Lição 12 A missão dos doze discípulos. 18 de setembro de 2016 Texto Áureo Mateus 10.1 “1 E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e para curarem toda enfermidade e todo mal”. Verdade Aplicada O Mestre obteve êxito em espalhar as boas novas quando chamou, preparou e enviou os Seus discípulos. Objetivos da Lição Mostrar como Jesus chama e designa discípulos a pregar; Apresentar a maneira como Jesus instruiu os Seus doze discípulos; Ensinar que essa mesma estratégia pode ser aplicada hoje. Glossário Hostil: Adverso, inimigo; provocante; que procura dar batalha; Omitir: Deixar de fazer ou dizer alguma coisa; não mencionar; Outorgar: Aprovar, concordar com. Leituras complementares Segunda Mt 10.1 Terça Mt 10.2 Quarta Mt 10.3 Quinta Mt 10.4 Sexta Mt 10.12 Sábado Mt 10.13 Textos de Referência. Mateus 10.5-10 5 Jesus enviou estes doze e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos; 6 Mas ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel; 7 E, indo, pregai, dizendo: É chegado o Reino dos céus. 8 Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai. 9 Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos, 10 Nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem bordão, porque digno é o operário do seu alimento. Hinos sugeridos. 16, 93, 115 Motivo de Oração Suplique proteção física e espiritual que vem do alto sobre aqueles que ouviram o Evangelho.
Esboço da Lição Introdução 1. Chamados a missão. 2. Instruídos e delegados para a missão 3. Enviados para a missão. Conclusão Introdução Veremos nesta lição a necessidade de Jesus chamar, instruir e delegar tarefas específicas aos Seus discípulos. Tais movimentos do Mestre servem como modelo para agir evangelisticamente em nossos dias.
Jesus quando estava na terra teve a necessidade de fazer discípulos para que pudesse propagar o evangelho por todo Israel. Na sociedade grega antiga discípulo era um aluno ou aprendiz de um homem sábio, já no novo testamento discípulo e a pessoa que crer em Jesus Cristo e que decide dedicar a sua vida a servir ao seu Mestre. Jesus selecionou pessoas que criam e suas palavras e as ensinou e delegou autoridade para que pudessem servir ao seu reino. Também deixou o exemplo para que pudessem fazer discípulos nos dias de hoje. 1. Chamados à missão. A tarefa de levar as boas novas às “ovelhas perdidas da de Israel” era extensa, pesada e impossível para um homem só, visto que Jesus deveria atuar dentro de um prazo. Daí a necessidade de o Mestre convocar, instruir e enviar os doze discípulos.
O trabalho era muito extenso e o tempo que Jesus tinha era pouco e não havia pessoas habilitadas para auxiliar. Em certa ocasião Jesus declara aos seus discípulos que “A seara era grande, mas que os trabalhadores eram poucos” (Mateus 9.37). Por isso Jesus Habilitou e enviou os seus discípulos porque sentia compaixão das multidões, que estavam aflitas desamparadas e eram como ovelhas sem pastor (Mateus 9.36). 1.1. A natureza da missão. A missão era basicamente representar o Mestre. Eles deveriam se dirigir à casa de Israel, a começar pela cidade em que residiam, e pregar o ambiente para a chegada de Jesus (Mt 11.1). Todavia, era necessário que eles dessem explicações às pessoas das cidades e aldeias contatadas acerca do propósito deles, pregando-lhes: “é chegado o reino dos céus” (Mt 10.7). Não só deveriam levara a mensagem do Mestre, porém oferecer uma amostra de Seu pode, demonstrando assim que de fato já estava entre eles o Reino de Deus, à medida que cressem, pois haveria cidades e aldeias inteiras que não creriam neles e nem os receberiam (Lc 9.51-56). A missão preparatória e evangelizadora não é fácil, visto ser guerra declarada às trevas. A natureza da missão dos discípulos como um meio preparatório para o trabalho do Senhor Jesus Cristo. Entretanto eles deveriam ser claros quanto a mensagem do Reino, posto que se não houvesse objetividade e clareza as pessoas não compreenderiam e consequentemente rejeitariam os trabalhos deles e do Mestre, Na verdade, este trabalho era preparatório para uma cruzada evangelística, ou
melhor, a tomada religiosa da cidade pelo Senhor Jesus. Tais coisas devem ser praticadas ainda hoje, pois para isto a Igreja ainda está aqui na terra.
