THIAGO MARTHENDAL
JULHO 2016
ESPORTE
EDUCAÇÃO
A democratização do acesso ao esporte na escola busca a formação integral dos estudantes, com a incorporação de diferentes práticas pedagógicas à Educação Física. A nova abordagem vai além do discurso da saúde e qualidade de vida, dando ênfase à cultura corporal, em uma visão mais ampla e sistêmica da realidade. Páginas 6 e 7
Editora, Beatriz Menezes dos Santos
Nossa capa As ginastas do CRGR do IEE participam de competições estaduais e nacionais, conquistando títulos para Santa Catarina. Na foto as estudantes apresentam coreografia criada pela professora Evelize Garofalo, no clima das Olimpíadas.
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Páginas 6 e 7
Saiba como o Technovation Challenge, uma competição internacional de empreendedorismo tecnológico para mulheres, serve para diminuir a desigualdade de gênero e cria oportunidades de trabalho em prol da sociedade.
Leia a entrevista com o escritor, cartunista e YouTuber Affonso Solano, que dá dicas aos jovens que desejam ser escritores
A prática esportiva escolar influencia todo o ambiente educacional, ultrapassando os limites do bem-estar físico e tornando-se indispensável no ponto de vista formativo. Destacamos nesta edição,o crescimento pessoal e social dos estudantes que participam das inúmeras modalidades oferecidas nas escolas da rede estadual
Página 8 Criado há seis anos, o projeto Judô, desenvolvido na Escola Idelfonso Linhares, de Florianópolis, já atraiu mais de 200 crianças e jovens desde 2011. Veja como a parceira de sucesso fortalece os vínculos escolares e se reflete na aprendizagem.
Página 9 Para comemorar o Dia Nacional do Meio Ambiente as escolas da rede estadual se mobilizaram em prol dos ecossistemas locais e usaram toda a criatividade em ações de conscientização. Conheça as práticas de sustentabilidade realizadas, na Escola Dom Vital, de Ponte Serrada.
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SÉRGIO TEIXEIRA
Os seminários estaduais da BNCC serão realizados nos meses de julho e agosto em todo o País. Em Santa Catarina, os educadores irão avaliar o documento base, dias 19 e 20 de julho, no auditório da Assembléia Legislativa e no Instituto Estadual de Educação.
As professoras são um bom exemplo para as meninas do Centro Regional de Ginástica Rítmica, do IEE
OSVALDO NOCETTI
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azer com que os estudantes cheguem ao Ensino Médio – e permaneçam nele – é hoje um dos principais desafios para que o Brasil consiga incluir, de fato, grande parte dos jovens e adolescentes no mundo do trabalho e da cidadania. Mais de 1,7 milhão de adolescentes, de 15 a 17 anos, estão fora da escola, e são hoje o grupo mais atingido pela exclusão educacional e social, segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio (Pnad/2011). As esferas de governo federal e estadual estão engajadas em reverter esse quadro e um dos vértices dessa nova política educacional é a construção de uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da educação básica, que prevê também a reformulação do ensino médio. Para os educadores, essa etapa de ensino está em descompasso com os interesses do jovem do século 21. Em boa hora o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) estão reunindo as contribuições estaduais para a versão preliminar da Base, que contará com o acompanhamento do Conselho Nacional de Educação (CNE). O secretário da Educação e presidente do Consed, Eduardo Deschamps, que também é membro do Conselho Nacional de Educação lembrou que os conselheiros vão acompanhar as discussões nos estados. Os seminários estaduais da BNCCserão realizados nos meses de julho e agosto em todo o País. Em Santa Catarina, os educadores irão avaliar o documento base, dias 19 e 20 de julho, no auditório da Assembléia Legislativa e no Instituto Estadual de Educação. Desta forma, enfrentar o desafio significa abandonar alguns paradigmas sobre o que é ensinar e aprender, revendo e revitalizando os compromissos com a escola e com o aluno. Mas isto não é pouco e nem fácil. Impõe mudanças de todos os envolvidos no processo educacional. Com essa proposta, o Escola Aberta traz aos leitores alguns projetos desenvolvidos por alunos do ensino médio, dentro do novo paradigma. Confira as matérias da página 9 que trata da sustentabilidade ambiental de forma contextualizada e as experiências coletivas e inovadoras que instigam o conhecimento, na página 11. Na página Central destacamos a importância da educação física escolar que coloca a educação e o esporte na mesma direção. Nas demais páginas, conheça as iniciativas de empreendedorismo tecnológico, cidadania e a agenda.com, onde informamos sobre os programas e prêmios oferecidos a alunos e professores.
Índice
O ensino Médio na BNCC
THIAGO MARTHENDAL
Editorial
Fique por dentro dos programas e concursos nacionais voltados a alunos e professores. Inscreva-se .
Página 11 Uma aula diferente e divertida envolveu os alunos do Ensino Médio Inovador na Escola Almirante Barroso, de Canoinhas. As experiências pedagógicas além da sala de aula promovem uma educação multidisciplinar e atraem os jovens dessa modalidade de ensino. Confira
Página 12 Confira as notícias da Educação
Expediente EDITORA Beatriz Menezes dos Santos - SC 01572 JP
EDITOR DE FOTOGRAFIA Thiago Marthendal
PARTICIPARAM DESSA EDIÇÃO: Beatriz Menezes dos Santos, Cauê Andreosi, Thiago Marthendal, Dafnée Caroline Canello, Sérgio Teixeira, Janaína Mônego e Ana Paula Keller
FOTOGRAFIA Thiago Marthendal, Osvaldo Nocetti, Sérgio Teixeira e Janaína Mônego
REVISÃO Manoel Celso Lopes DIAGRAMAÇÃO / FB.Design ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Edinéia Rauta Secretaria de Estado da Educação
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
aberta
Artigo
A prática e a cultura do
Por Thiago Marthendal
THIAGO MARTHENDAL
O
MARIA HELENA KRAESKI
A disciplina ajuda a manter as crianças no espaço escolar por mais tempo, ampliando suas chances de enriquecimento, assim como tem evitado que sejam atraídas pelas mazelas das ruas e seus perigos. à prática e à cultura do esporte, o Centro Regional de Ginástica Rítmica recebe alunos e crianças da comunidade e onde os talentos podem ser direcionados para as turmas de treinamento, que também acontecem no IEE, por meio de uma parceria com a Fundação Municipal de Esportes e a Udesc. Isso permite a participação dos jovens em campeonatos regionais, estaduais, nacionais e internacionais. Além de todos esses fatores, o esporte escolar promove a inclusão, minimizando as desigualdades e qualquer tipo de discriminação por condições físicas, sociais, de raça, de cor ou de qualquer natureza que limitem o acesso à prática esportiva. Além disso, oferece aos alunos conhecimentos e vivências nas dimensões lúdicas e amplia o tempo de permanência dos alunos na escola. Nesse contexto, a disciplina ajuda a manter as crianças no espaço escolar por mais tempo, ampliando suas chances de enriquecimento, assim como tem evitado que sejam atraídas pelas mazelas das ruas e seus perigos.
