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Inovação Pública

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Bibliografia

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A inovação pública acontece quando somos capazes de gerar transformações para novas soluções, novos serviços, novos produtos e novos modelos, cujo impacto se avalia em termos de produção de valor público. As principais barreiras devem-se à dinâmica da própria organização e à resistência à mudança, devido à de falta de motivação, comunicação, formação ou competências. O sistema de incentivos, os recursos disponíveis e a relação com a cidadania, podem chegar a motivar outro tipo de barreiras (Cerezo, 2016).

Tal como explica Raúl Oliván no Relatório “Instituições que aprendem”, apresentado no contexto da XXVII Cimeira IberoAmericana, “a complexidade e dimensão da pandemia revelou a necessidade de arquiteturas institucionais mais flexíveis, ágeis e resilientes, capazes de incorporar toda a energia civil para aprender com o seu talento e criatividade, dando maior protagonismo à cidadania, não só na tomada de decisões mas também na configuração e implementação de estratégias”.

Reproduzir as condições ambientais dos espaços onde se inova, recriando esses ecossistemas, e identificar os principais atributos da ciência das redes, são estratégias para conseguir identificar seis vetores fundamentais capazes de criar inovações sistémicas. O principal ensinamento da teoria das redes é que as instituições mais abertas, interativas e transversais, que se conectam e dialogam entre elas, são capazes de gerar maiores transformações e de ser mais inovadoras (Oliván, 2021).

Fonte: Instituições que aprendem, Raúl Oliván, 2020. O modelo do Hexágono da Inovação Pública (HIP), definido no Relatório “Instituições que aprendem” ajuda a

visualizar e a trabalhar com esses seis vetores: OPEN (aberto), TRANS (transversal, transdisciplinar), FAST (ágil), PROTO (protótipo, modelagem), CO (colaborativo) e TEC (tecnológico). O HIP é um modelo sintético com o qual se oferecem cartas de navegação às instituições públicas que querem inovar, oferecendo além disso uma comunidade de pessoas e projetos que já progridem nessas seis variáveis

Tal como refere a última Declaração de Ministros e Ministras de Ciência, Tecnologia e Inovação ibero-americanos “o paradigma da inovação aberta é extremamente importante para [...] a inovação pública, porque em vez de criar valor para as pessoas se passa a criar valor com elas, aproveitando a inteligência coletiva e fortalecendo a legitimidade democrática. Reproduzir as condições dos espaços onde se inova, recriando esses ecossistemas de criatividade e inovação e emulando as dinâmicas com as quais operam para acelerar a inovação numa instituição, governo, empresa ou organização social”. O Hexágono da Inovação Pública é uma ferramenta fundamental para reproduzir essas condições e para conseguir que as instituições se mantenham em contínua aprendizagem.

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