Lição 2 A centralidade da adoração. 9 de outubro de 2016.
Texto Áureo Salmos 95.6 “Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou. ” Verdade Aplicada A adoração deve ser a prioridade de nossa vida. Objetivos da Lição Explorar a amplitude da adoração na Bíblia Sagrada; Valorizar a adoração como prioridade da vida; Enfatizar a centralidade da adoração na nossa vida. Glossário Celeuma: Algazarra, barulho, gritaria; Displicente: Desleixo; desinteresse, indiferença; negligência; Imolar: Matar vítimas para as oferecer em sacrifício sobre o altar; renunciar em atenção a alguém ou alguma coisa; sacrificar, perder. Leituras complementares Segunda Êx 15.1-11 Terça 1Sm 2.1-10 Quarta Ne 9.1-20 Quinta Jó 42.1-6 Sexta Sl 98 Sábado Hc 3.17-19 Textos de Referência. Salmos 95.1-6 1 Vinde, cantemos ao Senhor; cantemos com júbilo à rocha da nossa salvação. 2 Apresentemo-nos ante a sua face com louvores e celebremo-lo com salmos. 3 Porque o Senhor é Deus grande e Rei grande acima de todos os deuses. 4 Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas. 5 Seu é o mar, pois ele o fez, e as suas mãos formaram a terra seca. 6 Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou. Hinos sugeridos. 412, 454, 522 Motivo de Oração Peça a Deus que lhe mostre o que tem lhe impedido de colocar Ele em primeiro lugar em sua vida. Esboço da Lição Introdução 1. Deus é o centro de tudo. 2. O objetivo da adoração. 3. Tudo para a gloria de Deus. Conclusão
Introdução Esta temática nos leva a assumir um profundo comprometimento, pois a primeira grande revelação que deve desapontar nesta “centralidade” é o conhecimento daquilo que significa a verdadeira adoração.
Não é difícil ouvir dizer que falta de precioso nos cultos evangélico dos nossos dias é a prática da adoração sincera. Apenas ir a igreja e ficar algumas horas sentados nos bancos das igrejas, não quer dizer que estamos de fato adorando a Deus em verdade. Jesus disse que Deus procura "verdadeiros adoradores que adoram o Pai em espírito e em verdade" (Jo 4.23). Quem são os verdadeiros adoradores? Paulo afirmou que a verdadeira adoração é aquela que se oferece a Deus pelo Espírito, não confiando na carne mas gloriando-se em Cristo Jesus (Fp 3.3). A verdadeira adoração, sincera, sem disfarces, deve ser uma busca constante de todos que desejam desfrutar a intimidade com Cristo. 1. Deus é o centro de tudo. Deus deve estar em primeiro lugar em nossas vidas. Nada é mais importante do que Ele. Se temos Deus no centro de nossas vidas, temos tudo o que necessitamos. A vida não terá uma direção correta, se Deus não estiver no centro.