A missão dos discípulos era preparar o coração do povo para ouvir Jesus, era pregar a todo povo de Israel que era chegado o reino dos céus, para isso foram capacitados a demonstrarem a quem eles representavam. Foi dado a eles o poder para curar enfermidades, expulsar demônios, até ressuscitar os mortos. A primeira oferta de salvação deveria ser oferecida aos judeus, as ovelhas perdidas da casa de Israel, por isso a determinação de não se deterem pelo caminho e nem entrar nas cidades dos samaritanos. O objetivo dos discípulos de Jesus era preparar o caminho, o coração do povo para a pregação do Mestre, para tanto foi dado a eles o poder para fazerem milagres. Imagine, se os discípulos realizavam milagres em nome de Jesus, como não era a expectativa do povo quando o Grande Mestre chegava. Por isso sempre uma grande multidão acompanhava onde quer que fosse. 1.2. Quem foram os convocados? Os convocados para esta missão foram doze. Quatro dentre esses já andavam com Jesus (Mt 4.18-22). Essa quantidade de convocados aponta para as doze tribos de Israel. Jesus convocou os discípulos que conhecem a Sua visão e que entendessem do Seu sentimento. Nenhum desconhecido, sem qualquer conhecimento ou precipitado, pôde fazer parte dessa delegação, até porque era uma missão de confiança. Quando uma equipe se prontifica para evangelizar, deve sondar se já possuem boa convivência, se todos estão unânimes e minimamente preparados, para que o inimigo não sabote o trabalho evangelizador. Da mesma forma que Jesus Cristo usou critério para seleção e delegação, nós devemos ter também. Quer estejamos organizando ou sendo colaboradores numa dupla ou equipe de evangelização é necessário um preparo mínimo simultâneo entre os irmãos, formando assim um pensar e linguajar harmônico dentro da dupla ou equipe. O fato de que a evangelização não funciona bem e logo se dissolve se não há critérios claros e sentimento de unidade. Ninguém deve entrar e sair para um trabalho em equipe de improviso. Não funciona!
Segundo a Bíblia de Estudo Matthew Henry um anjo ou apostolo significam a mesma coisa: um enviado para a missão ou embaixador. Jesus escolheu doze discípulos por que estes representariam as doze tribos de Israel. Todos os escolhidos eram da convivência de Jesus, entendiam a mensagem e compartilhavam de sua visão. Eles eram os embaixadores de Cristo e levavam a mensagem do reino de Deus, por isso deveriam ser pessoas de confiança do Mestre. Um embaixador não pode ser uma pessoa escolhida aleatoriamente, tem que ser alguém de confiança e que compartilha dos mesmos ideais ou visão de quem o enviou, por que tem a missão de representar e defender os interesses de sua nação. Para que a obra do Senhor Jesus prospere nos dias atuais, também devemos seguir os exemplos do Mestre, precisamos preparar pessoas que partilham da mesma visão para realizar a grande missão de levar palavra de Deus a todos os perdidos nesse mundo tenebroso. Tem que haver critérios definidos, usar o mesmo linguajar, ter sentimentos de unidade. Para que o evangelismo funcione tem que haver preparação. 1.3. Por que eles foram escolhidos?
Jesus chamou a si os que Ele quis. Eram discípulos que depois de preparados se tornariam representantes enviados, isto é, apóstolos. Os pontos em comum que havia entre eles era o fato de serem galileus, de conhecerem Jesus há algum tempo e, possivelmente, tê-lo acompanhado. Por outro lado, não houve critério totalmente uniforme nas escolhas deles, pois havia pescadores, um zelote, um publicano etc. O mais importante, entretanto, era que cada um tivesse real desejo de colaborar, disposição em aprender e que fosse tratável. Não são estes os mesmos critérios hoje a serem aplicados no desenvolvimento de uma equipe evangelística? Claro que sim. É de grande importância que os alunos aprendam a valorizar o trabalhar em equipe. Trabalhamos com voluntários que se impõe à disciplina de ajudar no crescimento da igreja local. É igualmente importante que tais colaboradores procurem aprender sempre e que sejam dóceis.
