Ana Flávia da Silva Agege “A vida é cheia de obrigações que a gente cumpre por mais vontade que tenha de as infringir deslavadamente.” (Machado de Assis)
O NOVO CONTO DA CINDERELA Era uma vez um reino muito distante onde morava um rei que era viúvo de uma linda mulher. Ele tinha uma filha, uma linda menina, que se chamava Cinderela. O rei ficou decepcionado, quando a rainha morreu. Logo depois, ele se descobriu homossexual. Cansado da solidão, arrumou um companheiro que tinha uma filha revoltada e enjoada. Certo dia, o rei morreu e, a partir de então, seu companheiro e a enteada assumiram seus bens. Cinderela passou a ser a “escrava” da casa. Ela tinha que cozinhar, limpar e cuidar das roupas. Passaram a chamá-la de Gata Borralheira. Certo tempo depois, o príncipe da cidade organizou um baile e chamou todas as moças do reino, dizendo que uma delas seria sua futura esposa. O ex-companheiro do pai de Cinderela mandou fazer um vestido para sua filha. Cinderela estava com uma vontade imensa de ir ao baile, mas seu padrasto não a deixou ir. Ela pôs-se a chorar e, como num passe de mágica, apareceu uma linda mulher que iria realizar seu sonho: ir ao baile. Ela transformou jaboticaba em carruagem, cachorros em cavalos, pato em guardião, sapatos velhos em sapatos de cristal e seus trapos em um vestido de baile maravilhoso. Contudo, quando o sino batesse doze vezes, ou seja, à meia-noite, o encanto acabaria. Cinderela chegou e, de todas as mulheres do reino, ela foi escolhida para dançar com o príncipe. Os dois dançaram por horas. A meia-irmã e o padrasto ficaram olhando para ela, pois o rosto lhes era familiar. Quando bateu meia noite, Cinderela saiu correndo e deixou seu sapatinho de cristal cair na escada. Ao chegar onde estava a carruagem, de nada adiantou, pois ela já tinha voltado a ser jaboticaba. E então, Cinderela voltou para casa de táxi. No dia seguinte, o príncipe passou de casa em casa procurando a dona do sapato. Não para pedir a jovem em casamento, mas sim para devolver-lhe o calçado. O príncipe passou em todas as casas e, quando chegou à de Cinderela, viu que o sapatinho encaixava-se perfeitamente em seu pé. Ele devolveu-lhe o sapato e tudo voltou a ser como era antes.
André Guilherme T. Denadai “O ódio não existe, o que existe mesmo é a ausência de amor.” (André Denadai)
A CABANA ABANDONADA Numa bela manhã, eu estava lendo o jornal da vila, quando li uma notícia de que encontraram um cadáver dentro de um forno em uma casa de doces. Fiquei bastante interressado na notícia e fui atrás para entender o porquê de ter um cadáver em um forno no meio da floresta. Fui até a cabana onde havia o tal cadáver e entrei. Havia moedas de ouro espalhadas pelo chão perto de um baú. Ali também tinham alguns doces e dinheiro: pareciam ter caídos durante uma fuga. Andei em volta da pequena casa e me deparei com pegadas que pareciam ser de crianças. Segui as mesmas até uma pequena casa abandonada. Adentrei-a e me deparei com alguns móveis antigos, uma boneca de pano e um boneco de madeira o qual segurava um machado. Esses bonecos estavam sobre dois criados-mudos ao lado de duas camas. Peguei-os e observei algo: era uma letra. Havia uma em cada boneco, um J e um M. Poderiam ser as iniciais das crianças que fizeram as pegadas que me levaram até o local. Levei os dois bonecos para minha casa e os limpei. Para entender o porquê das pegadas saindo de uma casa de doces que levavam até uma casa abandonada, resolvi perguntar para as pessoas da vila. No dia seguinte, saí de casa cedo com os brinquedos nas mãos. Andei alguns minutos, quando um garoto me parou perguntando: “Onde o senhor encontrou estes bonecos?” Brevemente lhe respondi: “Em uma casa abandonada na floresta”. O garoto me disse para segui-lo até sua casa e lá chamou uma garota. Ele apontou os brinquedos e logo os dois ficaram muito felizes. Tentei entender a causa de tanta felicidade. As crianças me explicaram que moraram naquela casa que, no momento, estava abandonada, mas que, um dia, já fora habitada por elas e por seus pais. Explicaram-me também que o cadáver encontrado era de uma bruxa que as tinha aprisionado e que, quando tiveram uma oportunidade, empurraram-na no forno. Entendi tudo depois daquela explicação, mas ainda faltava algo... Saber o que eram aquelas iniciais nos bonecos. Quando perguntei aos meninos, disseram um seguido do outro: “João e Maria”.
