Dossel: Daqui de cima

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo MARILIA BRANCATTE

DAQUI DE CIMA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo, do CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC, como requisito parcial para a Obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientadora: Profa Dra. Myrna Nascimento.

SÃO PAULO 2016


Elaborada pelo sistema de geração automática de ficha catalográfica do Centro Universitário Senac São Paulo com dados fornecidos pelo autor(a). Brancatte, Marilia Dossel. Daqui de cima / Marilia Brancatte - São Paulo (SP), 2016. 126 f.: il. color. Orientador(a): Myrna de Arruda Nascimento Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Arquitetura e urbanismo ) - Centro Universitário Senac, São Paulo, 2016. Dossel, projeto de arquitetura, rooftop bar, restaurante, Mac, São Paulo I. Nascimento, Myrna de Arruda (Orient.) II. Título


Aluna: Marilia Brancatte

Título: Dossel. Daqui de cima.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Senac - Campos Santo Amaro, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Orientadora: Profa. Dra. Myrna de Arruda Nascimento

Data: 16/12/16

1) EXAMINADOR (A):________________________________________________________________

2) EXAMINADOR (A):_______________________________________________________________

3) PRESIDENTE: __________________________________________________________________



O desejo de evasĂŁo encontra a calmaria sob o cĂŠu. Seria talvez porque a proximidade com o divino acima acalma os anseios humanos?



Agradecimentos

A

minha

professora

e

orientadora,

Myrna Nascimento, por me inspirar tantas vezes, desde quitetura,

o ínício do curso de Ar-

por me desafiar, enriquecer o

desenvolvimento deste trabalho e acreditar que eu poderia mais do que euacreditava.

A todos os professores, que me ens-

inaram o que é arquitetura e, assim, mudaram a minha visão de mundo também.

Ao professor Paulo Magri, pela paciên-

cia e conhecimento compartilhado nos últimos meses.

Aos meus pais, que me ensinaram a son-

har e lutar pelo o que acredito. A minha irmã que nunca me deixaria desistir.

A minha colega de curso Beatriz Ri-

beiro, por não desisitir nunca. As minhas colegas de curso, que tanto me ajudaram nesta caminhada, por partilharmos tantos sonhos e angústias em comum e que hoje as chamo de amigas.


Abstract

This research aims to attract the attention on the inhabitants of the São Paulo city for different collective

spaces uses in the rooftops. The appropriation of the rooftops is a way of giving back to society the open space that had been occupied on the ground with the construction of the building. The project developed in this work offers to people a new way of experiencing a contemporary terrace in a modern public architecture. In this way, we present, as final product, a project – denominated Dossel – for the requalification of the rooftop of the Museum of Contemporary Art of the University of São Paulo (MAC USP). This project proposes a bar and restaurant, implanted in one of the most special landscapes of São Paulo, and invites the museum visitors to enjoy a seating area, aimed at collective use and events such as concerts, parties, swings, belvedere and an extensive panoramic view, not alien to urban life, distancing us from the nearby streets and avenues, isolating us from the rhythm and frenzy of the metropolis and coming into contact with a “ceiling of sky”. As an escape valve from this stone city, the Dossel crowns the museum, connecting passers-by with the generous scenery of Ibirapuera park.

Key words: Rooftop bar, restaurant, architecture project, São Paulo, Dossel.


Resumo

Este Trabalho de Conclusão de Curso propõe chamar a atenção dos habitantes da cidade de São Paulo para diferentes

usos dos espaços coletivos localizados em topos de edifícios. A apropriação do terraço é uma maneira de devolver à sociedade o espaço aberto que fora ocupado no terreno com a construção do prédio. O projeto aqui desenvolvido oferece aos paulistanos um novo modo de vivenciar um terraço contemporâneo em uma arquitetura pública moderna. Dessa forma, apresentamos,

como

produto

final,

um

projeto

denominado

Dossel

para

requalificação

do

terraço

do

Mu-

seu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP). O projeto propõe um bar e restaurante, implantado em uma das mais especiais paisagens de São Paulo, e convida o visitante do museu a usufruir de uma área de estar voltada para o uso coletivo e eventos como shows, festas, balanços e mirante para desfrutar de uma extensa vista panorâmica, não alheia à vida urbana, distanciando-se das ruas e avenidas próximas, isolando-se do ritmo e do frenesi da metrópole e entrando em contato com um “teto de céu”. Como válvula de escape dessa cidade de pedra, o Dossel coroa o museu, conectando os passantes com o cenário generoso do Parque Ibirapuera.

Palavras-chave: Rooftop bar, restaurante, projeto de arquitetura, DOSSEL e São Paulo.



SUMÁRIO INTRODUÇÃO 1. DESEJAR – Arranha-Céus

A chegada ao

7

topo: 11

1.1 Utopias, imagens e cenários construídos

15

1.2 Utopias na contemporaneidade

20

2. OBSERVAR

21

2.1 De baixo pra cima

23

2.2 De cima pra baixo

4.12. Monumento a la Revolución

66

4.13. Red Bull Station

68

4.14. Skye Bar

71

4.15. Edifício Itália

73

4.16. Torre Eiffel

75

4.17. Whitney Museum

78

5. DOSSEL

81

5.1 MAC Ibirapuera

83

5.2 Planta Baixa Dossel

89

26

5.3 Dossel- Memorial Descritivo

91

5.4 Mobiliário Dossel

95

3. SOBREVOAR – O olhar Divino

29

5.5 Tabela Descritiva de Mobiliário

100

4. VIVÊNCIAS

35

5.6 Iluminação

102

5.7 Cozinha Industrial Ampliada

104

5.8 Imagens do Bar

105

4.1. 230 Fifthy Rooftop Bar

39

4.2. Bar Alto da Harmonia

41

4.3. Casa Milá

43

4.4. Centro Cultural de São Paulo

45

4.5. Conjunto Nacional

47

4.6. Edifício Copan

49

4.7. Gourmet Experience

52

4.8. MAC Ibirapuera

55

4.9. Madison Rooftop Bar

58

4.10. Edifício Martinelli

60

4.11. Edifício Matarazzo

63

Considerações Finais Lista de Imagens

107 109

Referências Bibliográficas, Filmográficas e Sítios Digitais 115



7

Introdução

O

desejo

de

estar

mais

próximo

ao

Ícaro

e

Dédalo,

figuras

que

céu

Ao ar livre, em um espaço interno, a cober-

na

tura aparece como possibilidade de devolver ao

mitologia Grega criaram asas para escapar da prisão

habitante o térreo que o edifício ocupou. A carên-

na caverna. O homem sempre explorou a arquitetura

cia de áreas verdes no térreo pode ser compensada

como suporte para vencer alturas, tocar as nuvens,

com a oferta de uma área possível de se plantar

e assim, projetou edifícios para arranhar os céus.

no extremo acima. O homem ao relacionar-se com a

Projetos utópicos ou reais que alcançam alturas

paisagem vista de cima, organiza o caos diante de

jamais imaginadas.

sua visão.

existe

desde

De cima dos edifícios consegue-se fugir do

Estudos de casos mostram possibilidades de

caos da cidade abaixo; alcançar um tipo de dis-

usos, ambientações que qualificam este espaço e

tanciamento não alheio à vida urbana. A cobertura

o potencial que a área tem a oferecer. De seus

da arquitetura, quando utilizada, atua como vál-

potenciais fenomenológicos, aqueles capazes de

vula de escape do caos e frenesi metropolitanos;

influenciar nossos sentidos, até a qualificação

transforma-se em “cereja do bolo”1, o lugar mais

física do espaço, os terraços-jardins são propos-

invejado da cidade. O desejo de evasão encontra a

tos como um princípio fundamental da arquitetura

calmaria sob o céu. Seria talvez porque a proximi-

moderna pelo arquiteto Le Corbusier (1887-1965)

dade com o divino acima acalma os anseios humanos?

“o tipo destes jardins no ar parece-me a fórmula

Expressão usada que tem significado como o retoque final perfeito, mas que também remete ao detalhe no “coroamento”, no “topo” do doce. 1


8

moderna e prática de usufruirmos do ar e estar ao

de Manhattan, dados reais ou utópicos, até a vida

alcance imediato do centro da vida.” (CORBUSIER,

contemporânea e o uso de drones. Utiliza análises

2004. p.105)2

sensoriais de espaços visitados pela autora, em distintas arquiteturas, bem como reflexões sobre

O concreto armado chega ao teto-terraço e,

com uma capa de quinze ou vinte centímetros de

como o homem se relaciona com o espaço e a cidade, vista de outro ponto.

terra, ao teto-jardim. A grama dá sombra e as raízes

comprimidas

formam

um

espesso

feltro

Assim, o primeiro capítulo discute a ori-

isolante. Isolante do frio e isolante do calor.

gem do desejo do homem de estar mais próximo ao

Ou seja, um produto isotérmico gratuito que não

céu; a possibilidade de explorar a cobertura para

precisa de nenhuma manutenção. (…) O jardim do

plantar, quando a partir do século XX a cidade

teto tem vida própria; graças ao sol, as chuvas,

em crescimento está diante de uma escassez de

aos ventos e aos pássaros portadores de sementes.

terrenos,

(LE CORBUSIER, apud: MASCARO, 2008)3

financeira

e

surge

promovida

uma pela

nova

oportunidade

multiplicação

de

andares.

Este Trabalho de Conclusão de Curso, por-

tanto, apresenta o percurso da construção de ed-

No segundo capítulo analisamos as principais

ifícios em “alturas expressivas”, desde o início do

sensações que o indivíduo experimenta quando na

movimento moderno, destacando, a partir da história

cobertura, e de que forma este espaço pode ser um

3 LE CORBUSIER. Una pequeña casa. Buenos Aires, Infinito, 2005, p. 28. Traduzido e citado por Juan José Mascaró no texto “Vigência dos critérios ambientais de projeto de Le Corbusier”. 2 Os Cinco Pontos da Nova Arquitetura são: planta livre; fachada livre; pilotis; terraço jardim (transformando as coberturas em terraços habitáveis, em contraposição aos telhados inclinados das construções tradicionais) e janelas em fita. Publicados em 1926 na revista francesa L’Espirit Nouveau.


9

instrumento de troca entre a cidade, o indivíduo

novo uso ao espaço coletivo preexistente até então

na posição de pedestre, e a própria ambientação do

negligenciado.

terraço.

O

terceiro

percepção

de

capítulo

ambientes

aborda

contidos

a em

relação

e

coberturas

através de análises iconográficas e referências a trabalhos que possibilitam ver acima de cima, e a visão de profissionais com a possibilidade de registrar este espaço por meio de tecnologia de drones ou através de um helicóptero.

O

quarto

capítulo

trata

de

vivências

pessoais e estudo de casos, usados como meios de flagrar aspectos e análises pertinentes para o desenvolvimento do projeto deste trabalho de conclusão de curso.

