Lição 1 o cristão e a família do século xxi

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Lição 1 O cristão e a família do século XXI. 3 de janeiro de 2016. Texto Áureo Isaias 44.3 “Porque derramarei água sobre o sedento, e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha Bênção, sobre os teus descendentes”. Verdade Aplicada A família é um fenômeno social presente em todas as sociedades. Sem família não existe sociedade. Objetivos da Lição Mostrar as mutações da família em relação aos séculos passados; Apresentar a importância do relacionamento entre pais e filhos na família; Expor a importância do ensino cristão e o relacionamento com a Igreja. Glossário Afazeres: trabalhos, ocupações; Estigmatizar: censurar, verberar; Procriação: Ato ou efeito de procriar; reprodução, geração. Leituras complementares Segunda Êx 20.12 Terça Sl 107.5 Quarta Pv 15.33 Quinta Mt 15.4 Sexta Ef 6.2-3 Sábado Cl 2.8 Textos de Referência. Deuteronômio 6.4-9 4 Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. 5 Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder. 6 E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; 7 E as intimarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te. 8 Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por testeiras entre os teus olhos. 9 E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas. Hinos sugeridos. 212, 291, 469 Motivo de Oração Ore para que as lições da Escola Bíblica Dominical falem profundamente aos corações. Esboço da Lição Introdução 1. Família, criação de Deus.


2. A família e os desafios. 3. A família e a Igreja. Conclusão Introdução O século XXI traz o desafio de um mandamento cultural na contramão do que foi vivido nos séculos passado. É preciso estar alicerçado em Deus não somente para compreender esse tempo, mas para viver sob a égide divina (CL 2.8).

Neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de estudar alguns temas que são extremamente relevantes para que tenhamos uma vida familiar bem-sucedida. Como já é conhecido de todos, o conceito e a formação nuclear de família mudaram significativamente nestes últimos tempos, trazendo junto com estas transformações preocupações e desafios ainda maiores e complexos para manter indissolúvel o casamento e preservar a boa relação e harmonia entre os membros da família. Como cristãos não podemos abrir mão dos princípios e valores estabelecidos pela Palavra de Deus e nem nos conformar com os conceitos e padrões estabelecidos por este mundo, onde o errado passou a ser o certo, e o certo o errado. Louvo a Deus, pois o nosso Ministério, atento às mudanças ocorridas no século XXI e compreendendo a importância do tema, tem se colocado à frente nessa luta para impedir o enfraquecimento e o avanço da dissolução do matrimônio e da família, fortalecendo os currículos da Escola Bíblica Dominical com constantes lições ligadas ao assunto. 1. Família, criação de Deus. A família sempre foi o alvo principal das forças do mal. A Igreja está atenta a esses ataques, pois os tais não somente desestruturam a fé cristã, como também desintegram a sociedade de modo geral. A família é um tesouro e como tal, deve ser guardada e preservada (Mt 6.21).

Temos base bíblica suficiente para crer que toda raça humana procede de Adão e Eva, constituídos por Deus como a primeira família da terra. A família é, portanto, a mais antiga e importante instituição criada por Deus. É a única instituição criada por Deus antes da entrada do pecado no mundo (Gn 1.26-31; 2.18-25). O homem, como criatura de Deus, era a mais distinta obra de toda a criação, mas, a Bíblia diz que ele estava só. “Então disse Deus: não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjuntora que esteja como diante dele” (Gn 2.18). Então fez o Senhor a mulher dando-lhe características distintas do homem, para que ambos procriassem e propagassem o gênero humano através do matrimônio (Gn 1.27). Ao criar e trazer uma mulher ao homem, Deus estava estabelecendo os princípios para a constituição do casamento (Gn 2.23-24). Posteriormente, o próprio Senhor Jesus ratificou esse entendimento ao dizer: “O que Deus ajuntou, não o separe o homem” (Mt 19.6). Não é sem razão que a família tem-se tornado também o alvo principal das forças do mal, que tenta desintegrá-la e afastá-la dos planos estabelecidos pelo Criador, trazendo com isso um caos moral, social e espiritual em toda a humanidade. 1.1. Família um tesouro. Segundo a Declaração Nacional dos Direitos Humanos, a família é o elemento natural, universal e fundamental da sociedade. Sem família não há sociedade. A degradação da sociedade acontece por causa da deterioração da família. A Igreja é uma família composta por famílias. Se uma família estiver edificada, a Igreja também estará. Todavia, se a família for destruída, a Igreja