IMAGEM DO MÊS MEIO AMBIENTE A preocupação com a sustentabilidade é constante nas escolas da rede estadual, onde a educação ambiental é abordada de forma transversal e interdisciplinar. Atividades como reciclagem de materiais, coleta de lixo e hortas escolares são algumas das ações que impulsionam a mudança de hábitos e atitudes que colocam em risco a vida do planeta. Na escola Idelfonso Linhares, da Capital, os alunos aprendem desde cedo sobre a importância da preservação, que vai além de festejar a data, dia 5 de junho, considerado o dia mundial do meio ambiente.
aberta
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Jovens cientistas Usando os sensores, microfones e câmeras do seu celular, o aplicativo Science Journal permite que você faça experimentos, previsões, anotações e colete dados de diversas fontes transformando o seu aparelho em um laboratório portátil. Com atividades que incentivam a experimentação e a ciência, o aplicativo é voltado para estudantes a partir de 10 anos que queiram aprender mais sobre o uso de gráficos e a interpretar desde medições simples de luz, velocidade e som, até dados mais complexos de temperatura, distâncias e intensidade do vento. Perfeito para jovens cientistas e para atividades de campo propostas por professores.
DIVULGAÇÃO
OSVALDO NOCETTI
Coordenadora do Programa de Extensão do Núcleo de Estudos da Ginástica CEFID/UDESC
esporte atualmente é considerado um dos maiores fenômenos sociais do século 21, assumindo múltiplas possibilidades, estando inserido em diferentes setores como o político, o econômico, o social, o cultural e o educacional. No ambiente escolar, o esporte mantém uma relação muito estreita com a disciplina de Educação Física, sendo uma das ferramentas da aprendizagem. Em muitas escolas, está presente ainda em projetos extracurriculares, onde sua prática acontece de maneira mais sistematizada e associada a objetivos específicos. A escola é o lugar onde se adquire hábitos que permanecem ao longo da vida. Desta forma, a Educação Física não pode ser uma mera prática esportiva, mas um componente curricular com os mesmos objetivos das outras disciplinas, a educação integral dos alunos. Ainda, busca educar para vários aspectos, que incluem as relações sociais culturais, valores, atitudes, saúde e lazer, contemplando o equilíbrio da diversidade, que é intrínseco à escola. Durante essa fase, as unidades de ensino devem promover uma gama variada de atividades, como esportes, danças, lutas e diferentes formas de envolvimento com a natureza. Em relação a projetos extracurriculares, temos o exemplo do Instituto Estadual de Educação (IEE), na Capital, que vem aprimorando oEsporte Escolar, já bastante consolidado. Com o objetivo de democratizar o acesso
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esporte escolar
Mais cuidado com as senhas É muito comum, por estarmos com pressa ou preguiça, que tenhamos senhas bastante óbvias para nossos emails e redes sociais. Pensando nisso, a Microsoft tem começado a dar alguns “puxões de orelha” bem doídos para educar o pessoal. Estão banindo e proibindo as senhas ruins. Segundo o blog da empresa, “mais de 10 milhões de contas estão sendo atacadas diariamente, e por isso conhecemos muito bem as senhas mais vulneráveis e utilizadas”. Deste modo, ao invés de somente pedir que o usuário utilize senhas mais fortes e menos previsíveis, a Microsoft tem mantido uma lista atualizada que simplesmente proíbe os novos usuários de escolherem senhas ridículas como “1234” e “abc123”.
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Empreendedorismo
As meninas aceitam o desafio
Competição internacional atraiu jovens estudantes de SC para o mundo digital, resultando na criação de apps solidários POR CAUÊ ANDREOSI
O PROGRAMA OFERECE PRÊMIO DE 10 MIL DÓLARES
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doção de animais, prevenção contra o Zika Vírus e denúncias de violência contra a mulher são alguns dos projetos que obtiveram destaque na competição internacional para meninas. Segundo o IBGE, apenas 7% dos trabalhadores na área de TI são mulheres. O Technovation Challenge é uma ação global de empreendedorismo tecnológico para mulheres e conta com parceria do Google. O foco do programa é a diminuição da desigualdade de gênero, mas também possibilita às meninas uma oportunidade de ajudar a sociedade em que estão inseridas e iniciar carreira de forma impactante. Após três intensos meses de trabalho, em abril, alunas de nove escolas de Santa Catarina apresentaram seus projetos no Sebrae/SC. As cidades representadas foram Florianópolis, Chapecó e Balneário Camboriú. Florianópolis levou sete escolas e os municípios de Chapecó e Balneário Camboriú levaram uma escola cada um. As escolas formaram equipes representantes de alunas e professoras orientadoras. O grupo identifica um problema, pensa em como resolvê-lo, constrói um plano de negócios em forma de aplicativo para celular e, por fim, faz um vídeo explicativo do projeto.
Adeus Aedes está na semifinal do Brasil Da etapa Pitch event saiu o resultado para a semifinal, que será rea-
Thaís e Larissa, com o aplicativos Adeus Aedes, contribuiem com a a diminuição de casos de vírus na comunidade
lizada em São Paulo, dia 20 de julho. Entre as cinco equipes do ensino fundamental de Florianópolis que se classificaram, está a equipe Grace, da escola estadual Acácio Garibaldi São Thiago, da Barra da Lagoa. Para competir, as meninas criaram o app Adeus Aedes, com o objetivo de contribuir com a diminuição do número de casos de vírus transmitidos pelo mosquito Aedes Aegypti. Participaram da criação as estu-
dantes Thaís Gonçalves, Thaís Mendes, Akayany Vieira e Larissa Viera, todas do ensino fundamental. O principal trunfo do aplicativo é o Quiz, uma sequência de perguntas e respostas que avaliam o nível de conhecimento das pessoas sobre o vírus e ajuda na prevenção. O Adeus Aedes fornece também informações sobre sintomas das doenças transmitidas pelo inseto, identificação de tratamentos e números de telefone para denúncia de focos.
A líder da equipe, Thaís Gonçalves, sonha em ser médica e fala sobre a satisfação que é ajudar o próximo em questões relacionadas à saúde. “Ainda estou longe de ser uma doutora, mas por causa do aplicativo, eu e minhas amigas pudemos ajudar um pouquinho as pessoas, e isso é ótimo. Agora queremos continuar a divulgação de nosso trabalho para que cada vez mais, nossa comunidade seja beneficiada por ele”, afirma.
Os trabalhos desenvolvidos com as meninas nas escolas são submetidos a diversas fases de avaliação, até chegarem à etapa final, que será em São Francisco, EUA, em setembro. Lá as jovens concorrerão a 10 mil dólares e terão a chance de transformar o projeto em um negócio real. As alunas que viajarão ao exterior terão a notícia no mês de agosto. Inspirado em documentário original do Netflix, CodeGirl, o Technovation Challenge é mantido pela ONG americana Irisdescent, e trabalha na estimulação de meninas entre 10 e 18 anos, incentivando-as a desenvolverem projetos que resolvam problemas sociais, por meio do uso da tecnologia. A embaixadora do programa em Florianópolis, Desirée Maestri, acredita que o Technovation proporciona um espaço de aprendizagem e incentiva meninas a participarem do mundo do empreendedorismo e da tecnologia, contribuindo para a diminuição da desigualdade de gênero nessas áreas.
