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Poluição da água
Poluição da água
A poluição da água, a alteração dos usos do solo por causa da agricultura, a mudança climática e a extração excessiva, são as principais ameaças para os ecossistemas relacionados com a água. Os habitats que representam 65% do fluxo continental classificam-se de moderadamente a altamente ameaçados. Cerca de 46% dos grandes rios são afetados por barragens e pelos seus reservatórios (IPBES, 2020).
A disponibilidade de água segura e suficiente está indissociavelmente relacionada com a forma como se gerem as águas residuais, bem como com práticas agrícolas, operações mineiras, produção industrial e descargas diretas de águas residuais ou através do escoamento de solos poluídos. O aumento da quantidade de águas residuais não tratadas, combinado com o escoamento agrícola e as descargas industriais, degradaram a qualidade da água e poluíram os recursos hídricos em todo o mundo. A nível mundial, 80% das águas residuais voltam para o ecossistema sem serem tratadas nem reutilizadas, contribuindo assim para uma situação em que cerca de 1.800 milhões de pessoas utilizam fontes de água potável poluídas, com risco de contraírem doenças como a cólera, disenteria, febre tifoide ou poliomielite. Longe de ser algo para descartar ou ignorar, as águas residuais desempenharão um importante papel para satisfazer a crescente necessidade de água nas cidades em rápida expansão, melhorar a produção de energia e o desenvolvimento industrial, e apoiar a agricultura sustentável (CODIA, 2019).
Consciente da disparidade que existe no tratamento das águas residuais da Ibero-América, a Conferência de Diretores Ibero-Americanos da Água (CODIA) adotou um “Roteiro sobre saneamento e tratamento” que aborda questões relativas à melhoria de acesso ao saneamento e tratamento de forma integral, tendo em conta a planificação hídrica e a gestão de bacias, e considerando a inovação e a reutilização como parte da economia circular.