Reuso de Contêiner Do abandono á cultura

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Luane Bregola Rodrigues

Reuso de Contêiner Do abandono á cultura

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário SENAC, como exigência parcial para obtenção do titulo de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Orientador: Professor Ricardo Wagner Alves Martins

São Paulo 2017

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Agradeço e dedico este trabalho a meus pais, colegas de classe e professores por terem me guiado, apoiado e tornado esses anos de faculdade os melhores possíveis.

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Resumo

Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo criar um espaço cultural, multiuso e sustentável localizado na Rua Augusta – São Paulo, prioritariamente construído com materiais reutilizados, o projeto terá como proposta poder ser adaptado em diferentes terrenos. Entre os principais materiais utilizados se destacam o Contêiner, madeira de reuso e o concreto armado, além de moveis e forros feitos a partir do PET reciclado. O complexo será constituído por cinco blocos principais, criando um grande pátio interno de uso livre, levando como objetivo principal a possibilidade do usuário possuir um espaço multiuso na cidade, com isso o espaço se mostra adaptável, apresentando diferentes usos para o mesmo local.

Palavras chaves: Cultura, multiuso, adaptável, encaixe, reuso.

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Abstract

This course completion work aims to create a cultural space, located in Rua Augusta - SĂŁo Paulo, primarily built with reused materials, the project will have as a proposal to be adapted in different terrains. Among the main materials used are Container, reuse wood and reinforced concrete, as well as furniture and linings made from recycled PET. The complex will be constituted by five main blocks, creating a large internal patio of free use, having as main objective the possibility of the user having a multipurpose space in the city, with that the space is adaptable, presenting different uses for the same place.

Keywords: Culture, multipurpose, adaptable, fit, reuse.

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Lista de Ilustrações

Figura1- Espaço Matilha Cultural Figura2- Espaço Matilha Cultural Figura3- Hostel Casa de La Musica Figura4- Hostel Casa de La Musica Figura5- Hostel Casa de La Musica Figura6- Hostel Casa de La Musica Figura7- Hostel Casa de La Musica Figuea8- Hostel Casa de La Musica Figura9- Dimensão do Contêiner Figura10- Tabela de vantagem do uso do contêiner Figura11- Cite a Dock Figura12- Cite a Dock Figura13- Planta Cite a Dock Figura14- Cortes Cite a Dock Figura15- Tetris Contêiner Hostel Figura16- Tetris Contêiner Hostel Figura17- Tetris Contêiner Hostel Figura18- Tetris Contêiner Hostel Figura19- Tetris Contêiner Hostel Figura20- Tetris Contêiner Hostel Figura21- Acabamento interno do Contêiner com a Lã de PET Figura22- Tipo de isolamento térmico do Contêiner Figura23- Tipo de isolamento térmico do Contêiner Figura24- Tipo de isolamento térmico do Contêiner Figura25- Piso em Cortiça Figura26- Tinta Isolante Figura27- do Teto-Verde Figura28- Diagrama de Variáveis Figura29- Piso Drenante Figura30- Funcionamento do Piso Drenante

Figura31- Móveis Reutilizados Figura32- Móveis Reutilizados Figura33- Móveis Reutilizados Figura34- Móveis Reutilizados Figura35- Imagem de satélite do terreno Figura36- Mapa de transportes Figura37- Mapa de equipamentos culturais Figuea38- Mapa de Zoneamento Figura39- Implantação Espaço Cultural Figura40- Implantação Espaço Cultural Figura41- Fachada Espaço Cultural Figura42- Fachada Espaço Cultural Figura43- Fachada Espaço Cultural Figura44- Bar Figura45- Imagem interna do restaurante Figura46- Fachada Hostel Figura47- Quarto principal Figura48- Fachada Hostel Figura49- Espaço Multiuso2 Figura50- Espaço Multiuso2 Figura51- Coworking Figura52- Imagem interna do coworking Figura53- Espaço Multiuso1 em uso Figura54- Espaço Multiuso1 em uso Figura55- Espaço Multiuso1 em uso Figura56- Espaço Multiuso1 em uso Figura57- Entrada do Espaço Cultural Figura58- Patio Interno do Espaço Cultural Figura59- Patio Interno do Espaço Cultural Figura60- Patio Interno do Espaço Cultural

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Sumário

1. Introdução......................................................................................................................Pág.7 2. Espaços Culturais...........................................................................................................Pág.8 2.2 Referências...............................................................................................................Pág.8 3. Hostel.............................................................................................................................Pág.10 3.3 Referências...............................................................................................................Pág.10 4. Contêineres....................................................................................................................Pág.12 4.1 Reuso de Contêineres..............................................................................................Pág.13 4.2 Contêineres na arquitetura.......................................................................................Pág.15 4.3Fundação..................................................................................................................Pág.17 4.4 Referência................................................................................................................Pág.19 4.5 Conforto ambiental...................................................................................................Pág.22 4.6 Sustentabilidade .....................................................................................................Pág.28 5. O Projeto.....................................................................................................................Pág.32 5.1 Localização..............................................................................................................Pág.32 5.2 O Espaço Cultural ................................................................................................Pág.36 5.3 Restaurante/Bar ...................................................................................................Pág.42 5.4 Hostel ..................................................................................................................Pág.44 5.5 Espaço Multiuso 2 ...............................................................................................Pág.46 5.6 Coworking ............................................................................................................Pág.48 5.7 Espaço Multiuso1 .................................................................................................Pág.50 6. Considerações Finais..............................................................................................Pág.56 7. Referências.............................................................................................................Pág. 57