Conforme exposto pelo comentarista da lição a maioria dos discípulos eram Galileus, nascidos naquela região e também à maioria eram pescadores. Conheciam a Jesus e o acompanhavam a algum tempo. Ao analisamos a vida dos discípulos constatamos que eram pessoas que tinha muitas falhas no seu modo de viver e em suas personalidades. Às vezes eram arrogantes, bravos e com espírito de duvida. Mas Jesus os escolheu porque quis. Uma qualidade eles tinha em comum, a disposição de aprender sobre o reino de Deus, acompanhavam o Mestre e ouviam atentamente as suas palavras. Nas escrituras estão registradas várias passagens em que não entendiam a mensagem e depois pediam para que Jesus os ensinasse, esclarecessem as sua duvidas. Portanto devemos também possuir esse mesmo espírito dos discípulos de Jesus, buscar sempre estudar a sua palavra, meditar diariamente e sempre esclarecer as duvidas que surjam. Uma equipe evangelística bem preparada deve ter o domínio da palavra para poder agir como Cristo quando for afrontado pelo inimigo de nossas almas, principalmente quando estiver pregando a mensagem do reino. 2. Instruídos e delegados para a missão. A missão deles consistia em representar o mestre junto às aldeias e cidades. Para essa missão, eles foram chamados de apóstolos, que significa “enviado”. Antes, porém, de serem enviados, foi necessário dar-lhes treinamento e delegar-lhes poderes.
Jesus preparou e enviou os seus discípulos para a missão de preparar o coração do povo de Israel para sua pregação. Como representante do seu reino também lhes delegou poderes para curar, expulsar demônios e ressuscitar mortos. 2.1. Instruídos aonde ir. Havia entre os galileus muitas de pessoas que não eram da linhagem hebraica, os apóstolos, porém, deveriam se dirigir às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10.5-6). Parece-nos estranho, pois que havia tantas pessoas próximas que precisavam também ser alcançadas. Deus estava comunicando uma nova dispensação e uma salvação perfeita, era justo que começasse pelo povo escolhido primeiro, para depois alcançar os outros. Lembremos que Jesus sabia que chegaria a hora em que seria desprezado, preso e morto. Apesar disso, naquele momento a missão deles foi um sucesso porque o Senhor se viu obrigado a ampliála.
Mostre para os alunos num mapa lugares pagãos vizinhos da Galileia. Embora pareça redundante, é importante frisar para os alunos que os apóstolos deveriam ir prioritariamente aos conterrâneos de sua linhagem. Deus é fiel, mas estava agindo diferente e essa era uma nova era que chegara. Comente com os alunos que Ele nada faz sem revelar ao Seu Povo (Am 3.7).
Como está registrado em Amós 3.7, Deus nada fazia no tocando a Israel sem antes revelar seus planos aos profetas. Com relação ao plano de salvação não poderia agir diferente, enviou os seus discípulos para primeiro pregar as boas novas aos filhos perdidos de Israel. Como povo escolhido por Deus eles deveriam ter o privilegio de saber da Nova Dispensação da graça. Os israelitas apesar de ser o povo escolhido por Deus viviam largado à sua própria sorte, os lideres religiosos da época agiam com hipocrisia e ostentação, eram inescrupulosos. Em Mateus 23.2-10, Jesus descreve que os lideres atavam pesados fardos e colocava sobre os ombros do povo, mais eles mesmos não estavam dispostos a mover um só dedo para movê-los, apreciavam ser vistos pelos homens e gostavam de sentar nos lugares de honra nos banquetes e nos assentos mais importantes das sinagogas. Jesus sabia muito bem que esse povo a quem tanto amava um dia iria desprezá-lo e matá-lo, mas seguiu frente com sua missão. 2.2. Delegando poderes. O Reino dos céus chegará e com ele coisas surpreendentes no que tange ao poder de Deus entre os homens. Os discípulos enviados deveriam pregar sobre isso dizendo: “É chegado o reino dos céus”. Jesus outorgou os poderes do Reino: para curar os enfermos, ressuscitar mortos e expulsar demônios, ou seja, o mesmo poder que operava em Jesus também foi conferido a eles (Mt 10.8). O que Jesus fazia já era surpreendente e eles fariam o mesmo pela fé. As portas do inferno seriam abaladas pela obra de nosso Senhor através dos Seus discípulos, posto que muitos vieram a crer nEle e porque as obras das trevas como enfermidades, possessões e mortes foram desfeitas pelo poder de Deus. O poder de Deus que operou através dos apóstolos é o mesmo. Para Deus, não há privilegiados, todos os que crerem e o buscarem exercerão poder contra as trevas em Cristo Jesus. Esse poder é para desfazer o poder destruidor do inferno entre os homens.