também será. É nosso dever cuidar das famílias. Se a sociedade se dissolve, o problema está na ausência de famílias solidificadas em Cristo. É importante que as famílias sejam o alicerce da sociedade e que família sem princípios resulta também numa sociedade sem princípios. Quando os valores divinos predominam em uma casa o destino de seus membros se distinguem dos demais da sociedade. Uma casa alicerçada em Deus não cairá ao ruído dos ventos enigmáticos dos falsos ensinamentos e não irá se misturar com o todo do mundanismo. Os valores cristãos são morais e espirituais; eles conduzem a família cristã não somente ao topo da comunhão com Deus, mas a uma vida de paz e sucesso (Lc 6.47-49).

A família é o nosso melhor e maior tesouro que temos aqui na terra, e, por isso, deve ser preservado contra toda e qualquer possibilidade de enfraquecimento e dissolução. Sem família não há vida social, moral e nem espiritual. Nós, como cristãos, temos que ter consciência de que Deus, não apenas estabeleceu a família no principio, mas que também estabeleceu valores e princípios, os quais, a família que deseja viver a plenitude do amor e da harmonia, jamais deverá esquecer. O que se espera é que você transforme o privilégio do estudo destas lições, em bênçãos de grande alcance para sua vida e de sua família. Que o Espírito Santo esteja contigo e lhe dê sabedoria para assimilar o propósito de Deus para o casamento e da família nestes tempos de crise. Nunca esqueça que o sucesso na vida, jamais poderá compensar o fracasso no seio da família. 1.2. A importância da família à luz da criação. Deus não uniu o homem e a mulher somente para que um suprisse as necessidades e carências do outro. Seu projeto vai além de companheirismo e procriação. Deus sempre quis ser conhecido através das famílias. Adão foi o modelo original, feito á imagem e semelhança de Deus. Isto significa que toda a humanidade descendente de Adão portaria consigo a mesma essência divina (Gn 1.26). Desse modo, os atributos e a grandeza de Deus surgiriam naturalmente através dos filhos gerados pelo primeiro casal. A grande comissão sempre foi um projeto do Éden (Mt 28.1820). O plano do inimigo é sempre sabotar essa essência, como no Éden, e assim fazer com que a humanidade seja apartada de Deus, gerando filhos assassinos, violentos e cheios de promiscuidade (Jo 10.10). Quando as famílias se formaram segundo a vontade de Deus, elas se tornam fortes, sadias e felizes. A presença de Deus em um lar não somente eleva os membros da casa a uma vida repleta de valores, mas influi com esses mesmos valores na sociedade, contribuindo tanto para seu bem-estar quanto para a propagação do conhecimento de Deus. Assim, uma família estruturada é uma Igreja ambulante, que prega sem esboçar palavras. É como o sal que, por onde passa, transforma o sabor (Mt 5.13).

A elevação ou decadência de uma sociedade, igreja, povo ou nação depende da família. Uma família bem estruturada e que procura cumprir a missão para a qual Deus instituiu no Éden, torna-se uma bênção não só para os seus membros como também para todos aqueles que estão em sua volta. Contribuirá significativamente para o fortalecimento de qualquer sociedade ou grupo social. Mas, um lar desestruturado é uma ameaça gravíssima à destruição da família e conseqüentemente uma verdadeira tragédia à vida social em todos os seus aspectos. Uma análise da situação da família nos dias atuais, infelizmente, revela que ela está em fase de desagregação. O abandono dos princípios morais, a generalização do divórcio e o desrespeito à autoridade paterna têm sido as principais causas dessa desagregação e conduzido a sociedade à maior decadência de toda a sua história. Entretanto, quando a


família se une no propósito de entregar a Deus os seus cuidados, necessidades e desejos, com certeza alcançará os favores do Senhor e poderá servir de benção para os que a cercam.

