Lição 3 a importância de buscar com zelo os valores perdidos

Page 1

Lição 3 A importância de buscar com zelo os valores perdidos. 18 de outubro de 2015. Texto Áureo Lc 15.10 “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende”. Verdade Aplicada Existem pessoas que somente acendem a luz quando se dão conta de que perderam algo de valor. A perda pode revelar as trevas que imergem as nossas vidas. Objetivos da Lição Apresentar o significado espiritual de uma dracma perdida dentro da própria casa; Ensinar como Jesus utiliza a perda dessa mulher para expressar o amor de Deus por um a alma perdida; Discorrer acerca dos muitos valores perdidos em nossos dias. Glossário Diligente: cuidadoso; Tiara: enfeite que prende os cabelos; Fagulha: Uma faísca. Leituras complementar: Segunda Is 9.2 Terça Ef 5.8 Quarta Lc 1.50 Quinta 2Rs 6.5, 6 Sexta 1Co 12.31 Sábado Mt 6.26 Textos de Referência. Lucas 15.4, 6-8 4 Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la? 6 E, chegando à sua casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. 7 Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. 8 Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar? Hinos sugeridos. 107, 186, 570 Motivo de Oração Ore para que o amor pelos perdidos aumente em seu coração. Esboço da Lição Introdução 1. A dracma perdida. 2. As descobertas de uma procura.


3. Em busca dos valores perdidos. Conclusão Introdução Embora o capítulo 15 de Lucas trate três verdades de salvação em uma mesma parábola, destacaremos aqui apenas a busca diligente da dracma perdida e suas verdades para o nosso cotidiano. Neste capítulo Jesus profere três parábolas preciosas: a da Ovelha perdida (1-7), a da Dracma perdida (8-10) e a do Filho perdido (11-32). O que temos aqui não é um total de três parábolas, mas uma só com três aspectos. Através dessa trina narrativa, Jesus nos mostra o fato, supremo e sublime, que Ele, o Filho de Deus, veio ao mundo para buscar e salvar o perdido. As parábolas de Jesus eram simples esboços, cada qual com as suas características próprias. Neste capítulo temos a sua notável tríade que apresenta um estudo fascinante so bre os valores perdidos. O ponto de destaque em cada comparação, que o nosso Senhor usou, foi ao mesmo tempo o cuidado por algo perdido e a alegria ao recuperá-lo. A ovelha, a dracma e o filho estavam perdidos e todos eram dignos de serem salvos.

1. A dracma perdida. A moeda encontrava-se perdida em casa, não por vontade própria, mas pela falta de cuidado ou desatenção de sua dona. Muitas coisas podem se perder, mas perder-se dentro da própria casa implica na possibilidade da alma, preciosa aos olhos de Deus, estar com a salvação comprometida. A moeda estava perdida, porém, como não se tratava de uma criatura viva, ela não sabia e não tinha a percepção de estar extraviada. Ainda mais, por se encontrar perdida, não lhe causou nenhuma perturbação nem ansiedade. A dracma de prata se encontrava perdida, não por qualquer característica de inferioridade em sua composição ou seu processo de fabricação. Talvez fosse perdida porque foi manuseada de forma inconveniente, ou porque caiu em algum lugar sem a dona querer. Temos simbolizados aqui os pecadores perdidos que são ignorantes sobre si mesmos e estão passivamente nas mãos daqueles com quem se associam. Esses são facilmente manipulados por personalidades mais fortes. A moe da permaneceu imóvel até ser achada no lugar onde fora derrubada. A busca diligente da mulher em busca da moeda evidencia o tipo de amor que moveu Jesus a vir a terra e procurar pessoas perdidas, para salvá-las. Este é o tipo de amor extraordinário que Deus tem para você. Ao sentir-se longe de Deus, não se desespere. Ele está procurando você!

