Lição 9 Compreendendo a Lei da Semeadura. 29 de novembro de 2015. Texto Áureo Gálatas 6.7 Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Verdade Aplicada A diferença entre pessoas de sucesso e as outras é a percepção e a atitude que tomam diante daquilo que Deus coloca em suas mãos para administrar. Objetivos da Lição Ensinar como as ações no mundo físico repercutem no mundo espiritual; Mostrar a fonte de nossas bênçãos e o que Deus observa no ato da oferta; Esclarecer os segredos da provisão divina e seu crescimento, a correta motivação para uma semeadura e o que devemos semear. Glossário Princípio: regra, lei, fundamento: Quesito: interrogação, requisito; Primícias: os primeiros frutos. Leituras complementar: Segunda Fp 4.10-20 Terça Dn 5.27 Quarta Gl 6.7-10 Quinta Pv 3.9, 10 Sexta Lc 12.21 Sábado Mt 19.21. Textos de Referência. 2Coríntios 9.8-11 8 E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda suficiência, abundeis em toda a boa obra, 9 Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; A sua justiça permanece para sempre. 10 Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça; 11 Para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se deem graças a Deus. Hinos sugeridos. 107, 438, 577. Motivo de Oração Ore para que as sementes lançadas em boa terra venham a frutificar. Esboço da Lição Introdução 1. Entendendo as leis do dar. 2. Princípios da contribuição financeira. 3. Os segredos de uma boa colheita. Conclusão
Introdução Todas as nossas ações no mundo físico têm repercussão no mundo espiritual. A lei do “dar” não está relacionada apenas com o aspecto financeiro, ela se relaciona a todas as áreas da nossa vida (Mt 7.1, 2; Lc 6.37, 38).
Estudaremos nessa lição, um dos assuntos mais ministrados pelos pregadores na atualidade: “A Lei da Semeadura”. Porém, um dos menos estudados exegeticamente, principalmente nas Igrejas Neopentecostais e pentecostais, onde há uma grande dificuldade de achar trabalhos científicos nesse assunto. Colhemos segundo a medida que semeamos. Portanto, abordaremos sobre a correta visão bíblica de como a lei da semeadura está relacionada em todas as áreas da nossa vida. “Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos” (Sl 126.6). Colhemos segundo a medida que semeamos. 1. Entendendo as leis do dar. Se desejarmos boas repercussões, devemos fazer boas ações. É evidente que esse princípio tem uma vida aplicação muito mais ampla em nossa vida, pois tudo o que fazemos é um investimento na carne ou no Espirito (Gl 6.7, 8). Trataremos agora em como o nosso dar se relaciona com a justiça de Deus.
A medida ou a importância do nosso plantio será a medida ou a importância da nossa colheita. Entretanto, inserido na lei da semeadura existe um princípio: “A lei do dar”, que está relacionado com a justiça de Deus. “Mas, para o que semeia justiça, haverá galardão certo” (Pv 11:18b); E em Tiago 3.18 “Ora, é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que promovem a paz”. Sendo assim colhemos o que plantamos, e o que nós plantamos vai voltar para nós, e nos tornamos o que nós praticamos. 1.1. Comer ou plantar? Tudo o que investimos no Reino de Deus é comparado a uma semeadura e, muitas vezes, não semeamos porque não conhecemos a repercussão espiritual de uma semeadura (Lc 12.21; Mt 19.21). Existem pessoas no Corpo de Cristo que reagem de diferentes maneiras diante de um elemento que Deus lhes dá. Alguns fazem a opção correta de plantar a semente, outros simplesmente a comem. Lamentavelmente, a grande maioria de cristãos ao redor do mundo conhece apenas a parte do cristianismo que destila provas e decepções por não saber discernir e fazer bom uso das coisas que Deus coloca em suas mãos. Pergunte aos alunos qual é o segredo dos vencedores. Por que, não importa o que façam, parece que somente com sua presença as coisas mais impossíveis se tornam realidade? Explique para eles que a diferença entre pessoas de sucesso e gente medíocre é a percepção e a atitude que tomam diante das coisas que Deus coloca em suas mãos para administrar. Merece ser destacado que é preciso orar, interceder, mas é preciso também agir. Esdras deveria chorar e lamentar pela situação do povo, mas deveria também agir (Ed 10.4). Neemias orou bastante, mas também agiu (Ne 4.9, 16; 13.25). “Eu quero colher, mas o que estou fazendo para que este sonho saia do mundo da abstração e concretize-se no real?”