EQUIPES SEMIFINALISTAS Angel Beach - projeto Waifu Happen Five - projeto Check and Go Carousel - projeto Pet Goal Não me Kahlo - projeto Easy Bike Grace - projeto Adeus Aedes.
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Atenção Mulher
Não hesite, apite! POR ANA PAULA KELLER, ADR DE JOINVILLE
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oi nas aulas de Filosofia que as turmas do ensino médio da Escola Dom Pio de Freitas, em Joinville, começaram a compreender sobre violência à mulher. O projeto Não hesite, apite chegou às salas no mês de abril. Ao longo de maio a professora levou aos alunos informações sobre leis, políticas públicas, dados oficiais sobre a agressão e autores com abordagem sobre o tema. Da escola, a aula foi para a Praça Tiradentes, no Bairro Floresta, onde os estudantes promoveram um apitaço. O apito é um instrumento de ordem, tem alta sonoridade e pode ser uti-
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lizado para denúncia e proteção. A ideia é que as mulheres o carreguem na bolsa e, ao serem intimidadas com qualquer tipo de violência, utilizem para chamar a atenção. A escola recebeu mil apitos da Associação das Advogadas, Estagiárias e Acadêmicas de Direito (Asas), de São Paulo. A professora de filosofia, Janete Barth, explica que, a partir da análise dos dados de assédio sexual em Joinville, o tema foi estudado por dois meses em sala de aula sobre a fragilidade da segurança feminina em uma sociedade onde a mulher ainda é tratada como objeto de consumo. O objetivo é despertar o respeito e a tolerância nos jovens.“Temos de aprimorar a sensibilidade e fazer percebe-
rem a dimensão de uma cultura do estupro”, destacou a professora. O trabalho de conscientização iniciado em sala culminou com a manifestação em praça pública. Quem é da comunidade e defende a causa, pode participar. “Com esse trabalho, disseminamos a importância de eles estarem cientes quão responsáveis são pela construção de uma sociedade mais equilibrada”, avalia a diretora escolar, Giuvana Wenk dos Santos.
Sobre o projeto Não hesite, apite! teve início no ano de 2014, em São Paulo. A iniciativa é da Associação das Advogadas, Estagiárias e
Violência à mulher é filosofia na escola Dom Pio de Freitas, de Joinville. Na praça Tiradentes, os alunos chamam a atenção para uma sociedade mais igualitária
Acadêmicas de Direito (Asas) e da Casa Isabel - um centro de apoio à mulher, à criança e às adolescentes vítimas de violência. Em Joinville, a professora de filosofia da Escola
Dom Pio de Freitas fez o contato com a entidade e teve a autorização de estendê-lo para a sala de aula. Como incentivo e contribuição receberam os apitos e material de divulgação.
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aberta
O mundo fantástico F Entrevista / AFFONSO SOLANO
POR THIAGO MARTHENDAL
Escola Aberta – Muitos estudantes desenvolvem o gosto pela leitura e desejam escrever. Qual um bom ponto de partida para começar? Affonso Solano – Penso que a pessoa deve visualizar a regra geral do que ela quer fazer, pois existem várias formas de escrever e de se expressar. Usando o meu exemplo: comecei nas histórias em quadrinhos. Eu queria contar uma historia, e como desenhava, achei que esse seria o meu meio ideal. Às vezes considero perigoso o que alguns autores dizem aos jovens escritores, como “tudo vai dar certo”, ou “que seus sonhos vão se realizar”. Mas esse desejo, sem ter em mente o tipo de trabalho que se quer fazer e o que se deseja alcançar, deve ser muito bem pensado. Eu tenho os quadrinhos como uma boa opção de início, mas o jovem pode seguir para uma literatura mais tradicional, pode pensar em música, em poemas ou até mesmo em textos no estilo rádio. Tendo um meio e um público em mente, um bom passo para se iniciar é ler e conhecer ao máximo as coisas que seguem o estilo que você gosta e autores com os quais você se identifica. aberta
do escritor
Affonso Solano começou nas histórias em quadrinhos A inspirado em escritores como Maurício de Sousa
EA – As editoras e as mídias em geral sofrem uma enxurrada diária de novos textos e publicações de escritores que tentam alcançar a fama. De que maneira o jovem pode começar a divulgar o seu trabalho? Affonso – A primeira divulgação é a pessoal. O estudante não pode ter medo de sofrer críticas, e uma boa maneira de exercitar isso é distribuindo o material na própria escola, mostrando para os amigos e pais. Se eles forem honestos e não ficarem dizendo que você é a cosia mais lindinha do mundo, podem também te dar um bom feedback sobre isso. E depois disso, naturalmente, é a internet. No meu tempo, a internet ainda estava começando. Mas hoje, um trabalho feito com carinho pode ser divulgado pelo Facebook, YouTube, por meio de Vlogs e Blogs, onde o jovem vai poder receber, ainda mais críticas e feedbacks. E é ai que ele vai ter que aprender a diferenciar o que é uma crítica construtiva do que é simplesmente uma pessoa que não gosta de nada.
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EA - O universo da literatura de Fantasia é uma das maiores portas para os jovens começarem a gostar de livros e historias mais densas. No Brasil, você, Leonel Caudela, André Vianco e Eduardo Spohr são referências entre eles. É importante se espelhar em um autor nacional e ver que esse tema está ganhando cada vez mais destaque e sucesso? Affonso – É muito mais legal ter um autor nacional, pois dá a esperança de alcançar o objetivo. Quando eu comecei, tínhamos muito menos autores de ficção fantástica, mas eu lembro muito de Pedro Bandeira, que criava algo no estilo Goonies, onde jovens viviam aventuras e desvendavam assassinatos. Ele me foi uma referência inicial e me fez pensar que era muito legal
por ter um autor nacional no estilo que eu tanto gostava. EA – O currículo das escolas brasileiras normalmente indica autores tradicionais da literatura nacional e estrangeira. Você considera importante que o aluno sugira aos professores seus autores preferidos? Affonso – É imprescindível esse tipo de atitude. Na minha juventude, se não fosse o incentivo dos meus pais me apresentando Julio Verne, Tolkien e outros autores de fantasia que me atraiam, a literatura clássica que o colégio me obrigava teria me desanimado profundamente a ler. O professor tem que entender o gosto do aluno, que é a porta de entrada para, mais tarde, este aluno se aprofundar nos livros clássicos. Só depois de muito ler os livros que eu gostava, foi que entendi se Capitu traiu ou não traiu, e pude aproveitar as obras clássicas. Mas antes disso, o lúdico fantástico é muito importante pra exercitar a imaginação literária da criança.
