FÁBRICA DE ARTE URBANA
CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC - SP ARQUITETURA E URBANISMO
FÁBRICA FÁBRICA DE DE ARTE ARTE URBANA URBANA
ALUNA: ALINE BARROSO DA SILVA
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Centro Universitário Senac, sob orientação do Professor Dr. Ricardo Luis Silva, como exigência para conclusão do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo.
SÃO PAULO 2019
AGRADECIMENTOS E aqui se finaliza mais uma jornada na minha vida. Foram longos cinco anos de curso realizado com muita força de vontade. Essa conquista eu dedico aos meus pais, Marcos Garcia e Rosangela Barroso, os quais me motivaram e me auxiliaram nessa caminhada e ao meu irmão Felipe Barroso que sempre esteve do meu lado. Agradeço também meu orientador Professor Ricardo Luis Silva que ao longo do curso nos apresentou diversas formas de compreender a arquitetura e vivenciá-la. Às amizades que fiz pois aprendemos muito um com o outro e partilhamos também o mesmo sofrimento e conquistas a cada projeto entregue. Por fim, hoje eu olho para trás e vejo onde cheguei, o que aprendi, e hoje posso dizer que termino esse ano com muito orgulho. Não sei ainda se irei exercer a profissão de arquiteta urbanista, mas sei que posso levar essa formação para onde for e para onde seguir.
PALAVRA CHAVE: Arte Urbana | Cidade | Guarapiranga | Periferia
SUMÁRIO Sumário Página 1. Apresentação Introdução 2. Levantamento de Dados A arte urbana Surgimento da arte urbana A arte urbana no Brasil Equipamentos culturais e áreas livres Importância da arte na cidade 3. Objetivos
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Página 4. O Terreno Localização Fotos Levantamentos e especulações
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5. Referências
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6. Partido
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7. Projeto
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9. Bibliografia
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INTRODUÇÃO O município de São Paulo é conhecido por ser uma centralidade urbana dotada de comércios, serviços, escolas, hospitais, edifícios culturais, áreas públicas e de lazer, e diariamente circula um grande fluxo de pessoas tanto do próprio município como dos municipios vizinhos movimentando a economia local e trazendo uma vida socialmente ativa aos seus habitantes. Diante disso a arte e cultura acaba se concentrando na região central da cidade, e os artistas de rua veem mais possibilidades de visibilidade na região central e também se concentram nessa área o que acaba deixando as periferias carentes de arte, e acarreta também no uso monofuncional dessas regiões que são mais conhecidas por “cidade” dormitório. Assim a intenção deste trabalho é criar um espaço que além de um equipamento cultural traga a arte para as periferias da Zona Sul e dê mais importancia para a mesma para que as pessoas acreditem na arte e na transformação que a ela pode trazer para as pessoas. Através das pesquisas levantadas percebeu-se que há um número expressivo de jovens nessa região, onde carecem de infraestrutura cultural e educacional fora do horário letivo de escola, curso, serviço, entre outros. Portanto, o projeto está sendo pensado para os artistas e moradores das periferias da zona sul de São Paulo, pois a maioria das pessoas que trabalham com a arte urbana vem da periferia, como as danças urbanas, grafite, parkour, o rap e a poesia, então minha ideia é de que essas pessoas tenham um espaço para que possam explorar essas artes e também um espaço que se torne aberto e convidativo para região, trazendo áreas de lazer e essa mistura de arte, cidade e natureza, e que no mesmo possam acontecer eventos ligados ao que a fábrica irá oferecer.
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Levantamento de Dados
A Arte Urbana A Arte Urbana é um tipo de arte encontrada nos espaços urbanos e a mesma se manifesta por meio de intervenções, performances, dança, grafite, teatro e de outros meios de arte que dialogam com a cidade. Essas ações artísticas ocorrem em locais públicos e geralmente os artistas buscam os grandes centros urbanos por conta do intenso número de pessoas que circulam nessas áreas e por estratégia, pois de certa forma se tem uma diversidade cultural. Na prática, a arte urbana representa o encontro da vida com a arte, pois a fusão de ambas se dá naturalmente, na medida em que o ser humano vive e se desloca pela cidade.