Beatriz Gonçalves da Matta “Imagine uma planta sem água... um dia sem sol... uma noite sem luar nem estrelas... assim sou eu sem você.” (Capitão Gancho)
CAPITÃO GANCHO Vivendo em seu navio com sua tripulação, em alto mar, em um belo dia, Capitão Killiam avistou uma terra e logo, já que sua comida estava acabando, decidiu desembarcar. Chegando lá havia uma pequena vila e um bar ao lado, onde o capitão, como sempre, foi atrás de bebida. Ao entrar no boteco, uma mulher morena, esbelta, com seus cabelos longos e cacheados chamou sua atenção. Ele logo foi atrás dela para conhecê-la. Ficaram conversando o dia inteiro e, quando viram, já era noite. O capitão não queria deixar sua amada naquela vilazinha miserável e, então, chamou-a para ir a bordo com ele no navio, pois, logo ao amanhecer, iriam para uma nova aventura em alto mar. E ela, ansiosa e apaixonada, decidiu ir com ele. O que ele não sabia era que ela era casada, mas infeliz, até aquele dia. Porém, ao amanhecer, Rumple, marido de Blair, procurou-a em todos os cantos da vila. Quando finalmente a encontrou no navio de Killiam, assustado foi até lá e mandou Blair ir para casa, mas o capitão, ao tentar protegê-la, foi acertado pela espada de Rumple na mão direita e a perdeu em meio à água. Blair, assustada, foi para frente do capitão e Rumple, sem perceber, acertou-a e ela caiu no chão. Rumple, culpado e arrependido, saiu correndo e se escondeu em sua casa. O capitão jurou vingarse daquele miserável, por ter lhe tirado uma mão e sua amada.
Breno Bosi Rodrigues Cavallari “Ontem é história. Hoje é uma Dádiva. Amanhã é um mistério.” (Autor desconhecido)
UM PONTO DE VISTA DIFERENTE Meu nome é Lobo Mau. Moro em uma floresta onde todos têm medo de mim pelo simples fato de eu comer pessoas. O meu único problema são esses caçadores que vivem atrás de mim, mas dá para me virar. Como em um dia normal, eu vejo uma menina de capuz vermelho com uma cesta na mão. Essa é uma das horas que penso “meu almoço chegou”, mas antes quero saber para onde ela vai. Depois de muita discussão, descobri que ela vai para a casa da avó. Claro que eu a fiz ir por um caminho mais longo para eu chegar à casa antes dela. Cheguei à casa bem antes dela e abri a porta com muita calma para ninguém ouvir. Uma senhora estava deitada na cama. Então aproveitei o momento e a comi. Agora só falta a sobremesa. Me vesti igual a uma vovó e me deitei na cama. A menina chegou e começou a fazer um monte de perguntas chatas, porém consegui comê-la também, mas um caçador, infelizmente, viu pela janela o que aconteceu e me cortou inteiro para tirar as duas de dentro de mim. Com muito esforço, eu consegui sobreviver, mas acho que, se eu tentar outra vez, talvez eu possa conseguir.
Clarice Tozetti Dias “Você colhe o que você planta.” (Ditado popular)
BRANCA MÁ Em uma floresta, existia uma princesa cujo nome era Branca de Neve. Ela morava com sua madrasta, pois seu pai havia falecido quando ela tinha seis anos. Aos nove anos, Branca de Neve descobriu que tinha poderes especiais. Cada vez que ficava mais velha, ela ia aperfeiçoando seus poderes. Mas ela acabou usando seu dom para o mal, por isso todo o reino a temia e começara a chamá-la de BRUXA. A princesa também tinha sete servos pequenos que a defendiam em tudo. Em um belo dia, Regina, sua madrasta, resolveu fazer uma festa de aniversário de dezoito anos para Branca, já que não faziam há muito tempo. Os preparativos começaram três dias antes, porém a princesa não estava gostando muito da ideia. Então chegou o grande dia da festa. Todos estavam bem elegantes. Grande parte do reino estava na festa, e a madrasta estava com medo, como sempre, pois ninguém sabia o que esperar de Branca. Quando Regina foi chamar a princesa, ela estava toda desarrumada e com raiva. A madrasta não teve a intenção de irritá-la, mas Branca acabou confundindo as coisas e, quando a madrasta menos esperava, Branca enfiou uma adaga em seu coração e a matou. Em seguida, ela foi até o salão e matou todos os convidados. Os sete soldados a prestigiaram por ter feito tudo isso. Branca, com sua glória, continuou a reinar como sempre.
