Lição 3 deveres da família à luz da bíblia

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Lição 3 Deveres da família à luz da Bíblia. 17 de janeiro de 2016. Texto Áureo 1Tm 5.8 “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”. Verdade Aplicada Como cristãos, devemos conservar a família no seu conceito original, dentro do plano de Deus. Objetivos da Lição Mostrar que seguir os preceitos bíblicos traz felicidade para o lar e saúde para as famílias; Deixar claro que não se pode negligenciar as atribuições de cada membro da família; Explicar que a inversão de papéis domésticos é prejudicial a harmonia da família. Glossário Inversão: Uso oposto à função normal: Rigidez: Modo de ser do que não cede nem a reflexão nem a pressão; Subserviente: Adulador, bajulador. Leituras complementares Segunda Ef 5.23 Terça Ef 5.28 Quarta 1Tm 3.5 Quinta 1Tm 3.11 Sexta 1Tm 3.12 Sábado Tt 2.3-4 Textos de Referência. Efésios 5.21, 22, 25 21 Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus. 22 Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; 25 Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, Colossenses 3.18-21 18 Vós, mulheres, estai sujeitas a vossos próprios maridos, como convém no Senhor. 19 Vós, maridos, amai a vossas mulheres e não vos irriteis contra elas. 20 Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor. 21 Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo. Hinos sugeridos. 197, 314, 333 Motivo de Oração Peça a Deus que levante mães dedicadas a criar seus filhos como servos fiéis ao Senhor e a Igreja.


Esboço da Lição Introdução 1. Deveres que competem ao casal. 2. Deveres que competem aos pais. 3. Deveres que competem aos filhos. Conclusão. Introdução A Bíblia é o estatuto para toda a relação entre os membros da família. Quando se cumprem os princípios bíblicos, os lares tendem a ser mais felizes e as famílias mais saudáveis e estruturadas.

O tema desta semana irá tratar basicamente dos princípios básicos estabelecidos por Deus, na sua Palavra, para uma boa e harmoniosa administração familiar. Embora a sociedade dos dias atuais, sob a influência do inimigo, apresente algumas modificações nos padrões divinos, ainda é na Bíblia que encontramos os princípios vitais para manutenção, equilíbrio e preservação da família. Toda tentativa humana para tentar “melhorar” esse padrão termina em fracasso. Só o padrão divino adapta-se a todos os povos e culturas, e são atemporais. No entanto, para que essa harmoniosa e equilibrada administração familiar funcione de forma satisfatória, em qualquer tempo e em qualquer lugar, é necessário que seus membros conheçam e exerçam seus deveres e atribuições. - “A Bíblia é o estatuto para toda a relação”, estatuto é a lei que regula e orienta o procedimento das pessoas em uma situação específica, no caso da Bíblia ela regula e orienta os membros da família dentro do papel de cada um. - “os lares tendem a ser mais felizes”, quando os pais constroem seus relacionamentos com os filhos dentro da Palavra, também os filhos para com os pais, e os conjugues um para com o outro, então haverá harmonia e entendimento. - “famílias mais saudáveis e estruturadas”, não quer dizer que não haverá lutas, mas as famílias terão estrutura para enfrentar essas lutas e vencê-las.

1. Deveres que competem ao casal. O marido e a mulher são os esteios da família. Para isso, eles precisam desempenhar bem as suas atribuições e responsabilidades, nunca jogando para cima do outro aquilo que é da sua alçada.

Deus ao estabelecer neste mundo a família, determinou também os deveres e as atribuições de seus membros, a partir do marido e da mulher, que são os esteios da família. Assim, uma boa administração familiar começa pelo casal, onde cada um deve cumprir o seu papel (Ef 5.22-25; Cl 3.18-21). Na relação conjugal deve existir renúncia do interesse próprio, intimidade, unidade de propósito, respeito e amor mútuo para que essa união não se desmorone. E para isso, como bem disse o comentarista da lição, é necessário que cada um dos cônjuges assuma seus deveres e responsabilidades e evitem jogar para cima do outro aquilo que é de sua alçada. - “esteios da família”, esteio é o que sustenta, que firma. É aquela peça que serve de escora para algo grande. O casal é que dá o apoio espiritual na família.


