Lição 9 a benignidade é a disposição em fazer o bem a todos

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Lição 9 A benignidade é a disposição em fazer o bem a todos. 29 de maio de 2016 Texto Áureo Lucas 10.35 “E, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele, e tudo o que de mais gastares eu to pagarei, quando voltar”. Verdade Aplicada A benignidade nos capacita a fazer o bem sempre com candura e compaixão. Objetivos da Lição Ensinar que a benignidade é o bem em ação; Mostrar como deve agir o servo de Deus; Revelar como a Igreja deve se portar com benignidade. Glossário Engedrar: Gerar, produzir; Inquiridor: Aquele que indaga, pergunta; pede informações sobre; Magnitude: Grandeza; importância. Leituras complementares Segunda Sl 106.7-10 Terça Jr 29.11 Quarta At 16.24-34 Quinta 1Co 11.1 Sexta Ef 5.1 Sábado Tg 4.17 Textos de Referência. Lucas 10.30-33 30 E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. 31 E, ocasionalmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo. 32 E, de igual modo, também um levita, chegando àquele lugar e vendo-o, passou de largo. 33 Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão. Hinos sugeridos. 8, 198, 200 Motivo de Oração Ore para que a manifestação da benignidade seja constante em sua vida. Esboço da Lição Introdução 1. Benignidade o amor sem medida. 2. Agindo como servo de Deus. 3. Lições práticas. Conclusão. Introdução Nesta lição, estudaremos a benignidade, uma característica do fruto do Espírito Santo que expõe o sentimento de quem expressa o verdadeiro amor de Cristo. Benignidade é o amor sem medida pelo próximo.


A benignidade é a capacidade que alguém, após a transformação do Espírito Santo, tem em se preocupar com o bem estar de seu próximo. É traduzindo pelo prazer em ajudar o seu semelhante independente de quem seja. O benigno não cansa de fazer o bem. O benigno segue o mandamento cristão conforme está escrito “Porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade, aprovando o que é agradável ao Senhor” (Ef 5.9,10). 1. Benignidade: o amor sem medida. Assim como a malignidade é uma característica de quem engendra o mal, a benignidade é uma característica de quem engendra o bem, isto é, o benigno não consegue pensar em fazer mal a ninguém e muito menos praticar tal afronta (Sl 103.8).

O autor da lição informa que o contrário de benignidade é a malignidade. Quem é maligno tem um sentimento interno ruim, ou seja, tem o desejo de fazer mal as outras pessoas, é uma pessoa de natureza maldosa. A pessoa benigna se predispõe a fazer o bem aos outros, não julga precipitadamente, não pensa mal dos outros, busca sempre ajudar a todos sem pensar em receber algo em troca. É importante salientar que a benignidade e a malignidade (bem ou mal) são interiores, estão ligadas ao sentimento, enquanto que a bondade e a maldade (bom ou mau) são qualidades exteriores, falam de ação. Finalizando quem é benigno pratica a bondade e quem é maligno pratica a maldade. 1.1. A benignidade livra da condenação. Quando começamos a desenvolver a benignidade, passamos a olhar os que estão a nossa volta de maneira diferente, pois começamos a aumentar em nós o que chamamos de capacidade de pensar sempre no que é melhor para o próximo (Cl 3.12). Isto quer dizer que aquele que é benigno não magoa e nem provoca dor em seu semelhante, pois não consegue conviver com o sofrimento alheio sem tomar uma atitude, visando o bem-estar do próximo. O benigno age. Ele não espera que o pior aconteça (Lc 10.33-34). Ao relatar a parábola do bom samaritano, Jesus mostrou ao seu inquiridor que nem sempre aqueles que devem fazer o bem o fazem (Lc 10.2532), cometendo assim pecado grave (Tg 4.17). Toda forma de negação em fazer o bem designa um tipo de pecado. No capítulo quatro de sua carta, o apóstolo Tiago adverte que a vida é como vapor, que pode se esvanecer a qualquer momento. Por esta razão, sermos presunçosos, demonstrando que, por nossas qualidades, alcançamos vitória, pois tal postura é característica do maligno (Tg 4.14-16). Fazer o bem é atributo divino adquirido através do amadurecimento do fruto do Espírito Santo (2Co 6.4-6).