Deus deve ser o mais importante em nossa vida, Ele deve ser adorado em espírito e em verdade, para tanto, exige-se o temor de Deus, o qual deve ser nossa prioridade. Para o verdadeiro adorador, a intimidade com a pessoa de Deus é tão preciosa como um copo de água fresca, puríssima o é para quem tem sede num dia de calor. Adorar significa peneirar nossos valores, separando o melhor de nós para oferecer alegremente ao Senhor. Davi compreendia muito bem o que era colocar Deus em primeiro lugar de sua vida, ele aproximou-se do cerne da adoração genuína quando disse: “ Tu és o meu Senhor, outro bem não possuo, senão a ti somente” (16.2). 1.1. A adoração verdadeira tem Deus como o centro. Quer O adoremos em particular ou em público; no nosso quarto, em família ou na assembleia dos santos; o centro tem que ser o próprio Deus! (Jo 4.24). No culto, por exemplo, Deus deve ser o centro da nossa reunião. Chegamos a Ele através de jesus Cristo, o Seu Filho. O cristão deve adorar somente a Deus. Podemos honrar os homens (Rm 13.7, 1Pe 2.17), mas adoramos somente a Deus. Podemos reconhecer as maravilhas da criação de Deus, mas adoramos ao Criador. Não se deve adorar a nenhum homem temente a Deus, santo ou anjo (At 10.25-26; Ap 22.8-9). Não devemos adorar imagens, estátuas religiosas, retratos nem quadros, todos são ídolos (Êx 20.4-6). Talvez alguém pergunte: “Mas como podemos adorar um Deus a quem não podemos ver nem tocar, e cuja voz não é audível ao ouvido humano? ”. A resposta é: pela fé! (Hb 11.1). A atitude de colocar Deus no centro requer o entendimento de que tudo na vida esteja ligado a essa “centralidade”, portanto, não podemos pensar no tema superficialmente, como um argumento para o preenchimento de uma pauta. É um exercício que envolve tudo na vida e a razão da compreensão da própria existência. Devemos tomar cuidado para que as maravilhas do mundo não nos afastem da presença de Deus, pois o mundo oferece muitos “caminhos” (Pv 14.12). Saber que Deus conhece todas as coisas é uma verdade admirável. A princípio pode trazer algum temos, no entanto, o melhor é a sensação de segurança para os que nEle confiam. O salmista Davi estava tão extasiado em pensar nisto, que afirmou: “Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta, que não a posso atingir. ” (Sl 139.6).
A verdadeira adoração é aquela que coloca Deus como prioridade. Assim, devemos procuramos conhecer a Deus, e vamos conhecendo-O cada vez melhor, de modo a exaltálO:Louvarei ao SENHOR em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca. A minha alma se gloriará no Senhor; os mansos o ouvirão e se alegrarão. Engrandecei ao Senhor comigo; e juntos exaltemos o seu nome. (Sl 34.1-3). O ato de adorar não se limita ao modo nem mesmo o lugar, aliás, este conceito é muito comum em nossas igrejas; pensar que a adoração só deve ser exercida e praticada na igreja, e assim, nos esquecendo que também devemos louvar e adorar a Deus em casa, no trabalho, na escola, etc. Foi sobre isso que Jesus conversou com a mulher de Sicar em Samaria, João 4:2024). Também entendo que o ato de valorizar o talento de algumas pessoas não significa que estamos adorando a elas, mas apenas reconhecendo o valor que elas possuem, embora tenha lá quem os adorem por motivos errados. Pois, como disse o autor da revista, nem sequer anjos e as maravilhas da criação devem ser adorados, mas pela fé adoramos exclusivamente a Deus criador de todo universo. Davi adorava ao Senhor acima das circunstâncias que o cercavam. “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam” (Salmos 23.4). 1.2. A verdadeira adoração é baseada na obra sacrificial de Cristo. Para sermos aceitos, temos que estar no Amado, conforme nos aponta Efésios 1.6. Ninguém pode vir ao Pai sem ser pela obra meritória de Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6). Nosso acesso é “pelo novo e vivo caminho que Cristo nos consagrou pelo véu, isto é, pela Sua carne” (Hb 10.20). No versículo acima, a palavra “novo” significa “morto recentemente”. Em outras palavras, para chegarmos a Deus em adoração temos que ter como base o sangue derramado e a obra sacrificial de Cristo no Calvário! Vemos isto muitas vezes no Antigo Testamento. Considere o livro de Levítico, que é principalmente um hinário de adoração. Os capítulos iniciais descrevem o sistema sacrificial e como um povo remido devia se aproximar da presença manifesta de Deus. Sem tentar entrar em detalhes, podemos observar que a expressão “tenda da congregação” (termo usado cerca de 50 vezes no livro de Levítico para se referir ao tabernáculo) corresponde a igreja do Novo Testamento, local onde nos reunimos para adorar a Deus publicamente. Quando o povo de Deus se reúne na igreja, há uma comunicação da mente e da Palavra de Deus (Lv 1). Além disso, quando o povo de Deus se reúne na igreja é com o propósito de adorar e, portanto, cada um de nós deve levar uma oferta!