1.1. Conhecendo a dracma. Segundo o Dr. G. Campbell Morgan, as mulheres daquela época costumavam usar acima das sobrancelhas uma tiara chamada “semedi”. Era feita de moedas que por sí mesmas tinham muito pouco valor (para utilizar a moeda como joia, sua superfície deveria ser raspada, o que reduzia seu valor ou anulava a moeda completamente). A tiara significava noivado ou casamento. Sendo ou não monetariamente valiosa, estava acima de qualquer preço para a mulher que a usava. A moeda tinha valor sentimental e era um objeto elegante. Poe esta razão, a mulher a procurou com zelo e fez uma busca completa. Estava ansiosa para recuperar o que tornava perfeito o simbolismo que usava na testa (Lc 15.8, 9; 1Co 12.31). Explique para os alunos que está muito claro na busca incessante dessa mulher a importância dada àquilo que havia se perdido. Ressalte para eles que mesmo que não tivesse valor algum para os demais, para ela era importante e valioso, por isso, foi à procura de seu precioso bem. A busca por algo perdido pode ser demorada, mas a satisfação de recuperá-lo pode ser contagiante.


As mulheres palestinas recebiam dez moedas de prata como presente de casamento. Além do valor monetário, estas moedas tinham um valor sentimental equivalente ao de um anel de casamento; a dracma era uma moeda grega que possuía o valor de um denário, equivalia a um dia de salário de um soldado romano. As moedas eram cunhadas sob a autoridade do imperador, uma vez, que somente ele poderia emitir moedas de ouro ou de prata. Assim, perder uma dracma seria extremamente angustiante. Por esse motivo, a mulher sentiu a perda de sua moeda como se não tivesse mais ne nhuma. Não adiantava querer confortá-la e dizer-lhe que ainda ti nha as outras nove moedas a salvo. A moeda perdida representava um grande valor sentimental para a mulher e, portanto, ela varre a casa à procura de sua moeda perdida até encontrá-la. Essa é uma ilustração do Espíri to Santo que opera através de sua Igreja para encontrar e salvar os perdidos. Da mesma forma que a mulher se regozija por encontrar sua moeda ou anel perdido, os anjos se alegram pelo arrependimento de um pecador. Cada indivíduo é precioso para Deus. Ele lamenta toda perda, e fica feliz sempre que um de seus filhos é encontrado e trazido para o Reino. Talvez tivéssemos mais alegria em nossas igrejas se compartilhássemos o amor e a preocupação que Jesus sente pelos perdidos.

1.2. A dracma e sua verdade. Jesus utiliza a perda de uma mulher para expressar o amor de Deus por uma alma perdida. Ele nos faz entender que se uma mulher fazia todo o possível para achar uma moeda de pequeno valor, Ele iria muito mais além (Mt 6.26). A ideia central é trazer de volta para si mesmo os pecadores perdidos, cujas almas valem muito mais do que uma simples moeda de prata. A parábola é reveladora e afirma que existe uma alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende (Lc 15.10). Jesus apresenta o entusiasmo daquela mulher para expressar como se sente diante da recuperação de uma alma perdida e chama a atenção para que possamos sentir o mesmo. Esclareça para os alunos que a mulher representa um quadro do zelo divino, que procura o que se perdeu e o recupera. Na parábola da dracma perdida é a menor moeda que se perde. Deus é comparado com a mulher que se preocupa em procurar o que se perdeu, não importando o seu valor. Ela tinha nove moedas e se empenha ainda em procurar a outra. Acende a lâmpada, varre a casa e procura diligentemente. Ela faz uma verdadeira faxina, não deixa um só canto sem ser revistado em busca da pequena moeda que se perdeu. Quando a encontra, reúne as amigas e pede que se alegrem com ela. No versículo 10, Jesus afirma: “De igual modo há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lc 15.10). Depois de usar a ilustração de um homem que tinha perdido uma de suas ovelhas, Jesus agora se volta para uma mulher a qual procura algo que possui e está perdido. Ve mos, através do uso da figura da mulher, o modo em que as suas vir tudes e graça femininas são neces sárias para a libertação das almas que estão extraviadas, por natureza própria, as mulheres são pacientes, diligentes e cuidadosas. A mulher procura a moeda com muito cuidado e esforço, acende uma candeia para olhar em todos os lugares da casa, ela varre a casa e procura diligentemente até encontrar. Isto representa as diversas maneiras e métodos que Deus usa para levar as almas perdidas para sua própria casa. Ele acende a candeia do Evangelho para nos mostrar o verdadeiro caminho, Ele busca com diligência, o seu coração está empenhado no trabalho de resgatar as almas perdidas, dando-lhes a alegria da salvação. Quando a mulher encontrou a dracma, ela ficou tão entusiasmada que chamou à sua casa as suas vizinhas e amigas para se regozijarem com ela, da mesma forma, Jesus quer que nos regozije mos com Ele, e com os anjos, pela restauração daqueles que se arrependem de seus pecados.