Quando a benignidade que, é uma característica do fruto do Espirito Santo, passa a se desenvolver no coração do Cristão, este torna-se uma benção para o seu próximo, porque passa a praticar a bondade e a generosidade levando-o a se preocupar com as pessoas de maneira prática e dinâmica. A parábola do bom samaritano esclarece que o cuidado e a compaixão são intrínsecas a fé salvadora e obediência a Cristo, porque se o cristão diz amar a Deus, deve também amar ao seu próximo. A vida e a graça que Cristo transmite aos que o aceitam produzem amor, misericórdia e compaixão pelos necessitados e aflitos. Esse amor é um dom da graça de Deus através de Cristo. O crente tem a responsabilidade de viver à altura do amor do Espírito Santo ten do, dentro dele, um coração não endurecido. Quem afirma ser cristão, mas tem o coração insensível diante do sofrimento e da necessidade dos outros, demonstra cabalmente que não tem em si a vida eterna (vv. 25-28; 31-37; cf. Mt 25.41-46; 1 Jo 3.16-20). Em Tiago 4,17 afirma: Que aquele que sabe fazer o bem e não o faz comete pecado. Essa pessoa torna-se a pior testemunha contra a si mesmo porque peca


contra a sua própria consciência. Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, e aquele que sabe que não deve fazer o mal e o faz será condenado. 1.2. Vivendo contrário ao mundo. Hoje temos visto através dos meios de comunicações todo tipo de informação. Têm como objetivo nos afastar da centralidade da Palavra de Deus, nos levando em direção ao que o mundo apresenta como sendo o modo de vida ideal (Rm 12.2). Contudo, quando percebemos que não podemos pensar em nada que nos será vantajoso com o prejuízo de outrem, estamos nos aproximando de uma vida onde o fruto do Espírito está amadurecendo. Mesmo sabendo que podemos ter algum prejuízo pessoal, não podemos prejudicar a coletividade. Devemos sempre assumir o prejuízo produzido por nossas ações negativas (Jn 1.11-12). Ser benigno em muitas ocasiões irá exigir de nós uma posição ao lado da verdade. Como já estudamos na lição oito, esta seção do fruto do Espírito nos apresenta três características cada vez mais difíceis de serem encontradas no mundo: longanimidade, benignidade e bondade. Ser fiel, justo e verdadeiro tem se rotulado sinônimo de tolo. Muitos cristãos são incentivados a agirem de forma maliciosa e até mesmo inescrupulosa, causando o prejuízo de muitos (1Pe 2.1). Este tipo de atitude não é nada benigno.