Adoração real é baseada na obra da salvação divina através do sacrifício de Jesus, não o resultado de nossas obras. Em seu infinito amor, Deus nos adotou como seus filhos. O Dr. Russel P. Shedd conta uma uma história de uma moça presa numa casa em chamas que foi resgatada por um jovem bombeiro que pôs sua própria vida em risco para retirá-la do incêndio. Poucos dias depois, a jovem, que foi resgatada procurou o bombeiro para externar sua gratidão pelo ato sacrificial. Eles conversaram, passearam e, lentamente, um mero sentimento de gratidão transformou-se num amor profundo. Ela, que devia a vida ao jovem bombeiro, passou a namorá-lo acabaram se casando. Pagou uma dívida de vida com a oferta permanente do seu amor e mostrou sua alegria em conviver com aquele que arriscou sua vida para lhe resgatar. De modo semelhante Deus procura uma comunhão por meio da experiência verdadeira com cada pessoa que experimentou passar da morte para
a vida (Jo 5.24), pelo sacrifício de Jesus Cristo. O novo adorador começa com um sentimento de obrigação de servir a Deus; vai aprendendo a amá-lO e progride até que todo o seu coração se concentre na beleza da pessoa do Senhor. “Eis que Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei, porque o Senhor Deus é a minha força e o meu cântico e se tornou a minha salvação. E vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação" (Is 12.2,3). 1.3. A adoração verdadeira a Palavra de Deus. Não podemos saber o que envolve a verdadeira adoração, nem o que Deus requer do adorador, a menos que achemos esta verdade revelada na Bíblia. A Bíblia é o manual do cristão. Se ignorarmos este manual e tentarmos simplesmente chegar a Deus em nossos termos, com certeza seremos rejeitados assim como Caim (Gn 4). Nossos sentimentos, opiniões, obras e palavras não têm mérito nenhum diante de Deus. Todos juntos não valem nada mais do que só devoção voluntária se não dermos atenção aos ensinamentos claros da Palavra de Deus. Sem a Bíblia a adoração verdadeira é só um sonho. Deve haver uma fonte final de autoridade: algo ou alguém que nos dê a palavra final, que ponha fim a controvérsia e estabeleça aquilo no qual devemos crer, quem devemos ser e o que devemos ser e o que devemos fazer. Se a autoridade estiver na pessoa, então a opinião de um homem é tão boa quanto a de outro e a adoração de cada homem deve ser aceita. Mas, saibam todos que Deus não é tolerante! Deus é gracioso e perdoador, mas não é tolerante. O Deus justo e santo não pode (e nem vai) agir contrário a Sua Palavra. Portanto, cheguemos diante de Deus com a convicção de que tudo o que a Palavra de Deus ensina deve ser crido, seja qual for a ordem deve ser obedecida, seja qual for a recomendação deve ser aceita tanto como certa quanto útil, e, seja o que for que ela condene, isso deve ser evitado e entendido como sendo errado e nocivo. Nossa adoração e nossa própria vida devem estar centralizadas em Deus, baseadas na obra sacrificial do Calvário e firmadas nas descrições definidas da Palavra de Deus (1Tm 3.14-17).
Adoração sincera tem conexão íntima com a Palavra de Deus, as Sagradas Letras são o nosso manual de adoração. Nelas descobrimos a revelação única de Deus - o princípio e o fim de tudo o que existe. Nelas deparamos com o essencial na adoração e com a distinção básica entre a forma e a realidade. Observe as recomendações de Deus a Josué: “Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem-sucedido.” (Josué 1.8) . Deus nos instrui através de Sua Palavra, guiando-nos por caminhos seguros, afim de sermos prósperos. Que a Palavra de Deus nunca se aparte de nossa boca. Ela é o nosso alimento espiritual. Uma promessa maravilhosa! O Senhor deseja o mesmo para Seus filhos. 2. O objetivo da adoração. Tudo que nos vem às mãos deve honrar ao Senhor. O verbo “honrar” significa “distinguir, fazer diferença”. E é isto o que Deus espera de nós! Muito mais do que dízimos e ofertas, Ele espera que O honremos!
