Reflexos do Imensurável A luz e monumentalidade em Kahn

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Reflexos do Imensurรกvel A luz e monumentalidade em Kahn


Elaborada pelo sistema de geração automática de ficha catalográfica do Centro Universitário Senac São Paulo com dados fornecidos pelo autor(a). Imasaki, Natália Yumi Reflexos do Imensurável - A luz e monumentalidade em Kahn / Natália Yumi Imasaki - São Paulo (SP), 2017. 80 f.: il. color. Orientador(a): Gabriel Pedrosa Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) - Centro Universitário Senac, São Paulo, 2017. Imensurável e mensurável, Percepção sensorial, Reflexão, Contraste, Monumentalidade. I. Pedrosa, Gabriel (Orient.) II. Título


CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC NATÁLIA YUMI DEODORO IMASAKI

REFLEXOS DO IMENSURÁVEL

A LUZ E MONUMENTALIDADE EM KAHN

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Senac, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Orientador: Gabriel Pedrosa

São Paulo 2017



Agradecimentos Agradeço a minha família e amigos por todo apoio e motivação que me deram. Agradeço aos meus professores pelo auxílio durante esse TCC e durante todos os 5 anos de curso, mas dentre todos agradeço principalmente ao meu orientador Gabriel Pedrosa, pela inspiração, suporte e apoio.



Abstract

Resumo

Always present in the life of the human being, light is an element that is necessary for all, from the beginning of civilizations. Also present in architecture since its first manifestations, light becomes one of the elements of greater importance for the design of an architectural project. It creates and shapes spaces giving meaning to them, awakening the sensory perception of the people who experience them.

Sempre presente na vida do ser humano, a luz é um elemento que se faz necessário a todos, desde o princípio das civilizações. Presente também na arquitetura desde suas primeiras manifestações, a luz se faz um dos elementos de maior importância para a concepção de um projeto arquitetônico. Cria e modela espaços dando significado a eles, despertando a percepção sensorial das pessoas que os vivenciam.

Louis Kahn, one of the most important architects of the second half of the twentieth century, works the light in all his works as one of its main elements. Each space of Kahn’s entire architecture is thought from light, worked together with the other design elements of a project, such as the program, environment and materiality. Another central feature of Kahn’s work is his monumentality, influenced by Greek and Roman architecture, with which the architect had contact early in his career. From the study of these issues, the project will be proposed for a memorial pavilion, located next to the Four Freedoms Park (park designed by Kahn), creating a connection between the projects. It brings in its concept the monumentality and the use of light to design spaces, characteristic features in the works of Kahn. Key words: Immeasurable and measurable, Sensory perception, Reflection, Contrast, Monumentality.

Louis Kahn, um dos mais importantes arquitetos da segunda metade do século XX, trabalha a luz em todas as suas obras como um de seus principais elementos. Cada espaço de toda a arquitetura de Kahn é pensado a partir da luz, trabalhada em conjunto com os demais elementos de concepção de um projeto, como o programa, o entorno e a materialidade. Outra característica central da obra de Kahn é sua monumentalidade, influência dada pela arquitetura grega e romana, com as quais o arquiteto teve contato no início de sua carreira. A partir do estudo dessas questões, será proposto o projeto de um pavilhão-memorial, implantado ao lado do Four Freedoms Park (parque projetado por Kahn), criando uma conexão entre os projetos. Ele traz em seu conceito a monumentalidade e o uso da luz para concepção de espaços, características marcantes nas obras de Kahn. Palavras chave: Imensurável e mensurável, Percepção sensorial, Reflexão, Contraste, Monumentalidade.



Sumário Resumo 7 Introdução 11 1. Luz 13 1.1 Introduzindo a Luz 13 1.2 Luz na concepção dos espaços 13 1.3 Luz x Sombra 14 1.4 Le Corbusier 15 1.5 Tadao Ando 16 2. Louis Kahn 17 2.1 Introdução a carreira de Louis Kahn 17 2.2 Principais Obras 18 2.3 Forma x Design 21 2.4 Luz e sombra em Kahn 22 2.5 Técnicas e Conceitos por Kahn 23 3. Pavilhões 32 3.1 Origem 32 3.2 Significado 33 3.3 Estudo de Caso 33 4. Projeto 39 4.1 Partido 39 4.2 Proposta final 40 4.3 Implantação 44 5. Conclusão 72 Bibliografia 73 Lista de imagens 75


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Introdução monólitos. Khan dá grande importância para o uso dos materiais, sempre usando os mais simples, como concreto, tijolo e madeira, empregando sua devida grandeza através de suas técnicas e estilo único de usar a luz.

Sempre presente na vida das pessoas, assim como na arquitetura, ela se faz necessária para a percepção dos espaços, da passagem do tempo e das cores. A luz constrói os espaços, revela e esconde formas, traz significados diversificados para cada ambiente, dependendo da percepção de cada indivíduo que os frequenta. Instigando os sentidos dos usuários, levando-os a transcenderem o material e alcançar algo emocional, torna a vivência em determinado espaço algo único para cada pessoa.

Através do estudo de um contexto geral da importância da luz na arquitetura e de uma análise mais focada nas obras e influências do arquiteto, esse projeto utiliza as técnicas do uso da luz concebidas por Louis Kahn aplicadas na concepção de um pavilhão expositivo em homenagem ao arquiteto, com o programa sendo formado por um espaço para exposição fixa, outro para exposições temporárias e um auditório, possibilitando o acontecimento de diversos tipos de eventos. O pavilhão busca explorar a percepção dos espaços através do estímulo dos sentidos dos usuários através da luz, trazendo esta importante diretriz da arquitetura de Kahn.

A existência da luz automaticamente dá existência à sombra, um complementa o outro. A sombra é criada a partir do momento em que a luz entra em contado com alguma superfície, criando formas, revelando e escondendo detalhes. Sua incidência pode ser alterada de acordo com o material e cor da superfície que a recebe, podendo aumentar, diminuir, refletir ou não. Todas essas questões influenciam na formação da percepção do espaço. A luz está presente em toda arquitetura, porém nem todos os arquitetos a utilizam como principal diretriz. Alguns só a veem como uma resultante da arquitetura ou um elemento necessário somente para o conforto ambiental. Já outros arquitetos, como Louis Kahn, Le Corbusier e Tadao Ando, fazem dela o elemento essencial de suas obras, estabelecendo um diálogo dela com os demais elementos necessários para a realização de um projeto. Louis Kahn, o arquiteto foco deste trabalho, é um nome de grande importância na arquitetura da segunda metade do século XX, destacando-se por fugir de conceitos como “a função faz a forma” e por não ignorar o passado focando só no atual. Com grande parte das suas referências vindas da arquitetura antiga, grega e romana, Kahn sempre busca a monumentalidade unindo o antigo com as novas técnicas. Kahn utiliza da luz como uma de suas principais diretrizes. Para ele, um espaço não existe com sua ausência. Ele traz a monumentalidade para suas obras unindo a iluminação natural com seus grandes

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1. Luz

1.2 Luz na concepção dos espaços

1.1 Introduzindo a Luz

A luz é um dos principais vetores para se compreender o espaço. Ela o constrói dando forma e sentido aos elementos físicos, sintetizando a beleza da arquitetura, tanto nas suas formas construídas como conceituais. A luz dá significado ao espaço e nessa medida aproxima-se de uma poética do espaço, que pode-se definir como um processo de exploração das imagens e experiência sobre as coisas construídas, para que o homem habite com a imaginação.

A luz é fonte de significados, de simbolismos ancestrais e está associada à magia para muitas crenças de origem humana, tanto individuais como coletivas, isso faz com que a sua ligação direta com a arquitetura transforma a luz numa presença fundamental na vida das pessoas, da sua identidade e da sua história.

As pessoas têm a necessidade de transcender o mero dado material e projetar sobre os espaços que vivenciam, seus valores estéticos, simbólicos e emocionais. A luz é mais do que somente o fenômeno plástico-visual, que faz da arquitetura algo perceptível, ela faz que o espaço transcenda o material, trazendo para seus usuários sensações e lembranças, de acordo com suas experiências de vida.

Panteão

O panteão romano é um dos mais antigos e conhecidos exemplos do uso plástico da luz na arquitetura, sempre muito citado por Kahn por ser um grande referencial para a sua arquitetura, no uso da luz e em sua monumentalidade. Sua fachada triangular é sustentada por um pórtico de oito colunas coríntias de granito com mais oito na parte de trás, porém seu principal elemento é o grande domo que cobre a rotunda, onde um óculo permitia a iluminação natural através de um único feixe de luz que mudava sua posição conforme o movimento do sol.

” Luz, acontecimentos e lugares podem somente serem compreendidos em sua mútua relação. A fenomenologia dos acontecimentos e lugares é também a fenomenologia da terra e do céu. O céu é a origem da luz, e a terra sua manifestação”. NORBERG-SCHULZ, Christian. In: PLUMMER, Henry. Poetics of light. Tókio: A+U, n.12, 1987, p.5. Citado em Barnabé, Paulo Marcos. A luz natural como diretriz de projeto.

A mente do ser humano tende a perceber com maior prioridade o que lhes interessa de acordo com suas experiências vividas, tornando sua percepção do espaço algo também subjetivo. Usando a luz como diretriz no momento conceptível, se criam espaços onde todos os elementos se interligam, criando relações formais, espaciais e perceptivas que transcendem os aspectos somente visuais, fazendo o ambiente ser lido como um todo. A luz está presente em todo lugar, assim também como em toda a arquitetura, é o elemento principal para a vivência, cria o ambiente e difere um lugar de um espaço amorfo. Porém alguns arquitetos a consideram somente como um elemento circunstancial, uma condicionante do conforto ambiental, enquanto para outros é como um material construtivo essencial, um partido, uma condicionante

1. Óculo do Panteão Romano

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geradora dos demais elementos formais.

1.3 Luz x Sombra

Usar a luz como uma diretriz importante de projeto implica não somente focar nela, mas também fazê-la dialogar com as demais condicionantes de um projeto, levando em consideração condições climáticas, mutabilidades das características luminosas na variação de tempo, características do entorno, geometria do edifício, materiais, entre outras.