O modo de vida ideal apresentado pelo mundo é totalmente contrário a palavra de Deus, e quem segue por ele afasta-se do seu criador. Em Romanos 12.2 nos é mostrado que as coisas desse mundo e as pessoas que vivem de acordo com ele estão voltadas para o que é mal e que nós cristãos devemos nos transformar através da renovação do Espirito de Deus, progredindo cada dia através da santificação morrendo para o pecado, passando a viver para a justiça cada vez mais. O cristão benigno se interessa pelos problemas dos outros, não se preocupa somente consigo mesmo e procura tratar os outros como Deus o trata e olha o seu semelhante como Deus o olha. O cristão bondoso segue o que Jesus mandou: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12). Em outras palavras, devemos tratar os outros da mesma maneira que Deus nos trata — com misericórdia e graça. 1.3. Agindo de forma benigna. Em Atos 16.24-34, observamos uma expressão da benignidade quando Paulo apresenta ao carcereiro uma oportunidade de salvação. Enquanto o homem queria se matar, o apóstolo lhe apresentou a vida (At 16.28,31). Não uma vida passageira, mas a vida eterna em Cristo. Toda vez que nos prestamos a pregar o Evangelho, estamos agindo de forma benigna, pois o Evangelho para o homem é uma oportunidade de mudança para uma vida melhor (2Co 5.17). Estar com Jesus proporciona ao indivíduo uma experiência diferente de tudo o que ele já viveu, inclusive, desenvolvendo em si os atributos de Deus que foram perdidos no ato do pecado (Rm 3.23). Muitos pensam que ter uma situação financeira equilibrada já é o suficiente para ser feliz, mas nem sempre isso é verdade. Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Mc 8.36). Sabendo disso, o cristão, cujo fruto do Espírito está nele, não pode deixar de apresentar a oportunidade de salvação para todos os homens, independente da posição social a qual tal indivíduo se encontre (Mc 16.15). O servo benigno deve afirmar que sem Jesus não dá para viver, pois uma vida sem Cristo, ainda que com muito dinheiro, é completamente insossa (Mc 8.36).

O Cristão benigno não é egoísta em buscar a salvação somente para si, como ama ao seu próximo também deseja que todos a sua volta sejam salvos, por isso sempre que tem oportunidade prega o evangelho da salvação de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Deus é Benigno e Compassivo (2 Rs 13.23; Sl 86.15; 111.4). Ser compassivo significa sentir tristeza pelo sofrimento doutra pessoa, com desejo de ajudar. Deus, por sua compaixão pela


humanidade, proveu-lhe perdão e salvação (cf. Sl 78.38). Semelhantemente, Jesus, o Filho de Deus, demonstrou compaixão pelas multidões ao pregar o evangelho aos pobres, proclamar libertação aos cativos, dar vista aos cegos e pôr em liberdade os oprimidos (Lc 4.18; cf. Mt 9.36; 14.14; 15.32; 20.34; Mc 1.41; ver Mc 6.34). O mandamento de nosso Senhor foi: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” Mateus 28.19-20. Essa é a missão do Cristão benigno, não importa se todos ouvirão e entenderão a mensagem da salvação o seu dever é a anunciar a palavra, por isso Jesus disse: “quem crer será salvo e quem não crer será condenado” Marcos 16.16. O que realmente importa é que todos ouçam o evangelho conforme Jesus declarou: “Mas importa que o evangelho seja primeiramente pregado entre todas as nações” Marcos 13.10. 2. Agindo como servo de Deus. As características do fruto do Espírito representam os atributos divinos. A benignidade é expressa pelo Criador e precisamos saber como deve agir o servo de deus com o fruto amadurecido.

“Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e que te esqueces da rebelião do restante da tua herança? O SENHOR não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade. Tornará a apiedar-se de nós, sujeitará as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar” Miqueias 7:18 e 19. A benignidade tem muito haver com misericórdia ou compaixão (Efésios 4.32). Esta virtude é uma dimensão do fruto do Espírito que não pode faltar ao cristão (Pv 3.3,4). Quando o cristão tem o fruto amadurecido ele é benigno para com o seu semelhante, a sua benignidade é o comportamento de Deus, que é benigno (Lucas 6.35). Ele é benigno porque Sua misericórdia para conosco não depende de nossa fidelidade ou de nossa gratidão (Tito 3.3,4). 2.1. A fidelidade de Deus O torna benigno. Em todo o tempo que o Senhor se relacionou com o povo de Israel, Ele agiu com benignidade para com eles. Sempre que podia, parte do povo transgredia em relação a Jeová, entretanto, Deus não cessou de cuidar do Seu povo. Mesmo o povo desobedecendo, não sofreu com o abandono por parte do Senhor (Sl 106.43-45). No Salmo 106, o salmista nos mostra o quanto dura a benignidade do Senhor: para sempre. Em nenhum momento, o Senhor irá deixar de estender a Sua mão para os Seus (Sl 106.7-10). Este fato se dá devido à Sua fidelidade, pois não pode negar-se a si mesmo (2Tm 2.13). Se temos em nós o fruto, devemos imitá-lo em tudo (Ef 5.1), expressando a nossa benignidade. Quando começarmos a buscar o amadurecimento do fruto do Espírito devemos estar preparados para lidar com a ingratidão de muitos, pois nem sempre aqueles a quem ajudarmos, isto é, usarmos de benignidade, estarão prontos a reconhecer o favos recebido de nós (Lc 17.17-19). Muitos, sem dúvida, nos abandonarão em tempos difíceis (Mt 26.34, 69-74).