Ao aceitarmos o Senhor Jesus como o nosso Salvador, somos agraciados com a condição de Seus adoradores. Porém, não podemos simplesmente ter um título de adoradores, devemos honrar a Deus com a postura de verdadeiros adoradores, pois são esses que o Pai procura (João 4:23). O objetivo de adoração deve ser de honrar a Deus de forma sincera, adoramos ao Senhor pela essência de Sua verdade, pela salvação que nos concedeu, nossa
adoração tem que ser verdadeira, sem disfarces e deve ser uma busca constante de todos que desejam desfrutar a intimidade com Cristo. 2.1. Devemos adorar com os nossos bens. A vontade de Deus é suprir as necessidades materiais dos Seus filhos. Há diversas promessas na Bíblia que se referem a isto (Sl 23.1; Fp 4.19). Contudo, isto não acontece de forma automática. Esta promessa é condicional, ou seja, não se cumpre por si só, mas depende de cada um de nós para que possa ser concretizada. O texto bíblico acima pode ser dividido em duas partes: o que nós devemos fazer e o que Deus fará depois que fizermos a nossa parte. Essa promessa divina diz respeito à provisão e prosperidade (não entenda como “riqueza”), e revela a vontade do próprio Deus para Seus Filhos. “Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda: e se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus lagares.” (Pv 3.9-10). Temos aqui uma promessa de deus que tem o Seu “Sim” e o Seu “Amém” (2Co 1.20). O texto de Provérbios fala de Deus suprindo abundantemente o Seu povo com a Sua provisão. Isto não se aplica somente a celeiros e lagares hoje, de forma literal como no caso dos judeus daquela época, mas também devemos entender que Deus está se referindo a uma provisão abundante. Contudo, muitos cristãos sinceros não experimentam a provisão e a prosperidade. Isto tem ocorrido justamente porque há uma dimensão de entendimento por trás dessa promessa que ainda não foi alcançada pela maioria dos cristãos.
Em provérbios (3.9,10) é dito que devemos “ honrar ao Senhor com a tua fazenda e as primícias de toda tua renda”. Estes versículos se referem a prática de oferecer a Deus em gratidão pelas bênçãos e provisão a primeira e melhor porção do fruto de seu trabalho (Dt 26.9-11). Deus não deixa seus filhos desamparados, sua vontade é suprir de todas necessidades. Davi mesmo falou sobre isso: Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua semente a mendigar o pão. (Sl 37.25). Quando honramos a Deus com nossos bens, Ele nos ajuda a vencer a cobiça, a administrar corretamente os recursos que Deus provê para nós e habilita-nos a receber bençãos especiais das mãos do Senhor. 2.2. Devemos adorar com a honra que Lhe tributamos. O conselho de Deus nos dá por meio de Salomão é o de honrarmos ao Senhor com os nossos bens (Pv 10.22). O que está em questão aqui é a manifestação da honra, e não os bens em si. O uso dos bens é só um meio de expressarmos essa honra. Deus não está interessado em nossas ofertas, e sim na atitude que nos leva a entregarmos a Ele as nossas ofertas. Um dos maiores exemplos disso está no que Deus pediu a Abraão: o sacrifício de Isaque (Gn 22.1.-10). Na hora de imolar o filho, o patriarca foi impedido de fazê-lo e o Senhor deixou claro que Ele só queria a expressão da honra, e não o privar de seu filho. Vale a pena ressaltar que, ao pedir justamente o que o patriarca Abraão mais amava, o Senhor estava lhe dando uma oportunidade de honrá-Lo tremendamente.