1.3. A salvação ilustrada em uma dracma. Os judeus entendiam que se um homem se arrastasse diante de Deus, implorando misericórdia, este poderia alcança-la (Lc1.50; Rm 11.32). Porém, jamais foram capazes de conceber um Deus que saísse em busca dos pecadores. Nesta parábola se revelam duas coisas interessantes: a alegria por um pecador arrependido e o amor divino, que se estende mesmo antes de o pecador se arrepender. Nenhum fariseu jamais tinha sonhado com um Deus assim. Em contrapartida, estudiosos judeus admitiram ser isto algo absolutamente novo que Jesus ensinou aos homens a respeito de Deus, que Ele realmente procura os homens e quer acha-los (Lc 19.10). Informe para os alunos que, segundo a cultura judaica, uma jovem estava acostumada a poupar durante anos para juntar suas dez moedas, porque esse toucado equivalia virtualmente ao anel de bodas. Quando o obtinha, era efetivamente dela e não podia tirar para pagar dívidas. Buscá-la era o que qualquer mulher faria se tivesse perdido seu anel de bodas. O arrependimento e a conversão de pecadores na terra são motivos de alegria e júbilo no céu, assim como esta dracma foi encontrada. Há alegria no céu quando os que estão perdidos voltam para Deus. Enquanto há vida há esperança, pois se os pecadores se arrepender e converterem, encontrarão misericórdia, no entanto, isso não é tudo. Deus tem prazer e se alegra em mostrar sua graça. A dracma perdida ilustra o ministério de salvação entre os homens. Jesus tentou fazer com que os fariseus e publicanos sem coração vissem que, se uma mulher podia fazer todo o possí vel para achar uma moeda de pequeno valor, não estava Ele justificado em fazer todo o possível, a fim de ganhar de volta para Si mesmo os pecadores perdidos, cujas almas valiam mais do que a prata? A conversão dos pecadores e a redenção da humanidade são motivos de alegria dos anjos. Eles cantam Glória a Deus nas alturas.

2. As descobertas de uma procura. Ao notar que uma dracma havia se perdido, a mulher deixa todos os seus afazeres e se aplica diligentemente encontrar a moeda perdida (Lc 15.8, 9). É nesse momento que ela acende a luz, varre a casa e incessantemente a busca até que encontre. Vejamos esses passos: De modo igual ao pastor, que saiu a procura da ovelha perdida, essa mulher também investe todos os esforços para reencontrar a dracma que perdera. Nesse caso, a ênfase incide sobre o esforço da procura. Jesus cita uma mulher, na qual o incansável zelo na procura por uma moeda é mais natural do que em um homem. Como na primeira parábola, aqui a mulher conclama suas amigas e vizinhas para partilharem da alegria pelo que foi reencontrado. O sentido, portanto, é: Semelhante a ação da mulher, que perdeu uma de suas dez dracmas e investe todos os esforços imagináveis para reencontrá-la, assim, também Jesus investe todos os cuidados para reencontrar os pecadores perdidos.

