Lição 10 A geração dos filhos de Issacar. 5 de março de 2017 Texto Áureo Provérbios 24.10 “Se te mostrares frouxo no dia da angústia, a tua força será pequena”. Verdade Aplicada A certeza de que o Senhor está conosco já é o suficiente para avançar e conquistar tudo o que Deus preparou para os Seus. Objetivos da Lição Mostrar quem era Issacar, a bênção profética em sua vida e as decisões que tomou acerca de si; Apresentar três defeitos predominantes de uma das gerações dos filhos de Issacar; Instruir os alunos acerca da nova geração e a necessidade dessas qualificações na atualidade. Glossário Alheio: Que é do outro; Fértil: Que produz em abundância; fecundo, produtivo; Província: Subdivisão territorial de um país ou de um império. Leituras complementares Segunda Pv 12.24 Terça Is 46.2 Quarta Mt 11.29-30 Quinta Mt 25.1-10 Sexta Rm 15.4 Sábado Hb 11.34 Textos de Referência. Gênesis 30.18 18 Então, disse Léia: Deus me tem dado o meu galardão, pois tenho dado minha serva ao meu marido. E chamou o seu nome Issacar. Gênesis 49.14-15 14 Issacar é jumento de fortes ossos, deitado entre dois fardos. 15 E viu ele que o descanso era bom e que a terra era deliciosa, e abaixou o seu ombro para acarretar, e serviu debaixo de tributo. 1 Crônicas 12.32 32 E dos filhos de Issacar, destros na ciência dos tempos, para saberem o que Israel devia fazer, duzentos de seus chefes e todos os seus irmãos, que seguiam a sua palavra. Hinos sugeridos. 75, 96, 131 Motivo de Oração Louve a Deus pela vida de homens que se dedicam à obra do Senhor de forma genuína. Esboço da Lição Introdução 1. Issacar, jumento de fortes ossos. 2. Os problemas da geração de Issacar. 3. Uma outra geração de Issacar. Conclusão
Introdução O capítulo quarenta e nove de Gênesis apresenta Jacó nos últimos momentos de sua vida. Ele agrega seus filhos e netos ao redor e profere uma bênção profética que revela o destino de cada um de seus filhos e netos. - “apresenta Jacó nos últimos momentos de sua vida”, Jacó naquele momento estava no Egito e era um costume anterior aos patriarcas, quando o chefe de uma família estava já muito idoso ele reunia seus filhos para os abençoar e dar instruções. - “agrega seus filhos e netos ao seu redor”, na verdade o texto fala dos netos, mas somente os filhos. - “revela o destino de cada um de seus filhos e netos”, Jacó era um dos patriarcas sobre o qual repousava as promessas feitas a Abraão naquele momento ele falava pelo Espírito Santo.
1. Issacar, jumento de fortes ossos. A história da tribo de Issacar indica que Jacó, quando o abençoou, estava antevendo um tempo em que, por causa de suas possessões e prosperidade, Issacar se curvaria diante de invasores estrangeiros (Gn 49.15). Issacar era forte, mas decidiu ser escravo e não lutar.
Quando Jacó se achava em seu leito de morte, Issacar foi o 5.° dos 12 filhos de Jacó a receber a bênção do pai: “Issacar é jumento de ossos fortes, deitando-se entre os dois alforjes. E ele verá que o lugar de descanso é bom e que o país é agradável; e encurvará seu ombro para levar fardos e ficará sujeito a trabalho forçado de escravo.” (Gên 49:14, 15) Ao proferir esta bênção, Jacó não indicava apenas certas características individuais e certos eventos que ocorreriam na vida pessoal de Issacar; mas, como se deu no caso das bênçãos proferidas sobre os outros irmãos, Jacó predizia também as características e a conduta tribais que seriam demonstradas no futuro pelos descendentes de Issacar, “na parte final dos dias”. Gn 49:1. “Issacar é jumento de fortes ossos, deitado entre dois fardos. E viu ele que o descanso era bom, e que a terra era deliciosa e abaixou seu ombro para acarretar, e serviu debaixo de tributo.” Gn 49.14,15
1.1. Forte, mas prefere não lutar. Issacar, o quinto filho de Jacó com Léia, é representado como um amante do descanso e do sossego (Gn 49.14-15). A palavra jumento aqui é “hamor”, que designa a forte besta de carga que se submete ao jugo mortificante, sem se queixar, a fim de poder ficar livre para se deitar de forma sossegada e confortável (Pv 12.24). Outra tradução importante para Issacar é: “homem de aluguel” (Gn 30.16-18), considerando uma parte do seu nome de hebraico. Submetidos ao jugo cananeu, os filhos de Issacar preferiam pagar tributo para viver na própria terra, a ter que lutar e defendê-la.
