Lição 10 A autoridade do Mestre Jesus Cristo. 4 de setembro de 2016 Texto Áureo Mateus 7.29 “Porquanto os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas.” Verdade Aplicada Ninguém jamais falou e agiu com a autoridade de Jesus e é por isso que Sua influência cresce no mundo. Objetivos da Lição Revelar os diferentes tipos de autoridade de Jesus; Ensinar de onde procede toda a autoridade de Jesus; Mostrar os diferentes tipos de milagres de Jesus. Glossário Arguir: Argumentar, disputar, demonstrar, provar; Categórico: Claro, definido, resposta categórica; Vanguarda: Dianteira, frente. Leituras complementares Segunda Mt 7.28 Terça Mt 8.10 Quarta Mt 8.13 Quinta Mt 8.17 Sexta Mt 8.27 Sábado Mt 9.8 Textos de Referência. Mateus 8.2-3; 8-9 2 E eis que veio um leproso e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo. 3 E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra. 8 E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar. 9 Pois também eu sou homem sob autoridade e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu criado: faze isto, e ele o faz. Hinos sugeridos. 3, 145, 577. Motivo de Oração Peça a Deus para que transforme o coração das nossas autoridades governamentais. Esboço da Lição Introdução 1. Diferentes tipos de autoridade. 2. O que Lhe conferia autoridade. 3. Demonstrações de autoridade. Conclusão Introdução A autoridade de Jesus é um assunto presente não só no evangelho de Mateus, mas em todos os evangelhos, pois esta é a base para que se possa respeitá-Lo como legítimo Filho de Deus e Salvador.
As Escrituras são claras quanto à autoridade conferida a Jesus (Mt 7.29; 9.8; Mc 11.28; Lc 4.36; Jo 17.2). Ele mesmo declara que toda autoridade lhe foi dado tanto nos céus como na terra (Mt 28.18). Reconhecer e aceitar a Jesus e sua autoridade são de extrema importância, pois ela nos traz libertação, restauração e comunhão com Deus. 1. Diferentes tipos de autoridade. No ministério terreno de Jesus, notamos três diferentes tipos de autoridade: autoridade para ensinar, para curar e para perdoar pecados.
Cristo desempenha seu ministério terreno demonstrando autoridade para ensinar, para curar e para perdoar pecados. Jesus ensinava com tranquilidade e total segurança. Perdoava pecados sem cerimônias e curava as doenças e enfermidades com muita naturalidade. 1.1. Autoridade para ensinar. Ao término do Sermão do Monte, as multidões estavam maravilhadas da Sua doutrina (Mt 7.2829). Na verdade, a exposição de vários assuntos não era novidade para os ouvintes, porém a forma convicta, categórica e ungida fazia toda a diferença. Além disso, há outra característica no Senhor Jesus que também lhe conferia autoridade: a Sua conduta exemplar (Jo 8.46). As Suas palavras eram tão cheias de autoridade e sabedoria que até os oponentes também se maravilhavam (Jo 7.46). Devemos entender que não era apenas eloquência, mas, sobretudo o exemplo de Jesus. Ora, se alguém ensina, deve antes praticar aquilo que se ensina, o contrário disso é hipocrisia, que o Mestre condena. Desde a genealogia do nosso Senhor Jesus Cristo, já se pode identificar o interesse de Mateus em mostrar de onde vem a autoridade de Jesus. Aponte para os alunos a retomada do assunto acerca da autoridade do Senhor Jesus Cristo por Mateus. Nada no evangelho de Mateus é por acaso e ele mostra a autoridade de Jesus sob vários aspectos, a começar pela doutrina. As comparações são inevitáveis e o povo logo concluiu que Jesus era diferente dos outros mestres, escribas e fariseus. Aqueles atores da religião colocavam peso sobre os outros que fingiam seguir, mas eles mesmos não seguiam nada, por isso foram censurados (Mt 23.4).