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1. Introdução

Cada vez mais a arquitetura e a engenharia civil buscam alternativas de construção, e o reuso de materiais descartados para a utilização em projetos tem se mostrado muito presente nesses últimos tempos. Grande parte dos projetos arquitetônicos atuais, tem sido pensada voltada a sustentabilidade, visando o conceito dos três “R” de consumo consciente: reduzir, reutilizar e reciclar. Atualmente o contêiner tem tido uma grande aceitação no mercado da construção civil, já que é um material totalmente adaptável, modular e de fácil manuseio. Dados mostram que milhares de contêineres são descartados nos portos brasileiros por ano, muitas vezes sem nem chegar ao fim de sua vida útil para o transporte de cargas marítimas, o custo da compra de um contêiner descartado no porto varia entre mil reais e seis mil reais, isso acaba fortalecendo as vantagens de aproveitar o material para a construção civil, além de outras inúmeras vantagens. Ao longo do trabalho, será discutida a viabilidade, vantagens e desvantagens de utilizar o contêiner na construção civil, colocando em pauta também a questão da sustentabilidade nesse meio. Para concretizar a ideia, o tema será introduzido em um projeto arquitetônico, que será um espaço cultural. O espaço será dividido basicamente em cinco blocos, sendo eles um restaurante/bar, o hostel, dois espaços multiusos e uma área destinada a coworking, além de toda a infraestrutura necessária, como banheiros, administração e área técnica. A ideia do local é criar interação entre o publico e adaptar o local a vários usos distintos, dependendo da necessidade do usuário.

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2. Espaços Culturais Segundo Teixeira Coelho (1986), no século XIX foram criados os primeiros centros de cultura inglesas, chamados de Centros de Arte. Estes espaços já assumiam a pratica da ação sociocultural que foi privilegiada pelas politicas culturais dos países socialistas europeus no século XX. Mas, somente no final da década de 50, na França, foram lançadas as bases do que contemporaneamente entende-se como ações culturais e equipamento cultural entendendo-os como edificações destinadas a praticas culturais (teatros, cinemas, bibliotecas, centros de cultura e museus). (Coelho, 1997, p165).

2.2 Referências Matilha Cultural

Figura1. Fonte: <www.matilhacultural.com.br>. Acesso em 18 de março de 2017.

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Figura2. Fonte: <www.matilhacultural.com.br>. Acesso em 18 de outubro de 2017.


A Matilha Cultural é um centro cultural independente e sem fins lucrativos localizado na região central de São Paulo. Fruto do ideal de um coletivo formado por profissionais de diferentes áreas, o espaço Matilha é preparado para apoiar e divulgar produções culturais e iniciativas sócio-ambientais do Brasil e do mundo. Para garantir sua sustentabilidade financeira, a Matilha busca patrocínios institucionais e por projetos, participa de editais e loca suas instalações para eventos privados. Realizar um evento na Matilha Cultural é contribuir diretamente para a sobrevivência desse espaço de cultura no centro de São Paulo. Além do engajamento em causas, a Matilha Cultural se preocupou, desde o início, em minimizar os impactos ambientais e sociais decorrentes de sua construção e operação. Assim, apenas madeira de reaproveitamento ou certificada foi usada nos ambientes e móveis do espaço. O cardápio dos eventos e do café é vegetariano e dá-se prioridade a produtos orgânicos e de cooperativas. Não é permitido o uso de copos e embalagens descartáveis para reduzir a quantidade de lixo. Os resíduos orgânicos são compostados no jardim. Utiliza-se papel reciclado nos impressos.

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3. Hostel Segundo Patricia Azeredo Coutinho (2015), os novos hostels atingem em cheio o público jovem que, tendo ou não viajado ao exterior, conheceu e aprovou o “novo” hostel. Este público busca uma acomodação com preços acessíveis, não necessariamente de baixo custo, em ambiente moderno, confortável e seguro, somado a uma convivência social intensa e prazerosa durante o período de sua viagem. (Azeredo Patricia. HotelNews, 2015. Disponivel em: < http://www.revistahotelnews.com.br/portal/opiniao.php?>. Acesso em 20 de maio de 2017).

3.2 Referências

Casa de La musica (Vas utca 16., Budapeste, Hungria) O Hostel Casa de La Musica, localizado em Budapeste, é considerado uma atração no centro da cidade com suas festas, bares e sua piscina, tudo aberto ao publico. O Hostel mantem como proposta a convivência entre hospedes e moradores da cidade, o local já abrigou projetos sociais e pequenos eventos locais. A Casa de La Musica despõem de nove tipos de acomodações distintas e toda a infraestrutura necessária para seus hospedes e turistas que estão apenas de passagem.

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Figura6. Fonte: <www.casadelamusicahostel.com>. Figura3. Fonte: <www.casadelamusicahostel.com>.

Figura7. Fonte: <www.casadelamusicahostel.com>.

Figura4. Fonte: <www.casadelamusicahostel.com>.

Figura5. Fonte: <www.casadelamusicahostel.com>.

Figura8. Fonte: <www.casadelamusicahostel.com>. Acesso em 10 de outubro de 2016.

