavras, Malévola desapareceu. O rei e a rainha, com muito medo, decidiram deixar Aurora com as três fadas até o final do dia do seu décimo sexto aniversário. A princesa cresceu na floresta com Flora, Fauna e Primavera. De fato, ela era linda e sabia cantar muito bem. Chegou o grande dia, mas as fadas se esqueceram e deixaram Aurora passear pela floresta. Foi quando a princesa conheceu um belo rapaz chamado Felipe. Foi amor à primeira vista. Os dois ficaram juntos somente até o meio da tarde, pois algo terrível aconteceu. Era quase a hora do sol se pôr, horário que Malévola marcou, e, de repente, um grande dragão apareceu. A floresta e o reino começaram a ficar rodeados por uma parede de espinhos. Aurora, desesperada com tudo aquilo, pediu ajuda a Felipe, porém o dragão o levou para o castelo de Malévola. A princesa, até então escondida, perseguiu aquele monstro e entrou no castelo.
A terrível Malévola já esperava Aurora e, quando a viu, decidiu contar tudo para a menina e fez uma pergunta: ‘’Aurora, minha querida princesa, me diga: prefere salvar Felipe e fugir com ele, ou salvar todo o seu reino do sono profundo que você acabou de conhecer?” Aurora demorou para responder. Apenas chorava e pensava que tinha uma família e um reino, mas também acabara de se apaixonar. Depois de um tempo se lamentando na frente de Malévola, tomou uma decisão. A princesa disse: “Eu escolho salvar o meu reino e a minha família, mas te imploro: não mate Felipe”. Com essas palavras, Malévola se abismou, pois sempre pensara que Aurora iria escolher uma paixão ao invés do seu povo. Comovida e arrependida, Malévola soltou Felipe e desfez todos os feitiços. Depois disso, Malévola sumiu e nunca mais pisou no reino, já Aurora e Felipe casaram-se e viraram os novos governantes com o apoio dos pais da princesa. Como eu sei de tudo isso? Bom, eu sou o corvo, o fiel servo de Malévola e assim termino dizendo: Todos viveram felizes para sempre.
Ana Letícia Domingos Tenório “Nunca desista das coisas que fazem você sorrir.” (Autor desconhecido)
CINDERELA “Era uma vez” uma garota que morava em uma pobre comunidade. Ela se chamava Cinderela e, quando
tinha
seis
anos,
sua
mãe
morreu
de
overdose,
pois
era
dependente
química.
Anos depois, quando a menina possuía quinze anos, seu pai, Mr.Catra, decidiu arranjar uma nova esposa, pelo fato de estar se sentindo muito solitário. Essa mulher se chamava Josilene e chegou com suas duas filhas “rolezeiras”, Melody e Mayara. Sua madrasta possuía um feitiço no qual de noite se tornava um demônio. Em uma dessas noites, ela acabou matando o marido. Após a morte do pai de Cinderela, a menina começou a ser maltratada por sua madrasta e suas irmãs que tratavam-na como se ela fosse a empregada da casa. A garota, já cansada de ser tratada daquele modo, um dia pegou seu skate e saiu escondida. Ela entrou em um beco e avistou um belo homem chamado Tyler. Ele era um príncipe que havia se perdido. A garota ficou encantada com sua beleza, mas ele nem olhou para ela e foi muito rude. Então a jovem voltou para casa. Uma semana depois, o príncipe convidou todos da cidade para ir a uma balada em seu palácio. Cinderela queria ir, pois estava apaixonada pelo príncipe, mesmo sabendo que ele não sentia nada por ela. No dia da festa, sua madrasta não deixou que ela fosse ao palácio, e foi levar suas duas filhas ao castelo. Quando voltou para casa, encontou Cinderela irritada com a situação toda; ela bateu na madrasta até que ela desmaiasse e foi se arrumar para a festa. Não tendo roupa adequada, usava um vestido longo e sapatilha, quando apareceu um anão de jardim, que disse: “Nossa ‘velho’, você não vai com essa roupa em uma balada, né?” A menina respondeu: “Vou sim, por quê?” E o anão disse que ela não iria daquele jeito e fez uma magia que trocou sua roupa por uma mini-saia, uma blusa de brilho e um louboutin. O anão disse a ela que o feitiço duraria até às seis horas da manhã e, se voltasse depois desse horário, ela iria desaparecer junto com a roupa. Quando ela chegou à festa, todos olharam para ela, menos o príncipe, que estava dançando com Mayara. Depois de um tempo, um moço chamado Jordan pediu para dançar com Cinderela e ela aceitou. O
tal garoto já estava apaixonado por ela. Logo depois de dançarem muito, tocou o relógio avisando que eram 6:00. Cinderela saiu correndo e deixou o seu Ipod cair. Após alguns dias, veio um boato de que Jordan estava procurando uma garota misteriosa e, quando ela se apresentasse, teria que dizer as três músicas mais tocadas no aparelho eletrônico. Mas Cinderela tinha medo de que, ao revelar sua identidade, ele não gostasse mais dela, então a garota nunca apareceu. Após um mês, Mayara casou-se com o príncipe Tyler e a madrasta descobriu que a garota misteriosa era ela. Então, como sua outra filha (Melody) gostava de Jordan, a madrasta fez com que Cinderela falasse as três músicas. Como ela não quis dizer, sua madrasta matou-a.
Arthur Basso Galli “Se ela quer ir ao setímo céu, vai ter que subir degrau por degrau.Os melhores momentos do mundo não são manchetes no jornal ” (Leo Jaime)
O FIM DOS TEMPOS Aqui estou eu, fugindo pela floresta deste reino. Espero que o efeito passe logo, e por sorte completei o plano: minha filha está morta. Como ela ousava se atrever a ser mais bonita do que eu? Como? Bem, agora não importa mais, eu venci, ela está morta. Parei um pouco para ofegar, fugir é difícil. Legalmente minha filha não está morta. Por quê? É que eu me esqueci do veneno na maça, todavia dormir para sempre já serve, provavelmente será devorada por um animal ou, por estar dormindo, morrerá de fome. É, acho que estou longe o suficiente, aqui na beira do penhasco, agora é só.... Que barulho é esse? Ouvi algo vindo da floresta, quando me virei, vi aqueles animais que ajudavam a minha filha, só por sua beleza, isso me dá nojo. Que tipo de bichos imundos e fedorentos limpam a casa das pessoas? Nenhum. Eles estão parecendo muito bravos. Desde quando coelhos espumam de raiva? Isso não vai ser bom, tem mais ou menos quinze animais que avançavam lentamente até mim. Matar bichos é difícil, principalmente nesse corpo de velhos. Eles pularam em cima de mim e começaram a me bater. Estava tão perto do abismo, mas continuava sendo empurrada. Droga! O chão se quebrou. Agora caí do abismo. Maldita Branca de Neve!!!!
