Lição 03 a música e a adoração

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A MÚSICA E A ADORAÇÃO (Lição 03 - 16 de Outubro de 2016) TEXTO ÁUREO “Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó altíssimo.” (Salmo 9.2). VERDADE APLICADA A música é um dos canais mais utilizados na adoração, portanto, deve ser cuidadosamente observada. OBJETIVOS DA LIÇÃO   

AVALIAR a forma como tem sido tratada a música na adoração; OBSERVAR os abusos musicais que tem se proliferado na igreja; INCENTIVAR a busca de uma musica de qualidade.

TEXTOS DE REFERÊNCIA Salmo

101.1

-

Cantarei

a

misericórdia

e

o

juízo;

a

ti,

Senhor,

cantarei. Salmo 101.2 - Portar-me-ei com inteligência no caminho reto. Quando virás

a

mim?

Andarei

em

minha

casa

com

um

coração

sincero.

Salmo 101.3 - Não porei coisa má diante dos meus olhos; aborreço as ações

daqueles

que

se

desviam;

nada

se

me

pegará.

Salmo 101.4 - Um coração perverso se apartará de mim; não conhecerei o homem mau. Salmo 101.7 - O que usa de engano não ficará dentro da minha casa; o que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos. INTRODUÇÃO A

música

como

louvor

e

adoração

teve

origem

no

Céu,

enquanto

o

universo e a terra ainda estavam sendo criados, os anjos no céu já cantavam louvores a Deus (Jó 38.7; Sl 148.1-2). Na terra, a música faz parte da vida do ser humano desde o início de sua existência. É bem verdade que não há fontes exatas que prove quando de fato ela surgiu. Mas

sabemos

sempre

que

até

encontraram

onde

os

vestígios

arqueólogos de

escavaram

música.

Nas

nosso

passado,

primeiras

gerações

humanas, em Gênesis, Jubal já nos é apresentado como o pai de todos aqueles que tocam instrumentos musicais (Gn 4.20-21). Sendo assim, quer seja do ponto de vista histórico ou religioso não podemos encarar a música como uma mera invenção do ser humano, mas como uma dádiva extraordinária

presenteado

por

Deus

ao

homem.

Portanto,

desde

a


criação de todas as coisas até a eternidade, a música como louvor sempre ocupou e sempre ocupará uma posição significativa na adoração a Deus (Jó 38.7; Sl 100.4; 33.2-3; 101.1; 148.1-13). 1. A MÚSICA E A SUA RELAÇÃO COM O SAGRADO Não podemos negar que a música de uma forma geral possui a capacidade de nos aproximar de realidades espirituais mais profundas. A música penetra em nosso ser fazendo-nos sentir os mais diferentes sentimentos e emoções. Ela em seus mais diversos estilos e ritmos pode provocar sensações e reações múltiplas, tais como: Alegria ou melancolia; calma ou agressividade; relaxamento ou agitação, etc. Ela pode agir para espantar os males, como também para atrair os males; Pode nos levar a se aproximar de Deus como também nos afastar de Sua presença; Pode nos despertar para a gratidão como também para a ingratidão. Que a música em

nossa

vida

seja

sempre

para

expressarmos

nosso

louvor,

amor

e

gratidão a Deus pela salvação nos dada através do sacrifício de Cristo Jesus (Ex 15.1; Sl 9.1; 30.11-12; 33.1-3).

1.1. A presença da música no culto A presença da música como louvor no culto tem um papel relevante e deve ser usado com o propósito de adorar a Deus e levar o povo à adoração (Cl 3.16; Ef 5.19). O grande problema que enfrentamos com as músicas nos cultos, atualmente, é que estamos muito mais preocupados em usá-la para atrair e entreter os ouvintes do que para exaltar a Deus ou edificar a igreja (1 Co 10.31-33; Ef 4.12-13). E desta forma, nos afastamos cada vez mais do modelo contido na Palavra de Deus. A música

no

culto

não

pode

ser

um

instrumento

de

diversão

e

entretenimento religioso. Em regra, a música que adora e edifica é a música que comunica a mensagem do Evangelho na letra, na música, no ritmo, na melodia e etc (1 Co 14.15), e cujo os músicos adoradores não se apresentam para dar “show” e atrair glórias para si mesmo (Sl 115.1), ao contrário, procura a melhor forma de expressar seu louvor de modo que exalta a Deus e leve os seus ouvintes a louvarem a Deus e terem suas vidas edificadas e fortalecidos na fé (1 Co 14.26; Cl 3.16; Ef 5.19; 1 Co 14.15). 1.2. A música como testemunho A música é uma das armas que a igreja possui para testemunhar e propagar individualmente e coletivamente as Boas Novas. A música como verdadeiro

