Lição 12 os antepassados de jesus cristo revelam a presença da graça de deus

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Lição 12 Os antepassados de Jesus Cristo revelam a presença da Graça de Deus. 19 de Março de 2017 Texto Áureo Salmos 100.5 “Porque o Senhor é bom, e eterna, a sua misericórdia; e a sua verdade estende-se de geração a geração”. Verdade Aplicada Uma vez salvos e iluminados pela verdade da cruz, as cargas hereditárias não nos impedem de sermos novas criaturas em Cristo. A palavra latina “misericórdia”, de acordo com o seu sentido original significa ter o coração (cors) voltado para os pobres (miseri), estando em comunhão com eles. A misericórdia não é tão somente a benevolência de Deus que concede o perdão ao pecador arrependido. Antes disso, é a dinâmica do amor de Deus, que vem ao encontro do ser humano em suas necessidades, seja este ou não pecador, esteja ou não arrependido, tenha ou não fé no Deus que o busca apaixonadamente e se solidariza com seu sofrimento. Objetivos da Lição Ensinar a importância da genealogia e as teorias do comportamento humano; Apresentar o perfil dos antepassados de Jesus e como a graça de Deus se manifesta; Mostrar que nenhuma genealogia é fatos determinante para nosso futuro. Glossário Ancestral: Relativo ou próprio dos antepassados ou antecessores; Genealogia: Origem de um indivíduo, ou de uma família; Incesto: Relação sexual entre parentes, condenada pela moral, pela lei e pela religião. Leituras complementares Segunda Dt 29.29 Terça Sl 23.7 Quarta Sl 73.26 Quinta Mc 9.23 Sexta Jo 14.17 Sábado 1Co 15.48-49 Textos de Referência. Mateus 1.1-6 1 Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. 2 Abraão gerou a Isaque; e Isaque gerou a Jacó; e Jacó gerou a Judá e a seus irmãos; 3 E Judá gerou, de Tamar, a Perez e a Zerá, e Perez gerou a Esrom, e Esrom gerou a Arão. 4 E Arão gerou a Aminadabe; e Aminadabe gerou a Naassom; e Naassom gerou a Salmom; 5 E Salmom gerou, de Raabe, a Boaz; e Boaz gerou, de Rute a Obede; e Obede gerou a Jessé; 6 E Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias. Hinos sugeridos. 44, 88, 400


Motivo de Oração Ore para que as famílias experimentem o conforto do Senhor e Sua presença. Esboço da Lição Introdução 1. A importância da genealogia. 2. Deus gerou graça em meio a desgraça. 3. A vontade soberana de Deus. Conclusão Introdução Através da genealogia de Jesus Cristo, dúvidas e problemas acerca de nossa natureza humana podem ser claramente explicados, bem como também vemos a manifestação da graça do Eterno Deus. Jesus veio de uma genealogia que não era perfeita em obediência nem tampouco exemplo em santificação, mas foi de onde veio alguém muito especial que nos trouxe a graça de Deus. Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. (Jo 1:17). A genealogia da Graça de Deus A genealogia, ou o livro da geração é um registro das origens familiares da pessoa. As genealogias eram muito importantes para os judeus no primeiro século. Uma genealogia: (1) provava que a pessoa era realmente israelita, (2) identificava a tribo à qual pertencia, e (3) qualificava certos judeus para os ofícios religiosos como levitas ou sacerdotes (Ed 2.61,62). A genealogia de Cristo é essencial para a história do cristianismo. Mateus descreve a descendência de Cristo desde Abraão, Isaque e Jacó, para mostrar que Jesus era judeu, mas não deixa de mencionar Davi, para informar aos seus leitores que Jesus tinha direito ao trono de Davi (2Sm 7.12), algo que aconteceria no futuro (Mt 18.28). O fato de o filho de Davi preceder o filho de Abraão é muito significativo. A ordem dos nomes está invertida, pois cronologicamente Abraão precedeu Davi mil anos. A razão de Mateus inverter a ordem se encontra na natureza da promessa que Deus fez a Abraão e a Davi. As promessas que Deus fez a Davi foram mais específicas do que as que Ele fez a Abraão. As promessas a Abraão foram de ordem pessoal, nacional e universal (Gn 12.1-3; 13.14-17; 15.1-21; 17.1-21; 21.12,13; 22.16-18); por outro lado, a aliança davídica previa bênçãos pessoais e o direito de sua descendência ao trono (2Sm 7.13-16; Sl 89.1-4, 19-37; 132.11-18). Assim, no Evangelho de Mateus, é enfatizado que o Senhor Jesus veio primeiro para Israel (Mt 10.5,6) e depois para o mundo (Mt 28.19,20). Como a salvação pessoal depende da resposta de cada pessoa ao evangelho, a promessa da vinda do Reino messiânico a esta terra está relacionada à aceitação de Jesus por parte de Israel como seu Messias (At 3.19-21; Zc 12.1014,21). A citação de uma mulher na genealogia judaica é algo muito raro. No entanto, além de Maria, quatro mulheres são mencionadas na genealogia de Jesus. E o mais interessante é o tipo de mulheres que Mateus cita aqui: Tamar, que se envolveu numa trama com Judá (Gn 38); Raabe, uma ex-prostituta cananeia que viveu em Jericó (Js 2); Rute, uma moabita que se casou com um israelita (Rt 1.4); e Bate-Seba, a mulher de Urias, que provavelmente era heteia e adulterou com Davi, acarretando terríveis consequências (2Sm 11.1-12.23). No começo de seu Evangelho, Mateus nos mostra como a graça de Deus pode perdoar os pecados mais obscuros e alcança o mundo por meio da nação de Israel. Mostra-nos que Deus pode perdoar o pecado mais vil, resgatar o pecador e torná-lo parte da linhagem real. Uma referência especial tem de ser feita a Jeconias (Mt 1.11), pois José é mencionado como descendente desse rei de Judá. O problema é que Jeconias trouxe maldição à descendência de Davi. Em Jeremias 22.24-30, essa maldição é mencionada. Ele não teria filhos e