Bianca de Oliveira Juzzo “Você não falhará se não subir a montanha. Mas não tem graça nenhuma viver sempre com o pé no chão.” (Autor desconhecido)
CINDECRUELA Era uma vez uma menina chamada Cindi, morava em uma casa luxuosa nos Estados Unidos com sua mãe e com seus irmãos, Arthur e Gabriel, já que o seu pai havia falecido. Tinha cabelos louros e olhos azuis, era o sonho de qualquer garoto. Sempre teve tudo o que quis, sua mãe, uma rica empresária, sempre procurava fazer todas as vontades da filha, desde aparelhos eletrônicos até joias caríssimas. Estudava em uma escola só para meninas e nunca teve um namorado, mesmo com toda sua beleza. Cindi era uma garota muito mimada, sempre achando que era superior às outras meninas, por isso a clamaram a líder do grupo mais popular da escola. Já os seus irmãos não eram assim, sempre ajudavam os outros e tinham muitos amigos. Um dia, os meninos tiveram que ir buscá-la na escola e ela chegou toda nervosa: – Que saco, viu?! Quando acho que tudo vai melhorar, piora! Vai ter volta! Os garotos ficaram confusos, não sabiam o motivo de tanta raiva por parte da irmã, então decidiram descobrir o que é tinha acontecido. Descobriram que o 2º colegial da escola só para meninos ia dar uma festa, uma tal de “Projeto X”, a qual toda a escola de meninas havia sido convidada, menos Cindi, sua irmã. Resolveram ajudá-la conversando com ela, mas quando passaram pelo quarto, escutaram: – Eu não quero nem saber! Vou de penetra mesmo! Sabendo disso, dariam uma lição na irmã. Ajudaram-na a escolher o melhor vestido, o sapato mais bonito e a maquiagem mais resistente, chamaram o motorista, que a levou para a festa. Quando ela chegou, não acreditou no que via: todos estavam de pijama e só ela estava diferente. A garota se escondeu e mais ao longe viu seus dois irmãos entrando na festa com os trajes adequados, e logo percebeu que a haviam enganado. Ficou com tanta raiva que rasgou uma parte do vestido tampando o rosto, para não desconfiarem que era ela, invadiu o lugar e começou a quebrar tudo: vidros, aparelhos de som, luz e tudo mais. Percebendo o que fez, saiu correndo antes que tentassem pegá-la. Os convidados já iam ligar para a
polícia, mas perceberam que a autora dos estragos tinha deixado o celular cair no momento da fuga. Rastrearam o local que aparecia no iPhone e descobriram que era a casa de Cindi. Ela estava dormindo e sozinha em casa quando um grupo de pessoas arrombaram a porta do seu quarto e começarm a quebrar tudo. No final, a garota ficou sem amigos, a cidade inteira a odiava, ficou de castigo por cinco meses e teve que pagar pelos estragos da festa. “Malditos irmãos”, foi tudo o que pensou pelo resto daquele ano.
Bruno Carvalho Silva Ribeiro “Eu sempre estou sorrindo mesmo estando nas situações mais difíceis porque isso é o que faz eu ser o homem mais forte do mundo!” (Adlet Mayer)
A LINDA E O HORRÍVEL Era uma vez um lindo homem chamado Arceu. Ele era filho do governador da cidade chamada Sim City. Seu pai estava morrendo e ele seria o governador, porque já tinha ganhado as eleições. Certo dia, uma pobre velhinha bateu à porta de sua casa para lhe pedir ajuda, pois ela acabava de chegar de uma viagem e estava sem dinheiro para um hotel. Então pediu ajuda para Arceu, porém o mesmo negou o pedido, e a velha, furiosa, fez um boneco de vodu e deformou todo seu rosto, fazendo com que Arceu ficasse horrível e irreconhecível. E assim, ele se trancou em sua mansão para sempre. Um dia, um senhor já idoso que passava por lá, recém chegado na cidade, não sabia da maldição recaída sobre o governador e, no quintal de sua mansão, viu uma linda rosa e pensou: “Vou pegá-la e dar de presente para minha filha”. Jasmim, sua filha, mal havia chegado na cidade e todos os homens já tinham desejos carnais por ela, já que era a moça mais linda. Porém Arceu, ao ver o velho pegando a rosa de seu quintal, aprisionou-o, e Jasmim, sabendo disso, foi conversar com Arceu, pedindo para que a colocasse no lugar do seu pai, o que ele aceita. Com o tempo, Jasmim foi amolecendo o coração de Arceu e os dois acabaram se apaixonando. Com suas próprias mãos, Jasmim faz uma cirurgia plástica em Arceu que fez com que ele voltasse ao que era antes, e assim os dois se casaram e viveram felizes para sempre.
Daniel César Gomes “Nunca devemos envergonharmo-nos de nossas próprias lágrimas.” (Charles Dickens)
SONHO ARRUINADO Era uma vez uma linda rainha que vivia em seu majestoso castelo, junto de seu marido, o rei. Ela sonhava que um dia teria um lindo filho, mas todas as vezes que tentava, fracassava, o que a deixava muito infeliz. A população sempre esperava ansiosa pelo nascimento do primeiro herdeiro, que seria anunciado pelo badalar dos sinos, mas esse desejo ainda estava longe de se realizar. Um belo dia, uma andarilha, com as roupas rasgadas, morrendo de fome e esperando que alguém a acolhesse, chegou ao castelo. A rainha viu aquela pobre menina quase à beira da morte e resolveu adotá-la como filha. Claro que a menina aceitou na hora e todos ficaram muito felizes, exceto o rei, que preferia um menino ao invés de uma menina para herdar o trono. Todos os dias eram maravilhosos, mãe e filha sempre estavam juntas, brincando, comendo e rindo. O rei começou a se acostumar à menina com facilidade, mas depois de brincar o dia todo, o rei, a rainha e a acolhida e pobre menina dormiram muito cansados. Durante a noite, a pequena acordou sozinha e começou a andar pelo castelo. Não percebendo que já tinha saído do mesmo, entrou na escura e gelada floresta que avizinhava a propriedade. Na floresta, houve um momento em que ela sentiu uma mordida no pé. Quando foi ver o que era, viu um anão de olhos amarelos e percebeu que era um zumbi, e sabia que iria se transformar em um deles. A menina voltou para o castelo e foi dormir. No dia seguinte, ela acordou com um mal-estar na barriga e ficou com essa dor a manhã inteira, não dizendo nada aos pais. À tarde ela se transformou em um monstro, matando o rei, a rainha, e também todos os súditos do reino. Enquanto isso, os anões-zumbis transformaram todo o povo do reino em zumbis, formando, assim, um exército do qual a menina tornou-se a nova rainha.