2.1. A busca pelo que se perdeu. Nosso século trouxe mudanças generalizadas à sociedade. Vivemos o período mais complicado de todos os tempos já vividos até agora. É o século do conhecimento, porém, de forma alarmante e assustadora, é também o século da mistura, de modo que muitos valores se perderam dentro da própria Igreja (casa). Quando temos como normais as coisas que a Palavra denuncia como pecado. Então, é hora de fazer um exame rigoroso de nossa profissão de fé e buscar onde caiu nosso machado, porque, certamente, o juízo virá (2Rs 6.5, 6; Mt 3.10). A mulher tinha nove moedas, mas sabia que estaria incompleta caso não encontrasse a que se perdeu.


Explique para os alunos que precisamos reaver os valores que se perderam com o tempo em nossas vidas. A parábola trata acerca do que se perdeu dentro da própria casa; fala de algo interno, de vida espiritual, de uma dimensão que ficou para trás e que deve ser procurada diligentemente até que se encontre (Hb 6.1). Na atualidade, muitos cristãos vivem preocupados com as adversidades que surgem a cada dia, o aparecimento de novos hábitos e novas leis na sociedade que nem sempre estão de acordo com os princípios bíblicos são aprovados. A concorrência cada vez mais disputada por um trabalho mais digno tem tirado o tempo de alguns de ouvir a Palavra do Senhor. Estão ansiosas, andando pelos seus próprios caminhos da vida e cada vez se distanciam de Jesus. É verdade que devemos nos preparar e adquirir conhecimento para sermos melhores sucedidos nessa sociedade moderna. Porém, é bom frisar que nessa busca por qualificações, muitos estão deixando de buscar a presença de Deus que pode suprir todas as nossas necessidades. No mundo, até poderemos encontrar algo que nos traga alegria, no entanto, serão prazeres efêmeros, logo desvanecem. Somente Deus pode preencher o coração vazio do homem e restituir a alegria, paz e felicidade. Foi Deus que nos criou, portanto, assim como uma criança depende da mãe para se alimentar, nós precisamos de Deus para viver. É preciso buscar os valores eternos, o hábito da leitura da Palavra, a oração e a comunhão deverão ser encontrados por cada cristão. Multidões de pecadores, salvos no céu e na terra, bendizem a Deus por essa valiosa parábolaque é repleta da graça e do amor divino. Que possa, com a sua mensagem de esperança e chamamento à fé, ser ainda usada para convidar e ganhar almas, daqueles que vagam sem rumo, de volta ao coração e ao lar do Pai.

2.2. A luz que ilumina e reprova. O texto nos fala de uma revelação progressiva, onde um sentimento de perda é seguido por uma atitude em recuperar o que se perdeu. Mas essa mulher faz algo interessante no cominho da busca, ela acende a lamparina (candeia – uma representação da vida espiritual). A verdade espiritual é que a perda pode ser a fagulha que acende uma lamparina apagada (Jo 12.36: Ef 5.8). Ou seja, essa mulher estava em trevas e somente se deu conta de que havia perdido algo de valor. A mesma luz que lhe ajudou a encontrar a dracma perdida, lhe ajudou a encontrar-se consigo mesma (Is 9.2). Explique para os alunos que a primeira atitude de alguém que procura algo é iluminar ao máximo o ambiente para enxergar da melhor forma possível. O candelabro é um sinal no mundo espiritual. Jesus disse que Ele é o candeeiro de ouro que anda no meio da Igreja, na nossa casa, dentro de nós (Ap. 1.12-15). Onde existe a luz de Deus e as trevas não podem entrar, fazer visitação. E o que a luz faz? Revela a sujeira. Reforce para eles que quando a luz é acesa, e uma busca diligente se inicia, muitas sujeiras que estavam escondidas começam a aparecer. O desejo de Deus é que tiremos da nossa vida tudo que não O agrada e isso só é possível se nos voltarmos aos princípios da Palavra. A luz da Palavra de Deus arrancará da sua vida todas as trevas e o conduzirá por um lugar seguro. Quando uma menina judia se casava, era costume na época usar na cabeça uma espécie de diadema com dez moedas de prata para indicar que agora era uma esposa. Simbolizava a aliança de casamento, e seria uma verdadeira tragédia perder uma dessas moedas. As casas na Palestina eram escuras, muitas delas nem possuía janelas, de modo que a mulher precisou acender uma candeia e procurar por toda a parte até achar a moeda perdida. Assim, quando alguém procura algo, é preciso iluminar ao máximo o ambiente para enxergar da melhor forma possível. Jesus disse que Ele é a luz do mundo, precisamos dessa luz para iluminar nossa casa (Jo 8.12). Onde existe a luz de Deus, as trevas não podem entrar. A luz não somente revela aquilo que foi perdido, mas também pode dissipar as trevas de nossa mente. A luz da Palavra de Deus dissipada nossa vida todas as trevas e nos guia por caminhos seguro. (Sl 119.105).