ninguém da sua descendência se sentaria no trono de Davi. O motivo dessa maldição se encontra em 2 Reis 24.9: “E fez o que era mal aos olhos do Senhor”. Não há detalhes aqui de seu pecado ou pecados, mas eles foram tão terríveis que Deus impediu sua descendência de herdar o trono de Davi. E já que a descendência humana de Jeconias foi proibida de assentar-se no trono de Davi, Jesus não poderia ser o Messias, e, ao mesmo tempo, vir da descendência desse rei por meio de José. No entanto, Maria era da descendência de Natã, filho de Davi (1Cr 3.5). Por essa razão, Jesus pôde vir da descendência de Davi por meio de Maria e legalmente ser filho de Davi por meio de José. A genealogia de Jesus nos leva até José (Mt 1.16), um legítimo herdeiro do trono de Davi. Mateus, entretanto, tem todo o cuidado de não citar Jesus como filho de José. O termo grego traduzido por da qual – em “Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus” – é um pronome relativo, no feminino, que só pode referir-se a Maria. A primeira coisa que percebemos no primeiro capítulo do Evangelho de Mateus, é a sua ênfase em, através do relato pormenorizado da genealogia de Jesus, reivindicar para nosso Mestre o direito a assumir o trono de Davi, apresentando-o como o Messias prometido. Uma segunda intenção transparece quando examinamos as diversas personalidades dos antepassados de José. São personagens absolutamente heterogêneos, que talvez nem merecessem pertencer a uma árvore genealógica que desse origem à família terrena de nosso Senhor Jesus Cristo. Mas essas idiossincrasias, essas diferenças, esses contrastes, os atos praticados por cada uma dessas figuras bíblicas são o tempero que Deus usou para nos admoestar sobre a “pureza” de nossas origens. Nem a família humana do Senhor Jesus tinha um passado irreprochável. Como todos nós, cada um deles tinha seus defeitos e suas qualidades. A partir do versículo 18, Mateus versa sobre o nascimento de nosso Salvador. E, é nessa passagem que a origem divina de nosso Senhor Jesus Cristo é evidenciada. Após dissertar sobre toda a árvore genealógica da família terrena de Mestre, Mateus identifica-o como Deus conosco (Emanuel). Sem dúvida, não pode ser ignorado que a citação da descendência terrena de Jesus jamais pode se sobrepor a sua origem divina. Jesus é o Deus Vivo que esteve entre os mortais. É o Verbo que se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14). Entendemos por tudo acima exposto que a intenção maior do evangelista foi evidenciar a origem divina de Jesus em contraponto com sua legitimação davídica, tornando-o duplamente capaz para exercer seu ministério divino aqui na terra. Jesus homem era Deus e Deus homem se fez Jesus. 1. A importância da genealogia. A genealogia para um judeu sempre foi considerada de vital importância, porque sem uma árvore genealógica eles não poderiam provar que faziam parte de determinada tribo e não teriam direito de possuir qualquer herança. Mateus apresenta tanto a linhagem humana de Jesus (Mt 1.1-17), quanto a divina (Mt 1.18-25). A genealogia para um judeu sempre foi considerada de vital importância, porque sem uma árvore genealógica eles não poderiam provar que faziam parte de determinada tribo e não teriam direito de possuir qualquer herança. Mateus apresenta tanto a linhagem humana de Jesus (Mt 1.1-17), quanto a divina (Mt 1.18-25). O motivo principal de Mateus ter iniciado o seu livro com a genealogia de Jesus foi autenticá-lo como sendo o Messias. Outros diziam: Este é o Cristo; mas diziam outros: Vem, pois, o Cristo da Galiléia? Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi, e de Belém, da aldeia de onde era Davi? (Jo 7:41,42).