1.1. Deveres do marido. O marido deve amar a esposa como a si mesmo (Ef 5.28, 33). Quem não ama a si mesmo como irá amar alguém? Deve amar a esposa como Cristo amou a Igreja (Ef 5.25). Esse é o amor sacrificial que funciona sem exigir recompensa, nem visando benefício. Não tratar a esposa asperamente, nem se irritar contra ela (Cl 3.19). Tratá-la com dignidade. Considerar a esposa como a parte mais frágil (1Pe 3.7). Assumir o papel de cabeça do casal, não com autoritarismo, mas com amor (1Co 11.3; Ef 5.23). Ser o provedor material, emocional e espiritual, assim como Cristo alimenta Sua Igreja e cuida dela (Ef 5.29; 1Tm 5.8). Saber como convém agradar à esposa (1Co 7.3-5, 33). Além disso, deve governar bem a sua própria casa (1Tm 3.5). O homem, como líder da sua casa, é, automaticamente, provedor, sacerdote e cabeça. Não se admite um homem que não cumpra as suas funções conforme o ensino bíblico. Mesmo que a mulher trabalhe fora para ajudar no orçamento familiar, o homem não pode negligenciar a sua responsabilidade. O homem não deve inverter o papel, nem comer o pão da preguiça, mas, do suor do seu rosto, comer do trabalho das suas mãos (Gn 3.19; Sl 128.2).

Devido à natureza do homem e ao papel que deve ocupar na família, foi-lhe exigido alguns deveres básicos: Amar e cuidar da sua esposa (Cl 3.19; Ef 5.25), bem como exercer liderança no seio da família. Quando Deus disse em sua Palavra que o homem deve amar a sua esposa como Cristo amou a sua Igreja (Ef 5.25), Ele não estava se referindo a qualquer tipo de amor, como aqueles associados à paixão e ao encantamento, mas ao tipo de amor altruísta, que não busca seus próprios interesses, ao contrário, busca fazer sempre o bem à pessoa amada (Cl 3.19; Ef 5.25; 1 Jo 3.16). Ele estava se referindo ao mais elevado tipo de amor. O amor que se fundamenta na renúncia, na doação e na entrega. Amor sacrificial, supremo, protetor e permanente. O segundo dever do marido, segundo a Bíblia, é o de assumir o papel de cabeça do casal e da família (1 Co 11.3). Deus estabeleceu, em sua Palavra, um padrão de autoridade dentro da família e determinou que todos seus membros ficassem sob essa autoridade (Ef 5.22-23; 1 Co 11.3). No entanto, tal autoridade não pode ser exercido com autoritarismo, mas com amor. Os maridos devem seguir o modelo de autoridade que lhe foi proposto por Jesus Cristo. Como é que Cristo exerce a sua autoridade sobre a igreja? Ele não lhe impôs pela força, mas conquistou pelo amor. A esposa deve estar presa ao marido, não pelo temor ou pelas ameaças, mas pelo amor e pela gentileza. É o amor que o marido dedica a sua esposa que compensa a submissão que se exige dela. - “Quem não ama a si mesmo como irá amar alguém?”, essa pergunta não acrescenta muito. É verdade que existem aqueles que não amam a si mesmo, mas a maior ocorrência é daqueles que amam a si mesmo mais do que amam a esposa ou o próximo. - “Esse é o amor sacrificial”, é um amor no qual a pessoa se entrega pela outra, não somente em caso de morte, mas no dia-a-dia. - “sem exigir recompensa, nem visando benefício”, é o amor ágape, o amor de Deus, o amor que faz pelo outro independente de qualquer situação ou condição, é o amor incondicional. - “Não tratar a esposa asperamente”, no decorrer do tempo de casado, alguns maridos deixam de vigiar no trato com a esposa, algumas por conveniência religiosa ou para evitar brigas vão aceitando, mas as palavras ásperas com o tempo vão minando a relação. - “Considerar a esposa como a parte mais frágil”, algumas até se fazem de forte, mas certas palavras podem quebrá-las, então o marido deve ter o cuidado com o que vai fazer ou dizer à esposa.


