Comentário bíblico do texto de referência 3º trimestre 2016

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Comentário Bíblico Barclay OS MÉTODOS DO MESTRE

Mateus 4:23-25 Jesus tinha escolhido começar sua missão na Galiléia, e já vimos como Galiléia estava bem preparada para receber a semente. E na Galiléia Jesus escolheu lançar sua campanha nas sinagogas. A sinagoga era a instituição mais importante na vida de todo judeu. Havia uma diferença importante entre as sinagogas e o Templo. Havia somente um Templo, o de Jerusalém, mas em qualquer lugar se encontrasse até a mais pequena colônia de judeus havia uma sinagoga. O Templo existia unicamente para a apresentação de sacrifícios; nele não se pregava nem se ensinava. Já a sinagoga era essencialmente uma instituição docente. As sinagogas foram definidas como "as universidades populares religiosas daquela época". Se qualquer tinha idéias ou ensinos religiosas que queria disseminar, a sinagoga era sem dúvida o lugar onde mais lhe convinha começar sua missão. Além disso, o serviço religioso que se desenvolvia na sinagoga dava a oportunidade para que qualquer professor comunicasse sua doutrina. O culto da sinagoga se dividia em três partes. A primeira parte consistia em orações. A segunda parte se desenvolvia mediante leituras da Lei e os Profetas, que eram feitas em voz alta por membros da congregação. A terceira parte era o "sermão" ou "discurso". Um fato de suma importância é que não havia uma pessoa determinada para pronunciar o sermão. Não existia o equivalente de nossos atuais pregadores profissionais. O presidente da sinagoga se encarregava de fazer os acertos para o culto de cada sábado. Qualquer podia ser convidado para prenunciar o sermão, especialmente se se tratava de um viajante distinto que visitava a localidade, e qualquer podia oferecer-se para esta tarefa se acreditava ter uma mensagem que comunicar aos membros da sinagoga. Se o presidente ou governador da sinagoga julgava que era uma pessoa apta para fazê-lo não era necessário nenhum outro trâmite. Deste modo desde o começo a porta e o púlpito da sinagoga estiveram abertos para Jesus. Começou pela sinagoga porque era ali onde podia encontrar as pessoas mais sinceramente religiosas de sua época, e porque na sinagoga havia aberto o caminho para lhes falar. Depois do sermão vinha um período de bate-papo, perguntas, respostas e discussão. A sinagoga era o lugar ideal para transmitir ao. povo um novo ensino. Mas Jesus não somente pregava. Também curava os doentes. Não é de maravilhar-se que em pouco tempo circulassem por toda parte as notícias das maravilhas que fazia, e que portanto se reunissem verdadeiras multidões para escutá-lo, para vê-lo e para beneficiar-se de sua misericórdia. Vinham de Síria. Síria era a província maior, da qual a Palestina era somente uma parte. estendia-se para o norte e para o nordeste com a grande cidade de Damasco como capital. Uma das mais belas lendas que nos chegaram desde aquela época é a que registra Eusébio em sua História Eclesiástica (1:13). A história diz que em Edessa havia um rei chamado Abgaro, que estava doente. Conforme se conta, este rei escreveu uma carta a Jesus que dizia: " Abgaro, rei de Edessa, a Jesus, o mais excelente salvador, que apareceu na região de Jerusalém: Saudações. chegaram até minha notícias de você, e de suas curas, que efetua sem


remédios e sem ervas; porque segundo fui informado você faz os cegos verem os paralíticos andarem, purifica os leprosos, expulsa os maus espíritos e os demônios, cura os que sofrem de doenças prolongadas e ressuscita os mortos. Tendo ouvido tudo isto de você, cheguei à conclusão do que uma das duas seguintes afirmações deve ser verdadeira. Ou você é Deus e tendo descido do céu faz as coisas que me disseram, ou é você um Filho de Deus, pelas coisas que faz. Escrevo-lhe, portanto, para lhe pedir que venha me curar da enfermidade que sofro. Porque escutei também que os judeus murmuram contra você e que tramam coisas muito desagradáveis contra você. A cidade sobre a qual eu governo é pequena mas muito agradável, e é o suficientemente grande para que possamos viver nela os dois."