Giovanna Luques Giacomini “1 universo, 8 planetas, 204 países, 809 ilhas, 7 mares, 7 bilhões de pessoas. E a única pessoa que eu preciso para ser feliz é você!” (Bob Marley)
GABRIELA Era uma vez uma jovem chamada Gabriela. Sua mãe havia fugido para fora do país deixando-a com o pai. Seu pai logo se casou com outra mulher que apenas estava de olho em sua riqueza e então o assassinou para ficar com a herança. A madrasta de Gabriela tinha duas filhas invejosas: Letícia e Vitória, que faziam de tudo para deixar a Gabi para baixo. A madrasta cortou sua mesada e a obrigou a sair do quarto e passar a dormir na sala. Uma tarde, Letícia e Vitória estavam vendo as novidades na internet e viram que o garoto mais popular e lindo da escola daria uma super festa e todas as meninas que ali estudavam foram convidadas. Gabriela empolgou-se, correu até o quarto e pegou uma caixinha onde guardava seu dinheiro, mas estava vazia. Então foi até a madrasta e pediu para que ela liberasse a mesada pelo menos uma vez para que comprasse um vestido. Sua madrasta negou dar-lhe o dinheiro e disse que ela deveria ficar em casa fazendo faxina, já que estava tudo muito sujo. Sua suposta mãe saiu para um encontro e voltaria apenas à meia-noite. Quando Gabi se viu sozinha em casa, saiu pela janela e foi até a casa de uma tia que morava ali perto. Ela contou tudo que estava se passando para a tia, que logo lhe deu um vestido, um sapatinho de cristal e lhe ajudou se arrumar para a festa. Chegando lá, Gabriela era a mais linda de todas e atraiu todos os olhares assim que entrou no salão. O dono da festa foi em direção a ela e a chamou para dançar. Depois disso, levou-a para fora, onde ficaram conversando. Eles se olharam por um tempo e então descobriram que foram feitos um para o outro. Ele a puxou pela cintura e a beijou. Um beijo quente e cheio de desejo. Foi quando o relógio tocou, indicando que era meia-noite. Ela pediu desculpa e sem dar explicações, começou a correr para chegar em casa a tempo. No caminho, ela perdeu um dos sapatinhos. Quando chegou em casa, se arrumou e deitou no sofá fingindo que estava dormindo. Logo sua madrasta e suas meias-irmãs chegaram. Elas estavam péssimas. O encontro foi horrível e Letícia e Vitória estavam inconformadas do menino ter escolhido uma mera estranha.
Ao lado do sapato tinha um número de telefone que Gabriela havia anotado, caso precissasse ligar para casa, já que não sabia o telefone de cor. O menino ligou e a madrasta atendeu. Ele disse que se apaixonou por uma menina, que foi embora da festa sem ao menos se apresentar, porém essa garota perdeu um dos sapatinhos e, ao lado dele, havia um papel com um número de telefone. A madrasta ficou contente, pois achou que era uma das suas filhas a quem o garoto estava se referindo e o chamou para almoçar no outro dia. No dia seguinte, a campainha tocou e Gabriela atendeu. Ele sorriu, ela retribuiu o sorriso e então se beijaram. A madrasta flagrou os dois e falou que ou a Gabi parava de se encontrar com o rapaz ou ela iria morar na rua. Gabriela não poderia ficar longe do amor que ela sempre esperou. Ela estava certa de que era ele quem ela queria para ter para sempre ao seu lado. Pegou as coisas e se mudou para a casa da tia, onde ela deveria estar faz tempo. E enfim pôde viver feliz ao lado do amor de sua vida.