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4. Contêiner Basicamente, o Contêiner é uma caixa construída em aço, alumínio ou fibra, que inicialmente foi criada para o transporte de mercadorias. Tem como proposta ser extremamente resistente, é capaz de suportar o peso de até outros dez Contêineres sobre ele, além de poder ser reusado dezenas de vezes. As unidades de medidas utilizadas para a padronização das dimensões dos Contêineres são pés e polegadas. Exemplo: 1 pé é igual a 30,48cm e 1 polegada é equivalente a 2,54cm. Os valores podem variar entre R$ 1.000,00 e R$ 16.000,00 entre novos e usados e, os preços podem subir significativamente dependendo da especificação do produto a ser transportado, como por exemplo o tipo de refrigeração exigida para aquela mercadoria.

Figura9. Fonte: ACE Tradeways.

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4.1 Reuso e Reaproveitamento de Containers abandonados Ao longo dos últimos anos o crescimento da produção e faturamento bruto na área na construção civil tem sido muito significativo, tem em media um crescimento de 3,8% ao ano. Pesquisas mostram também, que a área é responsável internacionalmente por consumir entre 40% a 70% dos recursos naturais existentes e, apenas no Brasil a construção civil gera uma media de 25% do total de resíduos da indústria. Estes dados reforçam a necessidade de medidas para alterar o quadro, a Cartilha de gestão ambiental de resíduos em canteiros de obras desenvolvido pelo SindusCon (Sindicato de construção) entre 2003 e 2004 em São Paulo, estabelece critérios, diretrizes e procedimentos para gestão destes resíduos, colocando em Pauta o reaproveitamento. Foi na II Conferencia das Nações Unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento humano em 1922, no Rio de Janeiro, que a sustentabilidade na construção civil começou a ter sua importância, o agenda 21 colocou em pauta a redução de resíduos e poluentes, a extração da matéria prima e o uso racional da água e energia. Um dos produtos com capacidade de reaproveitamento residual que tem sido estudado, é o contêiner.

Apesar de possuir vida útil de no mínimo dez anos, muitos deles são descartados por empresas que consideram mais viáveis economicamente a compra de um modelo novo, este descarte gera grande entulho, o qual passa a ser vendido para algum “ferro-velho” ou descartados a deriva no meio ambiente. Arquitetos e Engenheiros passaram a observar os benéficos do material, começando a utilizá-lo na Construção Civil. Entre alguns benéficos podemos apontar como os mais interessantes para a área a redução de em media 30% do custo final da obra, se comparado a métodos tradicionais. Além disso, a velocidade em que a obra pode ser construída, já que se trata de módulos que obedecem as dimensões da Internacional Standards Organisation (ISO). Algumas alterações são necessárias para que o Contêiner possa ser reutilizado para a construção civil. A condutibilidade térmica das chapas de aço usadas para a fabricação do contêiner, torna o uso de algum isolamento térmico e proteção anti chamas em seu interior obrigatório, além de isolamento acústico.

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O piso é originalmente fabricado com um compensado de três centímetros, para este caso em especifico é necessário remoção e substituição total ou um revestimento especifico para o acabamento, dependendo do tipo de uso que a estrutura recebera. Para um projeto arquitetônico em especifico, as aberturas são feitas através de corte e solda da estrutura e, por se tratar de módulos, a união entre os contêineres pode ser feita pelas laterais e podem ser empilhados mais de dez um sobre o outro. Dependendo das cargas utilizadas anteriormente, o aço do Contêiner deve ser jateado com um abrasivo e repintado com uma tinta não toxica, para evitar qualquer tipo de contaminação para os moradores. Nas cidades que possuem portos a compra do contêiner torna-se ainda mais vantajosa, já que haverá redução do custo do transporte, além disso ele tem inúmeras possibilidades para seu deslocamento.

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Figura10. Fonte: Acervo próprio.


4.2 Containêrs na Arquitetura O reuso e a reciclagem de materiais para uso na construção civil tem sido cada vez mais valorizada, visando à possibilidade de criar projetos sustentáveis. Os contêineres navais abandonados tem ganhado seu espaço nesse mercado, saindo da inutilidade para a utilidade, possibilitando construções de espaços que respeitam o meio ambiente. Além do apelo sustentável que usar um contêiner abandonado dispõe, essa pratica gera outros benefícios para a construção civil, a rapidez e facilidade de montagem, um canteiro de obras pouco utilizado e consequentemente mais limpo e ate mesmo pelas variedades projetais que a modularidade do material proporciona, sendo assim, um material facilmente ajustável para diferentes usos.•. De acordo com a arquiteta Eduarda Hartmann – do Studium Saut Arte & Interiores –, a instalação da estrutura é simples, pois trata-se de um material pronto. “Os contêineres possuem uma estrutura de aço extremamente forte, porém leve, composta por um sistema de encaixe que permite o empilhamento”, explica. Dessa forma, o uso do material gera economia de recursos naturais que não precisam ser utilizados, tal como areia, cimento e ferro – gerando menos entulho. “Os custos para erguer um projeto em contêiner caem, aproximadamente, 30% em relação à construção com alvenaria”, destaca o arquiteto Daniel Kalil.