Deus é bom e a sua benignidade dura para sempre. Deus é bom para com a sua criação e a sustenta mesmo quando a humanidade volta as suas costas para ele, porque é fiel a sua promessa. Mesmo quando o povo de Israel pecava e se esqueciam do seu libertador, Deus era longânimo em castigá-los e sempre providenciava vários profetas para levar mensagens de arrependimento para o seu povo. Depois de muitos avisos Ele derramava sua ira sobre o povo e quando eles pediam perdão, Deus estendia a suas mãos para perdoá-los. Deus cuida até dos ímpios e principalmente dos que invocam o seu nome em verdade (Mt 5.45; At 14.17). Deus é compassivo por isso tem compaixão pela humanidade provendo perdão e salvação para todos


os que se arrependem de seus pecados e buscam o seu nome com fidelidade e verdade. Por isso os filhos de Deus devem imitar a Deus sendo benigno e compassivo para com o seu próximo, desejando e fazendo o bem a todos até mesmo aos nossos inimigos. Em Lucas 6:35 Jesus disse: “Amai, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos e maus”. 2.2. Deus sempre quer o melhor para nós. Um dos atributos de Deus em relação a Ele mesmo, isto é, que não pode ser adquirido pela humanidade através de Cristo, é a Onisciência. Isto deveria tornar muito mais difícil para Ele ser benigno para com o homem, pois o fato de ser Onisciente faz com que conheça os pensamentos e os sentimentos do coração da Sua criatura (Sl 39). Mesmo assim, o Senhor está sempre agindo de benignidade para com o indivíduo. Podemos dizer que ser benigno é estar sempre disposto a fazer o bem. Este é e sempre será um posicionamento a ser tomado pelo Senhor em relação à humanidade. Os pensamentos de Deus em relação ao homem sempre serão os melhores possíveis (Jr 29.11). Ao aceitarmos Jesus como Salvador, passamos a ser participantes da natureza de Cristo e, através d’Ele, automaticamente da natureza de Deus. Se formos participantes da natureza do Pai, temos por obrigação buscar o amadurecimento do fruto e passar a expressar benignidade pelo próximo, independente do que ele pensa a nosso respeito (2Ts 3.13). Expressar benignidade é uma característica exigida daquele que recebe o fruto do Espírito Santo, pois fazer o bem aos que nos fazem bem não é mérito algum, pois os ímpios também agem assim (Lc 6.33).