- “cabeça do casal, não com autoritarismo”, o homem é naturalmente o líder da família, não precisa impor essa liderança, basta assumir o papel de provedor e ter cuidado da família que a sua liderança será reconhecida.

1.2. Deveres da mulher. As esposas devem ser submissas aos seus maridos como a Igreja é submissa a Cristo. Devem respeitar o marido na sua missão (Ef 5.33; 1Tm 3.11; Tt 2.4-5). Mostrar ao marido honestidade e temor (1Pe 3.2). Ter o Espírito manso e tranquilo (1Pe 3.4). Ser adjutora e companheira do seu esposo (Gn 2.18). Saber como agradar ao marido (1Co 7.3-5, 34b). A esposa deve administrar o lar sem preguiça, sem desleixo e com sabedoria para edificar sua casa (Pv 14.1; 31.10-31). Nunca negligenciar as suas funções, mesmo tendo outras ocupações. De acordo com o Pr. Hernandes Dias Lopes, a mulher deve ser submissa ao marido por causa de Cristo (Ef 5.22). A submissão da esposa ao marido não é igual à submissão a Cristo, mas por causa de Cristo. A submissão da esposa ao marido é uma expressão da submissão da esposa a Cristo. A esposa se submete ao marido por amor e obediência a Cristo. A esposa submete-se ao marido para a glória de Deus (1Co 10.31). A esposa submete-se ao marido para que a Palavra de Deus não seja blasfemada.

Já a responsabilidade fundamental e básica das esposas é a obediência e a submissão ao marido, além, é claro, de retribuir-lhe o amor (Ef 5.22; 24.33). Boa parte das mulheres, inclusive algumas cristãs, tem dificuldade de entender o verdadeiro significado deste precioso principio. Muitas pensam que ser submissa é ser subjugada e/ou ser escrava das vontades de seus maridos. A esposa não deve agir como empregada do marido, mas como companheira, que faz tudo para agradá-lo (1 Co 7.34). O termo “submissão” significa, antes de tudo, respeito e reverência à posição do líder dentro da família, assim como a Igreja faz em relação a Cristo (Ef 5.33; 1 Tm 3.11; Tt 2.4-5; Ef 1.22). O termo deve ainda ser entendido como uma missão paralela à missão do marido. Não se trata de uma missão inferior ou menos importante, mas tão necessária quanto a missão do marido. Deus dá ao homem a liderança do lar, mas não o faz superior à mulher. Outro nome dado por Deus a essa missão é a de “adjutora”. Portanto, a submissão da esposa, nos moldes bíblicos, não significa servidão e muito menos inferioridade em relação ao marido, mas uma “assistente” e “auxiliadora” do marido. Sua “missão” é de complementar e auxiliar o marido em todos os seus aspectos (Gn 2.18). - “devem ser submissas aos seus maridos”, ser submisso significa aceitar a autoridade, nesse caso não significa escravidão, pois a escravidão é a submissão imposta, mas no casamento a submissão é ofertada pela esposa ao seu marido que também já ofertou a ela o seu amor! - “Ser adjutora”, que auxilia o marido nas suas questões, o marido deve sempre ouvir a sua esposa antes de tomar certas decisões, pois ela sempre terá um ponto de vista diferente do assunto e isso auxiliará a decisão. Por outro lado a esposa deve respeitar sua posição de auxiliar do marido, quando este não estiver presente a sua esposa fará suas vezes atuando para que as coisas aconteçam do jeito que ele determinou. Assim como a Igreja atua para com Cristo, seu esposo. - “A esposa deve administrar o lar”, se o homem é o cabeça da mulher ela é a cabeça da casa, os maridos mais sensatos deixam que suas esposas cuidem da administração do lar, sempre participando nas decisões mais importantes. Nos casamentos onde os dois trabalham, essas tarefas devem ser divididas entre ambos.