Por fim, este volume se conclui com a apre-

sentação de uma proposta de projeto de “Rooftop Bar” e restaurante nomeado Dossel, para o terraço do Museu de arte contemporânea – MAC Ibirapuera, com o intuito de convidar, acolher, e oferecer um



1. DESEJAR A chegada ao topo: Arranha-cĂŠus



13 “(...) Aquele que sobe até lá no alto foge à massa que carrega e tritura em si mesma toda a identidade de autores ou de expectadores. Ícaro acima dessas águas, pode agora ignorar as astúcias de Dédalo em labirintos móveis e sem fim. Sua elevação o transfigura em voyeur. Coloca-o a distância. [...] Ela permite lê-lo, ser um Olho solar, um olhar divino (...)” (CERTAU, 1990, p.170)

uma dádiva da arquitetura Industrial, e ainda o “aroma” favorável que esta combinação exala, pelas infinitas possibilidades financeiras que a multiplicação de andares oferece, resultam na fórmula, geradora de um novo dado para as grandes cidades que marcam o final do século XIX: os edifícios Arranha-céus.

A que erótica do saber se liga o êxtase de ler tal cosmos? Apreciando violentamente, pergunto-me onde se origina o prazer de ver o conjunto? De superar, de totalizar o mais desmesurado dos textos humanos. Subir até o alto do World Trade Center é o mesmo que ser arrebatado até o domínio da cdade. (Certau, M. 1990, p. 170)

A utopia de alcançar o limite do céu sempre foi

um desejo latente do homem. Chegar até o ponto mais alto, uma das fantasias humanas desde que Ícaro4 sonhou em voar.

Para a arquitetura “nas alturas”, se há uma metá-

No início século XX, Manhattan é o berço e o

fora que podemos encontrar para esta procura, a mito-

laboratório

logia grega sugere uma comparação: podemos dizer que o

às necessidades de cidades super populosas futuras.

arranha-céu está para o arquiteto assim como as asas

A população de Nova York entre 1870 e 1915 cresceu

de cera estão para Ícaro. Ambos, o edifício e as asas

mais que o triplo, passando de 1,5 habitantes para 5

traduzem o desejo do indivíduo atingir o topo e apri-

milhões

morar-se na instalação da cobertura.

serem desejados, são a evidência de uma necessidade

de

de

uma

nova

habitantes.

arquitetura

Os

que

arranha-céus,

antecede

além

de

de multiplicação de espaço para atender ao contingente

Como se fizessem parte de ingredientes de uma

populacional manifesto6.

receita, poderíamos dizer que a invenção do elevador em 1854 por Elisha Otis5, misturada à ambição do homem

em atingir alturas cada vez maiores, somada (em amplas

somado com a ambição capitalista quanto à obtenção de

doses) ao advento da tecnologia do uso do ferro, como

lucro, na cidade de Manhattan, nasce com o edifício

O primeiro fruto deste desejo de verticalidade

Ícaro filho de Dédalo da mitologia grega “Após, observar o vôo de uma águia, Dédado percebeu que o único modo de sair de Creta seria pelos ares, voando. Ele e seu filho, então, construíram asas para poderem se lançar ao céu.” (GUASCO, 2006) 5 Elisha Graves Otis inaugura o primeiro elevador em 1854 que permite transportar com segurança de um pavimento a outro. Disponível em: 6 http://www.britannica.com/biography/Elisha-Graves-Otis Fonte: https://www.wdl.org/pt/item/158/ 4


14

Flatiron em 1902, do arquiteto Daniel Burnham. (Figura 1)

Para Rem Koolhaas em seu manifesto Nova York De-

lirante (1978), há uma “extrusão brutal rumo ao céu” desde o primeiro projeto realizado na cidade. Em 1902, o edifício Flatiron é um modelo dessa mera multiplicação – 90 metros de extrusão para o alto - apenas 22 vezes o tamanho do seu terreno triangular, acessível por meio de seis elevadores. Somente seu fotogênico perfil de navalha revela a verdadeira transformação: a Terra reproduzindo a si mesma. Por sete anos “o edifício mais famoso do mundo”, ele é o primeiro ícone da vida dupla da utopia. (KOOLHAAS, 2008, p. 112)

Figura 1 – Foto do Edifício Flatiron, 1902 Fonte: DETROIT PUBLISHING COMPANY/INTERIM ARCHIVES/GETTY IMAGES, 1902. (http://mashable.com/2015/10/28/building-flatiron/#O3osFTKqSkq3)


15

1.1. Utopias, imagens e cenários construídos

É interessante observar as várias iniciativas

publicadas em jornais, que também vemos no início deste mesmo século, que manifestam um desejo por este modelo cada vez mais grandioso e lucrativo de construção. Uma dessas iniciativas a Torre do Globo, projeto de Samuel Friede de 1906 (Figuras 2 e 3), localizada em Coney Island, e publicada pelo NW Harold, que prometia revolucionar o mercado imobiliário, propondo uma estrutura apoiada em oito pilares em forma de Globo, onde estão inseridos múltiplos pavimentos. (..) o monumento suspenso não irá interferir

diretamente na vida da Terra, exceto quando seus elevadores especialmente projetados penetrarem na crosta terrestre para ligar o interior da esfera ao interior da Terra. (KOOLHAAS, 2008, p.95)

Figura 3 – Vistas ilustradas da Torre Globo Fonte:(http://www.taringa.net/post/info/18766113/15-Edificios-fantasticos-que-no-se-terminaron-de-construir.html )

Segundo a publicação citada, a Torre apresen-

ta-se como uma oportunidade de obtenção de lucros, e convida o público a investir na maior estrutura de aço do mundo. Com altura três vezes superior ao edifício Flatiron, o projeto possibilita a multiplicação da sua área ocupada no planeta em 5 mil vezes.

Figura 2 – Desenho da Torre Globo publicado nas páginas do jornal NW Harold, 1906 Fonte: KOOLHAAS, Nova York Delirante, 2008, p. 94

Á luz desta enorme discrepância, deve-se considerá-la a essência do conceito do arranha-céu, a manifestação mais extrema e explícita de seu potencial para multiplicar a Terra, e criar outros mundos.” (KOOLHAAS, 2008, p. 98)

Em 1908, apesar do início das primeiras obras


16

de fundação, percebe-se que o projeto é inviável. Novos projetos dão continuidade a outras ideias em que “mundos” são reproduzidos à imagem da perfeição desejada.

Neste mesmo ano, em Dreamstreet, como era

conhecido o trecho da rua w42st, 228-232, no interior de um edifício já existente, o arquiteto Henri Erkins projeta os “Jardins Romanos de Murray”. Segundo Koolhaas (2008) tratava-se da “reprodução realista” de uma residência romana. (Figura 5) O centro da Vila de Erkins é um “pátio aberto” com colunatas de ambos os lados – um jardim artificial “ao ar livre” (...) O teto é decorado para representar o céu azul em que cintilam luzes elétricas, e a engenhosa disposição de um sistema óptico cria o efeito de nuvens varrendo o céu. Uma lua artificial surge numa aparição acelerada, cruzando o firmamento várias vezes por noite. (KOOLHAAS, 2008, p.127) Figura 5 - Jardim Romanos de Murray Fonte: KOOLHAAS, R. Nova York Delirante, 2008. p.128

Figura 4 - Anúncio dos Jardins Romanos de Murray Fonte: https://br.pinterest.com/pin/368310075748481129/

Figura 6: Interior dos Jardins Romanos de Murray Fonte: https://restaurant-ingthroughhistory.com/tag/murrays-roman-gardens/


17

Para o arquiteto Rem Koolhaas, em seu manifesto,

edifício está sujeito às leis da física e da engenha-

Nova York Delirante (1978), Manhattan estava vivendo

ria. Desconhecidos por eles, muitos outros modelos de

um processo de lobotomia7 arquitetônica nesta época.

edifícios, concebidos com a Torre do Globo passaram a

A cidade está repleta de situações em que “se cortam

surgir em novas publicações.

as “conexões nervosas” da fachada com o funcionamento interno” do edifício.

Toda construção nesta busca

desenfreada por altura tornava-se um auto monumento. Segundo Adrián Gorelik, autor do prefácio de Nova York Delirante (2008): É um artefato que nasce como resultado de uma ambição tipicamente especulativa: multiplicar o valor do solo todas as vezes que a tecnologia permitir. Mas o próprio tamanho desmesurado a que chega impõe novas condições a arquitetura e ao urbanismo. (apud: KOOLHAAS, 2008. p.13)

Episódios como este dos “Jardins Romanos de Mur-

O teorema de 1909, publicado na revista

Life (1909) em forma de desenho, descrevia utopicamente quais as possibilidades de multiplicação de solo (Figura 7). Segundo esta teoria, uma estrutura de aço sustentaria 84 planos de tamanho igual ao térreo criando assim a multiplicação do próprio terreno original, segundo Koolhaas: “O esqueleto do teorema de 1909 postula o arranha-céu de Manhattan como uma fórmula utópica para a criação ilimitada de terrenos virgens numa mesma área urbana”. (2008, p.109)

ray” na história de uma metrópole como Manhattan remetem a vários questionamentos, um deles, por exemplo, o que se refere a lobotomia de Koolhaas, mas também nos trazem a clareza de que o “paraíso” deste projeto estava sob um “céu”. Estar diante do céu é, sem dúvida, uma relação que convoca o indivíduo e sua percepção multissensorial a novas experiências.

Aqueles que desejavam alcançar o céu, acredita-

vam que um elevador que conecta o térreo até o topo de qualquer edificação, com qualquer altura, era um acesso ao “infinito”. Porém, é preciso observar que tais sonhadores se esqueciam que o limite de altura do 7 Para a psiquiatria Lobotomia é um procedimento cirúrgico onde se cortam as ligações dos lobos frontais do cérebro para aliviar alguns distúrbios mentais, separando assim pensamento e emoções.


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Assim, em uma cidade que está inserida dentro de

uma ilha, não existia a possibilidade de crescimento no sentido horizontal, portanto, vários terrenos sobrepostos na vertical seria a solução. Nestes planos há a possibilidade dos moradores plantarem jardins, criarem animais e construírem, cada qual sua própria mansão, e assim não seriam necessárias ligações com os pavimentos acima ou abaixo das residências. O edifício se torna uma estante em que se emprateleiram privacidades individuais [...] As mansões podem se erguer e cair, outras instalações podem vir a substituí-las, mas elas não afetarão a estrutura de enquadramento. (KOOLHAAS, 2008, p.109)

Com

o

entorno

verticalizando-se,

edificações

cada vez mais altas passaram a desvalorizar a área circundante causando prejuízos ambientais em virtude das sombras, proporcionais aos novos arranha-céus, que deixavam marcas na paisagem urbana. ... é o que infelizmente demonstra o grande arranha-céu no centro de Nova York, que atende ao interesse de grandes grupos financeiros, mas agrava perigosamente a condição urbanística já crítica na cidade”. (ARGAN, 2006 p.278)

Em clima de uma nova euforia comercial, em 1916

cria-se assim a Lei de Zoneamento em Manhattan, a primeira providência tomada na época para conter os efeitos “nocivos” ao meio urbano. Esta lei determinava que a edificação poderia crescer seguindo o tamanho Figura 7: Teorema de 1909, Revista Life (Ed. Outubro de 1909) Fonte: KOOLHAAS R. Nova York Delirante, 2008. p.107

original do terreno até determinada altura e acima deste limite, poderia ocupar somente 25% do mesmo a


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uma altura ilimitada, visando assim, melhor qualidade de luz no entorno da área construída. Diante dessas possibilidades comerciais infinitas, as casas por consequência foram cedendo espaço aos grandiosos prédios.