2.3. Uma casa desarrumada. Logo que acendeu a candeia, essa mulher viu o que jamais poderia ver enquanto estava em trevas. Sua casa estava desarrumada (Lc 15.8b; 1Pe 2.5). A aplicação espiritual aqui é a visão que temos de nós mesmos quando somos confrontados com a luz da verdade. Nesse caso, a luz mostrou para essa mulher a condição de sua casa e também onde estava o que havia perdido (Jó 12.22; 2Sm 22.29). Existe um tesouro dentro de cada um de nós e o inimigo sabe muito bem dessa verdade. Por isso, a ideia é nos cegar o entendimento, nos fazer insatisfeitos, misturar os conceitos santos com os profanos e nos fazer desistir de nós mesmos. Reforce para os alunos que a missão do inimigo é matar, roubar e destruir. Todavia, a proposta do Senhor é uma vida abundantemente e plena para todos os seus (Jo 10.10). Explique para eles que a casa desarrumada representa uma vida espiritual sem alicerces, ou mesmo sem propósitos. Acender a luz denota que ainda é possível uma recuperação. Além disso, encontrar o que se perdeu e se alegrar indica uma transformação precedida por um gozo que deságua em compartilhar com outros a bênção recebida. Para encontrar a dracma perdida a mulher acendeu a candeia e fez uma faxina minuciosa em toda casa até encontrar sua moeda. A luz revelou muita sujeira que estava escondida dentro da casa, observe que foi preciso varrer a casa, deixá-la limpa. Temos que colocar nossa casa em ordem, imagine que toda mulher zelosa gosta de ter sua casa sempre arrumada, limpa de toda sujeira! A vontade de Deus é tiramos da nossa casa “vida” tudo aquilo que não é de Seu agrado, para isso, é preciso buscar mais Sua presença, obedecer Seus mandamentos e fazer Sua vontade.

3. Em busca dos valores perdidos. Temos perdido muitos valores em nossos dias, principalmente dentro da comunidade cristã (Ef 2.11, 12). Precisamos agir como essa mulher e vasculhar nossas vidas até encontrarmos esses valores. Só entende o significado da luz aquele que dela precisa; e só se alegra com o que achou aquele que reconhece seu valor. Vejamos alguns conceitos: Quando se fala de coisas perdidas, imagina-se que alguma coisa se perdeu na rua, no trabalho ou em outro lugar. Porém o texto deixa claro que a dracma estava perdida dentro da própria casa, ou seja, a mulher não teve que sair de casa para perder sua moeda. Esse tipo de perda pode simbolizar outros valores que podemos perder dentro do lar. Muitas famílias já perderam a paz, harmonia e respeito em seus lares. É preciso urgentemente resgatar esses valores (emocionais e espirituais). Se buscarmos a Deus com temor, fé e confiança, Ele tem prazer em restituir a alegria, paz e felicidade para nossas casas.