A atitude do coração é o que verdadeiramente importa a Deus. Deus não estar interessado em nossas ofertas como citou o autor da revista. Deus se importa muito mais com nossa obediência do que aquilo que nós amamos. No caso de Abraão, Deus não queria seu filho Isaque que Abraão tanto amava em sacrifício, isto foi apenas uma prova, onde Abraão demonstrou que verdadeiramente amava mais a Deus de que seu próprio filho,
tanto é que obedeceu a ordem de imolar seu filho. Na verdade, Deus queria obediência, Ele não aceitou Isaque como sacrifício. Como tem sido a sua oferta de adoração? Você tem ofertado ao Senhor, como Abel ou como Caim? Para que a nossa adoração chegue até ao Trono de Deus como oferta agradável, havemos de honrar a Deus com uma postura interior de submissão, dependência, humildade e intimidade. 2.3. Devemos adorá-lo com a motivação correta. Vemos o mesmo princípio revelado de forma inversa, quando Ananias e Safira trouxeram uma oferta de alto valor, mas com a motivação errada e recheada de mentira. O que aconteceu? Deus se agradou? DE forma alguma! Lemos em Atos 5.1-5 que o Senhor os julgou pelo que fizeram. O Pai Celestial não queria o dinheiro deles, e sim uma atitude de honra. O termo “honrar” significa “distinguir, fazer diferença”. Portanto, o Eterno Senhor Deus deseja ser distinguido de todas as demais coisas em nossas vidas, mesmo as que temos como mais preciosas.
Adoração deve ocupar a mente com motivação correta. Os valores que excluímos ou incluímos em nossa mente, devem estar de acordo com os valores divinos. No caso de Ananias e Safira, o principio de adoração não era o de honrar a Deus, antes desejava-lhes serem vistos e reconhecidos pelos homens. Eles mentiram, queriam seres vistos como pessoas piedosas, mas a verdade é que amavam mais o dinheiro. O amor ao mundo leva o indivíduo a preocupar-se com benefícios e reconhecimentos mundanos. Ninguém consegue enganar a Deus com falsa adoração. O cristão que cultua sem amar pode impressionar bem a seu próximo mas não engana a Deus."Não ameis o mundo, nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele " (1 Jo 2.15). Quando adoramos de acordo com o desejo de Deus, cumprimos o motivo divino que O levou a nos eleger e salvar (Ef 2.8, 10). 3. Tudo para a glória de Deus. A primeira carta de Paulo aos coríntios é certamente uma daquelas cartas que poderia se encaixar no quesito “tarefa ingrata”, tamanha foi a repreensão que aquela igreja precisou receber de Paulo (1Co 10.31).
O ato de “adorar” não deixa de ser um desafio a todos que se preocupam com uma verdadeira adoração. Por um lado, num sentido mais restrito, essa adoração significa uma atribuição de honra e glória a quem ou ao que o adorador considera de valor supremo. Mas adoração não se limitam apenas a estarmos cantando hinos ou cânticos ao Senhor nos cultos de domingo. Louvor e adoração são muito mais do que isto: O Louvor e a adoração devem ser encarados e praticados como um estilo de vida. Vejamos o que apóstolo Paulo escreveu aos Coríntios:“Portanto quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (I Co. 10:31). De acordo nessa passagem, entendo que para o cristão cada ato da vida deve ser um ato de louvor e de adoração à Deus, ou seja, nossa adoração, devem estar presente em tudo o que fizermos. 3.1. Nossas obras devem ser para a glória de Deus. A obra não é nossa, por isso, nem a fama, a glória ou o louvor devem ser para nós, mas sim para o Senhor da seara (Rm 11.36). A nós, servos, deve bastar-nos a alegria e a bênção de sermos achados fiéis para servir na mais gloriosa tarefa que há no mundo: pregar Cristo, o Salvador do homem. Por que tanta celeuma, disputa e lutas no sentido de querermos que o
nosso trabalho seja mais vistoso, “mais espiritual”, mais abrangente que o do nosso irmão? Deixemos essa tarefa de avaliação para o Senhor, nosso Deus. A nós, compete-nos fazer o nosso melhor. Entregarmo-nos totalmente nas mãos de Deus para que o nosso trabalho seja o melhor, o mais excelente. Deus o avaliará e recompensará. Quantos, no final, não virão a dizer: “Senhor, não tocamos para Ti? Não dançamos em Teu Nome? Não fizemos.... Mas o Justo Juiz dirá: “Não vos conheço... Não sei quem sois, porque o que fizeste não foi para Mim.”.
