Apostila Conquistar

Page 1

prĂŠ-vestibular

gratuito

revisĂŁo

Curso on-line prĂŠ-vestibular



IRACEMA PARTE I

AULA 13

Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba.

IRACEMA

 O constante emprego de figuras de linguagem, principalmente a metáfora e o símile, reforçam o caráter poético da linguagem.

TEMPO  Tempo histórico – Combinando com a proposta romântica, o autor situa a história de Iracema no passado, fazendo uma viagem ao Brasil Colonial. Retrata, pois, uma situação típica do século XVII, da época da colonização, quando os colonizadores portuguesas fundavam povoações a partir do contato com os povos nativos.  Tempo referencial - A passagem do tempo, dentro do desenrolar da história, é marcada à maneira indígena, ou seja, com base nos fenômenos da natureza:

http://www.clubedoresumo.com/resumo-do-livroiracema/iracema-livro/

ESTRUTURA DO ROMANCE

"- Teu irmão parte para te fazer a vontade; mas ele voltará todas as vezes que o cajueiro florescer..." (cap. 31).

 Trinta e três capítulos – O romance Iracema é composto de 33 capítulos, sem títulos.

"Oito luas havia que ele deixara as praias de Jacarecanga..." (cap. 32).

UM ROMANCE INDIANISTA  Índio: Símbolo do Brasil – Argumentando a coloni-

"O cajuzeiro floresceu quatro vezes depois que Martim partiu das praias do Ceará..." (cap. 33).

zação do Ceará e, por extensão, do Brasil, valorizando a língua e as crenças indígenas, transforman-

 Não há avanços nem recuos no desenrolar da narrativa. A sequência de fatos e ações segue em ritmo linear.

do o índio em símbolo de nacionalismo, Alencar dá a receita de como devem ser produzidas obras indianistas.

CENÁRIO PLANO NARRATIVO

 Narrador Onisciente – O romance é narrado em terceira pessoa. O narrador é o próprio autor. A obra tem, pois, narrador onisciente, que não participa da história e que tudo sabe sobre o interior e o exterior dos personagens.

LINGUAGEM  Linguagem Poética – O romance Iracema pode ser classificado como um poema em prosa. Era inclusive intenção do autor compor a história no formato de

https://1.bp.blogspot.com/mJIrVG6dTac/Vuv3DiO0FgI/AAAAAAAA1oU/njebNND0Hg4Cj2PBS3 owU78lFZ0FDK4oA/s1600/IMG_0006.JPG

poema. Não o fez, mas o início tem ritmo de poesia e pode ser estruturado como se fossem versos: 1


 Retorno ao passado – O enredo passa-se no início do século XVII. Não é um retorno à Idade Média, como era moda para alguns autores, mas é, sem dúvida, um retorno ao passado histórico do Brasil.

 O cenário do romance são as praias e matas do Ceará. A paisagem nordestina, notadamente a região litorânea, é o território conquistado pelo guerreiro branco Martim em parceria com os índios pitiguaras. O sertão, a região da serra de Ibiapaba é o refúgio dos índios tabajaras, contrários à colonização portuguesa.

 Culto da natureza – Para exaltar as qualidades físicas dos heróis, especialmente da heroína, Alencar recorre a comparações com elementos da paisagem local.

ESTILO DE ÉPOCA

 Exagero – As personagens do livro são divididas em boas e más. São todas estereotipadas, ou seja, não mudam. Além disso, a heroína (Iracema) não possui um defeito sequer.

 Iracema possui inúmeras características românticas. Só o fato de ser romance indianista já o filia naturalmente ao Romantismo. A maneira como o autor descreve a heroína, com excesso de adjetivos e comparando-a a elementos da natureza é outra prova de vínculo ao movimento romântico.

 Sentimentalismo – É o predomínio do sentimento ou da emoção sobre a razão. O amor que Iracema sente por Martim faz com que ela traia o seu povo, a sua religião, o seu pai.

FIGURAS DE LINGUAGEM  Metáfora – As duas figuras mais usadas no livro são o símile (mais abundante) e a metáfora. A metáfora é a comparação sutil, disfarçada, sem presença de conjunções adverbiais comparativas.

NÚCLEO TEMÁTICO  Amor e História do Brasil – Iracema tem dois núcleos temáticos: o amor e a História do Brasil. A temática amorosa envolve a paixão de Iracema por Martim, tão forte que provoca a morte da índia. Por trás da história de amor, estão os aspectos históricos relativos à formação do povo brasileiro: a fusão do índio com o branco português. Sem contar que a intenção do autor era mostrar como surgiu o Ceará, sua terra natal.

 Símile – Consiste o símile na comparação comum entre termos afins, sempre com a presença de conjunções comparativas: mais que, menos que, como, etc.  Prosopopeia – Outra figura comum na obra é a prosopopeia. A natureza, na linguagem de Alencar, é personificada, ganha características humanas.

PERSONAGENS

 Hipérbato – O hipérbato (inversão da ordem natural das palavras na frase ou das orações no período) é prática comum em todo o livro.

 Personagens estereotipados – Como convém às histórias românticas, todas as personagens de Iracema são estereotipados, planos, lineares. Significa que não mudam de comportamento ou de caráter. Os heróis (Martim e Iracema) encarnam as características positivas do ser humano e não fogem à regra em nenhum momento ou episódio. O vilão (Irapuã) reveste-se de aspectos negativos do início ao fim da narrativa.

 Alegoria – A alegoria consiste na sequência de metáforas ou comparações. Não raro, os símiles e as metáforas estendem-se, formando alegorias significativas.

TRAÇOS DO ROMANTISMO PRESENTES NA OBRA

Iracema

 Sentimento de religiosidade – Quando Iracema feriu Martim com uma flecha, o guerreiro branco não a agrediu com a espada porque, na religião cristã, a mulher é símbolo de ternura e amor. Há visível intenção do autor de valorizar o elemento branco (cristão) quando comparado aos indígenas (selvagens).  Sentimento de nacionalidade – É expresso por meio do indianismo, característica genuína do Romantismo brasileiro.  Idealização da mulher – Iracema é apresentada como símbolo da perfeição. Apesar de selvagem, tem aparência de anjo. Sem contar que tem hálito perfumado, mesmo sem jamais ter escovado os dentes.

http://neopensador.blogspot.com/2013/11/seminario-em-brasiliareune-mulheres.html

2


 Lábios de Mel – É a personagem central. Em tupiguarani, significa lábios de mel. É estereotipada, ou seja, não sofre transformações significativas no caráter ou no modo de ser. Representa o bem, o amor, a beleza, a perfeição, a fidelidade e permanece assim durante toda a história.

 Existência Real – É personagem de existência real, histórica: Martim Soares Moreno (descobridor do Ceará).

Poti

 Filha do Pajé – É a filha do Pajé (Araquém). Guarda o "segredo da jurema": fórmula de preparar uma beberagem alucinógena usando frutos da árvore jurema.  Virgem de Tupã – É a virgem de Tupã, ou seja, moça prometida ao deus maior dos índios. Até certa idade, não podia perder a virgindade para não trair Tupã.

Martim

https://www.behance.net/gallery/36602291/Iracema-Jogo-Educativo

 Irmão de Martim – Índio pitiguara. Amigo inseparável de Martim, a quem trata como “irmão”. O autor chega a dizer que os dois têm um só coração. É um dos guerreiros da grande nação pitiguara. Estereotipado, possui somente características positivas.  Existência Real – É também personagem histórica: Felipe Camarão.

Irapuã

http://4.bp.blogspot.com/-TVyBR0_Tfs/UV7Wq5EHZuI/AAAAAAAAEUg/D7c45wEHPM/s1600/img525.jpg

https://www.behance.net/gallery/36602291/Iracema-Jogo-Educativo

 Vilão – É o antagonista, o vilão. É o rival de Martim

 Herói – É o protagonista. Também estereotipado, possui somente características positivas: é branco, bonito, forte, corajoso, guerreiro bravo, amigo leal, gentil com as mulheres. É sempre tratado pelo narrador como "cristão", ou seja, civilizado, fazendo oposição aos índios, denominados "selvagens".

no amor de Iracema. Como convém aos bandidos do Romantismo, Irapuã é bravo, corajoso, forte, mas usa estes atributos para praticar o mal. É guerreiro da tribo tabajara; persegue o herói com seus homens armados através da floresta. 3


Caubi

Araquém

 Filho de Araquém – Irmão de Iracema. No início da história, é designado pelo pai, Araquém, para guiar o guerreiro branco de volta à tribo dos pitiguaras. Atacado por Irapuã e seus guerreiros armados, põe-se em defesa do homem branco. No fim da história, faz uma visita amistosa à irmã e conhece Moacir, filho de Iracema.

Moacir  O Filho da Dor – É o filho de Martim e Iracema. Em tupi-guarani, significa "o filho do sofrimento". Personagem alegórica, simboliza o povo brasileiro no início da colonização, mistura do índio com o branco.

Jacaúna

https://www.behance.net/gallery/36602291/Iracema-Jogo-Educativo

 Pai de Iracema – É o Pajé da tribo tabajara; pai de Iracema. Já está velho, mas suas ordens são obedecidas. Defende o guerreiro branco no início da história. Depois, sentindo-se traído por Martim e por Iracema, concorda com a morte dos dois.

Andira

https://www.behance.net/gallery/36602291/Iracema-Jogo-Educativo

 Irmão de Poti; grande chefe pitiguara; senhor das praias e do mar; usava um colar de guerra com os dentes dos inimigos vencidos.

Batuireté

https://www.behance.net/gallery/36602291/Iracema-Jogo-Educativo

 Símbolo da Prudência – Irmão de Araquém. Em tupi-guarani, seu nome significa morcego. Encarna a prudência dos índios idosos; tenta evitar a guerra. No primeiro confronto entre tabajaras e pitiguaras, foi morto pelo guerreiro Poti.

https://www.behance.net/gallery/36602291/Iracema-Jogo-Educativo

4


 Avô de Poti e Jacaúna – Tão velho que já não tem cabelos e está com o couro cabeludo enrugado como o jenipapo. Vive isolado numa serra. Morre ao receber a visita do neto Poti e do guerreiro branco Martim. Antes de morrer, prevê a extinção do seu povo, absorvido pela raça branca emergente.

2. (CONQUISTAR-2018) Assinale a alternativa INCORRETA a respeito do romance “Iracema”, de José de Alencar. a) Iracema, além da dimensão indianista, revela também um forte conteúdo poético, principalmente pela linguagem empregada pelo autor. b) Iracema pode ser considerado um poema em prosa, com descrições e narração. c) Iracema é uma obra narrada em terceira pessoa, com narrador onisciente. d) Irapuã funciona, na história de Iracema, como um antagonista: é o rival de Martim no amor de Iracema. Representa, pois, a encarnação do mal. e) No livro, Alencar faz uso de uma linguagem sóbria, com pouca adjetivação, numa atitude clara de economia vocabular.

Japi  Cão que Poti dá de presente a seu "irmão" Martim. Após a morte de Iracema, Martim parte para Portugal, levando o filho Moacir e o cão Japi. Tornou-se auxiliar do herói ao guiar Jacaúna para defender os fugitivos do massacre planejado por Irapuã.

Jandaia  Uma espécie de arara, companheira de Iracema nos momentos de tristeza, que aprendeu a chamara virgem pelo nome.

a

EXERCITANDO

1. (CONQUISTAR-2018) Assinale a alternativa INCORRETA a respeito do romance “Iracema”, de José de Alencar. a) A obra conta a história de Martim, primeiro colonizador português do Ceará, e Iracema, jovem índia tabajara. A união dos dois provoca a revolta da tribo de Iracema, desencadeando uma guerra entre duas tribos inimigas. b) Alencar deu ao romance Iracema o subtítulo de “Lenda do Ceará”, pretendendo com ele explicar as origens de sua terra natal. c) Misturam-se na história elementos lendários e fatos históricos. O herói é, na verdade, Martim Soares Moreno, colonizador do Ceará. Foi o chefe da primeira expedição vinda do Rio grande do Norte. d) O amigo de Martim, Poti, é Felipe Camarão, herói das guerras contra os holandeses. e) Depois da guerra entre as tribos de Poti e Araquém, a paz foi declarada, e Iracema casou-se com o guerreiro branco na tribo dos tabajaras.

Respostas: 1-E; 2-E REFERÊNCIAS AMORA, Antônio Soares. Obras de Cláudio Manuel da Costa. Lisboa, Bertrand, 1962. BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1994. BUARQUE DE HOLANDA, Sérgio. Capítulos de Literatura Colonial. São Paulo: Brasiliense, 1991. CANDIDO, Antonio. Iniciação à literatura brasileira. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2004 CASTELLO, José Aderaldo. Literatura brasileira/origens e unidade/vol.II. São Paulo: Edusp, 1999. Moisés, Massaud. A literatura brasileira através dos textos. São Paulo: Editora Cultrix, 1997.

5


IRACEMA PARTE II – RESUMO DO ROMANCE

AULA 14

Primeira noite na tribo tabajara

IRACEMA

Araquém, depois de vibrar o maracá, saiu da cabana. Martim ficou em companhia de Iracema e de outras mulheres que vieram para servi-lo. Iracema teve que deixá-lo para preparar a bebida de Tupã. O guerreiro também deixou a cabana do Pajé e embrenhou-se na noite. Viu, então, os índios reunidos, comemorando a chegada do grande chefe Irapuã. Era um ritual de preparação para a guerra. Iracema prometeu a Martim que, nascendo o sol, Caubi, irmão da índia, iria guiá-lo à tribo dos pitiguaras. Martim dormiu na cabana de Araquém.

Confronto entre Andira e Irapuã De manhã bem cedo, Irapuã faz soar o boré, uma espécie de flauta de bambu, convocando os guerreiros para a guerra. A batalha será contra os índios pitiguaras, senhores das praias, amigos do homem branco. Todos os guerreiros jovens concordam com a guerra, menos Andira, já velho, irmão do Pajé. Ele propõe prudência ao guerreiro tabajara, mas Irapuã não aceita.

http://www.clubedoresumo.com/resumodo-livro-iracema/iracema-livro/

RESUMO DO ROMANCE Martim Retorna a Portugal

Sonhando sob o efeito da bebida de Tupã

Estão partindo da costa cearense, rumo a Portugal, três entes queridos: um guerreiro Branco (Martim), uma criança (Moacir, o filho do sofrimento) e um cão amigo (Japi). O olhar preso à terra do exílio, o guerreiro branco vai deixando uma história de amor e infortúnio.

Martim confessa a Iracema que deixou, na terra natal, uma noiva. Ela, notando-lhe a tristeza, prometelhe que, antes da noite cair, ele verá a moça branca da terra distante. Convida-o para ir ao bosque sagrado. Lá, já noite escura, pede que ele beba um estranho licor verde. Sob o efeito da beberagem indígena, Martim sonha e vê a noiva. Estranhamente, ainda em sonho, volta às florestas dos tabajaras e abraça a virgem de Tupã.

Encontro de Iracema e Martim Iracema, a virgem dos lábios de mel, tem o seu primeiro encontro com o guerreiro branco Martim. Ela, assustada, atira-lhe uma flecha, chegando a feri-lo. Ele, instintivamente, leva a mão à espada, para revidar a agressão. Diante da beleza da índia, não a agride. Quebram, juntos, a flecha da paz. Ela lhe dá as boas-vindas aos campos das tabajaras e à cabana de seu pai, Araquém.

Primeiro encontro de Irapuã e Martim Iracema pressentiu a presença do guerreiro Irapuã e foi ao seu encontro. Questionou sobre sua presença ali, no bosque sagrado, aonde ninguém podia chegar sem a permissão de Araquém. O guerreiro disse-lhe que sabia da presença do homem branco no bosque de Tupã. Estava ali para beber o sangue dele. Propôs uma luta: o vencedor teria o coração da virgem de Tupã. Iracema pôs-se diante de Irapuã, para defender Martim. O guerreiro, que a amava, respeitou-a. Mas prometeu vingança. A índia voltou para junto do guerreiro adormecido e, durante toda a noite, velou o seu sono.

Araquém promete proteção a Martim Martim é apresentado a Araquém, o velho Pajé, pai de Iracema. Ele entende que o guerreiro branco é o enviado de Tupã. Dá-lhe as boas-vindas e promete proteção enquanto permanecer nas terras dos Tabajaras. 6


Araquém mostra seu poder

Morte para quem possuir a virgem de Tupã

Os guerreiros tabajaras, não encontrando o inimigo na taba, foram procurá-lo na mata em redor, mas não o encontraram. Irapuã suspeitou que fosse um ardil da filha de Araquém para salvar o estrangeiro, e caminhou direito à cabana do Pajé. Lá, exigiu que lhe entregassem o homem branco para a vingança da tribo. Araquém negou-se a fazê-lo. Irapuã ameaçou desobedecer ao Pajé, se ele insistisse em proteger o guerreiro branco. Andira, irmão do Pajé, chegou e ameaçou matar Irapuã. Araquém deu, então, uma prova do seu poder: foi até o centro da cabana, calcou com força o chão e a terra abriu-se. "Do antro profundo, saiu um medonho gemido". Irapuã retirou-se. Martim, surpreso, mirava a vala que se abrira no chão.

Martim acorda e não sabe onde está. À saída do bosque sagrado, encontra Iracema. Diante da tristeza da índia, ele promete não ir embora. Iracema avisa-lhe que, segundo as leis da tribo, o homem que possuir a virgem de Tupã morrerá. E se o homem branco morrer, ela não terá mais motivos para viver. — O estrangeiro partirá para que o sossego volte ao seio da virgem. Caubi, irmão de Iracema, anuncia que está chegando. Iracema e Martim seguem para a cabana de Araquém.

Martim e Iracema despedem-se

Poti chega para salvar o "irmão" branco

Martim vai à cabana de Araquém para anunciar que

Anoiteceu. O Pajé retornou à cabana. Quando todos dormiam, Martim ouviu, na selva, o canto da gaivota: era um sinal de Poti, seu amigo pitiguara. Quando tentou partir ao encontro do amigo, Iracema avisou que, se saísse da cabana, os guerreiros tabajaras matá-lo-iam. Ela mesma iria ao encontro do índio pitiguara, deixando o homem branco protegido na cabana de Araquém.

está partindo. O Pajé incumbe Iracema de preparar a volta do guerreiro branco. A índia oferta ao estrangeiro uma rede de algodão com franjas de penas. Depois de despedir-se do Pajé, Martim partiu, guiado por Caubi e seguido de Iracema. Já dentro da mata, a índia e o homem branco beijam-se na boca, em sinal de despedida. A voz de Caubi chamou o estrangeiro.

Iracema e Poti encontram-se

Cem contra dois

À beira de um lago, Iracema tem o encontro com o guerreiro Poti. Ela conta-lhe o que aconteceu na tribo tabajara desde que o estrangeiro chegou e sugere o encontro dos dois amigos na cabana de Araquém. Poti nega-se a fazê-lo. Súbito, um rumor na floresta faz com que Poti mergulhe nas águas do lago e desapareça. Iracema volta à cabana de Araquém e conta tudo a Martim. Ele quer partir ao encontro do amigo e irmão, mas vêm os guerreiros tabajaras em direção à cabana e os dois, Martim e Iracema, escondem-se na garganta de Tupã.

Iracema voltou para a cabana de Araquém. A tristeza invadiu sua alma. De repente, o grito de guerra do guerreiro Caubi acordou o velho Pajé e assustou Iracema. A índia correu pela floresta para atender ao chamado do irmão. Irapuã, com cem guerreiros armados, interceptara o caminho de Caubi e Martim, exigindo a entrega do guerreiro branco. Caubi respondera simplesmente: — Matai Caubi antes. Iracema pôs-se também em defesa de Martim. O

Irapuã x Tupã

irmão pediu-lhe que conduzisse o guerreiro branco

Irapuã, acompanhado de inúmeros guerreiros, foi à cabana de Araquém em busca do estrangeiro. Caubi estava na porta. Irapuã ameaça agredi-lo com o tacape, e outra vez ouve-se das entranhas da terra forte rugido. Os guerreiros, amedrontados, fogem, levando Irapuã. Dentro da garganta de Tupã, Poti fala com Martim, combinando uma estratégia de fuga. Iracema intervém, propondo um plano melhor para a fuga do estrangeiro. Vai ser quando a lua nascer, e todos os guerreiros estiverem dormindo sob o efeito do licor mágico, no bosque sagrado.

à cabana. Só Araquém poderia salvá-lo. Martim sacou a espada e desafiou com bravura o guerreiro Irapuã. Mas Caubi e Iracema puseram-se entre eles, evitando a luta. Os índios imobilizaram os dois irmãos para que a peleja prosseguisse. De repente, o rouco som da inúbia (trombeta de guerra) indicou que os guerreiros pitiguaras estavam atacando a tribo tabajara. Todos correram, deixando Martim e Iracema a sós. 7


Tupã perde sua virgem

Em busca da nova terra

Martim prepara-se para passar a última noite na cabana de Araquém. Pede à virgem de Tupã que lhe dê o licor mágico para dormir sonhando. Ela foi ao bosque sagrado, voltou com o líquido verde e deu-o ao guerreiro branco. Ele, sob o efeito do vinho, possuiu a virgem de Tupã. No outro dia, "Tupã não tinha sua virgem na terra dos tabajaras".

Chegam os viajantes à foz do rio Mandaú, onde viviam os índios pescadores da grande nação pitiguara. Dali, foram levados, em jangadas, pelo mar, até à praia dos caçadores, também habitada por índios pitiguaras. Foram, depois, para Mocoripe, onde permaneceram por três sóis. Ali perto, na foz de um lindo rio, Martim e Poti construíram a primeira cabana. Seria ali, mais tarde, a cidade dos guerreiros que Martim pretendia trazer do além-mar.

Os guerreiros deliram, Martim e Iracema fogem Chega a noite do ritual sagrado, do mistério da jurema. Iracema distribui o verde licor a cada guerreiro, Araquém determina o sonho de cada um. Enquanto todos sonham e deliram, a virgem guia o estrangeiro para a fuga. No meio da mata, encontram Poti. Seguem os três em direção ao mar, onde fica a nação pitiguara. Chegando ao limite dos dois territórios, Martim diz a Iracema:

Morre o chefe Batuireté Poti fala a Martim, pela primeira vez, do chefe Batuireté, pai de seu pai, Jatobá. Batuireté fora o guerreiro que expulsara os tabajaras da beira do mar, demarcando toda aquele região. Poti quer fazer uma visita ao seu avô, que mora na serra de Maranguabe. Martim e Iracema vão juntos. Quando lá chegaram, assistiram à morte do velho guerreiro. Puseram o seu corpo no camucim e retornaram para a beira-mar.

— Teu hóspede já não pisa o campo dos tabajaras. É o instante de separar-te dele.

Lua-de-mel

Iracema grávida: herdeiro à vista

Iracema confessou a Martim que não era mais a virgem de Tupã. Era agora esposa do guerreiro branco. O dia estava amanhecendo. A fuga tinha que continuar. Veio a noite. Iracema e Martim dormiram na mesma rede. No outro dia, Poti avisou que corriam perigo: os guerreiros tabajaras perseguiam-nos pela floresta.

Iracema voltou a ser feliz. Martim só se separava da esposa quando partia para a caça, com Poti. A lagoa onde Iracema se banhava (lagoa da Porangaba) virou lenda: as mães vinham ali banhar suas filhas para torná-las belas como a índia tabajara. Iracema ficou grávida. Martim e Poti ficaram muitos felizes com a notícia.

Tabajaras x Pitiguaras: Morte na selva

Martim torna-se Coatiabo

Os guerreiros tabajaras, Irapuã à frente, alcançam os fugitivos. Eis que acontece o imprevisto: os guerreiros pitiguaras, guiados por Jacaúna, irmão de Poti, vieram em socorro dos perseguidos. Dá-se o confronto entre as duas tribos. Poti mata o velho Andira e outros guerreiros. Dá-se o combate entre Irapuã e Martim. Logo ao primeiro golpe, o índio quebra a espada do homem branco. Iracema salva o esposo da morte. Os guerreiros tabajaras fugiram, mas o campo ficou cheio de cadáveres. Iracema chorou.

Martim submeteu-se ao ritual da pintura: o guerreiro Poti pintou o seu corpo com as cores da nação pitiguara. Era a transformação do guerreiro branco em guerreiro vermelho, filho de Tupã. Sua pátria agora era a da esposa e do amigo. Recebeu um nome na língua indígena: Coatiabo (guerreiro pintado). Houve festa. Beberam e cantaram.

Martim e Poti partiram para a guerra O guerreiro branco cansou-se da monotonia. Um barco a vela, que passou longe, no horizonte, deixou Martim preocupado. Jacaúna mandou convocar Poti para defender as terras de seus pais. Houve aliança entre o guerreiro branco tapuitinga e o guerreiro Irapuã, para combater a nação pitiguara. Martim não permitiu que o irmão fosse sozinho: acompanhou-o, sem se despedir de Iracema.

Vivendo com o inimigo Martim e Iracema ficaram hospedados na grande cabana do chefe Jacaúna. Iracema demonstrava grande tristeza por ter que viver na tribo inimiga do seu povo. Martim resolve partir. Poti acompanha-o em busca da nova morada. Seguiram para o poente, para os margens do rio Mandaú. 8


Mecejana: a abandonada

Sem leite para Moacir

Martim quis voltar para tranquilizar a esposa. Poti não deixou, mas fez um sinal na praia, à beira de uma lagoa, usando uma flecha de Martim varando o corpo de um caranguejo: Iracema ia compreender as ordens do marido. Desde então, todos os dias, a índia grávida ia à lagoa onde estava a flecha de Martim, na esperança de vê-lo retornar. Os nativos, compreendendo a tristeza de Iracema, deram àquele sítio o nome de Mecejana, que significa “a abandonada”. A jandaia, sua companheira na tribo tabajara, reapareceu ali para fazer-lhe companhia na solidão.