Deus em sua Onisciência conhece todos os pensamentos do coração do homem, antes mesmo que o ser humano venha a pecar ele já sabe, mas mesmo assim continua agindo com paciência com a sua criatura. Deus em sua longanimidade tolera com paciência as iniquidades do ser humano esperando que ele se arrependa (Êx 34:6 e Sl 103:8). Os homens em sua caminhada cometem vários tipos de pecados, falham constantemente e praticam varias atitudes errada, mas mesmo assim Deus se mostra longânimo diante dos erros humanos aplicando a sua paciência e misericórdia e exercendo a sua paciência por que quer o melhor para nós. A paciência ou longanimidade de Deus são exercidas com objetivo de manifestar a Sua misericórdia e salvação para com os homens (1Tm 1:16;1Pd 3:20 e 2Pd 3:15). Pelo fato de Deus querer o melhor para nós, devemos como cristãos amadurecidos no fruto do Espirito desejar também o melhor para os nossos irmãos, não pensando ou julgando mal quem quer que seja, sempre sendo benigno e longânimo e exercendo a paciência em Cristo Jesus para com o nosso semelhante. 2.3. Um plano de redenção através da benignidade. O texto de Lucas 19.10 nos mostra que a vinda do Filho do Homem se deu para que Ele alcançasse quem havia se perdido. O homem se perdeu por escolha própria, mas ainda assim o Criador, por Sua infinita benignidade, projetou um plano para que a humanidade tivesse uma nova chance de salvação (Jo 3.16). Este plano demonstra o tamanho amor de Deus expresso pela Sua tremenda benignidade. Ao entregar Seu único Filho para morrer pelos pecados de toda humanidade, o Senhor demonstrou o quanto é benigno para com o homem e o quanto está disposto a fazer para tê-lo de volta à comunhão com Ele (Jo 3.16-17). O projeto de Deus nunca é condenar, mas sempre salvar (Jr 29.11). Ser benigno exige do indivíduo uma posição de brandura em relação ao próximo. Muitas vezes não sabemos o que os outros estão pensando a nosso respeito, ou até mesmo se estão tramando algo contra nós. Entretanto, devemos sempre estar dispostos a perdoar qualquer tipo de ação negativa que possa vir em


nossa direção (Mt 6.12). Ser benigno é também ter o cuidado em relação aos julgamentos que fazemos dos outros, pois da mesma maneira que julgarmos poderemos ser julgados (Mt 7.2). Assim como Cristo não veio para julgar, nós devemos sempre estar prontos a oferecer uma oportunidade ao próximo.

O Deus todo poderoso pela sua benignidade e sua infinita graça, mesmo o homem tendo se perdido por conta própria, criou um plano de salvação para a humanidade e para isso entregou seu Filho Unigênito a morte de cruz para que todos os que cressem e que se arrependesse fossem salvos. Pela sua benignidade a salvação é recebida através da graça e isso é um dom de Deus. Conforme está escrito em Efésios 2.8-9 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras,para que ninguém se glorie”. Através de sua benignidade o homem tem esperança de salvação, que é pela graça. Deus nunca abandonou o homem porque é clemente e misericordioso e por isso o busca salvar. Nos textos sagrado estão cheios de passagens que demonstram o quanto Deus é benigno para com o homem (Sl 36:5; 86:6; 94:18; Tt3:4) e essa benignidade é demonstrada através de nosso Salvador Jesus Cristo quem exemplificou essas qualidades. Jesus em sua passagem pela terra sempre foi muito amável para com o homem principalmente para com os mais fracos, assim nós cristãos devemos ser seu imitador agindo conforme Ele agia, pois uma característica do fruto do Espirito é ser longânimo e benigno para com o nosso próximo, absorvendo as qualidades transmitidas por ele através de seu Espirito Santo. 3. Lições práticas. O fruto do Espírito foi entregue à Igreja para que essa fosse educada e orientada acerca do seu posicionamento em relação à sociedade. Sendo assim, a Igreja não pode se deixar influenciar por pseudoverdades apresentadas pelo diabo (Jo 10.10).