Dentro de um contexto mundial, na Europa o arra-

nha-céu era tido um elemento característico ao “folclore urbano americano”. Contrário à opinião pessimista de outros europeus, na visão de Mies Van Der Rohe, além de inevitáveis para a evolução da cidade, os novos edifícios poderiam cumprir seu papel poético. Para Mies, mais do que um corpo robusto projetado para o alto, o arranha céu “é uma coluna de luz que sublima no céu o espírito da cidade”. (ARGAN, 2006, p.397)

Já no ano 2000, pode-se constatar que a população

de Nova York, que em 1910 era de 4,767 milhões, praticamente dobrou seu tamanho. Os dados de 2000 apontam para 8,008 milhões de habitantes8 .

O fato é contundente para afirmarmos quão utópi-

cas eram as teorias de “empilhamento” defendidas pelo teorema ou pela Torre do Globo, para solucionar a escassez de terrenos ocupados com residências na Manhattan moderna.

Fonte: US Census (http://www.demographia.com/dm-nyc.htm)

8


20

1.2 Utopias na contemporaneidade A vida urbana contemporânea ainda vê com certa

vasos”, nas grandes cidades nos dias atuais, são cada

nostalgia a presença da área verde junto ao terreno da

vez menores. No entanto, são também ainda possíveis,

residência, como se este recurso fosse um “bem” para

mas, diferentemente do que anunciavam as utopias do in-

tornar a vida mais saudável, confortável e animada.

ício do século.

Desde o Teorema de 1909, a representação dos

desejos de morar mostra uma quantidade de área verde

multiplicam terrenos.

semelhante ao terreno original, conforme vimos nas imagens anteriores. Os desenhos aqui apresentados pelos artistas

contemporâneos

sempre

evidenciam

elementos

verdes dentro das unidades residenciais. Segundo os princípios do arquiteto suíço Le Corbusier (1887-1965) existe uma função e responsabilidade da arquitetura com a natureza na qual se insere: Considera a sociedade fundamentalmente sadia, e sua ligação com a natureza originária e ineliminável; o urbanista-arquiteto tem o dever de fornecer à sociedade uma condição natural e ao mesmo tempo temporacional de existência, mas sem deter o desenvolvimento tecnológico, pois o destino natural da sociedade é o progresso. (ARGAN, 2006, p. 265)

Atualmente, multiplicam-se os andares, mas não se

Plantar tornou-se um privilégio possível quando

se pode utilizar a cobertura do último pavimento para esta finalidade. Este recurso, oferecido por alguns edifícios, pode nos oferecer, além da possibilidade de se ter um jardim, outras infinitas oportunidades.

Nos dias atuais tão mágico quanto plantar um jar-

dim, é estar, como Ícaro, mais perto do céu.

De acordo com outro arquiteto moderno, o ameri-

cano Frank Lloyd Wright (1867-1959), o plano de cidade ideal deveria adotar “como critério de base a disponibilidade de um lote de terreno para cada habitante”9. Porém, nos dias atuais, a possibilidade de possuir um terreno próprio ou plantar seu próprio jardim “fora de “Ainda em 1934, quando determinará num plano de cidade ideal (Broadacre City) suas ideias a respeito do urbanismo, ele ficará como critério de base a disponibilidade de um lote de terreno para cada habitante” (ARGAN, 2006 p.296) 9


2. OBSERVAR



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2.1 De baixo pra cima “Ele se move ansiosamente na base do arranha-céu, um piolho no pé da torre. O piolho se iça na torre [...] Mas no topo daqueles arranha-céus mais altos do que outros, o piolho fica radiante. Ele vê o oceano e os barcos; ele está acima dos outros piolhos.” (CORBUSIER apud: KOOLHAAS, 2008 p.282)

Das extremidades, topo ou base de uma edificação,

existe uma troca de informações que acontece entre a obra e a cidade, entre o indivíduo e a edificação, e ainda entre o indivíduo e a cidade.

Daqui de baixo, qual a informação que o lá de

cima pode me oferecer? A relação do pedestre com a cidade, muitas vezes é imperceptível, e com o topo da edificação e as atividades que nele ocorrem o processo se dá de maneira semelhante.

A partir do ponto de vista do passante que não

se dá conta da existência do topo, na dispersão que a realidade cotidiana de uma vida urbana o insere, o indivíduo passa despercebido por qualquer particularidade, de qualquer detalhe sensível acima ou ao nível dos olhos.

O crítico, ensaísta e professor, Antonio Candido

(1918), na apresentação de “Luzes da Cidade”, 1996, publicação relacionada à produção fotográfica de Cristiano Mascaro sobre a cidade de São Paulo, descreve como sentimos esta noção do espaço através dos olhos curiosos do arquiteto-fotógrafo. A rua está aí. Casas, postes, fios, carros, transeuntes no quadro de tijolos, cimento, pedra, asfalto. Eu estou entre eles, sou parte deles, por isso mesmo não os vejo. Apenas os enxergo, vagamente, “voltado para a vida, absorto na vida”, segundo o poema de Manuel Bandeira (apud: MASCARO, 1996 p.8)

Na realidade dificilmente o pedestre vai se dep-

arar com o topo se não houver a necessidade de observar. “[...] no sombrio espaço onde circulam multidões que, visíveis lá do alto, embaixo não veem?”. (CERTAU, 1998 p.170)


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Vivências e estudos de caso no meio urbano como,

por exemplo, o Edifício Matarazzo que abriga a prefeitura de São Paulo (Figura 8), a Casa Milá em Barcelona (Figura 9) ou o Museu Whitney em Nova York (Figura 10) mostram de que forma o topo pode trazer informações de vivências e atrair os olhares de passantes que caminham por entre as ruas despercebidos.

Figura 9 – Casa Milá, La Pedrera – Barcelona, 2010 Fonte: https://archidialog.com/tag/casa-mila/

Figura 8 - Edifício Matarazzo, Sede da Prefeitura de São Paulo. 2015 Fonte: https://24hrs.nu/2015/12/07/visite-o-edificio-matarazzo/

Figura 10 – Whitney Museum, vista do pedestre, Nova York (janeiro 2016) Figura 11 – O Museu visto do High Line Park, Nova York (janeiro 2016)


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De baixo avista-se aquele que está mais perto

Quando se dispõe ao uso, a cobertura de um prédio

do céu. Imagina-o em posição privilegiada, aquele que

é exterior e interior ao mesmo tempo, é a conexão do

desfruta de sensações distantes da rua, e de baixo,

individuo com a cidade dentro de um espaço interno.

diante do caos e da pressa, do limite do chão, o outro

A cidade em junção com o prédio. Eu de dentro, como

está na extremidade da altura máxima possível, ao ar

parte da fachada para aquele observador de fora, sobre

livre. Aquele que olha de baixo para cima, se vê em

o privilégio de estar ao ar livre, distante do caos e

uma escala de tamanho real comum, tendo como parâmetro

não alheio a vida urbana que se passa sobre mim.

os outros pedestres, porém relaciona-se com o outro no topo do prédio aparentemente menor (visto por ele de baixo), mas tão grandioso perto do céu. Uma vez que retém a imagem deste homem sob seus olhos ele vê-se comparado aquele que agora está “muito acima” dele.

“Mas embaixo (down), a partir dos limiares onde

cessa a visibilidade, vivem os praticantes ordinários da cidade”. (CERTAU,1998, p.171)

No centro da cidade de São Paulo, o prédio que

abriga a Prefeitura, Edifício Matarazzo, nos dá a noção da área verde contida em seu topo. A Casa Milá em Barcelona, através dos sinais de sua fachada, antecipa ao observador que existe um trabalho artístico executado pelo arquiteto Gaudí (1852-1926), assim como a vista da rua ou do High Line Park, vizinho do Museu Whitney, sob a ótica do pedestre,

revela a vivência espacial

dos indivíduos nas varandas, e exposições compartilhadas ao ar livre. Indivíduos percebidos como minúsculos modelos de escalas humanas, vistas ao longe, remetem à vivacidade e ao ânimo que a vida contemporânea pode oferecer em suas coberturas.

“Todo espaço é interno, mesmo os volumes exter-

nos do edifício estão envolvidos por um espaço concreto, que consiste em ar, luz, árvores, céu.” (AALTO, A. apud: ARGAN, 2006 p.292)


26

2.2 De cima pra baixo

Sob o ponto de vista do usuário que se

encon-

tra no topo da edificação há uma conexão diferente com o céu, uma organização do caos urbano com a “totalidade da imagem” e o distanciamento físico do térreo. Ao olhar de cima, o homem em “escala real”, diante do outro o vê como em escala menor e realmente daqui de cima sente-se superior.

sível preencher os olhos com os detalhes. De cima há uma poética d imagem do meio urbano, talvez surreal.

Para o arquiteto e fotógrafo Cristiano Mascaro

(1944), famoso por suas imagens na cidade de São Paulo em preto e branco, estes lugares parecem congelar no tempo cenas cotidianas e torna-las sensíveis. O fotógrafo por vezes “de cima” traz à tona as “ondas

Perante a visão da cidade vista de cima o indi-

de verticais”10 de uma paisagem urbana, sua textura e

viduo que se instala no alto é receptor de uma imagem

graduação de tons cinza, a sensação de estar no plano

e tem uma relação de desejo e com a paisagem urbana que

mais alto da paisagem, bem como a relação com o in-

avista, sua justaposição de formas se confunde entre

divíduo presente no térreo.

cores e figuras, numa escala quase palpável apesar de sua distância. A vontade de ver a cidade precedeu os meios de satisfazê-la. As pinturas medievais ou renascentistas representavam a cidade vista em perspectiva por um olho que, no entanto jamais existira até então. Elas inventavam ao mesmo tempo a visão do alto da cidade e o panorama que ela possibilitava. Essa ficção já transformava o expectador medieval em olho celeste. Fazia deuses. [...] A mesma pulsão escópica frequenta os usuários das produções arquitetônicas materializando hoje a utopia que era apenas pintada. [...] (CERTAU, 1998 p.170)

[...] Aqui, são prédios altos visto em planos de tonalidades diferentes, do preto ao esfumaçado, compondo um painel abstrato. Mais adiante, os trilhos da estrada de ferro saem da estação como paralelas vertiginosas em busca de seu infinito, prontos para cortarem a “cidade tentacular” (CANDIDO, apud: MASCARO, 1996, p.8)

Entre o real e a utopia, cabe, ao expectador que

vislumbra a paisagem, absorver a imagem de maneira sensorial e subjetiva. Não há um único olhar capaz de se repetir; sob o estímulo de ver o conjunto, é posCERTAU,M. A Invenção do Cotidiano p.169

10

Imagem 12 – Cristiano Mascaro fotografado por Suzana Coronelos. Fonte: MASCARO, C. Luzes da Cidade. 1996


27

Imagem 13 – Centro de São Paulo, Cristiano Mascaro

Imagem 15 – Viaduto do Chá, Cristiano Mascaro Fonte: MASCARO, C. Luzes da Cidade. 1996 p.17

