Lição 7 levitas ontem e hoje a crise de identidade

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Lição 7 Levitas ontem e hoje: a crise de identidade. 13 de novembro de 2016. Texto Áureo 2 Crônicas 29.5 “E lhes disse: Ouvi-me, ó levitas; santificai-vos, agora, e santificai a casa do Senhor, Deus de vossos pais, e tirai do santuário a imundícia.” Verdade Aplicada A verdadeira motivação dos levitas era o serviço da casa de Deus. Objetivos da Lição Observar a confusão generalizada que se faz com a palavra levita; Compreender quem eram os levitas verdadeiros; Aprender a importância de servir ao Senhor em Sua Casa. Glossário Apático: Insensível, preguiçoso; Bizarro: Excêntrico, esquisito; Síndrome: Conjunto de sintomas, caracterizando determinada doença. Leituras complementares Segunda Nm 3.5-13 Terça 1Cr 15.11-16 Quarta Lc 10.30-37 Quinta Gl 5.1-15 Sexta Hb 5.1-14 Sábado Hb 7.11-28 Textos de Referência. 2 Crônicas 29.1-4, 11. 1 Tinha Ezequias vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar, e reinou vinte e nove anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Abia, filha de Zacarias. 2 E fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo quanto fizera Davi, seu pai. 3 Ele, no ano primeiro do seu reinado, no mês primeiro, abriu as portas da casa do Senhor e as reparou. 4 E trouxe os sacerdotes e os levitas, e os ajuntou na praça oriental, 11 Agora, filhos meus, não sejais negligentes, pois o Senhor vos tem escolhido para estardes diante dele para os servirdes, e para serdes seus ministros, e queimardes incenso. Hinos sugeridos. 306, 322, 505. Motivo de Oração Ore para que os jovens do nosso país sejam fortemente impactados com a Palavra de Deus. Esboço da Lição Introdução 1. Semelhanças e diferenças. 2. Levita como maca de legitimidade. 3. Redescobrindo o servir. Conclusão


Introdução Na atualidade há um verdadeiro frenesi levítico. Uma proliferação exacerbada de gente se autodenominando “levita”. Nessa nova mania há um disfarçado e perigoso pluralismo – todas as formas, pouca verdade.

Há um grande equívoco histórico-cultural enraizado na mente de alguns crentes e ministros de louvores levando-os a se autodenominarem levitas. No Novo testamento não há qualquer menção de que pessoas que realizaram algum trabalho na obra de Deus passaram a ser chamados de levitas. Nosso objetivo não é necessariamente condenar alguém pelo uso do termo, mas, apenas mostrar que o seu uso deliberado pode trazer algumas distorções teológicas perigosas, como supervalorizar o Sacerdócio Levítico e renegar a de ordem superior, por quem vem a perfeição (Hb 7.11-24). Quem eram os levitas descritos na Bíblia? Como estava organizado o Ministério Levítico? Que ligações possuem os levitas descritos na Bíblia com os ministros de louvores, cantores ou músicos atuais? Estes são alguns dos questionamentos que precisam ser respondidos durante o estudo desta lição. 1. Semelhanças e diferenças. O que impera no desespero levítico da atualidade é uma tentativa infantil de imitação barata de algo que já teve seu tempo histórico definido. Na Palavra de Deus, levita não era quem queria ser, mas quem nascia servo!