Para poder dominar totalmente um espaço é necessário que o arquiteto conheça e compreenda a luz e o quão ela se faz necessária para a formação e percepção de um ambiente. Ao existir a luz passa a existir simultaneamente a sombra, e ambos se completam, como dois opostos que se interligam e juntos geram as formas e cores. O jogo de luz e sombra que transforma a essência do espaço pode ser caracterizado por quatro elementos:

Sabe-se, portanto, que não existe qualquer objeto arquitetônico desvinculado da luz natural, pois todo volume projeta sombra sobre a luz. A luz revela a verdadeira plasticidade das formas e dos espaços. Agindo em conjunto com todas as outras condicionantes de um projeto, mas ao mesmo tempo conseguindo ser autônoma na sua capacidade de transformar-se.

1 - Fonte de luz: sua intensidade e características direcionais vão influenciar no efeito luminoso causado. A luz ao entrar em contato com o objeto, transfere algumas de suas características a ele, fundindo-se e modificando o ambiente. 2 - A geometria: relação entre a fonte e o objeto iluminado, a posição em que um se encontra em relação ao outro também modifica o efeito da luz. 3 - Superfície: as características do objeto também influenciam quando entram em contato com a luz, elas reagem de forma diferente a fonte luminosa, transformando-a em fontes luminosas secundárias, por reflexão, mais ou menos luminosas. 4 - O usuário: o destino final das anteriores, quem recebe e interpreta as sensações provocadas pelos efeitos de luz e sombra, através da percepção sensorial do espaço.

O espaço para existir depende dos elementos matérias como também dos elementos imateriais. Elementos materiais (estáveis): tijolo, concreto, vidro, etc. Elementos imateriais (instáveis): luz, som, temperatura, odores, etc. A luz natural tem um fluxo instável e o arquiteto tem em suas mãos o poder de controlar e manipular esse fluxo instável ao seu favor. Podendo criar cheios e vazios, relações de claro e escuro, reentrâncias e saliências, concentrações e rarefações, densidades e transparências, pesos e levezas, enfim, criando um estado estável se apropriando de um fluxo instável. Uma mesma construção pode se tornar ambientes completamente diferentes, e até com finalidades diferentes, dependendo de como é abordada a relação da luz com os elementos construídos. A luz muda o espaço conforme ela é trabalhada, estando sempre ligada a função do edifício, pois cada atividade exige um tipo diferente de iluminação e ambientação. Variações de aberturas, formas, texturas, cores, materiais e localização geográfica, também influenciam em sua percepção, intensidade e qualidade. Todos esses elementos e funções determinadas pelo partido proposto são determinantes no processo de concepção, tornando-se possível chegar a diversos projetos distintos, mesmo partindo de diretrizes semelhantes.

2. Desenho dos feiches de luz criado pela geometria das abeturas da Igreja Paroquial de Saint Pierre, em Firminy

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La Tourette A igreja tem como diretriz de projeto o destaque da luz natural. O jogo de luz e sombra ora esconderia ora revelaria o conflito entre o sagrado e o profano. Cada parte da igreja foi definida com a luz dialogando com o tempo, permitindo que se note sua passagem. A luz que entra pela cobertura muda de acordo com as estações do ano, formando um pequeno triângulo no inverno e um retângulo no verão, quando incide mais luz. A forma bruta e simples da igreja ganha sua grandeza e sentido quando se atribui luz a ela. O acesso é estabelecido por uma rampa na penumbra que te faz emergir gradualmente, acompanhando os efeitos de luz e sombra que começam a ser percebidos aos poucos, conforme sua visão vai se adaptando à baixa luminosidade, permitindo a compreensão total do espaço.

3. Iluminação indireta, do Instituto Indiano de Administração

Segundo Leonardo da Vinci, encontramos 3 tipos de sombras: A auto sombra, que se projeta sobre o próprio corpo. O sombreamento que abrange o contraste entre claro e escuro, e é próprio da forma dependendo da fonte de luz. Por último a sombra projetada, que seria a sombra de um determinado objeto projetada em outro objeto.

A igreja apresenta-se como um grande e alto prisma de concreto, onde a penumbra é predominante e a luz reduzida se dá através de rasgos situados em pontos estratégicos, ora no nível do teto ora no nível dos usuários.

“A luz é criadora da matéria, e o propósito da matéria é projetar sombras. ” KAHN, Louis, citado em SCHIELKE, Thomaz. Light Matters: Louis Kahn e o poder da Sombra. 6 de maio 2013

1.4 Le Corbusier Le Corbusier formulou duas ideias importantes sobre a luz: a primeira centra a arquitetura como um objeto estático iluminado, resumindo -a ao jogo correto da forma revelada pela luz universal. A segunda mostra que o impacto da luz direta e compacta sobre os edifícios pode levar a uma série de experiências visuais diversas. “A Arquitetura é o jogo sábio, correto e magnífico dos volumes sobre a luz. Os nossos olhos são feitos para ver as formas sobre a luz, os ombros (...). Como podem imaginar, eu uso a luz livremente; a luz é a base fundamental da arquitetura. Eu componho a luz.” Le Corbusier

4. Teto do Monastério de Sainte Marie de La Tourette

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5. Interior do Monastério de Sainte Marie de La Tourette


1.5 Tadao Ando “Em todos os meus trabalhos, a luz é um fator de controle importante. Crio espaços fechados, principalmente, por meio de paredes espessas de concreto. A razão principal é criar um lugar para o indivíduo, uma zona para a si mesmo dentro da sociedade. Quando os fatores externos do ambiente de uma cidade exigem que a parede não tenha aberturas, o interior deve ser especialmente pleno e satisfatório.” Tadao Ando

Igreja da Luz Para o arquiteto, a Igreja da Luz é uma arquitetura da dualidade - a natureza dual da existência - sólido/vazio, claro/escuro, agressivo/ sereno. A igreja tem como caráter a arquitetura simples do arquiteto, com formas e materialidade simples, sendo composta por uma concha de concreto que trabalha com a escuridão do ambiente. O único ornamento religioso é uma grande cruz que rasga a fachada leste, permitindo a entrada de luz direta durante todo o início da manhã, e indireta no resto do dia, dando a impressão de desmaterialização das paredes, iluminando o ambiente escuro da caixa de concreto. Ando consegue transformar o material em imaterial, escuro em luz, luz em espaço, usando de sua abordagem para luz e o concreto.

6. Cruz da Igreja da Luz 7. Interior Igreja da Luz

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2. Louis Kahn “Creio sinceramente que a arquitetura da Itália permanecerá como fonte de inspiração dos trabalhos futuros. [...] Nossa arquitetura é insignificante comparada com a arquitetura romana, na qual se tem experimentado todas as possíveis variações da forma pura. Devemos reinterpretar a arquitetura da Itália em relação ao nosso conhecimento de construção e nossas necessidades. ” KAHN, Louis apus BROWNLEE; DE LONG, 1998, p.51, tradução de Lilian Almeida citado em ALMEIDA, Lilian. Poética em arquitetura. O arquiteto e as tendências: a obra de Louis Kahn no século XX.

2.1 Introdução a carreira de Louis Kahn Louis Isadore Kahn nasceu em 20 de fevereiro de 1901, na Ilha de Osel, Estônia, filho de Leopold Kahn e Bertha Mendelsohn Kahn. Em 1905 sua família mudou-se para a Filadélfia. No colégio, Kahn teve seu primeiro contato com arquitetura, quando realizou um curso sobre história da arquitetura, e assim decidiu estudar para ser arquiteto. Kahn teve uma trajetória acadêmica bem sucedida na escola de Beaux-Arts da Universidade da Pensilvânia, onde sua aptidão natural para o desenho evoluiu ao unir-se ao sistema da escola. Formou-se arquiteto em 1925. Logo após se formar começou a trabalhar para o escritório de Paul Cret, onde adquiriu uma parte importante de suas influências, métodos e teorias de Choisy, Guadet, Grommort, do estruturalismo de Viollet-le-Duc, do racionalismo de Durand, do Classicismo racionalista de Labrouste, e outros expoentes do séc. XIX francês, os quais levaria para o resto de sua carreira. “Em Kahn pode-se ler a influência de Viollet-le-Duc quando proclama a estrutura proporcionadora do espaço e da luz; os princípios compositivos de Durand em suas plantas, que tentam falar-nos da arquitetura como associação de quartos e da planta como reflexo do ritmo de vida de uma instituição (Centro Comunitário de Trenton); o rigor construtivo manifestado em suas axonométricas que aludem a disciplina sugestiva de Choisy”. ROCA, Miguel Angelo. Arquétipos y modernidade, Louis Kahn. Buenos Aires, Ediciones Summa, Argentina, 1985,p.35.

8. Croqui Louis Kahn

Uma experiência que o influenciou fortemente foi a de viajar para a Europa na década de 30. Ao visitar as ruínas antigas na Grécia e em Roma, aprofundou seus conhecimentos sobre aspectos históricos que se manifestariam em todas as suas obras, como o uso do tijolo e mármore e a união entre tijolos e cimento, além da sua forte referência a monumentalidade das obras arquitetônicas gregas e romanas. Kahn registrou em croquis e cadernos de viagem suas impressões, onde cita obras como o Panteão e as termas de Caracalla.

9. Croqui Louis Kahn

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Kahn, formado pela Beaux-Arts, inicia a fase mais importante de sua carreira em meio a um período onde o modernismo está passando por uma transição, recebendo muitas críticas, que alegam que seus grandes representantes ignoram os fatores históricos em suas concepções, tratando o moderno como algo inteiramente novo que não precisa se apoiar no passado. Essa transição é conhecida como pós-modernismo, onde os ideais do modernismo são colocados em questão. Kahn aparece em meio a essa transição, com sua arquitetura que discute e considera aspectos históricos do passado, tendo eles como grandes referências suas, sem deixar de reconhecer o modernismo. Para acontecer uma evolução, o passado não pode ser negado, mas sim relacionado com novas tecnologias, métodos e conceitos de construção. Kahn se destacou em meio a tanta crítica negativa aos modernos, recebendo o reconhecimento de uma arquitetura pós-moderna, onde ele conseguia conceber o novo sem desconsiderar a história já existente.