Imagem 14 – Rua Bresser, Cristiano Mascaro Fonte: MASCARO, C. Luzes da Cidade. 1996 p.58 e p.57


28 “[...] E nós percebemos que a cidade foi reinventada, oferecendo o nosso olhar desarmado uma realidade que não suspeitávamos, porque é a realidade tornada essencial graças à seleção operada pela maestria do artista. Isto é, Cristiano Mascaro.” (CANDIDO, A. Luzes da Cidade, 1996 p.8)

Em São Paulo, caminhar no Parque Ibirapuera tam-

bém nos devolve a uma fuga do meio, da vida que se passa em nosso exterior. Porém, do alto do terraço do Museu de Arte Contemporânea o conjunto e noção do lugar em que o parque está inserido ganha outra perspectiva. Somado à sensação de liberdade, de estar ao

A Os edifícios: Casa Milá, Edifício Matarazzo e

Museu Whitney, já citados anteriormente, nos surpreendem ao ponto que chegamos mais próximos. Novos estímulos e surpresas visuais que se dão na relação que temos com a vista local, bem como detalhes de ambientações internas inimagináveis. São bons exemplos de espaços que tem algo a oferecer em todos os pontos de vista. Da Casá Milá, as esculturas e mosaicos detalhados, do edifício da prefeitura uma vegetação farta, e do museu americano as exposições grandiosas vistas próximas.

ar livre, é comparável e lúcida tanto quanto estar em

meio ao Parque.

vista do ponto mais alto é uma dádiva, absorvida e

Ser visto de cima para baixo é raro. A cidade

aparentemente compreendida. Dentro de um espaço que pode oferecer possibilidades inigualáveis comparadas a quaisquer outros pavimentos.

Mais perto do céu, orga-

niza-se o caos abaixo, uma válvula de escape necessária para a vida urbana.

Imagem 16 - Vista do MAC Ibirapuera, São Paulo. (março 2016) Foto da autora.


3. SOBREVOAR O Olhar Divino

Adotaremos “olhar divino” inspirados pela denominação de CERTAU, 1998, para o olhar visto de cima.

11

11



31

Trabalhos de profissionais capturam imagem dos

possíveis usos de coberturas de prédios, como se fossem deuses observando um cenário para ser transformado. Com um olhar acima de quem vê de cima.

Em alguns destes exemplos, os autores conseguem

ver o espaço de outro ângulo, pois captam imagens ao sobrevoarem a cidade. Embora estejam sobrevoando a cidade ainda estão em uma altitude visível e possível de nos revelar certos detalhes do conjunto.

Com um intuito de ver um “lado oculto de Nova

York” e descobrir um novo “mundo que toca as nuvens”12 o arquiteto, piloto e fotógrafo Alex MacLean traz em seu livro “Up on the Roof” imagens de vivências em co-

Fonte:

Figura 17 – Capa da publicação de Alex MacLean http://www.amazon.com/Up-Roof-Hidden-Skyline-Spaces/dp/1616890509

bertura (figura 17) partir dessas imagens é possível sugerir novos usos ou aprimorar usos em locais semelhantes, em que isto também seja possível. (figuras 18, 19 e 20)

“Habitável ou não, é um espaço que não pode ser

negligenciado. Existe e depende apenas de nossa engenhosidade e poder de organização para resgatar algo que já é nosso.” (MacLean, 2012)

Figura 18 – Galeria de arte Landmark Arts Building, Chelsea Manhattan, NY. Fonte: http://archive.landslides.com/index Disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/785553/o-lado-oculto-de-nova-iorque-por-alex-maclean

12


32

Figura 19 – Brooklyn Grange Rooftop Farms13 Fonte: http://www.alexmaclean.com/books

Figura 20 – The Standart Hotel14 Fonte:http://www.archdaily.com.br/br/785553/o-lado-ocultode-nova-iorque-por-alex-maclean

Projeto da Brooklyn Grange, fazenda localizada na cobertura de um prédio. A empresa promove a construção de telhados verdes em coberturas de prédio de forma sustentável. “Brooklyn Grange é um líder internacional de serviços em telhado verde, fazenda no último piso e de consultoria de sustentabilidade. Como um licenciado e totalmente seguro empreiteiro geral , podemos projetar e construir instalações criativas , compatíveis com o ambiente , e visionárias de paisagismo que estão transformando ecossistema de Nova York, construindo bloco por bloco . Conhecidos internacionalmente por governos municipais , desenvolvedores, escolas e organizações sem fins lucrativos , e temos orgulho de compartilhar nosso conhecimento e experiência nas áreas de cultivo da agricultura urbana , design telhado verde , infraestrutura verde e desenvolvimento sustentável.” Disponível em < http://www.brooklyngrangefarm.com/> Acesso em 01/06/2016. 14 O Hotel construído acima do HighLine Park está localizado no Meatpacking District de Nova York, na cobertura está a famosa casa noturna Le Bain. 13


33

No Brasil existe um trabalho semelhante realizado

pelo engenheiro e fotógrafo Renan Pissolatti através de um drone15, que captura imagens aéreas e retrata nosso objeto de estudo de um ângulo superior. As imagens a seguir, executadas por este fotógrafo, mostram alguns locais selecionados como estudos de casos e vivências que foram realizadas pela autora deste trabalho de conclusão de curso, durante este semestre.

Figura 22 – Edifício Matarazzo, São Paulo, 2016. Fonte: https://www.instagram.com/do.alto/

Figura 21 – Edifício Itália, São Paulo, 2016. Fonte: https://www.instagram.com/do.alto/

Drone é um veículo aéreo não tripulado(VANT) dotado de uma controladora de voo que pode receber comandos através de rádio frequência, infra vermelho e/ou carregar missões previamente definidas por coordenadas GNSS(Global Navigation Satellite System) de uma constelação qualquer (ex .:GPS). Disponível em < http://doctordrone.com.br/o-que-e-drone/> Acesso em 05/06/2016. 15


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Figura 23 – Hotel Unique,onde está localizado o Skye Bar, São Paulo Fonte: https://www.instagram.com/do.alto/

Figura 24 – Av. Paulista, Consolação, São Paulo Fonte: https://www.instagram.com/do.alto/


4. VIVÊNCIAS



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Selecionamos alguns lugares que oferecem a opor-

tunidade de visitação em sua cobertura como estudo de caso.

Tais vivências foram relatadas identificando

tópicos em comum, que serviram como base para a produção de análises e conclusão futura.

Estes locais oferecem várias ambientações e pu-

demos frequentar observatórios, terraços-jardins, museus e bares localizados em diferentes coberturas.

Diante da oportunidade pessoal de estar em países

diferentes no período de estudo, e sem nos atermos aos usos e funções de cada espaço visitado, no que se refere à proximidade com o céu, temos o desenho volumétrico comparativo dos locais visitados.

A análise teve como objetivo identificar as qual-

idades de cada lugar, interpretar os sinais e aspectos percebidos e definir, quais características são capazes de oferecer a sensação de se estar mais perto do céu. Ao mesmo tempo, também consideramos como cada local oferece situações confortáveis para que se tornem não somente um lugar de passagem, mas também de permanência.

Os pontos selecionados para descrever e analisar

estes estudos de caso estão discriminados no modelo de relatório de visitas que mostramos a seguir. Cada relatório será acompanhado de uma sequência de imagens autorais.

Figura 25 – Comparativo de altura entre os locais de estudo


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Modelo de Relatório:

Até a entrega deste volume foram visitados 17 am-

bientações em coberturas, sendo que 10 delas na cidade de São Paulo. Segue a relação dos locais visitados. NOME DO LOCAL (CIDADE) DATA DA VISITA

Na cidade de São Paulo:

Descrição: De que forma é usado este espaço e a que

- Bar Alto da Harmonia;

edificação pertence.

- Centro Cultural de São Paulo;

- Edifício Copan;

- MAC Ibirapuera;

Acesso: De que forma o público tem a possibilidade de

- Edifício Martinelli;

visitar o local/

- Edifício Matarazzo (Prefeitura de São Paulo);

- Red Bull Station;

Paisagem: Cores e principais paisagens avistadas.

Proteção: Gradeado, vidro, mureta ou guarda-corpo.

- Skye Bar (Hotel Unique);

Qual a interferência que os meios de proteção trazem

- Conjunto Nacional;

na relação homem X paisagem.

- Terraço Itália (Edifício Itália);

Mobiliário: O local em análise se difere de acordo com

o conforto que oferece e se oferece alguma possibilidade de permanência.

Vivências Internacionais:

- 230 Fifthy Rooftop Bar (Nova York);

- Casa Milá – Pedrera (Barcelona);

No último parágrafo estão contidas anotações es-

- Madison Rooftop Bar (Londres);

pecíficas de cada lugar bem como vivências e outros

- Monumento a la Revolucion (Cidade do México);

dados que não se enquadram em um tópico em específico.

- Gourmet Experience (El Corte Inglês – Madri);

- Torre Eiffel (Paris);

- Whitney Museum of American Arts (Nova York).


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4.1 230 Fifthy Rooftop Bar (Nova York)

baixas,

O lugar tem um clima de “quintal de casa”, como

mobiliários um pouco bagunçado, mas oferece conforto. 29/02/2016 Como chegar: De metrô, desce na rua 28th, linha verde escura. Saia do lado esquerdo e vire a esquerda, andar 2 blocos. Na 5th Avenue com 27th.

Em dias frios acredito que seus acessórios (aquecedores, iglus e roupões) o tornam mais aconchegantes já que com o vento de Nova Iorque seria impossível ser um lugar de permanência caso não fosse aquecido. O lugar é turístico pela paisagem e muito usado para happy

Descrição: Rooftop bar no 40º andar, com vista para

hour, oferece bebidas alcoólicas a preços razoáveis. A

prédios como: Empire State Building e Chrysler Build-

paisagem é sempre cinza, incrível, porém a grade muito

ing.

alta interfere.

Paisagem: Inverno – Vi no por do sol da primeira vez e

a noite na segunda. Paisagem cinza em ambas as situ-

disse que o espaço tem seu uso comercializado, aluga-

ações.

do, o locatário pode usufruir como local semi-público

Conversei com um funcionário do prédio que me

ou não. Acesso: O prédio é comercial, com acesso controlado por segurança e necessária apresentação de documento (passaporte). Proteção: Gradeado com altura de aproximadamente 1,60 metros com plantas. (a melhor visão da paisagem é subindo nos bancos) Mobiliário: Bancos de jardim de madeira, não existe um projeto específico de mobiliário no local. Aquecedores em volta do local, que fazem uma iluminação em tom rosa. Iglus de proteção para o frio, feitos em estrutura metálica e coberto com material plástico. O lugar oferece ainda roupões para as temperaturas mais


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Figura 26 - Vista do Empire State Building Fonte: http://www.230-fifth.com/#!outdoor-roofdeck/c853

Figuras 27 e 28 - Acesso ao local

Figuras 28,29 e 30 - Mobiliários, Iglus, Roupões oferecidos e aquecedores que fazem parte também a iluminação.