Dentre todas as coisas que há de investimentos no reino de Deus, escolhemos para estudar o principal princípio da semeadura “O DIZIMO”. Tem pessoas que não valorizam o que Deus coloca em suas mãos, reclamam pela quantidade (diz ser coisa pequena), qualidade (diz ser coisa ruim), chegam até murmurar. E falando em murmuração é bom observarmos que esse ato é o mesmo que dizer para Deus que ELE é “incompetente, incapaz”; Com isso querem colher muito, mas não tem “ATITUDE DE FAZER”, pegar o “POUCO”, ou essa “COISA RUIM”
que tem, (isso na pouca visão espiritual, daqueles que acham pouco, pequena ou ruim), e transformá-lo em muito. 1.2. O dar como princípio de gratidão. O ato dar se relaciona com um princípio de amor que redunda como gratidão pela graça recebida (2Co 9.8). O dar como gratidão funciona bem, mas precisamos anexar a esse sentimento mais duas formas, que são: o dar como honra e o dar baseado na justiça de Deus (Pv 3.9, 10; 2Co 9.9, 10). A honra não busca receber nada. Ela compensa a gratidão recebida e a justiça é o reconhecimento divino baseado em nossa atitude de crer naquilo que somente Ele pode fazer. Ofertar não é algo que fazemos, mas algo que somos. É um estilo de vida para o cristão que compreende a graça de Deus. Além disso, a graça de Deus enriquece o servo do Senhor, moral e espiritualmente, de modo que cresce em caráter cristão. Explique para os alunos que, assim como temos leis físicas que governam o universo, Deus estabeleceu leis espirituais para governar as nossas vidas. Essas leis fazem com que todas as nossas ações no mundo físico tenham repercussão no mundo espiritual. Ressalte para eles que a lei do “dar” não está relacionada apenas com o aspecto financeiro, ela se relaciona a todas as áreas da nossa vida (Mt 7.1, 2; Lc 6.37, 38).
Porém, algumas vezes Deus dá bênçãos físicas e materiais para aqueles que são benevolentes, mas essas bênçãos não são apenas garantidas para essa vida, mas Jesus deixou bem claro, que a nossa “garantia ou o que está garantido” é espiritual na eternidade, por isso nos evangelhos esta registrado em Lc 6.20 “Então olhando ele para os seus discípulos, disse-lhes: Bemaventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus”. Jesus deixou transparente para não andarmos ansiosos pela vida Mt 6:25-34. E confirmado em Mateus 6.19-21: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”. Observando que o Espírito Santo é a única bênção “GARANTIA/GARANTIDA” dada a todo crente durante a sua vida nesta terra (Ef 1.14; 2 Co 5.5; 2 Co 1.22). 1.3. A justiça compensatória de Deus. A justiça de Deus é simbolizada por uma balança onde as nossas obras são pesadas (Dn 5.27). A balança tem dois lados. De um lado estão as nossas obras, do outro, o que Deus coloca para nos abençoar. Se colocarmos bastante de um lado, Deus se vê obrigado a colocar bastante do outro lado por causa da Sua justiça (2Co 9.10). Se colocarmos muito na balança das obras, Deus também não faz por menos (2Co 9.6). Quem planta pouco colhe pouco. Nossas ações determinam a quantidade da colheita. Esclareça para os alunos que o agricultor que planta muitas sementes terá maior probabilidade de colher uma safra abundante. Comente com eles que o investidor que coloca uma grande soma de dinheiro no banco, sem dúvida, receberá mais dividendos, Reforce para eles que, quanto mais investirmos na obra do Senhor, mais frutos teremos (Fp 4.10-20).