Guilherme José, arquiteto do escritório MEIUS Arquitetura, complementa ao lembrar a economia gerada também com mão de obra, pois, apesar de exigir um serviço especializado, a instalação de contêineres é feita com menos profissionais. “É como se as primeiras etapas de uma construção – fundação e estruturas – já estivessem prontas. O serviço só é feito para o corte da lata, para passagens de pontos elétricos e hidráulicos, isolamento termo acústico e, finalmente, para revestimentos e acabamentos”, ressalta. Segundo a diretora da Costa Contêiner, o valor médio do metro quadrado das casas de contêiner na empresa é de 1.500 reais, o que equivale a 150 mil reais para uma casa de 100 metros quadrados, ou 75 mil reais para uma área de 50 metros quadrados. Esse valor inclui o preço do contêiner, os recortes feitos, o acabamento, como o assentamento de piso e forro de gesso, instalações elétricas e hidráulicas e o frete. “Os contêineres marítimos por si, já possuem sua estrutura independente a qual é designada para suportar enormes cargas. Poucas cargas apresentam densidade o suficiente para atingir um limite de peso para o volume de um contêiner, ou seja, precisaria de uma densidade muito alta de carga para exceder o quanto um contêiner consegue suportar levando em conta o que ele possui de espaço interno.” (fonte: Slawik, 2010 )

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Os elementos principais de estrutura que compõem o contêiner marítimo são trilhos, colunas e travessas, que se conectam por soldas ou parafusos. As travessas inferiores servem de suporte para o piso e os trilhos se conectam entre si, formando a estrutura.

(Legenda: Bottom Ending Rail - Trilho Traseiro Inferior Bottom Side Rail - Trilho Lateral Inferior Corner Fitting - Engate de Canto Corner Post - Coluna de Canto Cross Member - Travessa Door Header - Trilho Superior da porta Door Sill - Soleira da Porta Forklift Pocket Strap - Alça de Empilhadeira Top Side Rail - Trilho Lateral Superior) Fonte: < www.residentialshippincontaineprimer.com>

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“Por exemplo, considerando a remoção de um painel lateral ao longo de um dos lados do contêiner, sem algum reforço estrutural, ele se deformará e falhará estruturalmente. Como regra geral, quando há a remoção de partes ou totalidade dos painéis, cabe à necessidade de estruturas de aço, para enquadrar as aberturas e dependendo do tamanho da abertura, colunas de reforço para o telhado também são necessárias, como demonstra a figura abaixo. (The Container Traders, Nationwide Container Solutions - How to build a shipping container house - 2010, tradução própria) ”.


4.3 Fundação Como em qualquer outro tipo de construção, as construções feitas em contêiner também precisam de uma fundação, porem este tipo de projeto mostra soluções mais simples. Normalmente este tipo de projeto mantem o relevo natural do terreno, o que consequentemente deixa grande parte do terreno com sua permeabilidade original. Ainda que a estrutura do terreno seja modular, firme e solida, é indispensável uma base solida para seu apoio a cima do solo, para além de dar mais segurança, também evitar o contato direto com a umidade, evitando corrosões excessivas ao longo do tempo. Existem dois tipos de fundações, classificadas como superficial ou profunda, seguindo a NBR6122/2010. Nas superficiais, as cargas levadas ao terreno e distribuídas ao longo da fundação, como por exemplo sapatas, vigas de fundação e radiers. No caso das profundas, as cargas são transmitidas ao terreno por uma base ou superfície lateral, como por exemplo estacas, caixões e tubulões.

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4.3 Referências Cite A Docks Concluída em 2010 pelo escritório Cattani Arquitetos, a cidade universitária esta localizada em LeHavre, França. A cidade é resultado do reuso de containers abandonados que foram reformados e transformados em habitações estudantis modulares, equipadas com toda a infraestrutura e conforto necessário. Os containers embilhados, deram forma a um edifício de quatro andares, abrigando 100 apartamentos com 24m² cada. Foram utilizadas estruturas metálicas para fortalecer a estrutura do edifício e conectar ambas as torres, criando uma circulação entre elas, contribuindo ainda para novos espaços de lazer e passarelas.

Figura11. Fonte: < http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-55887/cite-a-docks-cattani-architects> Acesso em 10 de outubro de 2016.

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Figura12. < http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-55887/cite-a -docks-cattani-architects.> Acesso em 10 de outubro de 2016.


Figura13. < http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-55887/cite-a -docks-cattani-architects.> Acesso em 10 de outubro de 2016.

Figura14. < http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-55887/cite-a -docks-cattani-architects.> Acesso em 10 de outubro de 2016.

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Tetris Containêr Hostel

“Localizado em Foz do Iguaçu, o hostel foi concebido de forma funcional e criativa, com estrutura formada por 15 containers em mais de mil metros quadrados. Com capacidade total para 70 pessoas, os quartos são privativos ou compartilhados, cozinha compartilhada, lounge, piscina, varanda, jardim interno, bar e estacionamento gratuito. Além disso, tem como ponto alto um deck e dois amplos terraços, ideais para ver o pôr do sol, muitas das áreas são abertos ao publico. Entre os recursos sustentáveis, baseados na proposta dos 3R’s – reduzir, reutilizar, reciclar – existe a captação da água da chuva, reutilizada nas descargas dos banheiros e todo efluente gerado nas pias, chuveiros e sanitários do hostel é tratado no local por um sistema eco-friendly chamado zona de raízes, onde as plantas fazem a filtragem da água que, na sequência, é utilizada para regar os jardins. O telhado verde reduz a temperatura interna, enquanto a piscina é aquecida por um sistema de aquecimento solar. A decoração descolada e colorida torna o ambiente ainda mais agradável.”