Conforme segue a lenda, Jesus teria respondido: "Bem-aventurado é você por ter acreditado em mim sem me ter visto. Porque está escrito em relação a mim os que me virem não acreditarão em mim, enquanto que os que não me virem acreditarão em mim e serão salvos. Entretanto, a respeito do seu convite para eu viajar para visitá-lo, devo cumprir todas as coisas para as que fui enviado a este lugar e, depois de havê-las completado, tenho que retornar Àquele que me enviou. Entretanto, depois que retorne Àquele que me enviou, enviarei a um de meus discípulos para que cure sua enfermidade, e para dar vida a você e aos seus:"

A lenda quer que Tadeu teria sido o apóstolo de Edessa, e que curou a Abgaro e pregou o evangelho aos habitantes daquela cidade. É somente uma lenda, provavelmente, mas demonstra como os homens acreditavam que até na distante Síria se ouviu falar de Jesus e desejavam com toda a força de seus corações receber a ajuda e a cura que somente ele podia lhes oferecer. A maioria dos que acudiam a Jesus eram habitantes da Galiléia, e quando em Jerusalém e Judéia se soube a respeito de Jesus, também foram a partir dali. Também iam da região de além do Jordão, que naquela época se conhecia como Peréia, e que se estendia desde Pella, no norte da Arábia Pétrea, até Petra, no sul da Arábia. Também vinham do Decápolis. Decápolis era uma federação de dez cidades gregas que gozavam de foros de independência. Todas elas, exceto Scitópolis, estavam localizadas ao oeste do riu Jordão. A lista é simbólica, porque nela vemos que não somente os judeus mas também os gentios se aproximavam de Jesus, procurando nele o que somente ele podia lhes oferecer. Já tinham começado a congregar-se em torno dele "os limites da Terra". AS ATIVIDADES DE JESUS

Mateus 4:23-25 (continuação) Esta passagem é muito importante porque nos oferece um resumo das três principais atividades que Jesus desempenhou durante seu ministério. (1) Veio proclamando o evangelho, ou "pregando" como dizem as versões comuns. Como já dissemos, a pregação é o anúncio de certezas. Portanto, Jesus veio para derrotar a ignorância dos homens. Veio para dizer aos homens a verdade a respeito de Deus, para lhes dizer aquilo que por si mesmos nunca poderiam ter descoberto. Veio para pôr fim à invenção e às hipótese no que respeita ao conhecimento de Deus. (2) Veio ensinando nas sinagogas. Qual é a diferença entre ensinar e pregar? A pregação é o anúncio de certezas que não admitem discussão nem compromissos; o ensino é a explicação do significado e das implicações daquelas certezas. Portanto, Jesus veio para derrotar os mal- entendidos dos homens. Há momentos em que o homem sabe a


verdade mas a interpreta mal. Sabe a verdade, mas extrai dela conclusões completamente desacertadas. Jesus veio para ensinar aos homens o significado da verdadeira religião. (3) Veio curando a quem tinha necessidade de cura. Quer dizer, Jesus veio para derrotar o sofrimento humano. O que é verdadeiramente importante a respeito de Jesus é que não se contentou em falar da verdade, veio para converter a verdade em fatos. Florence Allshorn, a grande professora missionária, disse: "Nunca possuímos um ideal até que não o tocamos com a ponta dos dedos." O ideal não é nosso se não o vemos convertido em ação. Jesus converteu seus próprios ensinos em ação, em suas obras de cura e de ajuda aos necessitados. Jesus veio pregando para derrotar toda ignorância, Veio ensinando para derrotar todos os mal-entendidos. Veio curando para derrotar todo o sofrimento e dor humanos. Nós também devemos proclamar nossas certezas. Nós também devemos estar preparados para explicar nossa fé. Nós também devemos converter em ação e fatos concretos o conteúdo de nossos ideais.