Quando o Apostolo Paulo escreve aos coríntios sobre a semeadura, escreve não no “campo” dos investimentos dos negócios, mas no “campo” do reino espiritual (ETERNIDADE). É o que afirmou em 2 Coríntios capítulo 9 no verso 6 “E isto afirmo: aquele que semeia pouco , pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará”. Nessa passagem observamos que ela é uma “metáfora agrícola” onde o Apostolo Paulo compara “um fazendeiro que planta muitas sementes e no final recolhe uma boa quantidade, e que um pequeno plantio vai resultar numa colheita proporcionalmente menor”. Ele estava certificando
aos crentes de Coríntios que Deus não faria vista grossa a benevolência/generosidade deles (EM DAR), e estava mostrando a eles que ao (DAREM DE BOA VONTADE) estavam honrando a Deus ao imitar a sua misericórdia. Paulo mostrou o tamanho do amor de Deus para com os que ofertassem (não estamos falando nem especificando uma oferta apenas em dinheiro) e sim de um modo geral, nisto ele escreveu no verso 7: “Deus ama a quem dá com alegria”. Se os coríntios oferecessem generosamente, eles estariam sob a bênção da Soberania de Deus, e ELE supriria “TODAS AS SUAS NECESSIDADES”, na medida em que ELE julgasse necessário. Portanto fica bem nítido que são “TODAS AS NECESSIDADES”, financeira, saúde, etc. “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Fp 4.19). 2. Princípios da contribuição financeira. A contribuição financeira é um ato tão espiritual quanto pregar ou distribuir folhetos. Se semearmos de acordo com os princípios da graça, a semente se multiplicará e suprirá nossas necessidades. Analisemos a fonte de nossas bênçãos, o que Deus observa no ato da oferta e o princípio pelo qual Deus nos enriquece.
Entretanto, devemos tomar cuidado ao afirmarmos que a contribuição financeira é a fonte de nossas bênçãos. Neste tópico vamos analisar esses princípios de forma idônea e responsável, respeitando os princípios de interpretação da Bíblia Sagrada 2.1. Deus, o doador por excelência. No ato de “dar” ninguém ganha de Deus. Paulo afirma que Ele é quem dá semente ao que semeia (2Co 9.6). Ele mesmo disse a Jó: “Quem primeiro me deu, para que eu haja de retribuirlhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu” (Jo 41.11). Davi também sabia muito bem quem era a nossa fonte: “Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos” (1Cr 29.13b). Deus nunca precisou de oferta alguma de nossa parte, pelo contrário, Ele é quem primeiro semeia em nossas vidas para termos o que dar a Ele mesmo. E por que faz isso? Porque seu desejo é que sejamos supridos em todas as nossas necessidades e, tendo em abundância, outros sejam abençoados através de nossas vidas (2Co 9.6-12). Mostre para os alunos que o texto bíblico de Êxodo 25.1-7 apresenta um modelo de oferta voluntária. Porém, olhando atentamente, veremos que no deserto o povo tinha o que dar ao Senhor. E por que tinham? Porque primeiro o Senhor lhes deu e depois pediu para que pudesse multiplica-los.