Figura 15. Fonte: <www.tetrishostel.com.br>.

< Disponivel em: :http://nomadesdigitais.com/conheca-o-hostel-brasileiro-feito-de-containers. Acesso em 15 de setembro de 2016>.

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Figura 16. Fonte: <www.tetrishostel.com.br>. Acesso em 10 de outubro de 2016.


Figura 17. Fonte: <www.tetrishostel.com.br>.

Figura 19. Fonte: <www.tetrishostel.com.br>. Acesso em 10 de outubro de 2016.

Figura 18. Fonte: <www.tetrishostel.com.br>.

Figura 20. Fonte: <www.tetrishostel.com.br>. Acesso em 10 de outubro de 2016.

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4.4 Conforto Ambiental para o uso do Contêiner. Estudar a ventilação e orientação solar do terreno em que seu projeto será implantando, é um fato completamente necessário para o conforto do usuário do edifício, principalmente quando se tem sua estrutura em aço. Neste caso mais especifico, o estudo deve ser minucioso para que exista um conforto térmico interno, por isso a orientação solar para o norte e a analise da direção dos ventos de acordo com o terreno escolhido é essencial. Além do posicionamento do edifício, existem outros fatores que podem contribuir para a temperatura interna, entre eles a ventilação cruzada, mantas termo acústicas, vegetação em seu entorno e implantação de um telhado verde, que tem se mostrado um grande aliado nesta questão de resfriamento interno. A estrutura de aço sem nenhum tipo de revestimento ou resfriamento artificial, pode chegar a ate 50 graus em dias mais quentes. Atualmente já existem dezenas de mantas termo acústicas, que são usadas para manter a temperatura e servem também como uma espécie de filtro para os barulhos externos, entre as mais comuns estão a Lã de Vidro e Lã de Rocha. Ainda pouco explorada, a Lã de garrafa PET mostrou grande eficiência como revestimento. A Lã de PET substitui a lã de vidro e a lã de rocha, sendo feita 100% a partir de matéria prima reciclada, contribuindo para aprovação de construções ecologicamente corretas. Ela oferece grande proteção contra ruídos e ajuda a estabilizar a sensação térmica de ambientes internos.

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“ As construções em contêiner estão se tornando cada vez mais comuns com o passar dos anos. Principalmente em países com tradição portuária, como Estados Unidos e alguns países da Europa. No Brasil, ainda há certa dificuldade de aceitar o novo, pois se preza muito a tradição, aparência e status. Porém, com os devidos cuidados e um bom projeto, as diferenças entre uma casa feita no sistema tradicional de alvenaria, pouco difere de uma residência em contêiner.” (CORBAS 2013).

Fonte: Acervo próprio.


Na ilustração a seguir é possível observar a disposição da Lã de pet com o acabamento dentro do contêiner, que será o tipo de isolamento termo acústico usado em todo o projeto. A primeira camada, junto ao aço do contêiner, é uma fina borracha, apenas para prevenir a condução excessiva de energia do aço com a fiação, assim evitando choques. Logo em seguida a camada com a Lã de PET e como acabamento uma camada em Gesso ou DryWall.

Figura 21. Fonte: Acervo próprio.

Acabamento

Lã de PET

Estrutura Containêr

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Devido à alta condutividade térmica do aço usado para a fabricação do Container, existem inúmeras possibilidades de ganho excessivo de calor em seu interior, nas ilustrações a seguir serão mostradas soluções para minimizar o ganho de calor e tornar o ambiente interno do container um local confortável para se habitar.

Figura 22 Fonte: (GARRIDO, 2011).

O esquema a cima deixa em evidencia a necessidade do estudo do clima no local da construção, para assim escolher a opção mais adequada para o conforto interno do ambiente.

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As imagens na pagina a seguir mostra o desempenho de alguns tratamentos termo acústicos por dentro da chapa e por fora da estrutura, e seus resultados. Além das propostas citadas a cima, existem formas alternativas que podem contribuir para o conforto térmico do Container que, em conjunto com materiais isolantes, podem transformar a estrutura metálica em uma habitação igualmente confortável para o usuário quanto a convencional de alvenaria, por exemplo.


Figura 23 Fonte: (GARRIDO, 2011).

Figura 24 Fonte: (GARRIDO, 2011).

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Entre as alternativas escolhidas para o conforto térmico e acústico do projeto final, além da Lã de PET, destacam-se a cobertura interna do piso de cortiço, a cobertura externa com um teto-verde e tintas isolantes. O piso de cortiço diferentemente de outros tipos de piso ajuda a abafar o som. Ele é usado normalmente para construções com mais de um pavimento, já que contribui para o abafamento do som de quem “anda na parte de cima”. Além disso, ele é um ótimo material para manter a temperatura ambiente.

Figura 25 Fonte: < http://taolegal.net/isolamento-acustico-solucao-em-construcao.com>. Acesso em 20 de novembro de 2016.

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A tinta isolante é indicada principalmente para atenuar o calor, nada mais é que um revestimento elastomérico á base de água que incorpora em sua formula polímeros acrílicos combinados com microesferas de cerâmica. Ela é usada para impermeabilizar lajes, telhados, paredes e etc. A tinta mostra excelentes resultados, pois diminui o calor causado pela incidência da radiação solar e pode reduzir em ate 65% o calor absorvido pelas chapas de aço.

