Elementos que compõem a Festa Agora que conhecemos um pouco mais sobre como acontece a Festa de Iemanjá e a sua história, apresentaremos alguns de seus elementos básicos, a fim de possibilitar uma melhor compreensão acerca do seu cerimonial.
A religiosidade – A religiosidade é fundante na ação humana. Todas as culturas e todos os povos tiveram e têm uma expressão religiosa. Dizer “expressão” é falar de manifestações de ordem religiosa que têm seu veículo na simbologia, na linguagem, na literatura, na arte, em rituais variados, nos corpos doutrinados e em modelos de vida. Aquilo que é expresso de tantas maneiras, que de fato compreende todos os registros da atividade humana, é algum tipo de experiência do transcendente. Como toda experiencia humana, ela também tende à comunicação e à socialização. A experiência religiosa na Festa de Iemanjá é simbólica, abre caminhos e orienta. Na religiosidade, os mitos, os ritos e os símbolos materializam a presença de Iemanjá na festa, orientando e dando significado à mobilização dos umbandistas na orla da cidade.
O cortejo – Os cortejos saem dos terreiros até a orla marítima. Geralmente são feitos em ônibus fretados, para os quais os/as umbandistas realizam cotas para o pagamento. O cortejo é realizado com a maior alegria possível entre os umbandistas, que cantam para Iemanjá e louvam dentro do ônibus, tanto na ida à praia, como na volta para o terreiro. Os atabaques e os pontos cantados anunciam pelas ruas e avenidas, onde o povo de terreiro da cidade resiste e não deixa de celebrar a Rainha do Mar, no seu dia. O cortejo da União Espírita Cearense de Umbanda sai do Centro da cidade até a Praia do Futuro, em carro aberto com a imagem de Iemanjá em cima. Por onde passa, o cortejo é reverenciado e aplaudido.
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Mãe de Santo saúda Iemanjá na Praia de Iracema Foto de Manuel Filho