Eduardo Henrique Hironaka "Às vezes não se deve olhar apenas o exterior da pessoa, mas sim o interior dela." (Autor desconhecido)
ALADIM E LÂMPADA INFERNAL Aladim era um menino que nasceu com um problema mental, que afetava uma área do cérebro e o deixava muito agressivo. Por esse motivo seus pais, que eram bem pobres, juntaram suas economias e compraram um macaco de estimação na tentativa de animar seu filho. Durante sua adolescência inteira, seu pai tentou ensiná-lo a tecer tecidos, porém ele odiava a atividade e sempre inventava uma desculpa para não ter que fazê-la. Depois de alguns anos, seu pai foi assassinado, então como a família estava sem dinheiro, Aladim começou a fazer roubos e furtar pessoas. Todo esse tempo na rua roubando pessoas fez Aladim conhecer outro ladrão chamado Mohamed. Aladim e Mohamed se tornaram grandes amigos e conseguiram fazer vários roubos juntos, porém um dia eles tiveram uma briga por Mohamed ter recebido uma quantia maior. Aladim puxou uma faca e matou Mohamed, mas horas depois ele viu o que realmente tinha feito e se arrependeu. Quando estava voltando para a casa, um bruxo ou feiticeiro abordou Aladim e disse: – Preciso de um favor seu, se você me ajudar, eu te dou todo ouro possível. Aladim aceitou, então foi levado a uma espécie de caverna ou gruta onde o feiticeiro mostrou toda a riqueza dentro da caverna, como joias ouro etc. O feiticeiro disse para Aladim ir mais abaixo e pegar uma lâmpada, e assim ele o fez, porém ele caiu em uma armadilha e várias pedras começaram cair, tampando a entrada da caverna. O mago fugiu se teleportando, mas antes lhe desejou boa sorte. Sem querer, Aladim esfregou a mão na lampada e um gênio de cor vermelha e de chifres surgiu e ofereceu-lhe três desejos. Aladim primeiramente pediu para sair da cavernae e seu desejo foi realizado, depois pediu para que Mohamed fosse ressuscitado, e por fim pediu vida eterna: seus desejos foram realizados. Porém o que Aladim não sabia era sobre as punições da lampada infernal: a punição do primeiro desejo era que, apesar de ter sido retirado daquela gruta, ele voltaria a ficar preso em uma gruta sem saída em certos dias; a punição do segundo desejo era que, como Mohamed foi ressuscitado, Aladim pederia duas vidas, no caso sua mãe e seu macaco; a punição do terceiro desejo era simplesmente ter a vida eterna, porém na gruta a qual ficará preso o resto de sua vida.
Felipe Amorim Marques Pereira “A criança nunca sabe o que é um martelo, até confundir o dedo com um prego.” (Stephen King)
O CAÇADOR E A MENINA DE VERMELHO Era uma vez um caçador que estava em busca de alimento. No inverno, fazia muito frio e ele precisava manter sua família bem alimentada. Lá pela estradinha que cortava o bosque, o homem passeava sempre atento ao seu redor, até que um dia ele viu uma menininha atrás de uma árvore conversando sozinha. – Eu vou para a casa de minha avó – Dizia ela à árvore. – Tenho que ir agora, lobo. Fala para o boneco de madeira do vovô que eu disse obrigada pelas flores que recebi. O caçador, estranhando a situação, decidiu segui-la. A menina trajava uma roupa toda vermelha e usava um capuz da mesma cor e, cantarolando, ia até a casa de sua avó. Chegando ao recinto, o caçador se espantou ao ver a velha morta na cama e toda ensanguentada. Ao lado dela estava a menina que, com uma faca na mão, chorava. – Não fui... Não fui eu, posso jurar! – Maldita! Pagará pelo que fez com tua avó – disse o caçador carregando o pente da arma. – O vovô Gepetto não vai gostar. Se aquele boneco de madeira não tivesse dedurado para o lobo onde eu estava, a vovó estaria viva. A última coisa que a garota viu, antes de uma bala atravessar sua cabeça, foi o grilo de sua consciência e sangue em suas mãos. Agora a vida não existia mais para a pobre menina de vermelho.
Fernanda Souza Silva “A vida me ensinou a nunca desistir. Nem ganhar, nem perder, mas procurar evoluir.” (Charlie Brown)
A VIDA LOUKA DE CINDERELA Era uma vez uma linda menina que se chamava Cinderela e que morava com o seu pai, dono do banco Itaú, um viúvo muito rico. Cinderela perdera a mãe ainda criança e seu pai pensou que a jovem precisava de uma nova mãe. Então ele se casou novamente. A madrasta de Cinderela tinha duas filhas muito feias e más, frutos de seu primeiro casamento. Como o pai de Cinderela viajava muito para suas reuniões de negócios, a madrasta malvada e suas irmãs obrigavam-na a fazer os trabalhos domésticos. Um dia, quando o pai de Cinderela estava indo para os Estados Unidos, ele perguntou o que cada filha queria que ele trouxesse de presente: Cinderela pediu uma roupa da Hollister, uma irmã pediu um Iphone seis e a outra pediu-lhe o anel mais caro da Swarovski. Na volta para o Brasil, o avião em que o pai de Cinderela estava caiu e ele morreu, porém seu segurança conseguiu sobreviver. Ele foi até a casa onde seu patrão morava, deu a notícia para a madrasta e para as meninas e entrgou a elas os presentes pedidos. Após a morte de seu pai, Cinderela foi obrigada pela madrasta a dormir no quarto de empregada e vestir roupas mais simples, não possuindo nada além de seu quarto e de seu Iphone quatro. Certo dia, no condomínio de luxo onde elas moravam, foi anunciado que o Mc Biel daria uma grande festa na sua mansão, para que ele pudesse escolher, entre todas as jovens daquele condomínio, aquela que seria sua esposa. Além do anúncio, todos os moradores receberam um e-mail e, como Cinderela não ficou sabendo do anúncio, ela soube do evento por e-mail. Ela pediu para a madrasta se poderia ir, mas a madrasta não deixou, argumentando que nenhum dos lindos vestidos que Cinderela tinha eram luxuosos o suficiente. Enquanto isso, a madrasta e suas filhas foram à loja mais cara da cidade para comprar vestidos novos. No momento em que elas estavam na loja, Cinderela pegou o telefone e ligou para seu estilista, pedindo-lhe o vestido e o sapato mais caros que ele tivesse, e pediu para entregar rápido em sua casa. Na hora em que ela estava experimentando o vestido com fios de ouro que o estilista tinha mandado, recebeu uma mensagem da madrasta no Whatsapp dizendo que ela e as filhas iram da loja
direto para o salão fazer o cabelo e as unhas, e de lá já iriam para a festa. Ela mandou Cinderela limpar a casa. Quando viu esta mensagem, Cinderela pediu para que uma das empregadas fizesse um penteado bem bonito em seu cabelo e as suas unhas. Quando Cinderela terminou de se arrumar, chamou o motorista e pediu que a levasse na festa na casa do Mc Biel. Na entrada da festa, tinha que dar o nome e o número do celular e então ela deu. Quando Cinderela entrou, estava tão linda que a madrasta e as irmãs nem a reconheceram. O Mc Biel, que não tinha demonstrado até então qualquer interesse pelas meninas que já estavam na festa, mal viu Cinderela e já se apaixonou. Eles dançaram e conversaram a noite toda. Quando ela viu a madrasta ligando para o motorista, Cinderela saiu correndo e parou o primeiro táxi que passou, sem nem se despedir do Mc Biel, que tentou alcançá-la, mas não conseguiu e então gritou perguntando o nome dela. Mas Cinderela não ouviu porque já tinha entrado no táxi. Ao chegar em casa, Cinderela correu para o quarto, se trocou e começou a lavar um dos banheiros para que a madrasta não desconfiasse. Logo em seguida, a madrasta e as irmãs chegaram e ficarm comentando sobre a festa para fazer inveja em Cinderela. Mc Biel ficou pensando em Cinderela, mas ele não sabia seu nome para procurá-la no facebook ou até mesmo olhar o número dela na lista de convidados. Ele então teve um ideia: pegou a lista e começou a mandar mensagem no Whatsapp de todos os números das meninas que foram a sua festa, perguntando se era com ela com que ele tinha dançado e conversado na festa. Chegou a vez de uma das irmãs de Cinderela, e ela correu contar para a mãe, que disse para ela responder que sim, mas o Mc Biel percebeu que ela estava mentindo, pois ele viu sua foto de perfil e viu que era muito feia. Mandou para a outra irmã e ela também respondeu que sim, e novamente ele viu que era mentira e que essa menina era mais feia que a outra. Chegou a vez de Cinderela. Ela respondeu que sim. Mc Biel viu que era realmente ela e que não estava mentindo como as outras. Ele então perguntou seu nome e endereço, mas, depois de passar a madrugada inteira à procura de sua amada, foi dormir. Na manhã seguinte, Mc Biel foi até a casa de Cinderela e, ao chegar, a madrasta ficou surpresa ao vê-lo e perguntou o que ele desejava. McBiel disse que tinha ido buscar sua esposa Cinderela, o que deixou a madrasta e suas filhas espantadas e com muita raiva. Os seguranças dele pegaram as coisas de Cinderela e foram embora para a casa do Mc Biel. Quando Cinderela e Mc Biel foram se casar, ela fez questão de chamar a madrasta e suas irmãs, que, mesmo com muita raiva, foram ao casamento. Cinderela pediu para que o garçom colocasse veneno na bebida delas. Ao beberem aquela bebida envenenada, elas morreram. Cinderela pôde viver em paz e construir uma linda família com o Mc Biel e eles viveram felizes.
