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Imóveis novos
Da incerteza à surpresa
Da Redação
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Em um ano marcado pela pandemia do novo coronavírus, setor imobiliário absorveu os impactos, iniciou retomada gradual e encerrou 2020 com recorde de vendas
Omercado imobiliário encerrou 2020 com bom desempenho, de acordo com dados apurados pelo departamento de Economia do Secovi-SP. As 51.417 unidades residenciais novas comercializadas na cidade de São Paulo superaram em 4,5% os resultados de 2019, ano em que as vendas totalizaram 49.224 unidades.
O saldo recorde surpreendeu, para um ano repleto de adversidades ocasionadas pela pandemia do novo coronavírus e que impactaram os negócios do setor.
Logo no início da quarentena, em março, o mercado comercializou 35% do esperado para o mês pelas empresas. Em maio, porém, o mercado iniciou a retomada, impulsionado, principalmente, pela oferta de produtos aderentes à demanda e pela taxa de juros no menor patamar da história.
Em julho e nos meses seguintes, acompanhando a evolução do combate ao coronavírus e o retorno gradual às atividades presenciais, os estandes voltaram a funcionar, e os resultados de vendas foram melhorando. Este movimento teve continuidade e o mercado encerrou o ano com 4% a mais de unidades vendidas em São Paulo e 10% no País, conforme pesquisa da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) realizada em 150 cidades.
Os destaques de vendas no ano foram os imóveis de 2 dormitórios, com área útil entre 35 m² e 45 m² e preços de até R$ 240 mil.
Os lançamentos totalizaram 59.978 unidades na capital paulista, com movimento mais intenso no último trimestre do ano, quando foram lançadas 33,5 mil unidades. Contudo, esse volume ficou abaixo das 65.312 unidades lançadas em 2019.
A Pesquisa do Mercado Imobiliário também registrou crescimento na oferta final de imóveis (unidades lançadas, mas ainda não comercializadas). O mês de dezembro de 2020 terminou com 46.948 unidades disponíveis para venda, o equivalente a 11 meses, considerando-se a média de comercialização do ano.
Expectativas para 2021
A previsão do Secovi-SP para o mercado imobiliário em 2021 é de manutenção do bom desempenho, com crescimento estimado de aproximadamente 5% a 10% em relação aos resultados de 2020. Porém, para esse cenário se comprovar, a taxa de juros precisa permanecer em patamares baixos, o PIB (Produto Interno Bruto) deve voltar a crescer e a inflação ficar sob controle.
Na cidade de São Paulo, aguarda-se uma adequada revisão do Plano Diretor Estratégico, legislação fundamental para o bom desempenho do setor, com possiblidade de melhor aproveitamento dos terrenos no município, onde é crescente a necessidade de oferta de imóveis novos para atender a grande demanda. «