No texto de Gênesis 49.14, Issacar é comparado com uma besta de carga. Satisfeito com a tranquilidade na terra e pronto para se sujeitar aos canaanitas. A tribo de Issacar nunca dominou a terra que lhes havia sido dada como herança. Para não ter que abandoná-la, em vez de lutar contra os inimigos, eles preferiram serem escravos e pagar tributo. Issacar renunciou a promessa da terra, não tomou posse, não lutou por aquilo que Deus lhe havia dado como herança. Preferiu viver na comodidade, preferiu trabalhar como escravo. Era forte, mas trocou seus direitos para não ter que desprender esforço. Moisés profetizou que Issacar, juntamente com Zebulom, como tribos, participariam da indústria marítima e serviriam como local para a adoração pública (Dt 33.18-19).
A tribo se contentaria com bens materiais e se dedicaria a agricultura. Segunda dedução é que esta tribo não estaria envolvida em disputas políticas. Não estaria disputando o poder. Terceira dedução é que os seus descendentes seriam homens fortes, e receberiam
uma herança satisfatória. O verso 15 diz que Issacar viu que o descanso era bom, e que a terra era deliciosa, ou seja, sujeitou-se ao trabalho servil. A profecia se cumpriu literalmente.
- “amante do descanso e do sossego”, assim é o que se acovarda, que não gosta de lutar, que prefere o comodismo. - “preferiram pagar tributo”, quando uma nação mais forte ameaçava invadir uma região, o governo local fazia acordo onde pagaria tributos para não ter seu território invadido. Representa um crente que prefere se moldar ao sistema mundano ao invés de lutar contra ele.
1.2. Forte, mas gosta de descanso. Estamos rodeados de pessoas à semelhança de Issacar (Gn 49.15). Pessoas com vigor e energia, que receberam de Deus uma grande promessa de vitória, mas, por serem acomodadas, vivem como escravos no lugar onde deveriam reinar. Pessoas que têm tudo para conquistar, mas não se esforçam, são como as virgens imprudentes, que observam o azeite alheio e dormem já pensando em pedir emprestado (Mt 25.3, 8). Pessoas que não querem nada com espiritualidade ou compromisso cristão. Pessoas que receberam uma herança, mas quem toma conta são os “cananeus”.
É bem verdade que aquela geração conhecia muito bem a sua missão. Eles sabiam que deveriam expulsar os inimigos e defender suas terras férteis, constantemente alvos de ataques. Essa geração dos filhos de Issacar representa os cristãos que não se envolvem, não querem se ferir na batalha, que preferem não lutar, ainda que isto lhes custe a verdadeira liberdade (Jo 8.36).