Figura 26 Fonte: < Fonte: http://econs.com.br/br/? page_ id=1689> Acesso em 20 de novembro de 2016.


O teto verde, também conhecido como alveolar eco telhado, é uma espécie de jardim suspenso. Com um grande custo-benefício, esse tipo de telhado incorpora vegetação à área da cobertura. A finalidade da vegetação é proporcionar um conforto térmico no ambiente em baixo de si, por causa da transpiração e evaporação, no verão chega a diminuir 90% da transmissão do calor pelo telhado, e no inverno consegue manter em ate 10% a temperatura interna. Contribui também para o conforto acústico pela massa, aumenta a geração de oxigênio, retém água da chuva, entre outras qualidades. O sistema alveolar eco telhado é composto pelos seguintes itens: 1º - Membrana anti-raízes eco telhado (pead 200 micras); 2º - Membrana alveolar eco telhado (2 cm) - retém água e por baixo forma canais drenantes; 3º - Membrana de retenção de nutriente eco telhado; 4º - Substrato leve eco telhado (um cm ou mais). Cada 10 litros/m² correspondem a um cm de altura. 5º- Vegetação

Figura 27 Fonte: < Fonte: http://www.arquidicas.com.br/telhados-verdes/> Acesso em 20 de novembro de 2016.

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4.5 Sustentabilidade Atualmente o termo “sustentabilidade” é indispensável para a grande maioria dos segmentos e, para a área da arquitetura e construção civil não é diferente, pode-se dizer que é quase que obrigatório incluir praticas sustentáveis desde o inicio do projeto. Para que o conceito seja cumprido, existem três variáveis básicas a serem pensadas: o âmbito ecológico, o social e econômico.

Figura 28. Fonte: Acervo próprio.

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A reutilização dos contêineres na construção civil por si só, já pode ser considerada uma pratica sustentável, porem são necessárias outras praticas para que isso se fortaleça. Do ponto de vista ecológico e econômico, utilizar os contêineres como estrutura e vedação possui vantagens significativas em relação aos métodos construtivos convencionais. A começar pelo fato de que é um material de reuso e que suportam enormes cargas com vida útil para construção de até 100 anos. Utilizar este material (contêiner) como alternativa construtiva, significa reduzir o uso de material básico usado em uma construção, como o cimento, alvenaria, areia e reduzindo a geração de resíduos durante a obra e o custo de materiais.


Construções em contêineres costumam necessitar de fundações simples, o que reduz ainda mais o impacto do local, e são rápidos de configurar (estruturas modulares), o que significa menos poluição sonora e menos tempo na execução da obra e dinheiro. Muitos projetos de contêineres, principalmente os menores, se esforçam no sentido de ser autossuficiente, utilizando painéis solares, coletores de águas pluviais, telhados verdes, entre outros. Os interiores são também muitas vezes favoráveis ao meio ambiente, sendo decorados em madeira e outros materiais naturais ou reciclados. (KOTNIK,2013) Isso faz com que a arquitetura de contêineres respeite o conceito de design dos 3R (reutilizar, reciclar e reduzir). Um fator que cumpre o dever social é o de capacitar funcionários para este tipo de construção nova, dando-lhes experiência para futuros trabalhos, além de que, o baixo custo do valor da obra, faz com que pessoas com menor renda também tenham acesso a este tipo de construção.

“Nós, arquitetos e engenheiros, temos a responsabilidade de transformar os atuais conceitos da construção civil, das técnicas construtivas e da arquitetura para que não estejamos tão a mercê dos interesses exclusivamente econômicos. Temos que priorizar a qualidade, transformar o mercado para que ofereça uma arquitetura perene, livre de modismos. Isso é sustentabilidade.” (Danilo Corbas, 2010).

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Além do uso do contêiner, o Centro contara com piso drenante em toda sua extensão externa. O piso permite a vasão da água, o que têm sido uma solução usada pelos construtores para minimizar os impactos das chuvas, a possibilidade de enchentes, e estão se tornando também um importante aliado para a captação e reaproveitamento da água. Essas são soluções bastante relevantes e inovadoras para o segmento de construção civil e já vem sendo implementadas em diversas obras. Com os pisos drenantes, a água reaproveitada pode assumir essas funções. Eles são instalados por cima de um sistema de drenagem e a água da chuva é recolhida e armazenada em reservatórios para reúso.

A utilização desse tipo de revestimento é recomendada para áreas externas, como em calçadas ou estacionamentos, pois eles possibilitam o escoamento imediato da água, com até 90% de permeabilidade. Outra opção seria permitir que a água vá para o lençol freático. Por isso, nas áreas urbanas, em calçadas e estacionamentos, esses pisos podem ser aliados contra enchentes. Nas indústrias, eles podem resolver a questão da área permeável, que é uma exigência técnica. Outro fator importante é a resistência e uniformidade garantidas pelo Elastopave®, suportando fluxo intenso de pedestres. Além disso, o produto previne que as raízes das plantas quebrem o pavimento ou o trinquem, garantindo uma excelente durabilidade em ambientes naturais como parques, praças, calçadas, jardins.

Figura 29. Fonte: < http://www.maski.com.br/holland-drenante>. Acesso em 18 de março de 2017. Figura 30. Fonte: < http://jornaldaconstrucaocivil.com.br/wp-content/uploads/2017/01/BASF.jpg>. Acesso em 18 de março de 2017.