1.3. Deveres mútuos. Muitas atividades domésticas são de responsabilidade dos dois. Marido e mulher podem revezar por exemplo: a disciplina e correção dos filhos, o acompanhamento escolar e o ensino dos deveres de casa, o lazer dos filhos e a orientação na escolha de profissão ou de um futuro promissor. Os pais devem dar o exemplo de vida dentro da ética e da moral, condizentes com a Palavra de Deus, para os filhos copiarem. Também é responsabilidade do casal levar seus filhos para a igreja, principalmente a Escola Bíblica Dominical, e dar as devidas orientações espirituais. O homem deve ajudar a mulher nos trabalhos domésticos. A mulher também pode ajudar o seu marido no orçamento familiar. Os dois são responsáveis por manter a união saudável. Em uma época como a nossa de falência da virtude e enfraquecimento da família, a ideia cristã de casamento deve ser difundida com mais frequência entre as pessoas. De acordo com o escritor Curtis Vaughan, o dever da esposa é respeitar o marido e o dever do marido é merecer o respeito dela (Ef 5.33).

Normalmente as relações comuns da vida são marcadas pelo egoísmo. Nas relações conjugais, no entanto, a preocupação principal deve estar relacionada com o que o outro pode fazer para promover a minha felicidade e o que eu posso fazer para promover a felicidade do outro. Na construção de um casamento feliz, ambos deverão buscar a realização do outro. A satisfação pessoal virá como consequência de sua doação em amor para com o outro (1 Co 7.3-5). É por isso, que tanto a Bíblia como o Código Civil Brasileiro (artigo 1.566), atribui alguns deveres e responsabilidades mútuas ao casal, dentre as quais podemos destacar: fidelidade recíproca; vida em comum; assistência mútua em todos os seus aspectos; sustento, guarda e educação dos filhos; considerações e respeito mútuos; tolerância mútua, etc. Assim, para que uma relação conjugal seja duradoura deve haver não só a compreensão dos deveres e atribuições específicas de cada um, mas também um esforço para cumprir aquelas atribuições e responsabilidades que são mútuas entre o casal. - “o acompanhamento escolar”, ambos devem estar atentos ao caderno dos filhos, em saber como foi o dia na escola, sentar para ouvi-los e dialogar com eles. - “Os pais devem dar o exemplo de vida”, aquilo que os filhos virem os pais fazendo de bom ou de ruim poderá influenciá-los em suas escolhas e modo de viver, por isso os pais devem mostrar bons exemplos aos filhos. - “principalmente a Escola Bíblica Dominical”, até a fase da adolescência os pais devem impor aos filhos o acompanharem à igreja, mas após essa fase os devem deixar os filhos mais livres para escolher, sempre exigindo o respeito e a reverência às coisas de Deus, se os filhos virem o temor de seus pais pela obra de Deus eles também terão esse temor. Grandes pregadores, pastores e missionários foram gerados na Escola Dominical. - “também pode ajudar o seu marido no orçamento familiar”, trabalhando ou não a esposa pode colaborar, equilibrando os gastos, com compras, energia elétrica e água, a ajuda da esposa é fundamental numa casa.

2. Deveres que competem aos pais. Os pais são espelhos para os filhos. Precisam tomar cuidado com as palavras que não edificam, com as atitudes insensatas e os exemplos negativos.