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igura marcante do mundo da literatura e do entretenimento digital brasileiro, Affonso Solano é colunista, cartunista, YouTuber e escritor conhecido pela série de livros O Espadachim de Carvão e por sua participação frequente nos 3 maiores podcasts do País, o Jovem Nerd, MRG e Rapaduracast, que juntos alcançam mais de um milhão de ouvintes semanalmente. Solano é antes de tudo um nerd de carteirinha, com graduações em games, quadrinhos, seriados, e também voltado à temática Fantasia, a maior fonte de inspiração de seus trabalhos. Coordenador desse gênero, em uma das editoras de maior reconhecimento entre os jovens, o escritor está promovendo palestras pelo Brasil, onde apresenta os livros e ensina, passo a passo, o processo editorial, dando dicas inspiradoras aos jovens que pretendem divulgar suas ideias no mundo da literatura. Solano falou ao Escola Aberta em encontro recente na Capital.
escritor, cartunista, podcaster e Youtuber dá dicas aos jovens escritores
PARAOLIMPÍADA
JOVENS TALENTOS
A vitória da
TAMIRIS VAI PARTICIPAR DOS JOGOS PARALÍMPICOS
A prática esportiva escolar influencia todo o ambiente educacional, ultrapassando os limites do bem-estar físico e tornando-se indispensável do ponto de vista cultural e formativo. Além disso, especialistas indicam que alunos participantes de grupos de treinamento percebem a escola de uma maneira mais positiva que os demais. Nas escolas públicas da rede estadual, além da tradicional participação em campeonatos de futebol, os estudantes se voltam a modalidades esportivas como a ginástica rítmica, artes marciais, surf, remo, futebol americano e outras. POR CAUÊ ANDREOSI
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eferência em Santa Catarina e no Brasil, o Centro Regional de Ginástica Rítmica do Instituto Estadual de Educação (IEE), está entre os cinco maiores pólos da modalidade no país e desponta como ambiente perfeito para o treinamento dos 300 alunas de 4 a 17 anos, praticantes do esporte olímpico. A Udesc e a Fundação Municipal do Esporte são os parceiros da escola nos projetos oferecidos aos estudantes. O diretor do IEE, Vendelin Borguezon, explica que a partir da ação articulada com o Ministério do Esporte, em 2015, o espaço da ginástica foi ampliado, com a finalidade de disseminar novos métodos de treinamento, modernização de instalações esportivas e aquisições de materiais adequados a cada fase de preparação das atletas. Para isso, o Centro, que funciona no Ginásio de Esportes Rozendo Lima, foi contemplado com tablado, tapetes, espaldar e bancos. “Um sonho que virou realidade”, aponta o diretor. A coordenadora de Ginástica Rítmica, da Associação de Ginástica do IEE, e diretora do Centro de Ciência, Saúde e Esporte, da Udesc, Maria Helena Kraeski, ressalta a importância do Centro que atende cerca de 300 jovens, dentre alunas da própria escola, membros da comunidade e de escolas privadas da Capital. “Comecei aqui como aluna, participando da modalidade. Isso me motivou a estudar Educação Física e desde 1995 trabalho para desenvolver o esporte”, disse. . Ma r i a He l e n a l e m b r a o caminho percorrido para que o
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PROJETOS DIFERENCIADOS
Instituto se tornasse a referência no esporte que é hoje. “Foram anos de trabalho árduo, diz. A coordenadora destaca ainda que o compromisso com o treinamento para o autorendimento não é propriamente do esporte escolar, mas dos Clubes e Federações. A educação deve se preocupar com a formação geral do indivíduo. No entanto, o fato de haver um vencedor na escola não é ruim, é um bom exemplo para os colegas. “O problema é supervalorizar o resultado”, afirma.
O sonho das olimpíadas Atleta de apenas cinco anos de idade, Maria Eduarda Petry dos Santos, participa de competições há dois anos e não esconde a preferência pelo aparelho arco, mas reforça que pela realização de um sonho, se aperfeiçoará no esporte como um todo. “É o aparelho que eu faço melhor, mas já me apresentei com a bola também e quero, um dia participar das Olimpíadas, em qualquer aparelho”, afirma. Com o sonho em comum e alguns anos mais experiente, Beatriz Linhares da Silva, 13, participa de torneios dentro e fora da escola e há quatro anos tem representado Santa Catarina na Ginástica Rítmica. “É só o começo da minha jornada nesse esporte que me emociona cada dia mais”. Fã da russa Alexandra Soldatova, ela e todas as meninas que treinavam durante a produção desta matéria não pensaram duas vezes quando a pergunta foi feita pela professora: “Pra quem a gente vai torcer nas Olimpíadas do Rio?” – “BRASIIIL”,
OFICINAS COM ATLETAS ESTRANGEIRAS Com experiência em sediar eventos esportivos estaduais e regionais, o Centro recebe também atletas renomados de vários cantos do planeta, que este ano chegam para período de aclimatação antes dos Jogos Olímpicos, que serão realizados no Rio de Janeiro, no mês de agosto. No início do ano, a ginasta finlandesa Jouki Tikkanen esteve treinando no IEE durante cinco dias. Além dela, as renomadas professoras búlgaras Giurga Nedialkova e Ina Ananieva frequentemente vêm a Florianópolis, por intermédio da Udesc, para treinar e oferecer oficinas às jovens atletas. Elas passam o conhecimento para as meninas daqui com muito prazer”, destacou a professora Evelise Garofalo, .
Desde 2015, o Centro oferece três projetos diferentes, separados por níveis técnicos e todos vinculados ao programa Esporte na Escola, do Ministério da Educação, que também é realizado em consonância com o Projeto Político Pedagógico do IEE. O primeiro, Iniciação à Ginástica, é destinado às crianças da Escola de Aplicação (EDA/IEE), com o objetivo de abordar a capacidade física e coordenação motora dos estudantes. Pelo projeto Iniciação na Ginástica Rítmica, aberto à comunidade, o Centro oferece a prática da modalidade às meninas que se inscrevem. Por fim, o Maestria no Esporte, tem a proposta de formar atletas, específico para treinamento, incluindo a participação nas competições organizadas pela Federação ou Confederações de Ginástica Rítmica, buscando o aperfeiçoamento.
EX ALUNAS SÃO PROFESSORAS As treinadoras Evelise Garofalo, Marília Matos, Luana Silva, Ana Claudia Kraeski Nunes, Laís Matsuo, Luísa Matsuo, Letícia Karolina Dutra e Alba Lima dividem as tarefas dentro das categorias oferecidas. A professora Letícia, atleta bem sucedida, já defendeu a seleção brasileira em 2010 e 2011. Hoje ela atua a frente do projeto na escola onde estudou. Segundo Evelise, que hoje se dedica somente à preparação das meninas, o Centro dispõe de uma equipe de profissionais que dão suporte ao treinamento. O preparador físico é Marco Costa; nutricionista,
ESCOLA ABERTA I SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
“A olimpíada é um sonho de todo atleta e eu posso conquistar esse sonho aos 16 anos.” A declaração é da Tamiris Hintz, estudante do terceiro ano do ensino médio da Escola Estadual Paulo Medeiros, no bairro Adhemar Garcia, em Joinville. É dela o título de Campeã Brasileira no Paratriathlon, em 2015. Classificada no ranking internacional, Tamiris vai competir nos Jogos Paralímpicos Rio/2016, de 7 a 18 de setembro. Amante do esporte, tem se superado nos 750 metros de natação, mais 20 quilômetros de ciclismo e em outros cinco de corrida. A rotina está dividida entre as aulas no terceiro ano do ensino médio e os treinos diários. Em sala, ela prefere se dedicar às aulas de história e diz gostar de português, com preferência para obras literárias sobre atletas. As melhores notas são em matemática. É reconhecida pelos colegas que gostam de ouvir as histórias dos locais onde passou.