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O espaço tambÊm contara com piso de madeira de reuso, hortas coletivas, ponto para coleta seletiva de lixo e moveis internos e externos predominantemente feitos a partir de materiais reciclados ou reutilizados.

Figura 31. Fonte: < http://canaldadecoracao.com. br/moveis-reciclados-fotos-e-ideias/>.

Figura 32. Fonte: < http://canaldadecoracao. com.br/moveis-reciclados-fotos-e-ideias/>.

Figura 33. Fonte: < http://canaldadecoracao.com. br/moveis-reciclados-fotos-e-ideias/>.

Figura 34. Fonte: < http://canaldadecoracao. com.br/moveis-reciclados-fotos-e-ideias/>.

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5. O Projeto. 5.1 Localização

O terreno localiza-se na rua Augusta, á quatro quarteiores da Avenida Paulista, local de muito movimento no centro de São Paulo. Atualmente o terreno abriga postes de rede eletrica e ja possui previsão para ser desativado, deixando assim o terreno livre para construções. Área total:Aproximatamente 2.115m2 Medidas:38,70x57,80

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Figura 35. Fonte: < https://www.google.com.br/ maps/place/R.+Augusta,+S%C3%A3o+Paulo+-+SP>. Acesso em 20 de abril de 2017.


Figura 36. Mapa de tranporte. Fonte: < http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx#> Acesso em 25 de maio de 2017). Acesso em 20 de abril de 2017.

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Figura 37. Mapa de Equipamentos Culturais e Educação. (Fonte: < http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/ PaginasPublicas/_SBC.aspx#> Acesso em 25 de maio de 2017). Acesso em 20 de abril de 2017.

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Figura 38. Mapa de Zoneamento. (Fonte: < http://www.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/secretarias/planejamento/zoneamento/0001/parte_II/se/m_04.jpg> Acesso em 25 de maio de 2017). Acesso em 20 de abril de 2017.

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5.2 O Espaço Cultural.

O Espaço Cultural tem como objetivo criar um ambiente modulável, podendo assim ter vários usos dependendo da necessidade do visitante. O espaço é divido em cinco blocos principais, sendo eles o Bar/restaurante, o Hostel, dois espaços multiusos e um ambiente destinado a Coworking com um box privado integrado a ele. Entre os blocos cria-se um grande patio interno de uso livre para a população, podendo eventualmente ser fechado para eventos, onde o usuário pode desfrutar de um ambiente ao ar livre e assim usá-lo da forma que quiser. Além dos blocos principais, o Espaço Cultural conta com uma estrutura de suporte para o usuario, como banheiros e camarim, o bloco da administração e bloco das caixa d’água. A ideia do patio é que sua função seja criada a partir do que o visitante esteja fazendo dele, ou seja, inumeras possibilidades de uso.

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O uso do Contêiner como material principal reforça a ideia de modularidade e adaptação, pois o contêiner possibilita com que este mesmo espaço seja recriado e adaptado em diferentes terrenos e ate mesmo ser reformado, ampliado ou modificado com grande facilidade. Além do contêiner, concreto armado e madeira complementam a parte arquitetônica e ajudam a fixar e reforças as estruturas, criando um ambiente harmônico e amplo para o usuário.


Espaรงo Cultura l Figura 40. Fonte: Acervo Prรณprio.

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Implantação/Pavimento Térreo. Fonte: Acervo Próprio. Esc. 1/750

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Espaço Cultura l Implantação/1o pavimento. Fonte: Acervo Próprio. Esc. 1/750

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Cortes Fonte: Acervo Prรณprio. Esc. 1/250

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Espaรงo Cultura l

Figura 41. Fonte: Acervo Prรณprio.

Figura 42. Fonte: Acervo Prรณprio.

Figura 43. Fonte: Acervo Prรณprio.

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5.3 Restaurante/Bar

O Restaurante/bar aprece como sendo o primeiro bloco do Centro Cultura, virando um chamariz para as pessoas que não conhecem o local. No primeiro pavimento localiza-se o restaurante e a cozinha industrial destinada a ele, com duas entradas, uma entrada pela Rua Augusta e outra abertura para dentro do centro. O bar, localizado no pavimento superior tem como ideia ser um local mais despojado, onde tem uma passarela que o conecta com uma especie de ‘camarote’ do espaço Multiuso1, o espaço se mostra mais aberto, com vista para os possíveis eventos que aconteçam no local, podendo eventualmente também ser fechado quando necessário.

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Restaurante/Bar

Figura 44. Fonte: Acervo Prรณprio.

Figura 45. Fonte: Acervo Prรณprio.

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5.4 Hostel

O Hostel tem como função atender as pessoas que procuram hospedagem próxima ao centro e as pessoas que precisam de hospedagem para eventos no Espaço cultural. No primeiro pavimento encontra-se a recepção, área de convívio, cozinha comunitária e a área de funcionários e, no piso superior três dormitórios com capacidade para abrigar aproximadamente 18 hospedes simultaneamente, banheiro comunitário, além de uma varanda com uma área de convivência interna para os hospedes. O Hostel é composto por quatro contêineres de 12 metros, um de 6 metros e uma área entre contêineres em concreto armado, fazendo a ligação entre eles.

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Figura 48. Fonte: Acervo Prรณprio.

Figura 47. Fonte: Acervo Prรณprio.

Hostel

Figura 46. Fonte: Acervo Prรณprio.