A genealogia é uma ciência que estuda a origem, evolução e disseminação das várias gerações de uma família. A busca por informações em documentos e certidões de pais, tios, avós e bisavós, as pessoas conseguem descobrir seus antepassados e quando e onde eles nasceram. Diante dessa busca é possível construir a árvore genealógica de uma família com nomes, datas e lugares por onde andaram nossos antepassados, de forma que sejam mantidos vivos na memória de seus descendentes. A genealogia para os judeus era muito importante, pois


através dela, eles podiam provar que faziam parte de determinada tribo e que possuíam direito de herança. Aqueles que afirmasse ser "filho de Davi" deveriam provar tal filiação. Estudá-las nos ajuda a enxergar melhor a história bíblica e seus personagens. Mateus revela a origem de Cristo dentro da história de Israel, através da genealogia: Jesus, Filho de Davi. 1.1. Jesus na genealogia de Mateus. A intenção de Mateus era comprovar que Jesus pertencia à linhagem de Davi e Abraão, portanto, era o Messias predito nas Escrituras. Outro fato importante é que Mateus apresenta a singularidade do nascimento de Jesus Cristo, isto é, a forma como foi gerado pelo Espírito Santo (Mt 1.18). Ele deixa claro que José não “gerou” Jesus, foi apenas o marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo (Mt 1.16). A genealogia apresentada por Mateus é um documento que atesta a veracidade de Cristo como Messias. Através dela, Mateus revela a origem de Cristo dentro da história de Israel: Jesus, filho de Davi (Mt 1.1). Não era fácil apenas dizer que se pertencia a alguma linhagem em particular, era necessário provar. Em Sua soberana providência, o nosso Deus tanto governou, quanto prevaleceu sobre os acontecimentos históricos, e os fez tudo isso a fim de realizar Seu grande propósito: cumprir Sua Palavra, apresentando para a humanidade um salvador, Seu Filho Jesus Cristo: “E dará à luz um filho, e chamarás o seu nome Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados” (Mt 1.21). É importante observar que Mateus está interessado, primeiro e principalmente, em mostrar que Jesus Cristo era o Messias, descendente direto da casa real de Davi e da posteridade do patriarca Abraão, a quem as promessas divinas foram primeiro dadas.