louvor

não

é

apenas

a

emissão

de

sons,

mas

a

entrega

incondicional de tudo aquilo que somos em tributo ao seu Nome (Sl


146.1). Quando cantamos com o coração sincero, refletimos Deus ao mundo e o mundo pode ver e sentir Deus através de nós. Em Atos dos Apóstolos há um texto que diz: “Era UM o coração e a alma da multidão que criam” (At 4.32). O louvor durante o culto na congregação deve nos transmitir a ideia de um povo tomado pelo mesmo sentimento, mesma alma, mesma motivação e mesma direção (Rm 15.11). Na medida em que o povo canta na presença de Deus, o Senhor se faz sentir. Quando isto acontece, a música como louvor se transforma num poderoso testemunho da ação e da grandeza de Deus (1 Cr 16.8-9; Sl 96.1-3). 1.3. A música entre o sagrado e o comum A

música

de

uma

forma

geral

não

é

totalmente

neutra,

como

deixa

subtendido o comentarista, nem mesmo aquelas, entre seu aspecto comum e seu aspecto sagrado. Todas elas, independentemente do seu aspecto, ou irão contribuir para elevar nossos referenciais de vida cristã ou irão contribuir para rebaixar-nos. Ela pode atuar tanto para o bem quanto para o mal, tanto para louvar e exaltar a Deus como para homenagear a Satanás, tanto para nos elevar na vida moral e espiritual como para nos afastar da presença de Deus. Não se engane! A música, mesmo

aquelas

capaz

de

emoções,

supostamente

influenciar e,

por

e

esta

inofensivas,

de

é

modificar

razão,

não

uma

poderosa

pensamentos,

podemos

ferramenta

sentimentos

subestimar

e

nem

e

ficar

indiferentes a ponto de ignorá-las. Como bons e autênticos cristãos, devemos rejeitar toda e qualquer música profana e mundana, e, escolher de forma criteriosa as músicas sacras que irão fazer parte do nosso viver. Permitamos que somente aquelas que exaltam e louvam ao Deus criador e salvador, façam parte do nosso repertório cotidiano (Sl 146.1; 34.1-3; 100.2; 101.1; 138.1-2; 150.1-6). 2. O PROBLEMA DOS ESTILOS MUSICAIS Tenho

minhas

convicções,

com

base

nas

Escrituras,

de

que

vários

estilos e ritmos musicais, como rock, samba, forró, funk, axé, etc não adéquam

ao

louvor

e

adoração.

Todavia,

reconheço

que,

diante

da

variedade dos estilos musicais presente em nossa cultura, não disponho de conhecimento técnico suficiente para avaliar todos os gêneros e ritmos, com letras cristãs, para informar se fato estão ou não apto para adoração. Mas, o principal problema, não está só na generalidade dos

estilos

musicais,

em

si,

mas

também

na

força

de

outros

instrumentos e meios usados por Satanás, que muitas vezes se misturam aos

estilos,

sentimentos,

gêneros pensamentos

e e

ritmos, emoções

deturpando do

homem,

e

manipulando

afastando-os

de

os seu


relacionamento com Deus. Longe de ser apenas uma questão técnica e estética,

o

exercício

da

música

é

acima

de

tudo

uma

experiência

psicológica, mental e espiritual, com poder de fazer o homem sentir em sua alma e de se transformar (1 Sm 16.19-23). 2.1. O perigo das influências A força da influência que Satanás, inimigo de nossas almas, exerce sobre a música, de uma maneira geral, acaba atingindo não somente os cristãos e os músicos individualmente, mas também o próprio caráter da música cristã, em si. O efeito da influência que as músicas profanas e/ou mundanas exercem sobre os cristãos e sobre as músicas cristãs são muito mais fortes e destruidoras do que se pode imaginar! Estrelismos; sincretismo

musical;

cultos/shows;

mudanças

plágios,

são

baladas de

alguns

gospel,

conteúdo, dos

de

muitos

coreografias; estilos

perigos

e

de

trazidos

danças;