Fernando Bocardo B. Pinto “A vida é para quem topa qualquer parada, e não para quem para em qualquer topada.” (Bob Marley)
JOÃO E MARIA: CAÇADORES DE BANDIDOS Era uma vez, na movimentada cidade de Nova York, um velho mecânico e sua esposa. Eles discutiam sobre gastos, dívidas e contas atrasadas. Viviam em uma humilde casa, nos arredores do Brooklyn, com seus filhos, João e Maria. Tanto a escola quanto a comida das crianças custavam muito para a família que, em breve, seria despejada de sua moradia. Foi aí que a gananciosa madrasta deu a ideia ao pai de abrir mão das crianças e simplesmente largá-las no perigoso bairro como forma de cortar gastos. O pai, com muita dor no coração, aceitou a proposta da mulher e, no dia seguinte, deixou as crianças em pleno Brooklyn. Sem ter o que comer e beber e, tendo de se virarem sozinhos, João e Maria passaram cerca de cinco anos de suas vidas nas ruas roubando e pedindo esmola, até que um rico promotor os viu e decidiu adotá-los. O homem ensinou-lhes como se defender e deu-lhes teto e estudo. Hoje, quinze anos após o abandono, ambos tornaram-se fortes e renomados policiais na imensa cidade de Nova York: Maria, uma esperta detetive, e João, um corajoso oficial. Juntos combatiam várias quadrilhas de Manhattan. Um dia, em sua sala, João recebe uma estranha denúncia anônima de roubo em um pequeno bairro no Brooklyn. Intrigados pela localização, Maria e ele decidem investigar. Chegando ao local, eles deparamse com uma casa um tanto quanto estranha, pois, em um ambiente hostil e escuro como o do Brooklyn, a casa era branquinha, sem nenhuma sujeira e com um belo jardim. Isso chamou a atenção e intrigou os detetives, que imediatamente decidiram se aproximar da residência. Ao baterem à porta, uma senhora bem corcunda os atendeu e narrou que havia sido furtada por algum tipo de gangue, e pediu para que os irmãos entrassem em sua residência. A casa por dentro era ainda melhor do que por fora. Era inteira tecnológica, com TVs enormes, aparelhos de som, e muitos Iphones e Ipads. Isso deixou João até um pouco distraído do foco original da missão. A senhora começou a falar e depois lhes serviu um tipo de chá. Imediatamente João e Maria ficaram tontos e caíram no chão. Ambos acordaram, um tempo depois, amarrados na sala da casa. Eles
gritaram e ninguém apareceu. Quando de repente uma imagem de um homem projetou-se na parede branca, como se fosse um vídeo. Ele diz: – Até que enfim consegui raptar esses dois policiais. Não acreditam há quanto tempo estou tramando esse plano. O Don vai ficar orgulhoso. Na hora os dois se deram conta de que havia caído em uma cilada armada por Don, o chefão do crime. Maria, muito esperta, conseguiu pegar um canivete que estava no bolso da camisa de João. Porém, enquanto desamarrava seu irmão, ouviu alguns barulhos vindos do corredor da casa, e voltou a sua posição. Os sons eram dos longos e pesados passos daquela maldita velha. Ela estava rindo e foi logo mexer no computador, provavelmente, falar com Don. No exato momento em que ela virou para a tela, Maria livrou-se das cordas e pulou em cima da velha, empurrando-a sobre a imensa, porém frágil e fina televisão que agora estava toda quebrada. Os dois saíram da casa a salvo e alertaram a polícia. Agora a missão seria procurar Don por toda Nova York.
Giordano Cerioni S. Gonçalves “A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original” (Albert Einstein)
A VENDEDORA DE AQUECEDOR Fazia muito frio em Vancouver na véspera de Natal e uma menininha caminhava descalça sobre a neve, empurrando um aquecedor bem velho. A garota não conseguia vender o aquecedor, pois já existiam alguns mais modernos e pouco poluentes. Então, quase desistindo, pensou em voltar para casa, mas sua mãe a espancaria. Mesmo morrendo de frio, a jovem ainda tentava vender o aquecedor, mas não conseguindo suportar a baixa temperatura, saiu correndo empurrando o aquecedor e achou uma tomada, ligou o aparelho e ficou aquecida imaginando-se debaixo de uma árvore de Natal, recebendo vários presentes. No entanto começou a sentir frio de novo porque a energia do bairro tinha acabado. A pobre alma procurou desesperadamente por uma nova tomada e quando encontrou, ligou o aquecedor novamente e viu uma imagem com uma barba: era seu avô, que tinha morrido afogado. Ela sentiu-se emocionada e começou a chorar de alegria, mas, mais uma vez, a energia tinha acabado. A menina começou a chorar e gritar e fez o extremo: invadiu uma casa e ligou o aquecedor, feliz novamente por ver seu vovozinho que a abraçou. Na manhã seguinte, os jornais noticiaram um incêndio em uma residência que foi causado por um aquecedor velho que não aguentava a voltagem da tomada. Junto ao aparelho, foi encontrado o corpo de uma jovem quase carbonizado.