A genealogia de Jesus em Mateus capítulo 1 apresenta a linhagem humana de Jesus (Mateus 1.1-17) e também a divina (Mateus 1.18-25), fala ainda que o nascimento de Jesus Cristo foi algo singular, nenhuma outra criança judia nasceu da mesma forma. Vemos ainda, que Mateus destaca que Jesus nasceu de uma mãe terrena, sem a necessidade de um pai terreno: (“E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama o Cristo” Mateus 1.16). É de suma importância a genealogia de Cristo, pois é por meio dela que se revela a nós a origem da linhagem divina e real do nosso salvador Jesus. 1.2. A genealogia e seus personagens. Os personagens escolhidos pelo Espírito Santo para compor a lista dos familiares de Jesus Cristo são sem dúvida, muito intrigantes (Mt 1.1-17). A lista apresenta vários tipos de casos e, de forma detalhada, Mateus vai relatando, com riqueza, seus nomes e seus feitos. A Bíblia nada omite acerca de falhas ou deslizes, mesmo sendo eles pertencentes à família do Ungido. Todos os personagens aparecem nessa tão importante genealogia unicamente pela graça de Deus. Ao olhar para a genealogia de jesus Cristo, a primeira coisa que poderíamos imaginar é que a lista não seria de pessoas tão pecadora como as encontradas aqui. É importante fazer uma comparação com os familiares que também temos, porque o Eterno Deus não se envergonhou de apresentar os descendentes do grande Rei. Por que temos o receio de apresentar certas pessoas de nossas famílias? (Sl 86.5). O que vemos na genealogia de Jesus na verdade não é algo surpreendente, pois se hoje estamos vivendo um período de graça temos a presença do Espírito Santo conosco e mesmo assim somos tão pecadores, estamos sempre buscando a graça e a misericórdia de Deus o que dizer então dos antepassados de Jesus que viviam debaixo da lei. Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado; Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. (Rm 3:9-11)


Os personagens apresentados na genealogia de Jesus nos mostra, de um lado, como o pecado é terrível, e de outro, como Deus é grandioso e misericordioso. Vejamos alguns exemplos: O versículo 3, do capítulo 1 de Mateus nos faz lembrar o pecado de Judá, o quarto filho de Jacó, que coabitou com a sua nora Tamar. Percebemos como Deus, nas gerações seguintes, transformou este pecado em bênção, segundo o seu propósito, para a chegada do Messias, descendente de uma relação pecaminosa (Gênesis 38). No versículo 5, observamos e aprendemos como Deus usou uma prostituta para ser bênção não só para Israel, mas para toda humanidade, segundo o seu propósito. Raabe da genealogia de Jesus é aquela prostituta mencionada no livro de Josué que escondeu os espias (Josué 2). O versículo 6, nos revela como Deus, segundo o seu querer e propósito, levantou o rei Salomão filho de Davi com Batseba, aquela que era, a mulher que Davi, de maneira traiçoeira e pecaminosa tomou de Urias, mediante um assassinato (2 Samuel 11). Nos versículos seguintes, podemos ver como pais piedosos geraram filhos ímpios, a exemplo do cruel Roboão, o culpado pela divisão de Israel, e ele era filho do piedoso rei Salomão; ou ainda o perverso Jeconias, filho do piedoso rei Josias (2 Crônicas 34.1-28). Deus fez tudo segundo o seu propósito, para a chegada do Messias. Muito mais que uma lista de nomes, a genealogia de Jesus Cristo é revelada como a manifestação da graça de Deus e do ministério do nosso salvador, que não veio chamar os justos, mas pecadores (Mateus 9.13). Pela graça, Ele chamou pecadores, para serem seus antepassados e descendentes. O rei apresentado aqui é verdadeiramente o Rei da misericórdia e da graça. 1.3. Algumas teorias. Para entender melhor a questão genealógica, vejamos algumas teorias que buscam explicar os desvarios do coração humano (Pv 4.23). A teoria geneticista diz que herdamos de nossos pais vívios, doenças, loucuras, e a qualquer hora isso se manifestará porque está no nosso sangue. A psicologia afirma que as relações domésticas são essenciais na configuração das personalidades e desenvolvimento de cada indivíduo. Já a sociologia afirma que por ser o homem um ser social, seu comportamento é influenciado pelas relações. Essas teorias possuem suas fundamentações, mas, de fato, nenhuma delas pode entender o que se passa no coração humano (Sl 73.26). Somente Deus conhece o interior do homem. Ao ler uma genealogia, precisamos sempre nos perguntar a razão de tais nomes estarem ali registrados. Deus tem propósitos e sempre está querendo nos ensinar algo nesses casos (Dt 29.29). Não estamos falando da família de uma pessoa comum, estamos falando de Jesus Cristo, o Salvador da humanidade. Nessa lista, foram colocados todos os tipos de pessoas, para nos mostrar que a graça de Deus se estende a todos.