Surgimento da Arte Urbana A arte de rua surgiu, como uma forma de manifestação cultural e literária, encontrada primeiramente na Grécia Pré-Socrática, onde encontrávamos aedos homéricos que cantavam versos e musicas, tentando envolver o público com sua melodia. Posteriormente na Idade Média, com o surgimento dos trovadores, artistas nobres que recitavam versos e poesias, para entreter a nobreza com as histórias cantaroladas. Além dos artistas da nobreza existiam os dos plebeus, o jogral, que eram uma espécie de “bobo da corte”, e apresentavam para os pequenos donos de terras. E assim surgia os demais estilos de arte urbana, partindo da arte escrita, cantada e musical, como o hip-hop que apareceu em meados dos anos 60/70 na cidade de Nova York e Berlim, como uma forma de manifestação política e social, dando então espaço para os desenhos de rua, e assim surgiram as diversas vertentes da arte de rua, como grafite, estêncil, entre outros, com o intuito de protesto e transgressão.
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Arte Urbana no Brasil No Brasil, a arte de rua surge na década de 70, mais precisamente com as obras de grafite nas paredes da cidade de São Paulo. Curiosamente surgiu numa época conturbada da história do país, com a implementação da Ditadura Militar. No início, essa era uma arte marginalizada e de certa forma ainda sofre preconceitos, dependendo do local onde é produzida e do indivíduo que a realiza. Entretanto, alguns artistas adquiriram posição de destaque no mercado da arte. Ainda que a produção do artista de rua não seja reconhecida por muitos, é necessário destacar a importância e relevância desse trabalho para a sociedade pois ela vem mudando a vida de muitos jovens, principalmente os jovens das periferias, que com o avanço tecnológico tem acesso a arte do manifesto como o próprio grafite, o rap, ou o hip-hop, e é o que atrai pois está mais próximo da realidade dos mesmos. Vale lembrar que muitos problemas são enfrentados pelos artistas de rua, tal qual a proibição de manifestações artísticas em locais públicos. O que contraria o artigo 5 º da Constituição do nosso país, que diz que todo o cidadão é livre para se manifestar artisticamente: “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; IX é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;”
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Levantamento de Dados ZS
ZN Para compreender onde se localizam os incentivos e apoios culturais no Município de São Paulo voltados para todas as classes sociais, temos este primeiro mapa (mapa1) que só conclui que a área central é a mais rica em equipamentos voltados para a arte e para a expressão da mesma na cidade. Além destes equipamentos o centro conta com uma variedade de teatros, praças públicas e espaços vazios onde acontecem as apresentações e manifestações diversas todos os dias.
ZS
Por consequência da visibilidade e variedade de lugares que o centro traz para o espaço livre / público, os artistas de rua optam por essa área e acabam concentrando a arte onde já tem uma estrutura cultural mantendo as periferias da cidade sem esse viés cultural. Hoje pode-se dizer que a maioria dos artistas vem das periferias, mas a única forma de arte que é mais presente nessas áreas ainda é o grafite. Justamente levando essas questões em pauta, e pensando em aumentar o número de artistas que explorem novos espaços na cidade, localizo o terreno na região sul em destaque no mapa 2.
AV. PAULISTA
LEGENDA MAPA 1
MAPA 2 LOCALIZAÇÃO DO TERRENO
MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS CIDADE DE SÃO PAULO EXTREMO SUL DE SÃO PAULO
CCSP MAPA 1- http://imprensa.spturis.com.br/releases/sao-paulo-tem-mais-de-100-espacos-culturais MAPA 2- http://periferiaemmovimento.com.br/cultura-estrangulada/
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Dados de comparação de Distritos do Município de São Paulo
Populacional – Distritos de São DadoDado Populacional – Distritos de São (2019) PauloPaulo (2019)
Populacional – Distritos de São DadoDado Populacional – Distritos de São Paulo (2019) Paulo (2019)
400.000400.000
4.000 4.000
300.000300.000
3.000 3.000
200.000200.000
2.000 2.000
100.000100.000
1.000 1.000
0
0
Hab/Km² Hab/Km²
0
0
Jardim Ângela Capão Redondo Jardim Jardim Ângela Capão Redondo Jardim São LuisSão Luis Pinheiros Bela Vista Bela Vista Campo Campo Belo BeloPinheiros
Dado Populacional – Distritos de São Dado Populacional – Distritos de São Paulo (2019) Paulo (2019) 25 25 20 20 10 10
5
0
0
Jardim Ângela Capão Redondo Jardim Jardim Ângela Capão Redondo Jardim São LuisSão Luis Pinheiros Bela Vista Bela Vista Campo Campo Belo BeloPinheiros
De acordo com a projeção populacional da Fundação Seade - 2010, os 3 primeiros distritos mencionados ocupam respectivamente o 3, 5 e 6 lugar na tabela de distritos mais populosos do município, enquanto os outros ficam bem abaixo. A ideia desta comparação é mostrar que em relação aos mapas anteriores e os gráficos, os equipamentos estão longe das áreas mais populosas, onde há um número maior de jovens e renda mais baixa, o que dificulta o acesso a arte.