Gustavo Pêgo Pereira “Tenho a magia das letras em minha vida. Se tiveres sensibilidade, lerás a minh'alma e terás um Poema novo a cada dia...” (José Feliciano)
OS TRÊS DEVEDORES Agora vou lhes contar a de três irmãos, Alfredo, o mais novo e festeiro, Roberto, o irmão do meio que gostava de esportes e Marcelo, o mais velho e responsável. Após a morte da mãe, eles precisavam de dinheiro. Certo dia, os irmãos foram ao banco pedir um empréstimo, mas não conseguiram, então foram pedir dinheiro a um agiota, que disse: “Darei um milhão para cada um de vocês e terão um ano para me pagar”. Após receberem, os irmãos foram comemorar, menos Marcelo, que foi investir seu dinheiro. Algumas semanas depois, Alfredo e Roberto se esqueceram da dívida com o agiota. Com o passar do tempo, o dinheiro foi acabando, menos a parte de Marcelo, que foi quadriplicada. Alfredo gastou sua parte em drogas, festas e fez uma casa pequena; Roberto gastou sua parte com artigos esportivos e fez uma casa média; e Marcelo fez uma casa grande e segura. Numa noite normal, Alfredo voltava para sua casa depois de uma festa, quando entrou em casa e ouviu alguém batendo à porta. Através do olho mágico, Alfredo viu um cobrador. No mesmo instante, o devedor fugiu pelos fundos da casa atrás de Roberto. Roberto, que estava jantando no momento que Alfredo bateu à porta de sua casa, se assustou. Alfredo estava desesperado. Assim que entrou na casa, contou o que havia acontecido. Quando terminou a história, a campainha tocou, mas nenhum dos dois atendeu a porta. Eles foram para o lado oposto e correram para a casa de Marcelo para pedir ajuda. Ao chegarem na casa de Marcelo, falaram quem os estava perseguindo. O irmão mais velho não se preocupou muito, pois tinha um plano. Assim que o agiota chegou, os irmãos colocaram o plano em ação, que consistia em ativar o sistema de segurança que iria fechar totalmente a casa, menos a chaminé, onde era esperado que o agiota passasse. Após alguns minutos, os irmãos ouviram um barulho no telhado e decidiram acender o fogo na chaminé, que queimou o agiota. O plano funcionou e, ao final da noite, não havia dívida e nem agiota.
Hugo Picolo Fisnak “Não busque pessoas perfeitas, busque apenas pessoas que te valorizam” (Renato Russo)
BRANCA PATÉTICA E OS SETE MANÉS Branca era uma garota muito esquisita, era pálida, muito, mas muito branca, magrela, usava óculos “fundo de garrafa” e aparelho “freio de burro”, um grande exemplo de aberração. Ninguém andava com ela, era a excluída na escola. Seu nome até virou xingamento na escola, ao invés de chamarem a pessoa de patética, a chamavam de Branca, por isso o nome “Branca Patética”. Ninguém gostava dela, todos tinham medo de andar com ela, serem vistos e depois zoados por seus colegas. Eles só não sabiam que dentro dessa menina feia e esquisita exista um coração bom e que só queria companhia e amigos. Branca, por várias vezes, tentou convencer seu pai a tirá-la da escola, mas sua madrasta fazia a cabeça dele e, no final, sempre acabava com um “NÃO!” Branca, então, desistindo de sua vida miserável, resolveu fugir da escola e, logo depois, de casa. No intervalo, em vez de ir para o pátio, ela foi para a porta de saída. Passou por uma sala onde tinha sete garotos, um pouco pequenos para a idade, que estavam jogando jogos medievais de tabuleiro e discutindo de modo filosófico o surgimento da vida na terra. Eles eram muito esquisitos, verdade, mas eram legais. No começo se assustaram, pois nunca tinham visto uma garota, por mais feia e esquisita que seja, entrar na “sala dos nerds”, mas depois acolheram-na e perguntaram seu nome, ao que ela respondeu: Branca. Depois de conversarem bastante, Branca já sabia qual era o mais bravo, o mais inteligente, o mais desastrado, o mais preguiçoso, o mais experiente, o mais alegre, o mais pessimista. Branca, como não tinha amigos, começou a andar com eles e ficar todo dia no intervalo na “sala dos nerds”. Ela começou a ficar mais feliz e mais inteligente, pois quando era só, não ligava para estudar. Essa então foi sua companhia até o fim de seus estudos.
Iago Menezes Melo “Reflexão de Lavoisier ao descobrir que lhe haviam roubado a carteira: nada se perde, tudo muda de dono.” (Mário Quintana)
FUNKEIRA Certo dia, uma menina órfã que morava com os avós sofreu um acidente de carro na companhia daqueles que a criavam e viu falecerem sua avó e seu avô. Naquele momento, a dócil garota pensou “e agora, o que irei fazer?”, e decidiu então procurar um emprego. Como era menor de idade, ela não conseguiria encontrar nada que fosse legal perante a justiça e decidiu, então, ser faxineira sem carteira registrada. E assim o fez, entretanto conheceu alguém que não tinha nenhum interesse em contratá-la, mas sim adotá-la. A pobre garota de treze anos nunca estivera tão feliz, mas, com o tempo, essa felicidade foi diminuindo, pois o casal havia tido duas filhas biológicas e a menina, que já era quase uma mulher, havia se tornado basicamente uma escrava da família. A cada dia ela era mais humilhada por sua mãe adotiva e por suas “irmãs”. Ganhou então o apelido de Funkeira, pois todos os finais de semana ela ia a um baile funk. Passado algum tempo, a moça descobriu que seria dada uma viagem aos Estados Unidos para a pessoa que melhor dançasse em uma rave que aconteceria por três dias. Funkeira começou então a treinar de maneira muito intensa para que ganhasse, já que seu sonho era fazer uma viagem como a anunciada. Faltando duas horas para a festa, a moça fez um ensaio final, arrumou-se e partiu em um ônibus. Ao chegar, ela cumprimentou aqueles que a conheciam: os jurados e os organizadores da festa, que ficaram deslumbrados com a beleza da moça. E então ela iniciou sua dança que encantou a todos. Passados quase dois dias seguidos de festa, a mulher foi sabotada e teve sua saia rasgada. Todas as pessoas olharam, começaram a zombar e dar risadas da moça, que, envergonhada, deixou às pressas o local da festa. Um dos organizadores do evento, com pena da moça, seguiu-a para conversar e disse que ela havia ganhado. Mesmo estando em um momento ruim, a moça explodiu de alegria e deu um forte abraço no homem. Ele, então, pediu permissão para que a acompanhasse na viagem. Ela aceitou, e após um mês partiram. Ao chegarem, eles se apaixonaram e decidiram que dos Estados Unidos não iriam mais embora. Assim, compraram uma casa e não voltaram para o Brasil nunca mais.