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4. 2 Bar Alto da Harmonia (São Paulo)

07/04/2016 Descrição: 3º andar do bar Alto da Harmonia, no bairro Vila Madalena em São Paulo. Paisagem: Edifícios atrás de uma área verde, onde se localiza um cemitério. Paisagem noturna. Acesso: Livre para clientela do local. Proteção: Guarda corpo, protegido por jardineira interna. Mobiliário: Mesas, cadeiras e sofás. Bar localizado na área.

O local tem uma localização topográfica que o

favorece com relação a vista, já que o casarão não é muito alto. O terraço é coberto o que interfere na sensação de estar em um ambiente que seria ao ar livre. Relação com a paisagem é prejudicada por tal fator. Há uma luneta para quem deseja observar alguns detalhes desta vista mais aproximados.

Figuras 31 e 32 - Paisagem


42

Figura 33 - Vista externa Fonte: https://www.facebook.com/AltoDaHarmonia/

Figura 35 - Luneta e paisagem local

Figura 34 - Ambientação do local, proteção com jardins e guarda-corpos.


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4.3 Casa Milá (Barcelona)

O prédio é um dos símbolos da arquitetura do

início do século XX, da fachada prevê-se o uso da cobertura. Quando nela vemos as esculturas do arquiteto, 02/05/2016

seus mosaicos com detalhes preciosos além da vista para o pátio interno da obra. A paisagem é vista e todo

Descrição: 6º pavimento do projeto de Gaudí, Casa

redor do prédio e escadarias trazem uma sensação única

Milá, também conhecida como La Pedrera. Edifício tem

de relevo inimaginável quando vista da parte externa.

uso como um centro cultural e pertence a Fundação

A cobertura aqui faz a vezes da melhor atração do pré-

Catalunya La Pedrera.

dio, esculturas nos convidam a permanecer e vivenciar

Paisagem: Do alto se vê outros usos de coberturas,

mais do local e se conectam com a paisagem.

prática comum na cidade de Barcelona assim como os principais pontos turísticos, como a Igreja Sagrada Família. Paisagem mista, com predomínio urbano em tons terrosos. Acesso: 22 euros a entrada, dá acesso a parte da cobertura, a um dos apartamentos e a um pequeno museu com a história do arquiteto Gaudí. Proteção: continuidade da parte externa do edifício que compõe uma proteção do tipo “mureta” com uma média de 1,20m de altura e para a vista da parte interna há um gradeado de altura maior, 1,50m em média. Mobiliário: Inexistente.

Figura 36 - A cobertura vista pela parte externa.


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Figuras 37 e 38 - Espaço interno, escadarias que formam o relevo na paisagem e esculturas existentEs na área da cobertura.

Figuras 39 e 40 - Grades de Proteção para o pátio interno e paisagem.


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4.4 Centro Cultural de São Paulo

na cobertura. Porém isso era irrelevante aos outros usuários naquele momento. Olhando de fora do prédio é difícil acreditar a ambientação do lugar.

22/03/2016 Descrição: Terraço Jardim do Centro Cultural de São Paulo. Paisagem: Rua Vergueiro e avenida 23 de Maio Acesso: O prédio é de uso público, então o acesso é livre. (prédio da década de 70) Proteção: Guarda corpo baixo e vazado. Mobiliário: Bancos voltados para a Avenida 23 de maio. Bancos tipo de praça, condizentes com o local.

Grande gramado que nos traz a sensação de estar-

mos em um pedaço de terra mesmo. Lugar de estar, as pessoas se apropriam deste espaço, ficam ali deitadas, fazendo picnic ou apreciando a paisagem dos carros pela Avenida 23 de maio. Os bancos são convidativos e apesar da localização próxima a de uma das principais vias da cidade, sua implantação elevada é um contraponto ao visual, a sonoridade e ao ritmo urbano da cidade. Há uma horta comunitária pública no local, o que acrescenta um caráter mais convidativo ao público. No dia da visita haviam 2 moradores de ruas dormindo

Figuras 41 e 42 - Vista da cobertura pela área externa.


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Figuras 43 e 44 - Vista para o patio interno e usos.

Figuras 45 e 46 - Horta Comunitรกria.


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4.5 Conjunto Nacional (São Paulo)

22/03/2016 Descrição: Terraço jardim do Conjunto Nacional na Av. Paulista Paisagem: Avenida Paulista. Acesso: Público, porém, áreas laterais em sua maioria são restritas ao público. Proteção: Mureta que apoia um guarda-corpo baixo. Mobiliário: Bancos que acompanham o desenho do jardim.

O local é não é em sua maioria permeável,

porém tem alguns jardins espalhados e uma fonte. O local é público e abriga uma academia e alguns outros comércios, mas se torna somente uma área de passagem, já que de onde há a possibilidade de se ter vista é quase todo bloqueado o acesso. A vista para Paulista mesmo é proibida. Não vejo com um lugar de permanência, mas sim de passagem.

Figuras 47 e 48 - Guarda-corpo, mobiliário e paisagem.


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Figuras 49 e 50 - Acesso ao terraço.

Figuras 51 e 52 - Proteção e paisagem.


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4.6 Edifício Copan (São Paulo)

08/03/2016 Descrição: 32º andar Edifício Copan, década de 50. Visitas acompanhadas de um funcionário durante dias da semana em duas opções de horários, as 10:30 e 15:30. Paisagem: Boa vista para alguns dos principais prédios da cidade de São Paulo. Paisagem cinza. Acesso: Controlado e feito pelo Bloco F, há a necessidade de chegar 10 minutos antes e assinar em um caderno. Funcionário acompanha a visita durante 30 minutos. Proteção: Guarda corpo de ferro na altura média de 1,2m. Mobiliário: Inexistente.

O prédio é um dos símbolos de São Paulo,

no dia da visita estava em obras. Seu terraço tem uma vista boa da cidade, porém desperta uma sensação insegura pela altura de seu guarda corpo versus altura. O local não tem manutenção e pelo caminho é possível tropeçar em encanamentos expostos, bem como observar Figuras 53 e 54 - Proteção, mobiliário e paisagem.

resultados de pequenas infiltrações. Não há um piso, o que dá a sensação de sujeira e mal cuidado. Não condiz


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com um edifício que é marco e ícone da cidade onde está implantado. Não existe mobiliário e também claramente não se trata de uma área de estar. Seu principal atrativo é como observatório, onde turistas se encontram para fotografar em tempo cronometrado. Ao ponto de vista de uma ambientação o local não expõe nenhum fator que o qualifica de maneira positiva.

Figura 56 - Foto do local

Figura 55 -Área de entrada

Figura 57 - Proteção: Guarda-corpo.


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Figuras 57 e 58 - Proteção: Guarda-corpo.

Figura 60 - Paisagem

Figura 59 - Cobertura do Copan vista do Edifício Itália e sua paisagem.


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4.7 Gourmet Experience (Madri) 28/03/2016 Descrição: Último pavimento da loja de departamentos El Corte Inglês em Madri, 9º andar. No andar tem um empório, seguido de uma praça de alimentação fechada que se abre para uma varanda, onde ficam algumas mesas. Paisagem: Do local é possível avistar os principais pontos da cidade, através de um vidro que indica os desenhos dos principais monumentos possíveis de se observar. A paisagem é urbana e ao mesmo tempo tradicional do local. Acesso: Feito através da loja e é livre. Proteção: Na parte descoberta há um peitoril de aproximadamente 0,5m que apoia um vidro que alcança, acredito eu uns 2m de altura. Mobiliário: Mesas e cadeiras altas características de bares e restaurantes.

A área coberta é pequena e estreita com os móveis

que a ocupam. Fui num dia de frio, mas acredito que o espaço deva ser disputado em um dia de calor. Os símbolos que indicam a paisagem são interessantes, apesar de não ser qualitativo o fato de olhar a paisagem pelo vidro. O vidro reflete a parte interna, o que é um ponto negativo durante a noite principalmente. Cheguei com o dia ainda claro e esperei o sol se por para acompanhar a noite também.

Figura 61 - O Terraço visto de fora. https://duranvirginia.wordpress.com/2013/07/11/curiosities-top-11-rooftops-of-madrid/


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Figuras 62 e 63 - Ambientação a partir do empório ate a praça principal.

Figuras 64 e 65 - Área externa, mobiliário e parte interna.


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Figuras 66 e 67 - Proteção com vidro e a maneira que seus reflexos interferem na paisagem.

Figuras 68 e 69 - Reflexo do vidro e sua interferência na paisagem.


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4.8 MAC Ibirapuera (São Paulo)

cidade de São Paulo. Há uma estrutura para a construção de um restaurante ali, desocupada e usada como depósito de algumas maquetes. Foi aberta uma licitação para

22/03/2016

a ocupação do restaurante já que no projeto do museu era previsto tal uso.

Descrição: 8º andar do prédio da MAC/USP Ibirapuera, antigo prédio do Detran. Paisagem: Parque do Ibirapuera, Avenida 23 de maio, Obelisco, Bienal e Oca. Paisagem verde misturada ao urbano. Acesso: Livre a partir da entrada nas dependências do museu. Proteção: De concreto com uma adicional de vidro interna, a uma altura de aproximadamente 1,3m. Mobiliário: 2 bancos localizados aleatórios no espaço.

A vista é surpreendente, o espaço é generoso e

encontrava-se vazio. Variedade de movimentação de pessoas que vão até o local as vezes somente para desfrutar da vista e não como complemento da visita ao museu. Existe uma infinita possibilidade no local e apesar de não ter um tratamento no piso (contrapiso) o local tem boa preservação e um segurança que vigia o espaço. O misto de verde com o urbano propiciam desta vista uma nova possibilidade e exclusividade neste trecho da

Figura 70 - Acesso à área externa


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Figura 71 - Espaço interno.

Figura 72 - Espaço destinado a um restaurante, onde hoje é usado para guardar maquetes

Figura 73 - Detalhe da proteção.

Figura 74 - Mobiliário (somente 2 bancos)


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Figuras 75 e 76 - Ă rea externa.

Figuras 77 e 78 - Principal paisagem: 23 de maio, Parque Ibirapuera, Bienal e Oca.


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4.9 Madison Rooftop Bar (Londres)

03/02/2016 Descrição: Sobre uma área comercial, um grande terraço onde encontram-se um bar e um restaurante. Acesso: Pelo mall subir até o 6º andar Paisagem: St. Paul e toda a paisagem londrina. London Eye e Tate Museum. Proteção: Mureta de altura média. Figura 79 - Paisagem: 23 de maio, Parque Ibirapuera, Bienal e Oca.

Local com vista privilegiada principalmente para

a catedral de St. Paul, além de outros pontos da cidade. Confortável, além do restaurante ser maravilhoso. Muito convidativo. No dia que fui o frio era intenso, portanto não haviam muitas pessoas na área externa.