O escritor do evangelho de Mateus procura demonstrar a legitimidade da autoridade do nosso senhor Jesus Cristo, pois já inicia seu livro discorrendo sobre a genealogia dele afim de, comprovar sua origem e demonstrar que Ele é de fato o Messias que havia de vir da descendência de Abraão e de Davi. Mateus procura enfatizar as profecias do Antigo Testamento mostrando o cumprimento de cada uma através da obra de Cristo, como forma de confirmar a autoridade Dele como Rei e Filho de Deus. O escritor do Evangelho de Mateus faz questão de frisar a autoridade com que Cristo ensina as multidões, pois, após o sermão do monte Mateus cita (Mt 7.28,29) que as multidões ficaram maravilhadas com a doutrina de Jesus, porque elas percebiam autoridade Nele, diferente dos mestres da lei. Cristo falava com autoridade porque vivia o que pregava e pregava o que vivia. Não havia para Ele divisão entre a prática e a Palavra. Ele não estava preocupado em fazer marketing de suas boas obras, como os escribas e fariseus, seu objetivo era pregar as boas novas do evangelho do Reino. 1.2. Autoridade para curar. Fatos interessantes envolvendo curas são apresentados para mostrar a autoridade de Jesus sobre as enfermidades como cumprimento profético: a cura de um leproso que se prostra diante dEle (Mt 8.2-4); a cura do criado do centurião que jazia violentamente enfermo em casa (Mt 8.510); a cura da sogra de Pedro que estava acamada com febre (Mt 8.14-15); a libertação de endemoninhados, que naquela época era vista como enfermidade (Mt 8.16). Veja que a narrativa
de Mateus procura intencionalmente nos mostrar a autoridade de Jesus nestes aspectos para aumentar a nossa fé. Os dois fatos iniciais por si só já seriam suficientes para convencer da autoridade do Senhor Jesus para curar e libertar os endemoninhados. Comente com os alunos que o escritor, porém, narra também a cura da sogra de Pedro (Mt 8.14-15). As curas confirmavam as profecias acerca dEle como o Messias que haveria de vir e levaria as enfermidades e dores (Mt 8.17; Is 53.4). Tanto o leproso quanto o centurião tocam a questão de autoridade de Jesus de forma maravilhosa. Este é o Jesus amoroso que servimos.
O escritor do evangelho de Mateus cita inúmeros milagres de cura e libertação realizados por Jesus, demonstrando assim, de forma inequívoca, a autoridade de Jesus sobre doenças e enfermidades em cumprimento profético das Escrituras Sagradas (Is 53.4). Um dos exemplos de milagres que Mateus cita é a cura de um leproso (Mt 8.1-3). O problema deste homem não era acreditar na capacidade de Deus para curá-lo, mas em conhecer a vontade de Deus, ou seja, se era da vontade de Deus sua cura. Jesus só fazia e falava aquilo que via e ouvia do Pai (João 14.10), portanto, a vontade de Deus era curar aquele homem. Outro exemplo de milagre que demonstra consciência da autoridade de Cristo é o da cura do servo do oficial romano relatado no capítulo 8, versos 5 a 10 do livro de Mateus, aqui o escritor nos mostra que, devido à sua formação militar, esse oficial sabia como funcionava a autoridade e simplesmente reconhecia que Jesus tinha tal autoridade, isto era suficiente para que alcançasse seu milagre, pois exerceu fé de que Jesus era o filho de Deus e tinha poder e autoridade sobre doenças e enfermidades. Jesus veio para fazer a vontade de Deus e revelar o seu caráter, Ele curou a todos que vieram até Ele com fé (Mt 8.16b; 12.15; 14.36b; Atos 10.38). 1.3. Autoridade para curar. Ao trazer a Jesus um paralítico, estava claro que queriam que o homem fosse curado de sua paralisia (Mt 9.1-6). Ele, porém, carinhosamente, diz ao paralítico: “Filho, tem bom ânimo, perdoados são os teus pecados” (Mt 9.2). Esse procedimento gerou murmúrios entre os escribas, afinal quem pode pecados senão Deus?! Este era o pensamento deles. Ele então argui: “O que é mais fácil dizer: perdoados são os teus pecados, ou dizer: Levanta-te e anda?” (Mt 9.5. Notemos que Mateus não economiza nem palavra e nem ênfase: “Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma a tua cama e vai para tua casa” (Mt 9.6). Ao longo da narrativa do livro de Mateus, o propósito perdoador e salvador do nosso Senhor Jesus Cristo, Podemos mostrar declarações importantes no próprio livro que Ele é: aquele que tem poder para perdoar pecados (Mt 9.6); que Ele veio para buscar e salvar o que se havia perdido (Mt 18.11); que Ele salvará o Seu povo dos Seus pecados (Mt 1.21).