Quando Jesus enviou os seus discípulos com a missão de pregar o reino dos céus também os capacitou a operar os mesmos milagres que fazia através do poder de Deus. Jesus determinou: “Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai” Mateus 10.8. Tudo o que fazia os seus discípulos também fariam, desde que tivessem fé em Deus. É importante lembrar que o mesmo poder que foi delegado aos discípulos na época de Jesus também está a nossa disposição, para isto precisamos somente crer e buscar para obter, todos os cristãos foram capacitados em nome de Jesus a enfrentar o reino das trevas. 2.3. O cuidado que deveriam ter. Alguns cuidados seriam necessários para que não atrapalhassem a missão (Mt 10.9-13). Eles não deveriam possuir nada que chamasse a atenção para eles mesmos, sem qualquer ostentação de coisas como ouro, prata, duas túnicas, etc. Simplicidade de quem está cumprindo uma missão dos céus entre os homens. Outra coisa importante é que eles
deveriam descobrir alguém chave numa localidade, alguém que os acolhesse por causa da mensagem deles. Se eles saudassem a alguém com a paz e essa pessoa fosse digna, seria abençoada com paz. Caso isso não acontecesse, não era ali o lugar de compartilharem a mensagem. Isso nos ensina que não devemos insistir com quem é resistente à Palavra. Quando alguém visita uma casa compartilha a mensagem do Evangelho, deve considerar algumas coisas importantes. Primeiro, prime pela simplicidade, pois o evangelizador não deve chamar atenção para si. Segundo, convém evitar trajes inadequados, linguagem inapropriada ou que pareça ostentarse. Terceiro, seja simpático, converse olhando nos olhos e deseje a pessoa paz. Caso haja retorno tudo indica que poderá fazer um bom trabalho ali naquela família ou localidade. Caso não haja resposta, não perca tempo com quem não quer ouvir a Palavra de Deus e passe adiante.
Jesus quando enviou os discípulos passou varias orientações, dentre elas de que não deveriam levar nem ouro e nem prata, que levassem uma túnica somente. Não deveriam ser confundidos com o lideres religiosos da época, que amavam a ostentação, deveriam ser simples como a palavra do reino. Não deveriam se preocupar onde comer ou dormir, eles poderiam esperar que aqueles a quem foram enviados providenciariam o necessário para a sua sobrevivência. Orientou que ao chegarem às cidades procurassem pessoas boas e dignas que pudessem acomodá-los. Em Lucas 22.35 Jesus perguntou: "Quando eu os enviei sem bolsa, saco de viagem ou sandálias, faltou-lhes alguma coisa?” "Nada", responderam eles. Pelo texto infere-se que não faltou nada para eles, Deus providenciou tudo de que necessitaram. Quando o cristão sai a pregar o evangelho de Cristo deve primar pela simplicidade, estar bem trajado, mas sem ostentação, deve também desenvolver um vocabulário condizente com alguém que Jesus salvou, não podemos esquecer que somos embaixadores de Cristo e temos a obrigação de causar uma boa impressão aos que nos ouvem. 3. Enviados para a missão. Os discípulos estavam prestes a ser enviados pelos termos de Israel a fora. Era necessário ainda que recebessem algumas instruções fundamentais e alertas para que não fossem pegos de surpresa.
Os discípulos quando foram enviados aos seus conterrâneos receberam orientações e alertas de nem tudo seriam fácil. Com certeza nos caminhos deles haveria resistência por parte dos incrédulos e religiosos da época que não compartilhavam com as pregações de Cristo. Eles precisavam estar atentos para não serem surpreendidos. 3.1. Alertas quanto às perseguições. Nem sempre eles encontrariam um ambiente e pessoas acolhedoras (Mt 10.16-33). Mesmo entre os judeus, seria como se estivessem entre pagãos, postos que encontrariam pessoas hostis. Seria como ovelhas entre lobos, portanto, deveriam ser amáveis como a pomba e prudentes como serpentes. A evangelização é a luta do bem contra o mal pela posse das almas e os evangelizadores encontrarão sistemas religiosos e governos controlados por demônios. Por isso, os servos de Jesus sofrem até hoje humilhações, processos na justiça e violências físicas, ou seja, as mesmas coisas que Ele sofreu (Mt 10.23).