Deus chamou os cristãos para que fossem diferente do mundo e os membros da igreja que são participantes do corpo de Cristo precisam ter um comportamento diferente das pessoas que não conhecem a luz. Em Efésios 4:1 o apostolo Paulo diz: “Rogo-vos, pois,eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação, a que fostes chamados”. Ele quer dizer que os cristãos nascidos de novo através do fruto do Espírito precisam de algumas características diferente do mundo, como tendo longanimidade e a benignidade para com o próximo, andando de modo digno da vocação para qual fomos chamados. 3.1. Igreja, distribuidora do fruto. A Igreja de Cristo, através de seus membros, deve ser um canal, isto é, um instrumento de Deus na face da Terra, para que todas as características do fruto do Espírito sejam expressas em favor da sociedade. Por mais perseguida que seja, a Igreja deve estar sempre aberta aos que perseguem (Rm 12.14). A nossa glorificação depende da nossa capacidade de expressarmos as características do fruto em sua totalidade (2Tm 2.11). Não basta ser membro da igreja, é necessário estar integrado ao Corpo (1Co 12.27). Se uma postura é exigida da Igreja, que é o Corpo de Cristo, nenhum membro deste Corpo pode ir de encontro a esta postura exigida por Ele. A busca pelo amadurecimento do fruto é imprescindível para nos tornarmos membros do Corpo (Ef 4.12).

O apóstolo Paulo declara que devemos andar de modo digno da vocação para a qual Deus nos chamou, devendo nos esforçar para preservar a unidade do Espírito (v.4). A igreja unida irá demonstrar as características do fruto do Espirito através de suas ações para com a sociedade, sendo longânimos e benignos além de outras virtudes cristãs, tendo um sentimento de boa vontade até para os que nos perseguem, abençoando a todos com as nossas orações,


palavras e ações. Todos os cristãos que se unirem a Cristo e as Suas verdades e caminhos, certamente terão no porvir a recompensa por tudo o que fizerem neste mundo. Todos nós devemos buscar o amadurecimento do fruto do Espirito para que possamos conquistar um estado espiritual ordenado em Cristo e com isso possamos contribuir para o bem de todos e da igreja. Com isso poderemos pregar as maravilhas do evangelho e executar com êxito as nossas funções ministeriais. 3.2. Uma árvore boa dá bons frutos. A benignidade é uma característica de quem deseja o bem. Ela é um sentimento profundo que habita o interior do servo fiel. Sempre que um servo do Senhor for confrontado, ele deve demonstrar a essência de seus sentimentos. No Sermão do Monte, vemos Jesus ensinando que não existe a menor possibilidade de uma árvore boa produzir frutos maus e uma árvore má produzir frutos bons (Mt 7.18). Logo, se recebemos o fruto do Espírito, cabe a nós buscar o seu amadurecimento para que possamos fornecer o que existe de melhor da parte do Senhor para a humanidade (Ef 4.12-13). Amadurecer o fruto não é uma tarefa fácil, por isso devemos cada vez mais estreitar a nossa comunhão com o Criador através da oração e da leitura da Palavra de Deus. Descontrolado dos meios de comunicação tem afastado muitos da prática salutar da oração e da leitura bíblica. É necessário que sejamos observantes em relação ao nosso posicionamento enquanto Igreja acerca de assuntos polêmicos e contraditórios que têm invadido as igrejas, trazidos por informações veiculadas pela Internet e outros meios de comunicação (Mt 11.6). Em muitos casos tiramos conclusões precipitadas de fatos sem nenhuma comprovação. A benignidade também é expressa quando não fazemos juízo temerário sobre ninguém (Mt 7.1).

Muitas vezes a igreja local onde os irmãos congregam tem a sua unidade perturbada, e às vezes chegam a serem destruídas por membros que negligenciam as recomendações bíblicas. Esses membros não desenvolveram as boas práticas cristãs de estudarem a Palavra e de orar, por isso não promoveram o amadurecimento do fruto do Espirito em seu interior, tornando-se presas fáceis do inimigo de nossas almas. Quantas vezes a unidade da congregação é abalada por membros que julgam mal, condenam sem antes saberem o que realmente ocorreu, promovem dissensões e divisões. Os irmãos para produzirem bons frutos precisam estar cheios de unção do Espirito Santo tendo dentro de si o fruto amadurecido, com isso saberão amar a todos até mesmo daqueles que falam mal de nós, que desejam a nossa derrota e nunca encontra algo bom em nós. 3.3. A manifestação do caráter de Deus. Ao recebermos o fruto do Espírito, passamos a ter compromisso em relação à sociedade (2Ts 3.13). O fruto do espírito no cristão é a manifestação do caráter de Deus. Sendo assim, quando nos apresentarmos publicamente, principalmente diante dos indivíduos que ainda não se decidiram em seguir a Cristo, devemos expressar toda a magnitude do fruto através de nossos atos, presenteando a todos com essa maravilhosa dádiva do Criador (1Jo 3.18). Algo que não pode ser desprezado é a oportunidade de mostrar a transformação promovida pelo amadurecimento do fruto na vida do cristão. Ao escrever para a igreja na cidade de Corinto, o apóstolo Paulo os encorajou que fossem seus imitadores como ele era de Cristo (1Co 11.1). As características do fruto devem ser desenvolvidas a ponto de causar desejo em todo cristão de tê-las maduras em sua vida (Ef 5.22-23).