ca do Sul, disputou a primeira etapa do mundial de paratriathlon, levou o quarto lugar. Atualmente é a primeira colocada no ranking brasileiro. “Estou bem próxima de concretizar o sonho de estar nas olimpíadas”, celebra. Sobre os estudos ela diz: “É complicado conciliar principalmente no último ano, que tem vestibular e Enem. Mas tenho o apoio e compreensão da escola, ajuda dos colegas de sala e de professores que sempre me dão exercícios de reposição”. Para manter o físico em condições de competir, a rotina inclui uma hora dedicada à corrida, outra para de natação e depois duas de bicicleta. O treino diário é finalizado com exercícios de fortalecimento dos músculos. Além da parceria com o técnico, é acompanhada por nutricionista e psicóloga. Patrocinadores e apoiadores são bemvindos.
Conciliar estudo e competições
É dela o título de Campeã Brasileira no Paratriathlon, em 2015. As três etapas disputadas naquele ano em João Pessoa (PB), Caraguatatuba (SP) e Ilhéus (BA) deram à Tamiris a maior pontuação. Depois foi para o Pan-americano, no México, trouxe para casa o troféu de bronze. No mesmo ano, participou do evento teste das paraolimpíadas, no Rio de Janeiro, e obteve a sexta colocação. O evento foi considerado uma etapa do mundial da modalidade, com final realizada em Chicago (EUA). Tamiris ficou com a 11ª colocação, obtendo assim uma importante pontuação para o ranking classificatório para Jogos Paralímpicos Rio 2016.
Estudos à parte, a vida de esportista começou cedo para Tamiris. Diagnosticada com má-formação congênita da mão direita, aos quatro anos competia na modalidade de natação - em âmbito estadual e nacional. Um sobressalto no final de 2014 mudou os rumos no esporte. Com apoio do técnico Ivan Razeira migrou para o triathlon. Um novo desafio em sua carreira e de onde vieram os títulos mais importantes. Tamiris é considerada uma das principais atletas do Brasil. Neste ano, na sua modalidade, participou do Pan-americano, nos Estados Unidos. Obteve a quinta melhor marca. Na Áfri-
Histórico de competições
ESCOLA SENADOR RENATO RAMOS DA SILVA
ALINE É CAMPEÃ
DE TAEKWONDO A admiração pelo esporte, o incentivo da escola e a força de vontade levou a jovem Aline Zelindro de Oliveira à conquista do primeiro lugar no campeonato estadual de taekwondo. Aos 15 anos, a aluna da Escola Senador Renato Ramos da Silva, de Palhoça, se destaca entre os colegas no tatame e busca incentivá-los nas aulas semanais de taekwondo oferecidas pelo programa Mais Educação. A campeã estava entre os 100 competidores e, segundo o treinador Alisson Belo de Souza, teve apenas um mês para se preparar. “Assim que a convidei, imediatamente começamos os treinos. Essa conquista é o resultado da determinação e do foco que Aline apresentou desde a primeira aula”, comentou o treinador.
Perseverante e segura, ela conta que está bastante orgulhosa com a vitória. “Esses últimos dias foram muito intensos e depois desse resultado, todo o aprendizado que tive foi o mais valioso”. Além da vontade de ser uma grande atleta, também sonha em cursar medicina. “Penso muito no meu futuro, e vou lutar para chegar onde eu quero. Se eu tiver que fazer tudo de novo eu vou fazer”, disse. Para a diretora Maria Vera Santos, as atividades que fazem parte do programa Mais Educação é uma forma de estimular a inclusão do aluno no ambiente escolar. “O taekwondo é uma atividade especial dentre as outras, exige muita disciplina, agrega valores e respeito entre os colegas”, destacou.
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FOTOS OSVALDO NOCETTI
CIDADANIA
Judô forma campeões
Na Idelfonso Linhares, de Florianópolis, o projeto Judô na Escola é o instrumento que faltava para agregar os jovens da comunidade. A aprendizagem saiu ganhando
POR CAUÊ ANDREOSI
“Os professores agradecem, pois esporte proporciona os mantém formamos aqui campeões para longe de drogas e da violência, diretor da Escola a vida”, disse. e isso já é uma grande vitória Idelfonso Linhares, de para nós”, ressalta. Voluntariado e crescimento Florianópolis, Sergio Inclusão e alegria Bertoldi, percebeu O casal da comunidade, Glauem 2011 que era hora de tentar A mãe da aluna Carolina, de algo novo para reverter o ber Tourinho e Fernanda, que já quadro de evasão, garantindo são senseis, título honroso den- 13 anos, Roberta Kietschen, exa permanência das crianças tro do mundo das artes mar- plica que a filha tem limitações e adolescentes na unidade. ciais dado a professores e mes- auditivas e o judô permite a E foi por meio do Judô que tres, são os líderes da atividade. inclusão social e familiar. “A Caele conseguiu. Atualmente, “O esporte é alegria e discipli- rolina está no projeto desde que participam do esporte 50 na”, diz Fernanda, que é sensei e foi criado e tudo nela melhorou. Da concentração à alegria em alunos. Desde o início o judoca faixa marrom. Junto com Tourinho, faixa levantar todo dia para correr projeto já atendeu mais de 200 preta, os dois são responsáveis atrás de sonhos e conquistas. estudantes. Além dos fundamentos do pelo treinamento dos 50 estu- Não tenho palavras para agraesporte, que faz parte das Olim- dantes que participam do pro- decer a este esporte maravilhopíadas desde 1964, o foco das jeto e que também ajudaram na so”, afirmou. Colegas do 4º ano do ensino aulas está nas bases tecidas du- reforma da sala para a prática. Para ela, é um privilégio fundamental, Lauro Santos e rante a idealização da iniciativa: responsabilidade, dedicação, crescer e ajudar jovens atle- Vitória Schimidt não escondem respeito e disciplina. Isso é que tas e cidadãos em formação. “ a alegria em praticar a modalimiram os professores, na hora “Aprendemos coisas inusita- dade. “Gosto porque a gente faz das, observando o crescimento brincadeiras de vários estilos”, de ensinar. O diretor Bertoldi aprova e dos alunos. Cada um responde comenta o menino. Isso reforça vibra com a melhoria das no- diferente e evolui de maneira o valor do esporte na educação, tas dos alunos de 2011 para cá. muito peculiar. A inclusão que o conclui o diretor.