Uma vez que escolhemos estar do lado de Jesus Cristo e sermos os Seus colaboradores sofreremos perseguição, a não ser que sejamos negligentes e infiéis a Deus. Do contrário, cabe a nós cumprir os sofrimentos restantes do Senhor Jesus através de nossos corpos (Cl 1.24). É extremamente importante que ressaltar que não existe vida cristã sem dor, aflições e tribulações (Jo 16.33). Devemos estar dispostos a perder a própria vida por amor a Cristo. Devemos nos submeter à perda do favor dos homens, suportar as dificuldades e negar a nós mesmos muitas vezes ou, então, jamais chegaremos ao céu. Jesus alertou aos seus discípulos sobre as perseguições que iriam enfrentar por causa do seu evangelho. Eles seriam como ovelhas no meio de lobos vorazes, representados pelos lideres religiosos da época que se sentiam ameaçados com a pregação de Jesus Cristo, que condenava as atitudes egoístas deles. Os discípulos deveriam ser prudentes como as serpentes que utiliza a tática de se defender e esquivar-se para a sua própria segurança. Não deveriam acreditar em todos os homens, porque muitos os iriam trair e levá-los aos juízes para serem julgados. Desde os tempos de Jesus os cristãos são perseguidos até os dias de hoje por causa do evangelho. Muitos na luta contra os poderes das trevas sofrem violência e humilhações, sendo punidos em alguns países com a sentença de morte por causa do nome de Cristo. A verdade é que os fieis de Cristo sempre sofreram perseguições e as tribulações sempre acompanhou os que lutam contra os poderes do inimigo de nossas almas. A maioria dos discípulos de Jesus são testemunhas disso porque sofrem perseguições e tiveram suas vidas ceifadas por causa do evangelho que pregavam. 3.2. As dificuldades e recompensas. Assim que os contatado começassem a ouvir o Evangelho do Reino, como os apóstolos, sofreriam também (Mt 10.42). O grande campo de provas seria a convivência com a família. Como o Senhor exige lealdade exclusiva, haveria desarmonia entre pais e filhos, nora e sogra, etc. Quem quiser se alinhar a Cristo e receber a vida eterna deve colocar os relacionamentos familiares nas mãos de Deus e permanecer fiel a Ele. Mas se alguém amar os seus pais, filhos, bens mais do que a Cristo é indigno dele. As recompensas aguardam os que receberem bem aos enviados em nome de Jesus. Os conflitos por causa do Evangelho estão em curso agora. Eles não são incomuns, mesmo num país grande e considerado cristão como o nosso. Há pais que se tornam inimigos dos filhos e os convidam a fazer uma escolha – Cristo ou a convivência com eles. Alguns filhos tomam uma firme decisão e acabam por deixar a casa por amor a Cristo. Neste exato momento da aula, seja guiado pelo Espírito Santo e escolha um(a) aluno(a). Peça a ele(ela) que ore para que os filhos das famílias cristãs possam conhecer intimamente a Jesus Cristo e ter em seus corações o propósito de segui-Lo a qualquer preço.
Em Mateus 10.37, Jesus diz que quem amar o pai e a mãe mais do que a ele não é digno Dele, e se amar sua filha ou filho mais do que a ele também não é digno a Dele. Continuado, ele declara que todos devem tomar a sua cruz e segui-Lo para ser digno Dele, e informa que se alguém o negar aqui na terra para salvar sua vida, perderá a vida eterna (Mateus 10.38 e 39). O amor aos nossos familiares bem como o ódio deles não pode nos afastar de Cristo o nosso Salvador. Naquela época receber a mensagem de Cristo e seguila significava muitas vezes romper com as tradições familiares, o convertido muitas vezes era obrigado fazer uma escolha muito difícil, ou seus familiares ou a Cristo. Quem Seguir? Mais havia uma promessa de que quem segue a Jesus ele mostraria o caminho e
conduziria entre o sofrimento até a gloria eterna com Ele. Nos dias atuais não tem sido diferente, muitos filhos ou pais, são obrigados a escolher um caminho, seguir a Cristo ou as tradições na qual foram criados. Quem passa por essa aflição não pode em hipótese alguma negar a Cristo como seu Salvador, mas também, não deve abandonar seus familiares na ignorância, deve orar constantemente e pagar o preço pela salvação de todos de sua casa.