Há poucas semelhanças e muitas diferenças entre o exercício do Ministério Levítico do Antigo Testamento e o do “Ministério Levítico” dos cristãos atuais. Teologicamente falando, não existe nenhuma ligação entre estes dois grupos, quer seja no seu aspecto estrutural ou organizacional. A verdade é que o Ministério Levítico era amplo em suas atribuições e atividades e abrangia: o serviço no santuário (Nm 3.6; 1 Cr 15.2); o auxilio nos sacrifícios (Jr 33.18-22); no transporte da arca da aliança (Dt 31.9); na responsabilidade com o ensino da lei (Dt 22.10); e, na música (1 Cr 25.1). Fazendo uma análise dos dias atuais, há aqui na música uma semelhança que ligaria um ministério ao outro, entretanto, é preciso que esses músicos que dizem “levitas” devem ter a consciência que ser levita não está restrito só na área da música, mas deve trabalhar na casa do Senhor em todos os departamentos. Devem ser leais, dispostos, peritos, unidos e abraçam a visão do ministério completamente. 1.1. O esvaziamento das palavras. Muitos carregam o nome “levita”, mas a essência – adorador – se perdeu na doença do marketing e na loucura da multidão. Ser levita passou a ser símbolo de uma “espiritualidade elevada”, quase uma espécie de “guru eclesiástico embalado em mantras evangélicos”. O modo de tratar o nome de Deus também sofre impactos dessa crise. O que era reverência absoluta virou uma marca de alta rentabilidade. O nome de Deus está virando marca, moda, mania. O respeito, o temor e a reverência viraram apenas palavras esvaziadas, empoeiradas, esquecidas na banalidade imperfeita do cotidiano evangélico. Atualmente, o que se vê é uma corrida em busca de um status, de uma novidade, de uma forma de “carimbo bíblico” que confira um pouco de autoridade. Ser levita hoje é sinônimo de uma abertura quase exclusiva para cânticos, enquanto o que mais carecemos é de um retorno urgente à Palavra de Deus. As semelhanças dos levitas de ontem e os de hoje são secundárias (o nome, uma ou outra vestimenta, etc.), as diferenças são fundamentais (já não há o amor pelo servir, muito menos uma vida consagrada exclusiva). O mandamento de Deuteronômio 5.11: “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão”, era regra de vida para os antigos (e verdadeiros) levitas. O termo “Deus” não é um enfeite verbal para dar ênfase religiosa aos nossos discursos. Quando reduzimos o nome de Deus a um nome entre tantos outros, também nos


reduzimos, nos despersonalizamos. O mandamento termina com uma séria advertência: “porque o Senhor não terá por inocente ao que tomar o seu nome em vão.”.

Levita é uma pessoa consagrada para trabalhar na obra do Senhor, não somente na área da música, mas em todos os serviços referente a casa de Deus. Entretanto, na atualidade parece que algumas pessoas não se dão conta dessa verdade. Pois muitos dizem ser “levita”, porém não são adoradores verdadeiros. Gostam de serem chamados de levitas, mas não está disposto a ouvir alguém chamar de servos. Logicamente, não estou generalizando, porque sei que existem aqueles que são sinceros, que têm compromissos nos trabalhos da obra do Senhor nos variados departamentos e buscam tão somente louvar e adorar a Deus. Há cantores “levitas” que por causa do sucesso querem ser tratados como “estrelas gospel”, mas se formos observar as letras de suas composições são totalmente vazias de conteúdo da Palavra de Deus, erros teológicos, palavras que não edificam em nada a vida do cristão e até mesmo paródia de músicas mundanas estão sendo tocadas em nossas igrejas. Esses que assim o fazem, infelizmente, não considero adorador “levitas”. Pois não têm nenhuma reverência ao nome de Deus, se preocupam mais com o sucesso individual do que agradar a Deus. O louvor deve engrandecer as obras de Deus, anunciar seus feitos, reconhecê-lo como doador da vida e de todas as coisas boas. 1.2. Semelhanças técnicas, diferenças teológicas. Em nome de um certo preciosismo, perde-se a teologia da alegria. Canta-se o absurdo. A epidemia pirotécnica dos shows inverte os valores. O show foi bom se juntou uma multidão esfuziante e não se houve mudança de vida e coração. O sucesso vem antes da teologia. Essa ausência de sentido num tempo marcado por ilusões gera uma outra tribo de levitas: os levitas estrelares! Vivemos um tempo de gente, como escreveu Brennan Manning: “super espirituais; cristãos musculosos que têm John Wayne como herói, e não a Jesus. Acadêmicos que aprisionam Cristo na torre de marfim da exegese. Gente barulhenta e bonachona que manipula o cristianismo a ponto de torna-lo um simples apelo ao emocionalismo. Místicos de capuz que querem mágica na sua religião. São cristãos “aleluia”, que vivem apenas no alto da montanha e nunca visitam o vale da desolação”. Onde as técnicas imperam, o amor agoniza.