Iracema, temendo o confronto entre o marido e o irmão, pede a Caubi que volte para a cabana de Araquém. Caubi parte, mas promete visitá-la sempre que o cajueiro florescer. Quando Iracema tentou matar a fome do filho com o leite materno, viu que o precioso líquido sumira. Levou, então, o filho para a mata. Ali, pôs os filhotes de irara para sugar os seus seios e, assim, aumentar-lhe a produção de leite. A técnica funciona, mas Iracema sente que a vida está exaurindo-se pelos seios.

Morre Iracema Oito luas depois de ter partido, Martim volta à cabana de Iracema. Encontrou a virgem sentada à porta, com o filho no colo. Ela fez um esforço grande para entregá-lo ao pai e, depois, desfaleceu. Antes de morrer, fez este pedido ao esposo:

Vitória dos tabajaras, retorno de Martim Martim e Poti voltaram à cabana de Iracema. Mais uma vez, os pitiguaras venceram os tabajaras. A felicidade voltou a reinar naquelas paragens, mas por pouco tempo. O guerreiro branco, depois de alguns dias, ficava a olhar para o mar, à procura de um sinal do seu povo.

“— Enterra o corpo de tua esposa ao pé do coqueiro que tu amavas. Quando o vento do mar soprar nas folhas, Iracema pensará que é a tua voz que fala entre seus cabelos”.

Iracema sente-se desamada

Martim volta de Portugal: surge a mairi

Notando que Iracema está sofrendo, Martim tenta demonstrar o seu amor. Mas a índia está convicta de que o guerreiro branco não a ama mais e de que ele só pensa na mulher branca que deixou na terra natal.

"O cajueiro floresceu quatro vezes depois que Martim partiu das praias do Ceará, levando no frágil barco o filho e o cão fiel". Poti esperava o amigo que prometera voltar. Afinal, retornou Martim, trazendo muitos guerreiros de sua raça para fundar a mairi (cidade) dos cristãos.

Martim e Poti partem de novo para a guerra Martim e Poti avistam, no mar, uma grande igara com velas brancas. São guerreiros brancos, aliados aos índios tupinambás, que vêm pelo mar para a batalha da vingança contra os pitiguaras. Poti e Martim partiram para o Mocoripe. Durante vários dias, os guerreiros, escondidos por trás dos cajueiros da orla marítima, seguiram a igara. Travou-se o combate que durou um dia inteiro e entrou pela noite. Os pitiguaras foram os vencedores. Enquanto os guerreiros comemoram a vitória, nasce, nos campos da Porangaba, o primeiro filho que a raça branca gerou no Ceará.

Nasce Moacir, o filho do sofrimento Iracema deu à luz Moacir, o filho do sofrimento. Caubi, irmão de Iracema, veio visitá-la e trazer o seu perdão. Conheceu o sobrinho. Quando perguntou por Martim, Iracema chorou, demonstrando tristeza. Caubi dispôs-se a esperá-lo. 9


EXERCITANDO

a

1. (FUVEST 2009) Em um poema escrito em louvor de “Iracema”, Manuel Bandeira afirma que, ao compor esse livro, Alencar: “[...] escreveu o que é mais poema Que romance, e poema menos Que um mito, melhor que Vênus.” Segundo Bandeira, em Iracema: a) Alencar parte da ficção literária em direção à narrativa mítica, dispensando referências a coordenadas e personagens históricas. b) o caráter poemático dado ao texto predomina sobre a narrativa em prosa, sendo, por sua vez, superado pela constituição de um mito literário. c) a mitologia tupi está para a mitologia clássica, predominante no texto, assim como a prosa está para a poesia d) ao fundir romance e poema, Alencar, involuntariamente, produziu uma lenda do Ceará, superior à mitologia clássica e) estabelece-se uma hierarquia de gêneros literários, na qual o termo superior, ou dominante, é a prosa romanesca, e o termo inferior, o mito.

2. (CONQUISTAR-2018) A partir da leitura do romance “Iracema”, e considerando o contexto do Romantismo brasileiro, analise a proposição seguinte. “Ao seduzir e possuir Iracema, Martim está consciente dos seus atos, e isso constitui traição tanto aos seus valores cristãos quanto à hospitalidade de Araquém. Quebra-se aqui, portanto, uma importante característica do Romantismo, a idealização do herói, que jamais comete ações vis.”

Respostas: 1-B; 2-ERRADO

( ) Certo ( ) Errado

REFERÊNCIAS AMORA, Antônio Soares. Obras de Cláudio Manuel da Costa. Lisboa, Bertrand, 1962. BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1994. BUARQUE DE HOLANDA, Sérgio. Capítulos de Literatura Colonial. São Paulo: Brasiliense, 1991. CANDIDO, Antonio. Iniciação à literatura brasileira. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2004 CASTELLO, José Aderaldo. Literatura brasileira/origens e unidade/vol.II. São Paulo: Edusp, 1999. Moisés, Massaud. A literatura brasileira através dos textos. São Paulo: Editora Cultrix, 1997.

10


O QUINZE PARTE I – DADOS TÉCNICOS DA OBRA

AULA 15 O QUINZE

 Uma história de desgraças – A história de “O Quinze” é recheada de amarguras. Bastaria a saga da família de Chico Bento para marcar o romance com as cores negras da desgraça. A morte está por toda parte. Está no calvário da família de retirantes, está em cada parada da caminhada fatigante, está no Campo de Concentração. Morte de gente e de bichos.  Falta de comunicação – A história de amor entre Vicente e Conceição poderia ser o lado bom e humano da história. Não é. A falta de comunicação entre os dois, o desnível cultural que os separa constituem ingredientes amargos para um desfecho infeliz. É como se a seca, responsável por tantos infortúnios, fosse causadora de mais um: a impossibilidade de ser feliz para quem tem consciência da miséria.  Profundidade psicológica – A análise exterior dos personagens existe, mas sem relevo especial dentro do livro. A autora vai soltando uma característica aqui, outra além, sem interromper a narrativa para minúcias. O lado introspectivo, psicológico é uma constante em toda a narrativa. Ao mesmo tempo em que o narrador informa as ações dos personagens, introduz interrogações e dúvidas que teriam passado

http://lelivros.love/book/baixar-livro-o-quinze-rachel-de-queirozem-pdf-epub-e-mobi-ou-ler-online/

por sua cabeça, por seu espírito.

ESTRUTURA DO ROMANCE

PLANO NARRATIVO

 Título – O título do livro evoca a terrível seca do Ceará de 1915. A própria família de Rachel foi obrigada a fugir do Ceará: foi para o Rio de Janeiro, depois para Belém do Pará.

 Terceira pessoa – O Quinze é romance narrado na terceira pessoa, ou seja, o narrador é a própria autora.  Narrador onisciente – Estando fora da história, o

 Capítulos – O romance compõe-se de 26 capítulos, sem títulos, enumerados em algarismos arábicos.

narrador vai penetrando na intimidade dos personagens como se fosse Deus. Sabe tudo sobre eles, por

UM ROMANCE SOCIAL AMARGO

dentro e por fora. Conhece-lhes os desejos e adivinha-lhes o pensamento.

 Sem divisão tradicional – A classificação de “O Quinze” é, sem dúvida, de romance regionalista de temática social. Mas com uma visão que foge ao clichê tradicional. Não há, na história, a divisão batida de "pessoas boas e pobres" e de "pessoas más e ricas". A autora registrou no papel a sua emoção, sem condicionar o romance a uma tese ou à preocupação de procurar inocentes e culpados pela desgraça de cada um ou mesmo do grupo envolvido na história.

 Discurso indireto livre – Em vez de apresentar o personagem em sua fala própria, marcada pelas aspas e pelos travessões (discurso direto), o narrador funde-se ao personagem, dando a impressão de que os dois falam juntos. Isso faz com que o narrador penetre na vida do personagem, no seu íntimo, adivinhando-lhe os anseios e dúvidas. 11


 Fortaleza – Há também, em menor escala, o cenário urbano, destacando a capital, Fortaleza, para onde migram os retirantes e onde mora Conceição.

LINGUAGEM  Linguagem regionalista – Em “O Quinze”, Rachel usa o que lhe deu fama imediata: uma linguagem regionalista sem afetação, sem pretensão literária e sem vínculo obrigatório a um falar específico (modismo comum na tendência regionalista).

ESTILO DE ÉPOCA  O Quinze é romance modernista. Dentro da estética, filia-se ao regionalismo iniciado em 1928, com A Bagaceira, de José Américo de Almeida, e do qual fazem parte Graciliano Ramos (com Vidas Secas) e José Lins do Rego (com Menino de Engenho, Fogo Morto). O livro pertence à segunda fase modernista (1930 a 1945), seguindo a linha da literatura introspectiva em que se valorizam os aspectos interiores e psicológicos dos personagens.

 Linguagem simples – O sucesso do livro está atrelado à simplicidade da linguagem (a mais difícil das virtudes literárias!). Não há exibicionismo da autora no uso de palavreado erudito. Mesmo quando a dona da palavra é uma professora (Conceição), o diálogo flui espontâneo, normal, cotidiano.  Linguagem sóbria – A sobriedade da construção, a nitidez das formas, a emoção sem grandiloquência, a economia de adjetivos são recursos perceptíveis em todo o livro.

FIGURAS DE LINGUAGEM  A linguagem comedida e direta da autora não significa que seja vazia de figuras de linguagem. Mas é verdade que não há os exageros próprios da linguagem romântica. As metáforas são expressivas, chegando a emocionar, mas são comedidas. A natureza ganha aqui e ali uma personificação (prosopopeia). As comparações comuns (símiles) existem, mas com o comedimento da linguagem enxuta e sóbria.

TEMPO  Tempo histórico – A autora situa a história do romance no Ceará de 1915. O fato histórico importante da época era a própria seca, obrigando os filhos da terra, principalmente do sertão, a migrarem para o Amazonas ou para São Paulo, à procura de vida melhor.

NÚCLEO TEMÁTICO  Seca – O Quinze tem como principal núcleo temático a seca. Por causa dela, nasce a desgraça que se abateu sobre a família de Chico Bento. Por tabela, o muro que se ergue entre Vicente e Conceição, separando-os e empurrando-os rumo à infelicidade, também está atrelado à seca. A impossibilidade de amar vem da consciência que Conceição tem da miséria, do seu drama interior que não lhe deixa vislumbrar dias melhores numa terra onde quase tudo cheira a esterilidade.

 Tempo referencial – Não há avanços nem recuos. A história é contada em linha reta, valorizando o presente, o cotidiano das pessoas. O passado é evocado raramente, muito mais por Conceição. A passagem do tempo dentro do romance é marcada de maneira tradicional, obedecendo à sequência de início, meio e fim.

CENÁRIO

PERSONAGENS  Personagens humanas e reais – A construção das personagens obedece ao princípio da realidade. Não há fantasia nem exagero ao caracterizá-los. São humanos: frágeis, fortes, às vezes acertam, às vezes erram. Não há a tradicional divisão entre bons e maus: todos são iguais perante o meio hostil que os cerca. http://g1.globo.com/ceara/noticia/2015/03/cem-anos-depoissertao-do-ceara-guarda-historias-da-seca-de-1915.html

 Personagens densas, esféricas – Essa classificação vale para Conceição, Vicente e (um pouco menos) para Chico Bento. Não há um drama psicológico a impedir ou impulsionar a ação das personagens. Há uma consciência interior, um poder de reflexão que se caracteriza, no papel, pelo uso do discurso indireto livre.

 Sertão do Ceará – O cenário do romance é o Ceará. Especificamente, a região de Quixadá, onde se situam as fazendas de Dona Inácia (avó de Conceição), do Capitão (pai de Vicente) e de Dona Maroca (patroa de Chico Bento). 12


Chico Bento

 Personagens planas, lineares, estereotipadas – São as que não variam, não se alteram, não mudam de comportamento. Também são as personagens sem relevo íntimo, aquelas a quem o autor dá pouco importância ao perfil psicológico. Com exceção de Conceição, Vicente e Chico Bento, podemos agrupar os outros nesse plano.

 Vaqueiro pobre – Chico Bento é o protótipo do vaqueiro pobre, cuidando do rebanho dos outros. Ele é o vaqueiro de Dona Maroca, da fazenda das Aroeiras, na região de Quixadá. Ele e Vicente são compadres e vizinhos.  Família grande – Como é peculiar da pobreza brasileira e nordestina, Chico Bento tem a mulher (Cordulina) e cinco filhos, todos ainda pequenos. Pedro, o mais velho, tem doze anos.

Conceição  Uma professora exigente – Não com os alunos, mas com a própria vida. Conceição é forte de espírito, culta, humana e com ideias um tanto avançadas sobre a condição feminina

 Uma caminhada desastrosa – Expulso pela seca e pela dona da fazenda, Chico Bento e família empreendem uma caminhada desastrosa em direção a Fortaleza. Perde dois filhos no caminho: um morre envenenado (Josias), o outro desaparece (Pedro). Antes de embarcar para São Paulo, é obrigado a dar o mais novo (Duquinha) para a madrinha do garoto, Conceição.

 Pessimista no amor – O único homem que lhe despertou desejos é o primo Vicente. Conceição tem uma admiração antiga e especial pelo rapaz, talvez porque ele é real, sem as falsidades comuns dos moços bem-educados. Ao descobrir que ele não é tão puro, a admiração esfria, criando uma barreira intransponível para a realização plena do seu amor.

 São Paulo: o sonho de ser feliz – De Fortaleza, Chico Bento e parte da família vão, de navio, para São Paulo. É o exílio forçado, é a esperança de vida melhor e, quem sabe, de riqueza para quem só conheceu miséria no Ceará.

 Vocação para solteirona – "Conceição tinha vinte e dois anos e não falava em casar. As suas poucas tentativas de namoro tinham-se ido embora com os dezoito anos e o tempo de normalista; dizia alegremente que nascera solteirona".

Cordulina

 Instinto materno – Conceição sente-se realizada ao criar Duquinha, o afilhado que lhe doaram Chico Bento e Cordulina. É uma realização íntima, preenchendo o vazio da decepção amorosa.

 Simplicidade e sofrimento – É a esposa de Chico Bento. Personifica a mulher submissa, analfabeta, sofredora, com o destino atrelado ao destino do marido. É o exemplo da miséria como consequência da falta de instrução.

Vicente

Josias

 Vaqueiro por vocação – Filho de fazendeiro rico, com condições de mandar os filhos para a escola, Vicente, desde menino, quis ser vaqueiro. No início, isso causava tristeza e desgosto à família, principalmente à mãe, Dona Idalina. Com o tempo, todos passaram a admirar o rapaz.

 Filho de Chico Bento e Cordulina, tem cerca de dez anos de idade. Comeu mandioca crua e morreu envenenado na estrada.

Pedro  Filho de Chico Bento e Cordulina, é o mais velho, tem doze anos de idade. Desapareceu quando o grupo ia chegando a Acarape.

 Forte e humano – Vicente é o vaqueiro não-tradicional da região. Cuida do gado com um desvelo incomum, mas cuida do que é seu, ao contrário dos outros (Chico Bento é o exemplo) que cuidam de gado alheio. Tem boas condições financeiras, mas é humano em relação à família e aos empregados. Vicente tinha dentes brancos com um ponto de ouro.

Manuel (Duquinha)  É o filho caçula de Chico Bento e Cordulina; tem dois anos de idade. Foi doado à madrinha, Conceição.

Paulo

 Momentos de reflexão – Na intimidade, quando se põe a pensar na vida e na felicidade, associa tais coisas à Conceição. Tem uma admiração superior por ela. Gradualmente, à medida que vai notando a maneira fria com que ela passa a tratá-lo, Vicente começa a descrer no amor e na possibilidade de casar e ser feliz.

 Irmão mais velho de Vicente, ele é o orgulho dos pais (pelo menos no início). Estudou, fez-se doutor (promotor) e casou-se na cidade com uma moça branca. Depois de casado, passou a dedicar o seu tempo à família, quase não se interessando mais pelos pais e pelos irmãos. Só então os pais deram valor a Vicente. 13


Mocinha

Doninha

 Irmã de Cordulina, ficou como empregada doméstica em Castro, na casa de sinhá Eugênia. Arranjou um filho sem pai e tudo indica que vai viver da prostituição.

 Esposa de Luís Bezerra, madrinha do Josias, o filho de Chico Bento que morreu envenenado na estrada.

Zefinha  Filha do vaqueiro Zé Bernardo. Conceição, acreditando numa conversa que tivera com Chiquinha Boa, acha que Vicente tem um caso com Zefinha.

Lourdinha  Irmã mais velha de Vicente. Casou-se com Clóvis Garcia em Quixadá. No fim da história, têm uma filha, símbolo da felicidade que as pessoas simples e descomplicadas conseguem conquistar.

Chiquinha Boa  Trabalhava na fazenda de Vicente. Na época da seca, achando que o governo do Ceará estava ajudando os pobres que migravam para a capital, deixou a zona rural.

Alice  Irmã mais nova de Vicente. Mora na fazenda com os pais e os irmãos. Dona Inácia  Avó de Conceição, espécie de mãe, pois foi quem a criou depois que a mãe verdadeira morreu. É dona da fazenda Logradouro, na região de Quixadá. Não aprova as ideias liberais da neta, principalmente no que diz respeito a ficar solteirona. Dona Idalina  Prima de Dona Inácia. Idalina é a mãe de Vicente, Paulo, Alice e Lourdinha. Vive com o marido, Major, na fazenda perto de Quixadá.

Major  Fazendeiro rico na região de Quixadá. Entrega a administração da fazenda ao filho Vicente. Orgulhase de ter um filho doutor: o Paulo, promotor em uma cidade do interior do Ceará. Dona Maroca  Fazendeira, dona da fazenda Aroeiras na região de Quixadá. Na época da seca, mandou o vaqueiro, Chico Bento, soltar o gado e procurar, por conta própria, meios para sobreviver. Mariinha Garcia  Moça bonita, de família rica, moradora de Quixadá. Com auxílio de Lourdinha e Alice, faz tudo para conquistar Vicente, mas as tentativas resultam inúteis. Luís Bezerra  Compadre de Chico Bento e Cordulina. Trabalhara também nas Aroeiras sob o comando de Dona Maroca. Agora, é delegado em Acarape, povoado do interior do Ceará. Foi ele quem conseguiu passagens de trem para que a família do compadre chegasse a Fortaleza. 14


EXERCITANDO

a

1. (CONQUISTAR-2018) Tomando por base o romance “O Quinze”, de Rachel de Queiroz, assinale a alternativa CORRETA. a) O uso do discurso direto torna a história mais dramática, dando a impressão de que os fatos narrados realmente aconteceram. b) A linguagem da autora impressiona o leitor pelo excesso de adjetivos que usa para caracterizar os personagens e o cenário. c) O livro é dividido em duas partes, separando o cenário rural do cenário urbano. d) Em meio à tragédia da seca, a autora conta a história de amor entre Vicente, vaqueiro, e Conceição, professora. A diferença cultural impede a realização do amor. e) A morte de Chico Bento, no fim da história, completa a tragédia da seca, numa visão pessimista da autora.

2. (CONQUISTAR-2018) Tomando por base o romance “O Quinze”, julgue a afirmativa seguinte. Vicente é um vaqueiro tradicional da região. Cuida do gado com um desvelo incomum; na época da seca, por falta de recursos, tem que abandonar tudo e fugir em direção à cidade. ( ) Certo ( ) Errado

Respostas: 1-D; 2-ERRADO REFERÊNCIAS AMORA, Antônio Soares. Obras de Cláudio Manuel da Costa. Lisboa, Bertrand, 1962. BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1994. BUARQUE DE HOLANDA, Sérgio. Capítulos de Literatura Colonial. São Paulo: Brasiliense, 1991. CANDIDO, Antonio. Iniciação à literatura brasileira. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2004 CASTELLO, José Aderaldo. Literatura brasileira/origens e unidade/vol.II. São Paulo: Edusp, 1999. Moisés, Massaud. A literatura brasileira através dos textos. São Paulo: Editora Cultrix, 1997.

15


O QUINZE PARTE II – RESUMO DA OBRA

AULA 16

"Conceição tinha vinte e dois anos e não falava em casar. As suas poucas tentativas de namoro tinhamse ido embora com os dezoito anos e o tempo de normalista; dizia alegremente que nascera solteirona".

O QUINZE

A avó achava esquisitas as ideias de Conceição.

CAPÍTULO 2 Vicente: lutar até o fim Vicente, vaqueiro, distribui rama verde ao gado. Está preocupado com a falta de chuva. Em pleno março, e nem sinal de chuva. “A rama já não dava nem para um mês”. Dona Maroca das Aroeiras deu ordem para, se não chover até o dia de São José, abrir as porteiras do curral. E o pessoal dela ganhe o mundo... Não tem mais serviço pra ninguém. Vicente acha absurda a atitude de Dona Maroca. Ele jamais faria isso. Não abandonaria seus homens numa situação dessas. Só lamentava a situação de Chico Bento, vaqueiro das Aroeiras. A caminho do Logradouro, Vicente vai observando a paisagem seca da caatinga morta sob o sol quente. De verde, só os juazeiros com galhos mutilados. http://lelivros.love/book/baixar-livro-o-quinze-rachel-de-queirozem-pdf-epub-e-mobi-ou-ler-online/

Vicente e Conceição se cumprimentam. Parecem velhos conhecidos. Na verdade, são primos. Pela

RESUMO DO ROMANCE

conversa, nota-se o interesse de um pelo outro. Vicente combinou vir buscá-la para passar um domingo inteiro na fazenda.

CAPÍTULO 1 Conceição e Mãe Nácia

Vicente tinha um irmão doutor, Paulo, que morava na cidade. A mãe dos dois, Dona Idalina, no início,

Dona Inácia, avó de Conceição reza a São José para chover.

envergonhava-se da rudeza de Vicente. Agora, tinha orgulho do filho vaqueiro. O outro filho, promotor em Cariri, para ela estava perdido.

O avô de Conceição fora herói do Paraguai. “Todos os anos, nas férias da escola, Conceição vi-

CAPÍTULO 3 Chico Bento: ordem para soltar o gado

nha passar uns meses com a avó (que a criara desde que lhe morrera a mãe), no Logradouro, a velha fazenda da família, perto do Quixadá”.

Chico Bento, o vaqueiro das Aroeiras, solta o gado

“Ali tinha a moça o seu quarto, os seus livros, e

numa espécie de despedida dos bichos. Sem con-

principalmente, o velho coração amigo de Mãe Nácia”.

dições de alimentá-los, o vaqueiro soltou-os ao léu. A lógica é que iam andar à toa, sem achar comida, 16


CAPÍTULO 7 Fugindo da seca a pé

até morrer de fome. Era a ordem mandada por Dona Maroca. E ele, Chico Bento, podia ir embora. Se quisesse, podia ficar, mas não a trabalho da fazenda.

Antes de o sol esquentar, começa a viagem de Chico Bento e família. O mais novo ia montado no meio da carga. Todos os outros, a pé. Quando a criança começou a chorar, foi para os braços da mãe, e outro menor ocupou o seu lugar na montaria.

CAPÍTULO 4 Chico Bento: preparativos para a viagem Vicente, de volta do Logradouro, assistiu à morte de uma ovelha. Comera salsa, espécie de erva venenosa. A irmã mais nova, Alice, pediu-lhe que fizesse do couro uma manta ou um tapete.

Na primeira noite, dormiram em uma tapera surgida à beira da estrada. O jantar foi carne de bode seca com farinha. A carne tinha sal em demasia, mas os meninos não reclamaram. Logo depois, veio a sede. Chico Bento saiu à procura de água, tarefa difícil naquela região.

Chico Bento foi procurar Vicente. Eram compadres. Queria vender-lhe umas poucas reses. Terminou fazendo uma troca. Precisava de um burro de carga para a viagem da retirada. Pegou um burro velho de Vicente mais cinquenta mil réis em troca do gado que possuía.

Os três primeiros dias de caminhada tiraram o luxo de Mocinha, irmã de Cordulina. Ela até levava escanchado no quadril o Duquinha, o caçula. Chegaram a um juazeiro, única sombra daquele descampado. Uma família tirava o couro de uma vaca, já meio fedendo. Chico Bento, quando soube que iam comer aquela carne estragada, dividiu com o grupo o pouco que levava. E a carne de bode acabou. Cordulina mostrou-se preocupada, mas Chico Bento disse que Deus daria um jeito.

CAPÍTULO 5 Não havia passagens: caminhada a pé “Agora, ao Chico Bento, como único recurso, só restava arribar”. “Sem legume, sem serviço, sem meios de nenhuma espécie, não havia de ficar morrendo de fome, enquanto a seca durasse”.

CAPÍTULO 8 Pensando na vida

Iria para o Amazonas. A mulher, Cordulina, ouvia os planos do marido e chorava.

Vicente, à noite, fitando o céu cheio de estrelas, começou a pensar na vida. Trabalhava desde os quinze anos. Trabalho duro, de sol a sol. O irmão, que quisera estudar, sempre mereceu atenções especiais da família. O pai orgulhava-se de ter um filho doutor.

De manhã muito cedo, Pedro, o filho mais velho, foi levar o gado que o pai vendeu ao Vicente. O menino voltou montado na burra. Era nova e carnuda. Montado nela, Chico Bento foi a Quixadá. Queria conseguir passagens de trem para a família: ele, a mulher, a cunhada e cinco filhos. Argumentou em vão: não havia passagens. Só se ele esperasse mais um mês. Na venda, enquanto bebia cachaça, soube que as passagens eram entregues a quem pagava mais. Cambada ladrona.

Pensou em Conceição. Estava certo de que a prima o admirava. Pensou em abandonar tudo, a fazenda, os pais, a terra e ir viver em um lugar distante, construir uma vida melhor para si e para Conceição. Mas pensou nos pais, já velhinhos, na fazenda, nas criações. Veio tirá-lo da meditação a notícia de que uma vaca estava caída.