3.3. A partida para o trabalho. Depois de convocados, preparados e advertidos dos perigos peculiares à evangelização, os discípulos estavam prontos para irem por todo Israel (Mt 11.1). Mateus omite detalhes sobre o sucesso da missão, porém Lucas não. Eles saíram por todas as aldeias, curando o povo por toda a parte (Lc 9.6). Posteriormente, eles regressaram e, empolgados, trouxeram um positivo relatório (Lc 9.10). Depois de preparados, é hora de partir a contatar as pessoas, posto que preparação demais é perda de tempo e falta de coragem. Temos que aproveitar a liberdade que há em nosso Brasil e compartilhar o Evangelho de modo sério. Desafie os alunos ao trabalho do Senhor nestes últimos momentos. Muitos usam a desculpa da “oração e preparação”, o que demonstra falta de fé e de coragem. Destaque para os alunos que, apesar do tom sombrio do Senhor Jesus Cristo ao falar de perseguição, todavia o relatório dos seus evangelizadores foi positivo, alegre e com muitas curas. Basta obedecer e o Espírito Santo completa a obra. Merece ser especialmente salientado para os alunos que, depois da salvação em Cristo Jesus, o maior tesouro que teremos serão as almas alcançadas neste mundo para a eternidade.
No capítulo 10 de Mateus, Jesus passou todas as orientações que seus discípulos deveriam obedecer, a partir daquele momento eles estavam preparados para pregar as boas novas a todo Israel. Cristo os havia ensinado a trabalhar sem a sua presença corpórea, viajaram provavelmente para a Judeia divulgando a Sua doutrina e fazendo milagres em seu nome. Em Lucas 9:10, esta registrado que eles retornaram e contaram tudo ao Mestre onde relataram como foi a missão. Não está devidamente registrado, mas pelo contexto infere-se que o resultado foi extremamente positivo, até mesmo porque Jesus após o retorno deles os levou para um lugar reservado, mas uma grande multidão os seguia. Depois da missão dos doze com certeza a fama de Jesus correu por toda aquela região e todos queriam ver o Mestre. Imaginem! Se os discípulos faziam milagres em nome Dele e Ele pessoalmente o não faria. Por essa passagem bíblica fica claro que para pregar o evangelho do reino de Deus não precisa ser formado em teologia, ou possuir um grande cargo eclesiástico. Para pregar basta ser salvo em Cristo Jesus e ter disposição em levar a palavra. Em Mateus 10.19 e 20, Jesus afirmou que os seus discípulos não precisavam se preocupar com o que falar porque o Espírito de Deus era quem falaria por eles, esse mesmo Espírito age hoje na vida dos que crêem e obedecem a sua palavra. Conclusão. A missão dos doze discípulos é a nossa missão, pois somos uma extensão deles. Quantos deram suas vidas por fidelidade a Jesus Cristo e por amor a nós, para que o Evangelho atravessasse gerações e nos alcançasse. Agora cabe a nós continuar a cumprir essa missão.
Os discípulos de Jesus cumpriram a sua missão de pregar o evangelho durante a sua vida entre os homens e deram continuidade após a sua ressurreição, praticamente todos deram as suas vidas para que o evangelho chegasse até nós. Cabe hoje a nós a continuidade da grande comissão de Cristo, que foi determinada em Mateus 28.18-20, que é pregar o evangelho a todas as nações, ensinado a guardar todas as coisas que Ele ensinou até aquele dia em retornará com poder e grande Glória.
Questionário. 1. Qual era a missão dos discípulos? R: Representar o Mestre (Mt 10.6-7). 2. A quem os apóstolos deveriam se dirigir? R: Às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10.5-6). 3. Quais poderes do Reino Jesus outorgou a Seus discípulos? R: Poder para curar os enfermos, ressuscitar os mortos e expulsar os demônios (Mt 10.8). 4. O que os discípulos nem sempre encontrariam? R: Um ambiente e pessoas acolhedoras (Mt 10.16-33). 5. O que fizeram os discípulos? R: Eles saíram por todas as aldeias, curando o povo por toda parte (Lc 9.6).