O escritor do evangelho de Mateus cita no capítulo 9, versos de 1 a 6 que Jesus ao se deparar com um paralítico que procurava cura disse-lhe: “Tenha bom ânimo filho, os seus pecados estão perdoados”, e o paralítico ficou curado. No capítulo 1, verso 21 de Mateus, o escritor cita o que o anjo do Senhor diz a José: “Maria dará a luz um filho, e que ele deve colocar seu nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados”, essa citação, por si só, já demonstra a autoridade de Cristo para perdoar pecados. Podemos citar ainda Mateus 18.11: “O filho do homem veio para salvar o que se havia perdido.” Esse texto, de certa forma, também confirma a autoridade de Cristo para perdoar pecados. 2. O que Lhe conferia autoridade.
A forma como Jesus ensinava, curava e libertava vidas demonstrava claramente uma autoridade. Mas o que ou quem lhe conferia tal autoridade, tal direito e tal poder? Ao declarar que toda autoridade lhe foi dada (Mt 28.18), Jesus reconhece que a autoridade e o poder lhe conferido vem do Pai e atribuído: 2.1. As Escrituras Sagradas. A autoridade do Senhor Jesus Cristo repousa sobre uma sólida base escriturística. Isso significa que várias profecias anteviram e legitimaram a autoridade do Messias que haveria de vir, por isso foram usadas para demonstrá-la. Tomemos por base as citações feitas por Mateus: Sua autoridade vem do fato de ser Filho de Deus através de uma virgem (Mt 1.22-23); Sua autoridade como Rei de Israel (Mt 2.6); Sua autoridade curadora e libertadora (Mt 4.14-15); Jesus como autoridade nomeada e escolhida pelo Pai Celestial (Mt 12.17-21); a realeza humilde de Jesus (Mt 21.4-5). A partir das Escrituras é demonstrado de modo inequívoco quem e o quê conferiu a Jesus Cristo tal autoridade, por isso devemos-lhe obediência. As Sagradas Escrituras são um, sólido documento que legitima a autoridade do Senhor Jesus. Comente com os alunos que qualquer indivíduo que arrogasse para si o direito messiânico sem comprovação escriturística deveria ser desprezado e julgado como blasfemo. Porém, o que aconteceu com Jesus foi que, mesmo sendo legítimo, por causa da inveja o crucificaram (Mt 27.18).
Jesus cumpriu a Palavra a seu respeito. A profecia de Isaías 53.4,5 dizia: “Certamente, Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si, e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”; o cumprimento dessa profecia está relatado em Mateus 8.16,17 que diz: “Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoniados; e ele meramente com a palavra expeliu os espíritos e curou todos os que estavam doentes; para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas doenças.” 2.2. A Sua identidade de Filho de Deus. Ser Filho de Deus significa que Cristo Jesus é da mesma natureza divina do Pai, quer ambos são eternos, porém distintos. A identidade de Filho de Deus é o aspecto principal que lhe confere autoridade para agir, falar e operar milagres em nome do Pai (Mt 16.16). Essas três coisas em verdade funcionaram ao mesmo tempo para comprovar a perfeita salvação alcançada pela fé nEle. Por ser filho de Deus, como cristãos e servos dEle, cremos que Ele nasceu de uma virgem, que Ele perdoa nossos pecados, que Ele cumpriu todas as profecias, que tem toda autoridade no céu e na terra e que Ele voltará para nos buscar (Mt 28.18). O Senhor Jesus Cristo, como Filho de Deus, é da mesma natureza que Deus-Pai. Consequentemente, Ele pode salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus. A fé nEle traz o perdão de Deus e paz interior, enquanto a filosofia e o ateísmo promovem a descrença e o desespero velado.