Comentário Conhecimento Bíblico 2 FATOS (4: 23-25) ( LC 6: 17-19). 04:23. obra do Senhor não se limitava a pregar. Suas ações eram tão importantes quanto as suas palavras, porque certamente os judeus pergunta "é esta a intenção de ser o Cristo fazer as obras do Messias?" Mateus 4:23 é uma declaração importante, em resumo, crucial para o tema do livro (cf. 09:35. que é quase idêntico ao 4:23). Este v. contém vários elementos importantes. (1) E Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas. Ministério da fingindo ser o rei dos judeus ocorreu entre os judeus. Ministrada na sinagoga, onde os judeus se reuniram para adorar. (2) Eu estava comprometido com a "ensinar" e pregar. Então, eu estava envolvido em um ministério profético, porque era "o profeta", prometeu em Deuteronômio 18: 15-19. (3) proclamou o evangelho do reino. Sua mensagem foi que Deus estava fazendo cumprir seus pactos Israel e estabelecer o seu reino na Terra. (4) Ele curou todas as doenças e todas as enfermidades entre o povo (cf. "ensino", "pregação" e "curados" em Mateus 9:35). Tudo isso de autenticação que Jesus era o profeta, porque suas palavras foram apoiadas com sinais que legitimaram. Todas essas ações devem ter convencido os judeus que Deus estava agindo na história para cumprir seus propósitos. Eles foram responsáveis para preparar através do arrependimento do pecado e da aceitação de Jesus como o Messias. 4: 24-25. (. vv 18-22) o ministério de Jesus e, provavelmente, que dos quatro discípulos chamados foi dramático porque a multidão que ouviu o Senhor começou a se reunir com ele. sua fama se espalhou por toda a Síria , a área ao norte da Galiléia. Como as pessoas chegaram, trazendo muitos acometidos de várias doenças e Jesus curava a todos. Não surpreendentemente, muitas pessoas continuarão a Galiléia, Decápolis(literalmente "10 cidades" zona sudeste do Mar da Galiléia) , Jerusalém, Judéia e da região do outro lado (oeste) do Jordão. (V . "Mapa da Palestina em Jesus", no Apêndice, p. 352).


Comentário Bíblico Matthew Henry Cristo Prega na Galiléia Mateus 4. 23-25 Observe aqui: I Que pregador habilidoso Cristo era. Ele passou por toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas e pregando o Evangelho do reino. Entenda: 1. O que Cristo falava sobre o Evangelho do reino. O Reino dos céus, isto é, o reino de graça e glória, é enfaticamente o reino, o reino que estava chegando; o reino que iria sobreviver, que superaria todos os reinos da terra. O Evangelho compreende os estatutos deste reino, contendo o juramento de coroação do Rei, pelo qual Ele se obriga graciosamente a perdoar, proteger e salvar os súditos daquele reino e a procurar a sua honra. Este é o Evangelho do reino; dele, o próprio Cristo foi o pregador, para que a nossa fé no reino possa ser confirmada. 2. Onde Ele pregava. Nas sinagogas. Não apenas ali, mas ali principalmente, porque estes eram os lugares onde a multidão se reunia, onde a sabedoria erguia a sua voz (Pv 1.21); porque eram os lugares onde o povo se reunia para a adoração religiosa e ali, esperavase, a mente do povo estaria preparada para receber o Evangelho; e ali as Escrituras do Antigo Testamento eram lidas, e a sua exposição poderia facilmente introduzir o Evangelho do reino. 3. O empenho que Ele tinha em pregar. Ele passou por toda a Galiléia, ensinando. Ele podia ter publicado uma proclamação, convocando todas as pessoas para que viessem até Ele; mas para mostrar a sua humildade, e a condescendência da sua graça, Ele vai até eles; pois Ele espera ser gracioso e vir para buscar e salvar. Josefo disse que havia aproximadamente duzentas cidades e vilas na Galiléia, e Cristo visitou todas elas, ou a sua maioria. Ele viajava fazendo o bem. Nunca houve um pregador itinerante assim, tão infatigável, como era Cristo. Ele ia de cidade em cidade, para pedir aos pobres pecadores que se reconciliassem com Deus. Este é um exemplo para os ministros, para que se dediquem a fazer o bem, e para que sejam insistentes e constantes, a tempo e fora de tempo, em pregar a palavra. II Que médico poderoso era Cristo! Ele viajava, não se limitando a ensinar, mas também curava. Ele ensinava e curava através da sua palavra, e a exaltava até mesmo acima de seu nome. Ele lhes dava a sua palavra e os curava. Note: 1. Que Ele curou todas as doenças, sem exceção. Ele curou todos os tipos de enfermidades, e todos os tipos de doenças. Existem doenças que são a vergonha