10. Croqui Louis Kahn

No início da década de 40 associa-se a George Howe, único arquiteto a fazer arquitetura modernista na Filadélfia. Em 1944 foi publicado o primeiro ensaio teórico de Kahn, que expressava a busca de novos objetivos na arquitetura do movimento moderno. O texto intitulado “Monumentalidade” (Monumentality) foi publicado juntamente com outros cinco de diferentes autores, sobre o mesmo assunto. O artigo de Kahn diferenciava-se dos demais pela ênfase na estrutura e nos materiais, especialmente o concreto, capazes de recuperar o movimento Moderno que já começava a receber críticas nos Estados Unidos. Para Kahn, o conhecimento dos materiais e métodos disponíveis deveria ser um estímulo ao desenvolvimento de formas.

“Conservo o templo grego como a imagem mais insistente em minha mente. Não construo coisas como um templo grego, mas este constitui um ponto de partida, que pertence aos princípios”. KAHN, Louis I.” Entrevista com Dennis Farney”. In: Wall Street Journal. Kahn Collection, ago. 1973, gravação.

2.2 Principais Obras 1951-1953 > Galeria de Arte da Universidade de Yale Primeira grande obra de Kahn, o arquiteto não leva em consideração na sua concepção a regra tão presente na maioria das obras dos demais arquitetos do momento “a forma segue a função”. O edifício respeita o estilo neogótico dos demais já existentes da universidade. Os amplos espaços caracterizam o interior da galeria, como um teto constituído por um padrão triangular de concreto que serve para acomodar a parte de instalações elétricas e mecânicas de um modo em que elas fiquem ocultas, seu exterior é composto por vidro e revestido com tijolos, design que se mostraria futuramente como uma linguagem do arquiteto. Trabalhar na extensão da Galeria de Arte em conjunto com Anne Griswold Tyng fez que seu interesse pelas geometrias de Buckminster Fuller (formas tetraédricas e octaédricas) fosse despertado, através do trabalho da própria Tyng que

Em 1974 surge uma oportunidade de aplicar seus conhecimentos adquiridos nos últimos anos: Kahn recebe sua primeira grande encomenda de projeto, a ampliação do Museu da Universidade Yale, da qual era professor. Projeto que o ingressou, de fato, na arquitetura, trazendo posteriormente outros grandes projetos. A arquitetura modernista está condicionada à Revolução Industrial. Esse movimento representou modificações no modo de pensar a arquitetura e sua produção, o rompimento com a história é o princípio básico do modernismo, visavam uma arquitetura sem ornamentos, mais simples e objetiva, a função faz a forma.

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1954-1959 > Centro comunitário judaico Apesar do baixo orçamento para esta obra, Kahn chegou em uma solução admirável. Kahn pensou em quatro propostas, porém com o afastamento de seu contratante e amigo H. Harvey Saaz, foi possível somente a construção do Bathhouse Pavilion (Banheiro). Como solução formal, Kahn deixa bem claro seu interesse em geometrias simétricas e nas formas puras, não diminuindo a grandiosidade da obra. O banheiro é composto por quatro construções quadradas com tetos piramidais que cercam um pátio central aberto.

também aplicava o uso dessas geometrias.

Para Kahn a ordem em um projeto arquitetônico se dá através de uma ordem estrutural, que por sua vez cria uma ordem ambiental e dos espaços, que nos põe em relação com princípios de composição.

11. Interior da Galeria de Arte da Universidade de Yale

13. Interior Centro Comunitário Judaico (Banheiros)

1957-1961 > Edifício de Pesquisa Médica Alfred Newton Richards. Usando mais uma vez de formas puras, Kahn adota a técnica construtiva de peças pré-fabricadas usadas para formar um conjunto de edifícios quadrados revestidos com tijolos. Esses grandes monólitos exaltam a ideia de monumentalidade tão presentes nas obras de Kahn. Para ele, a monumentalidade tem uma forte relação com o passado, de onde vêm suas maiores influências e experiências. 12. Galeria de Arte da Universidade de Yale

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entrada de raios de luz oblíquos para as salas, qualificando os espaços com luz natural. A delimitação entre espaços servidores (são menores e complementam ou interligam os maiores, circulações por exemplo) e espaços servidos (os de maior importância e uso) é um aspecto apresentado nessa obra e em outras (laboratórios Richards e centro comunitário de Trenton) que se tornou uma estratégia de projeto sua, influenciado pela obra de Julien Guadet, arquiteto da tradição Beaux-Arts que estudou elementos funcionais na composição arquitetônica.

“A monumentalidade em arquitetura pode-se definir como uma qualidade, uma qualidade espiritual inerente à uma determinada estrutura, capaz de transmitir a sensação de sua eternidade, (...) As estruturas monumentais do passado possuem essas características comuns de grandiosidade, nas quais os edifícios do nosso futuro, de uma maneira ou de outra, devem basear-se”. KAHN, Louis I. “Monumentality”.

“Meu pensamento está impregnado de grandeza romana e a ideia da abóbada romana encontra-se tão firmemente gravada em minha mente que mesmo quando não possa empregá-la está sempre presente e aparece para mim como a forma mais adequada. E entendo que a luminosidade deve partir de um ponto elevado, que é onde a luz alcança seu apogeu”. KAHN, Louis I. “Kimbell Museum Dedication”. In: Wurman ’86 (op. Cit.).

14. Edifício de Pesquisa Médica Alfred Newton Richards

1966-1972 > Museu de Arte de Kimbell Depois de produzir quatro propostas para o museu, em três anos, Kahn chegou em uma solução comum em todas as quatro. Como em todos os seus projetos, ele conseguiu apresentar elementos que contextualizavam com o entorno e forneciam um caráter único ao projeto. O lugar é composto por uma série de formas abobadadas separadas por uma superfície plana, onde estão as salas de exposição e as demais funções. Outro elemento muito importante que compõem essa obra são as claraboias que se encontram nos espaços resultantes entre as curvaturas das abóbadas, permitindo a

15. Perspectiva da cobertura do Museu de Arte de Kimbell

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“O exterior pertence ao sol, e no interior as pessoas vivem e trabalham. Para evitar usar proteções solares, eu tive a ideia de utilizar profundas aduelas que protegem as frias sombras” KAHN, Louis citado em Schielke, Thomás. Light Matters: Louis Kahn e o Poder da Sombra.

16. Interior do Museu de Arte de Kimbell 17. Fachada do Instituto Indiano de Administração

1962-1974 >Instituto Indiano de Administração Um dos maiores projetos já realizados por Kahn, demorou mais de uma década para ser concluído. O programa exigia edifícios de finalidades variadas, uma escola, dormitórios e habitações para o corpo docente e empregados do instituto. Kahn usou a hierarquia institucional dos edifícios para definir as proporções de escala deles em forma geométricas, o elemento unificador das tipologias é a utilização das superfícies diagonais das paredes.

2.3 Forma x Design “ (...) O homem é sempre maior do que o seu trabalho porque ele nunca pode expressar completamente suas aspirações. Porque é pelos meios mensuráveis da composição e do design que ele se expressa na música ou na arquitetura”. Kahn, Louis

Um dos grandes problemas dessa obra era a forte incidência solar, como Kahn não acreditava em sombras artificiais, que derivam de proteções solares, como os brise-soleils, a solução dada por ele foi a utilização de janelas e portas duplas para direcionar a luz no interior das edificações.

Na visão de Kahn a concepção da arquitetura se dá através do imensurável e do mensurável, começa com uma ideia, uma vontade de existir, algo imensurável. Durante seu processo de construção se faz necessário usar do mensurável (materiais, técnicas construtivas, etc.), para alcançar novamente o imensurável, que é o que determinada arquitetura representa para aquele local, o que ela

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manifesta e transmite para cada usuário, o espírito da existência, que excede o desenho do edifício. Logo temos o design como manifestação da forma.

Uma das grandes deficiências da arquitetura, hoje, é que essas instituições não estão sendo definidas, mas apenas dadas por um programa, e transformadas em um edifício”. KAHN, Louis I. Conversa com Estudantes, p. 21-22

“Reflita então a respeito do sentido da escola, uma escola, instituição. A instituição é a autoridade de onde extraímos sua necessidade de áreas. Uma escola ou um design específico é o que a instituição espera de nós. Mas a Escola, o espírito escolar, a essência do desejo de existir, é o que o arquiteto deveria converter em seu design”. Kahn, Louis. Forma de Design, p. 11

Em suas aulas, Kahn sempre começava a concepção de um novo projeto com seus alunos a partir de uma discussão sobre qual seria o intuito do local a ser projetado, quais instituições do homem ele deveria suprir, destacando assim a importância da instituição do homem para a criação de uma arquitetura que dê importância às suas necessidades, e seja pensada a partir delas e não de um programa de espaços pré-determinados a serem cumpridos. As instituições entram na questão da Forma, do imensurável.

Para Kahn a forma não tem um corpo, ela é algo impessoal, um conceito de determinado elemento. A forma na arquitetura é o imensurável, a ideia inicial de aquilo que ela quer ser, a “ (...) harmonia de espaços satisfatória para certa atividade humana”. Já o design seria o mensurável, o resultado em materialidade, reflexo de algo que começou na Forma.

2.4 Luz e sombra em Kahn “Uma planta de um edifício deve ser lida como uma harmonia de espaços na luz. (...) Mesmo um espaço que busca ser escuro deve receber um pouco de luz através de alguma abertura misteriosa, apenas para nos dizer o quão escuro ele realmente é. Cada espaço deve ser definido por sua estrutura e pelo caráter de sua luz natural”. Kahn, Louis. Forma de Design, p. 25

Na concepção de um projeto não se deve começar pelo design, que ele deve ter, ou na quantidade de espaços a ser atendido no programa. É necessário que a mente se volte para o começo de tudo, a razão para determinada coisa existir, compreender as necessidades que aquele espaço tem para, a partir daí, pensar num design que supra tudo isso. Pensando na escola da citação acima, por exemplo, é preciso primeiro considerar o espírito da escola, de um ambiente de aprendizado de um compartilhamento de conhecimento, que é a origem do que ela quer ser, para depois determinar que design seria melhor para expressar essa vontade de existir.

A definição do espaço através da luz natural é uma das diretrizes mais importantes e sempre presente nas obras de Kahn. Para ele, um espaço não pode ser classificado como espaço sem a presença da luz natural. A luz constrói o espaço, revela e evoca nele todo o espírito da forma.

Para Kahn, a grandeza do arquiteto depende da sua capacidade de percepção daquilo que é cada lugar.