Qual o papel dos pais na condução e criação dos filhos? Segundo a Bíblia aos pais cabe a responsabilidade de criar seus filhos na doutrina e admoestação do Senhor (Ef 6.4); de


transmitir e ensinar aos seus filhos os princípios e valores morais e espirituais (Ex 10.2; 13.8,14; Dt 4.7-9; 6.7-11; 11.19; 31.13; 32.7,46; Sl 78.5; Pv 22.6; Is 28.9; Jl 1.3; 1 Ts 2.11; Ef 6.4; 2 Tm 3.15); de prover as necessidades físicas, espirituais, emocionais e intelectuais (2 Co 12.14); bem como de cuidar para que os relacionamentos entre eles sejam construtivos (Co 3.21; 1 Tm 3.4). Uma boa formação dos filhos abrange três dimensões: a primeira é alcançada pela instrução, isto é, pelos ensinamentos que oferecemos a eles; a segunda é a influência, isto é, o que fazemos diante deles e para eles; a terceira é a imagem, ou seja, aquilo que os pais são e demonstram ser para os filhos no seu dia a dia. A melhor maneira de ensinar e transmitir tudo isto é demonstrar-lhes em nós mesmo o exemplo daquilo que deles exigimos, e também investindo tempo e energias neles (Cl 3.18-21; Ef 5.22-24; 6.1-4). Pais! Nunca se esqueçam de que o amor, o exemplo e a dedicação que demonstramos aos nossos filhos perdurarão neles por toda a vida. - “cuidado com as palavras que não edificam”, pais que falam mau da igreja ou dos líderes na frente dos filhos, sem perceber estarão criando neles um parecer negativo sobre a igreja e sua liderança.

2.1. Criar os filhos na admoestação do Senhor. Ensinar a criança “no” caminho em que deve andar. Não adianta só mostrar o caminho, tem que ir junto (Pv 22.6). Dar instruções devidas em todo lugar, em todo tempo (Dt 6.6-7). Os pais não devem deixar a igreja, a escola, o mundo e a vida a tarefa de ensinarem seus filhos, pois é dever primário dos pais. Ensinar os filhos o princípio de que na vida não se pode fazer somente o que se quer. Ensiná-los também que na vida não teremos tudo o que queremos (Pv 29.15). Criá-los com correção, mas com moderação, sem espancar (Pv 23.23; 29.17). Os pais devem sempre atentar para o fato de que a geração dos filhos é outra e não adianta querer que eles vivam do mesmo jeito que a geração passada. O desenvolvimento chegou, a evolução está diante dos nossos olhos, a informação está disponível a todos eles. O cuidado é para evitar a iniquidade, que está embutida nas redes sociais e que vem com a modernidade. Apesar das mudanças e evoluções, os princípios bíblicos permanecem os mesmos e são por meio deles que os pais necessitam ensinar os seus filhos.

Para nós, pais cristãos, a principal maneira de enfrentarmos os desafios e preservar nossos filhos é instruindo-os nos caminhos doSenhor. Criar os filhos na admoestação do Senhor significa ensinar nossos filhos a orar e a obedecer aos mandamentos do Senhor. O Livro de Provérbios adverte assim aos pais: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele”(Pv 22.6). O que a Bíblia está dizendo? Que instruir os filhos é dever dos pais; que, se logo cedo seus pais traçarem uma disciplina sólida para sua vida, eles estarão alicerçados até na velhice; ou que se não houver cuidados quanto a isso, na velhice eles estarão perdidos. Portanto, pai! Seu filho é responsabilidade sua! Educação, disciplina e respeito vêm de berço, não da escola. Escola é apenas o local de alfabetização. O ensino, a admoestação, a exortação, a presença e o amor se fazem necessários dentro do lar (Pv 19.18; 22.15). - “Não adianta só mostrar o caminho, tem que ir junto”, o exemplo conduz a obediência, quando os filhos são ensinados pelos, eles passam a ter o conhecimento, mas quando eles observam os pais fazendo aquilo que ensinaram, eles se animam a fazerem o mesmo.


2.2. Ser sacerdote, amigo e conselheiro dos filhos. Os pais não devem tratar os problemas da igreja diante dos filhos, nem fazer comentários maldosos e piadas negativas contra a liderança. Por causa disso, há filhos rebeldes e outros afastados da igreja. Muitos pais tratam os filhos só como amigo, no entanto, a responsabilidade dos pais é bem maior, pois devem ser provedores das necessidades dos filhos. Isso deve ocorrer tanto espiritual, quanto emocional e fisicamente. Os pais devem ser orientadores e conselheiros para um futuro próspero e brilhante dos filhos. Os pais devem providenciar uma recepção agradável no nascimento de cada filho, dando a eles nomes que não os envergonhem quando crescerem e que tenham significados honrados na sociedade. Infelizmente, há pais que não são nem um pouco prudentes na escolha dos nomes dos filhos.