1.3. A família e a sociedade atual. A sociedade atual vive uma mutação em comparação com a família dos séculos passados. A autoridade patriarcal e a divisão de papéis ganharam novos significados nesse século. Em geral, a mulher do século XXI é uma mulher independente, que gera seus próprios recursos e que, ao lado de seu esposo, soma na renda familiar. Ela já administra empresas, leciona em faculdades, lidera, pilota aviões e preside nações. Durante muito tempo, a mulher viveu estigmatizada, censurada e vista pela sociedade somente como uma ajudadora e procriadora. Esse projeto igualitário traz a compreensão de ajuda mútua (Ec 4.9-10). Por outro lado, os filhos têm sofrido com a ausência dos pais. A nova sociedade, houve uma associação na liderança familiar, onde o marido também contribui no cuidado dos filhos e nos afazeres domésticos. Por outro lado, os filhos do casal moderno sofrem pela ausência dos pais que, consumidos pelo trabalho, fracassam na paternidade sobre os filhos. Eles precisam manter a renda e, enquanto lutam pela sobrevivência, fracassam como pais. Os estudiosos chegaram a afirmar que todo o caos do mundo se centraliza na ausência de pais na sociedade. Ser pai não é um título, é uma função (Jo 5.26).

A família na sociedade atual vive uma das piores crises, desde o seu estabelecimento por Deus no Éden, a começar pelo conceito e estrutura nuclear que fogem ao tradicional. Designava-se por família o conjunto de pessoas que possuem grau de parentesco entre si e vive na mesma casa formando um lar. Uma família tradicional era normalmente formada pelo pai e mãe, unidos por matrimônio, e por um ou mais filhos, compondo assim uma família nuclear. Na sociedade atual, tem se verificado diversas mudanças nesse conceito e estruturas, trazendo como conseqüência seríssimos distúrbios sociais e comportamentais aos seus membros, e uma multiplicidade de configurações familiares, que convivem junto com a convencional ou tradicional. Dentre outras podemos destacar: a) família sem descendentes ou elementares, que antes era formada pelo casal e filhos, agora são formadas pelo marido, esposa e o cachorro e/ou o gato. Casais que não gostam de filhos, mas tratam animais de estimação como se fossem filhos; b) família arco-íris ou homoafetivos, constituído por casais homossexuais com ou sem filhos. Se com filhos em sua maioria adotados; c) família de divorciados e recasados, constituídos por homens e mulheres que já estão no segundo, terceiro ou mais casamentos e teve filhos em um ou em todos eles, gerando uma enorme confusão, pois nem eles sabem discernir o que um é do outro no grau de parentesco; d) família monoparental ou sócio afetivo, composta por apenas um dos progenitores: pai ou mãe. Os motivos que possibilitam esse arranjo são diversos. Os mais comuns são morte, abandono, divórcio ou a decisão de ter um filho de forma independente; e) família contemporânea, caracterizada principalmente pela inversão de papéis e funções entre o homem e a mulher. Geralmente a mulher passa a ser “o cabeça” da família. Se antes já era um desafio manter uma família saudável, forte e equilibrada, com esses novos arranjos ficou ainda mais difícil e desafiante. Não necessito argumentar à luz da Bíblia que essas modernas e atuais configurações de famílias estão muito aquém de cumprir a sua função básica e social para a qual foi instituída. Os inúmeros problemas sociais advindos desses arranjos e uma gotinha de bom senso, já seriam suficientes para provar que o conceito e a estrutura de família ideal, continuam sendo o tradicional, onde cada membro ocupa o seu lugar, sua função e exerce seus