Dado Populacional – Distritos de São Dado Populacional – Distritos de São Paulo (2019) Paulo (2019) 30 30 25 25 20 20 15 15
15 15
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renda perR$ capita R$ 2010) (Censo 2010) renda per capita (Censo
Nestes gráficos estão as comparações de dados de população, renda e número de crianças/ jovens e idosos dos distritos Jardim Ângela, Capão Redondo, Jardim São Luis, Campo Belo, Pinheiros e Bela Vista.
10 10 5 5 de jovens com menos 15 anos % de % jovens com menos de 15de anos Jardim ÂngelaCapão Capão Redondo Jardim São Luis Jardim Ângela Redondo Jardim São Luis Campo Pinheiros Bela Vista Campo Belo Belo Pinheiros Bela Vista
0
0
de idosos com 60 anos ou mais % de % idosos com 60 anos ou mais Jardim ÂngelaCapão Capão Redondo Jardim São Luis Jardim Ângela Redondo Jardim São Luis Campo Pinheiros Bela Vista Campo Belo Belo Pinheiros Bela Vista
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Levantamento de Dados
Importância da arte na cidade A arte urbana tem como principal característica essa democratização da arte, tirando a ideia de uma arte padronizada, com padrões estéticos e feita para vender, e voltado para um trabalho artístico que todos podem ver e interpretar, exposto pelas cidades. Além de pinturas e outros tipos que envolvem desenhos e pinturas, encontramos também nesse meio, artistas como os rappers e poetas, estatuas humanas, entre outros mais modernos. Um grande exemplo de arte urbana totalmente brasileira, é a leitura de cordel, originária do nordeste, que trazia pequenos contos e histórias rimadas, originados de relatos orais e posteriormente impresso em folhetos. A arte é algo presente no ser humano desde seus primórdios, onde o homem utilizava de desenhos para representar seu dia a dia, histórias, acontecimentos e até emoções. Com a consolidação da sociedade, e todo o sistema, encontramos assuntos e temas que são de importante causa para nos cidadãos, como política, os males sociais, meio ambiente, entre diversos assuntos, e as vezes não temos tanta voz para expor nossa ideologia, opinião, ou até mesmo um grito de ajuda, tendo que vivemos em uma sociedade padronizada e que dita as regras.
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A arte urbana então, surge nesse meio marginal, lutando contra esse todo sistema, de uma forma sutil e bela, que além de expor mais cores, encontramos muito conhecimento nesse meio. Foi a forma que o ser humano encontrou de democratizar a arte, e expor suas emoções, ideias, criando uma comunicação com os desconhecidos da cidade. A arte urbana é de todos e para todos, é uma forma gratuita e simples de se apreciar um trabalho artístico, que enriquece a cidade, enriquece o povo de cultura e abre os olhos da população para um outro lado da sociedade as vezes enxergada por poucos.
OBJETIVO GERAL O objetivo deste trabalho é a implantação de um espaço aberto voltado para a arte urbana com um edifício cultural, um alojamento e um administrativo de forma a suprir as necessidades da população da Zona Sul de São Paulo bem como ser uma área de lazer e exposição, pensando no caminhar do pedestre e em sua interação com os artistas e a arte urbana.