Muitos pais acham que basta gerarem filhos e tão somente marcarem sua presença em casa com os provimentos. Entretanto, a responsabilidade dos pais pelos filhos não se limita a mantê-los alimentados, vestidos e abrigados. É preciso estar presentes na vida diária deles e cumprir seu papel como sacerdote e líder da família. Deus quer pais e filhos vivendo juntos, andando juntos, alegrando-se juntos, sofrendo juntos e adorando juntos. Portanto, na criação e educação dos filhos “apenas marcarem presença no lar” é o mesmo que está ausente, pois não irá imprimir neles um padrão de comportamento social ideal e muito menos de uma formação cristã. Muitos pais ficam tão ocupados com o trabalho e/ou com a obra ministerial, que ignoram os filhos e suas carências espirituais, físicas e emocionais, deixando-os muitas vezes ressentidos contra o ministério e/ou até mesmo revoltados contra Deus. Isso é simplesmente trágico! Pais! Gaste mais tempo com seus filhos e você verá o quanto sua família e seu ministério serão abençoados! 2.3. Ser exemplo. Os pais precisam dar exemplo de vida para os filhos. Os filhos podem fechar os ouvidos para os conselhos, mas abrem os olhos para os exemplos. Os pais devem trata-los com dignidade e respeito para não serem desprezados ou ridicularizados pelos filhos. Não ser violentos nem abusar de suas autoridades, pois isto leva os filhos a obedecer apenas por medo e não por amor e carinho. Nunca devem amaldiçoar os filhos, pois as palavras têm poder e essa atitude deprecia os próprios filhos e os desestimulam para a vida. As palavras tendem a comover, mas o exemplo é que se reveste da maior importância. Os pais devem ser exemplo para os filhos, pois a maior herança que os pais podem deixar para os filhos não são os bens patrimoniais nem os diplomas, mas uma vida de moral, de caráter ilibado, acompanhada de uma vida cristã e uma espiritualidade condizente com a Palavra de Deus. A grande tarefa dos pais é se tornar referenciais dignos de serem copiados pelos filhos (Ez 16.44). Os pais devem orientar os filhos de tal maneira que não lhes causem irritação e venham a ficar desanimados. Os pais devem evitar castigos exagerados, punições sem ensino, rigidez excessiva e radicalismo (Ef 6.4; Cl 3.21).

Nenhuma outra criatura servirá como exemplo maior a ser observado pelos filhos do que os próprios pais. Os filhos são observadores natos e estão sempre atentos ao comportamento dos pais, os quais ensinam muito mais com suas atitudes do que por meio de suas palavras. Pais fiéis aumentam e muito as probabilidades de seus filhos também serem fieis, pois esta é uma das formas naturais deles absorverem e refletir o que está ao seu redor. É por isto que a formação moral e espiritual dos filhos tem seu suporte no modelo dos pais. Pais! Precisamos


nos policiar e manter alguns cuidados indispensáveis neste ambiente de aprendizado. Nosso modo de vida, nosso temor a Deus, nossa influência, nossos ensinamentos, nossa fé, e nossos princípios e valores, devem manter-se inabaláveis. Claro que, além disto, também, se faz necessário buscar sabedoria que vem de Deus (Tg 1.5; 3.17) para educar, instruir e estabelecer nos filhos os limites e as questões fundamentais concernentes a sua vida espiritual. Se nós como responsáveis pela criação e educação dos nossos filhos não impormos limites desde cedo, quando em fase mais avançada teremos graves problemas. 3. Deveres que competem aos filhos. A Palavra de Deus ordena aos filhos que, ao casar, deixem seu pai e sua mãe, mas nunca orientou a abandonar os pais (Gn 2.24). Muitos filhos deixam seus pais em asilos ou repousos para velhos ou passando fome com uma vida indigna. É preciso que os filhos pensem também no seu futuro. Os filhos não devem desamparar os pais na velhice deles (Dt 27.16; Pv 23.22), até porque eles também chegarão à velhice. E o que nos ensina a lei da semeadura? (Gl 6.7).