Nós podemos nos envolver com muitas canções que nos deixam do lado de fora do templo, às pessoas estão prontas, mas isso não é necessariamente adoração. O foco, o resultado final de qualquer culto de canções deve ser adoração. O plano é trazer a congregação, trazer as pessoas à presença do Senhor. O louvor que edifica não é aquele que atrai uma grande multidão, onde há gritos, aplausos e muita euforia. De que adianta tudo isso, se não houver arrependimento, transformação de vidas e salvação? A adoração reverente, não é acompanhada de pulos, gritos ou assobios. É introspectiva, é “em espírito”. De espírito para Espírito. Não precisa de coreografias e shows visto nas festas mundanas, pois não tem valor algum na adoração, a não ser afastar a nossa mente do verdadeiro foco da adoração que é Deus. A adoração exige que o adorador se concentre tão somente em Deus. 1.3. Semelhanças físicas, diferenças espirituais. A tentação das aparências, infectada pelo vírus teatral da máscara, gera um conflito: gente que se divide em várias (uma é a que louva enquanto “está” levita, outra é a que existe fora dos horários de culto). Essa duplicidade transforma esses levitas em vítimas de sua própria crise com o espelho. Quando a verdade do que somos é amordaçada pela mentira que mostramos ser, nossa tragédia pessoal está deflagrada. O que mais necessitamos hoje não é de um grupo imenso de


pessoas com roupas judaicas e a estrela de Davi na testa balbuciando termos hebraicos, mas sim, de um grupo de servos, abençoados pela grandeza da simplicidade. Gente que, sem muita invencionice, consegue tocar a majestade de Deus nas alturas. Uma das maiores carências da atualidade é o retorno a Palavra de Deus. Essa sociedade do som faz barulho demais para evitar o exercício do silêncio. Precisamos resgatar a verdade de que não é só de música que um adorador se alimenta, mas sim da Palavra de Deus, que o capacita a louvar. Sem o coração enraizado nas Sagradas Escrituras, todo cântico é apenas melodia sem conteúdo, som sem verdade, ecos de um vazio interior profundamente angustiante.

Se for atentar para a aparência corremos o risco de sermos enganados. Muitos são as pessoas que na igreja tem uma conduta ética, seja ele ministro de louvor, de palavras, de ensino ou mesmo um membro da igreja. Porém, em outros lugares a sua conduta não condiz como um verdadeiro servo do Senhor, espiritualmente está distante de ser adoradores de verdade. Pessoas assim, pode até nos enganar pela aparência física, mas de modo algum engana a Deus que conhece todo nosso ser. Davi por ser um adorador de verdade disse ao Senhor: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos” (Sl 139.23). Samuel, apesar de ser profeta de Deus atentou para a aparência de Eliabe, pensando que era o ungido do Senhor. “E sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe, e disse: Certamente está perante o Senhor o seu ungido” ( 1 Samuel 16.6). Mas Deus o advertiu de que não julgasse pela aparência. Ao decidir pelo aspecto físico, não se observa virtudes individuais que faltam nas qualidades físicas que a sociedade admira. A aparência nâo revela como a pessoa é na verdade ou quais são seus verdadeiros valores espirituais. Muitos adoradores são crentes na igreja, mas fora em outros lugares, têm uma conduta fora do padrão para um cristão. Felizmente, Deus olha para o caráter; não à aparência. É porque Ele conhece o interior do coração. A maioria das pessoas preocupa-se muito com sua aparência externa; elas deveriam fazer muito mais para desenvolver seu caráter. Enquanto todos podem ver o seu rosto, apenas você e Deus sabem como é realmente o seu coração. 2. Levita como marca de legitimidade. O século XXI é escravo das marcas. Tudo tem sua etiqueta. Nessa busca alucinada por legitimidade, muitos optam por nomes artísticos esdrúxulos, polêmicas, ou mesmo alguma atitude bizarra que lhe confira destaque. Outros, com a mesma intenção, utilizam termos bíblicos para si mesmos ou para suas práticas.