Quando voltou, deu a notícia ruim à mulher: teriam de ir embora por terra, feito bichos.

CAPÍTULO 9 Sem Comida

CAPÍTULO 6 Dona Inácia e Conceição deixam o sertão

Acabara toda a comida. Os meninos choravam com fome. Já estavam num povoado chamado Castro.

Em Quixadá, Conceição, auxiliada por Vicente, ia acomodando Dona Inácia no trem. Iam para Fortaleza. Na despedida, o vaqueiro e a professora trocaram um abraço. Conceição convidou-o para ir vê-la na cidade.

Chico Bento trocou a rede nova por uma rapadura e um litro de farinha. Serviu apenas para enganar a fome. Dormiram na entrada do povoado. 17


goma para alimentar o Duquinha que agora, fraquinho, mal engatinhava.

No outro dia, Mocinha foi ao povoado atrás de emprego. Sinhá Eugênia precisava de uma moça para ajudar na cozinha e vender na estação. Mocinha ficou

Chico Bento vendeu a burra: melhor que deixá-la morrer de fome.

no povoado. Era a primeira da família que ficava para trás. A despedida foi chorosa.

A morte da cabra

CAPÍTULO 10 Josias envenenado

Tinham saído da Canoa. Eram duas horas da tarde. Cordulina sentou-se numa pedra. Não podia conti-

Josias, um dos filhos de Chico Bento, roeu um pe-

nuar mais.

daço de mandioca brava escondido do pai. A família

Chico Bento e o filho mais velho, Pedro, continua-

estava arranchada em uma casa de farinha aban-

ram a marcha, devagar, trôpegos. Avistaram, ao

donada. O ventre do menino inchou rapidamente.

longe, o telhado vermelho de uma casa. De repente,

Ali, no meio do sertão, sem um vivente por perto, sem um remédio, e um filho envenenado.

entre os galhos secos, Chico Bento avistou uma ca-

No outro dia cedo, Chico Bento saiu pelas redonde-

e começou a esfolá-la, ajudado pelo filho. Quando

zas à procura de um remédio. Voltou trazendo uma

terminou de tirar o couro, apareceu um homem gri-

negra velha rezadeira. O filho já estava à beira da

tando alto, chamando-o de cachorro, ladrão, des-

morte. A velha reconheceu que aquela alma já per-

graçado.

bra amarrada. Num átimo, o vaqueiro matou a cabra

tencia a Nosso Senhor. E assim, sem poder fazer

Chico Bento caiu de joelhos e, com as mãos unidas,

nada, Cordulina e Chico Bento viram o Josias morrer.

suplicou um pedaço de carne para matar a fome da mulher e dos meninos. O homem negou, xingandoo de ladrão e de cabra sem-vergonha. Suplicou no-

CAPÍTULO 11 Conceição sente-se traída por Vicente

vamente, e o homem atirou-lhe as tripas do animal:

Conceição, em Fortaleza, visita o Campo de Con-

— “Tome! Só se for isto! A um diabo que faz uma

centração. Fazia isso todas as semanas, ajudando

desgraça como você fez, dar-se as tripas é até de-

na distribuição de socorros. Ali, encontrou Chiqui-

mais!"

nha Boa. Ela lhe deu notícias de Vicente: estava

Cordulina pediu ao filho que fosse pedir um pouqui-

sozinho na fazenda. A família toda se mudara para

nho de água para limpar as tripas da criação. Pedro

Quixadá por causa da seca. A mulata terminou con-

foi e voltou correndo, assustado. O homem estava

tando a Conceição que havia uma moça, a filha do

muito zangado.

Zé Bernardo, interessada por Vicente. Nasceu o ci-

"E num foguinho de garranchos, arranjado por Cor-

úme. Conceição julgava que Vicente não tinha olhos

dulina, assaram e comeram as tripas, insossas, su-

para outras mulheres. Mãe Nácia tentou dizer à ne-

jas, apenas escorridas nas mãos".

ta que essas coisas eram normais, que os homens eram iguais, que não havia razão para Conceição zangar-se.

CAPÍTULO 13 Mocinha deixa sinhá Eugênia

CAPÍTULO 12 Josias enterrado na beira da estrada

"Mocinha deixou a velha Eugênia num domingo ao meio dia". Virou ama na casa de um bodegueiro da

Josias ficou enterrado na beira da estrada.

praça.

Os dias passavam, e a fome, a sede, a miséria mal-

Chico Bento e a família foram chegando a um po-

tratavam mais a família de Chico Bento. Nos povo-

voado (Acarape), no final de uma tarde. O cansaço,

ados, nas vilas, Chico Bento topava qualquer traba-

a fome, a sede levaram-nos ao desmaio antes da

lho por uns trocados para alimentar a família. Cor-

chegada. De pé, só ficou o filho mais velho, Pedro,

dulina, deixando a vergonha de lado, pedia leite e

que seguiu sozinho na direção do povoado. 18


CAPÍTULO 14 Vicente visita Conceição em Fortaleza

CAPÍTULO 16 Conceição encontra Chico Bento

Vicente vai a Fortaleza. O pretexto é levar uma encomenda de caroço de algodão para alimentar o gado. Foi visitar Conceição. Conversa vai, conversa vem, a professora tocou no nome do Zé Bernardo, aquele da filha interessada por Vicente. Ele, sem entender a ironia de Conceição, confirmou. Era boa moça mesmo, cuidava da roupa dele. Com a presença da avó, a professora não pôde continuar. O assunto desviou-se para histórias do campo, banalidades que Conceição ia contando, confirmadas pela avó. Vicente sentiu a frieza na conversa da prima, mas não conseguiu entender por quê. Quando foi embora, estava decepcionado.

Conceição, finalmente, encontrou Chico Bento e Cordulina no Campo de Concentração. Eram compadres, mas ela nunca conhecera o afilhado. Devia ser aquele magrinho que Cordulina trazia no colo. Diante da magreza e da sujeira da criança, Conceição evitou segurá-la nos braços. Era o Manuel. Para a família, o Duquinha. Conceição dispôs-se a ajudá-los. Arranjou um cantinho mais protegido para a família e foi providenciar a ração diária de comida.

CAPÍTULO 17 Vicente volta da capital

À noite, Conceição ficou relembrando a visita de Vicente. Depois de muito meditar, concluiu que os dois pertenciam a mundos diferentes.

Vicente volta da capital. As irmãs vão esperá-lo na estação, em Quixadá. No outro dia, já na fazenda, João Marreca disse-lhe que uma das vacas morreu. Vicente já esperava que isso acontecesse.

CAPÍTULO 15 Pedro sumiu No outro dia, depois do desmaio, Chico Bento pro-

CAPÍTULO 18 Chico faz seu relato a Conceição

curou o filho Pedro e não encontrou. Talvez o meni-

Chico Bento, na Casa de Conceição e Dona Inácia,

no já estivesse no Acarape. No povoado, ninguém

vai contando toda a miséria por que passou na ca-

sabia do rapazinho. Chico Bento foi ter com o dele-

minhada a pé com a família. A morte do Josias, o

gado. Contou-lhe a história do sumiço do filho mais

sumiço do Pedro, o caso da cabra... Histórias tristes

velho. Os dois, depois de algum tempo, reconhece-

que arrancam lágrimas de Dona Inácia e de Conceição.

ram-se: eram compadres. Luís Bezerra e a esposa, Doninha, eram padrinhos do Josias, o que morrera envenenado na estrada.

Chico Bento queria um emprego, qualquer trabalho para ajudar a sustentar a família. Conceição prometeu ajudá-lo.

Os compadres falaram do passado, do tempo em que Luís também trabalhou nas Aroeiras para Dona Maroca.

Conceição recebeu uma carta de Lourdinha, irmã de Vicente. A moça, maliciosamente, aludia à tristeza do irmão: "O que você terá feito com ele?..."

Enquanto Chico Bento e Cordulina comiam, o delegado mandou dois cabras à procura do menino Pedro.

CAPÍTULO 19 Trabalho no açude

Os dois homens voltaram ao meio-dia, e nada do Pedro. Cordulina já estava conformada. Talvez fosse para o bem do menino.

Conceição, com a ajuda do Bispo, conseguiu um trabalho para Chico Bento no açude do Tauape.

Naquele mesmo dia, à tarde, tomaram um trem para

Quando voltou, à noitinha, com o primeiro dinheiro

Fortaleza. Luís Bezerra arranjara as passagens e até roupas para Chico e Cordulina.

ganho no açude, Chico Bento levava pão, rapadura

Foram direto para o Campo de Concentração fazer

falou do pedido de Conceição: queria que eles des-

parte daquela massa enorme de retirantes. Chico

sem o Duquinha para ela criar. O argumento da

Bento sentiu-se, de certo modo, consolado. Poderia até morrer ali, mas não morreria sozinho.

mãe era forte: melhor entregá-lo à madrinha que deixá-lo morrer de fome. O pai consentiu.

e farinha para a família. Foi uma festa. Cordulina

19


CAPÍTULO 23 Novembro: seca e morte

No outro dia, Cordulina levou o Duquinha para Conceição. Teve que sair de lá às escondidas para o filho não perceber. A madrinha, depois de muitas tentativas, conseguiu agradá-lo com comida.

Conceição gastava todo o tempo livre ajudando os necessitados no Campo de Concentração. Gastava

Com a ausência da mãe, Duquinha, já debilitado,

quase todo o ordenado em comida e remédio para as criancinhas necessitadas.

adoeceu gravemente. Foram quinze dias de sofrimento. Conceição dedicava a ele desvelos de uma verdadeira mãe.

Certo dia, uma retirante apareceu à porta de Dona

Chico Bento queria ir para o Amazonas. Conceição

nha doente. Ela as socorreu. Mas a criança, já ar-

tentou dissuadi-lo. Sugeriu que ele fosse para São Paulo. O compadre concordou.

quejando, terminou morrendo, apesar dos desvelos

Inácia, pedindo esmolas para si e para uma crianci-

de Dona Inácia e de Conceição. Era mais uma amostra de miséria que aquele novembro seco dava.

CAPÍTULO 20 Passagens para São Paulo

CAPÍTULO 24 Dezembro: chuva e esperança

Conceição, não sem custo, conseguiu as passagens de navio para São Paulo. A despedida foi triste

Caiu a primeira chuva de dezembro.

e chorosa. Chico Bento, Cordulina e os dois filhos

Em Quixadá, Mariinha Garcia frequentava mais e

restantes deixavam o Ceará em busca de um destino melhor.

mais a casa de Vicente. Alice e Lourdinha não escondiam a intenção de casar a amiga com o irmão. Outro namoro já estava armado: o de Lourdinha

CAPÍTULO 21 Seca desanima Vicente

com o irmão de Mariinha, o Clóvis Garcia, rapaz meio louro e de bigodes.

Lourdinha insistiu e foi para o campo com Vicente. Lá, não aguentando o sol quente, desmaiou. De vol-

Quando, certo dia, Lourdinha abordou Vicente sobre

ta, procurava mostrar-se alegre, com vergonha da sua fraqueza.

o namoro com Mariinha, ele negou tudo. Não havia namoro. Ele não queria saber de casar. Estava decepcionado com as mulheres.

Vicente começava a esmorecer na sua luta diária contra a seca. O gado mais e mais emagrecia e

CAPÍTULO 25 Dona Inácia volta para Logradouro

morria. As ovelhas já estavam quase extintas: restavam dez cabeças.

Dona Inácia voltou para a fazenda Logradouro, per-

A angústia de Vicente, nas noites mal dormidas,

to de Quixadá. A despedida de Conceição foi triste, com direito a choro.

passava por Conceição. Queria esquecê-la, mas não conseguia. Por que tanta indiferença?

Na viagem, passando por Baturité, uma moça magra, com filho nos braços, cumprimentou Dona Iná-

CAPÍTULO 22 Conceição sente-se solitária

cia. Era Mocinha, irmã de Cordulina, da fazenda Aroeiras. Desfigurada, contou o seu sofrimento à

Setembro findara. Veio outubro com São Francisco,

madrinha. Vivia de esmolas na tentativa de susten-

e a seca continuou. “E novembro entrou, mais seco

tar o filho que ainda não tinha dois meses. Dona

e mais miserável, afiando mais fina, talvez por ser o mês de finados, a imensa foice da morte”.

Inácia, na despedida, deu algum dinheiro para a afilhada e insistiu para que ela voltasse para o sertão. Lá, faria tudo para ajudá-la.

Conceição entrega-se a reflexões sobre a vida, mergulhada em leituras sobre a condição feminina.

Em Quixadá, foi recebida pela prima, Dona Idalina,

Sente o peso da solidão, mas está conformada. A avó insiste na ideia de casamento.

mãe de Vicente. Os homens de Dona Inácia esperavam-na para levá-la à fazenda. 20


Na chegada, vendo tudo desolado, abandonado, apesar da paisagem verde cobrindo tudo, Dona Inácia chorou.

EXERCITANDO

a

1. (CONQUISTAR-2018) Tomando por base o romance “O Quinze”, de Rachel de Queiroz, complete o espaço do texto seguinte.

CAPÍTULO 26 Conceição: Duquinha como consolo

“Todos os anos, nas férias da escola, Conceição vinha passar uns meses com a avó (que a criara desde que lhe morrera a mãe), no Logradouro, a velha fazenda da família, perto de ...................”.

Três anos depois, Lourdinha já está casada com Clóvis e tem uma filha. Estão todos em Quixadá: Conceição, Vicente, Dona Inácia, Duquinha... Vendo Lourdinha feliz ao lado do marido e da filhinha, Conceição inveja-lhe a felicidade. Conclui que

a) b) c) d) e)

ela nasceu para viver só. Vicente está por perto, indiferente, conversando com os amigos. A visão é de Conceição, pois o vaqueiro parece que nem a percebe. Ela anda em direção à casa de Lourdinha onde do-

Mecejana Fortaleza Sobral Quixadá Orós

2. (CONQUISTAR-2018) Tomando por base o romance “O Quinze”, de Rachel de Queiroz, complete o espaço do texto seguinte.

na Inácia está à espera. Vem-lhe ao encontro Duquinha, pedindo dinheiro para comprar um navio de papel. Ela se sente, então, mãe. Afinal, criou o Duquinha.

“Dona Maroca das Aroeiras deu ordem para, se não chover até o dia de São José, abrir as porteiras do curral. E o pessoal dela ganhe o mundo... Não tem mais serviço pra ninguém.”

Conceição ouve um tropel na rua. É Vicente que está voltando para a fazenda.

“Vicente acha absurda a atitude de Dona Maroca. Ele jamais faria isso. Não abandonaria seus homens numa situação dessas. Só lamentava a situação de .................., vaqueiro das Aroeiras.” a) b) c) d) e)

21

Chico Bento Duquinha Pedro Josias Luiz Bezerra


Respostas: 1-D; 2-A REFERÊNCIAS AMORA, Antônio Soares. Obras de Cláudio Manuel da Costa. Lisboa, Bertrand, 1962. BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1994. BUARQUE DE HOLANDA, Sérgio. Capítulos de Literatura Colonial. São Paulo: Brasiliense, 1991. CANDIDO, Antonio. Iniciação à literatura brasileira. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2004 CASTELLO, José Aderaldo. Literatura brasileira/origens e unidade/vol.II. São Paulo: Edusp, 1999. Moisés, Massaud. A literatura brasileira através dos textos. São Paulo: Editora Cultrix, 1997.

22


AULA 17

ESTATUTOS DO HOMEM THIAGO DE MELLO  Parágrafos – Nos textos jurídicos, parágrafo é cada uma das subdivisões de um artigo de lei ou decreto. Nos “Estatutos do Homem”, a divisão em parágrafos ocorre nos Artigos IV e XII.

ESTATUTOS DO HOMEM

 Subtítulo – O poema traz o subtítulo “Ato Institucional Permanente”, numa flagrante oposição ao AI-1 (Ato Institucional n.o 1), que foi publicado em 9 de abril de 1964, poucos dias após o golpe que levou à destituição do presidente João Goulart e colocou no poder as Forças Armadas.

LINGUAGEM  Linguagem injuntiva – Os comandos, as ordens, os pedidos, as intenções privilegiam uma linguagem injuntiva (“Fica decretado” / “decreta-se”/ “Por decreto irrevogável” / “Fica permitido” / “Fica proibido”).

http://vreditoras.com.br/wp-content/uploads/2017/01/Estatutosdo-homem-azul.jpg

 Literária X referencial – Nos “Estatutos do Homem”, Thiago faz um intercâmbio inteligente entre a linguagem literária e a linguagem referencial, com vistas à percepção não só de especificidades e interfaces, mas também do discurso polifônico.

ESTRUTURA DA OBRA  Título – A palavra “estatuto” (latim statatum = regulamento, sentença) remete a “lei ou conjunto de leis que disciplinam as relações jurídicas que possam incidir sobre as pessoas ou coisas”.

 Intertextualidade – Os poemas dos “Estatutos do Homem” mantêm relação próxima (porém de oposição) com os textos editados pela regime militar imposto em 1964. O texto foi produzido em um momento sócio-histórico em que se fazia necessário um diálogo social mais amplo, com elementos socioideológicos.

Na condição de poema, os “Estatutos do Homem” não têm obrigatoriedade legal; mas a disposição dos versos do poema obedece à estrutura do texto jurídico: são 13 artigos, devidamente numerados com algarismos romanos.  Artigos – Aproveitando a lógica do texto jurídico e parodiando a rigidez da ditatura militar implantada em 1964, Thiago de Mello constrói o texto por meio de ARTIGOS, num total de TREZE.

TEMPO  Tempo histórico – O poema de Thiago de Mello foi publicado em 1964, quando o poeta estava exilado no Chile; tinha, pois, a vantagem da realidade histórica: representava uma dose de esperança para todos os brasileiros que se sentiam vítimas do golpe militar de 64. Mas o texto ultrapassou as fronteiras do tempo e do espaço, comovendo e inspirando milhões de pessoas em todo o mundo.

Cada ARTIGO-ESTROFE se abre com frases conativas (têm o intuito de influir no comportamento do interlocutor, por meio de ordem, pedido ou sugestão) e incisivas, como acontece nos textos de leis irrevogáveis: 1. “fica decretado” (Artigos I, II, III, IV, V, VIII, XI, XIII);

ESTILO DE ÉPOCA

2. “fica estabelecido” (Artigo VI);

 Os “Estatutos do Homem” estão dentro da proposta

3. “por decreto” (Artigo VII); 4.

do Modernismo de 1922, atrelado à terceira fase

“fica permitido” (Artigos IX, X, XI);

(Geração de 45). Thiago de Mello estreou em 1951,

5. “decreta-se” (Artigo XII);

com o livro de poesias “Silêncio e Palavra”, acolhido

6. “fica proibido” (Artigo Final).

com louvor pela crítica. 23


FIGURAS DE LINGUAGEM

ESTATUTOS DO HOMEM POEMAS/COMENTÁRIOS

 Símile (comparação comum), metáfora (comparação sutil), antítese (ideias opostas) e sinestesia (ato de atribuir qualidades às sensações) são as principais figuras de linguagem presentes nos “Estatutos do Homem”.

NÚCLEO TEMÁTICO  Esperança – Nos “Estatutos do Homem” (1964), Thiago de Mello põe em relevo a esperança: elemento fundamental para enfrentar o futuro que se mostrava nublado pelo golpe militar de 64.  Bem coletivo – O texto enfatiza a necessidade de humanização do homem, da superação da individualidade, da crença em ações que vão gerar um bem coletivo.

https://eupassarin.files.wordpress.com/2011/01/thiago-demello.jpg

 Antidesenvolvimento econômico – O poema pre-

Artigo I

ga que o verdadeiro desenvolvimento é o desenvolvimento humano, colocando-se contra ações que vi-

Fica decretado que agora vale a verdade,

sem apenas ao aspecto econômico.

agora vale a vida, e de mãos dadas, marcharemos todos pela vida verdadeira.

https://slideplayer.com.br/slide/1244510/

COMENTÁRIOS: 1. A ideia de que “agora vale a verdade” opõe-se ao teor do Ato Institucional n.o 1 (AI-1), que falava de “revolução” (sem a participação do povo) que representava não o interesse de um grupo, mas de toda a Nação. Em outras palavras, o texto do Ato Institucional pregava a “mentira”, e o Artigo I dos “Estatutos do Homem” decretava a “verdade”. 24


2. Em “agora vale a vida”, o poeta insinua que o golpe militar se pautava pela “morte” (morte de pessoas, morte dos sonhos, morte da liberdade, morte da esperança).

COMENTÁRIOS: 1. Metáfora e antítese – Os girassóis lembram claridade (só se abrem com o sol), opondo-se aos “dias cinzentos”. Mesmo sem sol (liberdade), fica decretado que os girassóis podem se abrir na sombra para amenizar a falta de liberdade.

3. Versos brancos – Os versos não contêm rima.

Artigo II

2. Metáfora da janela – As janelas estão fechadas para o poeta, para o povo, para a liberdade. Com os “Estatutos do Homem”, as janelas permanecerão abertas o dia inteiro para o verbo e para a esperança. 3. Flor e janela – A flor e a janela simbolizam os olhos do poeta e de todos os homens: devem estar abertos para o sol, para a luz, para a esperança.

Artigo IV

https://slideplayer.com.br/slide/1244510/

Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de domingo.

COMENTÁRIOS: 1. A data do golpe de 64 é 31 de março de 1964, uma terça-feira. Por isso, o poeta fala das “terças feiras mais cinzentas”. 2. Os “dias cinzentos” simbolizam a dor, o luto e os

https://image.slidesharecdn.com/034-osestatutosdohomem091023131418-phpapp02/95/estatutos-do-homem-thiago-demello-5-728.jpg?cb=1256303706

estados de espírito de tristeza e melancolia. 3. As “manhãs de domingo” simbolizam a alegria e a

Fica decretado que o homem não precisará nunca mais duvidar do homem. Que o homem confiará no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu.

harmoniza com a família e com Deus. 4. Antítese – As “terças-feiras cinzentas” se opõem às “manhãs de domingo”. 5. Sinestesia – A atribuição de cor aos dias da semana constitui sinestesia (atribuição de qualidades a

Parágrafo único:

um ser que, teoricamente, não poderia sem assim qualificado).

O homem, confiará no homem como um menino confia em outro menino.

Artigo III

COMENTÁRIOS:

Fica decretado que, a partir deste instante,

1. Anáfora – A repetição da conjunção “como” no início de 3 versos, em sequência, constitui anáfora.

haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito

2. União – A confiança mútua (homem – homem, menino – menino, palmeira – vento, vento – ar) leva à união; e a união consegue evitar que um engane o outro.

a abrir-se dentro da sombra; e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança. 25


COMENTÁRIOS:

3. Símile – As comparações comuns (com presença da conjunção comparativa) constituem símile.

1. Igualdade social – Lobo e cordeiro pastando juntos é sonho de igualdade social, quase impossível de se tornar realidade numa sociedade capitalista. Mas ao poeta (e ao povo) é permitido sonhar.

Artigo V

2. Sinestesia – Comida com gosto de aurora retoma a atribuição de qualidades às sensações: é a sinestesia.

Artigo VII Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridade, e a alegria será uma bandeira generosa para sempre desfraldada na alma do povo.

COMENTÁRIOS: 1. Liberdade perene – O sentimento de justiça (que requer liberdade e igualdade) e de claridade (opondo-se à realidade cinzenta) e de alegria deve ser permanente, isto é, sem interrupção da democracia, como ocorreu em 1964.

https://slideplayer.com.br/slide/1244510/

Fica decretado que os homens estão livres do jugo da mentira. Nunca mais será preciso usar a couraça do silêncio

Artigo VIII

nem a armadura de palavras. O homem se sentará à mesa com seu olhar limpo porque a verdade passará a ser servida antes da sobremesa.

COMENTÁRIOS: 1. Mentira X verdade – O poeta reforça o que foi dito no Artigo I: “Fica decretado que agora vale a verdade”, fazendo alusão às mentiras pregadas pelos instituidores do golpe militar. https://slideplayer.com.br/slide/1244510/

2. Trabalho que alegra – A ideia de “sentar-se à mesa com seu olhar limpo”, de acordo com o pró-

Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor.

prio Thiago de Mello, significa que o homem “conseguiu a refeição com a alegria do próprio trabalho”. 3. Verdade antes da sobremesa – Simboliza a alegria de comer sem sofrimento, sem culpa porque

COMENTÁRIOS:

não há mais pessoas passando fome, não há mais crianças que adormecem sem se alimentar.

1. Todo tipo de amor – Não poder dar amor a quem se ama remete à ideia de querer ajudar, querer ser solidário, querer evitar o sofrimento do outro e esbarrar na censura imposta pelo Estado.

Artigo VI Fica estabelecida, durante dez séculos,

2. Água e flor – O milagre da flor (símbolo da beleza, da felicidade, da alegria, do amor) só acontece na presença da água (símbolo da vida).

a prática sonhada pelo profeta Isaías, e o lobo e o cordeiro pastarão juntos e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora. 26


Artigo XI

Artigo IX

Fica decretado, por definição, que o homem é um animal que ama e que por isso é belo, muito mais belo que a estrela da manhã.

COMENTÁRIOS: 1. Amor e beleza – A condição para ser belo está no ato de amar. O cerceamento da liberdade não condiz, então, com a condição humana. O ato de amar supera a beleza das estrelas porque elas não têm a capacidade de amar; são, portanto, incompletas e

https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2014/03/estatutos-dohomem-indignacao-do-poeta-contra-o-arbitrio-tambemcompleta-50-anos-6390.html

comparadas ao homem que ama.

Artigo XII

Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal de seu suor. Mas que sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura.