Os filhos ocupam um lugar especial na família. Eles são os responsáveis pela coroação da família, dando sentido de um lar completo. Contudo, a Bíblia diz que eles também têm um papel a cumprir na relação com os pais e dentro da família. Qual é então o papel dos filhos na sua relação com os pais? Segundo as Escrituras cabe aos filhos honrar, respeitar e acatar a correção e a disciplina dos pais (Ef 6.1; Cl 3.20; Rm 1.30; 2 Tm 3.1-5). Se esses princípios forem obedecidos, a família e principalmente os filhos, terá paz e felicidade (Ef 6.1-3). Infelizmente na cultura dos dias hodiernos, alguns princípios, valores e padrões têm sido esquecidos e desprezados. 3.1. Honrar, respeitar e obedecer aos pais. O primeiro mandamento com promessa é para os filhos que honram, respeitam e obedecem aos pais (Ef 6.1-3). Os filhos que assim procedem terão à sua disposição algumas promessas: as coisas irão bem a seu favor, terão uma vida boa e viverão muito tempo sobre a terra, desfrutando da longevidade de dias. Muitos filhos não sabem por que sofrem, mas será que estão obedecendo este mandamento? Não chamem os seus pais de quadrados e retrógrados. Eles também viveram em outra geração e muitos deles não conseguem acompanhar a evolução. Respeite-os como eles são. Os olhos que zombam do pai ou desprezam a obediência à mãe pagarão um alto preço (Pv 30.17). Há a seguinte citação: “Quando teus pais tentarem te ensinar, procure aprender, porque a vida não ensina com o mesmo amor!”. A experiência dos pais enxerga muito além da pista boa e pavimentada que estamos vendo no momento. A experiência dos pais sempre vê a ponte caída lá na frente.

Os principais deveres dos filhos são honrar, respeitar e obedecer aos pais (Êx 20.12). Deus atribui grande importância ao respeito aos pais, de forma que honrar a Ele implica também em honrar aos pais (Êx 21.15-17; Lv 20.9). Os filhos que agem em obediência aos seus pais são abençoados pelo Senhor (Ef 6.2-3). Estes deveres foram corroborados por Jesus (Mt 15.3-9; Mc 7.6-13) e ensinados por Paulo como doutrina para nós cristãos (Cl 3.20; Ef 6.1-3). Mesmo que esteja em situação de superioridade, os filhos jamais devem desprezar seus pais (1 Rs 2.19), pois o desprezo se torna uma desonra e pode custar um alto preço (Mt 15.5; Pv 19.26; 30.17). Portanto, obedeça e respeita seus pais como eles são.


3.2. Ser orgulho para os pais. Os filhos devem se comportar de tal maneira que levem seus pais a se sentirem felizes pelos filhos que têm. O filho sábio alegra o pai, mas o insensato é a tristeza da mãe (Pv 10.1). Há filho que amaldiçoa seu pai e não bendiz sua mãe (Pv 30.11). Os pais podem fazer de tudo que eles não os chamam bem-aventurados (Pv 31.28ª). Os filhos não podem entristecer e ser vergonha para seus pais, se entregando às aventuras perigosas deste mundo, principalmente naquilo que os pais não ensinaram. E, se os pais fizeram diferente, os filhos podem mudar a história da família e seguir por outro caminho mais digno. Se os meus pais erraram, não preciso errar também! O apóstolo Paulo menciona três motivos para que os filhos sejam obedientes aos pais. São eles: a natureza, a lei e o Evangelho. Em primeiro lugar, a obediência dos filhos aos pais é uma lei da própria natureza (Ef 6.1), pois é o comportamento padrão de toda a sociedade. Em segundo, é uma lei (Ef 6.2-3). Honrar pai e mãe é honrar a Deus (Lv 19.1-3). Resistir a autoridade dos pais é insurgir-se contra a autoridade do próprio Deus. Por último, o Evangelho (Ef 6.1) Os filhos devem obedecer aos pais porque eles são servos de Cristo. Os filhos devem obedecer aos pais por causa do relacionamento que têm com Jesus Cristo.