diretos e deveres. Onde o pai é pai, mãe é mãe, filho é filho! Qualquer outra formação nucelar além deste está fora dos propósitos de quando Deus a instituiu. 2. A família e os desafios. Prevenção é a única maneira pela qual evitamos o mal. A vida cristã não é fácil e é ainda mais complicada porque lutamos contra o que não vemos. Nossos inimigos são invisíveis e atuam nas áreas de nossas vidas que não estão alicerçadas (Ef 6.12).

Os inimigos e os desafios enfrentados pelas famílias são muitos. A família tem sofrido de todos os lados os mais ferozes ataques. O comentarista da lição destacou os inimigos invisíveis que atuam nas áreas de nossas vidas, mas, não podemos deixar de mencionar a forte onda do liberalismo sexual e social, a serviço do diabo, que está predominando nas políticas públicas. Lamentavelmente, os mais terríveis golpes contra a família vêm sendo manipulados pelas autoridades públicas, isto é, justamente por aqueles que deveriam zelar pelo fortalecimento das famílias tradicionais (Rm 13.4). Mas apesar de tudo o que ouvimos e das crises Deus continua interessado em manter um padrão sadio e harmonioso da família. O plano que Ele programou no Jardim do Éden e que foi resgatado na cruz do calvário continua de pé até hoje! Aqueles que buscam a Sua graça Deus e exercem o amor que Ele nos concedeu, certamente triunfará sobre os desafios e investidas do inimigo. 2.1. Conflitos na família. Jesus disse que, antes de construir, devemos fazer cálculos da construção, para que, pondo os alicerces, não deixemos a obra sem terminar e sejamos escarnecidos (Lc 14.28-30). Nosso século é o século dos casamentos precoces, onde meninas se tornam mães antes da maioridade e os jovens casais vão morar com os pais por falta de planejamento. Temos uma sociedade recheada de casais imaturos e o resultado dessa ausência de planejamento é um número sem fim de mães solteiras e filhos em pais. Estes, por falta de alicerces familiares, repetem os mesmos erros de seus pais em seus relacionamentos e, assim, a sociedade vai se transformando em um campo de batalha por causa da ausência dos padrões divinos estabelecidos para o matrimônio (Ef 5.31). Contrair um matrimônio sem antes conhecer os padrões estabelecidos por Deus é como entrar numa guerra sem o auxílio de armas. Não se casa somente por amor ou porque se tem fé, é preciso planejamento. É por esse motivo que muitos casamentos não subsistem (Am 3.3).

Os conflitos familiares vêm desde a instituição da primeira família. No Éden, antes da queda havia um ambiente harmônico e amoroso. Mas o primeiro casal, ouvindo o tentador, perdeu a doce comunhão com Deus, e a conseqüência não podia ser outra: o inicio dos conflitos familiares. Imagino a amargura de Adão e Eva, ao contemplarem o que nunca tinha sido visto na terra: uma pessoa morta! Penso que não foi fácil para eles entenderem e muito menos suportar a dor de um filho assassinado e outro assassino! Dentre os vários motivos existentes para justificar os desentendimentos entre os membros das famílias podemos destacar algumas: a) ausência de Deus no lar; b) ausência dos valores e padrões divinos; c) temperamentos diferentes (principalmente entre os casais); d) dívidas; e) infidelidade; f) ausência dos pais na criação dos filhos; etc. Como bem disse o comentarista da lição, os filhos cometem os mesmo erros dos pais, pois lhes faltam os alicerces familiares. Essa constante repetição de erros tem transformado, não só as famílias em um campo de batalha, mas também a sociedade. Haja vista que a relação dos motivos seja ainda maior, é quase que