ritmos; por

e,

estas

influências negativas. Como bem disse o comentarista: “Não são poucos os músicos cristãos que copiam os padrões mundanos da música”. Devemos ter muito cuidado, pois quando se busca reproduzir o que está lá fora, ela cria um choque com a Palavra de Deus (Rm 12.2). Se quisermos experimentar louvores santos, belos, poderosos e divinos careceremos de um mergulho no oceano do Espírito Santo e do conhecimento de Deus e de Sua Palavra. Não basta “copiar” belas músicas ou “cantar bem”, é preciso que o louvor seja genuíno e tenha autoridade conferida pelas Escrituras (Cl 3.16; Ef 5.18-19). 2.2. O perigo da substituição da pessoa central Não pasmem! Mas, já estamos vivemos um tempo onde a presença de Deus é pouco celebrada, sentida ou desejada! Há, nos dias de hoje, uma ideia secularizada de “cultos/shows” que tem sido altamente negativo para a espiritualidade

da

igreja,

pois

vem

eliminando

dos

cultos

a

centralidade da pessoa de Deus e de Jesus Cristo. Infelizmente, muitos crentes já vão aos cultos em busca de entretenimento, e, não em busca de oportunidades de se prestar um serviço de louvor e adoração ao Senhor ou mesmo de sentir a Sua maravilhosa presença. O movimento gospel, destes últimos tempos, tem contribuído para isto! O mercado da música gospel, com influência da mídia, tem se destacado e vendido muito, e com isso, muitos músicos “adoradores”, líderes de igrejas, lideres de ministério de Louvores, líderes de departamentos de jovens e de adolescentes, tem se perdido nessa encruzilhada ética, entre o louvor que agrada a Deus e o gênero musical que agrada as multidões. Isso tem trazido uma “modernização nos cultos” levando muitas igrejas


a não se preocuparem mais com o “conteúdo” de suas canções. Chegam a tirar totalmente de cena a “hinologia sacra”, para dar lugar à “música gospel”, que lamentavelmente, na sua grande maioria, é mais um produto pronto para o consumo do que um louvor para glória de Deus (Sl 115.1; 1 Co 10.31-33). Em vez de adoradores passamos a ter consumidores! 2.3. O perigo de se escandalizar o Evangelho O perigo de escandalizar o evangelho sempre existiu e sempre existirá (Lc 17.1). Mas este na essência não é o problema. O grande problema dos escândalos na atualidade reside na frieza espiritual e na perda do amor a Deus e ao próximo. Crentes nessa situação geralmente brigam por qualquer coisa. Tudo para eles se tornam motivos para discussões e questionamentos.

Pessoas

neste

estado

não

se

preocupam

com

os

possíveis escândalos e são capazes de destruir não só a si mesmo, mas também daqueles que estão próximos dele. 3. A BELEZA DA HARPA CRISTÃ Seria

desnecessário

de

nossa

parte

tentar

comparar

a

beleza

das

canções antigas, contidas na Harpa Cristã e nos demais hinários, com as canções do presente, tocada e ouvida pelas novas gerações. Com todo respeito aos demais modelos! Todos os hinários cristãos, incluindo aqui a Harpa Cristã, compartilham dos fundamentos da fé. Já as músicas cristãs

modernas,

aparentemente heresias.

são

principalmente boas,

Precisamos

mas

valorizar

vejo a

as

dos

muitas nossa

movimentos

delas,

Harpa

e

gospel,

contaminadas as

coletâneas

por de

músicas sacras! 3.1. A teologia dos hinos da Harpa A presença da música nos cultos, como já dissemos, tem o propósito de louvar a Deus e de edificar a igreja. Canções para edificar precisam conter conteúdos de cunho teológicos e cristológicos mais profundos e biblicamente corretos, para atuar no campo da instrução, da exortação, do aconselhamento e do fortalecimento dos cristãos (1 Co 14.3). Nestes critérios, os hinários (Harpa Cristã, Cantor Cristão, Salmos e Hinos e etc) gozam de muito mais respeito e credibilidade do que os demais modelos de músicas sacras, que, além de serem doutrinariamente vago, apresentam grotescos erros bíblicos em suas composições, muitas delas voltadas para filosofias contemporâneas e humanistas. Há uma imensidão de canções do movimento gospel que são questionáveis do ponto de vista teológico

e

cristológico.