No mundo e principalmente no Brasil, que é um país de pessoas acomodados e não visionárias, existem muitas com alta capacidade porém sem atitudes em todos os lugares e nas igrejas. Muitas vezes essas pessoas estão orando e pedindo a Deus uma oportunidade, quer seja na obra de Deus ou no convencional, no entanto, quando Deus as envia, um medo assombroso toma conta deles e os impede de abraçar a oportunidade que Deus deu a qual poderia levá-lo a ser um grande líder na obra de Deus. Nesse momento o que não faltam são desculpas. Vários foram os chamados de Deus para homens e mulheres na Bíblia que assim procederam: Gideão ao ser chamado de varão valoroso e receber o chamado para obra, logo retrucou ao anjo em Jz 6.12 e 15. Eles, muitas vezes, não estão dispostos a sair do comodismo, são tomados por um medo apavorador e rejeitam grandes oportunidades. Mas, se você é determinado, poderá abraçar, da parte de Deus, a grande missão que ele te indicar, ainda que provando se realmente veio de Deus, Jz 6.36-40, você, com certeza se disponibilizará, e grande será sua conquista e sucesso. Mas as vezes nos acovardamos mesmo! E é aí que precisamos ser engolidos por um grande peixe para podermos valorizar a oportunidade que Deus nos dá Jn 1.17. Mas tem aqueles que realmente se acovardam, e saem da presença de Deus, preferindo atender seus medos e deixam de abraçar uma grande oportunidade, é o caso dos dez espias que perderam uma grande oportunidade de usufruir e antecipar a entrada na terra prometida. Números capítulos 13 e 14 e outros mais, inclusive no século presente. - “rodeados de pessoas à semelhança de Issacar”, muitos que não vemos combatendo o pecado, não assumem um compromisso com Deus com medo de passar as lutas que passa o povo de Deus. - “vivem como escravos no lugar onde deveriam reinar”, se refere à escravidão do pecado, algumas até possuem a carteira de membros porém não se libertaram. - “observam o azeite alheio”, acham bonito a unção que está na vida dos outros, mas não se esforçam para obterem a mesma unção.
- “não querem nada com espiritualidade”, só vivem pedindo oração, querendo viver do azeite dos outros. 1.3. Forte, mas prefere ser escravo. A característica dos grandes heróis de Deus é sempre buscar forças na hora da fraqueza (Hb 11.34). Essa geração tinha força, mas preferiu esquecer o que possuía para não ter que se envolver em uma luta (Gn 49.14-15; 2Co 12.9). Por que Issacar decidiu não lutar? O maior problema dessa tribo foi se contentar com a terra. Por ser terra fértil, preferiu viver nela como escravo e pagar tributo do que enfrentar os inimigos que atacavam. Quando o reino de Salomão foi dividido, eles foram a primeira província a perder a liberdade e ser tomada pelos pagãos. Essa geração de Issacar nunca foi determinada, sempre lhes faltou ousadia e desejo de conquistar algo além. Por isso, viveram como escravos em sua própria terra.
O que aconteceu com essa geração é algo comum em nossos dias. Sem determinação e objetivos nós não sairemos da posição em que estamos. Existem pessoas em nosso meio que já estão assim há muito tempo. Infelizmente, são pessoas que já perderam o alvo e que estão precisando urgentemente de uma visitação divina. Devemos constantemente orar para que o Senhor traga ânimo e abra a visão de Seu povo, para não nos contentarmos com fardos que não precisamos carregar (Is 46.2; Mt 11.30).
Quando lemos em Josué a conquista das tribos se lê, uma tribo em tal lugar e os cananeus no meio, outra tribo e os cananeus no meio, com Issacar os cananeus e Issacar no meio. Os cananeus aparecem em primeiro lugar porque Issacar abdicou da promessa de que aquela terra era sua, não tomou posse e trocou a vitória pela comodidade, em outras palavras, esquentar a cabeça para quê? Eu me matar para quê? A terra era boa, fértil, ele era o mais forte de todos, mas para não esquentar a cabeça, não se aborrecer, preferiu trabalhar como escravo. - “Essa geração tinha força, mas preferiu esquecer”, ter força e não lutar é como ter conhecimento e não ensinar. A força que não é empregada não serve para nada. - “foi se contentar com a terra”, assim como é nos dias atuais onde alguns irmão preferem se contentar com esse mundo do que lutar por sua parte na herança do Reino de Deus. - “perder a liberdade e ser tomada pelos pagãos”, essa é a recompensa daqueles que se acomodam a esse mundo, são os primeiros a perderem a salvação. Assim acontece com aqueles que tem a promessa, mas abandonam o Reino pelo mundo.
2. Os problemas da geração de Issacar. A geração dos filhos de Issacar tinha a opção de viver sem negligenciar seus direitos, mas abriu mão da batalha para viver mediocremente. Destacamos três coisas importantes dessa geração a fim de extrair lições para nossas vidas (Rm 15.4).