As sagradas escrituras deixam claro que a autoridade de Jesus vinha do Pai (Deus), Ele foi ungido por Deus para curar (Atos 10.38). Em João 6.38 ele declara que desceu do céu, não para fazer sua própria vontade, mas a vontade daquele que o enviou. No capítulo 7, verso 16, ainda do livro de João, Cristo declara que o ensino não é Dele, mas daquele que o enviou. E em João 7. 29, Ele diz: “Eu o conheço (a Deus), porque sou representante Dele, e Este me enviou.” Ele afirma em João 5.30 que: “Eu não posso de Mim mesmo fazer coisa alguma” – Ele confiava no poder de Seu Pai. Assim fica evidente que o próprio Deus-Pai era a fonte da autoridade de Cristo. A Palavra de Deus afirma que o Diabo veio para matar, roubar e destruir, mas Jesus veio para dar vida, e vida em abundância (João 10.10).
2.3. A Sua obediência. Jesus Cristo veio submisso, como um servo exemplar, manso como um cordeiro, capaz de inspirar os corações a servirem a Deus. Ele não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos (Mt 20.28). Ele veio para levar as dores e os sofrimentos dos que creem (Mt 8.17). Ele teve que se submeter a Deus até a morte e sofrer a morte de cruz, o pior tipo de execução. Porém, foi exaltado incomparavelmente (Fp 2.5-11). O que trouxe a nossa salvação foi a obediência de Jesus Cristo ao Pai. Segundo as Sagradas Escrituras, Ele é Eterno, Criador e Sustentar de todas as coisas com Seu poder, mas a salvação foi consequência de Sua submissão ao plano da salvação. Ele era adorado na eternidade como Criador, não porém como Salvador. Comente com os alunos que, para se tornar nosso Salvador, Ele teve que esvaziar-se, tornando-se um bebê, e desenvolver-se, sendo obediente em tudo, até sofrer a morte de cruz. E tudo por quê? Porque Ele nos amou com um amor que excede todo o entendimento (Jo 3.16). Creia e sinta-se amado.
A Bíblia diz que o Senhor Jesus e o Pai são um. No começo era a Palavra, e a Palavra era Deus (João 1.1). Portanto, as Escrituras dizem que o Senhor “não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se” (Filipenses 2.5-7) – isto é, sua igualdade com Deus não era uma coisa a ser conquistadae nem adquirida, pois, em essência, ele era a imagem de Deus. Como Filho, de boa vontade Cristo submeteu-se à autoridade do Pai e declarou: “[...] o Pai é maior do que eu” (João 14.28). O filho, originariamente, partilhou da mesma glória e autoridade que o Pai. Mas quando veio ao mundo, de um lado, abandonou a glória e, de outro lado, assumiu a obediência. De boa vontade assumiu o lugar de servo, ele se humilhou e foi obediente até a morte. Em Hebreus 5.8, somos informados de que Cristo, embora “sendo Filho, [...] aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu”. O sofrimento exigiu obediência do Senhor. Observe que ele não trouxe obediência a esta terra: ele aprendeu a tê-la – e o fez por meio do sofrimento. 3. Demonstrações de autoridade. O povo de Israel aguardava um Messias guerreiro, como Davi, que os libertasse do jugo de Roma. Eles esperavam que Jesus demonstrasse a Sua autoridade resolvendo seus problemas políticos e, assim, os pusesse na vanguarda. Porém, a Sua autoridade foi exercida contra o pecado, os demônios, as doenças e em favor dos homens.
O escritor de Mateus se preocupa em demonstrar a autoridade de Jesus, tendo em vista que os judeus esperavam um rei de guerras terrenas, enquanto que Cristo trava batalhas espirituais contra o pecado, os demônios, as doenças e em favor do homem. 3.1. A tempestade no mar. O evento em que Jesus cessa a tempestade revela a Sua autoridade sobre a natureza (Mt 8.2327). Cansado de Seus afazeres, Jesus dorme profundamente no barco. Quando então se levanta uma enorme tempestade, Seus discípulos apavorados despertam-no pedindo socorro. Ele se levanta e repreende a tempestade, deixando Seus discípulos boquiabertos. O Senhor Jesus Cristo tem autoridade sobre as forças da natureza. Reforce para os alunos que quem faz cessar a tempestade no mar é capaz de cessar qualquer tipo de dificuldade, ou causar, se necessário for, um terremoto para libertar os Seus servos de uma prisão (At 16.23-34). A oração “Senhor, aumenta–nos a fé”, deve sempre fazer parte das nossas petições diárias. Talvez nunca conheceremos a fraqueza da nossa fé, enquanto não formos postos na fornalha da tribulação e da ansiedade. Felizes são os que descobrem. Por experiência, que a sua fé é capaz de resistir ao fogo, e que podem, como Jó, dizer: “Ainda que ele me mate, nele esperarei” (Jó 13.15).