Guilherme Takumi Kanamori “Eu mergulhei no futuro, mas eu estou cego pelo sol, renasci em cada momento, então, quem sabe o que eu vou me tornar...” (Revival)
QUEM TEM MEDO DO LOBO MAU? Dizem por aí que encontram o tão falado lobo mau pelas florestas, vagando ou jogado no chão, rastejando na lama ou querendo perdão. No final de tudo, ele tentou se redimir, no dia em que foi "supostamente morto". Na verdade, ele conseguiu se recuperar e vagava sobre os bosques e as florestas sempre a pensar. Um dia, tentando ser bom, foi até a casa da avó de Chapeuzinho pedir desculpa. Quando chegou naquela casa foi atendido aos berros, recebendo, inclusive, ameaças de morte. Mesmo tentando se desculpar, não teve o mínimo de sorte. Então ele pensou "como posso ser bom se ninguém me ajuda, como posso ser diferente?" Sem oportunidades, a revolta começou a crescer e a sede de vingança também. Cansado de todos o julgarem, apenas parou e pensou no que já havia feito e decidiu fugir. O que fez foi apenas tentar melhorar, mas ninguém quis ajudá-lo. Então ele se trancou dentro de uma caverna e lá ficou. Tentou descansar, sem maldade, sem dor e sem piedade. O grande lobo mau ninguém mais avistava... Será que, no final de tudo, ele era o grande mal? Mas é claro, o lobo sempre será mau se você apenas ouvir a versão da Chapeuzinho Vermelho. Ninguém soube do antes e nem do depois. Agora é tarde demais, o lobo já se foi...
João Pedro R. Franceschi “Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra.” (Bob Marley)
FALSA VENTURA Carlos era um rapaz tímido e amedrontado por um trauma de infância, quando viu sua família ser morta por assaltantes covardes. Ele foi o único a se salvar, mas se sentia culpado por não ter conseguido salvar mais ninguém. Apesar de tudo permaneceu vivendo na mesma casa, porém com as lembranças constantes. O rapaz pensava em se mudar. Um dia uma bela moça mudou-se para a casa em frente a sua. Por meses ele a observava pela janela admirando cada gesto e cada atitude dela. Foi se encantando e, quando viu, estava apaixonado. Meses se passaram e sua paixão e encanto só aumentavam. Ficava imaginando que, se ao menos conseguisse falar com ela, tudo poderia ser diferente, mas a timidez não o permitia... Anoiteceu. Carlos deitou-se dizendo a si mesmo: “amanhã será o dia em que tomarei coragem e irei falar com ela, direi tudo o que sinto, pois já não quero mais viver esse amor calado”. Em meio a esse pensamento, ele pegou no sono. Sonhou que a moça por quem morria de amores, tinha sido morta de forma cruel. Despertou desesperado e correu para a janela para verificar se sua amada estava bem. Percebeu que havia várias pessoas dentro da casa. Foi até a rua e viu uma aglomeração em volta da casa. Perguntou a um vizinho: – O que está acontecendo? – Mataram, de forma cruel, a moça que morava aqui – respondeu-lhe o homem. O rapaz olhou para suas mãos, assustou-se e foi para casa. Viu que nelas havia sangue seco e escuro. Deitou-se. Começou a se lembrar do sonho, ou melhor, do pesadelo. Vieram-lhe à mente todas as cenas. No final de suas terríveis lembranças, ficou chocado ao entender que ele havia matado seu grande amor. Os dias se passaram e Carlos resolveu mudar essa situação. Idealizou a sua felicidade ao lado de sua família e de sua amada, enquanto enchia a banheira. Viajou em seus pensamentos e, quando se deu conta, a água já estava transbordando. Fechou a torneira, despiu-se e entrou. O seu espírito estava em uma paz imensa, e não conseguia mais se lembrar dos pesadelos e das lembranças que lhe atormentavam. Foi então que decidiu morrer com aquela felicidade inventada. Afogou-se.