Figura 80 - O museu e sua cobertura vistos de fora. Fonte: http://vejasp.abril.com.br/materia/museu-mac-restaurante-terraco


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Figura 81 - Foto do prédio onde se localiza o Rooftop Bar Fonte: http://www.knowlondon.co.uk/living-it-up/one-newchange

Figura 83 - Mobiliário e ambientação. Fonte: http://www.madisonlondon.net/at/

Figuras 84 e 85 - Acesso através do Mall e paisagem Figura 82 - Mobiliário, uso e proteção Fonte: http://www.madisonlondon.net/at/


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4.10 Edifício Martinelli (São Paulo) 23/03/2016 Descrição: Último pavimento do “primeiro arranha-céu” de São Paulo Paisagem: Vizinho de outro edifício ícone da história de São Paulo, o “Banespão” tem a melhor vista para tal. Do alto é possível ver a Praça das Artes e um trecho do centro de São Paulo diferente de outras coberturas. Paisagem cinza, característica da cidade. É possível vislumbrar a paisagem ao redor de todo o prédio. Acesso: Visitas feitas a cada meia hora são gratuitas e possíveis guiadas com prévio agendamento, também gratuitas. Somente em dias úteis. Proteção: Balaustres característicos da arquitetura do edifício. Altura entre 1,20 e 1,50m. Mobiliário: Inexistente.

A área de terraço é grande, e a vista da cidade

é lindíssima e única. Não há possibilidade de permanência, o que é lamentável diante de um espaço tão qualitativo. No dia da visita o céu estava bem azul, uma dádiva. Detalhes da arquitetura do prédio que como pedestre não são possíveis de serem observados, mas quando vistos da cobertura são riquíssimos.

Figuras 86 e 87- Área do Terraço.


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Figuras 88 e 89 - Área do Terraço e vista.

Figuras 90 e 91 - Antiga residência do proprietário e detalhe do balaustre (proteção)


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Figura 94 - Detalhes e paisagem

Figuras 92 e 93 -Paisagem


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4.11 Edifício Matarazzo (São Paulo)

da vista central da cidade. A paisagem é única. A temperatura é fresca, fui num dia de muito calor e a temperatura na parte superior é incrível. Havia uma

12/04/2016

manifestação ocorrendo no térreo e a sensação de paz e silêncio que há na cobertura distanciava os problemas

Descrição: Último pavimento do edifício que hoje abri-

contidos no térreo. Existe ainda um lago com carpas. É

ga a prefeitura de São Paulo, onde existe um grande

sem dúvida uma válvula de escape da vida urbana este

jardim e heliporto.

terraço.

Paisagem: De lá de cima, temos a melhor vista para o Teatro Municipal e Viaduto do Chá, assim como uma visão 360º de todos os edifícios ícones localizados no centro de São Paulo. Acesso: Visitas agendadas através do site e guiadas. O guia conta toda a história do prédio, mostra seus detalhes até chegar à cobertura do edifício. Visita gratuita. Proteção: Altura de mureta por volta de 1,20m. Vegetação local também é uma barreira de proteção. Mobiliário: Inexistente.

A área é grande, e existem plantações em quanti-

dade e qualidade de uma forma única. Há pés de manga, bananeiras entre outro tipo de plantações. Existem alguns mirantes espalhados ao redor do prédio, onde se pode direcionar o olhar para pontos específicos

Figura 95 - A cobertura vista da rua.


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Figuras 96 e 97 - Acesso ao terraço.

Figuras 98 e 99 - Área do Terraço e suas plantações e árvores frutíferas. Lago com carpas


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Figuras 100 e 101 -Paisagem vista de cima e as placas que direcionam a vista

Figuras 102 e 103 -Paisagem vista de cima e as placas que direcionam a vista.


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4.12 Monumento a La Revolución (Cidade do México)

12/02/2016 Descrição: Observatório 360º com visitas mediante a entrada no museu no primeiro pavimento e visita guiada onde há a possibilidade de subira até a cúpula a 67 metros de altura. Paisagem: Ótima vista para a parte central da Cidade do México, principalmente a Praça da República. Paisagem um pouco mais colorida, em tons pastéis, mista entre edificações altas, médias e baixas, além da paisagem montanhosa ao fundo que circunda a cidade. Acesso: Através do Museu de La Revolución, acessa por um elevador panorâmico inaugurado junto com o museu em 2010, pago. Proteção: Além do guarda corpo original de ferro do monumento, há uma proteção de vidro com altura de aproximadamente 1,5m no piso do observatório e na parte mais alta (cúpula) a paisagem é vista através de um vidro mais alto.

Figuras 103 - Monumento visto de baixo.


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Figura 104 - Acesso a cúpula.

Figura 105 - Acima da cúpula do monumento, proteção e paisagem.


68

4.13 Red Bull Station (São Paulo)

22/03/2016 Descrição: Terraço do local que abriga o Estúdio e Centro Cultural Red Bull Station. Antiga sub-estação de energia Riachuelo. Paisagem: 23 de maio e área central da cidade. Paisagem não é a atração do local, de baixa altura, os prédios parecem engolir a paisagem. Acesso: O local fica aberto de terça a domingo e seus horários são variáveis de acordo com os eventos que ali acontecem. Proteção: Uma jardineira circunda o terraço e tem a função também de proteção, junto a um guarda-corpo de altura mediana. Mobiliário: Bancos e cadeiras de design, coloridos se misturam a mobiliários feitos de reaproveitamento de paletes. Há uma bela fonte que se trata na realidade de um reaproveitamento da antiga sub-estação de energia, e antigamente esta água era usada para resfriar alguns Figura 106 - Paisagem.

equipamentos.


69

A área de terraço é grande, porém durante o dia

vazia. Acredito que quando existe evento no local o espaço deve ser disputado. Há uma grande cobertura de pé direito alto, que qualifica o projeto do local, porque o mantém como um espaço ao ar livre a partir do momento que não cobre 100% do espaço.

Figura 108 - Mobiliário e fonte.

Figuras 107 - O terraço visto de fora.

Figura 109

- Área da cobertura.


70

Figura 112 - Proteção, jardineiras e paisagem da Av. 23 de Maio.

Figuras 110 e 111 - Mobiliário e proteção.


71

4.14 Skye Bar (São Paulo)

o serviço oferecido. O espaço ao ar-livre tira bom proveito da vista da cidade, que fica como pano de fundo, porém ver a paisagem através do vidro difere a qualidade e relação do indivíduo com a cidade.

31/03/2016 Descrição: Cobertura do Hotel Unique, onde localiza-se o Skye Bar

e Restaurante

Paisagem: Paisagem noturna. Misto de áreas verdes do Parque Ibirapuera com prédios vizinhos do bairro do Itaim e Jardins. Vista para as torres da Av. Paulista. Acesso: Através do hotel, há um elevador externo específico para acesso ao restaurante e bar. O acesso é livre e gratuito, porém, controlado a partir do momento que atinge um determinado coeficiente. Segundo funcionários para que não prejudique os consumidores quanto ao atendimento do local. Proteção: Vidro alto em todo seu redor. Mobiliário: Grandes guarda-sóis, pufes brancos e mesas baixas dão a ambientação externa um espírito acolhedor ao redor de sua piscina vermelha. Figura 113 - A cobertura vista de baixo.

Sem dúvida o espaço de cobertura, também

conhecido como rooftop bar, mais famoso da cidade. Pela altura do prédio a paisagem não é o que o qualifica, mas com certeza sua ambientação confortável e


72

Figuras 114 e 115 - Ambientação, mobiliário, piscina e paisagem.

Figuras 116 e 117 - Proteção de vidro e paisagem.


73

4.15 Edifício Itália (São Paulo)

08/03/2016 Descrição: Terraço do edifício Itália, onde se localiza o Restaurante Terraço Itália 46º andar. 165 metros. Paisagem: Cinza, centro de São Paulo e seus principais edifícios. Acesso: Para clientes do restaurante ou público em dias de semana ás 16:00, por um período de 1 hora. Proteção: Vidro adicional com altura de aproximadamente 1,9m Mobiliário: Poucos bancos de Jardim.

O local é estreito, porém muito bem conservado,

até por ser uma área privativa ao restaurante. A paisagem dali é comparável a do Copan, porém o edifício é mais alto e melhor conservado, o que faz a ambientação ser mais agradável como área de estar, se assim fosse possível. O piso é bem cuidado e limpo. O terraço é um atrativo a mais do restaurante, sua vista com certeza é uma chamariz, porém não é um observatório ou área de estar até pelo espaço interno ser restrito, confortável sua vista através do vidro nos traz um certo

distanciamento da cidade ali em baixo.

Figuras 118 e 119 - O terraço visto do Edifício Copan e seu acesso através do restaurante


74

Figuras 120 e 121 - Proteção e paisagem vista.

Figuras 122 e 123 - Mobiliário, jardim e paisagem.


75

4.16 Torre Eiffel (Paris)

caminha, há uma loja e um café neste piso, além de um container que estava fechado, mas que acredito ter uso comercial. No primeiro piso a paisagem já é deslum-

13/03/2016

brante, mas a possibilidade de admirar a parte interna da torre é a parte essencial nesta etapa. No segundo

Descrição: Observatório da Torre Eiffel 360º. Primeira

piso existe um outro café e uma vista mais abrangente

parte 57,64m de altura com relação ao solo e segundo

da cidade, e dentro do piso há um outro pavimento como

pavimento 115,73m de altura. (último pavimento 276m)

um mezanino. É possível ver construções que na escala do pedestre seria mais difícil e me surpreendi com uma

Paisagem: Em tons claros de cinza, cortada por pais-

construção em cor vermelha que destoava da paisagem

agens naturais como o Rio Sena e seus jardins verdes

clássica local. Os bancos servem de área de estar para

parisienses.

aqueles que desejam apreciar o momento por algum tem-

Acesso: Escada (7euros) ou elevador (11euros). Escada com 700 degraus. Mobiliário: bancos espalhados com certo recuo. Proteção: Na parte que dá vista para o interno da Torre, vidro com altura por volta de 2m. Para a vista externa da cidade há um tipo de gradeado vazado.

Subi de escadas e a percepção espacial foi im-

pressionante, melhor do que em outrora de elevador, a possibilidade de vislumbrar os detalhes estruturais é sem dúvida superior. No primeiro piso é possível vislumbrar a paisagem dos pedestres que circulam em baixo do monumento, há um trecho de vidro no piso onde temse a sensação de estar flutuando por sobre a gente que

po a mais. No ultimo pavimento encontra-se também um restaurante.


76

Figura 124 -A área de observatório vista de baixo e os vidros de proteção da área do 1º pavimento de observatório. Figuras 125 e 126 - Escadas de acesso e proteção através de vidros 1o nível.


77

Figuras 127 e 128- Segundo pavimento de observatório luneta e proteção através de grades. Trecho de piso de vidro do 1º nível.

Figura 129 - Paisagem


78

4.17 Whitney Museum (Nova York)

07/01/2016 Descrição: Terraços do Museu de Arte Americana Whitney. Acesso: Mediante a ingresso no local (22 dólares). Elevadores e escadas entre os pisos e escadas externas para circulação entre eles. Mobiliário: bancos que convidam a área a tornar-se de estar, além da possibilidade de vislumbrar a paisagem e apreciar as exposições na área externa. Paisagem: Cores terrosas. Vista para o High Line Park, Rio Hudson, Chelsea além de possíveis observações com relação a arquitetura do próprio museu. Proteção: Guarda corpo baixo.