3.1. A importância da luz. Não existe um ser humano que dê os primeiros passos para o pecado sem que seu coração o advirta; porém, se pecar de forma constante, chega o momento em que deixa de preocupa-lo (Mt 6.23). Aquilo que uma vez fizemos com medo, vacilando e com repugnância, converte-se em hábito. Nesse caso, não podemos culpar a ninguém exceto a nós mesmos se chegarmos a essa situação. À medida que o tempo passa, nosso coração pode chegar a embotar-se e para que isso não ocorra devemos estar sempre vigilantes (Ef 5.11). Trevas significam morte e era essa nossa condição antes de nos tornarmos participantes da luz divina (Ef 2.1). Para melhor compreensão da importância da luz, peça aos alunos para lembrar dos diversos apagões que já ocorreram em nosso país. Também explique para eles que a primeira vez que fazemos algo mau, fazemolo com um coração tremente e as vezes dolorido. Cada vez que o repetimos, a sensação é menor, até que no final podemos fazê-lo sem escrúpulos. O pecado tem um poder terrivelmente endurecedor (Jr 17.23).


Todos nós estamos suscetíveis de cometer erros na vida, para que isso não aconteça temos que ser guiado pela luz do Espírito Santo, não podemos agir por conta própria e andar em lugares escuros. Certamente, muito cristãos deixaram a luz de Deus se apagar em suas vidas, o pecado já não mais lhe causa temor. Enquanto a casa estava escura, a dracma não foi achada, a partir do momento que a luz foi acesa, a dracma foi encontrada. Penso que este é um paralelo espiritual de algo que precisamos para reencontrar qualquer tipo de valor perdido, não só em nosso lar, mas, também em nossa vida em Deus. Esta luz que ilumina nossa vida e nos afasta do pecado é a ação reveladora do Espírito Santo. "O caminho do justo é como a luz da alvorada, que brilha cada vez mais até à plena claridade do dia. Mas o caminho dos ímpios é como densas trevas, nem sequer sabem em que tropeçam." (Provérbios 4.18,19).

3.2. As coisas têm o valor que damos a elas. É muito comum dar importância às coisas que não temos e, quando as adquirimos, geralmente elas parecem não ter mais tanto valor. O valor de muitas coisas pode ser relativo. Por exemplo: o valor da honestidade nada significa para uma pessoa desonesta. Todavia, existem coisas simples que são de inestimável valor para os outros. A dracma que foi perdida não era tão valiosa assim; ela correspondia ao salário de um dia de um trabalhador braçal. Mas para essa mulher representava o que ela tinha de mais valioso no momento. Por isso, se esforçou tanto em encontrá-la. Explique que o foco desta parábola é o valor. A lição que precisamos aprender é a valorização das coisas em nossas vidas, principalmente as espirituais, que são inegociáveis (1Co 2.11; 9.11). Enfatize para eles que a dracma perdida possui um valor espiritual: a fidelidade. A dracma representava uma aliança. Toda mulher casada usava um enfeite na testa, tipo de um colar, formado por dez moedas de prata e uma moeda maior no centro. Perder a dracma significava colocar em risco a sua descendência, poia a dracma era um sinal profético. Era um sinal de perpetuação de geração. Muitas pessoas perderam muitas coisas valorosas na vida, mas hoje é o seu dia de achar a dracma, porque a sua vida e a sua casa receberão a limpeza de Deus.

A dracma que a mulher tinha perdido, em si mesma não tinha muito valor, mas era uma moeda que tinha muito significado para ela; Sendo ou não monetariamente valiosa, estava acima de qualquer preço para a mulher que a usava. Aquela dracma perdida tinha um valor espiritual: A fidelidade. A dracma representava uma aliança. Toda mulher casada usava um enfeite na testa, tipo um colar, formado por dez moedas de prata e uma moeda maior no centro. Perdendo uma dessas dracmas, trazia perigo a sua descendência, pois a dracma era um sinal profético, era um sinal de perpetuação de geração. Portanto, a dracma representava um valor muito alto para aquela mulher, foi por isso que ela empregou todos os recursos para reencontrá-la. Quando achou, compartilhou de sua alegria juntamente com as amigas e vizinhas pela dracma. Talvez você tenha perdido alguma coisa de valor na vida, mas hoje é o seu dia de achar a dracma, e se alegrar na presença de Deus.