Paremos um pouquinho para pensar se não há muita gente assim e membro de igreja assim. Não tem determinação espiritual nenhuma, também não tem determinação nenhuma na vida. Já viram aquelas pessoas que no dia 31 de dezembro faz uma lista de alvos para cumprir no ano novo e no dia 2 de janeiro já é ano velho e não está mais cumprindo nenhuma daquelas determinações, que constantemente fazem planos que nunca dão seqüência à eles, nunca cumprem os seus próprios votos e vivem numa seqüência de acomodação? Veremos três pilares que geram essa dificuldade e levam ao comodismo. - “abriu mão da batalha para viver mediocremente”, viver mediocremente significa viver sem fazer a diferença, sem realizar nada, sem conquistar.
2.1. Visão deturpada de si mesmo.
Uma geração vencedora certifica-se de “quem é e que deve fazer”. O que visualizou Issacar? Viu que o descanso era bom. Viu que a terra era fértil (terra de delícias), e, vendo isso, certamente descansou ali, mesmo com sofrimento. A única coisa que não viu, ou ignorou, foi a força que possuía (Gn 49.15). Eles poderiam se tornar a quarta geração vitoriosa. Era filho de Israel, o Jacó transformado e abençoado por Deus; era neto de Isaque, o filho da promessa; e bisneto de Abraão, o pai da fé. Havia um histórico de bênção, mas eles o ignoraram (Ef 1.18).
Issacar não era qualquer um, porque a bênção e as promessas de Deus já estavam sendo repassadas de pai para filho há três gerações. Eles eram vocacionados para a grandeza, mas ignoraram a oportunidade. Nós também cometemos erros similares quando fazemos a declarações de fé e agimos sem consciência alguma da posição que exercemos em Deus (1Co 1.26).
Para que viver em luta? Está tudo tão bom, vou deixar para lá. Falta de determinação, não tem alvos, não tem propósitos, tem direitos mas não se preocupa com eles, poderia vencer mas se acomoda à situação, sonha pequeno, a visão é pequena, a visão é limitada à sua própria concepção pessoa, à sua própria concepção de vida na igreja. - “quem é e o que deve fazer”, esse é o princípio do viver com propósito. Importantíssimo para a obra de Deus. - “certamente descansou ali”, o descanso no momento em que devemos lutar, nos deixa fracos e vulneráveis, como Davi que deixou de ir para a guerra e caiu com Bete Seba. 2 Sm 11.1 - “a quarta geração vitoriosa”, a contar de Abraão ele seria a quarte geração. - “Havia um histórico de bênção, mas eles o ignoraram”, confirmando que nem sempre o filho de pastor será pastor, não é porque os pais são crentes que os filhos também serão, é necessário cada um reconhecer sua condição, suas fraquezas e seus objetivos.
2.2. Falta de determinação. Esta geração da tribo de Issacar não teve determinação, alvos, propósitos. Eles eram como a figueira que Jesus amaldiçoou. Estavam fincados na terra, mas jamais preencheram a expectativa pela qual foram postos ali. Muitos Cristãos em nossos dias precisam atentar para esse acontecimento. Não podemos limitar nossa visão ao ponto de não termos sonhos. Precisamos deixar nossa zona de conforto. O Senhor Jesus Cristo nos escolheu e nos nomeou para sermos frutíferos. Temos uma missão a cumprir. É preciso vencer o comodismo (Jo 15.6, 16).
Falta de determinação implica em apenas passar os dias e viver uma vida sem sentido. Não ter alvos nem propósitos é como viver sem chegar a lugar algum. Assim como Issacar, todos nós temos virtudes e precisamos ver aquilo que é importante em cada um de nós, o que realmente nos diferencia dos demais. Issacar era forte e precisava usar essa força. Descansou quando era a hora de lutar. Não podemos perder as oportunidades que o Senhor nos oferece (Hb 11.6).