Kahn usa a combinação de suas formas simples e puras com a escolha do uso de materiais como concreto, vidro, tijolos e madeira, que dialogam entre si e evidenciam a luz natural, criando um jogo de luz e sombra que se torna um elemento essencial para revelar e organizar suas formas monolíticas.

“Eu não conheço melhor serviço que um arquiteto possa prestar, como profissional, do que o de compreender que todo edifício deve servir à instituição do homem, quer seja ela a instituição do estado quer a da casa, ou a da aprendizagem, da saúde, ou do lazer.

A sombra é uma resultante natural da luz. A sombra inspira mistério, evoca silêncio, segredo ou drama, e cabe ao arquiteto usar do seu

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poder de controlar a luz através das formas para trazer esses sentimentos a arquitetura. As relações de luz e sombra fazem sua arquitetura exceder o mensurável, trazendo para seus usuários a percepção do imensurável.

janelas de vidro iluminando seus amplos salões. Sobre a escada há um elemento triangular que permite a entrada de luz através de um vidro curvo que existe entre ele e o telhado da galeria principal.

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Kahn em suas obras dá grande importância as instituições humanas, como fica claro em seu livro Conversa com Estudantes, seu pensamento na concepção de uma arquitetura começa na análise do motivo para tal arquitetura existir, que atividades do homem será instituída a ela. A partir disso Kahn começa a pensar nas formas e organizações de espaço que podem receber tais atividades da melhor maneira. Suas formas geométricas primárias que organizam os espaços são a assinatura de seu estilo, assim como o uso da luz natural como fator definidor de espaços, jogo de luz e sombra que revela e esconde formas dando significado ao ambiente, que transcende o material e atinge o sensorial das pessoas. 18. Abertura sobre a escada da Galeria de Arte da universidade de Yale

Na escolha dos materiais usados em suas obras, foi percebido um padrão, o uso do concreto, tijolo, madeira e vidro é encontrado em todas suas obras, algumas com somente alguns deles e outras com todos. Criador de uma arquitetura monumentalista, referência direta da arquitetura grega e romana, Kahn cria grandes volumes que apesar da simplicidade em suas formas se tornam monumentais pelos significados agregados a elas em seu processo de criação.

2.5 Técnicas e Conceitos por Kahn Zenital x lateral

Kahn utiliza desses dois modos de entrada de luz, geralmente ambos aparecem na mesma obra, embora haja casos com o uso de apenas um deles. O primeiro caso podemos encontrar na Galeria de arte da universidade de Yale, onde a luz entra pelas suas grandes

19. Janelas de Vidro da Galeria de Arte da universidade de Yale

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O Instituto Salk possui grandes janelas de vidro, permitindo a iluminação lateral, além dos poços de luz para iluminação dos laboratórios subterrâneos.

20. Instituto Salk 21. Iluminação zenital da Igreja Unitária

No Centro Yale para a Arte Britânica e na Primeira Igreja Unitária e Escola, o uso da iluminação zenital se assemelha: em ambos a principal entrada de luz se dá por amplas aberturas na cobertura. No Centro Yale para a Arte Britânica ela acontece por uma única abertura no centro do edifício, que possibilita a criação do mecanismo e desenho característico do espaço. Suas claraboias se adequam à mesma modulação estrutural demarcada pelas vigas, o fechamento de vidro se divide em quatro módulos iguais. Já na Igreja Unitária, a iluminação zenital é dividida em quatro torres que estão situadas em cada canto do santuário, elas atuam como filtros que enchem o santuário durante todo o dia mudando constantemente a perspectiva do espaço.

22. Claraboia Centro Yale para a Arte Britânica

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Comparando o Museu de Arte de Cibelli com as duas obras anteriores, sua iluminação zenital é muito mais singela, porém de grande importância para a formação de seus espaços. Ela se dá por claraboias estreitas criadas pelos aros das abóbadas da cobertura, permitindo a entrada de luz. Kahn faz uma ótima combinação de material com a luz ao posicionar refletores de alumínio abaixo das claraboias para que a luz reflita nele e ilumine a superfície do concreto proporcionando uma melhor iluminação para as obras expostas no museu, esse é um exemplo do uso da luz indireta, umas das técnicas que Kahn costuma aplicar em sua arquitetura, usando como principal refletor dessa luz os materiais, dos quais ele dá muita importância na escolha, como será visto nos próximos tópicos.

24. Detalhe da iluminação zenital do Museu de Arte de Kimbell

Frestas x Grandes aberturas

Grandes jatos de luz ou pequenos focos, ambos são importantes na obra de Kahn e têm suas peculiaridades para a criação dos espaços e sua percepção. Luz que quer revelar, mas que também quer esconder detalhes da mesma obra, sempre conduzindo a percepção do usuário.

23. Abóbadas da cobertura do Museu de Arte de Kimbell

O Instituto Indiano de Administração tem seus grandes monólitos monumentais iluminados pelas grandes formas geométricas extraídas de sua fachada em homenagem à tradição indiana, elas atuam como poços de luz e como filtros para a luz solar e ventilação. Seus focos de luz criaram dentro do edifício novos espaços para o encontro de pessoas.

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A mesma técnica de extrações geométricas na fachada foi usada no conjunto nacional em Bangladesh, utilizada com a mesma finalidade de servir como filtros para luz solar e ventilação, através de um mecanismo de paredes duplas, sendo a segunda um pouco afastada para filtrar os raios solares e diminuir a intensidade de incidência da luz solar e seu calor. Kahn também usa, nesse caso, a luz que adentra o edifício pelas grandes extrações para a iluminação e criação dos espaços. “No conjunto introduziram um elemento de luz que dá para o interior do plano. Se você vê uma série de colunas que você pode dizer que a escolha de colunas é uma escolha à luz. As colunas como sólidos que enquadram os espaços de luz. Agora pense apenas em sentido inverso em que as colunas são ocas e muito maiores que as suas próprias paredes, em seguida, os vazios são quartos, e a coluna é o criador da luz e pode assumir formas complexas e ser o criador de espaços e dar luz a esses espaços. Eu trabalho para desenvolver o elemento de tal forma que se torne uma entidade poética que tem a sua própria beleza fora do seu lugar na composição. Desta forma, torna-se análoga à coluna sólida eu mencionei acima como um doador de luz “. Kahn, Louis

25. Fachada Instituto Indiano de Administração

26. Grandes aberturas para iluminação do Instituto Indiano de Administração

27. Extração geométrica na fachada do Conjunto Nacional em Bangladesh

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Formas simples x Formas complexas

Kahn traz, entre suas principais referências, as monumentais arquiteturas Romanas e Gregas, e isso reflete nas formas utilizadas pelo arquiteto, grandes monólitos que utilizam de formas básicas, porém monumentais por seus tamanhos e composições. O Instituto Indiano foi projetado com formas geométricas relacionadas com a hierarquia institucional dos diferentes edifícios: quanto maior sua importância no programa, mais em evidência está, o que é visível na escala monumental do edifício da escola que contrasta com os edifícios mais baixos dos dormitórios. As formas geométricas extraídas de suas fachadas, mistura a arquitetura moderna com a arquitetura vernacular indiana, como uma homenagem.

28. Paredes duplas do Conjunto Nacional em Bangladesh

30. Hierarquia nas alturas do Instituto Indiano

29. Janelas entre paredes extrudadas da Igreja Unitária

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32. Formas extraídas do Conjunto Nacional em Bangladesh

31. Iluminação através das formas extraídas da fachada do Instituto Indiano

No Conjunto Nacional em Bangladesh, outra construção em escala monumental, Kahn configura o edifício a partir de um estudo de composições simétricas com outras assimétricas menores. As formas geométricas abstratas tradicionais da cultura de Bangali, encontradas em suas fachadas, foram concebidas através da mesma técnica de extração do instituto Indiano, e também buscam criar uma ligação cultural do antigo e do novo.

33. Formas geométricas simples – Centro Comunitário Judaico

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grandecê-la. A Igreja Unitária é um exemplo desse diálogo que Kahn estabelece entre Luz e materiais. Nesse projeto ele faz uso da madeira, um material mais sutil que traz uma leveza, e de blocos de concreto, material mais denso, Kahn torna a qualidade deles mais expressiva usando a reflexão da iluminação do ambiente sobre esses materiais. Ele acredita na integridade de cada material, dispensando qualquer detalhamento após a construção. O acabamento rugoso do concreto traz uma impressão de estética inacabada que em contato com a luz modifica a qualidade de cada espaço, dando uma nova plástica ao ambiente.

34. Pátio central do Centro Comunitário Judaico

A luz se faz importante na concepção dessas formas, pois elas são pensadas em conjunto. A geometria do edifício e de suas aberturas influenciam no modo como a luz chega e adentra a arquitetura, moldando os espaços internos. Pode-se concluir que, na realidade, Kahn não usa formas complexas, sua geometria utiliza somente de formas básicas e com elas ele cria composições mais complexas, que, no entanto, atendem com igual sucesso às funções que lhes são designadas.

Materiais x Luz

Os materiais usados têm grande influência sobre a luz, pois suas texturas e cores interferem na reflexão, podendo intensificar ou diminuir a percepção da luz pelo observador.

35. Materiais usados no interior da Igreja Unitária

Kahn sempre deu grande importância para os materiais usados em suas obras, escolhidos cuidadosamente para dialogar com sua arquitetura. Em grande parte de sua obra faz uso de materiais mais simples, como madeira, pedra e tijolos, para não ofuscar e sim en-

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37. Detalhe da fachada da Biblioteca Exeter 36. Materialidade da fachada da Igreja Unitária

Na Biblioteca Exeter, Kahn busca fazer o uso de um material local para o exterior do edifício, mantendo a simplicidade, Kahn usa o tijolo Exeter, um fator de projeto que era importante para a academia onde se encontrava a biblioteca. No interior, ele cria um contraste entre a madeira natural e a pedra de ardósia, dando uma sensação de calor ao espaço e aumentando a intensidade da luz quando ela entra em contato com ambos os materiais, o que concede uma ótima iluminação para o ambiente.