A Bíblia, devido à sua inspiração divina é também inerrante. Deus não pode cometer erro, ou mentir, por isso sua Palavra é a verdade e tudo quanto está na Bíblia, sendo as próprias palavras de Deus, é isento de erro. A igreja do Senhor Jesus não está fundamentada em teorias humanas, mas em Cristo (I Coríntios 3.11). Apesar da Bíblia, ter sido escrita por autores humanos, é isenta de erros relativos à condição pecaminosa do homem. 2. Deus gerou graça em meio a desgraça. As teorias expostas no tópico anterior tentam explicar como os seres humanos são influenciados, se transformam e agem. Porém, o controle de todas as coisas está nas mãos de Deus.

Em 2 Samuel capítulo 22.31-33 diz que: “O caminho de Deus é perfeito, e a Palavra do Senhor refinada; e é o escudo de todos os que nele confiam. Ele perfeitamente desembaraça o meu caminho”. O homem, quando entrega o seu caminho para ser dirigido pelo Espírito de Deus, sabe que do Senhor depende todas as coisas e que Deus pode lhe dar vitória


independentemente das circunstâncias. A teori a geneticista, a psicologia e a sociologia, são nada diante da potente e poderosa mão do Senhor (Salmos 89.13). 2.1. Os patriarcas e a cultura da mentira. A genealogia começa com Abraão, o pai da fé, que mentiu a Faraó, rei do Egito, para não morrer por causa da beleza de Sarai, sua esposa, quando descia ao Egito (Gn 12.11-13). Anos mais tarde, numa situação parecida, Isaque, seu filho, mente do mesmo jeito, dizendo que Rebeca é sua irmã (Gn 26.6-9). Nessa família estabelece uma cultura de mentira, que se perpetua na casa de Jacó, que enganou seu pai pela bênção da primogenitura (Gn 27.18-20). Os filhos de Jacó, movidos pela inveja, vendem seu irmão José como escravo e mentem, dizendo que havia sido comido por um animal selvagem (Gn 37.31-33). Uma cultura de mentira e de engano se perpetuou nas relações familiares daquelas pessoas, gerando crise, separações, desenganos e muitas amarguras. Jesus Cristo nunca mentiu. Ele sempre foi e será verdadeiro. Ele é a Verdade. Esse tipo de influência, Jesus jamais herdou de Seus antepassados. Assim como nosso Senhor Jesus Cristo, nós também podemos quebrar os padrões comportamentos ruins de nossos antepassados (Sl 91.10). A mentira manifestou-se no Éden sobreviveu por gerações, inclusive as patriarcais (em estudo). Infelizmente algum dia já mentimos, os fariseus que viviam constantemente ou diariamente na mentira Jesus os advertiu. Vós sois filhos do Diabo, e tendes vontade de cumprir os desejos de vosso pai. Ele era homicida desde o princípio e não permaneceu na verdade, porque não há nele verdade. Quando ele diz uma mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e o pai da mentira. (Jo8.44) . O profeta Balaão entendia que era impossível Deus mentir, o mesmo não poderia dizer do homem... Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso ele fala, e deixa de agir? Acaso promete, e deixa de cumprir?( Nm23.19) Veja o que Deus fala sobre a mentira: Não furtareis; nem enganareis, nem mentireis uns aos outros.(Lv 19.11) Jesus orou por nós com relação a este assunto, veja: Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. (Jo 17:15-17)

Somos salvos em Cristo Jesus, e devemos ser imitadores e seguidores Dele. Jesus é a verdade (João 14.6), e nele não há mentira. Abraão com medo de ser morto, mente ao Rei Abimeleque dizendo que Sara sua mulher é sua irmã. Abraão conta uma mentira esquecendose das promessas de Deus. Ele não atentou para a promessa que estava sobre a vida dele, que ainda teria um filho, Deus não deixaria ele morrer assim, de qualquer maneira. Assim como Abraão, às vezes perdemos o rumo das promessas de Deus, e esquecemos que Deus está no controle. Agimos a nossa maneira e muitas vezes, não percebemos de imediato os erros que cometemos. Mais tarde Isaque fez a mesma coisa (Gênesis 26.6-9). É lamentável quando o pecado de um pai é imitado por um filho. A mentira de um pai pode motivar um filho a ser um mentiroso, Em nossa geração somos responsáveis por tudo que ensinamos a nossos filhos e pelo legado que deixaremos à eles. Nós somos pecadores, mas nada ganharemos cometendo pecado, pois: “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3.2324). 2.2. O poder de uma decisão. A genealogia de Jesus Cristo apresenta o perfil de várias famílias (Gn 38.15-19; Mt 1.5a). No episódio de Judá e Tamar, poderíamos pensar no relato de um casal feliz. Mas se trata de um caso incestuoso entre um sogro e uma nora. Temos também a história de Raabe, uma prostituta que habitava em Jericó, a cidade vencida por Josué. Ela fez uma aliança com Deus e casou com