Filhos que escolhem o caminho da obediência tornam-se para os pais motivos de orgulho e de alegria. Não existe sentimento mais agradável aos pais do que a sensação do dever cumprido; da alegria de vê-los firmados na fé; da convicção de que os valores mais importantes foram incorporados ao desenvolvimento moral, mental e espiritual; da formação de um bom caráter e de hábitos bons e úteis à família, à igreja e à sociedade. Isto com certeza cimentam no coração dos pais uma imensa satisfação e orgulho. Por outro lado, não existe sentimento mais triste e doloroso do que ver nossos filhos sendo motivos de preocupação e de vergonha (Pv 10.1). 3.3. Acatar a correção e a disciplina dos pais. Os filhos precisam entender que há normas e princípios para obedecer. Onde não tem regulamento, tudo vira “bagunça”. No passado, os pais corrigiam os filhos e eles os respeitavam (Hb 12.9-11). Isso não deve mudar. O filho tolo despreza a correção do seu pai (Pv 15.5), mas o filho sábio ouve a correção (Pv 13.1). Muitos filhos são incapazes de reconhecer o esforço e trabalho dos pais para cria-los. Não agradecem o que fizeram ou o que fazem até os dias de hoje. Os pais se preocupam com os filhos até depois de casados. Alguns só passam a valorizar os pais quando casam e têm filhos, pois veem e sentem o peso da responsabilidade. Infelizmente, alguns só valorizam seus pais quando eles morrem. Você que viver dias felizes? Zele, cuide, honre e obedeça aos seus pais!

Já dizia o sábio pregador: “O filho sábio ouve a correção do pai, mas o escarnecedor não aceita a repreensão” (Pv 13.1). Em outro texto ele volta a afirmar: “O tolo despreza a correção de seu pai, mas o que observa a disciplina prudentemente se haverá“ (Pv 15.5). Os filhos precisam entender que, em tudo na vida, há normas e princípios bíblicos a serem seguidos e obedecidos, e que há limites para tudo. Muitos filhos não sabem por que sofrem, mas é fácil descobrir: quebraram o mandamento bíblico e perderam a oportunidade de serem abençoados (Pv 20.20). Nada dá certo para um filho desobediente que não ouve os pais, que não aceita conselhos e anda pela sua própria cabeça.


Conclusão. Quando o casamento segue as orientações da Palavra de Deus e é regulamentado pela mesma, não têm como dar errado. Se cada um fizer a sua parte, fica mais fácil promover a felicidade e a integração dos membros no lar. Quando honramos a família, honramos o próprio Deus que a instituiu.

A Bíblia é o manual por excelência da família (Cl 3.18-21). O sucesso do convívio entre marido e mulher, pais e filhos, requer além de estar na presença de Deus, que cada um cumpre a sua função e o seu papel dentro da família. O Salmo 128.1-4 diz: "Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor!” Questionário. 1. Cite um dos deveres do marido. R: O marido deve amar a esposa como a si mesmo (Ef 5.28-33). 2. Cite um dos deveres da mulher. R: A mulher deve respeitar o marido na sua missão (Ef 5.33; 1Tm 3.11; Tt 2.4-5). 3. Cite um dos deveres que compete aos pais. R: Criar os filhos na admoestação do Senhor (Ef 6.4). 4. Qual o papel dos filhos? R: Honrar, respeitar e obedecer aos pais (Ef 6.1-3). 5. Como a Bíblia chama o filho que não aceita a correção de seu pai? R: A Bíblia chama de tolo (Pv 15.5).


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