38. Interior Biblioteca Exeter

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Os materiais podem ser usados como elementos que marcam uma transição entre um ambiente e outro, assim como no Centro Yale para a Arte Britânica, onde Kahn deixa bem clara a transição do exterior para o interior, da tenacidade e opacidade dos painéis metálicos no exterior à suavidade natural e luminosidade da madeira interior, ambos são unificados pela estrutura de concreto armado presente em todo o edifício.

40. Interior Centro Yale para a Arte Britânica

Sem dúvidas a madeira, o tijolo e a pedra nos seus diversos tipos, são elementos muito fortes na arquitetura de Kahn. Ele cria e brinca com o contraste entre esses materiais e a luz natural em todas suas obras. No instituto Salk Kahn busca a monumentalidade de uma forma diferente, sem o uso dos seus grandes monólitos, ele traz com o uso de um sutil espelho d’agua, uma faixa estreita de água que corre para baixo do centro, ligando a construção ao grande Oceano Pacifico, a monumentalidade é proporcionada pela simetria que a linha d’agua trás conectando a obra com a exuberante imensidão do oceano.

39. Fachada Centro Yale para a Arte Britânica

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3. Pavilhões 3.1 Origem Uma das origens do pavilhão vem dos confrontos militares por conquista de terras, quando os soldados precisavam se abrigar, e as estruturas desses abrigos tinham quer ser desmontáveis para poder transportá-los com maior facilidade. Na Europa no século XVII, os jardins ingleses passam a adquirir um traçado curvo, que vem da influência chinesa, esses caminhos de traçados curvos são pontuados com pequenos pavilhões que abrigam algumas esculturas dentro de clareiras. Na arquitetura moderna, as Bienais artísticas e Feiras Mundiais destacaram a arquitetura dos pavilhões, com o intuito de divulgar a cultura de cada país. O uso dos pavilhões nessas exibições os tornaram essenciais para a divulgação de novas técnicas e possibilidades para a arquitetura.

41. Instituto Salk – vista do espelho d’agua

Palácio de Cristal

O projeto inovador foi um dos primeiros edifícios com conceito de pavilhão para feiras mundiais. O edifício projetado pelo jardineiro e arquiteto Joseph Paxton, foi concebido para a realização da “Grande Exposição das Obras de Indústria de Todas as Nações”, localizada no Hyde Park em Londres, onde seria apresentada às novas tecnologias e inovações de todo o mundo. Foi criado um comitê para a escolha do projeto, em 3 semanas eles receberam 245 propostas de projetos, porém todos foram recusados até que Paxton apresentou sua proposta. A estrutura era feita por um sistema modular de painéis de vidro em formato de triângulos-retângulos espelhados e multiplicados suportados por treliças de ferro e pilares.

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Se pararmos para analisar os pavilhões podem ser classificados como o resultado dessa inversão positiva, pois ele é arquitetura e também é paisagem. Com essa análise podemos dizer que os pavilhões se encontram no limite entre a arquitetura e a arte, entre ser criado para receber uma exposição artística, ser o objeto expositivo ou ambos. Considerado uma arquitetura efêmera, ele é projetado para ficar um determinado tempo em um determinado local, ou ser realocado em outro lugar, podendo em determinadas ocasiões chegar a se tornar fixo. Ele é pensado para receber uma exposição específica, dialogando com o conteúdo dela, ou ser flexível, recebendo diferentes tipos de exposições. Como uma arquitetura de força escultórica, pode ser ele o próprio objeto exposto, obra única que não se relaciona a nenhuma exposição artística e não contém um programa, concedendo ao pavilhão uma autonomia de projeto.

42. Palácio de Cristal

3.2 Significado

3.3 Estudo de Caso

No texto “A Escultura no Campo Ampliado” de Rosalind Krauss, ela fala da ampliação da classificação do que pode ser considerado uma escultura, no final dos anos 60 e durante os anos 70 o termo “escultura” se tornou maleável sendo usado pela crítica para classificar quase tudo. Essa amplificação do que pode ser classificado como escultura, fez com que o termo virasse resultante da soma da “não paisagem” com a “não arquitetura”. Porém segunda Krauss essas duas oposições negativas podem ser transformadas em algo positivo.

Pavilhão Barcelona

Inicialmente chamado de Pavilhão Alemão, pois ele foi concebido pelo arquiteto Mies van der Rohe, com um design que representava a arquitetura moderna da Alemanha pós primeira guerra mundial, para representar o país na Exposição Internacional em Barcelona. Ele era composto de materiais como, mármore, aço cromado, e vidro, quatro tipos diferentes de cada um, porém o material mais usado por Mies é o mármore italiano quem possui uma grande reflexão que traz uma boa iluminação para a instalação.

“Ora, se esses termos são a expressão de uma oposição lógica colocada como um par de negativos, podem ser transformados, através de uma simples inversão, nos mesmos pólos antagônicos expressos de forma positiva. Ou seja, de acordo com a lógica de um certo tipo de expansão, a não-arquitetura é simplesmente uma outra maneira de expressar o termo paisagem, e não-paisagem é simplesmente arquitetura. ” Krauss, Rosalind.

Mies pensou esse pavilhão como um refúgio da exposição, ele não iria expor nada, apenas seria um local para descansar da exposição e para ser apreciado, o que transformou ele em uma escultura habitável, para ajudar na sua premissa de ser um refúgio, ele foi construído em um local mais afastado e tranquilo. As paredes do interior do pavilhão trabalham com o plano baixo do teto, criando passagens estreitas que se abrem em espaços maiores, sempre revelando de-

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Museu Judaico de Berlim

talhes e ambientes novos, incentivando as pessoas a percorrerem o interior da obra para poder desvendar cada canto do seu espaço.

Projetado pelo arquiteto Daniel Libeskind. Apesar de ser classificado como um museu seu conceito pode ser classificado como o de um pavilhão pois além dele expor obras ele é a obra. Libeskind trabalha com símbolos que representam a história dos judeus na Alemanha, durante todo o percurso o arquiteto trabalha o sensorial dos visitantes com o uso desses símbolos dispostos em toda a arquitetura, fazendo com que as pessoas sintam e vivenciem a história. O arquiteto faz o uso da estrela de David, que é o signo mais representativo da cultura judaica, mas o desconstrói, estilhaçando ele para representar os assassinatos dos judeus, para manter sempre presente a memória dessa tragédia os estilhaços acompanham todas as fachadas do edifício servindo como aberturas. O símbolo do vazio, que passa a imagem de um abismo dentro do prédio, pode ser interpretado como o vácuo, a ausência de algo, ou no caso da história a ausência dos judeus em Berlim, todos aqueles que morreram no Holocausto. Libeskind faz ainda o uso de corredores estreitos nas conexões dos espaços para representar a opressão sofrida pelos judeus, fazendo com que os visitantes se sintam insignificantes e oprimidos pelas forças das paredes, buscando passar logo pelos corredores para se sentirem “livres” novamente.

43. Pavilhão Barcelona

45. Vazio dentro do Museu Judaico

44. Paredes de mármore do Pavilhão Barcelona

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Pavilhão Adriana Varejão

Um paralelepípedo de concreto que se encaixa no recorte pré-existente do terreno, onde o acesso se dá através de um caminho que passa pelo meio de um espelho d’água no formato geométrico quadrado. O concreto de suas paredes exteriores é marcado com formas que remetem a azulejos. O pavilhão expõe a obra da artista Adriana Varejão, levado para Inhotim pelo próprio autor do projeto. O percurso da exposição começa pelo caminho sobre o espelho d’água onde já se encontra uma das obras, e vai adentrando o edifício levando às demais obras. Algumas de suas paredes internas são recobertas por azulejos que percorrem as obras expostas. No segundo piso é exposta uma obra que ocupa 3 das 4 paredes, junto com um piso reflexivo branco nos permitindo ver a obra espelhada nele, e um teto escuro que parece desaparecer, levando o visitante a entrar no trabalho.

46. Aberturas na forma de estilhaços da Estrela de David

Inhotim

O Instituto de Arte Contemporânea do Inhotim, em Brumadinho, foi criado para expor uma coleção de arte produzida a partir dos anos 60 até a atualidade. A partir da construção da galeria da artista Adriana Varejão, passou a existir uma relação maior entre as obras de arte e a arquitetura das instalações do complexo. Os pavilhões e galerias dispostos no grande jardim do arquiteto/paisagista Burle Marx passam a contribuir para a constante expansão do acervo do museu e das exposições temporárias. Os pavilhões de Inhotim entram na categoria dos que se relacionam com algum tipo de obra artística, seja ele projetado para receber uma obra específica já existente, servindo somente para ela, ou para se adaptar a qualquer tipo de exposição, principalmente as temporárias. Em alguns casos, a criação do pavilhão e da obra acontece simultaneamente, dentro dos estúdios dos artistas.

47. Caminho de acesso ao Pavilhão Adriana Varejão

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Serpentine Gallery

O Serpentine Gallery teve início no ano 2000, e acontece dentro dos jardins de Kensington, em Londres. Todo ano um arquiteto ou escritório é escolhido para desenvolver um projeto de pavilhão para ocupar um espaço do jardim durante 4 meses. Acredita-se que um dos fatores para o início dessas exposições tenha se dado quando um dos pavilhões do artista Dan Graham, integrou uma exposição voltada para o entendimento da arquitetura pela arte, chamada “Like nothing else in Tennessee”. O segundo fator dessa mudança foi a necessidade de adaptação de locais que pudessem ocupar seus jardins para as exposições, enquanto acontecia uma reforma na galeria, como o projeto de Tadashi Kawamata, que criou um tapume ocupando o canteiro de obras que retomava as características do edifício da galeria, trabalhando com o uso de materiais de construção. Depois desses dois principais fatores, a interação entre a arquitetura e a arte foi crescendo cada vez mais, resultando nesse grande evento anual para a construção dessas grandes coberturas temporárias para a realização de eventos, onde elas mesmas se tornaram a obra exposta.