Salmom. Dessa relação nasce Boaz (Mt 1.5), que é o pai de Jesse, que é o pai do Rei Davi. Do qual Jesus é descendente direto. No caso de Tamar, a decisão foi vergonhosa: na de Raabe, transformadora. Na ênfase descrita por Mateus, observamos que nossas escolhas determinam nosso amanhã (Dt 30.19-20). Tamar foi enganada por Judá seu sogro, e armou um esquema para garantir descendência, o que resultava em posses, porque, sendo viúva e sem filhos, não tinha direito a herança. Tamar errou por praticar incesto e Judá por prostituir-se (Gn 38.13-26). Essa genealogia está repleta de graça, onde faz refulgir com maior força a pessoa perfeita de Jesus, nosso Senhor e Cristo. Como nomes de mulheres normalmente não apareciam em genealogias judaicas. Mateus quis desarmar os críticos judeus sobre o nascimento de Jesus. Rute era moabita, Raabe, prostituta, e Tamar praticou incesto. Ao mencionar que Deus fez algo humanamente impossível, de uma geração com diversos problemas sociais ou familiares, realizou uma obra transformadora e o nosso amado Jesus foi considerado como parte desta geração. Hoje muitos irmãos vieram de famílias mergulhadas no pecado, todavia aconteceu o sobrenatural: Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. (2Co5.17).

Deus se agrada em nos orientar, mas, a responsabilidade final de tomar decisões é pessoal e orientados pela Palavra de Deus, devemos buscar sempre a vontade Dele. (“Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor” Efésios 5.17). Deus é soberano para nos orientar nas decisões e realizar a sua vontade em nós "Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade"(Filipenses 2.13). Mas é preciso que estejamos dispostos a retirar de nós tudo aquilo que nos impede de fazer a sua vontade, buscando uma vida de santificação e comunhão com Cristo. Tanto a nossa vontade, quanto aquilo que realizamos só serão abençoados quando nos submetermos àquele que em nós habita “o Espírito Santo”; é ele quem nos molda no dia a dia dos nossos desejos e atitudes. 2.3. Raizes de problemas. O relato da genealogia de Jesus apresenta alguns reis que cometeram atos abomináveis na história do povo hebreu. Até mesmo o rei Davi, homem segundo o coração de Deus, adulterou e, para omitir seu pecado com Bate-Seba, ordenou que Urias (marido de Bate-Seba) fosse colocado à frente da batalha, precipitando, assim, sua morte (2Sm 11.15-18). Dessa relação, nasce um filho e Mateus enfatiza: “e o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias” (Mt 1.6b).Embora sendo o rei mais sábio entre os homens, Salomão deixou-se enredar por suas muitas alianças e casamentos. Suas mulheres infectaram a nação com seus ídolos (1Rs 11.1-5). Não são poucas as vezes que reclamamos de nossos familiares e que não os aceitamos por seus deslizes de caráter. A genealogia do Filho de Deus nos ensina a compreender a graça e que podemos ser diferentes de nossos ancestrais, assim como Jesus Cristo o foi. De Salomão nasceu Roboão, que, levado pela influência de seus amigos, corrompeu a nação e dividiu o reino (Mt 1.7; 2Cr 12.1-16). O nosso testemunho ou conduta influenciam diretamente na formação do caráter de nossos filhos, pois atitudes falam mais alto do que palavras. Em alguns casos os filhos seguem até a mesma profissão do pai. Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (1 João 4:19). Suas palavras combinavam com suas atitudes. Seu exemplo de amor nos marcou, e hoje, pela graça de Deus, temos a convicção que não estamos sozinhos e que temos a vida eterna.