Decreta-se que nada será obrigado

COMENTÁRIOS:

inclusive brincar com os rinocerontes

nem proibido, tudo será permitido, e caminhar pelas tardes

1. Trabalho e ternura – Na visão do poeta, trabalho requer remuneração justa para que traga alegria, e isso requer uma sociedade livre e consciente. O trabalho que escraviza e explora elimina a ternura.

com uma imensa begônia na lapela.

Parágrafo único: Só uma coisa fica proibida:

Artigo X

amar sem amor.

COMENTÁRIOS: 1. Liberdade e amor – A ideia de que tudo será permitido, mesmo atitudes aparentemente ridículas, é ameaçada por uma única atitude: “amar sem amor”. Isso significa que as relações movidas pelo interesse estão fadadas ao fracasso.

Artigo XIII

https://www.youtube.com/watch?v=uACsaduQmXo

Fica permitido a qualquer pessoa, qualquer hora da vida, uso do traje branco.

COMENTÁRIOS: 1. Pureza e paz – O próprio poeta se veste sempre de branco. Para ele a cor branca remete a pureza, a limpeza, a traje de domingo ou de dia de festa. A brancura contrasta com as “terças-feiras cinzentas” que marcaram, no Brasil, a cessação da liberdade.

https://slideplayer.com.br/slide/1244510/

27


Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais comprar o sol das manhãs vindouras. Expulso do grande baú do medo, o dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de cantar e a festa do dia que chegou.

EXERCITANDO

a

1. (CONQUISTAR-2018) Leia o que se afirma no texto seguinte a respeito dos “Estatutos do Homem”, de Thiago de Mello. Na condição de poema, os “Estatutos do Homem” não têm obrigatoriedade legal; mas a disposição dos versos do poema obedece à estrutura do texto jurídico: são 13 artigos, devidamente numerados com algarismos romanos.

COMENTÁRIOS: 1. Convivência harmoniosa – O poeta prega não o fim do dinheiro, mas o malefício de usá-lo para tentar comprar a felicidade. O poder do capital terá de conviver com o respeito ao direito de ser livre e feliz.

( ) Certo

Artigo final

( ) Errado

Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre o coração do homem.

2. (CONQUISTAR-2018) Leia o que se afirma no texto seguinte a respeito dos “Estatutos do Homem”, de Thiago de Mello. Aproveitando a lógica do texto jurídico e parodiando a rigidez da ditatura militar implantada em 1964, Thiago de Mello constrói o texto por meio de ARTIGOS, num total de TREZE. Por isso, pode-se afirmar que não se trata de poesia.

COMENTÁRIOS: 1. Liberdade intrínseca – O poeta sugere que a “liberdade” é condição inerente do ser humano. Não há necessidade de constar no dicionário porque os

( ) Certo

homens já nascem com ela no coração.

( ) Errado

Respostas: 1-CERTO; 2-ERRADO REFERÊNCIAS AMORA, Antônio Soares. Obras de Cláudio Manuel da Costa. Lisboa, Bertrand, 1962. BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1994. BUARQUE DE HOLANDA, Sérgio. Capítulos de Literatura Colonial. São Paulo: Brasiliense, 1991. CANDIDO, Antonio. Iniciação à literatura brasileira. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2004 CASTELLO, José Aderaldo. Literatura brasileira/origens e unidade/vol.II. São Paulo: Edusp, 1999. Moisés, Massaud. A literatura brasileira através dos textos. São Paulo: Editora Cultrix, 1997.

28


AULA UEA

Revisão - A prova de redação UEA – SIS será avaliada conforme critérios Planejamento:

Tema: Considera-se se o texto do candidato atende ao tema proposto.  A fuga completa ao tema proposto é motivo suficiente para que a redação não seja corrigida em qualquer outro de seus aspectos, recebendo nota 0 (zero) total.

 Tema: Imigração  Proposta: A saga dos refugiados: o caminho entre a fuga e a xenofobia  Argumento 1: - A buscar uma maior qualidade de vida no Brasil.  Argumento 2: - A imigração para o Brasil pode ser prejudicial para o país se não for bem ordenada.  Solução: criar regras para ordenar a imigração e investimentos do governo em infraestrutura,

Estrutura (gênero/tipo de texto e coerência): consideram-se aqui, conjuntamente, os aspectos referentes ao gênero/tipo de texto proposto e à coerência das ideias.  A fuga completa ao gênero/tipo de texto é motivo suficiente para que a redação não seja corrigida em qualquer outro de seus aspectos, recebendo nota 0 (zero) total.  Avalia-se aqui como o candidato sustenta sua tese em termos argumentativos e como essa argumentação está organizada, considerando-se a macroestrutura do texto dissertativo (introdução, desenvolvimento e conclusão).

Título da Redação: Imigração e suas consequências Nos últimos anos, o Brasil cresceu economicamente, isso faz com que pessoas de outros países, insatisfeitas com a situação econômica, pensem em buscar uma maior qualidade de vida no Brasil. Todavia, a imigração para o Brasil pode ser prejudicial ao país se não for bem ordenada. Com o desordenado fluxo migratório, o Brasil pode desenvolver vários problemas: a alta da taxa de desemprego, o aumento da pobreza, a fome, pois com mais pessoas deve haver mais empregos, caso contrário aumenta o número de pessoas desempregadas e a taxa de pobreza do país. Além disso, a busca por produtos e serviços para todos fica comprometida. Outro problema causado pela imigração desordenada é a falta de infraestrutura para a população, pois haverá uma maior quantidade de pessoas que necessitarão de habitação, segurança, saúde, necessidades básicas do ser humano. O país não estará preparado para supri toas essas necessidades. A imigração desordenada não trará benefícios para o Brasil, ao contrário, prejudicará social e economicamente à população. Porém se forem criadas regras para ordenar a imigração, houver investimento do governo na criação de empregos, saúde, segurança, habitação e educação, os imigrantes e os nativos do Brasil conseguiram ter uma ótima qualidade de vida.  Na coerência, será observada, além da pertinência dos argumentos mobilizados para a defesa do ponto de vista, a capacidade do candidato de encadear as ideias de forma lógica e coerente (progressão textual).

TEMA: A saga dos refugiados: o caminho entre a fuga e a xenofobia. A partir da leitura dos fragmentos de textos colocados abaixo e de seus argumentos sobre o tema, elabore um texto ‘dissertativo-argumentativo’, com o uso da norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: A saga dos refugiados: o caminho entre a fuga e a xenofobia. Apresente uma proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos em defesa de um ponto de vista.

Benefícios:  Alto nível de qualidade de vida  Alto nível de desenvolvimento  Rapidez nas comunicações (Internet, Telefone)  Civismo dos cidadãos  Salários elevados  Bons sistemas de saúde e educação Malefícios: Custo de vida elevado Racismo Xenofobia Desemprego Dificuldade em entrar em alguns países Crise económica 29


TEXTO: “Embora existam políticos competentes e honestos, preocupados com as legítimas causas populares, os jornais, na semana passada, noticiaram caso de corrupção comprovada, praticadas por um político eleito pelo povo”.  Serão consideradas aspectos negativos a presença de contradições entre as ideias, a falta de partes da macroestrutura dissertativa, a falta de desenvolvimento das ideias ou a presença de conclusões não decorrentes do que foi previamente exposto.

TEXTO Em 2018, o jornal Folha de S. Paulo publicou relatório sobre a distribuição de renda entre a população brasileira, foi constatado que este é o país de maior desigualdade social do mundo. Apesar de todas as medidas e projetos do governo, o problema ainda está longe de ser resolvido. Modelo II: Fato: TV mais abrangente/ veículo de comunicação Contraste: comportamento agressivo/imoralidade. Tempo/espaço: horário nobre.

Incoerência: ideias desarticuladas

TEXTO Por ser a TV um veículo abrangente, é importante tomar mais cuidado com a escolha de programas de mídia, pois em pleno horário nobre são apresentados programas agressivos e imorais.  Serão considerados aspectos negativos as quebras entre frases ou parágrafos e o emprego inadequado de recursos coesivos.

"A segurança pública está comprometida e os mais ricos não se importam com os mais pobres, aumentando, assim, as desigualdades sociais".

Incoerência: contradição A educação pública está comprometida. Para tanto, é preciso valorizar o trabalho dos professores, dando a eles melhores condições de trabalho, reajustando os seus salários e dando mais oportunidades para eles se capacitarem. A educação é e continuará sendo uma prioridade do governo.

TEXTO: “Então, as pessoas que têm condições procuram mesmo o ensino particular. Onde há métodos, equipamentos e até professores melhores.”  Na modalidade, serão examinados os aspectos gramaticais como ortografia, morfologia, sintaxe e pontuação, bem como a escolha lexical (precisão vocabular) e o grau de formalidade/informalidade expressa em palavras e expressões.

Expressão (coesão e modalidade): consideram-se nesse item os aspectos referentes à coesão textual e ao domínio da norma-padrão da língua portuguesa.  Na coesão, avalia-se a utilização dos recursos coesivos da língua (anáforas, catáforas, repetições, substituições, conjunções etc.) de modo a tornar a relação entre frases e períodos e entre os parágrafos do texto mais clara e precisa.

Referencias Bibliográficas:  

TEXTO ”Em 1970e 1971,houve, no Nordeste brasileiro, uma enorme procura por sapos, que eram caçados para que suas peles fossem exportadas para os Estados Unidos. Lá elas eram usadas para fazer bolsas, cintos e sapatos. Isso levou a uma drástica diminuição da população de sapos nessa região.”.

Modelo I: Fato: distribuição de rendas/ desigualdade social Espaço: Folha de São Paulo/ Brasil/ Mundo. Tempo: 2018

 

30

ANTUNES, I. (2004). Aula de português: encontros e interação. São Paulo: Parábola. BRONCKART, J.-P. (1999). Atividades de linguagem, textos e discursos. Por um interacionismo sócio-discursivo. São Paulo: Editora da PUC/SP. FÁVERO, L. L. & KOCH, I. V. (1987). “Contribuição a uma tipologia textual”. In Letras & Letras. Vol. 03, nº 01. Uberlândia: Editora da Universidade Federal de Uberlândia. pp. 3-10. MARCUSCHI, L. A. (2002). “Gêneros textuais: definição e funcionalidade” In DIONÍSIO, Â. et al. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna. SCHNEUWLY, B. & DOLZ, J. (2004). Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras SWALES, J. M. (1990). Genre analysis. English in academic and research settings. Cambridge: Cambridge University Press.


EXERCITANDO 1. Assinale a alternativa ERRADA: a) A dissertação-argumentativa é um gênero opinativo que se organiza na defesa de um ponto de vista sobre determinado assunto. b) A dissertação-argumentativa é fundamentada com explicações e argumentos, para formar a opinião do leitor, tentando convencê-lo de que a ideia defendida está correta. c) É preciso, portanto, expor e explicar ideias. Daí a sua dupla natureza: é argumentativo porque defende uma tese (uma opinião) e é dissertativo porque se utiliza de explicações para justificá-la. Uma dissertação difere de uma dissertaçãoargumentativa por não precisar demonstrar a verdade de uma ideia ou tese, mas apenas de expôla. d) O objetivo da dissertação-argumentativa é, em última análise superficial e subjetiva, a fim de levar o leitor a uma reflexão pessoal. e) A dissertação-argumentativa deve convencer leitor mediante a apresentação de razões, em face da evidência de provas e à luz de um raciocínio coerente. 2. (Conquistar – 2018) Sobre as características do texto dissertativo-argumentativo, podemos afirmar que: a) Suas principais características são contar uma história ou narrar algum acontecimento, verídico ou não. b) Apresentar informações sobre um objeto ou fato específico, enumerando suas características através de uma linguagem clara e objetiva. c) Tem por finalidade instruir o leitor/interlocutor, por isso o predomínio dos verbos no infinitivo. d) Trata-se de um texto da opinião, no qual as ideias são desenvolvidas com a intenção de convencer o leitor. e) Seu objetivo é explanar ou explicar um assunto, tema, coisa, situação ou acontecimento.

GABARITO COMENTADO DO EXERCITANDO 1- D

31

2- D


AULA 48

Revisão UEA – Ecologia, Cadeias Alimentares, Pirâmides Ecológicas e Relações Ecológicas

Ecologia (AULA 1-CONQUISTAR) 1.1 Conceitos básicos

Relações ecológicas (AULA 05 - CONQUISTAR)

Conceitos básicos, cadeia alimentar

1.Harmônica-Intraespecífica Sociedade Rainha (2N) Fértil Operária (2N) Estéril

Fluxo de energia unidirecional Fluxo de matéria é cíclico Magnificação trófica 1.2 Cadeia alimentar

Zangão (N) Fértil- Partenogênese

2.Harmônica-Intraespecífica Colônia Heteromórfica- Caravela

Pirâmides ecológicas (AULA 3 - CONQUISTAR) Pirâmide de Energia Pirâmide de Número Pirâmide de Biomassa 32


2. Relações Desarmônicas Intraespecíficas Competição Canibalismo

Relações ecológicas (AULA 05 - CONQUISTAR) 1. Relações Harmônicas Interespecíficas Mutualismo Protocooperação Inquilinismo Comensalismo Mutualismo representado pelos líquens

3. Relações Desarmônicas Interespecíficas Predatismo. Parasitismo. Amensalismo ou antibiose. Herbivorismo.

Protocooperação : pica boi e bubalino

Inquilinismo. Epifitismo- Orquídeas e árvores

a

EXERCITANDO

1 (Ufsm ) (AULA 01 - CONQUISTAR) Observe:

Comensalismo. Tubarão e rêmora

Analisando a regulação dos ecossistemas através de cadeias alimentares e poluentes que interferem na estabilidade desses ecossistemas, assinale a afirmativa correta. a) Em uma cadeia alimentar, a quantidade de energia de um nível trófico é sempre menor que a energia que pode ser transferida para o nível seguinte. 33


e) a colônia. b) Sem os organismos fotossintetizantes, não haveria, nos ecossistemas, cadeias alimentares como existem hoje, ou seja, baseadas no fluxo de energia proveniente do Sol. c) Consumidores secundários ou terciários, como podem ser as águias, acumulam maiores quantidades de energia química potencial em relação a níveis tróficos inferiores. d) Quando está no meio ambiente, o inseticida DDT segue geralmente um caminho diferente daquele realizado pela energia que circula na cadeia alimentar, usando vias específicas para determinado nível trófico. e) Considerando os problemas que a concentração de poluentes causa ao longo da cadeia alimentar, as espécies dos níveis inferiores dessa cadeia são as mais prejudicadas.

4. (ACAFE 2013/Inverno) CONQUISTAR)

(AULA

05

-

Os pulgões são pequenos insetos parasitas de plantas que passam a maior parte do tempo parados, sugando a seiva elaborada que circula pelos vasos liberianos destas. Esta seiva possui uma grande quantidade de glicose, e o excesso deste carboidrato ingerido precisa ser excretado. As formigas se alimentam desse açúcar eliminado pelos pulgões e, em troca, os protegem de eventuais predadores. As relações ecológicas existentes, respectivamente, entre pulgões-plantas e pulgõesformigas são: a) parasitismo e mutualismo. b) parasitismo e comensalismo. c) comensalismo e mutualismo. d) inquilinismo e comensalismo. e) Canibalismo e protocooperação

2. (Ufg 2010) (AULA 01 - CONQUISTAR) Analise o diagrama a seguir. :

5. (AULA 03 - CONQUISTAR) As pirâmides ecológicas são representações gráficas da estrutura trófica de um ecossistema. A respeito dessas pirâmides, marque a alternativa incorreta: a) Uma pirâmide é chamada de pirâmide de números quando informa quantos indivíduos existem em cada nível trófico. b) A pirâmide de biomassa pode ser invertida. c) Uma pirâmide de energia nunca poderá ser invertida. d) A base de uma pirâmide nem sempre é representada pelo produtor. e) Uma pirâmide de biomassa representa a quantidade de matéria orgânica encontrada em cada nível trófico.

A teia alimentar representada evidencia as relações interespecíficas de uma comunidade que ocorre em vários ecossistemas. No caso da retirada dos consumidores secundários, espera-se inicialmente que a população de a) consumidores primários diminua. b) consumidores terciários aumente. c) produtores diminua. d) consumidores quaternários aumente. e) decompositores diminua.

5. (AULA 03 - CONQUISTAR) Observe a figura a seguir e marque a alternativa que apresenta uma inferência que pode ser feita a respeito dessa pirâmide ecológica.

3. (UFJF-MG) (AULA 05 - CONQUISTAR) Os líquens são formados pela associação de algas e fungos. Essa associação é a) o mutualismo. b) o predatismo. c) a sociedade. d) o comensalismo.

Analise a pirâmide ecológica acima 34


a) Analisando a figura, é possível perceber que trata de uma pirâmide de número. b) Analisando a figura, é possível perceber que trata de uma pirâmide de biomassa. c)Analisando a figura, é possível perceber que trata de uma pirâmide de energia. d) Analisando a figura, é possível perceber que trata de uma pirâmide invertida, de biomassa número. e) Analisando a figura, é possível perceber que trata de uma pirâmide de energia invertida.

se

GABARITO COMENTADO DO EXERCITANDO

se

Resposta da questão 01: [B] As cadeias e teias alimentares terrestres são sustentadas pela matéria orgânica produzida pelos organismos autótrofos. Esses organismos convertem a energia luminosa em energia química por meio do processo de fotossíntese.

se se ou

Resposta da questão 02: [C] Com a retirada dos consumidores secundários haverá um grande aumento nas populações de consumidores primários. Consequentemente, espera-se uma diminuição nas populações de produtores.

se

Resposta da questão 03: [A] Os líquens são constituídos por algas e fungos que vivem em associação, sendo que as algas, por meio da fotossíntese, geram matéria orgânica que o fungo usa como alimento. Por outro lado, o fungo consegue reter umidade e nutrientes que a alga utiliza, além de conferir proteção à alga. Esse mutualismo permite que os líquens sobrevivam em um ambiente que não seria possível a alga e o fungo sobreviverem individualmente. Resposta da questão 04: [A] A relação entre pulgões-plantas está no próprio enunciado: "Os pulgões são pequenos insetos parasitas de plantas", ou seja, parasitismo. Já a relação entre pulgões-formigas deveria ser a protocooperação, mas como não há alternativa com essa resposta nós devemos considerar tal relação como um mutualismo. Resposta da questão 05: [D] Em uma pirâmide ecológica, a base sempre será representada por um organismo produtor.

35


AULA 50

Revisão UEA – Ecologia - Ciclos Biogeoquímicos

1.Ciclo da água (AULA 08 – CONQUISTAR) Ciclo curto ou geoquímico A água presente no solo, rio, lagos, sobre ação do calor e muda de estado físico e evapora, indo compor as nuvens na atmosfera. Com as mudanças de temperatura na atmosfera, ocorre condensação e precipita na forma chuva, neve ou granizo, fechando o ciclo curto ou geoquímico.

3.Ciclo do Oxigênio

Ciclo longo ou biogeoquímico Nesta fase do ciclo da água, que os seres vivos também participam do ciclo da água, pois eles necessitam dela para a sua sobrevivência. Os animais, por exemplo, utilizam a água para diversas atividades metabólicas.

2. Ciclo do carbono (AULA 08 – CONQUISTAR) Compostos orgânicos importantes na constituição dos seres vivos Fixação pelos vegetais- Fotossíntese Respiração dos seres vivos Nutrição Morte dos seres vivos e eliminação do gás carbônico para atmosfera Combustão- queima

4. Ciclo do nitrogênio (AULA 09 – CONQUISTAR) Importância para ácidos nucleicos, ATP Fixação pelas bactérias e algas cianofíceas Mutualismo Rizóbios e Raiz de leguminosas Leguminosas- feijão, soja, amendoim etc.. Nutrição dos animais de nitrato Amonização, nitrificação, nitrozação, desnitrificação. Adubação verde Rotação de cultura 36


2 NH3 + 3O2 --------> 2 NO2- + 2 H+ + 2 H2O Amônia para Nitrito.

a

2 NO2- + O2 ---------> 2 NO3- Nitrito para nitrato

EXERCITANDO

1. (Cftrj ) (AULA 08 - CONQUISTAR) Muitos estudos atuais têm apontado um aumento considerável na concentração de gás carbônico (CO2) na atmosfera, a partir da Revolução Industrial. As principais atividades responsáveis seriam a queima de combustíveis fósseis (largamente utilizados nos transportes e em atividades industriais) e o aumento do desmatamento das áreas florestadas (para a expansão de áreas urbanas e agrícolas), conforme pode ser observado no esquema a seguir:

5. Ciclo do fósforo (AULA 09 – CONQUISTAR) Fósforo encontrado nos ácidos nucleicos e ATP  Ciclo de tempo ecológico: ocorre em tempo relativamente curto. Acontece quando uma parte dos átomos de fósforo é reciclada entre o solo, plantas, animais e decompositores.  Ciclo de tempo geológico: ocorre durante um longo tempo. Acontece quando outra parte dos átomos de fósforo é sedimentada e incorporada às rochas. São alterações que abrangem apenas uma parte do genoma, envolvendo diminuição ou acréscimo de um ou mais cromossomos no cariótipo normal. A aneuploidia pode ser dividida em:

Acredita-se que a alta concentração atmosférica de CO2 esteja relacionada com o aumento da temperatura da Terra, o que pode provocar mudanças climáticas significativas no planeta. Abaixo estão alguns mecanismos utilizados para diminuir estes impactos e a respectiva justificativa para seu uso. Aponte a alternativa que apresenta um ERRO em sua proposta: a) Investimento em biocombustíveis produzidos a partir de vegetais, pois estes incorporam CO2 da atmosfera em etapas da sua produção. b) Preservação de áreas de florestas maduras, as quais mantêm grande quantidade de carbono fixado na matéria orgânica.

37


4. (Uesc 2011) (AULA 08 – CONQUISTAR) O esquema a seguir representa de forma parcial o ciclo do nitrogênio presente na natureza com alguns dos seus componentes bióticos.

c) Remoção de áreas de floresta madura e

substituição por plantações, pois em seus estágios iniciais de crescimento as plantas tendem a absorver mais gás carbônico. d) Fazer o replantio de áreas desmatadas, visto que as plantas irão absorver CO2 atmosférico durante seu crescimento.

2. (cftmg 2011) (AULA 08 – CONQUISTAR) A ilustração abaixo mostra um efeito decorrente da emissão de gases poluentes, devido ao avanço do crescimento mundial em relação à qualidade do meio ambiente.

A respeito da dinâmica desse ciclo e das informações obtidas no esquema, é correto afirmar: a) As plantas convertem o componente inorgânico em moléculas orgânicas que contém nitrogênio, que poderá ser transferido para os outros níveis tróficos através das cadeias alimentares. b) As bactérias desnitrificantes convertem o nitrogênio molecular, presente na atmosfera, fixando-o ao solo na forma orgânica. c) A reciclagem dos resíduos nitrogenados pelos consumidores permite a reutilização desses compostos pelas bactérias nitrificantes. d) O nitrato fixado pelas bactérias desnitrificantes deve ser convertido inicialmente em nitrito e finalmente em amônia para que possam estar acessíveis aos vegetais. e) Consumidores e decompositores que consomem matéria nitrogenada se posicionam invariavelmente no 1º nível trófico das cadeias alimentares.

Esse efeito está diretamente ligado ao ciclo do a) fósforo. b) carbono. c) oxigênio. d) nitrogênio. e) água

3. (Uerj 2011) (AULA 08 – CONQUISTAR) O nitrogênio é um dos principais gases que compõem o ar atmosférico. No esquema abaixo, estão resumidas algumas etapas do ciclo biogeoquímico desse gás na natureza.

5. (Fuvest ) (AULA 09 – CONQUISTAR) O esquema a seguir representa o ciclo do nitrogênio:

O processo de nitrificação, composto de duas etapas, e o de desnitrificação, ambos executados por microrganismos, estão identificados, respectivamente, pelos seguintes números: a) 2 e 3; 4 b) 1 e 5; 7 c) 4 e 6; 8 d) 2 e 5; 1 e) 2, 6, 4

Qual alternativa apresenta os organismos responsáveis pelas passagens indicadas por I, II e III? 38


e) Todas as alternativas são verdadeiras

a) (I) bactérias fixadoras; (II) decompositores; (III) bactérias denitrificantes b) (I) bactérias simbióticas; (II) decompositores; (III) bactérias nitrificantes c) (I) bactérias fixadoras; (II) bactérias nitrificantes; (III) bactérias denitrificantes d) (I) bactérias simbióticas; (II) bactérias parasitas; (III) bactérias nitrificantes e) (I) bactérias parasitas; (II) decompositores; (III) bactérias denitrificantes

GABARITO COMENTADO DO EXERCITANDO

Resposta da questão 01: [C] A remoção de áreas de floresta madura e substituição por plantações não é uma prática correta para reduzir as emissões de CO2 para a atmosfera, porque retira da natureza grande quantidade de matéria orgânica fixada por fotossíntese. Resposta da questão 2: [B] O efeito estufa que mantém a temperatura terrestre é causado por gases como o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), etc.

6. (UDESC 2017/1) (AULA 09 – CONQUISTAR) Os esquemas dos ciclos biogeoquímicos mostram as vias de entrada e saída de diferentes compostos químicos nos seres vivos, entre os seres vivos e entre estes e o ambiente. Na figura abaixo, tem-se uma representação esquemática do ciclo do fósforo, importante elemento químico para os seres vivos.

Resposta da questão 3: [A] As setas 2 e 3 indicam a nitrificação, processo de formação de nitratos no solo realizado pelas bactérias nitrificantes. A seta 2 indica a nitrosação, formação do nitrito a partir de amônia realizada por bactérias dos gêneros Nitrosomonas e Nitrosococcus. A seta 3 indica a nitratação, formação de nitrato a partir da oxidação de nitrito realizado por bactérias do gênero Nitrobacter. A desnitrificação, transformação de nitratos em N2, está indicado pela seta 4. Resposta da questão 4: [A] As bactérias desnitrificantes transformam nitrato e amônia em nitrogênio molecular (N2). A reciclagem dos compostos orgânicos é realizada pelos organismos decompositores, representados por bactérias e fungos. A nitrificação consiste na conversão de amônia (NH3) em nitrito (NO2) e de nitrito em nitrato que então é absorvido pelos vegetais. O 1º nível trófico das cadeias alimentares é ocupado pelos organismos autótrofos como as algas e os vegetais.