Quando o escritor do livro de Mateus traz o relato do capítulo 8, versos 23 a 27 sua intenção era mostrar a autoridade de Cristo como Rei. Mateus quis mostrar que aautoridade de Cristo se estende também aos fenômenos da natureza, tudo está sujeito à sua autoridade, inclusive a natureza. Nesse episódio supracitado, vemos o poder de Jesus ao repreender os ventos e o mar; como também observamos o Seu poder ao andar sobre o mar (Mt 14.23-36; Jo 6.17-21) e também na pesca maravilhosa (Lc 4.38,39); Como teve poder para multiplicar cinco pães e dois peixes de tal forma que quase cinco mil homens foram saciados (Lc 9.10-17). E, depois de todos terem comido, do que sobejou ainda encheram doze cestos. Jesus não só alimentou com dois peixes e cinco pães como ainda fez com que sobrasse mais alimento do que o existente no princípio (Jo 6.5-14). Seu poder ao ordenar à figueira infrutífera que secasse (Mt 21.1821), e quando transformou a água em vinho (Jo 2.1-12). Jesus não só teve poder para criar os céus e a terra, mas têm também o poder de preservar da destruição todas as coisas. Jesus tem poder sobre as forças da natureza. Sendo o próprio Criador, Ele demonstrou este poder ao repreender a tempestade que aterrorizava os discípulos que, no barco, atravessavam o mar da Galileia (Mt 8.23-26). 3.2. A libertação dos endemoninhados de Gadara. O acontecimento envolvendo a libertação de dois endemoninhados em Gadara revela a autoridade de Jesus sobre os demônios (Mt 8.28-34). Este foi um dia de desafios para o Mestre. Há pouco, Ele acalmara uma tempestades e depois enfrentaria a fúria de dois homens terrivelmente endemoninhados. Os demônios identificam a Jesus e reclamam por se sentirem atormentados antes do tempo do juízo final. A seguir, eles pedem permissão para que entrem nos porcos e o Senhor o consente, mas os porcos se precipitam no lago e se afogam, causando grande prejuízo aos porqueiros, que temeram. Contudo, eles pediram que Jesus se retirasse de seus termos. Com isso aprendemos que a libertação de vidas ou de um lugar pode trazer a ruína sobre uma economia estruturada na desobediência a Deus. Assim como nosso Senhor Jesus Cristo libertava, hoje a Igreja trabalha trazendo libertação do cativeiro de demônios a muitas pessoas. A Igreja expulsa os espíritos imundos em nome de Jesus Cristo através da fé nEle. Comente com os alunos que não se trata de um pequeno alívio, mas de libertação completa para viver em saúde e liberdade, pois há muitos que não descansam, não dormem, vão a psiquiatras e outros estão se submetendo a cirurgias, o que uma oração e um trabalho de libertação resolveriam.