Nossas ações devem ser motivadas pelo amor a Deus, de forma que tudo que façamos seja para sua glória e não a nossa. Devemos firmar isso como principio de direção, perguntando a si mesmo: será que meu serviço e minhas atitudes estão glorificando a Deus? Como posso honrar a Deus através desta ação?. Todo nosso trabalho deve ser bem feito, e se tratando da obra do Senhor, deve aumentar mais ainda o zelo pelo trabalho. Toda honra, glória e louvor deve ser tributado ao Senhor. Nossa tarefa é servir com alegria e anunciar as Boas Novas do Reino. O trabalho realizado num clima de paz e união tem tudo para prosperar e agradar o Senhor da seara. “Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união” Salmos 133.1. 3.2. Nossa entrega a Cristo deve ser sem reservas. Paulo apresentou a maneira pela qual o novo homem deve viver: para a glória de Deus. Essa vida é descrita como a vida a ser desenvolvida diariamente e o caminho para ela é o caminho da consagração, da dedicação, da entrega da vida a Deus. É fácil na hora do culto glorificar a Deus. Mas como fazer isso sempre? “Portanto, quer comais quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.” (1Co 10.31). É a conscientização de que tudo que envolve a nossa vida deve ser para adorar a Deus. Para isto é necessário um verdadeiro novo nascimento (Jo 3.3). É certo que nós muitas vezes não gostamos de confrontar as pessoas com a verdade e dizer a elas que estão vivendo de maneira equivocada, mas era justamente essa a tarefa de Paula. Vemos que o apóstolo Paulo tem que até mesmo criticar severamente as reuniões da igreja e o momento de tomarem a Ceis do Senhor: “Nisto, porém, que vou dizer-vos, não vos louvo, porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior.” (1Co 11.17).
Davi nos convida ao entregarmos tudo o que somos, temos e fazemos a Deus. Entregar-se ao Senhor sem nenhuma reservas significa submeter tudo (nossa vida, nossa família, nosso trabalho, nossos bens e talentos) ao seu total controle e a sua direção. Entregarmonos a Cristo dar a entender que podemos confiar nEle de todo coração. Pois temos confiança que o Senhor pode cuidar de nós melhor do que nós mesmos. O Senhor sabe o que é melhor para nós. Devemos estar dispostos a esperar pacientemente na Sua provisão. "Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará" (Sl 37.5). 3.3. Vivendo para a glória de Deus. Atualmente, tem sido dito que viver bem significa buscar o máximo de satisfação própria em todas as áreas da vida, ainda que essa satisfação seja alcançada quebrando-se toda espécie de moral ou amor ao próximo. A verdade é que o “amor” que domina o mundo hoje é o amor a si próprio. As pessoas tornaram-se egoístas e vivem para si mesmas. No entanto, muito ao contrário do que a sociedade atual tem praticado, a Palavra de Deus nos ensina que o homem foi criado pelo Eterno, não para que viesse buscando o seu próprio prazer, mas o
prazer daquele que o criou. A vida só passa a ter pleno significado quando damos conta desta magnífica e gloriosa verdade (1Co 10.31). Existem grandes perdas na ausência da observação desses fundamentos da vida. Viver intensamente e abundantemente é viver tendo a compreensão de que o Eterno e Maravilhoso Senhor Deus é o centro de tudo, e que tudo aquilo que nos vem às mãos para fazer tem como principal objetivo adorar a Ele, pois tudo o que fizermos deve ser para a Sua glória. É exatamente isso que deve tomar o coração e mente de todos aqueles que se entregaram a Jesus Cristo, tendo-o como único referencial de vida (Fo 4.8).