impossível evitar conflitos nas relações familiares. As famílias cristãs precisam saber como contornar tais conflitos à luz da Palavra de Deus. 2.2. Comunicação entre pais e filhos. A ausência de diálogo entre pais e filhos é um dos grandes males deste século e o grande vilão é a falta de tempo. As responsabilidades do lar são parte integrante da vida do casal e isto inclui a tarefa de instruir os filhos. Infelizmente, em muitos lares, os filhos são instruídos pela TV, internet, entre outros. É dever dos pais ensinar (Pv 22.6). Deus ordenou aos pais que instruíssem seus filhos, que dialogassem com eles acerca da Lei (Dt 6.6-7). A semente do diálogo deve ser plantada já na infância. Pais e filhos precisam ser amigos e confiar um no outro. Quando Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30), nos revelou a grandeza do relacionamento entre pais e filhos. O que sempre foi comum à mãe cuidar do aspecto emocional dos filhos, isso porque o pai sempre esteve ausente, cuidando em prover as necessidades do lar. Por isso, a relação mãe e criança sempre foram mais intensas. Todavia, com as transformações econômicas, sociais e de costumes, hoje o pai participa de maneira mais efetiva na formação da personalidade dos filhos e isso sempre foi padrão divino (Pv 22.6).

A vida moderna tem contribuído para a falta de comunicação nas relações familiares, principalmente, entre pais e filhos. É importante pararmos e refletirmos um pouco sobre isso, pois existem famílias vivendo debaixo do mesmo teto, mas ao se comunicarem trocam mensagens de texto do celular, e-mails, facebook, etc. Em outras famílias, a comunicação predominante é a “telegráfica”, isto é, uma comunicação concisa e até indefinida com expressões como: “oi”, “sim”, “já sei”, “não vou”, “tá”, “vamo ver”, “entendi”, “quem sabe”, “mais tarde”, etc. Isso não é diálogo! Quanto muito é um monólogo! A vida moderna tem contribuído para a falta de diálogo no lar: Geralmente, são pais que trabalham o dia inteiro e chegam cansados em casa, não tendo tempo para conversar; e, mães que gastam horas assistindo novelas e outros programas na sala, onde ninguém pode conversar para não atrapalhar ela e os demais telespectadores. Muitos outros fatores também contribuem para a falta de diálogo no lar. Às vezes ele inexiste devido à presença de indisposição, ressentimentos, medo ou falta de coragem, desconfiança, insatisfação, preconceitos, etc. Portanto, é necessário haver disposição e coragem de conversar. Os pais devem insistir mesmo que não haja clima para isso. Cremos que vale a pena insistir, buscando a compreensão e não o simples desabafo. Muitos filhos trocariam os presentes caros por um período de conversa sincera com seus pais. Em uma pesquisa realizada constatou-se que mais de um quarto dos jovens disseram que nunca tiveram, mas que gostaria de ter, uma conversa significativa com o seu pai. 2.3. Relacionamentos entre pais e filhos Nosso maior exemplo de filho é Jesus Cristo. Ele nos ensinou como um filho se relaciona com um pai, como respeita seu legado e como deve honrá-lo (Ef 6.2-3). Por não terem aprendido a se relacionar com seus pais e nem tampouco a respeitá-los, há muitos filhos maldizentes em nossa sociedade, que apenas pensam em si mesmos e não correspondem ao sacrifício feito por seus pais. Quanto aos pais, estes também devem honrar seus filhos, serem presentes sem suas vidas, dar-lhes amor, amizade e atenção. Enquanto os filhos devem aprender a honrar seus pais, os pais devem funcionar como pais, não somente dando ordens, mas sendo amigos íntimos e exemplos de vida para eles.


A honra aos pais é um mandamento. A ausência de honra redunda em infelicidade e vida curta. Quando olhamos para a sociedade na qual vivemos, observamos que os jovens estão sofrendo. Muitos estão sem perspectiva do futuro, tornaram-se delinquentes, mães solteiras. Tudo porque desejaram ser insubordinados e sem afetos por seus pais (Ef 6.2-3). Diga aos alunos que a vida está ligada à honra e honrar é reconhecer aquilo que a pessoa é por si mesma, ou que por mérito conquistou (Rm 12.10; 13.7).