Analisando a palavra de Deus, encontramos que ELE é o dono do ouro e da prata, não apenas no sentido “mundial”, mas, sim no sentido “universal”. No livro do profeta Ageu está escrito assim: “Minha é a prata, e meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos”. E também está registrado no livro de 1 Cr 29.11-12: “Teus, ó Senhor, são a grandeza, o poder, a glória, a majestade e o esplendor, pois tudo o que há nos céus e na terra é teu. Teu, ó Senhor, é o reino; tu estás acima de tudo. A riqueza e a honra vem de ti; tu dominas sobre todas as coisas. Nas tuas mãos estão a força e o poder para exaltar e dar força a todos”. E na Bíblia há outros textos que demonstram Deus como o criador e proprietário de todas as coisas: (Sl 135.5-6; At 17.26; Pv 21.30b) de Gênesis a Apocalipse ainda há muitos outros textos fazendo esse apontamento. A Bíblia nos dá base para afirmarmos que Deus tem prazer em nos abençoar, “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera” Is 64.4. O comentarista da revista, pastor José Fernandes nos fez um apontamento muito importante no quarto parágrafo desse tópico onde ele escreveu assim: “Deus nunca precisou de oferta
alguma de nossa parte, pelo contrário, ELE é quem primeiro semeia em nossas vidas para termos o que dar a Ele mesmo”. Realmente há uma verdade implícita nesse parágrafo, que vai de encontro com que se é pregado sobre finanças ou investimentos financeiros na atualidade, onde há pregadores afirmando que temos que “plantar/semear dinheiro para colhermos dinheiro”; Se agirmos de conluio com essa pregação, seria como se nós estivéssemos barganhando com Deus, dando pra Ele dinheiro, e esperando que Ele nos devolvesse o dinheiro em maior quantidade (2, 7 vezes) mais como é pregado e ensinado por grandes líderes atualmente; E isso vai de encontro, ou seja, ao contrário do que a Bíblia Sagrada nos ensina e nos afirma, em que “Deus não é um Deus de barganha”. Palavra Chave - Barganha: Tentar negociar ou trocar algo com DEUS a fim de obter algum benefício . Vemos isso segundo escreveu o evangelista Mateus na passagem conhecida como “a tentação de Jesus no deserto” (Mt 4.1-11). 2.2. Quantidade e qualidade. Deus estabeleceu o percentual da investidura em Seu Reino (2Co 9.6). Deus trabalha com quantidade, mas também exige qualidade. Muito se fala a respeito da oferta de Caim e Abel, mas, se observarmos bem, existem duas coisas que se destacaram na hora da entrega de ambos: Caim saiu em desvantagem porque ofereceu o fruto de uma terra amaldiçoada ao Senhor (Gn 3.17; 4,3). No entanto, o quesito principal observado por Deus no ato da oferta foi a pureza do coração dos ofertantes (Gn 4.4, 5; 1Jo 3.12). Informe para os alunos que a qualidade do adorador pode anular a quantidade da oferta. Merece ser destacado para eles que esse é um princípio da justiça divina. Esclareça que o horizonte que o servo de Deus contempla vai bem adiante da sua aposentadoria. O cristão que tem sabedoria olha para a eternidade e trabalha pacientemente para colher nela os frutos do que tem semeado agora: “Sede pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5.7, 8).
A oferta de Abel, não foi melhor em essência que a oferta de Caim, porque o valor da oferta não torna ninguém diferente, ou melhor, diante de Deus. Pois tudo que há na terra pertence a Deus, tanto as ovelhas, quanto os frutos da terra. Portanto, “pela fé Abel ofereceu melhor sacrifício”, e muitos pensam que o diferencial entre Abel e Caim estava na oferta que foi apresentada a Deus. E em nossos dias vemos muitos líderes religiosos instigando os seus liderados à contribuírem financeiramente até mesmo com votos ou propósitos, e falando assim “quanto maior for o seu sacrifício: dar maior quantidade de dinheiro, e para isso apresentam a oferta ou sacrifício financeiro como um “princípio pelo qual Deus enriquece o homem”, e com isso o ofertante alcança as bênçãos de Deus, e ainda argumentam que quanto maior é a oferta que é doada, maior é a fé do ofertante. Isso inverte totalmente os princípios bíblicos, como está escrito pelo evangelista Marcos 12.29-33 “E que amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças, e ama o próximo como a si mesmo, é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios”. E em Mateus 6.33 diz assim: ”Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. Portanto, Abel não foi até Deus por causa de uma bênção, mas pela “FÉ” em “DEUS”, com isso ele alcançou um bom testemunho como está escrito em Hebreus 11.2 “pela fé Abel ofereceu a Deus o mais excelente sacrifício de que Caim...”. Observando que a oferta jamais poderia “justificar” Abel, pois o escritor aos Hebreus ainda afirma que o sangue de animais jamais poderia tirar pecados, “porque é impossível que o sangue de touros e de bodes
remova pecados” (Hb 10.4). E em 11.4 nos afirma que foi “pela fé” que Abel alcançou de Deus testemunho de que era justo” (Hb 11.4). 2.3. Enriquecendo em tudo. Na passagem de 2 Coríntios 9.11, o termo grego usado para expressar “Tudo” está na voz passiva. Significa que não atuamos, recebemos uma ação. Ou seja, não enriquecemos, somos enriquecidos. Esse é um princípio de justiça, porque se damos, Deus nos enriquece, e, em “tudo”. Isso não é teologia da prosperidade. É a Bíblia que está dizendo que Deus nos enriquece tanto no espiritual, quanto no material. Não há motivos para queixas. A resposta é que enquanto uns semeiam, outros comem a semente! Na casa de deus existem esses dois tipos de pessoas e a pergunta é: qual deles somos nós? Comente com os alunos que, sempre que somos tentados a nos esquecer deste princípio, devemos nos recordar de que deus demonstrou para conosco generosidade suprema. “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Rm 8.32). Explique para eles que, tanto em Sua natureza quanto em Sua graça, Deus é um doador generoso. Reforce que deve seguir o exemplo divino aquele desejoso de ser piedoso.