OBJETIVO ESPECIFICO • • • • • •
Propiciar aos usuários experiências sensoriais diferentes no complexo; Criar espaços de convivência para atividades culturais e artísticas; Suprir a carência de infraestrutura cultural da área; Promover atividades educacionais e de entretenimento para as diversas faixas etárias; Promover áreas de exposições e apresentações internas e externas; Apresentar as diversas formas de arte urbana
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O TERRENO O terreno escolhido está em uma área com predominância industrial que ao longo dos anos está mudando para empresas de grande porte, e é onde se localizava a antiga fábrica da Caloi (de bicicletas) que permaneceu lá até 2006 antes de se mudar para Atibaia, e desde então tornou-se um terreno vazio com uma grande área verde e com o que restou de vestígio da fábrica, o piso. O mesmo tem acesso pela Avenida Guido Caloi e pela Avenida Guarapiranga, duas avenidas estruturais de grande fluxo de veículos pois ligam o extremo sul às regiões centrais. Além disso fica ao lado do Rio Guarapiranga e próximo da estação Santo Amaro e do Terminal Guarapiranga, pontos que atendem as regiões periféricas da zona sul.
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TERRENO
Área Total: 110.000 m² Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana Macroarea de Estruturação Metropolitana ZPI - 1
Represa Guarapinga
FOTOS DO TERRENO
4 3
2
1
1
2
13
3
4
Fotos autorais Aluna: Aline Barroso
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Uso e Ocupação O entorno evidencia que há uma variedade de usos porém próximo do terreno e seguindo pela Avenida Guido Caloi há uma concentração maior de empresas como São Paulo Transporte SPTrans, DR Reddys Farmaceuticado Brasil, Promedon São Paulo Produtos Médico Hospitalares, Promedon São Paulo Produtos Médico Hospitalares, Fórum Trabalhista da Zona Sul, Centro Empresarial e outras. Além disso com a abertura da Avenida Luiz Gushiken toda a área residencial, a periferia passa a ter acesso direto à Guido Caloi.
LEGENDA RESIDENCIAL COMÉRCIO / SERVIÇOS INDÚSTRIAS EMPRESAS ESCOLAS SUBPREFEITURA M’BOI MIRIM
Vegetação Além da vegetação natural do terreno, e o vestígio da implantação da antiga fábrica, devemos considerar o Rio Guarapiranga (que passa pelal lateral do terreno), e o Córrego que praticamente o divide, sendo 2 potenciais para o projeto.
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Mobilidade O Terreno está próximo do Terminal Guarapiranga e do Terminal Guido Caloi onde também da acesso à estação Santo Amaro do trêm e metrô. Já que a ideia é atender a periferia da zona sul, esse é um local estratégico pois os ônibus que vem dos terminais do Jardim Ângela, Capão Redondo, Guarapiranga, São Luiz, Nakamura e outros passam por essas avenidas e quem vem de metrô, Campo Limpo, Capão, Vila das Belezas também tem facilidade de acesso.
LEGENDA AVENIDA GUARAPIRANGA AVENIDA LUIZ GUSHIKEN AVENIDA GUIDO CALOI
Topografia Em relação à topografia, o terreno está no nível 735, considerado um dos mais baixos do município de acordo com o Mapa Topográfico de São Paulo. Dessa forma o terreno não tem muitas curvas de níveis e pela sua extensão elas acabam sendo vencidas sem dificuldade.
Diagramas autorais Aluna: Aline Barroso
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ESPECULAÇÕES
Em cima destes levantamentos foi especulado algumas disposições que até então seguia-se com o terreno até o córrego. De início essa ideia era criar um único bloco sobreposto criando volumes ligados que criasse essa praça interna onde aconteceriam as apresentações.
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Croquis autorais Aluna: Aline Barroso
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ESPECULAÇÕES
Seguindo com as especulações, passo a considerar a outra parte do terreno e começo pensando nos possíveis fluxos dentro dele considerando o fluxo externo existente.
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A partir dessas linhas de fluxos começo a fragmentar os blocos pensando enm trabalhar os usos separados e um percurso em uma cota inferior criando uma praça central rebaixada.
Essa foi a especulação que está mais próxima do projeto seguido, pois nela de certa forma junta todas as especulações anteriores, tanto dos blocos que se sobrepõem,quanto a praçacentral rebaixada com alguns comércios e serviços, e a arquibancada para assistir a apresentações a céu aberto. A diferença neste caso são os blocos que se movem, considerando a ideia de ressignificação dos espaços e usos diferentes para um mesmo espaço.
Croquis autorais Aluna: Aline Barroso
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BANDALOOP | Amelia Rudolph
O bandaloop é um estilo que trabalha a dança em uma nova perspectiva utilizando a fachada dos edifícios. Dessa forma ele ativa os espaços públicos e proporciona uma nova experiência de movimentação mais leve do elenco, assim traz para a apresentação uma nova vivencia para quem está assistindo e para quem está executando.