Esta curta biografia de Issacar nos mostra algumas verdades nesta manhã e precisamos prestar atenção nelas porque pode suceder que algum de nós esteja sucedendo como Issacar. Em quê? Primeiro na falta de determinação. Tinha direitos sobre terra, era só desapossar como seus irmãos e sobrinhos fizeram mas acomodou-se, faltou-lhe determinação. Mas isso não foi só agora, em 931, quando morreu Salomão, o reino unido foi dividido em dois, o norte chamou-se Israel e o sul chamou-se Judá. O norte foi destruído, desapareceu, o sul foi para o cativeiro e voltou. Quando o norte caiu, a primeira província a perder a sua liberdade foi a de Issacar. Ou seja, não teve ausência de determinação só no momento de tomar a terra, nunca teve. Foi a primeira província e
perder a liberdade e ser tomada por pagãos. Trocou a sua vocação de grandeza por vocação de escravidão. 2.3. Preguiça. Durante muitos anos, a geração de Issacar viveu apenas no cumprimento da parte negativa da profecia de Jacó, seu pai. Estava difícil nascer na tribo de Issacar alguém que cumprisse a primeira parte da bênção. Em seu cântico Débora, juíza em Israel, informa que os principais da tribo de Issacar estavam com ela na vitória contra Sísera (Jz 5.15). Deus sempre espera que alguém tenha a coragem de crer em coisas extraordinárias (Rm 8.19).
Uma geração inteira pode fracassar, mas isso não significa que o que é ruim perdure eternamente. O Eterno sempre está disposto a fazer algo quando alguém se dispõe a acreditar. A fé nos aproxima de Deus. Está escrito: “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações” (Tg 4.8). Tudo o que temos que fazer é dar o primeiro passo e mostrar para Deus que acreditamos nEle e não nas circunstâncias ao nosso redor. Ele mesmo disse em Sua Palavra: “De tu podes crer; tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23). Em Juízes 5, Débora canta sobre a vitória de Israel sobre Sísera, comandante do exército de Canaã. Nesse capítulo é dado um grande destaque para a tribo de Issacar (Jz 5.15). Eles não ficaram em cima do muro. Eles desceram e foram ajudar os seus irmãos, não só se preocupando se a tarefa seria fácil ou difícil. Aqui está uma qualidade que precisamos buscar e desenvolver em nosso caráter: a disposição de ajudar. Vivemos a grande crise do amor. Muitos se escondem atrás de instituições de caridade, mas de fato nada fazem pessoalmente por seus irmãos. Vivem apenas a teoria e não a prática.
Não é apenas a falta de determinação, se fosse só isso já seria triste, mas uma outra coisa em Issacar, os efeitos da preguiça, viu que o descanso era bom. Não viu que a terra era fértil e que ele tinha força, viu apenas que o descanso era bom. Preocupou-se muito mais com o descanso. Tinha a força de um jumento, a terra era fértil, mas o descanso era bom. Se lerem no Antigo Testamento a história dessas tribos de Israel, vão ver que a tribo mais opaca é a de Issacar. Vocês sabem quem foi o maior guerreiro de Issacar? Da tribo de Issacar? Lembram que na tribo de Benjamin haviam seiscentos homens canhotos que podiam lançar uma pedra num fio de cabelo a um tiro de pedra a quarenta metros. Esse era um tipo de pessoal para não arranjar briga. Então a gente já sabe que havia pelo menos seiscentos guerreiros na tribo de Benjamin treinados com a funda, mas sabem quem foi o maior guerreiro da tribo de Issacar? Não lembram? O nome era Débora. O maior guerreiro da tribo de Issacar foi uma mulher. Parece que os homens lá não eram muito animados. E a preguiça é um pecado terrível. Eu acho que preguiça e fofoca são duas das pragas das igrejas. Provérbios 22:13 adverte contra a preguiça. Já viram que desculpa mais esfarrapada do preguiçoso. 3. Uma outra geração de Issacar. O que o cronista registra acerca dessa outra geração dos filhos de Issacar é surpreendente. Ele lista duas qualidades que são de suma importância para os últimos dias da Igreja, pois refletem os atributos do homem espiritual, que tudo sabe interpretar (1Cr 12.32; 1Co 2.15).