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O projeto atua nos três períodos e já recebeu mais de 200 alunos em seis anos
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Vitrine
A sustentabilidade na prática Desde as séries iniciais, as crianças da escola Dom Vital, Ponte Serrada, sabem como devem tratar o meio ambiente. Projetos como horta escolar, produção de sabão e a comercialização de latinhas mudam hábitos e rendem benefícios à escola
FOTOS JANAÍNA MÔNEGO
POR JANAÍNA MÔNEGO,ADR DE XANXERÊ
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a sala de aula os professores aliam o conhecimento a práticas sustentáveis. “Se quisermos ter algum retorno com a conscientização, precisamos começar com as crianças”, destaca a diretora, Nádia Poletto. Na escola Dom Vital, no entanto, as ações envolvem todos os alunos e estão diretamente ligadas à alimentação saudável, reaproveitamento de materiais e cuidados com o ambiente escolar. A horta escolar, a fabricação de sabão e detergente líquido, e ainda, a reciclagem de latinhas são os principais projetos.“Além da conscientização, que é o viés mais importante, nós conseguimos também lucrar com as medidas e reverter o valor em benfeitorias para a própria escola”, explica.
COM AS MÃOS NA TERRA - MUDA HÁBITOS Toda semana os alunos do Ensino Médio Inovador cuidam da horta, pelo projeto Com as mãos na terra. O trabalho é realizado semanalmente por 12 alunos da 1ª série do EMI, no contraturno escolar, com o acompanhamento de três professores. Dentre as atividades estão a preparação da terra, o plantio, a colheita e a comercialização das hortaliças. Antes os produtos da horta eram também para incrementar a merenda, mas com a terceirização da alimentação, a escola passou a comercializar o que colhe na comunidade. O valor recebido é utilizado na aquisição de mudas, flores, árvores de pequeno porte e materiais necessários para a jardinagem da escola. A professora Irma Paggion explica que o projeto é um subsídio pedagógico para todos os estudantes. O aluno Jackson Fornani de Moura, de 15 anos, diz que os conhecimentos adquiridos na escola são levados para casa. “Aprendemos sobre a importância da sustentabilidade com o cultivo de alimentos mais saudáveis sem o uso de agrotóxicos e isso é muito importante. Assim acabamos mudando os hábitos na família”, destaca.
O dinheiro adquirido com os projetos é utilizado em atividades pedagógicas, limpeza da escola e materiais para jardinagem. A comunidade participa e torna a escola refência em Educação Ambiental
DE ÓLEO NO FUTURO - TRAZ BENEFÍCIOS PEDAGÓGICOS Paralelo à horta, o projeto De óleo no futuro abrange toda a comunidade escolar e semanalmente professores e alunos realizam a coleta de óleo. As ações iniciam na casa dos estudantes e depois na escola. Os bares e restaurantes do município também contribuem com a atividade e entregam o material para a escola. aberta
O óleo, que seria depositado no meio ambiente e causaria prejuízos, agora é transformado em sabão em barra e sabão líquido. “Os alunos trazem as embalagens de leite e suco que é onde colocamos o sabão em barra e também trazem embalagens descartáveis para o sabão líquido. Com o acompanhamento dos professores fabricamos o material”,
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salienta o professor Moisés Bassani, um dos coordenadores da atividade. A diretora da escola explica que a produção de sabão em barra é comercializada. Já o sabão líquido é consumido pela própria escola. “Não temos óleos nas lixeiras, embalagens e caixas. E o mais importante é que economizamos muito”, afirma.
ECO LATINHA - RENDE PASSEIOS Para que o trabalho ficasse completo, a escola passou a reaproveitar as latinhas de bebidas que também ficariam no meio ambiente. Esse pode ser considerado mais um alicerce da Escola Dom Vital. Durante todo o ano são arrecadadas latas de bebidas consumidas pelos alunos e suas famílias e pela comunidade.
Quando o material chega na escola, passa pela reciclagem e depois é comercializado. O valor arrecadado é utilizado para que os alunos possam participar de sessões de cinema no município de Chapecó, como na Semana da Criança, em outubro, quando os 240 alunos do 1º ao 5º ano fazem esse passeio.
Antes disso, os professores desenvolvem atividades pedagógicas relacionadas aos filmes, que culminam com a sessão de cinema. “Com certeza, quando eles chegarem à idade adulta, já terão uma consciência bem diferente da atual sobre o meio ambiente e a sustentabilidade”, finaliza a diretora Nádia.
JULHO DE 2016 / 9
#PROGRAMAS
Agenda.com SÉRGIO TEIXEIRA
Jovens Embaixadores Quer fazer uma viagem ao exterior sem pagar nada e ainda aprender pra isso? Acesse o site do programa Jovens Embaixadores: www.portuguese.brazil.usembassy.gov. As inscrições estão abertas até o dia 19 de agosto e levarão estudantes brasileiros da rede pública de ensino para um intercâmbio de três semanas nos Estados Unidos. Para participar, é preciso ter entre 15 e 18 anos, cursar o ensino médio na rede pública, ter bom desempenho escolar, domínio do inglês, nunca ter viajado ao país norte-americano e realizar algum trabalho voluntário há pelo menos um ano.
Prêmio Educador Nota 10 O prêmio é voltado aos professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental, coordenadores pedagógicos e orientadores educacionais de educação infantil e de ensino médio. Os interessados deverão enviar um projeto desenvolvido na escola em que trabalham. Os 50 trabalhos finalistas, os 10 vencedores e o Educador do Ano serão premiados dia 17 de outubro, em São Paulo. Criado em 1998, o Educador Nota 10 é uma iniciativa da Fundação Victor Civita, que busca valorizar a disseminação de práticas educativas de sucesso. Mais informações pelo site www.educadornota10. org.br.
Alunos da Germano Wagenfuhr realizam blitz educativa chamando a atenção da comunidade para as questões que envolvem o trânsito
MAIO AMARELO
ABRACE ESSA IDEIA! SÉRGIO TEIXEIRA, ADR DE CANOINHAS
P
ara discutir sobre questões que envolvem o trânsito, os alunos do programa Novas Oportunidades de Aprendizagem e do 7º ano I, da Escola Germano Wagenfuhr, em Porto União, realizaram, no mês de maio, uma blitz educativa em pontos estratégicos do município.
Educadores do Brasil
A mobilização faz parte do movimento Maio Amarelo, que visa chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortos e feridos no trânsito. O objetivo do movimento é uma ação coordenada entre o poder público e a sociedade civil. As professoras orientadoras da atividade, Fernanda Hobi e Roseliana dos Santos, contaram com a colaboração da Polícia Militar do município.“A escola e os alunos abraçam esta causa”, destacam as professoras.
DIVULGAÇÃO
#OLIMPÍADAS
A iniciativa tem como foco a valorização dos profissionais do magistério das redes públicas de todo o Brasil. Para participar do Professores do Brasil, os profissionais devem produzir um relato de experiência na área de educação, evidenciando a qualidade e os resultados obtidos na ação. O Gestão Escolar, por sua vez, funciona como instrumento de autoavaliação de planejamento feito por diretores, para o ano letivo de comunidades escolares. As inscrições tanto para professores quanto para diretores devem ser feitas pelo portal www.educadoresdobrasil.org. br/. A ação é apoiada por Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed) e Ministério da Educação (MEC).