dos médicos, sendo obstinadas a todos os métodos que eles podem prescrever. Mas mesmo aquelas foram a glória deste médico, pois Ele curou todas, por mais crônicas que fossem. A sua palavra era um verdadeiro remédio para todos os males. Três palavras são aqui usadas para dar a entender isto. Ele curava todas as doenças, noson, como cegueira, deficiências físicas, febre, acúmulos de líquidos; todas as enfermidades, ou debilitações, malakian, como fluxos e fraquezas; e todos os tipos de aflições, basanous, como gota, cálculos, convulsões e outras perturbações semelhantes; fosse a doença aguda ou crônica, fosse uma enfermidade aguda ou enfraquecedora, nenhuma delas era terrível demais, nenhuma delas era difícil demais para Ele. Cristo curava a todos proferindo a sua palavra. Três moléstias, em particular, são especificadas: a paralisia (os paralíticos), que é o maior enfraquecimento do corpo; a loucura (os lunáticos), que é o maior mal da mente; e a possessão demoníaca (os endemoninhados), que é a maior infelicidade e calamidade para o corpo e para a mente; e Cristo as curava, a todas; pois Ele é o Médico soberano, tanto do corpo como da alma, e tem poder sobre todas as doenças. 2. Os pacientes que Ele tinha. Um médico com acesso tão fácil, com um êxito tão garantido, que curava imediatamente, sem sequer um suspense doloroso, ou uma expectativa, ou aqueles remédios dolorosos que são piores que a doença; que curava gratuitamente, e não aceitava pagamentos, não podia evitar ter uma abundância de pacientes. Veja aqui, como as pessoas o procuravam. De todas as partes; grandes multidões vinham, não somente da Galiléia e das regiões vizinhas, mas até mesmo de Jerusalém e da Judéia, que ficavam distantes; pois a sua fama percorreu toda a Síria, não somente entre os judeus, mas entre as nações vizinhas, que, pelas notícias que agora se espalhavam por todas as partes a seu respeito, estariam preparadas para receber o seu Evangelho, quando, posteriormente, ele fosse levado a elas. Entende-se que esta era a razão pela qual estas multidões vinham até Ele, porque a sua fama se espalhava de maneira tão abrangente. Observe que o que nós ouvimos sobre Cristo, pelos outros, deve nos convidar a ir até Ele. A rainha de Sabá foi induzida, pela fama de Salomão, a visitá-lo. A voz da fama diz: “Venha e veja”. Cristo ensinava e também curava. Aqueles que vinham procurando a cura encontravam instrução a respeito das coisas que tinham a ver com a sua paz. É bom que alguma coisa atraia as pessoas a Cristo; e aqueles que vêm até Ele encontrarão mais nele do que esperavam. Muitos sírios, como Naamã, vieram para ser curados das suas moléstias, e muitos deles se converteram (2 Rs 5.15,17). Eles procuravam a cura para o corpo, e obtiveram a salvação da alma; como Saul, que procurava jumentas e encontrou o reino. Porém, parecia que muitos daqueles que encontravam em Cristo alguém que curava, se esqueciam de que Ele sempre será o maior professor. Agora, com respeito às curas que Cristo realizou, vamos, de uma vez por todas, observar o milagre, a misericórdia e o mistério que nelas havia. (1) O milagre que havia nelas. As curas eram realizadas de uma maneira que mostrava claramente que se tratavam do resultado imediato de um poder divino e sobrenatural, e eram o selo de Deus sobre a tarefa que receberam. A natureza