Issacar, além de forte, tinha capacidades excepcionais, sabiam como atribuir os períodos do sol e da lua (Os luzeiros que governavam o dia e a noite) e interpretavam tempos e estações. Isso fazia com que eles entendessem a Terra. A maioria do fértil vale de Jezreel estava no território de Issacar. Suas campinas eram adequadas para a criação de gado. Eles conheciam a intercalação de meses e datas das festas solenes e podiam
interpretar os sinais dos tempos. Issacar estava destinado a permanecer e a ocupar Jezreel, o lugar que Jezabel e Acabe governaram. 3.1. Destros na ciência dos tempos. Essa outra geração de Issacar não se apossou somente da força predita por Jacó. Ela se também foi possuidora de um conhecimento tanto humano quanto divino. Eles sabiam interpretar os tempos, eram atualizados em informação, dotados de conhecimento de causa. Nestes tempos difíceis que vivemos, urge a necessidade de um povo com essas características, pessoas que conheçam os tempos (Lc 12.54-56). Os tempos são trabalhosos, o anticristo está às portas, o arrebatamento se aproxima. Precisamos aprender a discernir entre o bem e o mal (1Co 2.11-13).
Nosso Senhor Jesus Cristo censurou os escribas por não saberem discernir os sinais de Sua vinda como o Messias prometido a Israel e os tempos ordenados antes da fundação do mundo. Mesmo com todo o conhecimento que tinham das Sagradas escrituras, o véu da revelação ainda perdurava. Esta geração de filhos de Issacar era destra no assunto e tinha entendimento para interpretar e revelar o que Israel devia fazer (1Cr 12.32). A Bíblia ressalta entre as doze tribos de Israel, uma em especial, os filhos de Issacar, porque eles discerniam com sabedoria o tempo determinado do agir do Senhor, inclusive, quando acataram Davi como o novo Rei de Israel; os seus irmãos seguiam suas orientações, determinações e visões. E dos filhos de Issacar, duzentos de seus chefes, destros na ciência dos tempos, para saberem o que Israel devia fazer, e todos os seus irmãos seguiam suas ordens. 1 Cr 12:32 e, na Bíblia lemos vários versículos sobre o tempo determinado para cada desígnios do Senhor...Ele nunca falha, nunca se atrasa, nem nunca se adianta, Ele é o Senhor do Tempo! Na igreja moderna, precisamos de homens de visão dos tempos, para interpretar os perigos que rodeio seu pastoril, proteger as ovelhas e a comunidade da igreja dos perigos que os cercam, alertando sobre os riscos por darem ouvidos a todo vento de doutrina Ef 4.14, as pessoas capacitadas com esse dom de visão , têm a obrigação de praticá-lo, alertar os irmãos sobre esse perigos das falsas doutrinas e doutrinadores inconstantes. 3.2. Entendidos para instruir o reino e os súditos. Essa geração dos filhos de Issacar possuía uma marca: a ciência dos tempos. Não eram pegos de surpresa, eles surpreendiam. Estavam sempre à frente e o rei só tomava decisões após consulta-los (1Cr 12.32; 1Co 2.14-15). Eram homens estrategistas, que sabiam o que o povo deveria fazer, como fazer em qualquer circunstância e o melhor momento. Foi um grande e importante reforço para Davi no momento de sua coroação em Hebrom (1Cr 12.23, 32). Tudo isso resultava no crescimento da nação, na expansão do reino, na grandeza do povo e na comunhão com Deus (Jl 2.28-30).
Maior que a sabedoria dos filhos de Issacar é a sabedoria do Espírito Santo, que conhece até mesmo as profundezas do Altíssimo. Somos extremamente privilegiados, porque o Consolador compartilha conosco de Seu infinito poder. Se os filhos de Issacar eram destros na ciência dos tempos, nós também podemos ser ainda muito mais, pois, o Espírito Santo, diz as Sagradas Escrituras, nos ensinará o que há de vir (Jo 14.26; 1Co 2.9-13). Um grande derramamento do Espírito Santo está previsto para os últimos dias e toda a terra se encherá do conhecimento dessa glória (Hc 2.14).