Analise as proposições em relação a este elemento químico e ao seu ciclo na natureza. I. O fósforo é importante para os seres vivos, na sua forma de íon fosfato, pois entra na composição química de moléculas como os ácidos nucleicos e de moléculas envolvidas no fornecimento de energia para as células. II. Podem-se caracterizar dois ciclos do fósforo: um mais curto, feito diretamente entre seres vivos, solo e água. Outro, mais longo, que envolve a sedimentação do elemento, formação de rochas, movimentos geológicos e decomposição das rochas. III. Os seres vivos podem eliminar o fosfato pelas fezes. IV. O fosfato combinado a um glicerídeo forma os fosfolipídios, principal componente das membranas celulares. Assinale a alternativa correta. a) Somente as alternativas I e III são verdadeiras b) Somente as alternativas II e IV são verdadeiras c) Somente as alternativas I e II são verdadeiras d) Somente as alternativas III e IV são verdadeiras

Resposta da questão 5: [A] Resposta da questão 6: [E]

39


AULA 53

Ácidos nucleicos voltados para biotecnologia Aula 07 - CONQUITAR

Biotecnologia – é a moderna utilização de tecnologias e processos de obtenção de técnicas, métodos e produtos, através dos seres vivos ou produtos da natureza, alterando, modificando e melhorando.

Transcrição - Processo em que um trecho de uma das fitas moldes do DNA é transcrita em RNAm (mensageiro) com leves alterações nas bases nitrogenadas, ou seja, tal informação genética é transmitida na forma de uma fita simples (1x), seguindo o sentido 5’3’ e apresentando açúcar ribose e uracila como base nitrogenada.

AULA 04 - CONQUISTAR Ácidos Nucleicos - São elementos químicos orgânicos responsáveis pela informação genética, formado por unidades básicas chamadas nucleotídeos e encontrados na forma de DNA e RNA. Diferenças entre Ácidos Nucleicos Para fechar as ideias sobre os ácidos nucleicos observe as diferenças: DNA – apresenta duas fitas diferentes, opostas e complementares; desoxirribose como açúcar; e a base TIMINA. RNA – apresenta fita única (simples); ribose como açúcar; e a base URACILA.

AULA 07 – CONQUISTAR Tradução - Processo de organização das informações genéticas, provenientes do DNA para síntese de proteínas. Sendo que para a síntese proteica se fazem necessários à interação de três RNA’s: I. RNAm (mensageiro) – responsável pela informação vinda do DNA, através da trinca chamada códon. II. RNAt (transportador) – responsável por transportar os aminoácidos até ribossomo, onde fará a combinação do anticódon (trinca de bases nitrogenadas do RNAt) com o códon (RNAm). III. RNAr (ribossômico) – local onde ocorre as ligações de aminoácidos, conhecida como ligações peptídicas. O processo inicia com saída do RNAm do núcleo, chegando ao citoplasma, este se liga ao RNAr à espera do RNAt que traz aminoácido para ligação peptídica (inicia com a METIONINA), tudo devidamente auxiliado por enzimas RNA polimerases.

40


d) Somente as afirmativas II e IV estão corretas. e) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.

A cada RNAt que chega vem trazendo um aminoácido para a ligação peptídica, e a cada ligação vai formando a molécula de proteína.

2. (VUNESP-2001) (AULA 07 – CONQUISTAR) O primeiro transplante de genes, bem sucedido, foi realizado em 1981, por J.W. Gurdon e F.H. Ruddle, para obtenção de camundongos transgênicos, injetando genes da hemoglobina de coelho em zigotos de camundongos, resultando camundongos com hemoglobina de coelho em suas hemácias. A partir destas informações, pode-se deduzir que a) o DNA injetado foi incorporado apenas às hemácias dos camundongos, mas não foi incorporado aos seus genomas. b) o DNA injetado nos camundongos poderia passar aos seus descendentes somente se fosse incorporado às células somáticas das fêmeas dos camundongos. c) os camundongos receptores dos genes do coelho tiveram suas hemácias modificadas, mas não poderiam transmitir essa característica aos seus descendentes. d) os camundongos transgênicos, ao se reproduzirem, transmitiram os genes do coelho aos seus descendentes. e) o RNAm foi incorporado ao zigoto dos embriões em formação.

EXERCITANDO 1. (UFAM) (AULA 04 – CONQUISTAR) Quando os pesquisadores começaram a desconfiar que as informações para a síntese de proteínas estavam contidas no DNA, eles foram confrontados com um problema: reconheciam a existência de quatro bases (A, T, C e G) nos nucleotídeos e, ao mesmo tempo, reconheciam a existência de 20 aminoácidos. Como apenas quatro bases poderiam codificar 20 aminoácidos diferentes? Matematicamente, se um aminoácido fosse determinado por uma única base, teríamos a possibilidade de formação de apenas 4 aminoácidos (41). Em se tratando desse código universal, analise as seguintes afirmações: I. A trinca de bases como código genético permite 22 possíveis arranjos, os quais são suficientes para especificar todos os aminoácidos conhecidos. Assim, codificam-se os 20 aminoácidos, além dos códons de “parada” e de “início”. II. A conversão da informação genética contida no DNA para uma molécula de RNA mensageiro (mRNA) é chamada de transcrição e ocorre no núcleo. III. O termo “código universal” refere-se à constância da sequência de bases nitrogenadas na molécula de DNA em todos os seres vivos, mantida ao longo do processo evolutivo. IV. Uma sequência 5’-UGAUUAGGACCUCAA-3’ do mRNA permite a codificação de cinco aminoácidos na cadeia polipeptídica.

3. (VUNESP) (AULA 17 – CONQUISTAR) Eu e meus dois papais No futuro, quando alguém fizer aquele velho comentário sobre crianças fofinhas: “Nossa, é a cara do pai!”, será preciso perguntar: “Do pai número um ou do número dois?”. A ideia parece absurda, mas, em princípio, não tem nada de impossível. A descoberta de que qualquer célula do nosso corpo tem potencial para retornar a um estado primitivo e versátil pode significar que homens são capazes de produzir óvulos, e mulheres têm chance de gerar espermatozoides. Tudo graças às células iPS (sigla inglesa de “células-tronco pluripotentes induzidas”), cujas capacidades “miraculosas” estão começando a ser estudadas. Elas são funcionalmente idênticas às células-tronco embrionárias, que conseguem dar origem a todos os tecidos do corpo. Em laboratório, as células iPS são revertidas ao estado embrionário por meio de manipulação genética. (Revista Galileu, maio 2009.).

Assinale a alternativa correta: a) Somente as afirmativas I e II estão corretas. b) Somente as afirmativas I e IV estão corretas. c) Somente as afirmativas II e III estão corretas. 41


Na reportagem, cientistas acenaram com a possibilidade de uma criança ser gerada com o material genético de dois pais, necessitando de uma mulher apenas para a “barriga de aluguel”. Um dos pais doaria o espermatozoide e o outro uma amostra de células da pele que, revertidas ao estado iPS, dariam origem à um ovócito pronto para ser fecundado in vitro. Isto ocorrendo, a criança a) necessariamente seria do sexo masculino. b) necessariamente seria do sexo feminino. c) poderia ser um menino ou uma menina. d) seria clone genético do homem que forneceu o espermatozoide. e) seria clone genético do homem que forneceu a célula da pele.

4.

(VUNESP_2009) CONQUISTAR)

(AULA

21

e

25

d) 50% dos genes nucleares de Booger, 50% dos genes nucleares da fêmea pit bull e 100% dos genes mitocondriais da fêmea na qual ocorreu a gestação. e) 50% dos genes nucleares de Booger, 50% dos genes nucleares e 50% dos genes mitocondriais da fêmea pit bull e 50% dos genes mitocondriais da fêmea na qual ocorreu a gestação.

5.

(VUNESP_2009) CONQUISTAR)

(AULA

21

e

25

O dogma central da biologia, segundo o qual o DNA transcreve RNA e este orienta a síntese de proteínas, precisou ser revisto quando se descobriu que alguns tipos de vírus têm RNA por material genético. Nesses organismos, esse RNA orienta a transcrição de DNA, num processo denominado transcrição reversa. A mesma só é possível quando a) a célula hospedeira do vírus tem em seu DNA nuclear genes para a enzima transcriptase reversa. b) a célula hospedeira do vírus incorpora ao seu DNA o RNA viral, que codifica a proteína transcriptase reversa. c) a célula hospedeira do vírus apresenta no interior de seu núcleo proteínas que promovem a transcrição de RNA para DNA. d) o vírus de RNA incorpora o material genético de um vírus de DNA, que contém genes para a enzima transcriptase reversa. e) o vírus apresenta no interior de sua cápsula proteínas que promovem na célula hospedeira a transcrição de RNA para DNA.

Empresa coreana apresenta cães feitos em clonagem comercial. Cientistas sul-coreanos apresentaram cinco clones de um cachorro e afirmam que a clonagem é a primeira realizada com sucesso para fins comerciais. A clonagem foi feita pela companhia de biotecnologia a pedido de uma cliente norte-americana, que pagou por cinco cópias idênticas de seu falecido cão pit bull chamado Booger. Para fazer o clone, os cientistas utilizaram núcleos de células retiradas da orelha do pit bull original, os quais foram inseridos em óvulos anucleados de uma fêmea da mesma raça, e posteriormente implantados em barrigas de aluguel de outras cadelas. (Correio do Brasil, 05.08.2008. Adaptado.) Pode-se afirmar que cada um desses clones apresenta a) 100% dos genes nucleares de Booger, 100% dos genes mitocondriais da fêmea pit bull e nenhum material genético da fêmea na qual ocorreu a gestação. b) 100% dos genes nucleares de Booger, 50% dos genes mitocondriais da fêmea pit bull e 50% dos genes mitocondriais da fêmea na qual ocorreu a gestação. c) 100% dos genes nucleares de Booger, 50% dos genes mitocondriais de Booger, 50% do genes mitocondriais da fêmea pit bull e nenhum material genético da fêmea na qual ocorreu a gestação.

42


GABARITO COMENTADO DO EXERCITANDO

Resposta da questão 1: D Alternativa II refere-se a células eucariontes que fazem conversão de DNA em RNA no núcleo através da transcrição com leves alterações (T por U). A alternativa IV se refere a 5 trincas (códons) ou 15 bases nitrogenadas que realizam síntese proteica. Resposta da questão 2: D Os genes do coelho injetados no zigoto do camundongo passam a fazer parte de todas as células do animal, isto é, da linhagem somática e da linhagem germinativa do camundongo. Assim, o camundongo transgênico transmitiu os genes do coelho para todos os seus descendentes, via linhagem germinativa. Resposta da questão 3: C Como o homem apresenta, em termos de cromossomos sexuais, a composição XY, pode originar gametas (espermatozoides ou “óvulos”, estes últimos por meio da tecnologia citada) portadores do cromossomo X ou do cromossomo Y. Assim, o encontro desses gametas poderá gerar meninos (XY) ou meninas (XX). Resposta da questão 4: A Clonagem é uma técnica que se utiliza, como diz o texto, “os cientistas utilizaram núcleos de células retiradas da orelha do pit bull original, os quais foram inseridos em óvulos anucleados de uma fêmea da mesma raça”, sendo que as barrigas de aluguel não influenciam em nada geneticamente. Resposta da questão 5: E É que para o retrovírus ter o controle da célula hospedeira e manipular sua síntese proteica se faz necessário à formação do DNA retroviral para se anexar ao DNA celular.

43


AULA 53

Revisão UEA – Funções Orgânicas, Reação de Combustão e Geometria Molecular

1. Funçoes Orgânicas (AULA 23 – CONQUISTAR)

2. Reação de combustão completa ou total (AULA 49 – CONQUISTAR ) COMPOSTO ORGÂNICO + O2 Exemplo: combustão do etanol

44

CO2 + H2O


1. (UEA 2014) (AULA 23 – CONQUISTAR) O número de átomos de carbono na estrutura da oleína é igual a

3. Geometria Molecular e Polaridade (AULA 26 – CONQUISTAR)

a) 16. b) 18. c) 19. d) 20. e) 17.

Geometria Molecular

2. (UEA 2014) (AULA 23 – CONQUISTAR) Na estrutura da oleína são encontrados grupos funcionais característicos da função orgânica a) ácido carboxílico. b) álcool. c) cetona. d) aldeído.

3. (UEA 2014) (AULA 49 – CONQUISTAR ) Na apresentação de um projeto de química sobre reatividade de produtos caseiros, vinagre e bicarbonato de sódio (NaHCO3) foram misturados em uma garrafa plástica; em seguida, uma bexiga vazia foi acoplada à boca da garrafa. A imagem apresenta o momento final do experimento.

a

EXERCITANDO

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: O óleo da amêndoa da andiroba, árvore de grande porte encontrada na região da Floresta Amazônica, tem aplicações medicinais como antisséptico, cicatrizante e anti-inflamatório. Um dos principais constituintes desse óleo é a oleína, cuja estrutura química está representada a seguir.

O gás coletado na bexiga foi o a) NO2. b) CO2. c) H2. d) O2. e) N2.

45


tamente que as geometrias moleculares e as polaridades das moléculas de água e de gás carbônico são, respectivamente. Dados: H (Z= 1 ), O (Z= 8 ) , C(Z= 6 )

4. (UEA 2017) (AULA 23 – CONQUISTAR ) A fórmula representa a estrutura do composto conhecido como EDTA, empregado em análises químicas, na indústria alimentícia e de cosméticos, entre outras aplicações.

a) linear e polar; angular e apolar. b) angular e apolar; linear e apolar. c) angular e polar; linear e polar. d) angular e polar; linear e apolar. e) linear e apolar; angular e polar.

7. (IFSUL 2015) (AULA 26 – CONQUISTAR ) O nitrogênio gasoso, N2 , é o gás mais abundante no ar atmosférico, já o nitrogênio líquido é utilizado em cirurgias a baixas temperaturas. Qual alternativa corresponde à geometria e ao tipo de força intermolecular nas moléculas do nitrogênio líquido? Dado N= (Z= 7 ) As funções orgânicas presentes no EDTA são a) ácido carboxílico e amida. b) éster e amina. c) aldeído e amina. d) ácido carboxílico e amina. e) éster e amida.

a) Linear e dipolo induzido. b) Angular e dipolo induzido. c) Linear e dipolo permanente. d) Angular e dipolo permanente.

5. (UEA 2014) (AULA 49 –CONQUISTAR ) O óleo diesel, principal combustível utilizado nas pequenas e médias embarcações de transporte fluvial, é derivado do petróleo e constituído basicamente por hidrocarbonetos. Na combustão completa de 1mol de moléculas de um hidrocarboneto, alcano com 16 átomos de carbono, são produzidos a) 18 mol de moléculas de H2O. b) 19 mol de moléculas de H2O. c) 17 mol de moléculas de H2O. d) 16 mol de moléculas de H2O. e) 15 mol de moléculas de H2O.

6. (UEA 2014) (AULA 26 – CONQUISTAR ) A queima de florestas é uma das imagens mais negativas do Brasil no exterior. Durante a queima são liberadas toneladas de gás carbônico (CO2), um dos gases do efeito estufa. A derrubada de florestas altera o equilíbrio ecológico da região, interferindo no ciclo das chuvas (precipitação de H2O) e na fertilidade do solo. Pode-se afirmar corre46


GABARITO COMENTANDO DO EXERCITANDO

Resposta da questão 1: [B] Comentário: O número de átomos de carbono na estrutura da oleína é igual a 18.

Resposta da questão 2: [A] Comentário: R – COOH áCIDO CARBOXÍLICO Resposta da questão 3: [B] Comentário: ácido acético + bicarbonato de sódio→ acetato de sódio + ácido carbônico. Resposta da questão 4: [D] Comentário: ácido carboxílico R –COOH e amina terciária. Resposta da questão 5: [C] Comentário: reação de combustão completa ou total do alcano. Resposta da questão 6: [D] Comentário: água angular e polar. Resposta da questão 7: [A] Comentário: A ligação entre o nitrogênio gasoso, será: (linear, 180) Trata-se, portanto, de uma ligação apolar (formada entre átomos iguais) dipolo induzido = molécula apolar.

47


AULA 55

Revisão UEA – Métodos de separação das misturas Homogêneas e Heterogêneas, Estrutura atômica e Modelos atômicos

Método de separação de misturas (AULA 02 - CONQUISTAR)

Estrutura atômica (AULA 05 - CONQUISTAR)

Modelos atômicos (AULA 03 - CONQUISTAR)

48


EXERCITANDO

a

1. (Uea 2014) (AULA 05 – CONQUISTAR ) Um aluno recebeu, na sua página de rede social, uma foto mostrando fogos de artifícios. No dia seguinte, na sequência das aulas de modelos atômicos e estrutura atômica, o aluno comentou com o professor a respeito da imagem recebida, relacionando-a com o assunto que estava sendo trabalhado, conforme mostra a foto.

Assinale a alternativa que correlaciona o modelo atômico com a sua respectiva representação gráfica. a) I - Thomson, II - Dalton, III - Rutherford b) I - Rutherford, II - Thomson, III - Dalton. c) I - Dalton, II - Rutherford-Bohr, III - Thomson. d) I - Dalton, II - Thomson, III - Rutherford e) I - Thomson, II - Rutherford-Bohr, III - Dalton. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Água coletada em Fukushima em 2013 revela radioatividade recorde A empresa responsável pela operação da usina nuclear de Fukushima, Tokyo Electric Power (Tepco), informou que as amostras de água coletadas na central em julho de 2013 continham um nível recorde de radioatividade, cinco vezes maior que o detectado originalmente. A Tepco explicou que uma nova medição revelou que o líquido, coletado de um poço de observação entre os reatores 1 e 2 da fábrica, continha nível recorde do isótopo radioativo estrôncio-90. (www.folha.uol.com.br. Adaptado.)

Legenda das cores Na amarelo

Ba

Cu

verde

azul

Sr vermelho

Ti branco metálico

3. (Unesp 2014) (AULA 05 – CONQUISTAR ) O estrôncio-90, 90 38 Sr, é o principal isótopo desse elemento químico encontrado nos reatores nucleares. Sobre esse isótopo, é correto afirmar que seu cátion bivalente possui a) 38 prótons, 50 nêutrons e 36 elétrons. b) 36 prótons, 52 nêutrons e 38 elétrons. c) 38 prótons, 50 nêutrons e 38 elétrons. d) 38 prótons, 52 nêutrons e 36 elétrons. e) 36 prótons, 52 nêutrons e 36 elétrons.

O isótopo com número de massa 137 do elemento químico relacionado com a cor verde, indicada na figura, apresenta número de nêutrons igual a a) 137. b) 56. c) 193. d) 81. e) 48.

2. (Ufjf-pism 1 2016) (AULA 03 CONQUISTAR ) Desde a Grécia antiga, filósofos e cientistas vêm levantando hipóteses sobre a constituição da matéria. Demócrito foi uns dos primeiros filósofos a propor que a matéria era constituída por partículas muito pequenas e indivisíveis, as quais chamaram de átomos. A partir de então, vários modelos atômicos foram formulados, à medida que novos e melhores métodos de investigação foram sendo desenvolvidos. A seguir, são apresentadas as representações gráficas de alguns modelos atômicos:

4. (Ufpr 2017) (AULA 05 – CONQUISTAR ) As propriedades das substâncias químicas podem ser previstas a partir das configurações eletrônicas dos seus elementos. De posse do número atômico, pode-se fazer a distribuição eletrônica e localizar a posição de um elemento na tabela periódica, ou mesmo prever as configurações dos seus íons.

49


Sendo o cálcio pertencente ao grupo dos alcalinos terrosos e possuindo número atômico Z  20, a configuração eletrônica do seu cátion bivalente é: 2

2

6

a) 1 s 2 s 2 p 3 s

GABARITO COMENTANDO DO EXERCITANDO

Resposta da questão 1: [ D ] Comentário : N = A – Z N = 137 – 56 = 81

2

b) 1 s2 2 s2 2 p6 3 s2 3 p6 2

2

6

2

6

Resposta da questão 2: [D] Comentário : [I] Dalton, que propôs uma ideia de átomo: maciço, indivisível e indestrutível, semelhante a um “bola de bilhar”. [II] Thomson, sua proposta era que o átomo seria uma esfera positiva, com cargas negativas incrustadas. [III] Rutherford baseado no experimento, onde bombardeou com partículas alfa, uma fina lâmina de ouro, constatou que o átomo era composto por imensos espaços vazios, onde os elétrons orbitam ao redor de um núcleo pequeno e positivo, numa região chamada de eletrosfera.

2

c) 1 s 2 s 2 p 3 s 3 p 4 s

d) 1 s2 2 s2 2 p6 3 s2 3 p6 4 s2 3 d2 e) 1 s2 2 s2 2 p6 3 s2 3 p6 4 s2 4 p2

5. (G1 - cftrj 2012) (AULA 02 – CONQUISTAR ) Um químico deseja separar todos os componentes que constituem um sistema heterogêneo formado pela mistura de um álcool, de uma base, areia e de um óleo. Determine o processo de separação adequado em X, Y e Z, sabendo que a base é um granulado solúvel no álcool.

Resposta da questão 3: [D] Comentário 2 Cátion bivalente: 90 38 Sr Assim, teremos: nº de prótons = 38 nº de nêutrons: N=A-Z N = 90 – 38 = 52 n° de elétrons = 38 – 2 (pois o estrôncio perdeu 2e-) = 36

Resposta da questão 4: [B] Comentário : Configuração eletrônica do cátion bivalente do cálcio:

a) X = dissolução fracionada, Y = sifonação e Z = filtração. b) X = decantação, Y = sedimentação e Z = filtração. c) X = filtração, Y = decantação e Z = destilação simples. d) X = sedimentação, Y = filtração e Z = destilação simples.

2 2 6 2 6 2 20 Ca : 1s 2s 2p 3s 3p 4s 2 : 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s0 20 Ca 2 : 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 20 Ca

Resposta da questão 5: [C] Comentário Teremos:

50


AULA 53

RevisĂŁo UEA – Mecânica I

ď‚&#x;Velocidade mĂŠdia

đ?‘Ł =

∆đ?‘† ∆đ?‘Ą

đ?‘Ž =

∆đ?‘Ł ∆đ?‘Ą

ď‚&#x;Aceleração mĂŠdia

Leis de Newton

1ª Lei: Princípio da inÊrcia 2ª Lei: Princípio Fundamental da Dinâmica

đ??š = đ?‘š. đ?‘Ž

Movimento Uniforme

3ª Lei: Princípio da ação e reação

v – constante e a = 0. � = � + �. �

Movimento Uniformemente variado v – variåvel e a ≠0. � � = � + � .� + .� 2

Energia Mecânica

đ?‘Ł = đ?‘Ł + đ?‘Ž. đ?‘Ą đ?‘Ł = đ?‘Ł

���� = �� + ��

+ 2. đ?‘Ž. ∆đ?‘†

đ?‘Źđ?’„ =

đ?’Ž. đ?’—đ?&#x;? đ?&#x;?

đ?‘Źđ?‘ˇđ?‘Ž = đ?’Ž. đ?’ˆ. đ?’‰ đ?‘Źđ?‘ˇđ?‘Ź = 51

đ?‘˛. đ?‘żđ?&#x;? đ?&#x;?


2. (AULA 3 - CONQUISTAR)

(Unesp 2018) Um foguete lançador de satÊlites, partindo do repouso, atinge a velocidade de 5.400 km h após 50 segundos. Supondo que esse foguete se desloque em trajetória retilínea, sua aceleração escalar mÊdia Ê de a) 30 m s2 . b) 150 m s2 . c) 388 m s2 . d) 108 m s2 . e) 54 m s2 .

3. (AULA 20 - CONQUISTAR)

PressĂŁo HidrostĂĄtica đ?’‘đ?’‰đ?’Šđ?’…đ?’“đ?’?đ?’”đ?’•ĂĄđ?’•đ?’Šđ?’„đ?’‚ = đ?’…. đ?’ˆ. đ?’‰

(Unesp 2018) A tirolesa Ê uma pråtica recreativa na qual uma pessoa, presa a um sistema de roldanas que permite o controle da velocidade, desliza por um cabo tensionado. A figura mostra uma pessoa praticando tirolesa e quatro possíveis direçþes e sentidos da força resultante sobre ela.

EXERCITANDO

a

1. (AULA 1 e 2 - CONQUISTAR)

Supondo que, em dado instante, a pessoa desce em movimento acelerado, a força resultante sobre ela tem a) intensidade nula. b) direção e sentido indicados pela seta 3. c) direção e sentido indicados pela seta 1. d) direção e sentido indicados pela seta 4. e) direção e sentido indicados pela seta 2.

(Unesp 2018) Juliana pratica corridas e consegue correr 5,0 km em meia hora. Seu próximo desafio Ê participar da corrida de São Silvestre, cujo percurso Ê de 15 km. Como Ê uma distância maior do que a que estå acostumada a correr, seu instrutor orientou que diminuísse sua velocidade mÊdia habitual em 40% durante a nova prova. Se seguir a orientação de seu instrutor, Juliana completarå a corrida de São Silvestre em

4. (AULA 36 - CONQUISTAR)

a) 2h 40min.

(Unesp 2018) Uma minicama elĂĄstica ĂŠ constituĂ­da por uma superfĂ­cie elĂĄstica presa a um aro lateral por 32 molas idĂŞnticas, como mostra a figura. Quando uma pessoa salta sobre esta minicama, transfere para ela uma quantidade de energia que ĂŠ absorvida pela superfĂ­cie elĂĄstica e pelas molas.

b) 3h 00min. c) 2h 15 min. d) 2h 30min. e) 1h 52min.