A pessoa que decide viver para a glória de Deus não há nenhuma possibilidade de viver mais para si mesmo, mas entrega-se por inteiro para cumprir a vontade do seu Senhor em nova vida. Viver para a glória de Deus envolve tudo que somos. Viver para a glória de Deus significa colocar Deus em primeiro lugar e fazer de tudo para agradá-lo, sendo obediente de forma incondicional. Observe o que o profeta Isaías disse: “Todo o que é chamado pelo meu nome, a quem criei para a minha glória, a quem formei e fiz .” (Is 43.7). Nós fomos criados para glorificar a Deus. Portanto, devemos glorificá-Lo em tudo o que fazemos com nossas vidas, como o apóstolo Paulo nos lembra: “A fim de que nós, os que primeiro esperamos em Cristo, sejamos para o louvor da sua glória.” (Ef 1.12) . Paulo também nos diz: “Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.” (1Co 10.31). Fomos criados com o propósito de glorificar o Senhor. Conclusão. Centralizar nossa vida em atitudes de adoração exige, portanto, vigilância constante para que em nenhum momento nos desviemos deste exercício espiritual, pois, se porventura nos tornarmos displicentes, isso acarretará em sérios prejuízos para nossa vida.
Deus está procurando pessoas que sejam verdadeiros adoradores, que desejem glorificar de Deus acima de tudo. Ele quer usar pessoas como Davi, que coloquem Deus no centro de sua vida e de seus objetivos. Foi por isso que Deus, referindo-se a Davi, disse: "Eis aí um homem segundo o meu coração. Ele tropeça; e vez por outra erra, mas estou vendo o grande anseio de sua alma. Ele quer me dar o primeiro lugar em sua vida — quer que eu esteja no centro de tudo." Com sinceridade, você poderia afirmar isso a seu respeito, a respeito do seu coração?. Será que bem lá no fundo, bem no seu interior, Jesus é mesmo o Senhor? Ele ocupa o centro de sua vida, de seus planos, de sua família, de suas esperanças e sonhos? Sua visão está focalizada nele? Sinceramente, você tem a certeza absoluta e a confiança de que, não importa o que lhe aconteça, o Senhor Jesus habita em seu coração pela fé?. Observe as palavras do apóstolo Paulo: "Estou crucificado com Cristo; logo. já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. " (Gl 2.20.) Davi também possuía essa certeza de que o Senhor ocupava o primeiro lugar em sua vida. E Deus derramou suas bênçãos sobre ele. Você quer que Deus abençoe sua vida, sua família? Então pare um pouco, tire alguns momentos e examine sua condição espiritual. O que está dominando seus sonhos e ocupando o foco de sua visão? Seu ser interior está todo ocupado por desejos egoístas e objetivos materialistas? Recoloque Deus no lugar que lhe pertence. Coloque-o no centro de sua vida. Fale com Deus da mesma forma que fez
Davi: Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto. Salmo 51.10.
Questionário. 1. Conforme Efésios 1.6, o que precisamos fazer para sermos aceitos? R: Temos que estar no Amado (Ef 1.6). 2. Qual conselho que Deus nos dá por meio de Salomão? R: Para honrarmos ao Senhor com os nossos bens (Pv 10.22). 3. O que Deus pediu a Abraão? R: O sacrifício de Isaque (Gn 22.1-10). 4. O que Ananias e Safira fizeram? R: Trouxeram uma oferta de alto valor, mas a motivação errada e recheada de mentira (At 5.1-5). 5. Como devemos viver? R: Para a glória de Deus (1Co 10.31).