O comércio da música gospel é um mercado de disputa acirrada, cantores e cantoras evangélicas em busca de sucesso fazem de tudo para serem reconhecidos, alguns adotam nomes artísticos para se destacarem. Muitos vão à televisão e sentem-se como verdadeiros “astros” e “celebridades”. Alguns esquecem que são apenas servos de Deus. A busca pelo dinheiro, shows e espaço na mídia têm ofuscado a visão de muitos cantores que se dizem “levitas”. Do primeiro amor já não se lembra mais, querem alcançar uma estabilidade financeira como se fosse qualquer outra profissão. 2.1. O problema do ego: a doença da superioridade. Não são poucos os “levitas” que se julgam num patamar de espiritualidade sublime e infinitamente superior aos outros mortais. Gente infectada pelo vírus absurdo da arrogância (1Co 4.8). Essa doença luciferiana do ego é um produto de exportação que o mundo joga na Igreja – e ela abraça – com extrema facilidade. Há levitas que não aceitam ordens de ninguém: dos pais, em casa, ao pastor, ninguém pode confrontá-los. Essa enfermidade do ego é uma espécie de câncer do orgulho, provocando uma metástase que aniquila a humildade. Deus procura servos (Fp 2.3).


Infelizmente, uns utilizam uma infinidade de termos judaicos para si mesmos ou suas práticas; outros usam o termo “levita” para conferir autenticidade à sua suposta vocação. O problema é que, transformar em marca de mercado algo com significado profundamente espiritual, gera um desiquilíbrio de essências e uma tragédia teológica.

A verdade é que existem muitos “levitas” humildes que são verdadeiros adoradores, seus objetivos visam louvar e engrandecer o nome do Senhor. O problema acontece quando alguns se deixam influenciar pela fama, elogios e o sucesso alcançado. Esse momento é delicado, pois se não tiver um coração humilde pode se tornar orgulhosos, alguns já não obedecem a seus líderes, achando-se superiores as demais pessoas. É preciso ter cuidado, o sucesso às vezes é passageiro. É importante que o “levita” seja realmente servo do Senhor e tenha um coração humilde. É muito gratificante ouvir uma música que toca na alma. Nos tempos antigos a harpa de Davi acalmava o coração do rei Saul. 2.2. O perigo da distorção: o desrespeito à Palavra. Um dos maiores erros que um cristão pode cometer e basear suas práticas em versículos isolados das Escrituras. Além de ser um grosso erro hermenêutico, é também a principal razão do surgimento de diversas seitas e heresias. Em Mateus 4, o diabo usa textos isolados para obrigar Jesus a fazer sua vontade. Muitos levitas de hoje, com esse tipo de exercício hermenêutico duvidoso, assumem para si os perigos de adulterarem o texto e o contexto bíblicos, gerando terríveis distorções e confusões. A Bíblia não é um livro para legitimar manias e artimanhas de um indivíduo ou de um grupo específico. Ela é o Livro dos Livros, o espelho que mostra as nossas dores, e assim, confrontando-nos, oferece cura. Quando a Palavra de Deus é distorcida, as heresias começam a nascer.

Ao compor uma música, é de suma importância atentar para letra, ainda mais se tratando de música gospel. Usar a Palavra de Deus de qualquer maneira é agir com falta de reverência ao Senhor. O nome do Senhor não pode ser pronunciado ou “cantado” em vão. “ Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”. (Êx. 20.7). O problema não é só isso, pois como foram ditos pelo autor da revista, eles usam versículos isolados da Bíblia distorcendo de forma grave o sentido da Palavra no texto bíblico, não atentando as regras da hermenêutica. Interpretações erradas são responsáveis pelas seitas e heresias que estão em nosso meio. Precisamos ter mais conhecimento das Escrituras. Jesus Cristo já nos libertou com verdades absolutas.Não podemos continuar vivendo debaixo de ensinos, de músicas ou de qualquer coisa distorcida da Palavra de Deus. “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” ( Ef 4.14-15). 2.3. A crise dos holofotes: o terrível medo do esquecimento. Vivemos num tempo histórico marcado pelo esquecimento. Hoje, o novo dura pouco. Muitos agonizam por medo de não serem notados ou pior, serem descartados. Não são poucos os casos de celebridades do mundo secular que ao caírem no ostracismo, “convertem” e entram na Igreja visando reconstruir seu mundinho particular de aplausos e bajulação. Em busca de legitimidade, criam testemunhos, revelações, visões, profecias e mágicas. Chegam até mesmo a arrastar para si textos e termos bíblicos, num flagrante desrespeito ao sagrado. Essa perigosa inversão produz a tão devastadora idolatria (obra da carne), e com ela, o afastamento da glória (1Sm 4.21). Obcecados pelos holofotes, esses “levitas/artistas” esquecem que somos chamados para ser