Os terraços são sem dúvida o melhor espaço do

local para aqueles que vivenciam arquitetura e a cidade. Sensações de conforto de acolhimento, a paisagem é única no local onde a paisagem ainda há de sofrer mutações. Há um restaurante em um dos pisos. Figura 130 - Paisagem


79

Figuras 131 e 132 - Varandas vistas da parte externa do museu

Figuras 133 e 134 - Exposição do terraço, mobiliário e proteção.


80

Figuras 135 e 136 - Paisagem

Figuras 137 - Paisagem


5. DOSSEL



83

5.1 MAC Ibirapuera

este espaço com música, cerveja e a possibilidade de assistir ao pôr do Sol deste lugar, já que geralmente

Alguns dos locais visitados na cidade de São

o Museu fecha às 18:00h e o espaço ficava disponível

Paulo, para serem utilizados como estudo de caso no

até às 22 horas nestes dias. Foi possível visitarmos o

TCC, apresentavam terraços em coberturas de diferentes

ambiente nesta ocasião e aproveitar a oportunidade de

edifícios, onde atualmente não existe nenhuma ambien-

vislumbrar a paisagem local e usufruir deste ambiente,

tação.

observando como é utilizado em um evento coletivo,

Com o intuito de propor uma intervenção em um

destes espaços, e viabilizar a possibilidade de um novo uso de espaço coletivo, escolhi o terraço do edifício onde hoje está instalado o MAC do Ibirapuera.

O projeto original deste edifício, de autoria

de Niemeyer (1907-2012), era parte de um complexo

diferente do vazio usual. (Figuras 135 a 138) A partir desta vivência há a possibilidade de se imaginar usos semelhantes para o terraço, que este trabalho busca. Outras atividades festivas esporádicas tem ocorrido neste local, que parece ter sido descoberto como espaço singular e potencial para o mercado de eventos na cidade de São Paulo.

arquitetônico do Parque Ibirapuera, inaugurado em 1954, e que foi a sede do Palácio da Agricultura por 5 anos, passando para o Detran até o ano de 2008 e, após este período, reabriu como Museu de Arte Contemporânea.

O projeto do museu, inaugurado no ano de 2012,

previa o uso do terraço, como restaurante, o que até os dias de hoje ainda não aconteceu. Atualmente esta estrutura está inacabada, como podemos ver nas imagens apresentadas neste TCC.

Recentemente, com o slogan: “Corona lhe convida

a aproveitar os 60 minutos a mais de sol, do horário de verão”, realizou-se o evento “Corona Summertime Sunset” de 15 a 29 de outubro de 2016, neste mesmo terraço. O evento convidava os usuários a vivenciarem

Figura 138 - Terraço com ambientação do evento (imagem autoral)


84

Fonte:

adotarmos

Figura 141- Terraço com ambientação do evento http://www.blogmmag.com.br/2016/10/corona-summertime-sunsets-no-mac-sao.html

uma

interessante

como

desafio

situação de

neste

projeto,

contexto

para

considerando

a

paisagem, de um dos parques mais famosos da cidade, que ele oferece para o visitante desfrutar. A proposta de ocupação para este local é o projeto de um restaurante e bar (rooftop bar), denominado “Dossel”.

As imagens à seguir foram feitas em visita no dia....

de novembro, mostrando a ambientação usual em comparação ao projeto proposto, feita através de fotomontagens.

Figuras 139 e 140 - Terraço com ambientação do evento (imagens autorais)


85

Figuras 142 e 143: Imagem do terraรงo do MAC fotografado no dia 01/11/16 (foto autoral) e fotomontagem do uso proposto pelo projeto Dossel.


86

Figuras 144 e 145: Imagem do terraรงo do MAC fotografado no dia 01/11/16 (foto autoral) e fotomontagem do uso proposto pelo projeto Dossel.


87

Figuras 146 e 147: Imagem do terraรงo do MAC fotografado no dia 01/11/16 (foto autoral) e fotomontagem do uso proposto pelo projeto Dossel.


88

Figuras 148 e 149: Imagem da รกrea interna fotografado no dia 01/11/16 (foto autoral) e imagem do uso no projeto Dossel.

Figuras 150 e 151: Imagem da รกrea interna fotografado no dia 01/11/16 (foto autoral) e imagem do uso no projeto Dossel.


PRODUCED BY AN AUTODESK EDU

5.2 Planta Baixa: Dossel - Rooftop bar e restaurante Área interna: 813,18m2 Cozinha: 133,24m2 Área terraço: 645,46m2 total:

1458,64m2

K EDUCATIONAL PRODUCT

Área


TODESK EDUCATIONAL PRODUCT

89

PRODUCED BY AN AUTODE


90

Figuras 152 : Planta Dossel Humanizada



91

5.3 Dossel - Memorial Descritivo

O cardápio do restaurante prevê comida contem-

porânea, sanduíches e “comidinhas” servidas de manei

Dossel é um restaurante e bar que coroa o Museu

ra informal, que não necessariamente exige troca de

de Arte Contemporânea do Ibirapuera. Localizado no 8o

talheres ou necessite de uma mesa para apoiar-se, no

andar deste edifício o projeto tem o intuito de revi-

estilo “finger-food”16.

talizar este espaço, bem como ressaltar características e sensações que são únicas e prevalecem no topo de

Com o intuito de uso coletivo, prevalecem neste

edificações, a arquitetura e ambientação “mais perto

ambiente, mobiliários que integram a relação entre

do céu”.

seus usuários. Mesas que atravessam o interior, remetem a situação interior versus exterior que neste espaço integram-se plenamente. (figura 154) Novas aberturas com portas pivotantes maiores, preveem uma melhor circulação no ambiente, e também a mesma junção da área externa com a interna (figura 155). O bar corta o interior, atravessando o espaço interno até a área do terraço.

Figura 153: Uso proposto pelo projeto. Figura 154: Mesas que atravessam o interior até a área externa.

Finger Food significa “comida para comer com os dedos”. Não há a necessidade de prato, garfo ou faca. As receitas nesse estilo variam desde canapés até miniaturas de receitas mais sofisticadas.) Fonte: http://inglesgourmet.com/2011/09/finger-food/ 16


92

Figura 155: Novas aberturas com portas pivotantes que permitem melhor permeabilidade na área do bar.

Mesas de bilhar convidam os usuários a permanên-

cia no mesmo ambiente em que vidros refletem a paisagem externa, trazendo-a para “dentro” por um instante. Balanços trazem a sensação lúdica da infância de voar e os assentos voltados para a paisagem convidam o observador a deleitar-se (figura 156, 157 e 158).

Figuras 156 e 157: Balanços que remetem a sensação de voar, na mesma área que mesas de bilhar. Assentos voltados para a paisagem.


93

Figura 158: Vidros com reflexo de espelho, refletirão a paisagem externa, trazendo-a para esta área, a mesma onde estão mesas de bilhar e balanço.

Vegetações relembram que o térreo pode estar em

partes neste pavimento e um espelho d’água refletindo trazem o céu até ali (figura 160). Um pilar (desenvolvido pela autora) com referência aos pilotis no térreo, obra do arquiteto Niemeyer, divide o espaço entre a área de restaurante e a área do bar. Este segue o desenho, dando continuidade a uma mesa de alturas diferentes, projetada especialmente para este espaço. (figuras 161 e 162.) Figuras 159 e 160: Imagem da área do Terraço externa fotografado no dia 01/11/16 (foto autoral) e imagem do uso no projeto Dossel onde se localiza um espelho d’água refletindo o céu e uma árvore circundada por um assento.


94

Para os dias de festa ou eventos há um palco for-

mado por módulos, estes podem se desvincular para uso como assentos, movimentando-os livremente pelo espaço, nos outros dias em que o palco não é ocupado (Figuras 163, 164 e 165).

Figuras 161 e 162: Pilotis com referência aos mesmo localizados no térreo dividem a área do restaurante com a do bar, e mesa projetada para o espaço.

Figuras 163 e 164: Palco Modular fechado e com módulos parcialmente em uso.


95

5.4 Mobiliário Dossel

Alguns mobiliários e objetos foram desenvolvidos

especialmente para o projeto, Outros, desenvolvidos e adaptados a partir de referências e serão apresentados a seguir.

5.4.1 ADEGA

Desenvolvido a partir de

referência iconográfi-

ca. Material: ferro. Figura 165: Módulos que encaixam-se entre si e o Palco Modular em uso como assento.

Referência: Restaurante Mar. Projeto: Hafsteinn

Júlíusson and Karitas Sveinsdóttir (figura 168)

Este projeto contempla 238 assentos no total,

sendo estes específicados na tabela descritiva e não incluso neste total numérico, o uso dos módulos aqui citados acima. É possível que o

número de visitantes

supere a capacidade de assentos.

Figuras 166 e 167: Vista do suporte usado como adega e detalhe de sua estrutura.


PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

96

Figura 168: Imagem de referência de projeto. http://www.frameweb.com/news/mar-by-hafsteinn-juliusson-and-karitas-sveinsdottir

5.4.2 Apoio para taças (acrílico)

5.4.3 Suporte de bar para taças

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

Fonte:

Figura 170: Elevações do apoio para taças.

Figura 171: Suporte para taças em uso no bar Dossel. Figura 169: Apoio para taças.


97

Largura: 1,0m Profundidade: 0,4m Altura: 0,6m Figura 174: Mesa projetada para o restaurante em proposta de uso. PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

Figura 172: Detalhe do suporte em uso no bar.

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

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Figura 173: Planta da mesa projetada para o restaurante

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

5.4.4 Mesa PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

5.4.5 Balanรงo PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

Figuras 175 e 176: Balanรงos em planta e imagem no local proposto.


98

5.4.6 Mesa Pilotis

Figura 177: Elevação da Mesa Pilotis projetada.

Figura 178:

Imagem da Mesa Pilotis no local.


99

5.4.7 Palco Modular

Projeto desenvolvido a partir de referência.

BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCED Material: Módulos de madeira laminadaPRODUCT e estrutura do palco de madeira rústica, tipo demolição.

Referência:

Montessori

Primary

School

Delft

(figura); Projeto: Herman Hertzberger (figura 180)

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

Figura 180: Imagem do projeto de referência Fonte: https://br.pinterest.com/pin/275212227202306555/

Figuras 181, 182 e 183: Figuras 179:

Planta do Projeto de Palco Modular

Palco modular


100

5.5 Tabela descritiva de mobiliário Descrição Banco Banco

Quantia 6 43

Cor/material

Modelo de Referência

Preto / Poliuretano

Léger

Preto/ metal

Charlotte

Referência

59

Preto/ Plástico

Manolo Bossi

Altura: 0,90m/ Largura: 0,42m /Profundidade: 0,48m

Eva

Altura: 0,81m/ Largura: 0,38 /Profundidade: 0,41m

Oppa design Preto

Dimensões Altura: 0,90m/ Largura: 0,31m /Profundidade: 0,31m

Oppa design Banco

Projeto

Poltrona suspensa

10

Náutica

Cadeira

17

Madeira avelã/ pés em metal preto.