52


Considere que, ao saltar sobre uma dessas mini camas, uma pessoa transfira para ela uma quantidade de energia igual a 160 J, que 45% dessa energia seja distribuída igualmente entre as 32 molas e que cada uma delas se distenda 3,0 mm. Nessa situação, a constante elástica de cada mola, em N m, vale a) 5,0  105. b) 1,6  101. c) 3,2  103. d) 5,0  103. e) 3,2  100.

5. (AULA 48 e 49 - CONQUISTAR)

(Unesp 2018) No processo de respiração, o ar flui para dentro e para fora dos pulmões devido às diferenças de pressão, de modo que, quando não há fluxo de ar, a pressão no interior dos alvéolos é igual à pressão atmosférica. Na inspiração, o volume da cavidade torácica aumenta, reduzindo a pressão alveolar de um valor próximo ao de uma coluna de 2,0 cm de H2O (água). Considerando a aceleração gravitacional igual a 10 m s2 e a massa específica da água igual a 1,0  103 kg m3 , a variação da pressão hidrostática correspondente a uma coluna de 2,0 cm de H2O é a) 2,0  101 Pa. b) 0,5  103 Pa. c) 0,5  102 Pa. d) 2,0  102 Pa. e) 2,0  103 Pa.

GABARITO DO EXERCITANDO 1-D

53

2-A

3-E

4-A

5-D


AULA 54

RevisĂŁo UEA – Mecânica II

Teorema de Stevin (AULA 49 -CONQUISTAR)

a

đ?‘? − đ?‘? = đ?‘‘. đ?‘”. â„Ž

EXERCITANDO

1. (AULA 50 - CONQUISTAR)

Vasos comunicantes

(Unesp 2016) Um filhote de cachorro cochila dentro de uma semiesfera de plĂĄstico de raio 10 cm, a qual flutua em uma piscina de ĂĄguas paradas, totalmente submersa e em equilĂ­brio, sem que a ĂĄgua entre nela.

đ?‘‘ .â„Ž = đ?‘‘ .â„Ž Teorema de Pascal (AULA 50 -CONQUISTAR) ∆đ?‘? = ∆đ?‘? Prensa hidrĂĄulica

đ??š đ??š = đ??´ đ??´ PrincĂ­pio de Arquimedes (AULA 50 -CONQUISTAR)

đ??¸ = đ?‘ƒĂ­ đ??¸ = đ?‘‘. đ?‘‰. đ?‘” Leis de Kepler (AULA 42 -CONQUISTAR)

Desprezando a massa da semiesfera, considerando a densidade da ågua da piscina igual a 103 kg m3 , g  10 m s2 , π  3 e sabendo que o volume de uma esfera de raio R Ê dado pela ex-

4 ďƒ— Ď€ ďƒ— R3 , ĂŠ correto afirmar que a mas3 sa do cachorro, em kg, ĂŠ igual a a) 2,5. b) 2,0. c) 3,0. d) 3,5. e) 4,0. pressĂŁo V 

2. (AULA 49 - CONQUISTAR) (Unesp 2015) A figura representa uma cisterna com a forma de um cilindro circular reto de 4 m de altura instalada sob uma laje de concreto.

Considere que apenas 20% do volume dessa cisterna esteja ocupado por ĂĄgua. Sabendo que a densidade da ĂĄgua ĂŠ igual a 1000 kg / m3 , adotando g  10 m / s2 e supondo o sistema em equilĂ­brio, ĂŠ correto afirmar que, nessa situação, a pressĂŁo exercida apenas pela ĂĄgua no fundo horizontal da cisterna, em Pa, ĂŠ igual a 54


a) 2000. d) 4000.

b) 16000. e) 8000.

c) 1000.

3. (AULA 48 e 50 - CONQUISTAR)

(Unesp 2015) As figuras 1 e 2 representam uma pessoa segurando uma pedra de 12 kg e densidade 2  103 kg / m3 , ambas em repouso em relação à água de um lago calmo, em duas situações diferentes. Na figura 1, a pedra está totalmente imersa na água e, na figura 2, apenas um quarto dela está imerso. Para manter a pedra em repouso na situação da figura 1, a pessoa exerce sobre ela uma força vertical para cima, constante e de módulo F1. Para mantê-la em repouso na situação da figura 2, exerce sobre ela uma força vertical para cima, constante e de módulo F2 .

A figura 2 representa o mesmo reservatório apoiado de um modo diferente sobre a mesma superfície horizontal e com a mesma quantidade de água dentro dele.

Considerando o sistema em equilíbrio nas duas situações e sendo P2 a pressão hidrostática exercida pela água no fundo do reservatório na segunda situação, é correto afirmar que P a) P2  P1 b) P2  4  P1 c) P2  1 2 P1 d) P2  2  P1 e) P2  4

Considerando a densidade da água igual a 3

10 kg / m3 e g  10 m / s2 , é correto afirmar que a diferença F2  F1, em newtons, é igual a

a) b) c) d) e)

5. (AULA 42 - CONQUISTAR)

60. 75. 45. 30. 15.

(Unesp 2014) Saturno é o sexto planeta a partir do Sol e o segundo maior, em tamanho, do sistema solar. Hoje, são conhecidos mais de sessenta satélites naturais de Saturno, sendo que o maior deles, Titã, está a uma distância média de 1 200 000 km de Saturno e tem um período de translação de, aproximadamente, 16 dias terrestres ao redor do planeta.

4. (AULA 48 e 49 - CONQUISTAR)

(Unesp 2014) Um reservatório tem a forma de um paralelepípedo reto-retângulo com dimensões 2 m, 3 m e 4 m. A figura 1 o representa apoiado sobre uma superfície plana horizontal, com determinado volume de água dentro dele, até a altura de 2 m. Nessa situação, a pressão hidrostática exercida pela água no fundo do reservatório é P1.

55


Tétis é outro dos maiores satélites de Saturno e está a uma distância média de Saturno de 300 000 km. O período aproximado de translação de Tétis ao redor de Saturno, em dias terrestres, é a) 4. b) 2. c) 6. d) 8. e) 10.

GABARITO DO EXERCITANDO 1-B

56

2-E

3-C

4-C

5-B


AULA 57

Revisão UEA – Eletrostática

Princípios da Eletrostática

Força elétrica

(AULA 05 - CONQUISTAR)

(AULA 08 - CONQUISTAR)

Fe  K 0 .

1º) Princípio da conservação das cargas elétricas Qinicial = Qfinal

Q1 . Q2 d2

Fe  q .E 2º) Princípio da atração e repulsão

E  K0 .

Cargas de sinais opostos se atraem e de sinais iguais se repelem.

Q d2

E.d  U, onde U= VA  VB

Campo elétrico (AULAS 08 e 10 - CONQUISTAR)

Fe  q .E E  K0 .

Q

d2 E.d  U, onde U= VA  VB

a

Eletrização

EXERCITANDO

1. (Unesp 1992) (AULA 08 - CONQUISTAR) Na figura adiante, o ponto P está equidistante das cargas fixas + Q e - Q. Qual dos vetores indica a direção e o sentido do campo elétrico em P, devido a essas cargas?

(AULA 05 - CONQUISTAR) Atrito: os corpos ficam com sinais opostos.

Contato: os corpos ficam com sinais iguais.

2. (Unesp 2018) (AULA 08 - CONQUISTAR) Suponha uma pequeníssima esfera contendo 12 nêutrons, 11 prótons e 10 elétrons, ao redor da qual gira um elétron a 1,6  1010 m de seu centro, no vácuo.

Indução: os corpos ficam com sinais opostos.

Considerando a carga elementar e  1,6  1019 C e a constante eletrostática do vácuo

k 0  9  109 N  m2 C2 , a intensidade da força elétrica entre a esfera e o elétron é

57


a) 5,6  10 10 N.

b) 9,0  109 N.

c) 1,4  10 9 N.

d) 1,4  1012 N.

e) 9,0  1012 N.

3. (Unesp 2017) (AULA 10 - CONQUISTAR) Três esferas puntiformes, eletrizadas com cargas elétricas q1  q2  Q e q3  –2Q, estão fixas e dispostas sobre uma circunferência de raio r e centro C, em uma região onde a constante eletrostática é igual a k 0 , conforme representado na figura.

A figura 3 representa um fragmento ampliado dessa membrana, de espessura d, que está sob ação de um campo elétrico uniforme, representado na figura por suas linhas de força paralelas entre si e orientadas para cima. A diferença de potencial entre o meio intracelular e o extracelular é V. Considerando a carga elétrica elementar como e, o íon de potássio K  , indicado na figura 3, sob ação desse campo elétrico, ficaria sujeito a uma força elétrica cujo módulo pode ser escrito por a) e  V  d ed b) V V d c) e e d) V d eV e) d

Considere VC o potencial eletrostático e EC o módulo do campo elétrico no ponto C devido às três cargas. Os valores de VC e EC são, respectivamente, 4  k0  Q a) zero e r2 k Q 4  k0  Q b) e 0 r r2 c) zero e zero 2  k0  Q 2  k0  Q d) e r r2 2  k0  Q e) zero e r2

4.

(Unesp 2015) (AULAS 08 e 10 CONQUISTAR) Modelos elétricos são frequentemente utilizados para explicar a transmissão de informações em diversos sistemas do corpo humano. O sistema nervoso, por exemplo, é composto por neurônios (figura 1), células delimitadas por uma fina membrana lipoproteica que separa o meio intracelular do meio extracelular. A parte interna da membrana é negativamente carregada e a parte externa possui carga positiva (figura 2), de maneira análoga ao que ocorre nas placas de um capacitor.

5. (Unesp 2015) (AULA 05 e 08 - CONQUISTAR)

Em um experimento de eletrostática, um estudante dispunha de três esferas metálicas idênticas, A, B e C, eletrizadas, no ar, com cargas elétricas 5Q, 3Q e 2Q, respectivamente.

58


Utilizando luvas de borracha, o estudante coloca as três esferas simultaneamente em contato e, depois de separá-las, suspende A e C por fios de seda, mantendo-as próximas. Verifica, então, que elas interagem eletricamente, permanecendo em equilíbrio estático a uma distância d uma da outra. Sendo k a constante eletrostática do ar, assinale a alternativa que contém a correta representação da configuração de equilíbrio envolvendo as esferas A e C e a intensidade da força de interação elétrica entre elas.

GABARITO COMENTADO DO EXERCITANDO

Resposta da questão 1: [C]

a)

Resposta da questão 2: [B] Dado que a esfera possui 11 prótons e 10 elétrons, sua carga efetiva é de 1,6  1019 C e a força entre ela e o elétron será atrativa. Cálculo da intensidade da força elétrica: k qe F d2

b)

F c)

9  109  1,6  1019

1,6  10  10

2

2

 F  9  109 N Resposta da questão 3: [E] O potencial elétrico de uma carga puntiforme é uma grandeza escalar dado pela expressão: k Q V 0 . Assim, o potencial elétrico resultante no r centro C da circunferência é: k  Q k 0  Q k 0   2Q  VC  0    VC  0 r r r A figura mostra o vetor campo elétrico no centro C da circunferência devido a cada uma das cargas.

d)

e)

A intensidade do vetor campo elétrico resultante nesse ponto é: EC  E3 

59

k 0  | q3 | r

2

k 0  | 2Q | r

2

EC 

2  k0  Q r2


Resposta da questão 4: [E]  V E d  V  E  d   F  q E  F  e E 

eV . d

F

Resposta da questão 5: [B] Calculando a carga final (Q') de cada esfera é aplicando a lei de Coulomb; vem: ' ' Q'A  QB  QC  Q' 

F

k Q'A Q'C 2

d

Q A  QB  QC 5 Q  3 Q  2Q   Q'  2 Q. 3 3 2

k2 Q  2

d

F

4 k Q2 d2

.

Como as cargas têm mesmo sinal, as forças repulsivas (ação-reação) têm mesma intensidade.

60


AULA 48

Revisão UEA - Globalização, China e Demografia Mundial

Globalização

China (AULA 4 – CONQUISTAR)

(AULA 6 – CONQUISTAR)

A China atualmente é a segunda maior economia do mundo e tem aumentado substancialmente sua influência no mundo, chegando a ameaçar a hegemonia dos Estados Unidos no comércio mundial.

Conceito A globalização pode ser entendida como um processo de “integração” de viés econômico, social, político e cultural entre sociedades a nível global.

 A abertura do dragão Deng Xiao Ping (1978) Zonas Econômicas Especiais (ZEES) Política: Unipartidarismo (PCC) Em 2015 a China passou a adotar a política antinatalista dos “Dois filhos” Tem ampliado suas relações comerciais com a Rússia e demais países em desenvolvimento Influencia diretamente o preço mundial das commodities Planeja efetivar a “Nova Rota da Seda” É possuidora de grandes áreas de “Terras Raras” Recebe duras críticas internacionais em relação ao desrespeito dos direitos humanos

Características Da Globalização

Demografia Mundial (AULA 7– CONQUISTAR)  Formação de grandes blocos econômicos.  Emergência de novos atores econômicos a nível mundial.  Surgimento de “moedas virtuais”.  Hibridização cultural  Fortalecimento da indústria do entretenimento  Consolidação de novos temas de debates internacionais  Inclusão x Exclusão  Aldeia Global, mito ou realidade?

Conceito É uma área do conhecimento humano relacionado à Geografia que estuda a dinâmica populacional 61


 Maior inserção da mulher no mercado de trabalho e aumento da escolaridade  Urbanização acelerada  Maior acesso a informação e métodos anticonceptivos Novos comportamentos sociais (Hedonismo e Narcisismo)

Conceitos demográficos

a

EXERCITANDO

1.(Unesp 2017 - AULA 4 – CONQUISTAR) Criado em resposta às crises econômicas do final da década de 1990, o G-20 reflete o contexto de a) unilateralidade da antiga ordem mundial, marcada pela supremacia britânica no Conselho de Segurança das Nações Unidas. b) bipolaridade da antiga ordem mundial, caracterizada pela estabilidade financeira dos países desenvolvidos e subdesenvolvidos. c) multipolaridade da antiga ordem mundial, marcada pelo fortalecimento da cooperação entre blocos econômicos. d) multipolaridade da nova ordem mundial, caracterizada pela diversidade de interesses das economias industrializadas e emergentes. e) bipolaridade da nova ordem mundial, caracterizada pelo controle estadunidense e soviético das instituições financeiras internacionais.

Taxa de Natalidade N° de nascimento em um ano dividido pela população absoluta x 1000. Taxa de Mortalidade N° de óbitos em um ano dividido pela população absoluta x 1000. Crescimento Vegetativo ou Natural É a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade. O Crescimento Vegetativo pode ser Positivo ou Negativo.

Fatores para a redução da fecundidade 2. (Unesp 2014- AULA 4 – CONQUISTAR) O processo de mundialização do sistema capitalista sempre esteve apoiado na difusão de políticas econômicas e na constituição de determinadas lógicas geopolíticas e geoeconômicas de organização do espaço mundial. Constituem-se em política econômica e em lógica capitalista de ordenamento do espaço mundial no período atual: a) o keynesianismo e o colonialismo. b) o desenvolvimentismo e o neocolonialismo. c) o neoliberalismo e a globalização. d) o mercantilismo e a descolonização. e) o liberalismo e o imperialismo.

62


3.(Unesp 2011 – AULA 7 – CONQUISTAR)

5. (Unesp 2000 – AULA 7 – CONQUISTAR)

Analise o gráfico sobre a evolução ocorrida e a perspectiva de crescimento da população mundial no período de 1950 a 2050.

Com relação às características populacionais do Japão, é verdadeiro afirmar que apresenta a) alta taxa de natalidade, alta densidade demográfica e baixa expectativa de vida. b) alta taxa de crescimento vegetativo, baixa densidade demográfica e predomínio de população rural. c) baixa taxa de crescimento vegetativo, alta expectativa de vida e predomínio de população urbana. d) grande fluxo emigratório, predomínio de população urbana e baixa densidade demográfica. e) alta taxa de mortalidade, predomínio de população rural e alta expectativa de vida.

6. (Uerj 2017 – AULA 6 – CONQUISTAR)

A partir da análise do gráfico, pode-se afirmar que a) a população da América do Norte apresenta um expressivo crescimento populacional no período de 1950 a 2050, superando a taxa de crescimento da África. b) a Ásia apresenta o maior total absoluto da população mundial, mas perde para a Oceania no ritmo do crescimento populacional em termos relativos, em todo o período analisado. c) a Europa, no período de 2005 a 2050, projeta um crescimento negativo, com índices que mostram uma redução populacional. d) a África apresenta o menor crescimento em termos absolutos no período de 1950 a 2050, perdendo sua posição de segunda colocada entre as regiões mais populosas do mundo. e) a América do Norte apresenta o maior crescimento populacional em termos absolutos no período de 1950 a 2050 e é mais populosa do que a América Latina e Caribe.

As agências de classificação de risco avaliam a maior ou menor possibilidade de prejuízo que cada país oferece aos investidores, principalmente em função do grau de estabilidade política e econômica desses mesmos países. Com base no mapa, é possível reconhecer que a China tem grande peso como investidor em dois grupos de países classificados como de alto risco. O primeiro grupo é o dos aliados políticos, como o Irã e a Coreia do Norte. Já o segundo grupo inclui as nações nas quais os chineses possuem um forte interesse comercial. Um fator econômico prioritário que justifica esse interesse comercial é: a) incentivo à indústria local b) desenvolvimento de tecnologia c) acesso ao mercado consumidor d) suprimento de matérias-primas 63


GABARITO COMENTADO DO EXERCITANDO

Resposta da questão 6: [D] O crescimento dos investimentos da China em países de diferentes continentes como Coreia do Norte, Mianmar, Iraque, Angola, Serra Leoa, Equador, entre outros, apresenta o objetivo de garantir o suprimento de commodities (matérias primas e produtos semimanufaturados) minerais e agrícolas em direção ao mercado chinês. Assim, os investimentos são em setores como transportes (ferrovias, rodovias e portos), energia, agropecuária, aquisição de terras e mineração. A China é grande importadora de petróleo, minérios como ferro e soja.

Resposta da questão 1: [D] A Nova Ordem Mundial a partir da década de 1990 caracteriza-se pela globalização da economia capitalista, aumento dos conflitos étnicos, religiosos e separatistas, além da multipolaridade. A ordem multipolar é caracterizada pelas potências tradicionais (G7) e potências emergentes (BRICS). O G20 Financeiro ou Grandes Economias reúne 19 grandes economias (desenvolvidas e emergentes) e a União Europeia, sendo um exemplo de organização multipolar. Resposta da questão 2: [C] Como mencionado corretamente na alternativa [C], no século XXI, a economia mundial é caracterizada pela globalização cujos mercados são integrados pela lógica do “Estado mínimo”. Estão incorretas as alternativas seguintes porque mencionam praticas econômicas e políticas até o século XX. Resposta da questão 3: [C] A Europa tem apresentado há vários anos um decréscimo nas taxas de crescimento vegetativo em razão das baixíssimas taxas de natalidade que já tem reflexos nos dados estatísticos com um crescimento negativo de sua população como um todo, apesar das elevadas taxas de expectativa de vida. Resposta da questão 4: [B] Na atualidade, a China é a segunda maior economia do mundo, sendo um país subdesenvolvido e emergente. O país é socialista, com abertura para o capitalismo de mercado desde o final da década de 1970. Trata-se de uma potência global com acelerado crescimento de sua influência financeira, econômica e geopolítica. É o maior produtor industrial e o maior exportador do mundo. Também apresenta o maior mercado interno emergente do planeta, sendo também membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, da APEC (Fórum de Cooperação Econômica da Ásia e Pacífico) e do BRICS (grupo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Resposta da questão 5: [C] Nos últimos anos a taxa de fecundiade no Japão caiu consideravelmente. Esta queda acentuada, gerou consequencias no crescimento vegetative que obteve índice negative.

64


AULA 49

Revisão UEA - As categorias espaciais da GeografiaRegionalização Brasileira

Categorias Espaciais

É uma porção do espaço geográfico caracterizada por, em toda sua extensão, possuir um ou mais elementos em comum, e que a diferem das porções de espaço ao seu redor.

(AULA 1 - CONQUISTAR)

Conceito

Território

Categoria espacial, em Geografia, é como chamamos os conceitos-chave da compreensão espacial. Assim, o espaço, ao ser estudado pelo geógrafo, pode ser dividido em Espaço Geográfico, Lugar, Território, Região e Paisagem.

Em Geografia, é toda área que sofra relações de poder, em ampla significação.

Paisagem

Espaço Geográfico

É um recorte têmporo-espacial do espaço geográfico. Ao contrário do uso do termo no senso comum, em Geografia a paisagem não pode ser definida apenas como o aspecto visível ou uma imagem estática.

É a principal e a mais abrangente das categorias de análise espacial. Espaço geográfico é todo espaço que, de alguma forma, sofreu ou sofre interferência humana em sua composição.

Região

Lugar

É o espaço vivenciado cotidianamente pelo ser humano. O lugar é, dentre as categorias de análise geográfica, a mais abstrata, pois está intimamente relacionada à vivência do indivíduo. 65


a

Regionalização do Brasil (AULA 2 - CONQUISTAR)

EXERCITANDO

1. (UERJ2014) - (AULA 2 - CONQUISTAR)

As macrorregiões do Brasil

Faroeste caboclo

- Regionalização oficial do Brasil - Baseada no critério de similaridade - Divide o Brasil em cinco macrorregiões - Os limites das regiões se superpõem às fronteiras estaduais

− Não tinha medo o tal João de Santo Cristo. Era o que todos diziam quando ele se perdeu. Deixou pra trás todo o marasmo da fazenda (...) Ele queria sair para ver o mar E as coisas que ele via na televisão Juntou dinheiro para poder viajar De escolha própria, escolheu a solidão

Complexos Regionais ou Geoeconômicos - Regionalização optativa - Desenvolvida por Pedro Pinchas Geiger - Analisa as regiões a partir de uma análise socioeconômica - Os limites dos complexos não acompanham as fronteiras estaduais

(...) E encontrou um boiadeiro com quem foi falar (...) Dizia ele: − Estou indo pra Brasília Neste país lugar melhor não há. (...)

Brasis de Milton Santos

E João aceitou sua proposta E num ônibus entrou no Planalto Central Ele ficou bestificado com a cidade (...) E João não conseguiu o que queria quando veio pra Brasília, com o diabo ter Ele queria era falar pro presidente Pra ajudar toda essa gente Que só faz sofrer.

- Regionalização optativa - Regionalização que analisa a concentração dos fluxos informacionais, capitais, tecnológicos e de pessoas. - Tocantins está inserido na região centro-oeste.

Renato Russo, “Que país é este?”, EMI, 1987.

66


3. (Uece 2015) - (AULA 1 - CONQUISTAR)

O enredo do filme Faroeste caboclo, inspirado na letra da canção de Renato Russo, foi contado muitas vezes na literatura brasileira: o retirante que abandona o sertão em busca de melhores condições de vida. A existência de retirantes está associada fundamentalmente à seguinte característica da sociedade brasileira: a) expansão acelerada da violência urbana b) retração produtiva dos setores industriais c) disparidade econômica entre as regiões nacionais d) crescimento desordenado das áreas metropolitanas

“A caça é uma ocupação de alto risco. Até na vivificante floresta dos pigmeus há javalis e elefantes que podem se tornar violentos e ameaçadores quando encurralados. Os esquimós, ao contrário dos pigmeus, são grandes caçadores que precisam enfrentar enormes feras do mar e da terra (...). Mas os esquimós não temem os animais. Eles temem mais é a sua ausência – sua falta em tempos de necessidade.” (TUAN, Y-Fu. Paisagens do Medo. São Paulo: Ed. da UNESP, 2005)

O texto acima revela a) a relação entre o homem e a natureza enquanto processo de superação e domínio de territórios. b) que o constante estado de ansiedade em que os seres humanos vivem sugere processos ritualísticos para sua sobrevivência. c) a dimensão da paisagem em que pigmeus e esquimós comungam dos mesmos sentimentos produzindo, assim, os mesmos gêneros de vida. d) que as florestas são lugares turbulentos e devem ser evitados pelo homem.

2. (Uece 2017) - (AULA 1 - CONQUISTAR) Escreva V ou F, conforme seja verdadeiro ou falso o que se diz a seguir sobre os temas estudados pela ciência geográfica. ( ) A Geografia Política se interessa pelo modo segundo o qual um poder se exerce sobre um território, influenciando aqueles que o habitam. ( ) A descrição e a explicação das disparidades espaciais das epidemias e das diversas doenças, constitui o objeto de estudo da Geografia da Saúde, reveladora das desigualdades sociais e dos modos de gestão do território. ( ) Não existe em Geografia termos e conceitos que definam a relação entre fenômenos naturais e sociais, e por esta razão, a ciência se divide em Geografia Física e Geografia Humana. ( ) O determinismo geográfico defende a ideia, segundo a qual, se as causas de um fenômeno são conhecidas, e se essas causas são realizadas em um momento dado, está excluída a hipótese de que o fenômeno não possa ocorrer.

4. (Uepb 2014) - (AULA 1 - CONQUISTAR) Titulo da Música – Meu ____________________ Sambista Arlindo Cruz O meu tem samba até de manhã/ uma ginga em cada andar / o meu ____________________ é cercado de luta e suor / esperança de um mundo melhor / e cerveja pra comemorar / o meu ____________________ tem mitos e seres de luz / o meu ____________________ é sorriso, é paz e prazer / O seu nome é doce dizer / Madureira, lá laiá / ah meu ____________________ / a saudade me faz relembrar / dos amores que eu tive lá / é difícil esquecer / doce ____________________ / que é eterno no meu coração / aos poetas traz inspiração /pra contar e escrever / ah meu ____________________ / quem não viu a tia Eulalia dançar/ vó Maria o terreiro benzer / ah meu _____________________ / tem mil coisas pra gente dizer / difícil é saber terminar / Madureira lá laia.

Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: a) F, V, F, V. b) V, V, F, V. c) V, F, F, F. d) F, F, V, V.

Todos os conceitos abaixo são ferramentas de análise do espaço. De acordo com os seus conhecimentos sobre as categorias geográficas aplicadas ao espaço, identifique a que preenche as lacunas e se enquadra na música do Sambista Arlindo Cruz.

67


a) Lugar b) Espaço Geográfico c) Território d) Espaço Natural e) Espaço Humanizado

GABARITO COMENTADO DO EXERCITANDO Resposta da questão 1: [C] A alternativa [C] está correta porque o texto expõe o aspecto dúbio do conceito de região onde as regiões apresentam disparidades em relação ao contexto econômico e social.

5. (Ufu 2010) - (AULA 1 - CONQUISTAR) A Geografia se expressou e se expressa a partir de um conjunto de conceitos que, por vezes, são considerados erroneamente como equivalentes, a exemplo do uso do conceito de espaço geográfico como equivalente ao de paisagem, entre outros. Considerando os conceitos de espaço geográfico, paisagem, território e lugar, assinale a alternativa INCORRETA.

Resposta da questão 2: [B] VERDADEIRO – A geografia política considera as relações de poder na construção do espaço. VERDADEIRO – A geografia da saúde enfoca os fatores e variáveis que permitem compreender a relação entre o espaço e a disseminação de doenças. FALSO – A geografia trabalha a relação sociedade x natureza como forma de entender a construção do espaço. VERDADEIRO – O determinismo aceita a précondição como a efetivação do processo.

a) A paisagem geográfica é a parte visível do espaço e pode ser descrita a partir dos elementos ou dos objetos que a compõem. A paisagem é formada apenas por elementos naturais; quando os elementos humanos e sociais passam a integrar a paisagem, ela se torna sinônimo de espaço geográfico. b) O espaço geográfico é (re)construído pelas sociedades humanas ao longo do tempo, através do trabalho. Para tanto, as sociedades utilizam técnicas de que dispõem segundo o momento histórico que vivem, suas crenças e valores, normas e interesses econômicos. Assim, pode-se afirmar que o espaço geográfico é um produto social e histórico. c) O lugar é concebido como uma forma de tratamento geográfico do mundo vivido, pois é a parte do espaço onde vivemos, ou seja, é o espaço onde moramos, trabalhamos e estudamos, onde estabelecemos vínculos afetivos. d) Historicamente, a concepção de território associa-se à ideia de natureza e sociedade configuradas por um limite de extensão do poder. A categoria território possui uma relação estreita com a de paisagem e pode ser considerada como um conjunto de paisagens contido pelos limites políticos e administrativos de uma cidade, estado ou país.

Resposta da questão 3: [A] O texto faz referência a ambientes em que a sobrevivência depende do domínio territorial. Estão incorretas as alternativas: [B] Porque o texto não faz menções a rituais; [C] Porque os exemplos utilizados no texto não se identificam pelo gênero de vida; [D] Porque o texto não indica que a floresta deve ser evitada. Resposta da questão 4: [A] Como mencionado corretamente na alternativa [A], a letra da música usa o conceito de lugar, definido como o espaço percebido construído a partir da familiaridade ou rotina do homem. Estão incorretas as alternativas: [B], porque espaço geográfico é um conceito mais generalizado definido como sendo o produto das relações entre a sociedade e a natureza; [C], porque território é um espaço delimitado por fronteiras que presume uma relação de poder; [D], porque espaço natural compõe-se por elementos da natureza; [E], porque espaço humanizado presume a alteração do espaço pela sociedade. Resposta da questão 5: [A] Paisagem é tudo aquilo que nossa visão alcança podendo ser definida como domínio do visível. O espaço seria o conjunto de objetos e de relações que se realizam sobre esse objeto, resultado da ação dos homens sobre o próprio espaço. A alternativa [A] é incorreta, a paisagem também é formada por elementos humanos e sociais. 68


AULA 50

Revisão UEA - Urbanização Mundial e Brasileira

Urbanização Mundial

Urbanização Brasileia (AULA 13 – CONQUISTAR)

(AULA 14 – CONQUISTAR)

Conceito

 Início no litoral – Zona da Mata Nordestina.  Urbanização direcionada pelos ciclos econômicos.  Urbanização do país atrelada a industrialização  São Paulo é uma cidade global.  As Grandes cidades do Brasil vivenciam a Macrocefalia urbana.  As Cidades médias são as que mais crescem no país.  A migração pendular é tipicamente urbana  Apesar de possuírem sítios urbanos diferentes, as cidades brasileiras possuem problemas urbanos comuns.

É o processo de afastamento das características rurais de um lugar ou região, para características urbanas.

Conceitos Urbanos  Cidade – Critério Quantitativo: Necessário número mínimo de habitantes / Critério Políticoadministrativo: Cidade é a sede do município, ou seja, onde está instalada a prefeitura  Metrópole: Cidade com mais de 1 milhão de habitantes, exerce influência, possui os melhores equipamentos urbanos e recebe os maiores investimentos.  Conurbação: Junção espacial entre cidades

EXERCITANDO

a

 Megacidade: Cidade com mais de 10 milhões de habitantes

1. (Uece 2018) – (AULA 13 – CONQUISTAR) Escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir sobre as mais recentes características da vida urbana nas grandes cidades contemporâneas.

 Megalópole: Junção espacial entre metrópoles ou regiões metropolitanas  Metacidade: Cidade com mais de 30 milhões de habitantes

(

Problemas Urbanos     

Segregação socioespacial urbana Violência Urbana Déficit Habitacional Desemprego Estrutural Subememprego

(

69

) As cidades são lugares importantes para os acontecimentos da vida contemporânea, mas sua riqueza econômica não foi capaz de provocar distribuição mais equitativa de bens e serviços sob a ótica da justiça social. ) Nas grandes cidades, é cada vez mais comum a construção de muros físicos que dificultam a possiblidade de integração da vida comunitária, estabelecendo diferentes contrastes no que tange ao uso do solo e ao modo de vida.


(

(

3. (Ufrgs 2018) - (AULA 14 – CONQUISTAR) Observe a charge abaixo.

) Muitas áreas, antes subvalorizadas nas grandes cidades, passam por processos de reabilitação, nos quais a antiga infraestrutura é substituída por uma mais recente, exclusivamente voltada para a diminuição do deficit habitacional da população mais pobre. ) Nas grandes cidades, os movimentos sociais urbanos praticamente desapareceram, como resultado de conquistas sociais mais significativas, pela diminuição do uso especulativo do solo e pela gradativa redução das assimetrias socioespaciais.

Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: a) V, V, F, F. b) F, V, V, V. c) V, F, F, F. d) F, F, V, V.

Considere as afirmações sobre as desigualdades materializadas na paisagem urbana e representadas na charge. I. O intenso crescimento urbano permite a maior integração entre as pessoas, gerando espaços comuns a todos onde é possível usufruir de serviços eficientes, como segurança e saúde. II. As desigualdades entre diferentes grupos e classes sociais geram maiores disparidades de moradia, de acesso aos serviços públicos, de qualidade de vida e de segregação social. III. O medo da violência urbana impulsionou a criação de condomínios fechados, acentuando a exclusão social e reduzindo espaços urbanos públicos, o que propiciou o crescimento de espaços privados e de circulação restrita. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas II e III. e) I, II e III.

2. (G1 - cps 2018) - (AULA 13 – CONQUISTAR) A tabela apresenta os maiores centros urbanos do planeta em três diferentes momentos: 1900, 2001 e 2015.

Sobre a distribuição espacial dos grandes centros urbanos pelo mundo apresentados na tabela, é possível afirmar corretamente, que a) no final do século XIX, as maiores cidades estavam concentradas nos países subdesenvolvidos. b) no ano de 2015, a maioria das grandes aglomerações urbanas estava concentrada em um único continente. c) ano de 2001, duas das maiores aglomerações urbanas do planeta pertenciam à América Latina. d) nos três momentos registrados na tabela aparece, pelo menos, uma cidade do continente europeu. e) no ano de 2015, as três maiores aglomerações urbanas se encontravam no continente asiático.

4. (Usf 2018) - (AULA 14 – CONQUISTAR) Trata-se de um neologismo, uma importação inglesa que ainda não consta de nossos dicionários, mas que tem frequentado o debate de urbanistas e arquitetos sobre favelas. O termo significa algo como “enobrecimento” e ocorre quando os efeitos colaterais desse processo – valorização do espaço e das construções, aumento dos aluguéis e bens de serviço – empurram os moradores tradicionais para mais longe, substituindo-os por outros de maior poder aquisitivo. Jornal O Globo, 28/12/2013. 70


Resposta da questão 2: [B] A alternativa [B] está correta porque no ano de 2015, dos dez maiores centros urbanos do planeta, seis se encontravam no continente asiático. As alternativas incorretas são: [A], porque no final do século XIX, dos dez maiores centros urbanos, nove estavam em países considerados desenvolvidos; [C], porque México, Argentina e Brasil estão representados na lista e, portanto, três das maiores aglomerações pertenciam à América Latina; [D], porque as cidades europeias aparecem somente nos anos 1900; [E], porque das três maiores aglomerações urbanas em 2015, duas se encontram na Ásia e uma na África.

O fenômeno retratado na reportagem pode ser definido como a) favelização. b) desindustrialização. c) gentrificação. d) migração pendular. e) êxodo urbano.

5. (G1 - ifsul 2017) - (AULA 14 – CONQUISTAR) “Aglomeração urbana inchada, fenômeno típico dos países subdesenvolvidos. Não oferece adequadas condições de vida aos seus moradores no tocante a serviços básicos e de infraestrutura, como saúde, educação, saneamento, iluminação, emprego [...]”.

Resposta da questão 3: [D] A afirmação [I] está incorreta, uma vez que, o crescimento urbano desordenado nos países subdesenvolvidos e emergentes é caracterizado por profunda desigualdade social, insuficiência de planejamento e especulação imobiliária. Assim, as classes sociais mais carentes sofrem com a segregação socioespacial, pois apresentam menor acesso aos serviços sociais (educação, saúde e segurança pública), moradia digna (a exemplo das numerosas favelas e cortiços) e infraestrutura (a exemplo da precariedade da mobilidade urbana e do saneamento básico).

TAMDJIAN, James Onnig & MENDES, Ivan Lazzari. Geografia Geral e do Brasil: Estudos para a compreensão do espaço. São Paulo: FTD, 2004. p. 37.

As características apresentadas definem o que se conhece por a) município. b) conurbação. c) área metropolitana. d) macrocefalia urbana.

Resposta da questão 4: [C] A alternativa [C] está correta porque gentrificação é um processo de revitalização urbana atendendo ao mercado imobiliário, cuja valorização da área passa a alocar população de maior renda, e deslocar a menor renda para áreas mais marginais das cidades. As alternativas incorretas são: [A], porque favelização não enobrece a área; [B], porque desindustrialização é um processo econômico e não urbano; [D] e [E], porque migração pendular e êxodo urbano são deslocamentos da população.

GABARITO COMENTADO DO EXERCITANDO Resposta da questão 1: [A] A sequência é V, V, F, F. Os itens falsos são os dois últimos: [F] (muitas áreas subvalorizadas das cidades até pouco tempo foram revitalizadas em decorrência da melhoria da infraestrutura ou de mudanças na dinâmica urbana; alguns bairros centrais históricos foram novamente valorizados dando origem a gentrificação, isto é, a entrada de classes média e alta, mas com saída de população carente devido à valorização imobiliária) e [F] (em países como o Brasil, a urbanização foi desordenada, marcada por desigualdades sociais e pela especulação imobiliária, desse modo, o alto valor dos terrenos, dos imóveis e dos alugueis tornou-se um fator de exclusão socioespacial para famílias pobres, estimulando a atuação de movimentos de sem teto que reivindicam maiores investimentos em moradia popular como a transformação de prédios ociosos em moradia nos bairros centrais).

Resposta da questão 5: [D] A alternativa [D] está correta porque macrocefalia resulta da urbanização desordenada aliada à ausência de infraestrutura criando cidades populosas cujos serviços e equipamentos urbanos são insuficientes para garantir a qualidade de vida da população. As alternativas incorretas são: [A], porque município é uma unidade administrativa do território; [B], porque conturbação é o processo de integração físico-espacial entre duas ou mais cidades; [C], porque área metropolitana é são cidades conturbadas a um núcleo urbano que exerce polarização na região 71


AULA 48

Revisão para UEA - Brasil Imperial c) A Sabinada

Primeiro Reinado e Período Regencial (AULAS 10 e 11 - CONQUISTAR)

d) A guerra dos Farrapos e) A revolta dos Malês

Segundo Reinado (AULA 12- CONQUISTAR)

1. Versões historiográficas para as causas da Guerra do Paraguai • Versão oficial da época: o Paraguai defendia a livre navegação dos rios e a ocupação do Uruguai pelo Brasil ameaçava o equilíbrio do rio da Prata. • O imperialismo inglês queria destruir o modelo econômico autossustentável do Paraguai para conseguir sua abertura aos produtos ingleses. • O despotismo e ambições imperialistas de Solano Lopez, expressos em sua agressão ao Mato Grosso e Corrientes. • Motivações geopolíticas dos participantes: indefinição de fronteiras, imposição da hegemonia regional de Brasil e Argentina.

1. Abdicação de Dom Pedro I a) Dom Pedro abdica em favor da filha Maria da Glória, de sete anos. b) Dom Miguel dá um golpe e começa uma guerra civil. c) Dom Pedro destina fundos brasileiros para a guerra contra o irmão. 2. As revoltas regenciais em sua extensão real

 A pressão inglesa pelo fim da escravidão.  A lei de 1831.  A lei Bill Aberdeen (1845).  A lei Eusébio de Queirós (1850).  A lei do Ventre Livre (1871).  A lei dos Sexagenários (1885).  A lei Áurea (1888).

2. A proclamação da República

a) A Cabanagem b) A Balaiada 72


Em 15 de Novembro de 1889, houve a proclamação da República, o gabinete Imperial foi deposto e no dia seguinte Dom Pedro II recebeu um comunicado solicitando sua retirada do País.

a

2.(EsPCEx 2017 - AULAS 11 e 12 – CONQUISTAR) "... Caxias tinha visão certa de que pacificar é um esforço por costurar... de concessões recíprocas, de vontade sincera, tudo voltado para a conciliação... " Neto, Jonas Correia em Revista Militar / Edição comemorativa do Bicentenário de Caxias, 2003, pág 9

EXERCITANDO

O fragmento de texto acima ressalta uma das características marcantes de Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, evidenciada durante sua carreira militar: ser um pacificador. Das rebeliões listadas abaixo, ocorridas no Brasil durante os 1º e 2º Reinados, as que tiveram participação efetiva de Caxias foram a a) Revolta dos Malês; e Questão Religiosa. b) Sabinada; e Guerra dos Farrapos. c) Cabanagem; e Revolução Praieira. d) Conjuração baiana; e Sabinada. e) Balaiada; e Guerra dos Farrapos.

1. (Usf 2018- AULAS 10 e 11 – CONQUISTAR) A carta de despedida de D. Pedro I é um dos documentos que assinalam o triunfo do Partido Brasileiro sobre o Partido Português e a passagem do Primeiro Reinado ao Período Regencial. Em 1834, foi promulgado um Ato Adicional à Constituição, que tentava conciliar os interesses das facções políticas. Esse período conturbado de nossa história, caracterizado por lutas entre restauradores, exaltados e moderados, assim como pelas rebeliões provinciais que colocaram em risco a integridade territorial e política do país, encerrou-se em 1840, com o golpe da maioridade e o início do Segundo Reinado.

3. (Acafe 2018- AULA 12 – CONQUISTAR) Passaram-se 130 anos do fim da escravidão no Brasil. Mesmo libertos em maio de 1888, os ex-escravos não obtiveram garantias sociais mínimas. A população negra foi marginalizada e começou um longo período pela sua inclusão na sociedade brasileira.

COSTA, Luís César Amad & MELLO, Leonel Itaussu de Almeida. História do Brasil. São Paulo: Scipione, 2007, p.169. (Adaptado).

Ao ler o texto, percebemos que surge, após o Primeiro Reinado, uma nova fase para a história política brasileira. Durante essa fase ou período, a) ocorreu a manutenção do Conselho de Estado, órgão que assessorava o imperador no exercício do poder Moderador. b) a Revolução Farroupilha, que apresentava caráter separatista e republicano, foi motivada pelo descontentamento com a política tributária aplicada à província, entre outros fatores. c) o Golpe da Maioridade, desfechado pelo Partido Conservador, trouxe harmonia política às próximas quatro décadas, evitando confrontos ideológicos entre os partidos da época. d) o Brasil experimentou pela primeira vez o sistema parlamentarista, que ficou conhecido como “parlamentarismo às avessas”, visto que o Primeiro-Ministro tinha poderes reduzidos. e) foi marcado por grandes conflitos externos, como foi o caso da Guerra do Paraguai, que, ao seu final, elevou o prestígio do exército brasileiro no contexto da política nacional.

Acerca das questões envolvendo a população negra no Império e no período republicano, todas as alternativas estão corretas, exceto a: a) A Lei Saraiva-Cotegipe ou Lei dos Sexagenários emancipava os escravos maiores de 60 anos. Posteriormente, muitos escravos ainda não libertos organizavam fugas das fazendas. b) Em 1910 aconteceu no Rio de Janeiro a Revolta da Chibata. Marinheiros predominantemente negros exigiam melhores soldos e principalmente o fim dos castigos corporais, as chibatadas. c) Um dos primeiros impactos no sistema escravista foi à supressão do tráfico de escravos para o Brasil em 1850, com a Lei Eusébio de Queiroz. d) Com a chegada dos imigrantes italianos para o trabalho nas lavouras de café, os escravos aprenderam técnicas de cultivo europeias e passaram a ter autonomia nas fazendas, obtendo na prática sua liberdade, e tornando-se assalariados.

73


4.(Fgv 2018 - AULA 12 – CONQUISTAR) A partir da década de 1970, ganhou espaço a interpretação de que o imperialismo inglês foi a causa da Guerra do Paraguai, deflagrada em dezembro de 1864. Segundo essa vertente, o trono britânico teria utilizado o Império do Brasil, a Argentina e o Uruguai para destruir um suposto modelo de desenvolvimento paraguaio, industrializante, autônomo, que não se submetia aos mandos e desmandos da potência de então. Estudos desenvolvidos a partir da década de 1980, porém, revelam um panorama bastante distinto.

5. (Upe-ssa 2 2018- AULA 12 – CONQUISTAR) Durante a segunda metade do século XIX, o Brasil viveu um período extremamente turbulento em sua História. Novos ideais emergiam diante de uma estrutura política, que não atendia aos interesses de um grupo, a nova burguesia urbana, que ascendia no cenário político da época, buscando representação e participação na vida política brasileira. Contudo, não encontravam espaço no sistema, que vigorava até então. A base de sustentação do Império – a monarquia monocultora e escravista – via-se, então, em processo de desestruturação, sendo alvo de pesadas críticas.

(Francisco Doratioto. Paraguai: guerra maldita. Em: Luciano Figueiredo, História do Brasil para ocupados, 2013. Adaptado)

CARVALHO, Mariana Nunes de. Intelectuais, imprensa e a contestação ao regime monárquico. Fonte: http://www.encontro2008.rj.anpuh.org/resources/content/anais/12129 76674_ARQUIVO_MARIANA-ANPUH-2008.pdf

Os novos estudos sobre a Guerra do Paraguai a) questionam a superioridade militar da aliança entre Argentina, Brasil e Uruguai e consideram que a vitória dessas nações derivou mais de algumas circunstâncias favoráveis do que da competência bélica. b) apontam para o expansionismo territorial do Império do Brasil como o principal causador dessa guerra, como pode ser verificado por meio das pretensões brasileiras por territórios divisos com o Paraguai e a Argentina. c) atribuem a responsabilidade do conflito aos quatro países envolvidos, que estavam em um momento particular de suas histórias, porque se encontravam em meio aos processos de construção e consolidação dos Estados Nacionais. d) demonstram como a inabilidade diplomática das nações envolvidas provocou uma guerra prolongada e muito cara, que, em última instância, gerou forte dependência econômica da região durante o resto do século XIX. e) realçam a importância do Uruguai e da Argentina como provocadores desse conflito regional porque defendiam que a navegação do estuário do Prata fosse exclusividade dessas nações, trazendo imediato prejuízo à Inglaterra.

Esse momento relatado propiciou várias contestações do sistema político brasileiro, as quais tinham entre suas bandeiras a) o fim da monarquia e a abolição da escravidão. b) a instituição do trabalho compulsório e da República. c) o início da industrialização e a ampliação da escravidão. d) o apoio à política migratória e a defesa do sistema parlamentar. e) a reforma no modelo político e a demarcação das terras indígenas.

74


ligada ao café defendendo mudanças no país, por exemplo, abrir espaço na política. Desenvolveu no Brasil uma forte campanha abolicionista e republicana que culminaram no fim da escravidão em 1888 e da monarquia no ano seguinte.

GABARITO COMENTADO DO EXERCITANDO:

Resposta da questão 1: [B] Somente a alternativa [B] está correta. A questão remete ao Período Regencial, 1831-1840, caracterizado pela formação do Estado nacional brasileiro e partidos políticos, o povo tentou participar da vida pública e foi massacrado pelas elites agrárias regionais, ocorreu um político polarizado entre federalismo e centralização do poder, inúmeras revoltas surgiram, algumas com caráter separatista como a Farroupilha ocorrida no Rio Grande do Sul entre 1835-1845. As demais alternativas estão incorretas. Parlamentarismo e a Guerra do Paraguai ocorreram somente no Segundo Reinado, 18401889. O golpe da maioridade foi liderado pelo partido liberal. Resposta da questão 2: [E] Luiz Alves de Lima e Silva, mais conhecido como Duque de Caxias, teve acentuada participação na História brasileira durante o Período Regencial e o Segundo Reinado. Dentro do Período Regencial, podemos destacar sua intensa participação na contenção das Revoltas Regenciais, em especial na Balaiada e na Farroupilha. Resposta da questão 3: [D] A transição do trabalho escravo para o trabalho livre no Brasil através da chegada dos imigrantes aconteceu principalmente na segunda metade do século XIX. Porém, não é verdade a ideia que os escravos conseguiram a liberdade ou que aprenderam as técnicas de cultivos europeias. Portanto, a alternativa [D] está correta. Resposta da questão 4: [C] Os estudos feitos entre 1970 e 1980 mostraram que, além dos países envolvidos no conflito (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai), a Inglaterra teve papel decisivo na ocorrência da Guerra do Paraguai, incentivando e financiando a Tríplice Aliança no conflito. Resposta da questão 5: [A] Somente a alternativa [A] está correta. A partir da segunda metade do século XIX, o Brasil passou por transformações econômicas importantes associadas à Revolução Industrial e ao café. Surgiram ferrovias e indústrias acompanhadas da transição do trabalho escravo para o trabalho livre através da chegada dos imigrantes europeus. Surgiu no Sudeste uma elite forte 75


AULA 18

Revisão UEA - Filosofia Antiga

Do Mito a Filosofia

Aristóteles

(AULA 01-CONQUISTAR)

(AULA 03 - CONQUISTAR)

https://www.infoescola.com/astronomia/universo/ Condições para o surgimento da filosofia Os pré-socráticos Physis Cosmologia

https://medium.com/revista-subjetiva/o-dia-em-que-seremosrealmente-felizes-segundo-arist%C3%B3teles-279144a29805

Macedônia – Estagira. Escola filosófica: O liceu. A verdade está no mundo prático. Teoria das causas: Final, eficiente, formal e material. Obra política: A política

Sócrates e Platão (AULA 02-CONQUISTAR)

a

EXERCITANDO

1.(Vunesp 2018) (AULA 01 CONQUISTAR) O aparecimento da filosofia na Grécia não foi um fato isolado. Estava ligado ao nascimento da pólis. (Marcelo Rede. A Grécia Antiga, 2012.) A relação entre os surgimentos da filosofia e da pólis na Grécia Antiga é explicada, entre outros fatores, a) pelo interesse dos mercadores em estruturar o mercado financeiro das grandes cidades. b) pelo esforço dos legisladores em justificar e legitimar o poder divino dos reis. c) pela rejeição da população urbana à persistência do pensamento mítico de origem rural. d) pela preocupação dos pensadores em refletir sobre a organização da vida na cidade. e) pela resistência dos grupos nacionalistas às invasões e ao expansionismo estrangeiro.

https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Morte_de_S%C3%B3crates

Ambos tem a ideia como critério de verdade. Sócrates não deixou obra escrita. Escola de filosofia: A academia (Platão). Obra política: A república. Sócrates foi acusado, julgado e condenado a morte. Obra: A apologia de Sócrates – Platão (autor).

76


(AULA 02 CONQUISTAR)

2. (Unesp 2010) Após análise dos dois textos, pode-se afirmar que:

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

a) o texto 1 é de natureza fictícia, e portanto não baseado em fatos históricos. b) Platão não apela a entidades míticas para justificar sua concepção positiva sobre a morte. c) Platão faz alusão a um fato histórico fundamental para a filosofia ocidental: as circunstâncias da morte de Sócrates. d) o texto 2 trata do caráter sagrado e religioso dos funerais em nossa sociedade. e) o texto 1 evidencia que a morte não é um tema filosófico.