“luz” (Mt 5.14), e que, sem a verdadeira luz (Jo 8.12), todo o universo acaba em suas próprias trevas. Precisamos urgentemente entender que não somos chamados para ostentar uma etiqueta levítica, mas para transmitir a verdadeira graça. Quando louvamos com sinceridade de coração, não precisamos colocar nenhum título, nenhuma patente, pois o impacto do louvor verdadeiro é muito mais forte do que a maquiagem técnica. Não é o que sabemos sobre os levitas da Palavra de Deus que nos confere legitimidade, mas sim o quanto amamos o Eterno Deus e a Sua casa. Se a verdade não estiver enraizada no íntimo, toda a fachada será apenas propaganda enganosa- crime! Deus procura homens verdadeiros, honestos. O Senhor Deus prioriza a fidelidade. Não impressionamos a Deus com nossa bela música, pois Ele já tem a perfeita musicalidade celeste. O que mais toca o coração de Deus não são os acordes furiosos de uma guitarra levítica, mas as cordas da alma, tocadas pela habilidade insuperável do Maravilhoso Espírito Santo de Deus.

O mercado da música é muito disputado. Quando um cantor está no auge do sucesso é muito bom, pois se torna o centro das atenções nos meios de comunicações e são vistos como celebridades pela sociedade. Porém, são poucos os que conseguem se firmar por muito tempo fazendo sucesso, com o passar do tempo, alguns são até esquecidos pelas mesmas pessoas que antes aplaudiam. É assim o mundo, no meio artístico, só tem valor enquanto pode oferecer alguma coisa, se não permanecer em destaque não serve mais. Alguns cantores que já não fazem sucesso com músicas mundanas encontram na música evangélica um meio de voltar ao sucesso que já tiveram em tempos atrás. Talvez seja por isso, que a música gospel virou apenas um grande comércio para satisfazer o ego de alguns “levitas/artistas” que vieram para nosso meio, dizendo-se que aceitaram a Jesus como Salvador, mas na verdade, nunca se converteram de coração, não houve mudança de vida. O intuito é apenas de lucrar e voltar a ser visto pela mídia, usam as denominações religiosas e lucram da fé de cristãos. Certamente, Deus não tem agrado nenhum com tais adoradores. “Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído” (Is. 29.13). 3. Redescobrir o servir. Segundo a lei mosaica, os levitas eram chamados para servir. Alguns de seus deveres eram: levar a arca (1Sm 6.15; 2Sm 15.24); realizar vários serviços no tabernáculo (Êx 38.21; Nm 1.5053); servir Arão e seus filhos (Nm 3.9; 8.19). No Antigo Testamento o povo de Israel era formado por tribos. Essas tribos descendiam dos doze filhos de Jacó. Uma das tribos era a tribo de Levi, que era um dos doze filhos de Jacó. Todas as pessoas que faziam parte da tribo de Levi eram chamadas de levitas. O nome levitas, também veio a ser aplicado aos homens que ajudavam os sacerdotes nos serviços do tabernáculo e, mais tarde, no templo construído por Salomão. As atividades dos levitas eram muito amplas em seus trabalhos, diferentemente da forma de pensar em nossos dias, que pensam que levitas só são os músicos. Os levitas eram responsáveis por vários serviços, entre eles o Santuário (Nm 3.6; 1 Cr 15.2); auxiliar nos sacrifícios (Jr 33.18,22); também o transporte da Arca da Aliança; tinha a responsabilidade do ensino da Lei (Dt 31.9; 22.10); na música (1 Cr 25.1) e, no uso da autoridade para abençoar. Assim, percebemos que os deveres dos levitas não se restringiam apenas na música, eles tinham muitas responsabilidades em todos os serviços. Vemos que dentre muitas atribuições como as citadas, os levitas eram os responsáveis direto por tão excelente atitude, a de louvar a Deus. Na ocasião da dedicação do