48. Paredes interiores com o uso de azulejos

2009- Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa

A proposta deste pavilhão é que ele se misture com a paisagem quase sumindo nela. Sua cobertura metálica de formas orgânicas, parece flutuar em meio às árvores do parque, apoiada sobre finas colunas que parecem sumir dando essa impressão de flutuação da cobertura, estas colunas têm uma variação de altura no percorrer da extensão do pavilhão, dando a impressão de levar a cobertura do chão até o céu. O material espelhado usado faz refletir em suas estruturas o céu e tudo que se encontra ao seu redor. A instalação é totalmente aberta podendo ser adentrada e atravessada por qualquer ponto de sua extensão, contendo apenas duas divisórias, uma do café e outra de um pequeno auditório para realização de alguns eventos como, palestras, exibições de filmes, etc. 49. Obra exposta no segundo piso

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2016- Bjarke Ingels

Eles trabalham o conceito de um dos elementos básicos da arquitetura, a parede de tijolos, só que ao invés de usar do próprio material em questão, são usados quadrados de fibra de vidro para formar uma parede reta que parece ser esticada perto da base, mantendo somente o topo do pavilhão reto, e na parte inferior é formada uma cavidade para a realização de eventos, além de poder ser interagido pelo exterior também. A transparência do material usado na composição traz um jogo de luz e sombra conforme as pessoas se movimentam dentro da instalação.

50. Pavilhão de 2009 visto a noite – Serpentine Gallery

52. Pavilhão 2016 – Serpentine Gallery

51. Variação de altura do pavilhão 2009

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53. Interior do pavilhão de 2016

Pavilhões são a representação da arquitetura e da arte trabalhando em conjunto. Criados a princípio somente para receber exposições, sejam elas específicas ou flexíveis, eles mesmo acabaram se tornando a obra exposta. Instalações de características únicas, sem programa definido, pensados como obras temporárias de pequena escala e feitas para serem desmontadas, mas podendo também se tornarem fixos, como a extensão de uma galeria de arte ou um memorial. Seus temas são as linguagens arquitetônicas dos próprios arquitetos e escritórios, ou das obras que abrigarão, podendo-se classificá-los como exposições de arquitetura.

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4. Projeto A proposta do projeto é criar um pavilhão expositivo em homenagem ao arquiteto Louis Kahn, usando como partido algumas das principais diretrizes de projeto do arquiteto, que são a utilização da luz natural na concepção dos espaços e a ideia de monumentalidade encontrada nas formas geométricas simples, simetria e materialidade. O programa do projeto consiste em auditório, exposição permanente, exposição temporária e café. Essas atividades foram divididas em três blocos, um para o auditório, outro para a exposição permanente junto com a área técnica e banheiros e o ultimo para o café e exposição temporária onde pode vir a ocorrer outros eventos também.

55. Estudo de forma 1

56. Estudo de forma 2

Chegando em uma composição final que mais se adequou ao propósito do projeto, originando a ideia do monumental pretendida, através da simetria proporcionada pela composição, trazendo o quadradro da referência inicial em todas as formas de sua volumetria.

4.1 Partido A referência inicial usada para a composição da geometria do pavilhão foi a Casa Fisher, projeto de Kahn, por ter uma forma muito presente em sua arquitetura.

Partido

Partido 57. Referência da Casa Fisher aplicada nas formas do edifício

As aberturas do pavilhão foram definidas a partir do estudo de iluminação das obras de Kahn, utilizadas como referências desse projeto. As aberturas foram reproduzidas através de maquetes físicas, fotografadas em local externo e em diferentes horários do dia para observar a iluminação proporcionada por elas.

54. Casa Fisher

Foram feitos alguns estudos geométricos com base nessa forma, a qual foi acrescentado um terceiro volume para abrigar o programa citado anteriormente.

Partido 39


4.2 Proposta final A composição geométrica do edifício traz o bloco principal centralizado, com dimensões de 324m² e pé direito de 13m, e os blocos laterais com dimensões 169m² e pé direito de 7m. Essa composição com foco no maior bloco e os dois menores nas laterais cria uma hierarquia entre eles e marca um eixo central, reforçando a sensação de monumentalidade pretendida.

58. Estudo de iluminação zenital

60. Diagrama da composição do edifício (superior)

61. Diagrama da composição do edifício (Frontal)

Podemos identificar essa composição em monumentos famosos comoPartido Taj Mahal, Basílica de Santa Sofia, o Templo Angkor Wat, dentre outros.

Partido 59. Estudo de iluminação com o uso de paredes duplas

62. Taj Mahal

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Louis Kahn faz uso dessa escada cilíndrica fechada em uma de suas obras mais famosas, a Galeria de Arte da Universidade de Yale.

63. Basílica de Santa Sofia

65. Escada da Galeria de Arte da Universidade de Yale

64. Templo Angkor Wat

No bloco da lateral esquerda se encontra a área de exposição permanente sobre o arquiteto Louis Kahn, nesse bloco também está localizada a área técnica e banheiros. Por último no bloco da lateral direita encontra-se o auditório, de 120 lugares, para eventos de pequeno porte. Ambos são acessados através de duas aberturas na entrada do bloco principal. A organização de toda a planta e o layout de sua ocupação convergem para o centro do edifício, reforçando ainda mais a ideia de monumentalidade.

Composição

A entrada do pavilhão é feita pelo bloco central, onde os dois blocos laterais criam um espaço que recebe os visitantes, e leva eles até o interior do edifício, que se abre em um grande espaço utilizado para as exposições temporárias, complementando a sensação do monumental já criada pela sua forma externa. O ambiente é composto também por um elemento cilíndrico de concreto que vai do piso até a laje, conduzindo o olhar do usuário para cima, passando a sensação de grandiosidade diante daquele espaço. O interior do cilindro abriga a escada que leva ao mezanino onde está localizado o café, e também faz o papel de um grande pilar estrutural.

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Aberturas

O bloco central conta com grandes aberturas e paredes duplas, técnica muito utilizada por Kahn para criar iluminação indireta, como por exemplo no Instituto Indiano de Administração. As formas geométricas simples dessas aberturas exploram as formas utilizadas por Kahn na Assembleia Nacional de Bangladesh. O espaço dos corredores criado pelas paredes duplas pode ser usado como ambiente de contemplação em dias quentes, e são fechados em dias frios, para melhor conforto climático do edifício.

As disposições das aberturas nos grandes blocos de concreto armado também marcam a monumentalidade do projeto. Elas criam uma hierarquia que ressalta a hierarquia já criada pela volumetria do edifício, além de explorar situações variadas de iluminação natural. O bloco do auditório, por razões funcionais, não possui aberturas, podendo oferecer uma interessante experiência de se estar em um ambiente completamente escuro, quando fora de uso como auditório, além de servir também para exibição do acervo audiovisual. O bloco da exposição permanente apresenta sutis rasgos nas laterais, cortando as paredes na diagonal, proporcionando luz indireta. Esses rasgos sobem para a cobertura, numa iluminação zenital que se direciona para o grande cilindro do bloco principal, marcando-o ainda mais como o centro do projeto. No Museu de Arte de Kimbell, de Kahn, também podemos observar esse uso da iluminação zenital em linhas.

67. Aberturas e paredes duplas da Assembleia Nacional de Bangladesh

Na cobertura do bloco maior, foi utilizada uma claraboia no cilindro central, iluminando a escada, remetendo à original utilizada por Kahn na Galeria de Arte da Universidade de Yale. Toda a Iluminação desse bloco central é feita através de uma luz difusa, que entra pelas frestas da parede interna, pela entrada do edifício e pelos corredores laterais que dão acesso as paredes externas. 66. Iluminação do Museu de Arte de Kimbell

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Materialidade

Kahn dava muita importância a uma materialidade mais simples, que só se faria grandiosa no diálogo com os demais elementos do projeto. Para o pavilhão, foi proposto uma combinação entre três materiais muito utilizados por Kahn, o concreto armado, a madeira e o vidro. Ele traz em suas obras o pesado do concreto com a sutileza da madeira, o que podemos observar no Centro Yale para a Arte Britânica, onde ele usa o concreto para a estrutura e a madeira como revestimento das paredes, ou na Biblioteca Exeter, usando o concreto mais uma vez na estrutura e a madeira para os guarda corpos, caixilhos e piso.

68. Claraboia da Galeria de Arte da Universidade de Yale

69. Uso da madeira e concreto no Centro Yale para Arte Britânica

70. Uso da madeira e concreto no Biblioteca Exeter

O concreto compõe a maior parte da estrutura do projeto, as paredes estruturais e internas, e as lajes protendidas. A madeira foi utilizada para compor o piso do edifício e no mezanino. O vidro, para os fechamentos das aberturas propostas, completa a composição, protegendo o interior do edifício das baixas temperaturas e mantendo a transparência pretendida pelas aberturas.

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Estrutura

A estrutura do edifício é composta por lajes protendidas de 20 centímetros de espessura, para vencer vãos maiores, apoiadas nas paredes estruturais de 40 centímetros de espessura. Para apoio da laje do bloco central, além das paredes estruturais, foi utilizado o cilindro da escada como um grande pilar estrutural. O mezanino, onde se localiza o café, está apoiado nas paredes internas do bloco central e no grande cilindro, com a ajuda de duas vigas apoiadas em quatro pilares internos. As paredes duplas, além de servir como estrutura do edifício, diminuem a intensidade da luz (indireta, pois no hemisfério norte o sol é mais intenso na fachada sul), que entra pelas grandes aberturas das fachadas nordeste e noroeste.

4.3 Implantação O local de implantação do pavilhão será nas imediações do Four Freedoms Park. O parque foi projetado por Kahn no início dos anos 70, porém sua construção só foi iniciada em 29 de março de 2010.

71. Four Freedoms Park

O parque

O parque faz uma homenagem ao presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt e às quatro liberdades essenciais em que acreditava: liberdade de expressão, liberdade de culto, liberdade de viver sem passar necessidade e liberdade de viver sem medo. Kahn era um grande admirador de Roosevelt, e para ele as quatro liberdades eram muito importantes. A partir da interpretação de Kahn sobre o conceito delas, foi pensado para o parque a criação de um espaço quadrado chamado de “The Room”, enfatizando a ideia do “quatro”, e, para evidenciar esse espaço, Kahn o posiciona na ponta de um triangulo que ele cria para manter uma perspectiva linear, que mantém o foco das pessoas, durante o percurso, no busto de bronze do presidente, colocado dentro dele.

O Terreno

Está localizado na Roosevelt Island, em Manhattan, à qual se tem acesso através do metrô ou do teleférico (de carro, somente moradores da ilha). A princípio ela era uma ilha hospitalar, onde se encontrava o Goldwater Hospital e o Hospital Renwick Smallpox (hospital para tratamento da epidemia de varíola que acontecia na época), além do Strecker Memorial Laboratory, voltado a pesquisas médicas. Atualmente o laboratório abriga uma subestação de conversão de energia para os trens do metrô, as ruinas do Hospital Renwick Smallpox viraram um memorial e o Goldwater foi demolido para a construção do Campus Cornell Tech (campus de tecnologia de Cornell – NY).