Jonas Bonfá Pelegrina “Só existe um caminho honesto para o triunfo: Ajudar as pessoas.” (Leandro Branquinho)
O IPHONE DE OURO Era uma vez um homem que tinha três filhos. O mais novo era chamado de João Bobo, o único dentre seus irmãos que não era egoísta. Todos os irmãos de João, inclusive ele, eram maratonistas. Certo dia, seu irmão mais velho quis participar de uma prova de 10 km. Caso ele ganhasse, o dinheiro ajudaria na renda da família. No dia da corrida, sua mãe lhe deu um gatorade e uma barrinha de cereal para ele levar consigo. No meio da prova, um pobre mendigo pediu um pouco de gatorade e uma barrinha de cereal: seu pedido foi específico, porque todos os maratonistas só tinham esses alimentos. Porém o irmão de João Bobo não antendeu ao pedido do mendigo, pois ele ficaria sem ter o que comer. Então ele seguiu a corrida e acabou não ganhando. Dias depois, seu outro irmão também queria participar da corrida e sua mãe lhe deu também um gatorade e uma barrinha de cereal. No meio da prova, o mesmo mendigo fez o mesmo pedido para o outro irmão de João e seu pedido não foi concedido. Ele também acabou perdendo a prova. João Bobo, como seus irmãos, queria participar da maratona, porém seus pais não deixaram, pois ele não estava preparado fisicamente, mas sua insistência foi tão grande que seus pais acabaram cedendo. Mas João não teve o mesmo preparo que seus irmãos. Ele ganhou um barrinha de cereal de uma marca ruim e um gatorade velho. No meio da corrida, João foi abordado pelo mesmo mendigo de sempre, que lhe pediu comida. Ele parou e sentou ao lado do mendigo para comerem juntos. O mendigo, que na verdade era uma criatura mágica, transformou sua barrinha ruim em um barrinha de cereal da Bio2Nuts (a melhor de todas as barrinhas de cereais) e seu gatorade velho em um novinho e geladinho. Então o mendigo agradeceu a comida e falou que iria dar sorte a João na corrida e que, no final, ele ganharia um prêmio especial. O filho caçula da família correu como nunca e conseguiu ganhar a corrida. E de presente, ele ganhou um Iphone de Ouro, o único do mundo. Com isso, muitas pessoas começaram a segui-lo para ver como era o tal telefone de ouro.
Como João ganhou a corrida, conseguiu o contrato de muitos patrocinadores e todos de sua família melhoraram financeiramente. Tantas pessoas seguiam João que ele resolveu ir até a fábrica de Iphone e pedir para o dono da fábrica para que ele criasse uma versão de um Iphone de Ouro e vendesse para o público em geral, assim as pessoas iriam parar de persegui-lo. O dono da fábrica aceitou, porém João Bobo tinha que ajudá-lo em um novo projeto: saber o que as pessoas achavam de sua barrinha de cereal e de vários outros alimentos. João era a melhor pessoa, pensou o dono da fábrica, pois ele tinha muitos seguidores e conhecidos. Porém o pensamento de João foi outro. Ele lembrou-se do mendigo. Foi aí que João pensou em fazer os testes com mendigos assim, além de fazer o teste, estaria alimentando os necessitados. Ele explicou sua ideia para o dono da fábrica. O empresário adorou e falou que isso iria fazer bem para o marketing da empresa. A ação social de João pegou tão bem que ele se tornou vice-presidente da empresa, vivendo, como sempre, feliz.
Laís Girotti Paranhos “As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar.” (Leonardo da Vinci)
JOÃO E O PÉ ANTI-STRESS Era uma vez um garoto brasileiro que vivia na miséria e no núcleo da bandidagem – o morro do Alemão. Seu nome era João. Certo dia, para que sua mãe pudesse ter um dinheiro a mais, ela pediu ao menino que vendesse a arma de seu falecido pai no mercado negro. Ao chegar à loja, o garoto viu um cartaz de oferta de uma planta anti-stress e pensou em como seria uma boa solução para o temperamento da mulher mais trabalhadora que ele conhecia: sua mãe. No caixa, João perguntou quanto pagariam pela AK47. O preço era o mesmo de uma muda da valiosa planta, a qual ele decidiu comprar. Já em casa, João plantou a muda e esperou ansioso para contar a novidade à mãe. Chegando do trabalho, sua mãe soube de tudo o que havia acontecido e de tão nervosa deu uma surra no jovem filho. Os dias se passaram e a planta cresceu e, quando chegou em um bom tamanho, João quis ser o primeiro a experimentar. Seguindo todas as instruções, ele tragou pela primeira vez, ficou tonto, mas gostou e sentia que estava funcionando. Queria cada vez mais e quanto maior sua vontade, maior ficava a planta, a ponto de chegar ao céu. Espantado com o evento, o garoto começou a escalar sua estrutura, até chegar ao topo, onde viu um gigante muito rico, que tinha uma zebra que defecava ouro. Interessado no animal, João montou a pelo e voltou para casa, onde o efeito passou e ele descobriu que tudo foi apenas uma ilusão. No dia seguinte, o menino voltou ao mercado negro para perguntar o que era aquilo que ele havia comprado. O atendente disse que se tratava de uma erva medicinal conhecida como maconha.
Leonardo Martins Zaparolli “Se os homens são puros, as leis são desnecessárias; se os homens são corruptos, as leis são inúteis.” (Thomas Jefferson)
MOICANO DOURADO Era uma vez uma família de morcegos. O Pai Vampiro, a Mãe Morcego e o Pequeno Morcego. Os três moravam em uma gruta no meio de uma sombria floresta. No começo da noite, a Mãe Morcego resolveu fazer um delicioso prato de sangue “O Negativo”, mas, como o jantar estava quente, os três foram dar uma volta, enquanto sobre a mesa, em três tigelas, a refeição esfriava. Durante o passeio, apareceu por ali uma menina de cabelos loiros espetados. Ela era conhecida como Moicano Dourado, mas todos a chamavam de Moica. Ela morava perto da floresta e gostava daquele lugar e, mesmo com seus pais dizendo para não frequentá-lo, ela já estava acostumada a não cumprir ordens. Enquanto andava, Moica achou uma gruta “maneira”, segundo ela, onde encontrou sobre uma mesa de pedra três tigelas. Ela experimentou o conteúdo da menor e achou diferente, porém gostou. Descendo mais, achou três cadeiras de ossos. Sentou na que parecia de um tamanho bom e acabou quebrando-a. Adentrando mais na escuridão, ainda pôde ver caixões e, checando se não havia ninguém neles, deitou-se. Quando acordou, percebeu a presença de três animais com dentes afiados. Foi por eles atacada e transformada em vampira, o que não a desagradou, pois combinava com seu estilo macabro.