Mateus demonstra a autoridade de Jesus para expulsar demônios quando relata a libertação de dois endemoniados em Gadara. Os milagres operados por Cristo eram destinados tanto para atestar a veracidade de sua missão divina, quanto para exercer misericórdia e trazer libertação ao homem. Nesse episódio narrado por Mateus(Mt 8.28-34), fica evidente que os demônios foram expulsos dos gadarenos pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo. Um único homem, ou dois homens (conforme Mateus nos diz que havia dois, apesar de Marcos ter registrado apenas a libertação de um), não poderia dirigir dois mil suínos para o mar, que era o número deste rebanho (v. 13); e esta destruição consequente dos porcos em razão da expulsão dos demônios do pobre endemoninhado, mostrou quão grande livramento tinha sido feito para ele, e como todas as hostes do inferno estavam sujeitas completamente ao controle de nosso bendito Senhor. O Poder de Deus se manifestou na vida de Jesus para subjugar as obras do diabo (Mc 1.21-28). Os demônios são seres espirituais com personalidade e inteligência. Como súditos de Satanás, inimigos de Deus e dos seres humanos (Mt 12.43-45), são malignos, destrutivos e estão sob a autoridade de Satanás (Mt 4.10). A Bíblia mostra que o diabo é um ser dotado de personalidade. A Escritura registra vários casos de pessoas oprimidas e possessas de demônios que tiveram um encontro com Jesus. O Evangelho segundo Lucas, descreve muitos desses casos (Lc 4.33-37,41; 6.18; 7.21; 8.27;
9.39; 10.17-19; 11.14; 13.11). Em todos os casos, tais pessoas foram libertas de Satanás. O NT mostra que o mundo está alienado de Deus e controlado por Satanás (Jo 12.31; 2Co 4.4; Ef 6.10-12). Os demônios são parte das potestades malignas; o cristão tem de lutar continuamente contra eles (Ef 6.12). Eles podem habitar no corpo dos incrédulos (Mc 5.15; Lc 4.41; 8.27,28; At 16.18). Escravizam tais indivíduos e os induzem à iniqüidade, à imoralidade e à destruição. 3.3. A cura do paralítico. Embora não se possa dizer que todas as deformidades físicas (Lc 13.10-13), as enfermidades e problemas psicológicos (Mt 17.14-21), são ação do demônio ou porque alguém pecou seriamente (Jo 5.13-14), ao analisarmos a Bíblia, verificamos que tudo é consequência do pecado original. No caso do paralítico (Mt 9.1-8), Jesus trata primeiro do perdão ao declarar: “perdoados te são os teus pecados”. Embora o perdão oferecido tenha gerado polêmica, o Senhor Jesus vai mais além, para provar que tem autoridade sobre a enfermidade e o pecado. A seguir, ordena que o homem pegue a sua cama e ande, o que causa grande espanto em todos que ali estavam. Jesus Cristo é o mesmo que cura e salva! Que verdade maravilhosa! No caso deste paralítico em particular, o nosso Senhor Jesus Cristo tratou primeiro da sua situação pecaminosa. Ele recebeu o perdão de Jesus Cristo para depois receber a cura de sua paralisia. Destaque para os alunos que, às vezes, para alguém ser curado precisa ser perdoado primeiramente. Perdoado do pecado e liberto da ação demoníaca, a consequência disso é boa saúde.
A cura do paralítico, narrada no capítulo 9 do livro de Mateus, nos é contada também pelos evangelistas Marcos (2,1-12) e Lucas (5,17-26). Marcos apresenta a história do paralítico com mais particularidades. Na sua versão, Mateus estiliza a cena reduzindo-a ao essencial, omitindo todos os particulares. A chave para descobrir a intenção de Mateus está nas palavras de Jesus: Vendo a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: “Meu filho, coragem! Teus pecados te são perdoados” . Neste texto, Mateus quer afirmar que Jesus tem o poder de perdoar os pecados. A cura do paralítico comprova esse poder. Conclusão. Nesta lição, tivemos uma rápida visão da autoridade do Senhor Jesus Cristo nos capítulos oito e nove do evangelho de Mateus. Também aprendemos que os milagres são testemunhos que ilustram esta verdade, para que se possa respeitá-Lo como legítimo Filho de Deus e Salvador.
Jesus é soberano, rei dos reis e Senhor dos Senhores (Ap 19.16). Ele tem toda autoridade (Mt 28.18). Insensatos são aqueles que se rebela contra a Palavra de Deus e não reconhece o Senhorio e a autoridade do grande Mestre Jesus Cristo. Questionário. 1. No final do Sermão do Monte, por que as multidões estavam maravilhadas? R: Porque Jesus falava com autoridade (Mt 7.28-29). 2. Quais os três diferentes tipos de autoridade apresentados na lição? R: Autoridade para ensinar, para curar e perdoar pecados (Mt 7.28). 3. Qual aspecto principal conferia a Jesus autoridade para agir, falar e operar milagres em nome do Pai? R: A identidade de Filho de Deus (Mt 16.16). 4. Qual evento revela a autoridade de Jesus sobre a natureza?
R: O milagre de cessar a tempestade (Mt 8.23-27). 5. No caso do paralĂtico, o que Jesus tratou primeiro? R: Do perdĂŁo (Mt 9.1-8).