O comentarista pastor José Fernandes, no tópico 2.3 “Enriquecendo em tudo”, na passagem de 2 Coríntios 9.11 afirmou que o termo grego da palavra (tudo) esta na voz passiva. Porém há um equivoco nessa afirmação, pois a palavra (tudo) nesta frase não está na voz passiva, é um adjetivo (grego: pas). A palavra (Enriquecendo) que no (grego é “ploutisoumenoi”) significa (para tornar rico) este termo não está apenas na voz passiva, pois é um Verbo Presente Particípio Passiva Nominativo Masculino Plural (Passiva), no Léxico grego esse termo significa alguém que sofre uma ação, portanto esse caso é igual o que falamos no tópico 2.1, que “Deus é o dono do ouro e da prata”, e é Deus que nos enriquece, não pelo plantio financeiro, mas o texto bíblico original no grego fala que “todos para tornar rico tem que trabalhar com simplicidade e singeleza através da gratidão a Deus”. Em 2 Co 9.12 diz assim “Porque a administração desse serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também é abundante em muitas graças, que se dão a Deus”. Não estou dizendo que não devemos ofertar ou contribuir (em/com dinheiro) na obra de Deus, pelo contrário, devemos sim, isso é bíblico (Ml 3.10). 3. Os segredos de uma boa colheita. A leitura correta de uma oferta a Deus não é a base de troca, mas a alegria de levar ao altar do Senhor o reconhecimento por tudo o que Ele representa em nossas vidas. Observaremos agora três fatores importantes para uma boa semeadura: os segredos da provisão divina e seu crescimento, a correta motivação para uma semeadura e o que devemos semear. 3.1. O segredo da provisão do crescimento. Quando um israelita consagrava suas primícias, isto é, os primeiros frutos do ventre de suas mulheres, do ventre de seus animais e também dos frutos da terra, tudo o que vinha depois estava santificado pelo Senhor. Paulo cita o exemplo da raiz, nos dando a entender que, se ela for santificada, seus ramos e tudo o que dela surgir também o serão (Rm 11.16). Foi essa a leitura que os judeus receberam da Lei de Moisés. Eles entendiam que, ao santificar ao Senhor as primícias de sua renda, todo o restante da renda que ficavam em suas mãos estavam também, santificado (Pv 3.9). “Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também é abundante em muitas graças, que se dão a Deus” (2Co 9.12). Comente com os alunos que o termo usado aqui se refere ao “serviço sacerdotal. Ressalte para eles que, neste ponto, Paulo eleva a prática de ofertar ao nível mais
alto possível. Ele considera a coleta um “sacrifício espiritual” apresentado a Deus, da mesma forma que um sacerdote apresentava um sacrifício no altar.