Bilbao

Altura: 0,81m/ Largura: 0,46m /Profundidade: 0,82m

Cadeira

12

Madeira

Bossa

Altura: 0,86m/ Largura: 0,54m /Profundidade: 0,56m

Altura: 1,20m/ Largura: 0,60m /Profundidade: 0,50m

Alberto Sanchez

Jader Almeira Cadeira

Cadeira

Cadeira

3

18

15

Mesa redonda

6

Mesa orgânica

1

Marrom/ pés em metal preto

Eames com braço

Azul turquesa / pés de madeira

Ottawa

Cru/ pés de metal polido.

Jet

Madeira

Geometric

Altura: 0,81m/ Largura: 0,46m /Profundidade: 0,82m

Charles Eames

Altura: 0,81m/ Largura: 0,46m /Profundidade: 0,82m

Karin Roshid

Altura: 0,86m/ Largura: 0,54m /Profundidade: 0,56m

Ibanez Razzera

Diâmetro; 1,20m (5 unidades) e 1,60m

Cremme design Madeira

Projeto autoral

_________________

Página 97


101

Descrição

Quantia Cor/material

Modelo de Referência

Referência

Projeto

Dimensões

Projeto autoral

________________

Página 98

Altura: 0,75 / Largura: 1X1m

Mesa Pilotis

1

Madeira / vidro / concreto

Mesa 2 lugares

9

Madeira

________________________________

________________

Mesa triangular

1

Madeira

________________________________

________________

Altura: 0,75m/ Largura: 2,6m /Profundidade: 2,1m

Mesa pequena

4

Metal polido

________________________________

________________

Altura: 0,35m/ Diâmetro: 0,4m

Mesa pequena

5

Vidro/metal preto

________________________________

________________

Altura: 0,35m/ Diâmetro: 0,4m

Mesa alta

2

Madeira de demolição

________________________________

________________

Altura: 1,10m / Largura: 5,0m /Profundidade: 1,0m

Mesa de vidro

2

Vidro / pés de madeira

________________________________

________________

Altura: 0,75m/ Largura: 3,7m /Profundidade: 1,0m

Mesa retangular

4

Madeira

________________________________

________________

Altura: 0,75m/ Largura: 1,8m /Profundidade: 1,0m

Sofá 2 lugares

1

Preto

Nord

Sofá 2 lugares

6

Sofá 3 lugares

2

Cremme Cinza

Pold Karin Rashid

Cinza

Verso Fernando Jaeger

Altura: 0,77m/ Largura: 1,90/ Profundidade: 0,83m Altura: 0,77m/ Largura: 1,90/ Profundidade: 0,83m Altura: 0,78m/ Largura: 2,70m/ Profundidade: 0,75m


K EDUCATIONAL PRODUCT

5.6 Iluminação

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATION

102


Y AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

103

PRODUCED BY AN AUTODE


PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT 104

5.7 Cozinha Industrial ampliada

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT


105

5.8 Bar - Imagens

Figuras 184 e 185: Ambientação do bar Dossel



107

Conclusão Final

A arquitetura oferece sensações únicas, sentidas em diferentes espaços de uma mesma edificação. O topo de um

edifício quando usado é um espaço de qualidade sensorial diferenciado.

O levantamento realizado em edifícios da cidade de São Paulo nos mostrou que, embora existam algumas oportuni-

dades de ocupação das coberturas, estas não acontecem frequentemente como em outras cidades visitadas. Ainda percebemos que estes são espaços negligenciados da cidade, e estão disponíveis à intervenção.

O projeto do Rooftop Bar e Restaurante denominado Dossel confere ao museu de Arte Contemporanea – MAC –SP já

existente mais vida; oferece uma nova opção de restaurante com ambientação descontraída e elegante. Um novo uso de espaço coletivo, que pode e deve ser desfrutado e vivenciado, somando-se as experiências únicas que a cidade de são Paulo oferece.



LISTA DE IMAGEM



111

Figura 1: Edifício Flatiron, 1902.

Figura 8: Edifício Matarazzo, Sede da Prefeitura de

Disponível em <http://mashable.com/2015/10/28/build-

São Paulo.

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Disponível

Figura 2: Desenho da Torre Globo publicado nas páginas

em

<https://24hrs.nu/2015/12/07/vis-

ite-o-edificio-matarazzo/> Acesso em 10/05/2016.

do jornal NW Harold, 1906.

Figura 9: Casa Milá, La Pedrera.

KOOLHAAS, R. Nova York Delirante, São Paulo: Cosac

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Figura 3: Vistas ilustradas da Torre Globo.

Figuras 10 e 11: Whitney Museum, Nova York (janeiro

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2016). Fotos autorais.

em

<http://www.taringa.net/post/in-

fo/18766113/15-Edificios-fantasticos-que-no-se-terminaron-de-construir.html> Acesso em 20/04/2016. Figura 4: Jardim Romanos de Murray. KOOLHAAS, R. Nova York Delirante, São Paulo: Cosac Naify, 2008,p.128 Figura 5: Anúncio dos Jardins Romanos de Murray. Disponível

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<https://br.pinterest.com/

pin/368310075748481129/> Acesso em 20/04/2016. Figura 6: Interior dos Jardins Romanos de Murray. Disponível em <https://restaurant-ingthroughhistory. com/tag/murrays-roman-gardens/> Acesso em 20/04/2016. Figura 7: Teorema de 1909, Revista Life (Ed. Outubro de 1909). KOOLHAAS, R. Nova York Delirante, São Paulo: Cosac Naify, 2008, p.107.

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<https://archidialog.com/tag/casa-mi-

Figura 12: Cristiano Mascaro por Suzana Coronelos. MASCARO, C. Luzes da Cidade. 1996 Imagem 13: Centro de São Paulo por Cristiano Mascaro. MASCARO, C. Luzes da Cidade. 1996 p.58 Imagem 14: Rua Bresses por Cristiano Mascaro. MASCARO, C. Luzes da Cidade. 1996 p.57 Imagem 15: Viaduto do Chá por Cristiano Mascaro. MASCARO, C. Luzes da Cidade. 1996 p.17 Imagem 16: Vista do MAC Ibirapuera, São Paulo. (março 2016). Foto autoral. Figura 17: Capa da publicação de Alex MacLean. Disponível em: <http://www.amazon.com/Up-Roof-HiddenSkyline-Spaces/dp/1616890509> Acesso em 16/05/2016. Figura 18: Galeria de arte Landmark Arts Building,


112

Chelsea Manhattan, NY. Disponível

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<http://archive.landslides.com/index>

Acesso em 16/05/2016. Figura 19: Brooklyn Grange Rooftop Farms. Disponível em <http://www.alexmaclean.com/books> Acesso em 03/06/2016.

Figuras 34 e 35: Fotos da autora, bar Alto da Harmonia. Figuras 36 a 40: Casa Milá. Fotos da autora. Figuras 41 a 48: Centro Cultural de São Paulo. Fotos da autora. Figuras 49 a 54: Conjunto Nacional. Fotos da autora.

Figura 20: The Standart Hotel. Disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/785553/

Figuras 55 a 60: Edifício Copan. Fotos da autora.

o-lado-oculto-de-nova-iorque-por-alex-maclean> Acesso

Figura 61: Imagem do terraço visto de fora.

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Figuras 21, 22, 23 e 24: Edifício Itália, Edifício Matarazzo, Hotel Unique e Av. Paulista, São Paulo. Disponíveis

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com/2013/07/11/curiosities-top-11-rooftops-of-madrid/> Acesso em 01/06/2016. Figuras 62 a 69: Gourmet Experience. Fotos da autora.

Figura 80: MAC visto de fora. Disponível

Figura 26: 230 Fifthy Rooftop Bar vista do Empire State Building. em

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Figuras 70 a 79: MAC Ibirapuera. Fotos da autora.

Figura 25: Comparativo de altura entre os locais de

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door-roofdeck/c853> Acesso em 30/03/2016. Figuras 27 a 32: 230 Fifithy Rooftop Bar. Fotos da autora.

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Figura 33: Vista externa do bar Alto da Harmonia.

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<http://www.madisonlondon.net/at/>


113

Figuras 84 e 85: Fotos da autora do Madison Rooftop Bar. Figuras 86 a 94: Fotos autorais do terraço no Edifício Martinelli. Figuras 95 a 102: Edifício Matarazzo. Fotos da autora. Figuras 103 a 106: Monumento a la Revolución. Fotos da autora. Figuras 107 a 112: Red Bull Station. Fotos da autora. Figuras 113 a 117: Skye Bar. Fotos da autora.

pelo projeto Dossel. Figura 149 e 151: Imagem da área interna com ambientação do Projeto Dossel. Figura 152: Planta Dossel Humanizada Figura 153: Dossel. Proposta de uso e ambientação. Figura 154: Dossel. Mesas que atravessam o ambiente. Figura 155: Dossel. Novas aberturas com portas pivotantes. Figuras 156 e 157: Dossel. Balanços e assentos volta-

Figuras 118 a 123: Terraço Itália. Fotos da autora.

dos para a paisagem.

Figuras 124 a 130: Torre Eiffel. Fotos da autora.

Figura 158: Dossel. Vidros que refletem a paisagem

Figuras 131 a 137: Museu Whitney. Fotos da autora. Figuras 138 - 140: Terraço do MAC com ambientação do Corona Summertime Sunset (imagem autoral) Figura 141: Terraço do MAC com ambientação do Corona

externa. Figura 159: Foto do terraço do MAC autoral. 01/11/16 Figura 160: Dossel. Imagem do espelho d´água que reflete o céu e árvore circundada pelo assento.

Summertime Sunset. Disponível em: http://www.blogmmag.

Figuras 161 e 162: Dossel. Mesa pilotis que divide o

com.br/2016/10/corona-summertime-sunsets-no-mac-sao.

espaço do restaurante e bar.

html Figuras 142, 144, 146, 148, 150: Foto do terraço do MAC autoral. 01/11/16 Figura 143, 145, 147: Fotomontagem do uso proposto

Figuras 163 – 165: Dossel. Palco modular. Figuras 166 e 167: Dossel. Adega. Figura

168:

Restaurante

Mar.

Disponível

em:


114

http://www.hafstudio.is/mar-bar/http://www.frameweb. com/news/mar-by-hafsteinn-juliusson-and-karitas-sveinsdottir Figura 169: Dossel. Apoio para taças. Figura 170: Elevações do apoio para taças. Figuras 171 e 172: Dossel. Suporte de bar para taças. Figura 173: Planta da mesa projetada. Figura 174: Dossel. Imagem da mesa projetada. Figura 175: Planta dos Balanços. Figura 176: Imagem dos balanços. Figura 177: Elevação da mesa Pilotis. Figura 178: Dossel. Imagem da mesa Pilotis. Figura 179: Planta do Palco Modular. Figura

180:

Disponível

Montessori em:

Primary

School,

Delt.

https://br.pinterest.com/

pin/275212227202306555/ Figuras 181-183: Dossel. Palco Modular. Figuras 184 e 185: Dossel. Ambientação do bar.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, FILMOGRÁFICAS E SÍTIOS DIGITAIS



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Mascarianas (documentário-vídeo). Produzido por: Tata Amaral. Co-produção: Tv Cultura e Tangerina Entreten-




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