Olimpíada de Robótica
Também com as inscrições encerradas, o programa com a temática da robótica busca estimular os jovens a seguirem carreiras científico-tecnológicas. Dia 19 de agosto será a segunda fase das provas nacionais, prática e teórica, por meio do site em que foram realizados os cadastros dos participantes www.obr.org.br. Professores de ensino fundamental e médio devem ficar em alerta para que alunos inscritos não percam as datas de avaliações que fazem parte do cronograma da Olimpíada.
Líderes Internacionais em Educação
Olimpíadas de Matemática - OBMEP
A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), competição interescolar e educacional, realizada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) tem como objetivo estimular o estudo da disciplina e revelar talentos na área. No dia 10 de agosto será divulgada, no site http://www.obmep. org.br/, a lista das escolas classificadas para a segunda fase do programa, com local e data desta próxima etapa. Os vencedores saberão da notícia no dia 30 de novembro no site do programa.
FIQUE SABENDO Câmara Mirim O programa, com inscrições encerradas no dia 1º de julho, é destinado a alunos do 5º ao 9º ano, de escolas públicas e particulares, que queiram viver a experiência de ser um deputado. Promovido anualmente pelo Plenarinho, que funciona como portal infantil da Câmara dos Deputados, o programa realiza uma simulação do processo legislativo. No dia 5 de agosto, será divulgado o resultado com os três melhores projetos no site http://www.plenarinho.gov.br/camaramirim.
10 / JULHO DE 2016
A Escola Prof. José Rodrigues Lopes, de Garopaba, já está produzindo o seu vídeo
# Concurso Shakespeare Com inscrições abertas até o dia 28 de outubro, os alunos de redes públicas e privada que frequentam ensino fundamental e médio devem enviar vídeos para a organização internacional de relações culturais do Reino Unido, British Council. Os vídeos devem conter o relato de como a vida e obra de Shakespeare inspiram jovens de todas as nações. Para as inscrições acesse o site: https://www.britishcouncil.org.br. Saindo na frente, a Escola Professor José Rodrigues Lopes, de Garopaba, já está produzindo um vídeo com a montagem da peça Romeu e Julieta para participar.
A obra do dramaturgo inglês foi adaptada pelos professores de Literatura, Lídio Lopes e Francine Adelino, com a participação dos alunos do Ensino Médio Inovador. Os estudantes estão descobrindo, por meio do projeto de Língua Portuguesa e Teatropropôs, os grande nomes da literatura universal do século XVI, com ênfase no teatro clássico shakespereano. Os vencedores serão escolhidos por uma comissão julgadora, que levará em conta a adequação ao tema, criatividade, originalidade e impacto. Os nomes dos clássificados para viagem a Londres serão divulgados dia 28 de novembro.
O professor Rodrigo Ogliari Coelho, que leciona a disciplina de língua inglesa, no município de Bocaina do Sul/SC, foi aprovado na etapa nacional do ILEP/2017, concorrendo com 73 educadores de todo o país. A iniciativa do Brasil e Estados Unidos oferece curso de capacitação de janeiro a maio de 2017, na capital americana. Rodrigo passará pela última etapa seletiva para garantir presença no programa. O resultado final com os nomes de todos os professores selecionados para o intercâmbio será anunciado em meados de agosto no site www.ilep.org.br
Arte na Escola Cidadã Com inscrições encerradas, o prêmio é uma ação destinada a professores de escolas públicas e privadas, que valoriza projetos desenvolvidos em sala de aula nos últimos dois anos. A proposta é identificar, reconhecer e divulgar as experiências exemplares na área de Artes. Dia 30 de julho serão divulgados os pré-selecionados para as próximas avaliações. Os interessados concorrem em cinco categorias: educação infantil, fundamental 1 e 2, ensino médio e educação para jovens e adultos. A iniciativa conta com a cooperação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Mais informações no site: www.artenaescola.org.br.
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Espaço Escolar
Show de aula na Almirante Barroso Experiências coletivas e inovadoras instigam o conhecimento e são muito bem aceitas pelos jovens do ensino médio FOTOS SERGIO TEIXEIRA
SERGIO TEIXEIRA / ADR CANOINHAS
U
ma aula diferente e diver tida envolveu os alunos do Ensino Médio Inovador (EMI) da Escola Almirante Barroso, em Canoinhas. As atividades diferenciadas, que fazem parte desta modalidade de ensino, foram realizadas em abril, na sede da Universidade do Contestado, no Campus de Canoinhas, no distrito de Marcílio Dias. O objetivo era aliar os conhecimentos teóricos e práticos, nas diversas disciplinas do currículo. As experiências pedagógicas além da sala de aula envolveram os 160 alunos do 1º ano do EMI. Os trabalhos em equipes foram integrados à gincana anual da escola, complementando os conteúdos já abordados pelos professores. Para os professores e direção, a construção do conhecimento de forma coletiva e inovadora melhora o ambiente escolar e reforça o comprometimento dos alunos com os estudos.
Fora do comum A trilha ecológica José Hilário Koehler fez parte do roteiro, com instruções práticas de zoobotânica, ecologia, formação do solo e corrida de orientação espacial e geográfica, utilizada com o uso de bússola. Também foram desenvolvidas atividades esportivas de futebol suíço, slackline, voleibol na grama, aulão de “move dance” e xadrez gigantes, temas das disciplinas regulares, mais o jogo de Xadrez, com apoio em campo dos professores de Robótica e Orientação de Convivência. Ainda durante o dia de aula diferenciado, os alunos realizaram experiências de química (areia movediça, bolhas de sabão gigan-
tes, explosão de cores, “dinheiro que não queima”, entre outras), e almoço de integração entre as turmas, realizado pelos próprios alunos e professores.
A opinião dos alunos O aluno Ashley da Rocha, da 1ª série 6, disse que a saída de estudo foi uma boa alternativa para a aprendizagem. “Atividades divertidas assim podem ocorrer mais vezes”, sugeriu. Da mesma forma, Jeane Machado Rocha, da 1ª série 4, acredita que pela organização e desempenho das turmas, devemos ter mais oportunidades desse tipo. “Desta forma, os alunos têm mais interesse pelas matérias, resultando em melhor desempenho escolar”, afirmou. Maria Eduarda Fink, da 1/03, disse que o passeio proporcionou melhor redimento escolar.
As trilhas ecológicas e as atividades esportivas tiraram os estudantes da rotina proporcionando conhecimento interdisciplinar
ESCOLA LUIZ DAVET
Lego Zoom
Pelo projeto, os alunos da Escola Luiz Davet, desenvolvem habilidades e se familiarizam comos recursos tecnógicos atuais aberta
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Por meio do projeto Educação Tecnológica Lego Zoom, os professores da Escola Luiz Davet, de Major Veira, realizam ações de caráter interdisciplinar, para que os alunos desenvolvam habilidades e atitudes que os tornem mais autônomos no futuro. Os trabalhos são realizados com estudantes do 6° e 9° ano do ensino fundamental, junto com o 1º ano do Ensino Médio Inovador. A professora e orientadora, Eliani Muck, destaca o diferencial do projeto, que proporciona, desde os primeiros anos de formação, a familiaridade com os recursos tecnológicos da atualidade. Segundo a orientadora, o trabalho em equipe é essencial, pois os alunos aprendem a estudar, tomar decisões e otimizar recursos.