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A escolha do terreno ao lado do parque como local de implantação do pavilhão se deu no intuito de criar um uso maior para aquele espaço, atualmente restrito à passagem de pedestres ao parque. A proposta aproveita a função de memorial das construções já existentes, criando uma conexão entre elas, começando pelo pavilhão em homenagem a Kahn, seguindo pelo memorial das ruinas do Hospital Renwick Smallpox e terminando no Four Freedoms Park. A implantação faz uso da linearidade do terreno para trazer a marcação de um eixo que reforça a monumentalidade pretendida para o projeto, além de criar uma ligação direta com uma obra de grande importância de Louis Kahn. O desenho de piso adotado, assim como a disposição da vegetação, conecta as três construções e reforça a marcação do eixo criado por elas.

72. Goldwater Hospital

73. Hospital Renwick Smallpox

75. Vista aérea do terreno (antes da demolição do Goldwater Hospital)

74. Strecker Memorial Laboratory

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Four Freedoms Park

Hospital Renwick Smallpox

Terreno

Strecker Memorial Laboratory

Goldwater Hospital

TelefĂŠrico MetrĂ´

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Implantação Escala 1:2500

Franklin D. Roosevelt Four Freedoms Park

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Térreo Escala 1:200

A

A

B

B

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Mezanino Escala 1:200

A

A

B

B

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Cobertura Escala 1:200

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Planta de iluminação térreo Escala 1:200

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Planta de iluminação mezanino Escala 1:200

A

A

B

B

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Corte AA Escala 1:200

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Corte BB Escala 1:200

Perfil de concreto de 13cm por 13cm para o apoio do forro de gesso, mantendo ele afastado das paredes, permitindo a ventilação dos banheiros e salas de manutenção.

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Detalhamento da laje Manta asfáltica e isopor Argamassa de regularização - inclinação 2%

Ralo

Detalhamento da claraboia

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Detalhamento aberturas em linhas

Aberturas diagonais

Aberturas retas

Aberturas zenitais

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Imagem 76- Vista da face Sul

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Imagem 77- Vista da face Sudoeste

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Imagem 78- Vista da face Nordeste

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Imagem 79- Vista da face Noroeste

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Imagem 80- Vista aĂŠrea

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Imagem 81- Entrada

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Imagem 82- Cilindro central

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Imagem 83- Vista interna

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Imagem 84- Vista interna

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Imagem 85- Entrada vista de dentro para fora

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Imagem 86- Auditรณrio

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Imagem 87- Abertura parede dupla

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Imagem 88- Espaço para exposição fixa

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Imagem 89- Rasgos do espaço para exposição fixa

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Imagem 90- Vista da claraboia

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5. Conclusão Penso que consegui um bom aprofundamento teórico inicial no estudo da luz, no conceito de pavilhões e, principalmente, no estudo das obras do Kahn, que foi a base para a concepção deste projeto, onde tentei aplicar da melhor forma os conceitos e técnicas estudados. A impossibilidade de visitar o terreno gerou uma percepção menor do que poderia ser o impacto desse pavilhão para o local escolhido, impossibilitando um aprofundamento sensorial maior do que o alcançado no projeto. Ainda assim, acredito que o projeto final correspondeu à intenção inicial de criar um pavilhão sensorial relacionado à luz e à monumentalidade nas obras do arquiteto Louis Kahn, dando mais força para a questão da monumentalidade do que o pretendido no começo da proposta. Foi acrescentado ao pavilhão um programa definido, que a princípio não teria, o que proporcionou maior identidade ao projeto. O edifício traz algumas das características presentes nas obras do arquiteto, assim como elementos marcantes que foram adaptados ao pavilhão, reforçando ainda mais o diálogo com a arquitetura do homenageado, e constrói espaços através da luz que proporcionam às pessoas experiências sensoriais distintas na percepção de cada ambiente.

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Bibliografia

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Livros e Teses

Lista de imagens

ALMEIDA, Lílian Borges. Poética em arquitetura. O arquiteto e as tendências: a obra de Louis Kahn no século XX. Pelotas 2012.

1. Óculo do Panteão Romano https://joaquimnery.files.wordpress.com/2014/10/dsc_8025.jpg 2. Igreja Paroquial de Saint Pierre, em Firminy http://www.archdaily.com.br/br/762196/light-matters-le-corbusier-ea-trindade-da-luz/54da556ae58ececb5300000f-view-looking-south-t

FILHO, Arthur C. Tavares. Transições entre os planos conceitual e material da concepção arquitetônica em Louis I. Kahn. Rio de Janeiro 2008.

3. Interior do Instituto Indiano de Administração http://www.archdaily.com.br/br/01-112181/light-matters-louis-kahne-o-poder-da-sombra/516f12dab3fc4bc61c00015a-light-matterslouis-kahn-and-the-power-of-shadow-photo

KAHN, Louis. Forma e Design. Tradução por Raquel Peev. São Paulo: Martins Fontes 2010. KAHN, Louis. Conversa com Estudantes. Tradução por Alícia Duarte Penna. Barcelona 2002.

4. Teto do Monastério de Sainte Marie de La Tourette http://www.archdaily.com.br/br/762196/light-matters-le-corbusiere-a-trindade-da-luz/54da5564e58ececf16000012-upward-view-ofclima

KRAUSS, Rosalind. A escultura no Campo Ampliado. Reeditada a tradução publicada no numero I de Gávea, revista do Curso de Especialização em História da Arte e Arquitetura no Brasil, da PUC-Rio, em 1984 (87-93).

5. Interior do Monastério de Sainte Marie de La Tourette http://www.archdaily.com.br/br/762196/light-matters-le-corbusier-ea-trindade-da-luz/54da5560e58ececf16000011-view-looking-east-as

MARA, Estêvão. Arquitetar a Luz em Alberto Campo Baeza e João Luiz Carrilho da Graça. Évora 2013.

6. Cruz da Igreja da Luz http://www.archdaily.com.br/br/793152/classicos-da-arquiteturaigreja-da-luz-tadao-ando/5037f3cd28ba0d599b00064c-ad-classicschurch-of-the-light-tadao-ando-photo

ROSA, Joseph. KAHN. Tradução por João Bernardo Boléo. Lisboa 2007. TONETTI, Ana Carolina. Interseções entre arte e arquitetura. O caso dos pavilhões. São Paulo 2013.

7. Interior Igreja da Luz http://arktetonix.com.br/wp-content/uploads/2011/11/tadao-ando. jpg 8. Croqui Louis Kahn 9. Croqui Louis Kahn 10. Croqui Louis Kahn

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11. Interior da Galeria de Arte da Universidade de Yale http://www.archdaily.com/83110/ad-classics-yale-university-art-gallery-louis-kahn/5037e5f728ba0d599b000328-ad-classics-yale-university-art-gallery-louis-kahn-image

19. Janelas de Vidro da Galeria de Arte da universidade de Yale https://pt.wikiarquitectura.com/index.php/Ficheiro:Galeria_arte_unviersidad_yale_9.jpg 20. Instituto Salk http://www.archdaily.com.br/br/01-78716/classicos-da-arquitetura-salk-institute-louis-kahn/1274664429-liaoyusheng3/

12. Galeria de Arte da Universidade de Yale http://www.archdaily.com/83110/ad-classics-yale-university-art-gallery-louis-kahn/5037e5f328ba0d599b000327-ad-classics-yale-university-art-gallery-louis-kahn-photo

21. Iluminação zenital da Igreja Unitária http://www.archdaily.com/84267/ad-classics-first-unitarian-churchof-rochester-louis-kahn/5037e93628ba0d599b0003fc-ad-classics-firstunitarian-church-of-rochester-louis-kahn-image

13. Interior Centro Comunitário Judaico (Banheiros) http://www.phaidon.com/resource/penn-picture-17.jpg 14. Edifício de Pesquisa Médica Alfred Newton Richards https://coisasdaarquitetura.files.wordpress.com/2011/07/a-nrichads15.jpg

22.Clarabóia Centro Yale para a Arte Britânica http://www.archdaily.com.br/br/01-106062/classicos-da-arquitetura-yale-center-for-british-art-slash-louis-kahn/515486e6b3fc4b17f20000bd-classicos-da-arquitetura-yale-center-for-british-art-slashlouis-kahn-imagem

15. Perspectiva da cobertura do Museu de Arte de Kimbell http://www.archdaily.com.br/br/01-117677/classicos-da-arquitetura-museu-de-arte-kimbell-slash-louis-kahn/5038089228ba0d599b000a3a-ad-classics-kimbell-art-museum-louis-kahn-photo

23. Abóbadas da cobertura do Museu de Arte de Kimbell http://www.archdaily.com.br/br/01-117677/classicos-da-arquitetura-museu-de-arte-kimbell-slash-louis-kahn/503808af28ba0d599b000a43-ad-classics-kimbell-art-museum-louis-kahn-image

16. Interior do Museu de Arte de Kimbell http://www.archdaily.com.br/br/01-117677/classicos-da-arquitetura-museu-de-arte-kimbell-slash-louis-kahn/52737df3e8e44ee8e10007ff-ad-classics-kimbell-art-museum-louis-kahn-image

24. Detalhe da iluminação zenital do Museu de Arte de Kimbell https://pt.wikiarquitectura.com/index.php/Ficheiro:Kimbell_27.jpg 25. Fachada Instituto Indiano de Administração http://www.archdaily.com/83697/ad-classics-indian-institute-of-management-louis-kahn/5037e62c28ba0d599b000339-ad-classics-indian-institute-of-management-louis-kahn-photo

17. Fachada do Instituto Indiano de Administração http://divisare.com/projects/259229-cemal-emden-louis-i-kahn-cemal-emden-indian-institute-of-management-ahmedabad 18. Abertura sobre a escada da Galeria de Arte da universidade de Yale https://pt.wikiarquitectura.com/index.php/Ficheiro:Galeria_arte_ yale_parte_arriba_escalera.jpg