José Artur Branco Laurindo “A vingança é uma espécie de justiça selvagem.” (Francis Bacon)
O GOLPE DO FLAUTISTA Era uma vez um flautista que caminhava de cidade em cidade tentando conseguir dinheiro. Por meio de um golpe, ele tocava a flauta e atraia pragas e doenças para o lugar e então se oferecia para o conselho da mesma e dizia que, por uma quantidade de ouro, ele as tiraria. Um dia, ele chegou à cidade de Hamelin e decidiu que a praga que jogaria na cidade seria ratos. Sua ideia era levá-los para lá e depois efetuar um plano. Depois que executou plano, o flautista foi falar com o conselho e se ofereceu para solucionar o problema. O conselho disse que pagaria ao flautista cem moedas de ouro e ele logo foi fazer o trabalho e, rapidamente, atraiu todos os ratos, fazendo com que caíssem no rio e morressem. Assim, o homem voltou ao conselho para buscar sua recompensa. Quando chegou e pediu a recompensa, o conselho disse para o flautista ir embora, pois eles não lhe dariam ouro algum. O flautista, revoltado, voltou a tocar e, dessa vez, não foram só ratos, mas também sapos, rãs, cobras e muitos outros animais que lá apareceram. O flautista, depois de levar os animais para a cidade, foi embora fazer o mesmo em outros locais. Já a cidade de Hamelin ficou vazia. Os animais que lá estavam acabaram com a cidade que ficou vazia por muito tempo, pois os animais a dominaram e ninguém teve coragem de continuar vivendo lá.
Lucas de Mello Perassolli “Se o sapo está na lagoa não vai vir coisa boa!” (Autor deconhecido)
OS SETE ATAQUES Em um dia normal, aconteceu algo muito inesperado. Roma amanheceu com seu Coliseu explodido. O lugar estava cercado, notícias circulavam pelo mundo todo e o responsável pelo crime não havia se manisfestado. Todos estavam atrás do criminoso. Um corpo embaixo de algumas pedras intrigou os policiais. Era o corpo de um anão com um colar de identificação que trazia escrito “Dunga (1992-2015), outros ataques estão por vir”. A mensagem deixou todo mundo confuso e amedrontado, já que nela estava a data da morte do anão e o anúncio de outros ataques terroristas. Porém, nenhum outro objeto foi achado no lugar para ajudar na investigação. Dezesseis dias depois do crime, o governo americano recebeu um vídeo em que uma moça com um vestido azul, blusa amarela e cabelos pretos, dizia ser a responsável pelo ataque em Roma. Ela ainda disse que seu plano não acabara e que várias mortes e destruições estavam por vir. Depois de um mês e quatro dias, o estádio do Maracanã foi explodido no meio de um clássico do futebol, com 52 mil pessoas aproximadamente, deixando o mundo em alerta e o Brasil, principalmente, o Rio de Janeiro, em caos. Uma mensagem também foi deixada, mas de um jeito bem mais trágico que o anterior. O governador do estado foi morto com um tiro na cabeça enquanto dormia e, em sua blusa, estava escrito com caneta vermelha “Soneca (1987-2015). Faltam 5! Melhor se prepararem... BUMMMMMM” Na virada do ano de 2015 pra 2016, às 23:45, o Egito não imaginava algo tão horripilante. Suas pirâmides todas destruídas e bombas caíram sobre o Cairo, matando em média 1 milhão de pessoas. O bilhete que os suicidas costumavam deixar apareceu nos Estados Unidos colado na porta da Casa Branca, e nele estava escrito “Mestre (1970-2016). Estados Unidos preparem-se. Não só vocês, como os outros países também!!! E aproveitam o tempo que tiverem, ou melhor 1 hora”. Todos os países fecharam os comércios e fronteiras, pois todos estavam preparados para os ataques. Os quatro ataques restantes foram na mesma hora: a África foi inteiramente explodida por mísseis nucleares, a Alemanha sofreu um ataque, matando várias pessoas e destruindo metade do país, os EUA tiveram o leste e o sul destruídos por
outro ataque. Por último, o sétimo ataque foi na Inglaterra, destruindo, completamente, o país. O mais inesperado aconteceu três dias depois do ataque, o governo americano recebeu uma mensagem do presidente da Rússia dizendo o seguinte: “Gravo esse vídeo em nome de Atchin, Feliz, Dengoso e Zangado, os meus anões que se suicidaram para cumprir meu plano. Fiz isso para mostrar que socialismo é melhor que capitalismo”.
Luis F. Pitanguy Nogueira Silva “No fim, o que a gente sente mais falta é do futuro.” (Luís Fernando Veríssimo)
CHAPEUZINHA ASSASSINA Em uma cidade pequena do interior, nasceu uma linda garotinha, loira de olhos azuis. Seus pais ainda não tinham decidido seu nome, então como sua primeira roupa foi um vestido vermelho com um chapéu também vermelho, seus pais passaram a chamá-la de Chapeuzinho. Os anos foram passando e eles ainda não haviam decidido o nome da garota, queriam pelo menos dar uma característica a Chapeuzinho, como chapeuzinho amorosa, então começaram a investigar a vida da menina
de
dez
anos
e
não
acharam
nada.