3.3. A restauração é sempre contagiante. Uma pessoa com perdas não tem alegria. Mas uma pessoa alegre é sempre contagiante. Ao encontrar o que se perdeu, ela se alegrou e compartilhou da alegria com suas amigas e vizinhas (2Co 1.3, 4). O primeiro estágio dessa mulher é solitário e desesperançoso, mas ela não desiste, acende a luz, varre a casa cuidadosamente busca até encontrar. O detalhe está em procurar no lugar certo e nunca desistir até que encontre. Esclareça para os alunos que alguns têm sobre si o selo do Rei, mas, comparados a essa mulher, rolaram para um canto escuro, em meio à poeira e o entulho. Bom seria que estivéssemos todos mais desejosos de, ajoelhados vasculharmos o chão para encontrar o perdido! As nove contas de um colar são inúteis se estiver faltando a décima. Cristo não pode ficar satisfeito enquanto a derradeira moeda não for achada (Is 59.1; 1Tm 1.15).


Assim que reencontrou o que havia perdido, a mulher reuniu suas amigas e vizinhas para se alegrarem: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida. Aqueles que se alegram, desejam que que os outros se alegrem com ele; aqueles que ficam felizes, querem que os ouros fiquem felizes com ele. Ela queria compartilhar sua alegria com todos. O testemunho de restauração sempre animará outras pessoas, especialmente aquelas que estão iniciando a sua busca. A alegria da salvação que Deus nos dá deve ser dividida com outros. Assim, haverá alegria no céu diante dos anjos de Deus, por um pecador que se arrepende. A dracma que foi encontrada representa a conversão dos pecadores que volta a Deus, a alegria não fica restrita somente aqui na terra, mas também no céu.

Conclusão. Aprendemos nesta lição que a vida espiritual pode ser imersa nas trevas sem que nos demos conta de como estão desarrumadas nossas vidas. Contudo, é preciso uma busca diligente e uma boa varredura para que os valores perdidos com o tempo possam ser recuperados e colocados em seu devido lugar. A parábola da ovelha perdida, da dracma e a do filho pródigo, todas elas contidas nesse mesmo capítulodo, nos ajudam a entender o que significa estar perdido, Um pecador perdido não pode experimentar a plenitude enriquecedora que Deus tem para ele em Jesus Cristo. Mas invertendo tudo isso, ser "encontrado" (salvo) significa estar de volta ao lugar certo. (reconciliado). Não é de se admirar que o pastor, a mulher e o pai alegraram-se e convidaram os amigos para compartilhar essa alegria! Nessa parábola, o que está perdido é uma dracma de pequeno valor, comparada com o resto. Porém, a mulher procura diligentemente até achá-la. Essa procura representa os variados meios e métodos que Deus usa para trazer as almas perdidas de volta a Si mesmo; a alegria por ter achada a dracma é o gozo do Salvador pelo retorno dos pecadores a Ele. Deus se alegra quando uma alma se converte a Ele. O ponto de ambas as parábolas é o valor da alma individual para Deus. Quão cuidadosos devemos ser então com nosso arrependimento, que seja para salvação! Devemos retornar com diligência aos príncipios da Palavra de Deus, deixar que a luz do Espírito Santo direcione nossos caminhos e ilumine nossos corações, valorizando e compartilhando com o próximo o nosso tesouro: Jesus Cristo.

Questionário. 1. O que simboliza a dracma perdida? R: Simboliza valores perdidos dentro da Igreja (Lc 15.8). 2. O que a luz ajudou a mulher a encontrar, além da dracma? R: A encontrar-se consigo mesma (Lc 15.8). 3. Qual a representação da casa desarrumada? R: Representa a nossa vida espiritual (2Sm 22.29). 4. Por que o valor das coisas pode ser relativo? R: Porque as coisas têm o valor que damos a elas (Pv 13.7). 5. O que aconteceu quando a mulher encontrou a dracma? R: Ela se alegrou e compartilhou sua alegria (2.Co 1.3-4).


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.