O sucesso do convívio familiar e dos relacionamentos entre pais e filhos requer investimento de tempo para o diálogo e um bom programa familiar. As características físicas e psíquicas e a maneira como são tratadas, exercem influência direta sobre a vida espiritual e moral de nossos filhos. O companheirismo que os pais dedica aos filhos e o modo como o fazem no dia a dia e no lazer, ajudarão muito no aprimoramento de sua personalidade. Lamentavelmente há muitos pais que não se preocupam e nem dedicam tempo para participarem do crescimento dos filhos, pois estão demasiadamente envolvidos com a obra de Deus ou a carreira profissional. Filhos são dádivas aos pais e se você nega participar, conversar e brincar com eles quando criança, quando crescerem vai ser muito difícil obter deles sua atenção. Saiba que quando você não exerce seu papel, satanás prepara alguém para exercer em seu lugar. Negligenciar a família é negligenciar a Palavra de Deus (1 Tm 3.4) . 3. A família e a Igreja. A relação família e Igreja é fundamental para a existência de ambas. Enquanto os ditames do mundo bombardeiam as famílias moral e espiritualmente, a Igreja é a única instituição onde a família cristã pode refugiar-se e sobreviver aos ataques do maligno (Mt 16.18b).

Num mundo de intensas mudanças e incertezas onde lares sofrem terríveis ataques do inimigo, e muitas famílias não têm resistido, sucumbindo moralmente e espiritualmente às investidas malignas (Mt 16.18b). Não podemos negar que alguns psicólogos, filósofos, sociólogos e antropólogos têm contribuído com “conselhos” a fim de promover a harmonia no seio da família. Entretanto suas teorias, ainda que valiosas, jamais alcançarão a meta desejada se o Senhor não estiver ocupando o centro de nosso lar. A Igreja é a única instituição na terra em que o cristão e sua família podem contar como ponto de apoio espiritual e moral. Bênçãos espirituais e materiais resultam, quando a família e a igreja cooperam entre si. 3.1. A EBD e a família. Deus nos ensinou que só existe uma coisa que conduz Seu povo à perdição: a falta de conhecimento (Os 4.6). A Escola Bíblica Dominical é uma porta aberta para o ensino cristão. É um instrumento de crescimento espiritual para as famílias. Tanto a família quanto a EBD possuem o mesmo alvo: formar cristãos maduros e produtivos, que honram a Deus e o servem. Assim como os pais tem como obrigação instruir seus filhos no caminho do Senhor, a EBD age da mesma maneira com os filhos espirituais da Igreja. O privilégio de fazer parte da Escola Bíblica Dominical (EBD), é que a cada trimestre temos uma oportunidade única de estudar a Palavra de Deus, aplicando-a a vida pessoal e com uma mensagem adequada a cada faixa etária. A Escola Dominical é um instrumento de crescimento espiritual para toda a família. Nela, nossos filhos são corroborados em princípios cristãos e instruídos em caráter. ler e estudar a Bíblia. Nosso prazer em meditar na Lei do Senhor de dia e de noite nos torna bem-aventurados (Sl 1.2). Todos os dias o nosso Eterno Deus se revela de modo mais intenso (Os 6.3).