Como já falamos, o segredo da provisão está em Malaquias 3.10-12. No verso 10 “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas dos céus, e não derramar sobre voz uma bênção sem medida”. Verso 11: “Por vossa causa , repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra, a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos”. Verso 12: “Todas as nações vos chamaram felizes, porque voz sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos”. E que possamos fazer conforme a palavra de Deus (Ex 34.19, 22, 26, 27; Rm 11.16). Em Provérbios 3.9-10 “Honra ao Senhor com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos; e se encherão os teus celeiros, e transbordarão de vinhos os teus lagares”. A todos nós cristãos precisamos parar de “roubar a Deus nos dízimos e ofertas” também precisamos parar de “ofertar á Deus restos”. E se quisermos ser abençoados financeiramente e em todas as áreas da nossa vida, venhamos a voltar ao primeiro amor e entregar à Deus o nosso melhor, “as primícias” de toda a nossa vida. Que não apenas venhamos a ler, nos emocionar, comover... Mas, que coloquemos em prática a partir de agora. 3.2. Semear com a motivação correta. Em qualquer atividade que façamos, a motivação é um fator de importância vital. Um agricultor planta porque sabe que seguindo as condições corretas ele vai colher o que plantou. Paulo fala que nossa contribuição deve ser motivada pela alegria, com desprendimento, de coração livre. Não como contribuintes “tristes”, que dão de má vontade ou que dão porque precisam. Ele afirma que o verdadeiro juízo de uma boa obra não é o que a Igreja ou o mundo possa pensar dela, mas sim, a estima em que Deus a tem. Merece ser especialmente ressaltado para os alunos que “Deus”, conforme afirma o apóstolo Paulo, “ama ao que dá com alegria”. Ressalte para eles que esse é o ponto (Pv 22.9; 2Co 9.6). Paulo queria que o presente fosse um ato de generosidade pelo lado dos coríntios, não um ato de cobiça ou avareza de seu lado, onde ele de alguma forma exortaria o presente deles através da culpa ou de outra forma manipuladora (2Co 9.1-5). Em contraste com muitos pregadores atualmente, Paulo não usou da culpa para conseguir a bênção. A bênção não é a única coisa que é importante. É igualmente importante saber como a doação é dada. Comente com eles que usar a culpa para motivar as pessoas doarem está errado. O único motivador válido é o desejo do coração para doar.
Semear com motivação nos leva a identificação bíblica em semear com fé, porque “fé é agir”, e “agir é tomar atitude” e tomar atitude é “sair de uma zona de conforto: devemos plantar/semear”, observando se assim que colher e plantar não funcionam simultaneamente, isso quer dizer que: não colhemos antes do tempo. A cada dia não julgue as coisas pela colheita que você colhe, mas sim pelas sementes que você planta. Porque uma verdade é certa, nós não sabemos e nem nunca saberemos a velocidade da nossa semente! Ec 3.2b “tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou”. E em Gn 8.22 “Enquanto a terra durar, sementeira (tempo de plantar) e seja (tempo de colher), e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão”. 3.3. O que devemos semear? Não existe uma maneira de se saber com exatidão sobre como e quando iremos colher, mas uma coisa é certa, tudo o que plantamos iremos colher (Gl 6.7). Devemos sempre semear boas sementes, não confiados não em nós mesmos, mas no Senhor, certos de que essas sementes
vão produzir a seu tempo bons frutos para nossa alegria. Uma má escolha poderá acarretar sérios transtornos mais adiante. Por esta razão, devemos pensar no futuro e tomar sábias decisões, porque a colheita pode até tardar, mas não falhará. Se o passado não bom conosco, não devemos ficar estagnados com relação ao futuro, devemos seguir o conselho de Salomão, lançar sementes, semear em todo o tempo e, com certeza, Deus nos abençoará (Ec 11.1-6). Comunique aos alunos que esse é um princípio fácil de entender. Entregando a Deus o que lhe pertence, tudo o que nos restar, além de abençoado, será acrescido ainda mais. Ressalte para eles que, infelizmente, por não entendê-lo, muitas pessoas criam desculpas para não semear. Explique para eles que as leis da semeadura nos ajudam a compreender muitas coisas em nossas vidas. O porquê de muitas coisas pode ser explicado através deste ensino, pois “quem ceifa já está recebendo recompensa e ajuntando fruto para a vida eterna; para que o que semeia e o que ceifa juntamente se regozijem” (Jo 4.36).