No dia do aniversário de onze anos da garota, uma figura esquisita de roupa preta apareceu na casa da família e disse que o mal iria surgir. Os pais não entenderam até que na madrugada eles foram ao quarto da
amada
e
acharam
tudo
quebrado
e
a
janela
aberta.
Quando olharam pela janela observaram a cidade em chamas e sabiam que aquele desastre foi causado pela tão querida filha, mas antes de cometerem suicídio pelo sentimento de culpa pelo desastre, eles
deram
uma
característica
à
menina:
chapeuzinho
assassina.
Marcela Minto de Felipe “Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida.” (Platão)
CHAPEUZINHO AMARELO Era uma vez uma menina que morava com a sua avó numa casinha perto de um bosque. Chapeuzinho Amarelo era o seu nome porque sempre gostou da cor amarela. Um dia, sua avó comprou flores para a Chapeuzinho levar ao cemitério onde sua mãe se encontrava. A avó disse para a menina não falar com nenhum estranho, pois era perigoso, e ela ainda era uma pobre menina. Ao atravessar o bosque cheio de animais perigosos, um homem começou a segui-la e perguntou aonde ela ia. A menina disse que ia ao cemitério levar flores à sua mãe. O homem falou que a acompanharia, pois era perigoso. E ela não disse nada. Quando chegaram ao cemitério, o homem a agarrou, estuprou e torturou. Por fim, ele matou a menina com uma facada. A Chapeuzinho ficou ali com sua mãe.
Matheus Bolson “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” (Antoine Lavoisier)
UMA VIDA E SETE MORTES Em um período da história, muito distante do atual, a prosperidade e a felicidade reinavam em um vilarejo em uma selva isolada do resto do mundo. Tudo corria bem para quase todos os moradores. O problema ocorria apenas em uma família. Como tradição, o pai deveria passar tudo o que possuía para o filho mais velho, porém, por mais que o marido e a mulher tentassem, apenas conseguiam filhas. Após sete tentativas e todos os resultados serem proles femininas, os ânimos do casal diminuíram. Entretanto, em um período em que o vilarejo conseguiu uma grande colheita, uma comemoração foi celebrada sem restrições de bebidas e os responsáveis pelas sete meninas tentaram mais uma vez. A mulher engravidou, mas, em decorrência de tantos partos que já havia feito, estava muito fraca para a realização de outro. Assim, no momento do nascimento, ela morreu e o chefe religioso da vila declarou que o menino seria acompanhado pela morte a vida inteira, até que ela o levasse. O pai não sabia o que fazer, pois não gostaria de perder a sua única criação masculina que parecia tão inocente e ainda era recém-nascida. Um dia, uma senhora com aparência horrível chegou à comunidade. Boatos começaram a circular de que ela fazia pactos. Desesperado, o pai da criança amaldiçoada realizou um trato com a anciã: a vida de suas sete filhas para manter o filho vivo. Os anos se passavam sem que as meninas soubessem do trato de seu progenitor. No primeiro aniversário do garoto, uma irmã morreu ao cair em um lago sem saber nadar e sem que ninguém visse; no segundo, uma grande árvore podre caiu e matou outra irmã. No decorrer do tempo, a morte foi levando uma a uma, até que não restasse mais nenhuma viva. Triste e confuso, o menino queria entender por que todo ano, na data de seu aniversário, uma pessoa querida sempre morria. Seu responsável não aguentou vê-lo naquelas condições e contou-lhe a verdade. Revoltado com tudo aquilo, o garoto foi procurar a velha que realizara o acordo desumano para fazer um novo. Ao encontrá-la, ele fez a seguinte proposta: a ressurreição das falecidas em troca da vida do pai. Passaram-se alguns dias, até que, em uma manhã, pai e filho acordaram com um grande estrondo na porta da casa. Ao abrirem, eles se depararam com uma visão horrível: as sete meninas, em
decomposição, eram agora zumbis. Como não possuíam consciência, comeram vivo o adulto. Como ainda sentiam fome, devoraram o menino também, cumprindo assim a antiga previsão.