Miguel Franco de Souza “Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem, ou que seus planos nunca vão dar certo ou que você nunca vai ser alguém…”(Renato Russo)
A BRANCA CAÇADORA E OS SETE LOBOS-MAUS Era uma vez uma linda princesa, dona de um lindo corpo com pele bem clara e de majestosos cabelos negros. Seus pais, o rei e a rainha, tinham o maior reino da terra, viviam “de bem com a vida” e todos no reino os adoravam. Em um belo dia, a rainha saiu dos territorios do reino rumo à floresta ao lado do reino para apanhar umas maçãs, sua fruta predileta. Quando voltava para o reino, acabou sendo morta por nada menos que sete lobos, fazendo com que as pessoas do reino não frequentassem mais a floresta por medo. O rei, com sede de vingança, procurou vários caçadores para acabar com aqueles animais. O primeiro era uma jovem mulher que usava um capuz vermelho (que ela mesmo dizia que era do sangue de suas vítimas), mas depois de partir, a caçadora nunca mais voltou; os próximos foram um casal de irmãos chamados de João e Maria, todos diziam que eram os melhores caçadores do mundo, mas depois de partirem para floresta, tirveram o mesmo destino: A MORTE. Houve outros vários, mas não obtiveram sucesso. A linda princesa cresceu com raiva dos assassinos de sua mãe, e por causa disso, chegou a treinar em uma ilha chamada de “Ilha do Nunca”, onde foi treinada por Peter, o maior guerreiro da face da terra. Chegando aos 15 anos, a jovem saiu em busca de sua vingança. Passou vários e vários dias ne floresta sem dormir à procura dos lobos, até que achou uma casinha feita de doces e lá foi procurar refúgio. Não havia ninguém na casa, mas como a porta estava aberta, ela foi entrando. No quarto havia sete camas fofas com os nomes: Pitbull, Malamute, Chow Chow, Pinscher, Rottweiller, Muller e Husky. Ela pouco se importou e, muito cansada, deitou e dormiu. Contudo, quando acordou, estava nua e ao redor havia várias peles de animais. Aquela casa não era de um humano e sim dos lobos que assassinaram a sua mãe, e que agora, estupraram a linda garota. E lá ela ficou presa e sendo objeto sexual por muitos e muitos anos, até que um dia foi morta por não satifazer a um dos lobos.
Otávio Rossetto de Morais “Por amor às causas perdidas... tudo bem... até pode ser que os dragões sejam moinhos de vento tudo bem... seja o que for... seja por amor às causas perdidas por amor às causas perdidas.” (Humberto Gessinger)
O FLAUTISTA DE HELLMELIN Em um certo condado, a população tinha um grande problema com pragas. Os pequenos roedores ladrões não davam sossego aos moradores, transmitindo-lhes doenças e roubando sua comida. O prefeito já não sabia a quem recorrer. Todo tipo de caçador era perda de tempo, armadilhas não funcionaram, venenos também não, e assim era impossível acabar com o problema. As pessoas já não aguentavam mais sofrer com a fome e com as doenças quando uma figura encapuzada surge na entrada do pequeno condado, vestindo uma capa escura com botas também escuras, com uma flauta presa ao cinto, andando calmamente pela rua principal que levava até a prefeitura. Chegando à residência, procurou o prefeito e disse que viu o problema enfrentado pela população e que poderia ajudar, mas seu preço era alto. O prefeito, sem questionar, aceitou a condição desde que estivesse livre dos ratos. O flautista pegou seu instrumento e começou a tocar. Logo os ratos foram aparecendo e, conforme andava, os animais seguiam o som da flauta. Já longe do vilarejo, o flautista foi tocando seu instrumento até a entrada de uma toca de lobos, onde a maioria dos roedores virou jantar e o restante foi caçado pela alcateia. Voltando para receber seu pagamento, o misterioso flautista foi aplaudido com louvor por todos. Olhou seriamente o prefeito nos olhos e cobrou-lhe a dívida: – Então... Onde está o meu pagamento? O prefeito sacou uma bolsa cheia de moedas de ouro e algumas joias e estendeu o braço ao flautista dizendo-lhe: – Aqui está, meu bom homem. E obrigado pela ajuda.
O flautista olhou a bolsa com desprezo e disse: – Não quero seu dinheiro. Meus serviços valem mais do que moedas podem pagar. O que eu realmente quero é a sua alma. – Que absurdo! Não vou entregar minha alma de maneira alguma! – exclamou o prefeito. – Então se não for a sua, será a de todos! – E como vai fazer isso?! – gritou um a um os cidadãos presentes. Abrindo um sorriso cínico no rostou, o flautista molhou seus lábios, pegou a flauta e começou a tocar. Da mesma forma com que levou os animais para longe, poderia trazer não só eles como outros ainda mais ferozes. E assim foi feito. Ursos, lobos, águias, baratas, escorpiões e outras criaturas mais atacaram a população, matando todos no condado e nas proximidades. Depois disso, não se ouviu falar no flautista, e assim aquele condado ficou conhecido como Condado Hellmelin.
Rafael de Rezende Dias “O cérebro é como um músculo. Quando pensamos bem, nos sentimos bem.” (Carl Sagan)
O LOBO E O CAÇADOR Era uma vez um lobo Guará, que vivia tranquilamente no cerrado, no interior do Mato Grosso. Caçava e dormia diariamente e vivia feliz. Um belo dia, o lobo descançava ao lado de uma lagoa, refrescando-se com a água após uma exaustiva caçada, quando um estrondoso barulho seguido de um impacto foi percebido. Por mais que tentasse se mover, o lobo não conseguia mais correr por causa de sua pata machucada. Em pânico, o lobo olhou para trás e viu um homem alto, barbado, com uma camisa xadres e um gorro de lã vermelho na cabeça segurando um rifle de caça. Logo após, adormeceu. Ao acordar, o lobo viu-se deitado na traseira de uma picap vermelha ao lado de uma pilha de peles de outros lobos que não tiveram a mesma sorte de sobreviver. Após alguns quilômetros, sentiu uma brusca parada, seguida de uma imponente voz que dizia: – Senhor, pare o carro, sou fiscal do IBAMA, o senhor está preso por caça ilegal e porte de armas. Ao ouvir aquelas palavras, o lobo sentiu-se tranquilo, pois sabia que seria resgatado. Então ele foi levado para um centro de tratamento e foi posteriormente então solto de volta em seu habitat. E viveu feliz.
Tales P. Lorenzon de Carvalho “Duvide do que vem fácil e não desista do que é difícil.” (Autor desconhecido)
O INVESTIMENTO DE OURO Era uma vez um homem com três filhos. Todos chamavam o mais novo de João “Paulista”, pois mesmo sendo do Mato Grosso, ele gostava muito do estado de São Paulo. Um dia, o pai disse ao filho mais velho que investisse na Bolsa de Valores. Ao seguir o conselho do pai, o primogênito ganhou muito dinheiro. Certa vez, no caminho de volta para casa, foi abordado por um mendigo que lhe pediu dinheiro, e o filho mais velho pensou: “se eu ajudá-lo, ficarei com menos dinheiro!”, e então foi embora. A empresa em que o jovem investiu faliu no dia seguinte. Então o pai disse ao segundo filho para investir na Bolsa, e o menino do meio fez o mesmo que seu irmão. E sua empresa também faliu. João, vendo o que havia acontecido, pediu ao pai para investir e, mesmo relutante, o pai autorizou. O caçula investiu e fez tudo igual a seus irmãos, porém ajudou o mendigo. Ao invés da empresa que recebeu o investimento falir, ela dobrou o faturamento, fazendo de “Paulista” um jovem rico. O garoto saiu da casa dos pais e foi morar em um hotel, onde viviam três garotas, filhas do dono do estabelecimento. Ao verem um jovem bonito, forte e RICO, todas enlouqueceram, porém João se livrou de todas e foi embora. Após alguns meses, “Paulista” virou acionista de uma nova empresa, e logo descobriu que o seu dono tinha uma filha que nunca havia se apaixonado, e que, se ele conseguisse mudar isso, poderia casarse com ela. Depois de meses usando de sua beleza, um pouco de humor e seu dinheiro, João a conquistou. O pai da garota, não muito satisfeito, disse que só casaria sua filha com o acionista se ele aumentasse os lucros da empresa em 50%. “Paulista”, não sabendo como fazê-lo, voltou à rua onde ajudou o mendigo e pediu ajuda a ele. O morador de rua, então, o ajudou. Para tal ele pensou muito e, em se tratando de uma empresa de eletrônicos, deu a ideia de algo totalmente inovador a João. Então o pai da moça, ainda insatisfeito, propôs mais um desafio, que se resumiu a derrubar a empresa concorrente. O jovem novamente pediu ajuda ao mendigo, que novamente o auxiliou.