Os pais são os responsáveis pelo desenvolvimento moral, físico e emocional, bem como pelo crescimento espiritual dos filhos, mas Deus incumbiu Israel e a igreja de colaborar no cumprimento desta nobre tarefa (Dt 31.12). Atualmente esta ajuda se manifesta de várias formas, principalmente, através da EBD. A Escola Bíblica Dominical conta com o apoio de homens e mulheres que, voluntariamente, lecionam a Palavra de Deus, com o objetivo de contribui na formação espiritual e moral de todos os membros da família. Seus professores e organizadores não tem qualquer recompensa financeira a não ser a alegria de saber que são colaboradores de Deus para abençoar vidas através do ensino da Bíblia Sagrada. A EBD, quando bem estruturada, torna-se um dos meios mais eficazes de levar as crianças, adolescentes, jovens e adultos a aprenderem a Palavra de Deus. Por isso, a ela é um fator determinante na formação espiritual, moral, social e cultural das famílias. Lamentavelmente, há muitas famílias e pais que desprezam a EBD. Pensam ainda ser ela só para as crianças, o que está completamente errado. Como bem disse o comentarista da lição: ela é uma porta aberta para o ensino cristão, é um instrumento de crescimento espiritual acessível a todos da família, desde o berçário até aos adultos. Nenhuma instituição de ensino tem efeito tão benéfico sobre a família como a Escola Bíblica Dominical. Portanto, não restam dúvidas de que ela é o melhor lugar para a formação cristã de todos os membros de sua família. Pais! Não apenas mande as crianças irem à EBD, leve você mesmo e participe também! 3.2. A relevância do culto doméstico. Quando um lar cristão abre as portas para a Palavra, abre tanto para a felicidade quanto para a felicidade quanto para o êxito. Cultuara Deus no lar nada mais é que cumprir uma ordenança divina (Dt 6.6-9; Pv 1.7-9; 6.20). Quando nos esforçamos em conduzir nossos filhos e família a um relacionamento pessoal com Deus através do ensino da Palavra, estamos não somente preparando-os para a salvação, mas conduzindo-os a uma vida saudável e sem contaminação. A igreja tanto é uma extensão de nossa casa, quanto nossa casa deve ser uma extensão da igreja. Tudo começa no lar e não existirá igreja forte se as famílias estiverem fracas. Você têm o hábito de realizar o culto doméstico com sua família? O culto doméstico é importante e qual o seu reflexo tanto na família quanto na igreja. Precisamos retornar à leitura das Sagradas Escrituras.

O culto doméstico é relevante para a família, pois cremos que quando realizado de forma persistente e contínua se torna um abrigo espiritual e seguro para a família. Lares que exercitam o culto doméstico há pouquíssimas e remotas chances de haver separação e divórcio. No lar em que cotidianamente se lê, estuda, comenta e vive a Palavra, em que todos oram juntos, em que se aproveita todos os momentos para falar com Deus e acerca dEle, os membros da família se tornarão mais aptos para reconhecerem oportunidades e armadilhas, para lidarem com revezes, tribulações, perdas e tragédias. Crianças que crescem em um lar onde se praticam o culto doméstico serão mais eficientes em rejeitar a mentalidade do mundo quando forem expostas à educação formal, a outros convívios e ambientes fora de casa. Moisés tinha consciência de que é impossível formar um povo forte, uma nação feliz, sem que as famílias que a compõem sejam fortes, felizes e poderosas em Deus. Para tal, o único método eficiente que ele conhecia era o culto doméstico (Dt 6.6-9). Essa prática era bastante exercida pelos cristãos mais antigos. Porém, atualmente, ele é tido como algo ultrapassado, e por isso, este hábito tão abençoado tem decrescido. Calcula-se que menos de