Templo (1 Cr 7.6), encontramos os levitas fazendo uso dos instrumentos musicais e entoando louvor. 3.1. A vida como serviço ao Senhor. Ser levita não era apenas cumprir uma agenda de trabalhos do templo e voltar para casa como um trabalho braçal sem envolvimento de alma. Era saber que sua vida tinha sida escolhida pelo Deus de Israel. A tribo de Levi devia servir como um substituto de todos os primogênitos do sexo masculino em Israel (Nm 3.11-13). Como todo primogênito da terra e dos animais pertence ao Senhor, Deveriam ser sacrificados a Ele. Porém, como Deus não recebe sacrifícios humanos, Ele recebeu a tribo de Levi como substituta. Um levita em lugar de cada primogênito do sexo masculino em Israel. Os levitas sabiam que suas vidas eram valiosas para o Senhor. O que falta aos levitas de hoje é a consciência de que Deus não quer sacrifícios, mas um sacro-ofício, feito por uma vida íntegra e pura. O rei Davi incumbiu os levitas da música litúrgica e de serem guardas do templo (1Cr 9.26; 15.16-17, 22; 26.17). No tempo do sacerdote Esdras, escriba hábil na Lei de Moisés, os levitas ensinaram a Lei ao povo (Ne 8.7-8). Essa vocação para o serviço precisa ser resgatada urgentemente pelos que se chamam “levitas”, mas que detestam o abençoado exercício de servir.

A tribo de Levi foi escolhida por Deus para o ministério Levítico, por isso, são chamados levitas. Foram separados, santificados, para servir, ministrar as coisas sagradas no Tabernáculo e mais tarde no Templo. “mas incumbe tu os levitas de cuidarem do tabernáculo do Testemunho, e de todos os seus utensílios, e de tudo o que lhe pertence; eles levarão o tabernáculo e todos os seus utensílios; eles ministrarão no tabernáculo e acampar-se-ão ao redor dele.” (Nm 1.50). “levita” é aquele que está disposto a servir na casa de Deus. Todos são responsáveis a cuidar do templo e trabalhar na obra do Senhor. 3.2. Servir por amor. Servir não pode ser apenas produto de uma mecânica decorada, mas deum amor que nos direciona ao outro. Quando o Espírito do Senhor está em nós, amamos o serviço. Estar cheio do Espírito de Deus é estar cheio de amor. Sem o amor, os dons são sem valor (1Co 13). O amor requer os dons como equipamento necessário para o serviço aos outros (Ef 5.18-21).Um levita que não serve, perdeu a essência. Um levita sem amor, nunca foi levita. Um levita que não serve por amor, não pode ser servo de Cristo – o substituto maior! Quando o Espírito Santo de Deus habita em nós, temos comunhão uns com os outros. Aprendemos – com os outros – a ter motivos para louvar e adorar. Não deve existir uma luta de classes, uma hierarquia do louvor, uma categoria superior. Juntos adoramos ao nosso Pai, sob a mesma unção, centrados na mesma Palavra, indo para o mesmo céu e amando-nos com o mesmo coração. Se o princípio da comunhão for adulterado, não pode haver genuína adoração.

De modo algum podemos servi a Deus apenas pelas obrigações na igreja, esse tipo de serviço pode até agradar os irmãos, mas não alegra o coração de Deus. Servir ao Senhor, antes de ser um ato de obediência regrada, tem de ser um ato de amor. Nosso serviço ao Senhor deve ser motivo de satisfação em nossa alma, servimos a Deus porque O amamos acima de todas as coisas. O próprio mandamento bíblico já deixa clara a forma de como servir a Deus. “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e todo o teu pensamento” (Mt 22.37). Nosso trabalho deve ter por fundamento principal o amor, isso em todos os tipos de trabalhos que envolvem a igreja. Nossa adoração e louvor se não for motivado por amor genuíno não alegrará o coração de Deus porque Deus sonda o coração do adorador, Ele sabe se apessoa realmente está oferendo louvor, adoração com sinceridade. Devemos amar a Deus