Davi selecione os homens que fariam parte do seu staff no reinado. Dentre eles, selecionou 206 jovens da tribo de Issacar, uma tribo quase esquecida de Israel , porque eram “conhecedores de seu tempo e sabiam o que Israel deveria fazer”. Este é um dos grandes desafios que temos a enfrentar. Encontrar homens identificados com seu
tempo. Nossa geração está plugada em genética, bio ética, software de última geração, empresas offshore, network, redes sociais, ecossistema. Será que a igreja conhece sua época para saber que estratégia usar para alcançar esta geração? At 13.36 afirma que “tendo Davi, servido à sua própria geração, adormeceu”. Só podemos servir e tocar uma geração. Qual é a geração que estamos servindo? Eis algumas características de nossa geração: Pluralismo - quando admite-se vários universos de “verdades”, opiniões divergentes sobre o mesmo assunto são possíveis. Cada um ser abriga uma “pluralidade” de conceitos sobre os mesmos assuntos. O pensamento não é mais homogêneo... Mobilização – somos uma geração em movimento. Ninguém é de algum lugar. As pessoas saem de suas cidades em busca de educação, melhores oportunidades de emprego e salários e até de igrejas. Isto pode ser ruim, mas pode ser também uma chave na evangelização do tempo presente. Homens e mulheres de Deus devem buscar a visão de Deus para transformar essas adversidades em oportunidades na instrução dos fiéis. 3.3. A sabedoria que influencia para o bem. A ciência sempre contagia. Ela mostra o que um homem pode fazer através da capacidade humana. Porém, a ciência de deus é impactante, porque mostra o que um homem pode fazer quando está aliado ao Criador. Essa geração de Issacar era respeitada e reverenciada por todos, a começar pelo rei Davi, que não se movia sem os seus conselhos. Perdemos muito tempo na vida por não entender os tempos de Deus. Alguns homens se atrasaram ou se equivocaram na presença de Deus por não discernir o tempo, como Jonas e Sansão. Outros seguiram adiante pela fé, como heróis de Hebreus 11. Essa geração não somente conheceu, mas também influenciou seu rei e seus irmãos (1Cr 12.32).
Discernir o tempo certo de Deus redunda não somente em bênção para as nossas vidas, mas também para todos aqueles que estão ao nosso redor e fazem parte de nosso convívio. Precisamos orar e desejar receber a sabedoria espiritual para discernir o tempo e o modo (Ec 8.5). A Bíblia fala de tempo oportuno (2Co 6.2), e que cada coisa tem a sua ocasião (Ec 3.1).
Davi precisava de homens conhecedores dos tempos e das estações durante aquele momento crucial de mudança na história de Israel. Os homens da tribo de Issacar, com seu discernimento, garantiriam que Davi não falharia na tarefa de integrar o reino de Israel sob o seu reinado. Através da história, Deus nunca deixa seu povo sem homens e mulheres entendidos na ciência dos tempos para orientá-lo. Apenas para citar alguns exemplos, pensemos em Moisés sobre o qual Lucas (autor do livro de Atos dos Apóstolos) diz que era instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras. Atos 7.22. Pensemos também em Josué sobre o qual Moisés colocou suas mãos declarando-o seu sucessor porque Josué era um homem em quem há o Espírito. Números 27.18. Seja através de Moisés, Josué, os homens de Issacar, os Juízes ou os profetas, Deus sempre providenciou homens e mulheres com discernimento e sabedoria para dirigir seu povo no caminho certo. Conclusão. A geração de Issacar nos estimula a viver e agir de forma diferente em nossos dias. Precisamos urgentemente aprender a interpretar os sinais de nosso tempo. Eles possuíam um altíssimo nível de ciência divina, e, hoje, o Espírito Santo nos convida para viver da mesma maneira em nosso tempo.
Hoje, quando vivemos em um tempo repleto de tensões e contradições, Deus continua fazendo isso, em especial através de pastores e líderes. Assim, inspirados pelo Espírito Santo, nós, pastores e líderes, precisamos reconhecer nossa responsabilidade de discernir, no nosso tempo, como a Igreja, o povo de Deus, deve agir para ser testemunha para essa geração. "E vos darei pastores segundo o meu coração, que vos guiarão com conhecimento e discernimento" Jeremias 3.15. Questionário. 1. Como Issacar é representado? R: Como um forte amante do descanso e do sossego (Gn 49.14-15). 2. Qual é a característica dos grandes heróis de Deus? R: Sempre buscar forças na hora da fraqueza (Hb 11.34). 3. Do que Issacar não teve consciência? R: De sua vocação (Ef 4.1). 4. De acordo com a lição, o que Deus sempre espera? R: Que alguém tenha a coragem de crer em coisas extraordinárias (Rm 8.19). 5. Qual era a marca da outra geração de Issacar? R: A ciência dos tempos (1Cr 12.32).