cinco por cento dos cristãos, hoje, praticam o culto doméstico. A conseqüência é que nossos filhos crescem sem qualquer experiência da fé cristã. Se não voltarmos com urgência à pratica do culto doméstico, nossos filhos poderão não resistir às investidas das trevas. Portanto, não podemos ver o culto doméstico como uma opção, mas como uma necessidade indispensável à nossa família (Dt 6.1-7). Vale a pena sacrificar algumas horas semanais no altar do culto doméstico. Ele é um verdadeiro investimento à família! 3.3. Família servindo a Deus. O que conduz qualquer família ao desmoronamento é a ausência de Deus. A presença de Deus torna um lar agradável e pacífico. Numa casa onde há tempo para se buscar a Deus e adorá-lo a atmosfera é agradável e santa. A Bíblia nos ensina que se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam (Sl 127.1). O senhor bate a nossa porta e devemos abrir para que ele entre, sente à nossa mesa e ceie conosco (Ap 3.20). Quanto mais íntimos de Deus, mais afastados seremos do mundo. Segundo o escritor George Ladd, uma refeição em conjunto tinha muito mais significado no antigo mundo judaico do que tem hoje em dia. Era um símbolo de afeição, confiança e intimidade. Os fariseus criticavam Jesus não só por se reunir com publicanos e pecadores, mas por comer com eles (Lc 15.2). Dessa maneira, o texto de Apocalipse 3.20 contém uma promessa de comunhão a mais íntima possível. Infelizmente, o culto da igreja em Laodicéia era uma fraude vazia.. Não podemos nos tornar íntimos de Deus apenas vindo aos cultos. É necessário ter uma vida diária de oração e leitura. Deus relaciona conosco e se aproxima de nós quando desejamos estar com Ele (Tg 4.8).

Deus quer toda família servindo à Ele e à sua obra (Êx 10.9; Ef 3.15). Se a tua família ainda não foi alcançada totalmente pela salvação em Cristo Jesus, quero que saiba de algo muito importante: o plano de salvação inclui não somente a redenção do individuo, como também a de sua família. Desde Adão, o Senhor vem mostrando claramente o seu propósito de salvar não apenas o individuo, mas também toda a sua família. Ele salvou Noé e toda a sua família do dilúvio (Gn 7.1-7). Prometeu redimir toda a família de Raabe (Js 6.25). No Novo Testamento, demonstrou o Senhor Jesus a mesma solicitude em salvar o individuo com toda a sua família (Lc 19.9-10). Você gostaria que esta promessa se cumprisse também em sua família? Então confie na promessa de Deus e interceda por sua família. Faça como Jó. Levanta-se de madrugada para interceder e sacrificar em prol de seus filhos (Jó 1.5). Você tem orado em favor de seu cônjuge? Tem intercedido pelos seus filhos? Tem jejuado e chorado por cada um deles? Ou tem se conformado em ter o cônjuge e os filhos afastados de Deus? Deus quer e pode salvar toda a nossa casa, restaurando por completo todos os membros de nossa família (Lm 2.19). É desejo de o Senhor ter todos os membros de sua família servindo a Ele (At 16.31-34). Conclusão. Nosso Deus é um Deus pessoal. Ele é um Deus de relacionamentos. O Pai da Eternidade é um pai extremamente amoroso. Ele deseja ser íntimo de todos os filhos gerados á Sua imagem e semelhança (Gn 1.26).

O cultivo da vida espiritual é indispensável dentro da família. Se você é casado e percebeu através do estudo desta lição que não está cumprindo o seu papel no casamento e na sua família, ainda é tempo de mudar. Reconheça seu erro, busque o perdão de Deus, do seu


cônjuge e dos seus filhos, e recomece com oração e fé em Deus, firmando nas promessas da sua Palavra. O Senhor lhe dará graça e força. O propósito original de Deus é que tanto você quanto sua família viva uma vida feliz e vitoriosa. Questionário. 1. Cite um dos grandes males de nosso século? R: A ausência de comunicação entre pais e filhos (Pv 22.6). 2. O que acontece quando um lar abre as portas para a Palavra de Deus? R: Abre tanto para a felicidade quanto para o Êxito (Dt 6.6-9). 3. Qual a importância da EBD? R: Ela é uma porta aberta para o ensino cristão (Os 4.6). 4. A Igreja é o único lugar onde o cristão? R: Pode refugiar-se do bombardeio do inimigo (Mt 16.18b). 5. O que conduz qualquer família ao desmoronamento? R: A ausência de Deus (Sl 127.1).


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