de todo nosso coração e servir a Ele com alegria e amor, e Ele providenciará tudo o que for necessário para estimular ainda mais este amor em nossos corações. 3.3. Servindo além dos horários de culto. É preciso resgatar a certeza de que o culto não é prisioneiro do calendário. Culto é uma expressão de louvor e gratidão a Deus “em todo o tempo” (Ec 9.8). Deus não está preso às nossas agendas, nossos calendários. Muita gente mantém apenas uma aparência que tem prazo de validade (apenas enquanto o culto é celebrado no templo), com isso, perde a maravilha de servir a Deus na vida. Deus não procura homens e mulheres que só funcionam de congresso em congresso, mas que sabem que foram chamados para o serviço do Mestre em qualquer tempo (2Tm 4.2). Levitas das 19 às 21 horas há em todo lugar, mas gente consagrada em todo tempo é uma raridade que os olhos do Senhor ainda buscam (Sl 101.6). Deus busca levitas dos hospitais, das prisões, dos oprimidos, dos moradores de rua, dos perdidos da vida. Não os levitas do palácio, mas aqueles que conseguem andar nas ruas e enxergar os aflitos. Mais do que nunca, urge a necessidade de levitas que não ignorem os feridos (Lc 10.32). Que o Eterno Deus levante homens e mulheres que amem o serviço do Seu Reino. Os levitas eram designados nominalmente para ministrarem na casa do Senhor segundo a ordenança de cada dia (1 Cr 16.37-42). Ora cantando, ora tocando e ora cuidando da arca. Os levitas devem estar sempre em sintonia com a casa do Senhor e seus ofícios. Hoje, não vivemos literalmente na casa do Senhor para ministrar, mas nós somos o templo do Senhor e assim podemos de forma contínua, mesmo não estando na igreja (templo), podemos ministrar ao Senhor e oferecer sempre o nosso sacrifício. “Por ele, oferecemos sempre a Deus em sacrifício de louvor, isto é o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15). Nosso louvor e adoração não estão restritos a um determinado local, onde quer que estejamos, a qualquer hora, louvamos e adoramos a Deus pela praticidade de nossas vidas. Conclusão. Cristo já cumpriu a Lei. Não somos levitas. Somos servos, gratos a Jesus por ter derrubado os muros das diferenças. Qualquer um pode louvar e adorar. Não há um monopólio. Não precisamos nascer numa determinada tribo para termos acesso ao louvor, só precisamos “nacer de novo” (Jo 3.1-21). Embora, hoje, biblicamente não tenhamos mais levita, pois os levitas pertenciam à tribo de Levi, temos o “ministério” de continuar servindo a Deus. O trabalho do levita é muito importante e cada vez mais deve ser ensinada, tirando-se a falsa ideia de que apenas os músicos são levitas. Os levitas separados por Davi para servirem na casa do Senhor eram quase quarenta mil, contudo, apenas cerca de 3600 eram músicos ou cantores. Isso mostra a imensa deficiência de levitas que temos nas igrejas atuais. Muitos são levitas e não tem consciência disso, outros não são porque nunca foram ensinados sobre como podem ser e não há nada melhor do que ter verdadeiros “levitas” trabalhando na casa do Senhor em todos os departamentos. Questionário. 1. Não são poucos os “levitas” que se julgam num patamar de espiritualidade sublime e infinitamente superior aos outros mortais. Como está essa “gente”? R: Essa gente está infectada pelo vírus absurdo da arrogância (1Co 4.8). 2. Segundo a lição, o que Deus procura? R: Ele procura servos (Fp 2.3). 3. Cite um dever dos levitas.


R: Levara arca (1Sm 6.15; 2Sm 15.24). 4. Quem a tribo de Levi deveria substituir? R: Todos os primogĂŞnitos do sexo masculino em Israel (Nm 3.11-13). 5. O que sĂŁo os dons sem o amor? R: Sem valor (1Co 13).


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