Em Mateus 25.14-30 na parábola conhecida como “dos talentos”, Jesus deixa algo bem claro sobre a distribuição dos talentos, ao primeiro Ele deu “um talento” ao segundo deu “dois talentos” e ao terceiro “cinco talentos”, observamos que a distribuição de talentos foi para “todos”, não ficou ninguém sem talento. Jesus falou sobre outra coisa importante que aconteceu, que o Senhor dos talentos “voltou” e cobrou os talentos que havia dado a “todos”. Portanto, todas as pessoas que foram chamadas para trabalhar na seara de Jesus, receberam “talentos”, para que possam granjear multiplicar o que recebeu. E a Bíblia Sagrada nos afirma que JESUS VAI VOLTAR, e nos cobrará esses TALENTOS. Entretanto devemos pegar a parábola que Jesus ensinou e aplicar na nossa vida. Portanto para responder a pergunta desse tópico: o que devemos semear? Podemos acrescentar/fazer outras perguntas como: qual TALENTO você recebeu de Jesus? E porque não está usando ele na lei da semeadura? Sendo assim creio que já encontramos a resposta do que devemos semear, e podemos até afirmar que “Tudo na nossa vida é semente!” Li uma história real de uma senhora que tinha um sonho de ajudar crianças pobres, e ela nos deixaram uma grande lição de semeadura; Marta Berry era uma senhora com a visão de ajudar crianças pobres. Ela começou uma escola para crianças pobres. Ela não tinha livros, local para abrigar as crianças e nem dinheiro. Mas ela tinha um sonho e (talentos). Ela foi até Henry Ford para pedir uma doação. Henry Ford enfiou a mão no bolso e dera a Martha Berry 10 centavos. Se fosse com outras pessoas e a grande maioria delas ficariam revoltadas, porque ele era um multimilionário e tudo o que ele deu foi uma moeda de 10 centavos. Porém Martha Berry pegou aquela moeda de 10 centavos e comprou um pacote de sementes, plantou um jardim, colheu, vendeu e comprou mais sementes. Depois de três ou quatro colheitas, ela tinha dinheiro suficiente para comprar um antigo edifício, para as crianças. Portanto, ela voltou para agradecer ao Sr Ford e disse: Olhe o que seus 10 centavos fez. O homem ficou tão impressionado, que doou um milhão de dólares para Berry Scool. Medite nesta história, e na parábola de Mt 25.14-30. E veja qual ou quais as sementes e os talentos que Deus colocou em suas mãos! Porque essa semente é a que você deve semear! Conclusão. Mais do que nunca, é preciso que tomemos as mesmas atitudes de um agricultor. Devemos arregaçar as mangas e lançar as boas sementes. É bem verdade que estamos diante de um mundo cheio de escolhas. Sendo assim, tudo o que temos de fazer é escolher as melhores sementes e lançá-las. Conclui se que devemos a partir desse momento tomar uma atitude: sairmos dessa zona de conforto em que nos encontramos. Recebemos algo muito precioso de Deus para enterrar ou jogarmos fora. Deus nos confiou para irmos pregar o seu evangelho, Mc 16.15-20 “E disse-
lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém”. Vimos várias verdades sobre a lei da semeadura, que são muito diferentes das que tem sido ensinado atualmente. Que venhamos a por em prática o que aprendemos nessa lição, e não sejamos mais enganados por esses líderes mercenários. E nos lembremos do que nos afirmou Jesus para não sermos ansiosos pelo dia seguinte o “amanhã”, porque o amanhã a ELE pertence, e DEUS suprirá todas as nossas necessidades porque ele é o nosso pastor e nada nos faltará (Sl 23:1). Mas que sejamos fiéis na sua obra em cooperação e ajuda para com o nosso próximo, assim como foi a Igreja de Coríntios. Questionário. 1. Onde repercutem nossas ações praticadas no mundo físico? R: Elas repercutem no mundo espiritual (Gl 6.7, 8). 2. Enquanto uns plantam, o que fazem os outros? R: Eles comem a semente (Gn 26.12). 3. O que significa semear em abundância? R: Significa que nossas ações determinam a quantidade da colheita (2Co 9.6). 4. Qual a motivação correta para uma semeadura? R: A alegria (2Co 9.7). 5. Qual o tipo de sementes que devemos semear? R: Devemos semear boas sementes em todo o tempo (Ec 11.1-6).