não podia realizar estas coisas, mas sim o Deus da natureza; as curas eram muitas. As pessoas eram curadas de doenças incuráveis pelo talento de um médico. As pessoas curadas eram estranhas, de todas as idades e condições; as curas se realizavam abertamente, diante de muitas testemunhas, em companhia de variadas pessoas que teriam negado o fato, se tivessem tido qualquer interesse em fazê-lo. Nenhuma cura deixou de ocorrer, ou foi posteriormente questionada; elas eram realizadas prontamente e não (como as curas por causas naturais) gradualmente; eram curas perfeitas e realizadas com o proferir de uma palavra. Tudo isto prova que Ele era um mestre vindo de Deus, pois, se não fosse assim, ninguém poderia ter feito as coisas que Ele fazia (Jo 3.2). A isto, Jesus apela como suas credenciais (Mt 9.4,5; Jo 5.36). Era esperado que o Messias realizasse milagres (Jo 7.31); milagres desta natureza (Is 35.5,6); e nós temos a prova indiscutível de que Ele era o Messias; nunca houve qualquer outro homem que fizesse isto; e desta maneira a cura e a pregação, em geral, andavam juntas, pois a primeira confirmava a segunda. Assim, aqui Ele começou a curar e a ensinar (At 1.1). (2) A misericórdia que havia nelas. Os milagres que Moisés realizou para provar a sua missão eram, na sua maioria, pragas e julgamentos, para dar a entender o terror daquela revelação, embora fosse de Deus; mas os milagres que Cristo realizou eram, na sua maioria, curas, e todos eles (exceto a maldição da figueira estéril) foram bênçãos e graças; pois a revelação do Evangelho está baseada e edificada sobre o amor, a graça, e a doçura; e o cuidado não está voltado a amedrontar, mas sim a nos levar à obediência. Cristo quis – por meio das curas que realizou – conquistar as pessoas e apresentar a si mesmo e a sua doutrina, entrando em suas mentes, atraindo-as, desta forma, com cordas de amor (Os 11.4). O milagre que havia nelas provava que a sua doutrina era uma declaração fiel, e influenciava o julgamento dos homens. A misericórdia que havia nelas provava que elas eram dignas de toda a aceitação, e eram realizadas sobre os seus sofrimentos. Não eram apenas grandes milagres, mas bons milagres, que Ele lhes mostrava como vindos do seu Pai (Jo 10.32). E esta bondade pretendia levar os homens ao arrependimento (Rm 2.4), como também mostrar que a bondade e a caridade, e fazer o bem a todos, até o máximo da nossa capacidade e oportunidade, são ramos essenciais da religião santa que Cristo veio estabelecer neste mundo. (3) O mistério que havia nelas. Cristo, ao curar as doenças do corpo, pretendia mostrar que a sua grande missão no mundo era curar as enfermidades espirituais. Ele é o Sol da Justiça, que se levanta com esta cura sob suas asas. Sendo o Transformador dos pecadores, Ele é o Médico das almas, e nos ensinou a chamá-lo assim (Mt 9.12,13). O pecado é a doença, a enfermidade e o tormento da alma; Cristo veio para tirar o pecado, e para curar os pecadores. E as histórias, em particular, das curas que Cristo realizou podem não somente ser aplicadas espiritualmente, como alusões e exemplos, mas, creio eu, têm a intenção de revelar-nos coisas espirituais e de nos mostrar o caminho e o método que Cristo usa para lidar com as almas, na sua conversão e santificação. E estas curas foram registradas, pois seriam mais significativas e instrutivas desta maneira; e devem, portanto, ser explicadas e compreendidas para a honra e o louvor daquele


glorioso Redentor, que perdoa todos os nossos pecados e que cura todas as nossas enfermidades.


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