JULHO DE 2016 / 11
MARIA ODÍLIA/CONSED
Notícias
O secretário da Educação e Presidente do Consed, Eduardo Deschamps, durante reunião ordinária em Acacaju, onde está sendo discurtida a BNCC dentre outros assuntos da área
Seminário da Base Nacional Comum Curricular em SC D urante os meses de julho e agosto os professores de todo o Brasil vão analisar a versão preliminar da BNCC, por meio de seminários estaduais. Em Santa Catarina, os educadores estarão reunidos no auditório da Assembleia Legislativa e no Instituto Estadual de Educação para garantir as contribuições do Estado, dias 19 e 20 de julho. Na fase atual, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) são as instituições responsáveis pela articulação e organização dos seminários estaduais.
De acordo com o presidente do Consed e secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, a partir desses seminários, que encerram dia 5 de agosto, as instituições devem sistematizar as contribuições em um relatório que será entregue até o final de agosto, ao Ministério da Educação. “Os 26 estados e o Distrito Federal estão reunindo professores, estudantes e profissionais da educação para aperfeiçoar o documento que garante o espaço às especificidades regionais”, afirma. A versão preliminar da BNCC foi entregue ao Consed e Undime no dia 3 de maio.
Alimentação escolar
Ogovernador Raimundo Colombo e o secretário da Educação, Eduardo Deschamps, assinaram, em maio, na cidade de Lages, contratos com 27 cooperativas de agricultores familiares para o fornecimento da alimentação escolar. Mais de 550 mil estudantes da rede estadual e dois mil agricultores serão beneficiados com a medida. O valor do repasse às 26 cooperativas catarinenses e a uma do Rio Grande do Sul será de R$ 13 milhões. Com a assinatura, o Governo do Estado atinge a marca de 30% do valor repassado pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar, destinados à compra de produtos da agricultura familiar. “Para os nossos alunos esse contrato representa a garantia de qualidade na alimentação escolar. Para os mais de 2 mil agricultores familiares significa renda e desenvolvimento econômico. Para o Estado como um todo é um grande passo em direção à consolidação de um modelo econômico baseado no pequeno agricultor que ajuda a garantia de emprego no meio rural”, destacou o secretário da Educação.
12 / JULHO DE 2016
O que é a BNCC
A Base Nacional Curricular está prevista na Lei 13.005 de 2014, que estabelece o Plano Nacional de Educação (PNE). De acordo com a Lei, o documento, além de apontar os objetivos e os direitos de aprendizagem dos alunos, em cada etapa da educação básica, ao mesmo tempo, dá autonomia às redes de ensino e aos professores para trabalhar parte dos conteúdos, conforme as especificidades regionais e locais.
Pró Universidade on-line
Comece a treinar agora!
O Simulado on-line, oferecido aos estudantes das escolas públicas pelo curso Pró Universidade, possui mais de 10 mil exercícios para o Enem. Totalmente virtual e sem nenhum custo, a plataforma disponibiliza no site www. prouniversidade.com.br, as questões realizadas pelo exame desde sua primeira prova em 1998. O simulado pode ser acessado de qualquer computador com internet e sem custo algum. Nos últimos dois meses, o curso on-line já cadastrou mais de 3 mil estudantes no Estado. Com 99,9% de fidelidade graças ao sistema de correção – Teoria de Resposta ao Item (TRI), a nota do aluno fica mais próxima do resultado. Mais de 90% dos alunos afirmam que estudar não é o bastante, tem que praticar. O principal foco dos exercícios é dar suporte e criar uma proximidade do aluno ao Enem, explicam os coordenadores do curso. O Pró Universidade é oferecido pela Secretaria de Estado da Educação e Fapeu/UFSC desde 2009 e oferece aulas preparatórias para os vestibulares da UFSC, Udesc, IFSC, UFFS, IFC, Acafe e Enem, visando, inclusive, o acesso ao ensino superior em instituições privadas por meio dos programas federais ProUni e Sisu.
15 produtos arroz integral, arroz parboilizado, feijão preto, farinha de milho, farinha de mandioca, farinha de trigo, biscoito caseiro de milho, biscoito caseiro de laranja, biscoito caseiro de polvilho/coco, doce de banana, leite UHT, leite em pó, mel de abelha, suco de uva, óleo de soja.
COOPERATIVAS PARCEIRAS Central de Cooperativas da Agricultura Familiar (Cecaf) - Concórdia Cooperativa Agrícola Mista Nova Palma (Camnpal) - Nova Palma - RS Cooperativa Agropecuária Videirense (Coopervil) - Videira Cooperativa Central Sabor Colonial - Chapecó Cooperativa da Agricultura Familiar do Vale do Itajaí (Cooperfavi) - Dona Emma Cooperativa da Agricultura Familiar Fumacense (Cooaff Fruto da Terra) - Morro da Fumaça Cooperativa de Agricultores Familiares de Lebon Regis (Cooperlaf) - Lebon Regis Cooperativa de Agricultores Familiares e Artesãs de São Ludgero (Cooperação) - São Ludgero Cooperativa de Agricultura Familiar de Forquilhinha (Coonafor) - Forquilhinha Cooperativa de Artesãos de Arroio Trinta (Coopertrinta) - Arroio Trinta Cooperativa dos Agricultores Familiares de Rio
Fortuna e Toda Santa Catarina (Cooperfamília) - Rio Fortuna Cooperativa de Pequenos Agricultores de Videira e Iomerê (Copadivi) - Videira e Iomerê Cooperativa de Pequenos Produtores de Taió (Coopertaió) - Taió Cooperativa de Produção Agroindustrial dos Agricultores Familiares do Vale do Rio Capivari (Cooperrica) - Criciúma Cooperativa de Produção Agroindustrial Familiar de Quilombo (Cooperaqui) - Quilombo Cooperativa de Produtores de alimentos de Governador Celso Ramos (Colimar) Governador Celso Ramos Cooperativa dos Agricultores Familiares de Criciuma (Nosso Fruto) - Criciúma Cooperativa dos Agricultores Familiares Entrerrienses (Coafer) - Entre Rios Cooperativa dos Assentados da Região do Contestado (Coopercontestado) - Fraiburgo
Cooperativa Familiar de Maracajá (Nova Esperança) - Maracajá Cooperativa da Agricultura Familiar da Região de Caçador (Cooper Agrofamiliar) – Caçador Cooperativa Regional Agropecuária Vale do Itajaí (Cravil) - Rio do Sul Cooperativa Regional Auriverde (Auriverde) - Chapecó Cooperativa Regional de Industrialização e Comercialização Dolcimar Luiz Brunetto (Cooperdotchi) - Rio Negrinho Associação de Produtores Orgânicos do Planalto Vale do Itajai e Litoral Catarinense (Ecofrutas) - Rio do Sul Cooperativa de Organização, Produção e Comercialização Solidária do Planalto Norte de Santa Catarina (Comsol) - Irineópolis Cooperativa da Agricultura Familiar de Novo Horizonte (Cooperal) - Novo Horizonte
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