Dessa vez, ele convenceu o dono da adversária a virar hippie e vender tudo, e assim a empresa faliu. O futuro sogro então propôs a última tarefa, que era provar seu amor por sua filha. E assim foi feito: João pegou seu carro e, com a ajuda de um GPS, escreveu o nome da garota pelas estradas do país inteiro. Após alguns anos, o sogro faleceu e João assumiu a empresa, tornando-a na maior do planeta.
Tarcísio Nicodemos Lima “Sonha e serás livre de espírito... luta e serás livre na vida.” (Che Guevara)
MARIA E JOÃO? Era domingo de manhã na cidade mais pacata do estado de Pernambuco quando o vereador, que morava na melhor casa da cidade, recebeu uma ligação. Acordou desesperado, esbarrando em cada vaso no corredor, para chegar antes que sua mulher ao telefone. – Pois não, o que deseja? E do outro lado, uma mulher com uma voz trêmula responde: – Sou eu! Maria. Trago más notícias. Com uma voz trêmula, quase falhando, ela explicou toda a situação para José: ela estava grávida! No mesmo momento, o homem já se desesperou. Sua carreira política iria por água abaixo se viesse à tona que ele andava traindo a mulher e que, por um descuido, engravidou sua amante. Sem pensar, ele disse: – Vamos abortar. Não posso ter esse filho! E continuou repetindo isso para cada argumento que Maria dissesse. A mulher desligou o celular chorando. Nove meses passaram como vento e a mulher estava pronta, mas, ao mesmo tempo, com medo de perder seus filhos. Ela não poderia aparecer para José com as crianças. Então, numa atitude precipitada, foi até a casa de uma parteira, que concluiu o parto com êxito. Sem condições de manter os gêmeos, a mulher os colocou em uma cesta e os deixou na mata perto de uma casa. Um homem ouviu sons de choro, pegou os bebês e os acolheu, cuidando deles como se fossem seus filhos. Educou os dois para se tornarem pessoas de caráter. Decidiu chamá-los de Maria e João. Alguns anos se passaram e as crianças se tornaram adultos “de bem com a vida”. Vendo a situação de corrupção no seu estado, João decidiu se candidatar a vereador. Foi até o local da inscrição e encontrou José, porém não sabia quem era o homem fora da TV. José reconheceu seu filho, pois viu a mancha de nascença que ambos possuíam perto da orelha. Quase caiu para trás quando percebeu o fato.
Com a humildade de sempre, João foi ganhando espaço na política e, cada vez mais, apoio da população, até que finalmente ganhou as eleições. Na comemoração de sua vitória, João estava do lado de sua irmã Maria, quando recebeu uma ligação de um desconhecido que, na verdade, era seu pai biológico. José pedia desculpas por não ter tido caráter e coragem de cumprir com seus atos. João ficou muito confuso, porém não deixou que isso atrapalhasse sua felicidade. Todos continuaram levando suas vidas normalmente como se nada tivesse mudado e viveram felizes.
Vinícius E. d’Almeida e Silva “O homem, em sua arrogância, pensa de si mesmo como uma grande obra, merecedora da intervenção de uma divindade.” (Charles Darwin)
BRANCA DE NEVE E AS VERDADES ESCONDIDAS Branca de Neve tinha sete anos quando provocou a ira da rainha-madrasta por causa de sua beleza. Então a rainha convocou um caçador e pediu que ele levasse Branca de Neve para a floresta e a matasse, trazendo seus pulmões e seu fígado para provar a morte. O caçador, com pena de Branca de Neve, deixoua fugir, e levou para a rainha os órgãos de um javali. A rainha comeu os órgãos. Enquanto isso, Branca de Neve achou a casa dos anões e, em troca de lavar, passar, costurar, limpar e arrumar a casa, eles a deixaram ficar. Ao descobrir que Branca de Neve ainda estava viva, a rainha foi até a casa dos anões três vezes. Primeiro, ela levou um corpete de seda e tentou matar a garota apertando o corpete bem forte. Não funcionou. Então ela voltou com um pente envenenado e tentou matá-la penteando seus cabelos. Também não deu certo. Na terceira vez, ela foi com uma maçã envenenada. Dessa vez os sete anões chegaram tarde demais e nada fazia Branca de Neve acordar. Como sua aparência ainda era boa e ela tinha bochechas coradas, eles não tiveram coragem de enterrá-la e fizeram uma cripta de vidro para ela. Um dia, um príncipe viu a cripta com a princesa e quis comprá-la dos anões. Eles se recusaram a vendê-la, mas, com pena, acabaram dando-a para o príncipe, pois ele insistiu muito. O príncipe tinha empregados para carregarem a cripta, mas um deles tropeçou e caiu, derrubando o caixão de vidro. Com a queda, Branca de Neve cuspiu o pedaço de maçã envenenada e voltou à vida. O príncipe e Branca de Neve planejaram então uma festa de casamento e convidaram a madrasta má, que não sabia que Branca era a noiva. Ela se arrumou e, quando se olhou no espelho e fez sua pergunta de sempre, descobriu que Branca estava viva. Ela decidiu ir ao casamento mesmo assim e ficou apavorada quando viu que a noiva era Branca de Neve. Então, colocaram um par de sapatos de ferro na brasa: tiraram da brasa e os vestiram na madrasta, fazendo-a dançar até cair morta.
Vitor Fleck de Almeida “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar para pensar, na verdade não há.” (Renato Russo)
CHAPÉU ROSA Era uma vez uma doce e safada menina chamada Jânia. Ela tinha apenas doze anos e não era mais virgem. Havia transado com cinco homens já, mas com quem ela realmente queria fazer sexo era com o “lobo”, que era um estuprador que ficava no bosque raptando as jovens virgens que por ali passavam. Certo dia sua mãe pediu para que ela fosse levar doces para seu avô que morava do outro lado do bosque e Jânia viu a chance perfeita para transar com o “lobo”. Logo se arrumou com seu melhor conjunto rosa, porque essa cor foi a que ela usou quando perdeu a virgindade. Quando estava chegando à casa do seu avô, ela foi abordada pelo estuprador. Ele a puxou e levou-a para um canto. Ela, com suas intenções, não reagiu e acabou cedendo. Quando ele descobriu que ela não era mais virgem, ficou tão furioso que comeu toda a sua carne e bebeu todo o seu sangue.