26. Grandes aberturas para iluminação do Instituto Indiano de Administração https://www.flickr.com/photos/arnout-fonck/6798476755/in/photostream

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27. Extração geométrica na fachada do Conjunto Nacional em Bangladesh http://www.archdaily.com.br/br/01-169525/classicos-da-arquitetura-assembleia-nacional-de-bangladesh-slash-louis-kahn/5037e5b528ba0d599b000318-ad-classics-national-assembly-building-of-bangladesh-louis-kahn-photo

33. Formas geométricas simples – Centro Comunitário Judaico http://cdnassets.hw.net/fd/89/d13c33cc41b9b0a4ef86835f2ed7/1210-ar-kbh002-tcm20-658631.jpg 34. Pátio central do Centro Comunitário Judaico http://www.brianrose.com/blog/wp-content/uploads/2010/10/ kbh006.jpg

28. Paredes duplas do Conjunto Nacional em Bangladesh http://www.archdaily.com.br/br/01-169525/classicos-da-arquitetura-assembleia-nacional-de-bangladesh-slash-louis-kahn/5037e5a428ba0d599b000314-ad-classics-national-assembly-building-of-bangladesh-louis-kahn-image

35. Materiais usados no interior da Igreja Unitária https://en.wikipedia.org/wiki/File:First_Unitarian_Church_of_Rochester_NY_Seats_inside_wall_projections_6245.jpg 36. Materialidade da fachada da Igreja Unitária https://en.wikipedia.org/wiki/File:First_Unitarian_Church_of_Rochester_Wall_Projections_6244.jpg

29. Janelas entre paredes extrudadas da Igreja Unitária http://www.archdaily.com/84267/ad-classics-first-unitarian-churchof-rochester-louis-kahn/5037e95428ba0d599b000402-ad-classics-firstunitarian-church-of-rochester-louis-kahn-image

37. Detalhe da fachada da Biblioteca Exeter http://static.panoramio.com/photos/original/67452271.jpg

30. Hierarquia nas alturas do Instituto Indiano http://www.archdaily.com/83697/ad-classics-indian-institute-of-management-louis-kahn/5037e64e28ba0d599b00033f-ad-classics-indian-institute-of-management-louis-kahn-photo

38. Interior Biblioteca Exeter http://www.archdaily.com/63683/ad-classics-exeter-library-class-of1945-library-louis-kahn/5037e16c28ba0d599b0001b7-ad-classics-exeter-library-class-of-1945-library-louis-kahn-photo

31. Iluminação através das formas extraídas da fachada do Instituto Indiano https://www.flickr.com/photos/arnout-fonck/6798476995/in/photostream

39. Fachada Centro Yale para a Arte Britânica http://circuitodearquitectura.org/caleidoscopio/arq_kahn/20.%20 Yale%20Center%20for%20British%20Art,%20New%20Haven.jpg 40. Interior Centro Yale para a Arte Britânica https://static01.nyt.com/images/2016/05/01/ arts/01KAHN1/01KAHN1-master768.jpg

32. Formas extraídas do Conjunto Nacional em Bangladesh http://www.archdaily.com.br/br/01-169525/classicos-da-arquitetura-assembleia-nacional-de-bangladesh-slash-louis-kahn/5037e5a828ba0d599b000315-ad-classics-national-assembly-building-of-bangladesh-louis-kahn-image

41. Instituto Salk – vista do espelho d’agua http://www.trbimg.com/img-541a1eda/turbine/la-keeping-it-modern-pictures-20140915-002

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42. Palácio de Cristal http://www.archdaily.com/397949/ad-classic-the-crystal-palace-joseph-paxton/51d49a1fb3fc4b583400020b-ad-classic-the-crystal-palace-joseph-paxton-image

50. Pavilhão de 2009 visto a noite – Serpentine Gallery http://www.serpentinegalleries.org/press/serpentine-gallery-pavilion-2009-designed-kazuyo-sejima-ryue 51. Variação de altura do pavilhão 2009 http://www.serpentinegalleries.org/press/serpentine-gallery-pavilion-2009-designed-kazuyo-sejima-ryue

43. Pavilhão Barcelona http://www.archdaily.com/109135/ad-classics-barcelona-pavilion-mies-van-der-rohe/5037fe3d28ba0d599b0007e3-stringio-txt

52. Pavilhão 2016 – Serpentine Gallery http://www.archdaily.com.br/br/782647/big-divulga-projeto-para-o-serpentine-gallery-2016/56cdad26e58ecefa910003d1-bigs-2016-serpentine-gallery-design-revealed-plus-four-summer-houses-photo

44. Paredes de mármore do Pavilhão Barcelona http://www.archdaily.com/109135/ad-classics-barcelona-pavilionmies-van-der-rohe/54c6a11de58ecefd71000004-mies-jpg 45. Vazio dentro do Museu Judaico http://www.archdaily.com.br/br/773667/museu-judaico-em-berlim-de-daniel-libeskind-fotografado-por-laurian-ghinitoiu/55f089b2e58ece3c06000005-daniel-libeskinds-jewish-museum-berlin-photographed-by-laurian-ghinitoiu-photo

53. Interior do pavilhão de 2016 http://www.archdaily.com.br/br/782647/big-divulga-projeto-parao-serpentine-gallery-2016/56cdac3fe58ece8f81000422-bigs-2016-serpentine-gallery-design-revealed-plus-four-summer-houses-photo

46. Aberturas na forma de estilhaços da Estrela de David http://www.archdaily.com.br/br/773667/museu-judaico-em-berlim-de-daniel-libeskind-fotografado-por-laurian-ghinitoiu/ 55f08a08e58ece9c4e00000a-daniel-libeskinds-jewish-museum-berlin-photographed-by-laurian-ghinitoiu-photo

54. Casa Fisher https://br.pinterest.com/pin/522417625506558592/

47. Caminho de acesso ao Pavilhão Adriana Varejão http://www.archdaily.com.br/br/01-167472/galeria-adriana-varejao-slash-tacoa-arquitetos/50f76bbdb3fc4b316d000069-adriana-varejao-gallery-tacoa-arquitetos-photo

56. Estudo de forma 2 Autoria própria

55. Estudo de forma 1 Autoria própria

57. Referência da Casa Fisher aplicada nas formas do edifício Autoria própria

48. Paredes interiores com o uso de azulejos http://www.archdaily.com.br/br/01-167472/galeria-adriana-varejao-slash-tacoa-arquitetos/50f761ffb3fc4b316d000038-adriana-varejao-gallery-tacoa-arquitetos-photo

58. Estudo de iluminação zenital Autoria própria 59. Estudo de iluminação com o uso de paredes duplas Autoria própria

49. Obra exposta no segundo piso http://www.archdaily.com.br/br/01-167472/galeria-adriana-varejao-slash-tacoa-arquitetos/50f7626db3fc4b316d000044-adriana-varejao-gallery-tacoa-arquitetos-photo

60. Diagrama da composição do edifício (superior) Autoria própria

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61. Diagrama da composição do edifício (Frontal) Autoria própria

70. Uso da madeira e concreto no Biblioteca Exeter http://www.archdaily.com/63683/ad-classics-exeter-library-class-of1945-library-louis-kahn?ad_medium=widget&ad_name=more-fromoffice-article-show

62. Taj Mahal https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/1f/ Taj_Mahal_N-UP-A28-a.jpg/1200px-Taj_Mahal_N-UP-A28-a.jpg

71. Four Freedoms Park http://www.archdaily.com/524049/four-freedoms-park-louis-kahn-sancient-temple-precinct-in-nyc

63. Basílica de Santa Sofia https://1.bp.blogspot.com/-TKElaQK2np4/VTtI2ej1YHI/ AAAAAAAAJ44/aZv2vsyI9gM/s1600/hagia_sophia_mosque_in_istanbul-wallpaper-2560x1600.jpg

72. Goldwater Hospital http://urbanomnibus.net/2014/04/autopsy-of-a-hospital-a-photographic-record-of-coler-goldwater-on-roosevelt-island/

64. Templo Angkor Wat https://abrilviagemeturismo.files.wordpress.com/2016/10/angkor_ wat-manfred-werner.jpeg?quality=70&strip=info&w=880

73. Hospital Renwick Smallpox http://untappedcities.com/2015/12/15/the-top-12-secrets-of-nycsroosevelt-island/

65. Escada da Galeria de Arte da Universidade de Yale http://segundapielarquitectura.blogspot.com.br/2013/03/yale-artgallery-louis-kahn_4.html

74. Strecker Memorial Laboratory http://untappedcities.com/2015/12/15/the-top-12-secrets-of-nycsroosevelt-island/

66. Iluminação do Museu de Arte de Kimbell http://www.thegildedowl.com/louis-kahn-kimbell-art-museum/

75. Vista aérea do terreno (antes da demolição do Goldwater Hospital) http://www.coregravel.ca/site/assets/files/1103/core-four-freedomspark-e.jpg

67. Aberturas e paredes duplas da Assembleia Nacional de Bangladesh http://www.greatbuildings.com/gbc/images/ cid_1253000208_3018578746_ddddf038b4_o.jpg

76. Fachada Sul Autoria de Lucas Heringer

68. Claraboia da Galeria de Arte da Universidade de Yale http://arciphilia.tumblr.com/post/105337061294/fiore-rosso-louis-kahn-yale-university-art

77. Fachada Sudoeste Autoria de Lucas Heringer

69. Uso da madeira e concreto no Centro Yale para Arte Britânica http://www.archdaily.com/787592/louis-kahns-yale-center-for-british-art-reopens-after-restoration

78. Fachada Nordeste Autoria de Lucas Heringer 79.Fachada Noroeste Autoria de Lucas Heringer

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80. Vista aéra Autoria de Lucas Heringer 81. Entrada Autoria de Lucas Heringer 82. Cilindro central Autoria de Lucas Heringer 83. Vista interna Autoria de Lucas Heringer 84. Vista interna Autoria de Lucas Heringer 85. Entrada vista de dentro para fora Autoria de Lucas Heringer 86. Auditório Autoria de Lucas Heringer 87. Abertura parede dupla Autoria de Lucas Heringer 88. Espaço para exposição fixa Autoria de Lucas Heringer 89. Rasgos do espaço para exposição fisica Autoria de Lucas Heringer 90. Vista da claraboia Autoria de Lucas Heringer

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