Pedro Augusto S. de Arruda “Nem tudo na vida é como nós imaginamos.” (Autor desconhecido)
CHAPEUZINHO AZUL Era uma vez um lugar cheio de crimes, violência e poluição, essa cidade se chamava São Paulo. Na grande metrópole, por trás de todo crime e coisas ruins, havia uma casa bem velha. Lá viviam uma mulher e sua filha adolescente. Em uma tarde de sábado, a mãe pediu para a sua filha ir à casa da avó entregar uma bandeja de brigadeiro e uma garrafa de vinho tinto. A filha colocou sua bota e seu chapeuzinho azul e foi até a casa da velha. Em São Paulo, naquele dia, estava muito chuvoso. Alguns bairros quase inundaram. Após sair de sua casa, Chapeuzinho já havia andado muito e estava muito cansada, mesmo assim ela tinha que fazer o que sua mãe lhe pedira. Chapeuzinho azul, de repente, se deparou com um homem que logo a abordou: – Olá, menina! Aonde você esta indo? O homem era velho, com um nariz grande e um corpo muito peludo. Além disso, tinha um sorriso maroto que ficara pregado em seu rosto. – Vou ao bairro Bexiga visitar a minha vovozinha. Respondeu a menina com a maior inocência do mundo. – Sério?Eu estava indo para lá mesmo. Vou te acompanhar até a casa de sua avó. No dia seguinte, o sol estava brilhando, os pássaros cantavam. Só havia uma coisa que poderia estragar o dia, a manchete do jornal. Todos que liam ficavam chocados. Era o tipo de manchete que as pessoas fazem fila na banca para comprar. Nela dizia: “Menina de chapéu azul é estuprada e encontrada morta. Mais um possível ato do assassino em série conhecido como Lobo.” Após esse dia, a avó e a mãe da menina nunca mais foram vistas ao olhar publico, porém Lobo era capa na imprensa todos os dias. Um assassinato atrás do outro e, o mais triste é que Lobo nunca foi encontrado pela polícia.
Vinicius Rossi de Figueiredo "Lembrar é fácil pra quem tem memória, esquecer é difícil para quem tem coração." (William Shakespeare)
JOSEPH E SEUS DESEJOS Joseph era um menino que nasceu com uma deficiência que afetava uma área do cérebro e o deixava muito nervoso. Por isso, seus pais, que eram bem pobres, juntaram suas economias e compraram um cachorro de estimação na tentativa de diminuir a raiva de seu filho. Durante toda a sua adolescência, seu pai tentou ensiná-lo a costurar, porém ele odiava a atividade e nunca a fazia. Alguns anos depois, o pai foi assassinado. Como a família estava sem dinheiro, Joseph começou a praticar roubos e assaltos. Todo esse tempo na rua roubando pessoas fez Joseph conhecer outro ladrão chamado Gabriel. Joseph e Gabriel se tornaram grandes amigos e conseguiram fazer vários roubos juntos, porém um dia eles tiveram uma briga por Gabriel ter recebido uma quantia maior. Joseph puxou uma faca e matou Gabriel, mas, horas depois, Joseph viu o que realmente tinha feito e se arrependeu. Quando estava voltando para a casa, uma feiticeira o abordou e disse: – Preciso de um favor seu. Se você me ajudar, eu te dou todo o ouro possível. Joseph aceitou e então foi levado a uma espécie de caverna onde a feiticeira mostro-lhe uma enorme riqueza, como joias, ouro etc. A feiticeira disse para Joseph ir mais abaixo e pegar uma lâmpada. O rapaz desceu e pegou o objeto, porém ele caiu em uma armadilha e várias pedras começaram cair, tampando a entrada. A feiticeira fugiu, mas antes lhe desejou boa sorte. Sem querer Joseph esfregou a mão na lampada e um gênio de cor azul surgiu e lhe ofereceu três desejos. Primeiramente, Joseph pediu para sair da caverna e seu desejo foi realizado. Depois pediu para que Gabriel fosse ressuscitado. E, por fim, pediu vida eterna. Porém o que Joseph não sabia era sobre as punições da lâmpada do mal. A punição pelo primeiro desejo era que, apesar de ter sido retirado daquela caverna, ele voltaria a ficar preso em uma gruta sem saída. A punição pelo segundo desejo era que, como Gabriel foi ressuscitado, Joseph pederia duas vidas, no caso sua mãe e seu cachorro. A punição pelo terceiro desejo era simplesmente ter a vida eterna, porém na gruta onde ficaria preso para sempre.