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Ecossistemas terrestres

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Bibliografia

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Ecossistemas terrestres

Os potenciais benefícios dos ecossistemas terrestres alargamse para além do aumento da cobertura arbórea, incluindo a produção agrícola sustentável, estabilização e diversificação dos meios de subsistência locais, oportunidades comerciais, melhor prestação e qualidade das funções e serviços do ecossistema, maior justiça e bem-estar, maior capacidade de recuperação da mudança climática, melhor conectividade do habitat e melhor conservação da biodiversidade.

Atualmente, a região tem mais de 400 milhões de hectares degradados, que são adequados para uma regeneração em grande escala e que não competem com a agricultura e a produção de alimentos. Esta terra pode regenerar-se com fins económicos, obtendo-se além disso benefícios ecológicos, tais como a proteção da vida selvagem e a melhoria do solo, criando empregos verdes e estimulando uma nova economia regenerativa.

Há muitas abordagens para regenerar os ecossistemas e as paisagens degradadas. A recuperação ecológica é vista como uma estratégia fundamental para ajudar a recuperar um ecossistema que foi danificado e orienta-se para melhorar a funcionalidade e capacidade das paisagens, respondendo às necessidades da sociedade. Além disso, a recuperação de florestas é uma ferramenta de conservação do modo de vida das populações indígenas, que continuam a proteger 22% da superfície da Terra e 80% da sua biodiversidade (OIT, 2018).

Através da Iniciativa 20x20, os países da região pretendem começar a recuperar 20 milhões de hectares de terras degradadas da América Latina no ano 2020. O benefício médio da região, medido em valor presente líquido, será de $1,140 por hectare (WRI, 2016).

A agrosilvicultura combina florestas e árvores com a agricultura, de tal forma que as terras degradadas possam recuperar a sua produtividade. Na agrosilvicultura, o aumento da cobertura florestal em torno de explorações e terras agrícolas proporciona numerosas vantagens, tais como funcionar como uma barreira para reduzir a erosão do vento nas terras agrícolas e assim incrementar a produção e purificar o ar e a água.

A agricultura regenerativa combina a agricultura sustentável com técnicas de recuperação, produzindo alimentos saudáveis e simultaneamente armazenando carbono. Pode chegar a combinar práticas agrícolas e de pastoreio que, entre outras vantagens, revertem a mudança climática através da reconstrução da matéria orgânica do solo e da sua biodiversidade, melhorando também o ciclo da água e a soberania alimentar.

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