O fruto do Espirito é uma obra espontânea do Espirito Santo em nosso interior, que ocorre com o crescimento gradual da vida e natureza do Senhor Jesus Cristo dentro de nós. Quando


o fruto do Espirito está amadurecido dentro do Cristão o caráter de Cristo pode ser contemplado nele em qualquer lugar em que esteja, seja na rua, no lar, no trabalho, nos relacionamento familiar e com o seu próximo. Em 1 Pedro 1:15,16, o Apostolo Pedro conclama a todos que sejamos santo porque aquele que nos chamou é Santo e todos devemos imitar a ele. Quem anda em Espírito não cumpre os desejos da carne, pelo contrário, o seu principal desejo é viver como Jesus, agindo como Ele, e refletindo o seu caráter. Todos os cristãos devem ter a glória do Senhor o que significa experimentar a sua presença, o seu amor, a sua justiça e o seu poder através da oração e do Espírito Santo, quando permanecer n'Ele e na sua Palavra. Isto resulta em sermos transformados à sua semelhança (4.6; cf. Cl 1.15; Hb 1.3). Na presente era, essa transformação é progressiva e parcial. Porém quando Cristo voltar, a nossa transformação será completa (1 Jo 3.2; Ap 22.4). Conclusão. Ser benigno é ter a capacidade de entender o momento do próximo sem agir com intolerância. É saber que em muitas situações o indivíduo não está bem e sujeito a atitudes extremas. Entretanto, a postura do cristão deve ser sempre digna de admiração, assim como Jesus disse que deveria ser (Mt 5.16).

Irmãos a benignidade é um dom que vem de Deus e todos nós precisamos desenvolver esse fruto do Espirito seguindo o exemplo de Jesus Cristo ajudado pelo Espírito Santo. Precisamos colocar diariamente a benignidade em prática, transformando-a em ação para com todos os nosso semelhantes, tratando e amando cordialmente com amor fraternal nossos amigos e inimigos, imitando a benignidade de Deus. Agindo assim, estaremos refletindo o caráter de Cristo Jesus através da manifestação do fruto do Espírito dando sinais reais e prático de amadurecimento. A salvação é pela fé, mas os cristãos benignos praticam as boas obras, porque é um sinal do amadurecimento dos frutos do Espirito. Conforme pede o apóstolo Paulo nós devemos imitar e benignidade de Deus. Questionário. 1. O que podemos observar em Atos 16.24-34? R: Uma expressão da benignidade (At 16.24-34). 2. O que Lucas 19.10 nos mostra? R: Que a vinda do Filho do Homem se deu para que Ele alcançasse quem havia se perdido (Lc 19.10). 3. Qual é o projeto de Deus? R: Nunca condenar, mas sempre salvar (Jr 29.11). 4. O que a Igreja é na Terra? R: Um instrumento de Deus (2Tm 2.11). 5. O que Jesus ensina no Sermão do Monte? R: Que não existe a menor possibilidade de uma árvore boa produzir frutos maus e uma árvore má produzir frutos bons (Mt 7.18).


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