Texto 1 Porque morrer é uma ou outra destas duas coisas: ou o morto não tem absolutamente nenhuma existência, nenhuma consciência do que quer que seja, ou, como se diz, a morte é precisamente uma mudança de existência e, para a alma, uma migração deste lugar para um outro. Se, de fato, não há sensação alguma, mas é como um sono, a morte seria um maravilhoso presente. […] Se, ao contrário, a morte é como uma passagem deste para outro lugar, e, se é verdade o que se diz que lá se encontram todos os mortos, qual o bem que poderia existir, ó juízes, maior do que este? Porque, se chegarmos ao Hades, libertando-nos destes que se vangloriam serem juízes, havemos de encontrar os verdadeiros juízes, os quais nos diria que fazem justiça acolá: Monos e Radamante, Éaco e Triptolemo, e tantos outros deuses e semideuses que foram justos na vida; seria então essa viagem uma viagem de se fazer pouco caso? Que preço não seríeis capazes de pagar, para conversar com Orfeu, Museu, Hesíodo e Homero?

3. (Uel 2015) (AULA 03 CONQUISTAR) Leia o texto a seguir. É pois manifesto que a ciência a adquirir é a das causas primeiras (pois dizemos que conhecemos cada coisa somente quando julgamos conhecer a sua primeira causa); ora, causa diz-se em quatro sentidos: no primeiro, entendemos por causa a substância e a essência (o “porquê” reconduz-se pois à noção última, e o primeiro “porquê” é causa e princípio); a segunda causa é a matéria e o sujeito; a terceira é a de onde vem o início do movimento; a quarta causa, que se opõe à precedente, é o “fim para que” e o bem (porque este é, com efeito, o fim de toda a geração e movimento.

(Platão. Apologia de Sócrates, 2000.)

Texto 2 Ninguém sabe quando será seu último passeio, mas agora é possível se despedir em grande estilo. Uma 300C Touring, a versão perua do sedã de luxo da Chrysler, foi transformada no primeiro carro funerário customizado da América Latina. A mudança levou sete meses, custou R$ 160 mil e deixou o carro com oito metros de comprimento e 2 340 kg, três metros e 540 kg além da original. O Funeral Car 300C tem luzes piscantes na já imponente dianteira e enormes rodas, de aro 22, com direito a pequenos caixões estilizados nos raios. Bandeiras nas pontas do capô, como nos carros de diplomatas, dão um toque refinado. Com o chassi mais longo, o banco traseiro foi mantido para familiares acompanharem o cortejo dentro do carro. No encosto dos dianteiros, telas exibem mensagens de conforto. O carro faz parte de um pacote de cerimonial fúnebre que inclui, além do cortejo no Funeral Car 300C, serviços como violinistas e revoada de pombas brancas no enterro.

Adaptado de: ARISTÓTELES. Metafísica. Trad. De Vincenzo Cocco. São Paulo: Abril S. A. Cultural, 1984. p.16. (Coleção Os Pensadores.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que indica, corretamente, a ordem em que Aristóteles apresentou as causas primeiras. a) Causa final, causa eficiente, causa material e causa formal. b) Causa formal, causa material, causa final e causa eficiente. c) Causa formal, causa material, causa eficiente e causa final. d) Causa material, causa formal, causa eficiente e causa final. e) Causa material, causa formal, causa final e causa eficiente.

(Funeral tunado. Folha de S.Paulo, 28.02.2010.)

77


d) é responsável pela decadência da cultura grega, pois os senhores preocupavam-se somente em dominar os escravos. e) promove a união dos cidadãos das diversas pólis gregas no sentido de garantir o controle dos escravos.

4. (Pucpr 2015) (AULA 02 CONQUISTAR) Leia os enunciados abaixo a respeito do pensamento filosófico de Sócrates. I. O texto Apologia de Sócrates, cujo autor é Platão, apresenta a defesa de Sócrates diante das acusações dos atenienses, especialmente, os sofistas, entre os quais está Meleto. II. Sócrates dispensa a ironia como método para refutar as acusações e calúnias sofridas no processo de seu julgamento. III. Entre as acusações que Sócrates recebe está a de “corromper a juventude”. IV. Sócrates é acusado de ensinar as coisas celestes e terrenas, a não acreditar nos deuses e a tornar mais forte a razão mais débil. V. Sócrates nega que seus acusadores são ambiciosos e resolutos e, em grande número, falam de forma persuasiva e persistente contra ele. Assinale a alternativa que apresenta apenas as afirmativas CORRETAS. a) II, IV e V. b) I, III e IV. c) I, III e V. d) II, III e V. e) I, II e III.

5. (Uea 2014) (AULA 03 CONQUISTAR) A sabedoria do amo consiste no emprego que ele faz dos seus escravos; ele é senhor, não tanto porque possui escravos, mas porque deles se serve. Esta sabedoria do amo nada tem, aliás, de muito grande ou de muito elevado; ela se reduz a saber mandar o que o escravo deve saber fazer. Também todos que a ela se podem furtar deixam os seus cuidados a um mordomo, e vão se entregar à política ou à filosofia. (Aristóteles. A política, s/d. Adaptado.)

O filósofo Aristóteles dirigiu, na cidade grega de Atenas, entre 331 e 323 a.C., uma escola de filosofia chamada de Liceu. No excerto, Aristóteles considera que a escravidão a) é um empecilho ao florescimento da filosofia e da política democrática nas cidades da Grécia. b) permite ao cidadão afastar-se de obrigações econômicas e dedicar-se às atividades próprias dos homens livres. c) facilita a expansão militar das cidades gregas à medida que liberta os cidadãos dos trabalhos domésticos. 78


sofridas por ele, bem como os argumentos utilizados em sua defesa. Neste relato, o principal acusador de Sócrates é Meleto que o acusa de “corromper a juventude” e “desrespeitar os deuses” dizendo que estes em nada contribuem para a melhora da sociedade. Destaca-se no relato o método socrático que se fundamenta na: ”Ironia” que representa a capacidade de fingir-se de ignorante perante seu adversário a fim de por meio de perguntas e respostas fazer com que este se reconheça ignorante acerca do assunto que julga saber; e a “Maiêutica”, que busca conduzir de forma gradativa o indivíduo a encontrar respostas mais coerentes que o levam a descobrir a verdade. Os principais inimigos de Sócrates era os sofistas. Estes representam para os filósofos os “falsos mestres do saber”, pois não se preocupam com a busca pela verdade, (por considerarem isto impossível) e assim se dedicam principalmente para a arte da oratória. Portanto, vendem seu saber em toca de poder, benefícios e honrarias. Os itens II e V não condizem com o pensamento de Sócrates ou o modo como transcorreu a defesa empreendida contra aqueles que o acusavam.

GABARITO COMENTADO DO EXERCITANDO

Resposta da questão 1: D O surgimento da filosofia ocidental aconteceu na Grécia e vários fatores contribuíram para dar condições objetivas que garantissem o ambiente necessário para o exercício da filosofia. o surgimento da política e do comércio são condições necessárias para que a filosofia existisse na Grécia e não em outro local. Argumento que indica a letra D como a única correspondente a esse fato. Resposta da questão 2: C O esclarecimento das circunstâncias da morte de Sócrates foi de fundamental importância para a história da Filosofia Ocidental. Por ser considerado subversivo, representou uma ameaça social, pois desrespeitava a ordem estabelecida e mesmo interessado na prática da virtude e na busca da verdade dirigiu sua atenção para as pessoas sem fazer distinção da condição social. Segundo o texto em questão, é o mundo invisível, ou seja, no mundo das Ideias que contam mais do que a vida.

Resposta da questão 5: B Aristóteles era pertencente à aristocracia e com isto defendia um sistema de pensamento que considerava a escravidão algo natural. Para ele, cada ser, somente poderia realizar-se em plenitude, seguindo suas aptidões naturais, isto é, seguindo uma natureza que lhes seria própria, assim, Aristóteles realizou a divisão da sociedade em classes. Nesta sociedade idealizada: a classe dos comerciantes era responsável por prover a cidade daquilo que fosse necessário para a sobrevivência; a classe dos guerreiros era responsável por proteger a cidade e a classe dos administradores que tinha como função determinar os melhores rumos para a realização de todos os habitantes da cidade de acordo com suas aptidões naturais. Assim, Aristóteles comparava o escravo a um bem, um instrumento, não sendo diferenciado dos animais, não sendo nem ao menos enquadrados em seu sistema de classes. Uma vez que a escravidão estava garantida, segundo a concepção deste autor, o senhor, o dono do escravo, poderia dedicar-se a atividades próprias aos cidadãos, aos homens livres, ou seja, colaborar para o desenvolvimento pleno da cidade.

Resposta da questão 3: C A teoria do conhecimento em Aristóteles busca explicar a mutabilidade da realidade. Para este filósofo, para que se desenvolva um conhecimento verdadeiro, deve-se compreender as etapas que constituem a realidade, objetivando com isto, compreender o processo como um todo. Os conceitos desenvolvidos por ele buscam conhecer a mutabilidade da realidade através da potencialidade (potência), a capacidade para se transformar em um determinado objeto e o processo de transformação (ato), a realização da transformação. Soma-se a isto a relação estabelecida pelo filósofo entre matéria e forma. Assim, quanto maior for a compreensão da relação entre ato e potência e matéria e forma, maior será a compreensão da verdade. No livro “Metafísica” para ele descreve a teoria das 4 causas como sendo: causa material - do que a coisa é feita; causa eficiente - aquilo que produz a coisa; causa formal - a forma, os contornos, a aparência, aquilo que a coisa vai ser; e causa final - a finalidade, aquilo para o qual a coisa é feita. Resposta da questão 4: B No escrito Apologia de Sócrates, realizado por seus discípulos, pois este filósofo não deixou escritos próprios, encontramos um relato detalhado das acusações 79


AULA 55

Revisão UEA – Geometria Espacial

1. Prisma (AULA 18 –CONQUISTAR)

At = 2 (ab + ac + bc)  área total

d  a2  b2  diagonal da face D  a2  b2  c 2  Diagonal V = a.b.c  volume

3. Hexaedro regular (cubo) É o paralelepípedo reto-retângulo (prisma) cujas seis faces (duas bases e quatro laterais) são quadradas.

2. Paralelepípedos São prismas cujas bases são paralelogramos.

2.1 Paralelepípedo reto-retângulo Paralelepípedo reto-retângulo ou paralelepípedo retângulo é todo paralelepípedo reto (prisma reto) cujas bases são retângulos.

Num cubo de aresta a, tem-se

Af = a2  (área da face) At = 6 a2  (área total) d  a 2  (diagonal As suas seis faces são retângulos. é uma de suas diagonais. Num paralelepípedo retângulo de dimensões a, b e c, sendo D a medida de uma de suas diagonais, At sua área total e V o seu volume, têm-se

da face)

D  a 3  (Diagonal)

V = a3  (volume)

80


4. Cilindro (AULA 21 –CONQUISTAR) Definição e elementos Sejam α e β planos paralelos (distintos), uma reta r interceptando os planos α e β e S uma região circular contida em α, que não tem ponto em comum com r. Chama-se cilindro de base circular a união de todos os segmentos QQ paralelos a r, com Q ∈ S e Q’ ∈ β.

Área e Volume do Cone

h é altura do cilindro (distância entre α e β); __ S é base do cilindro; AA é geratriz. http://questoesdevestibularnanet.blogspot.com/2013/11/questoesresolvidas-de-vestibular-sobre.html

Área da Base (Ab) É a área de um círculo de raio R.

A b  .R2

6. Superfície Esférica

Área Lateral (A ) A superfície lateral é equivalente a um retângulo de dimensões 2..R (comprimento da circunferência da base) e h. A  2..R.h

É a superfície gerada pela revolução completa de uma semicircunferência (ABA’) em torno de seu diâmetro (AA’), como mostra a figura.

Área Total (At) É a soma das áreas das bases com a área lateral. A t  A  2.A b

Volume (V) Todo cilindro é equivalente a um prisma de mesma altura e mesma área da base.

V  A b .h  V=.R2h ÁREA

5. Cone Definição e elementos Seja um plano α, um ponto V α e um círculo contido em α. Chama-se cone circular a reunião de todos os segmentos de reta com uma extremidade em V e a outra nos pontos do círculo considerado. 81


a) b) c) d) e)

7. Esfera (AULA 25 –CONQUISTAR) É o sólido limitado por uma superfície esférica.

VOLUME

a

40% 60% 20% 10% 80%

da capacidade total do tanque. da capacidade total do tanque. da capacidade total do tanque. da capacidade total do tanque. da capacidade total do tanque.

2. (PUCRS 2015) - (AULA 18 - CONQUISTAR) Um paralelepípedo possui dimensões 3 cm, 8 cm e 9 cm. A medida da aresta de um cubo que possui volume igual ao do paralelepípedo é, em centímetros, a) b) c) d) e)

EXERCITANDO

1. (UNESP 2015) - (AULA 18 - CONQUISTAR) Quando os meteorologistas dizem que a precipitação da chuva foi de 1mm, significa que houve uma precipitação suficiente para que a coluna de água contida em um recipiente que não se afunila como, por exemplo, um paralelepípedo reto-retângulo, subisse 1mm. Essa precipitação, se ocorrida sobre uma área de 1m2 , corresponde a 1 litro de água.

3 4 6 8 9

3. (UPF 2017) - (AULA 21 - CONQUISTAR) Um tonel está com 30% da sua capacidade preenchida por um certo combustível. Sabendo que esse tonel tem diâmetro de 600 60 cm e altura de cm, a quantidade de π combustível contida nesse tonel, em litros, é

O esquema representa o sistema de captação de água da chuva que cai perpendicularmente à superfície retangular plana e horizontal da laje de uma casa, com medidas 8 m por 10 m. Nesse sistema, o tanque usado para armazenar apenas a água captada da laje tem a forma de paralelepípedo retoretângulo, com medidas internas indicadas na figura.

a) b) c) d) e)

1,62 16,2 162 180 162.000

4. (EEAR 2017) - (AULA 25 - CONQUISTAR) Um escultor irá pintar completamente a superfície de uma esfera de 6 m de diâmetro, utilizando uma tinta que, para essa superfície, rende 3 m2 por litro. Para essa tarefa, o escultor gastará, no mínimo, _____ litros de tinta. (Considere π  3) a) b) c) d)

Estando o tanque de armazenamento inicialmente vazio, uma precipitação de 10 mm no local onde se encontra a laje da casa preencherá 82

18 24 36 48


5.

(ENEM 2016) - (AULAS 21 E 22 CONQUISTAR) Em regiões agrícolas, é comum a presença de silos para armazenamento e secagem da produção de grãos, no formato de um cilindro reto, sobreposta por um cone, e dimensões indicadas na figura. O silo fica cheio e o transporte dos grãos é feito em caminhões de carga cuja capacidade é de 20 m3 . Uma região possui um silo cheio e apenas um caminhão para transportar os grãos para a usina de beneficiamento.

GABARITO COMENTADO DO EXERCITANDO

Resposta da questão 1: [C] O volume de água captado corresponde a 8  10  10  800 litros. Portanto, como a capacidade do tanque de armazenamento é igual a 3 2  2  1  4 m  4000 litros, segue-se que o resultado é 800  100  20%. 4000 Resposta da questão 2: [C] O volume do paralelepípedo será: Vp  3  8  9  Vp  216 A aresta do cubo será:

 ac 3  216  ac

6

Resposta da questão 3: [C] O volume do tonel será dado por: 30 V  π  R 2  h, onde r é a medida do raio do tonel 100 e h a medida de sua altura. 30 600 V  π  302   162000 cm3  162 L 100 π O gasto em litros é dado por 2

Utilize 3 como aproximação para π.

6 4π     2   36. 3

O número mínimo de viagens que o caminhão precisará fazer para transportar todo o volume de grãos armazenados no silo é a) 6. b) 16. c) 17. d) 18. e) 21.

Resposta da questão 5: [D] O volume do silo é dado por 1 π  32  12   π  32  3  324  27  351 m3 . 3 Portanto, se n é o número de viagens que o caminhão precisará fazer para transportar todo o volume de grãos armazenados no silo, então n

351  17,55. 20

A resposta é 18.

83


AULA 57

Revisão UEA – Números Complexos Polinômios – Equações

Algébricas

1. Números Complexos (Multiplicação)

4. Relações de Girard

(AULA 35 –CONQUISTAR)

(AULA 40 –CONQUISTAR)

Número complexo é um par ordenado (x, y) de números reais. Representando por o conjunto dos números complexos, temos

Sendo V = {r1, r2, r3, … , rn–1, rn} o conjunto verdade da equação F(x) = a0 . xn + a1 . xn–1 + a2 . xn–2 + + … + an–1 . x + an = 0, com a0 0, valem as seguintes relações entre os coeficientes e as raízes:

Sendo (a, b) ∈

e (c, d) ∈ , definimos em :

Adição (a, b) + (c, d) = (a + c, b + d) Multiplicação (a, b) . (c, d) = (ac – bd, ad + bc) (C, +, •) é o corpo dos números complexos.

2. Números Complexos (Forma Trigonométrica) (AULA 36 –CONQUISTAR) Forma Trigonométrica Se z = x + yi é um número complexo diferente de zero, então a forma trigonométrica de z será:

EXERCITANDO

a

1. (FAMERP 2018) - (AULA 40 - CONQUISTAR) Sabendo-se que uma das raízes da equação 1 algébrica 2x3  3x 2  72x  35  0 é  , a so2 ma das outras duas raízes é igual a a) b) c) d) e)

3. Obtenção do quociente e resto pelo dispositivo prático de Briot-Ruffini (AULA 37 –CONQUISTAR)

3. 3. 2. 1. 2.

2. (Fac. Albert Einstein - Medicin 2017) (AULA 37 - CONQUISTAR) O resto da divisão de um polinômio do segundo grau P pelo binômio (x  1) é igual a 3. Dado que P(0)  6 e P(1)  5, o valor de P(3) é a) b) c) d)

84

7 9 7 9


3. (G1 - ifce 2016) - (AULA 35 - CONQUISTAR) Sendo i a unidade imaginária tal que i2  –1, são dados os números complexos z1  9  3i e z2  –2  i. Ao calcular corretamente o produto z1  z2 , obtemos o número a) b) c) d) e)

GABARITO COMENTADO DO EXERCITANDO 3 2

2x  3x  72x  35  0 Resposta da questão 1: [E] ( 3) Relações de Girard  x1  x 2  x 3   Calculando: 2 1 x1  2 Resposta da questão 2: [B] 1 3 4  x 2  x3  2  x 2  x3   2 Seja P(x)  ax  bx  c. Se o 2 2 2resto da divisão de P pelo binômio x  1 é igual a 3, então, pelo Teorema do Resto, segue que a  b  c  3. Ademais, sendo P(0)  6 e P(1)  5, temos c  6 e a  b  c  5. Daí, vem a  b  3 e 2b  2, implicando em b  1 e a  2. Em consequência, a resposta é 2 P(3)  ( 2)  3  1 3  6  9.

21  6i. 18  6i. 18  3i. 18  3i. 21  3i.

4. (G1 - ifal 2016) - (AULA 36 - CONQUISTAR) O número complexo Z  1  i representado na forma trigonométrica é a) 21 2 (cos 45  isen 45).

Resposta da questão 3: [E]

b) 2(cos 90  isen 90).

2 18  9 ρ3i   122  i12  ρ 9i 26i  3i  18  3i  3  ( 1)  21  3i

c) 4(cos 60  isen 60).

a 1 2 cos θ  da  questão  cos4: θ [A]  θ  45 Resposta ρ 2 2

d) 4(cos 60  isen 60). e) 2(cos 90  isen 90).

b 1 2 sen θ    sen θ   θ  45 2 Respostaρda questão 5: [E] 2 2 P(x). Pelas Relae 45 b as ZSejam  2  acos  i outras  sen 45raízes    21de   cos 45  isen 45  ções de Girard, temos: 5 3 ab    a  b  1. 2 2

5. (Efomm 2016) - (AULA 40 - CONQUISTAR) Sabendo que

5 é uma raiz do polinômio 2

P(x)  2x3  3x2  9x  10, a soma das outras

raízes é igual a: a) b) c) d) e)

2 0 10 1 1

85


AULA 58

Revisão UEA – Geometria Analítica e Estatística

1. Posição Relativa de Duas Retas

2. Circunferência

(AULAS 16 e 17 –CONQUISTAR)

(AULA 28 –CONQUISTAR) Definição Dado um ponto C de um plano (centro) e uma medida r não nula (raio), denomina-se circunferência ao lugar geométrico (L.G.) dos pontos do plano que distam r do ponto C.

Da geometria plana, sabemos que duas retas r e s (no plano) podem assumir as seguintes posições relativas: • concorrentes (caso particular importante: perpendiculares); • paralelas (distintas); • coincidentes.

3. Equação reduzida de uma circunferência. Seja a circunferência de centro C(a; b) e raio r. Considerando um ponto P(x; y) pertencente à circunferência, temos:

Posição relativa de duas retas (RESUMO)

P circunferência, aplicando o cálculo da distância entre os pontos C e P obtemos: equação reduzida da circunferência

• Caso particular: quando o centro for a origem temos:

x2 + y2 = r2

86


2. (Fgv 2016) No plano cartesiano, a equação da reta tangente ao gráfico de x2  y 2  25 pelo ponto (3, 4) é

Medidas de Posição (AULA 44–CONQUISTAR) As medidas de posição servem para localizar os dados sobre o eixo da variável em questão. As mais importantes são: a média, a mediana e a moda. A média e a mediana tendem a se localizar em valores centrais de um conjunto de dados. Por essa razão, costuma-se dizer que são medidas de tendência central. A moda, por sua vez, indica a posição de maior concentração de dados.

a) 4x  3y  25  0. b) 4x  3y  5  0. c) 4x  5y  9  0. d) 3x  4y  25  0. e) 3x  4y  5  0.

3. (Espm 2016) Durante um campeonato de basquete, nas 8 partidas disputadas por um jogador, verificou-se que suas pontuações foram: 23, 15, 10, 23, 22, 10, 10 e 15. Podemos avaliar que a média, a moda e a mediana dessa amostragem são, respectivamente:

Média aritmética – Dados não agrupados Sendo X1, X2, X3, ..., Xn os n valo res de uma variável X, define-se média aritmética, ou simplesmente média, como sendo:

a) b) c) d) e)

Moda (Mo)

10, 16, 15, 15, 16,

15 10 10 16 10

e e e e e

16 10 16 16 15

4. (Upe-ssa 1 2018) O gráfico a seguir trata de um dos aspectos da violência no Grande Recife, em matéria veiculada no Jornal do Commercio do dia 30 de abril de 2017.

Define-se moda (ou modas) de um conjunto de valores dados como sendo o valor de frequência máxima (ou os valores da frequência máxima).

Mediana (Md) Colocando-se os valores da variável em ordem crescente, a mediana é o elemento que ocupa a posição central. Em outras palavras: a mediana divide um conjunto de n dados em dois subconjuntos com igual número de elementos.

a

EXERCITANDO

1. (Ufpr 2017) Considere a reta r de equação y  2x  1. Qual das retas abaixo é perpendicular à

Com base nesse gráfico, analise as sentenças a seguir: I. Só houve queda no número de homicídios no período de 2008 a 2013. II. A média do número de homicídios no período de 2013 a 2016 é superior a 3.700 casos. III. Apesar do crescimento acentuado dos homicídios a partir do ano de 2013, o ano de 2016, em comparação com o ano de 2004, apresentou um aumento aproximado de 7% em relação ao número de casos.

reta r e passa pelo ponto P  (4, 2)?

1 x 2 b) y  2x  10 a) y 

1 c) y   x  5 2 d) y  2x 1 e) y   x  4 2 87


É CORRETO o que se afirma, apenas, em a) I b) II c) III d) I e II e) II e III

Resposta da questão 3: [E] Escrevendo as pontuações em ordem crescente, vem: 10, 10, 10, 15, 15, 22, 23 e 23. Portanto, segue que a média é 3  10  2  15  22  2  23  16, 8 a moda é 10 e a mediana é 15.

5. (Ufpr 2016) Em um grupo de 6 pessoas, a média das idades é 17 anos, a mediana é 16,5 anos e a moda é 16 anos. Se uma pessoa de 24 anos se juntar ao grupo, a média e a mediana das idades do grupo passarão a ser, respectivamente: a) b) c) d) e)

Resposta da questão 4: [E] [I] Falsa. Houve queda no período de 2006 a 2008.

17 anos e 17 anos. 18 anos e 17 anos. 18 anos e 16,5 anos. 20,5 anos e 16,5 anos. 20,5 anos e 20,25 anos.

[II] Verdadeira. Com efeito, pois 3100  3434  3889  4479  3725,5  3700. 4 [III] Verdadeira. De fato, já que 4479  4194  100%  7%. 4194

Resposta da questão 5: [B] Considere os termos: x1, x 2 , x3 , x 4 , x5 , x6 , termos de sequencia. Temos: Média aritmética vale 17, isto é: x1  x 2  x3  x 4  x5  x6  17  x1  x2  x3  x 4  x5  x6  102 6

Mediana valendo 16,5

x  x4 ____, ____, 16, 17, ____, ____  3  16,5 2 Moda valendo 16

____, 16, 16, 17, ____, ____, 24 GABARITO COMENTADO DO EXERCITANDO

Portanto, teremos:

Resposta da questão 1: [E] Seja s a reta perpendicular a r e que passa pelo ponto P  (4, 2). Logo, como mr  2, segue que a equação de s é 1 1 y  2    (x  4)  y   x  4. 2 2

Média aritmética 

x1  x2  x3  x 4  x5  x 6  24 102  24   18 7 7

Mediana  x1  x 2  x3  x 4  x5  x6  24  Mediana  x 4  17

Resposta da questão 2: [D]

x2  y 2  25  circunferência  C  0,0  e R  5 tangência  T(3, 4) 40 4 3 mCT    reta tan gente r  CT  mr   30 3 4 3 reta r  y  4     x  3   3x  4y  25  0 4 88



conquistar.am.gov.br


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.