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5.5 Espaço Multiuso2

O Espaço Multiuso2 é destinado a quem procura mais tranquilidade comparado ao resto do Espaço Cultural, ou seja, um local mais reservado, para quem procura um ambiente para ler, relaxar, fazer pequenas reuniões e, eventualmente ele pode ser fechado para pequenos eventos e exposições. O espaço contem portas de vidro que podem ser fechadas para eventos, ou mantidas abertas em dias comuns. Englobado a este espaço, existe uma biblioteca aberta ao publico e a administração de todo o local. O Espaço Multiuso2 é composto por dois contêineres, onde estão a biblioteca e a administração e um vão em concreto armado que abriga o espaço em si.

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Espaรงo Multiuso 2

Figura 49. Fonte: Acervo Prรณprio.

Figura 50. Fonte: Acervo Prรณprio.

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5.6 Coworking

O bloco do coworking, é basicamente um local destinado ao usuário que procura uma sala para reuniões, trabalhar, estudar e etc. A sala contem mesas, tomadas e internet gratuita, tudo feito com controle da administração. Neste mesmo bloco possuí em anexo um Box destinado a algo privado, como lojas, bares, e confeitarias, para contribuir com a renda do local. O coworking é constituído por dois contêiners de 12 metros e dois de 6, e o fechamento da sala é feito em concreto armado.

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Coworking

Figura 51. Fonte: Acervo Prรณprio.

Figura 52. Fonte: Acervo Prรณprio.

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5.7 Espaço Multiuso1

O Espaço Multiuso1, deve ser considerado a parte mais significativa de todo o Espaço Cultural, pois ele permite com que o usuário crie diferentes funções ao mesmo espaço, dependendo da necessidade. Ele pode simplesmente ser um patio coberto para uso livre, pode sediar eventos como shows, desfiles, cinema ao ar livre, teatro, exposições, entre outros. É constituído por apenas dez contêiners de 12 metros e, em seu interior encontra-se os banheiros, a casa de controle de luzes e som e um área fechada para camarim ou deposito e, o desenho em “u” destes conteinêrs cria o patio principal chamado de Espaço Multiuso. Estrutura metálica e vidro, contribuem com a amarração da estrutura e suporte de luzes e som e todo seu fechamento em vidro fosco, para contribuir com a luminosidade e temperatura.

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Figura 54. Fonte: Acervo Prรณprio.

Figura 55. Fonte: Acervo Prรณprio.

Figura 56. Fonte: Acervo Prรณprio.

Espaรงo Multiuso 1

Figura 53. Fonte: Acervo Prรณprio.

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Figura 57. Fonte: Acervo Prรณprio.

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Figura 58. Fonte: Acervo Prรณprio.

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Figura 59. Fonte: Acervo Prรณprio.

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Figura 60. Fonte: Acervo Prรณprio.

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7. Consideraçãoes Finais

O desenvolvimento do presente estudo, possibilitou uma analise concreta sobre os benefícios e possibilidades do uso do contêiner na construção civil, tornando todo o projeto viável e aceito para os dias de hoje. Após estudos e pesquisas, pode-se concluir que espaços multiusos na cidade são paulo estão sendo cada vez mais solicitados pela população e, um local reservado a cultura, com uma estrutura adaptável, de baixo custo e de rápida construção, pode-se tornar uma solução para o problema. O Espaço tem como proposta o uso do contêiner, justamente pela facilidade e benefícios na construção civil, além do reuso de materiais que contribui com a sustentabilidade, podendo assim ser construído espaços semelhantes ao apresentado, em diferentes terrenos, e com a mesma proposta, levando assim cultura junto a espaços multiusos a diferentes locais.

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7. Referências

Canal de Decoração. Diponivel em:< http://canaldadecoracao.com.br/moveis-reciclados-fotos-e-ideias/>.Acesso 20 de novembro de 2016. Casa de La musica. Disponivel em: www.casadelamusicahostel.com>. Acesso em 10 de outubro de 2016. Cite a Dock. Disponivel em: http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-55887/cite-a-docks-cattani-architects Acesso em 10 de outubro de 2016. Contêiners abandonados. Disponivél em:<http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,portos- brasileiros-tem-5-mil-conteineres-abandonados,405796> Acesso em 10 de outubro de 2016. Estrutura do Contêiner. Disponivel em: < www.residentialshippincontaineprimer.com> Acesso em 20 de novembro de 2016. Garrido Louis. Sustainable Architecture Containers. Instituto Monsa de Ediciones, 2011. Matilha Cultura. Disponivel em: <www.matilhacultural.com.br>. Acesso em 18 de março de 2017. Piso Drenante. Disponivel em: < http://jornaldaconstrucaocivil.com.br/wp-content/uploads/2017/01/BASF.jpg>. Acesso em 18 de março de 2017. Piso Drenante. Disponivel em: < http://www.maski.com.br/holland-drenante>. Acesso em 18 de março de 2017. Revista Hotel news. Disponivél em: <http://www.revistahotelnews.com.br/portal/opiniao.php?get_op=258> Acesso em: 5 de março de 2017. Telhado Verde. Disponivel em: < http://www.arquidicas.com.br/telhados-verdes/> Acesso em 20 de novembro de 2016. Tetris Hostel. Disponivel em: <www.tetrishostel.com.br>. Acesso em 10 de outubro de 2016. The Container Traders, Nationwide Container Solutions. How to build a shipping container house, 2010.

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