É

preciso

examinar

muitas

delas

encontrar uma que não esteja contamina com algum tipo de erro.

até


3.2. Os autores dos hinos da harpa Nenhum

dos

hinários

autores

eram

ou

compositores

perfeitos,

temos

da

Harpa

consciência

Cristã

disso,

e

mas

de

outros

sabemos

que

foram homens e mulheres verdadeiramente convertidos, piedosos e cheios de sabedoria, que cuidadosamente montaram os hinários. Também temos consciência de que nenhum hinário é perfeito, mas sabemos que podemos confiar na maioria dos hinos selecionados, pois apoiam as verdades centrais da Bíblia e as nossas principais doutrinas, sem necessidade de analisar minuciosamente cada música e compositor. Diferentemente das músicas do movimento gospel, cujo pastor que se preocupa com o rebanho, precisa examiná-las rigorosamente, antes de liberar seu uso. Infelizmente, há uma grande quantidade de canções do movimento gospel, cujos compositores são questionáveis em seu testemunho. 3.3. A simplicidade cativante da harpa A simplicidade cativante da Harpa está na sua maneira de adorar a Deus. Ela promove uma adoração suave e centrada na fé e na Palavra de Deus, levando os adoradores a um encontro com Deus. Se for acompanhada por um instrumento como teclado ou órgão, melhor ainda. Diferente das canções do movimento gospel que projeta uma adoração caracterizada pela repetitividade e pelas batidas pesadas dos instrumentos musicais. Essa forma de adoração leva os “adoradores” a um estado hipnótico ou a um

“êxtase

emocional”,

menos

a

um

encontro

com

Deus.

Assim,

a

simplicidade das canções da Harpa cativa a alma a uma experiência mais profunda

com

Deus;

a

música

do

movimento

gospel

cativa

uma

experiência física e estimulante e, muitas vezes até sensual. CONCLUSÃO É dever de todo cristão influenciar o mundo com sua maneira de viver, e não ser influenciados por ele. Como cristãos devemos estar alertas e tomar

todos

os

cuidados

necessários,

pois

as

musicas

profanas

e

mundanas nos invadem lentamente, e às vezes nem conseguimos perceber quando tudo se iniciou. É como a poeira que entra em nossa casa, só se percebe quando vamos limpar. Não esqueçamos também que ele, além de entender muito sobre música, sabe que Deus só aceita o louvor quando vindo de coração puro, sincero e que esteja de acordo com a Sua Palavra.

Por

esta

razão,

utiliza-se

de

todo

e

qualquer

meio

ou

instrumento para influenciar e afastar as pessoas da forma racional de cultuar a Deus e de prestar-Lhe uma verdadeira adoração (Rm 12.1-2).


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: REVISTA

BETEL

DOMINICAL:

Jovens

e

Adultos.

Adoração

&

Louvor

A

excelência e o propósito de uma vida inteiramente dedicada a Deus. Rio de Janeiro: Editora Betel – 4º Trimestre de 2016. Ano 26 Comentarista:

Pastor

José

Elias

Croce.

Lição

03

n° 101.

A

música

e

a

Cristã

Advertido

a

adoração. REVISTA

BETEL

JOVENS

E

ADULTOS:

Apologética

igreja contra as falsas doutrinas. Rio de Janeiro: Editora Betel – 1º Trimestre de 2002. Ano 12 n° 42. Comentarista: Pastor Lourival Dias Neto. BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Matthew Henry. Almeida Revista e Corrigida. Rio de Janeiro. Editora Central Gospel. 1ª Edição, 2014. A

INFLUENCIA

DA

MUSICA.

Disponível

em:

http://musicaplena.com/a-

influencia-da-musica-na-sociedade/> Acesso em 28 de setembro de 2016. SERÁ

QUE

Disponível

PODEMOS em:

LOUVAR

A

DEUS

COM

TODOS

OS

ESTILOS

MUSICAIS?

https://artigos.gospelprime.com.br/sera-que-podemos-

louvar-a-deus-com-todos-os-estilos-musicais/> Acesso em 28 de setembro de 2016.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS: Pr. Osmar Emídio de Sousa. Servidor Público Federal; Bacharel em Direito pela faculdade PROJEÇÃO; Bacharel em Missiologia pela antiga Escola Superior de Missões de

Brasília;

bacharel

em

Teologia

Pastoral,

pela

FATAD (Faculdade de Teologia das Assembleias de Deus de

Brasília);

Pastor

credenciado

na

CONAMAD

superintendente da EBD, na AD316, Subsede da ADTAG.

e


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