Quando lemos a genealogia de Jesus observamos a sua linhagem um tanto problemática. Gente como Rute, moabita, Raabe que era prostituta, Tamar que engravidou do próprio sogro. Vemos


também a misericórdia do grande Deus triunfar! Por meio da sua misericórdia Ele realizou grandes maravilhas e está disposto ainda hoje a nos usar como bênçãos na sua presença. Somos muitas vezes rejeitados, desamparados pelo mundo, mas para Deus temos um valor inestimável. É a misericórdia do Senhor que faz a diferença na vida do cristão para usá-lo com poder e glória na presença de Deus, independente do nosso passado pecaminoso, basta que estejamos dispostos a abrir os nossos lábios e dizer ao Senhor: “Eis me aqui!” (Isaías 6.8). 3. A vontade soberana de Deus. Como em todas as famílias, encontramos na família de Jesus gente de todo o tipo, e com os mais variados problemas. Cuidado com a idéia de que existam famílias perfeitas, isso pode nos levar a desvalorizar nossos familiares. Como em todas as famílias, encontramos na família de Jesus gente de todo o tipo, e com os mais variados problemas. Cuidado com a idéia de que existam famílias perfeitas, isso pode nos levar a desvalorizar nossos familiares. Jesus em seu ministério não procurava pessoas ou famílias perfeitas para abençoar, mas famílias dispostas a serem transformadas e posteriormente abençoadas. Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes. (Mt9.12).

Não existe família perfeita, nós não somos perfeitos. Existem áreas em nossas vidas e da nossa família que precisam ser lapidados pelo Senhor. Precisamos identificá-los e a ação do Espírito Santo, unida a graça de Deus nos ajudará a reparar nosso lar. 3.1. Um projeto mais excelente. A visita do anjo Gabriel modificou todos os projetos humanos de Maria. Mesmo assim, ela confiou que os planos do Senhor eram mais excelentes que os seus (Is 55.8-9; Ef 3.20). Crer e aceitar isso desencadeou e ativou em sua vida o projeto para qual o Senhor a criou. Maria, em total respeito e obediência, simplesmente se submeteu: “Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo se ausentou dela” (Lc 1.38). Assim como Maria, devemos confiar nosplanos que o Senhor designou para as nossas vidas. Embora muitos dos antepassados de Jesus Cristo fossem problemáticos, Maria não se deixou impregnar pelo pessimismo nem pelas sombras de uma possível hereditariedade. Existem pessoas que se esquecem de serem felizes porque receiam acontecer em suas vidas o mesmo que aconteceu com seus pais. Maria não olhou para os fantasmas do passado. Ela apenas abraçou a oportunidade de um futuro maravilhoso (Lc 1.38). Vale ressaltar que a graça de Deus não é hereditária. É preciso algo mais do que apenas bom exemplo e bons conselhos para que alguém se torne filho de Deus. Aqueles que nascem do Alto não nascem do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus (Jo 1.13). Os pais tementes ao Senhor devem orar, dia e noite, e apresentar o plano de salvação para que os seus filhos nasçam do Espírito.

Maria foi escolhida por Deus para ser a mãe do Seu Filho unigênito e ela, humildemente e corajosamente, aceitou esta difícil, porém privilegiada missão. Maria descansou no Senhor e creu que Ele iria suprir todas as suas necessidades e estar com ela em todos os momentos. Nós, que também amamos o Senhor, olhemos para o exemplo da serva do Senhor que se prontificou a obedecer ao que Deus lhe ordenou e aceitou o que Ele havia preparado para ela. Que possamos, em vez de imaginar que estamos perdendo a vida, tomar consciência de que seguir Jesus é perder a vida neste mundo para ganhá-la no porvir. 3.2. Uma atitude obediente. Quando o Senhor Deus nos escolhe, Ele espera que tenhamos a mesma atitude de Maria. Se em nossos vínculos familiares existem pessoas praticantes de ocultismo, práticas malignas e


condenáveis e que eventualmente possam ter lançado palavras de maldição contra nós, isso deve ser motivo de oração, não de preocupação. Isso não nos impede de vencer e seguir adiante. Não interessa as relações interpessoais que se estabeleceram em nossas famílias no passado. Elas não podem anular a promessa para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8.1). SE Jesus venceu, nós também podemos vencer (Jo 16.33). Quem está em Cristo é nova criatura (2Co 5.17). Em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, todas as barreiras foram derrubadas. Em Sua infinita sabedoria, o Eterno Deus inclui em Seus propósitos, e incorpora em Seu plano para a história, pessoas imperfeitas e cheias de pecado (Mt 9.13). A genealogia do nosso Mestre nos mostra a amplitude universal do amor de Deus (Jo 3.16).

Na nossa caminhada cristã, muitas vezes Deus nos orienta para fazermos algo que achamos difícil e até impossível. Mas a palavra de Deus nos motiva a confiar Nele e entregar tudo em suas mãos (Salmos 37.5), assim como a serva Maria fez. Se fizermos a vontade do Senhor, Ele nos recompensará. 3.3. Quebrando os paradigmas. Somos seres humanos imperfeitos, mas contamos com o Espírito Santo para nos ensinartodas as coisas e nos lembrar tudo aquilo que Jesus Cristo nos admoestou (Jo 14.26). Tudo se fez novo em nós a partir do momento em que recebemos o Senhorem nossas vidas (2Co 5.17). Não podemos permitir que influências externas sejam mais poderosas que as internas, afinal, Deus habita em nós através do Espírito Santo (Jo 14.17). Nascemos à semelhança de Adão, mas fomos resgatados por Jesus Cristo. Sendo assim, o que deve sempre prevalecer nos regenerados é a semelhança com aquele que os gerou (1Co 15.48-49; 2Pe 1.3-4). Sendo filhos de Deus, devemos crescer à sua semelhança. Esse é o projeto final da nossa salvação: tornarmo-nos semelhantes àquele que nos gerou (1Jo 3.1-3). Entendendo essas coisas, não devemos nos importar com quem foram os nossos antepassados. Cremos que a visitação da maldade por Deus, sobre a terceira e quarta geração é para os que aborrecem a Deus, e não para os nascidos de novo; para estes, Deus tem prometido fazer misericórdia a milhares de seus descendentes. A maldição não é transmitida diretamente e sim os efeitos do pecado sobre os filhos. Se alguém aceita a Jesus, é nascido de novo, sua vida está debaixo da proteção divina, não cabendo mais nenhuma condenação ou maldição. Que Deus nos abençoe, que possamos entender as verdades espirituais à luz da Bíblia e não de especulações doutrinárias sensacionalistas e equivocadas.

O espírito do mundo não pode nos influenciar a menos que o permitamos. Devemos buscar a influência do Espírito de Deus, para assim, desenvolvermos “a mente de Cristo” (1 Coríntios 2.16). Para ter a mesma atitude mental que Cristo Jesus teve, é preciso conhecer o seu modo de pensar e de agir e procurar imitá-lo. (Romanos 15.5). Para sermos conduzidos pelo espírito de Deus, temos que resistir ao espírito do mundo. Não é fácil resistir, Jesus disse aos seus discípulos: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo (João 16.33). Temos que fazer o possível para sermos influenciados pelo espírito de Deus, isso resultará em contentamento, paz, felicidade e na certeza de vida eterna na iminente volta de Cristo. Conclusão. As teorias que tratam acerca da vida humana e seus mais variados problemas de existência, não passam de meras teorias. Embora possuam suas fundamentações, o fator determinante para a transformação de uma vida está em Jesus Cristo. NEle tudo converge, nEle tudo é possível.


As teorias que tratam acerca da vida humana e seus mais variados problemas de existência, não passam de meras teorias. Embora possuam suas fundamentações, o fator determinante para a transformação de uma vida está em Jesus Cristo. NEle tudo converge, nEle tudo é possível.

Quando somos moldados pela Palavra de Deus, somos transformados, pela renovação do nosso entendimento, para que experimentamos qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus (Romanos 12.2). Jesus é o nosso modelo em tudo, porque sem Ele não há a verdadeira transformação. As teorias da vida humana caem por terra diante do senhorio do nosso salvador Jesus. A Ele a glória para todo sempre! Não há outro como Ele. Questionário. 1. Por que a genealogia é de vital importância para um judeu? R: Porque sem ela não há direito à herança (Mt 1.1-17). 2. O que a genealogia apresentada por Mateus atesta? R: A veracidade de Cristo como Messias. 3. O que nossas escolhas determinam? R: Nosso amanhã (Dt 30.19-20). 4. O que Maria disse ao anjo? R: “Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1.38). 5. O que deve sempre prevalecer nos regenerados? R: A semelhança com aquele que o gerou (1Co 15-48-49).


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