Deborah Colker Deborah Colker trabalha a dança , por isso essa mistura de artes urbanas. contemporânea, o parkour, escalar, o circo, e essa exploração da cenografia que se aproxima da realidade do mundo contemporâneo. Além disso ela sempre coloca que a dança deve representar o mundo contemporâneo e assim dominar o espaço proposto
A ideia de pegar estas referências é para começar a entender essa relação do corpo com o espaço e consequentemente a cidade. Deborah Colker tem essa questão mais artística mas desta última imagem levo este escalonamento de blocos para meu projeto. 21
Eventos de danças urbanas e contemporânea | Rio H2K, RJ
Eventos de danças urbanas e contemporânea | Brasil Dance Camp, SP
O Rio H2K é um evento que acontece na Cidade Das Artes, RJ, e a ideia de parar e estudar esses eventos é entender os espaços que eles se apropriam.
O Brasil Dance Camp é bem parecido com o Rio H2K, também é um evento de danças urbanas e contemporânea, e o que mais se destaca nos dois é que todo lugar de permanência, onde acontecem as aulas se busca um lugar coberto, mas as manifestações dos dançarinos buscam sempre lugares diferentes e muitas vezes descobertos, como vãos, escadarias e outros.
Por ser um evento de danças urbanas e contemporânea, ele acaba fugindo da ideia de uma sala de aula e passa a explorar e se apropriar dos espaços externos.
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Anfiteatros | Parque Villa Lobos, SP
A busca por anfiteatros vem da ideia de ter espaços abertos públicos para as apresentações dos próprios alunos ou até mesmo servir de espaço para apropriações artísticas.
Anfiteatros | Torre de Nuvens, Áustria Interessante notar também que as áreas de apresentação, onde seria o “palco”, é coberta o que evidencia ainda mais aquela questão de permanência = cobertura. Nos dois casos a topografia também é trabalhada para criar este espaço.
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The National Ballet School | KPMB Architects A transparência nessa referência é o que me chama atenção já que a ideia de que quem está fora conseguir ver o que acontece lá dentro se torna mais convidativo e de certa forma já vai trabalhando com os bailarinos essa “pressão” que é lidar com o público, com alguém sempre te observando.
Casa Sharifi-ha | Alireza Taghaboni Essa referência proporciona que um mesmo espaço seja aproveitado e iluminado de formas diferentes com esse esquema de rotação dos blocos. Em cima dela eu imagino no projeto da fábrica blocos que se movam a fim de proporcionar diferentes espaços, vãos, que receba essas intervenções artísticas, eventos ou exposições. 24
PARTIDO
O partido do projeto é trazer aos usuários deste novo espaço uma experiência sensorial e cultural de aprendizagem, dessa forma a divisão dos blocos faz com que todo o terreno seja percorrido e entre eles haja pontos de interesses como uma praça central rebaixada que cria um espaço de comércio e serviços e também apresentaçoes e exposições, e também pontos mais introspectivos como a área de floresta mais densa, com aberturas para que possa ocorrer aulas e propostas de especulações espaciais para os artistas e público. A ideia é que este seja um espaço aberto, pensado para a arte urbana e nos artistas das periferias, sendo um novo ponto de interesse mais próximo das periferias da zona sul de São Paulo.
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IMPLANTAÇÃO ESC : 1/2000
27
CORTE ESC : 1/1000
CORTE ESC : 1/1000
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ALOJAMENTO
1
SUBSOLO - COTA 723 ESC : 1/500
29
3
4
5
2 6 Legenda 1. Restaurantes 2. DML 3. D. Lixo 4. Vestiários 5. Refeirório 6. Área de estar e convívio TÉRREO - COTA 727 ESC : 1/500
30
7
1 PAVIMENTO - COTA 731 ESC : 1/500
31
8
7
Legenda 7. Quartos 8. DML 2 PAVIMENTO - COTA 735 ESC : 1/500
32
8
3 E 4 PAVIMENTO ESC : 1/500
33
7
CORTE ESC : 1/500
34
ADMINISTRATIVO
3
2
7 6 1 4
SUBSOLO - COTA 725 ESC : 1/500
35
Administração 1. Sala de Máquinas 2. DML 3. D. Lixo 4. Vestiários 5. Refeirório/café 6. Área de exposição 7. Sala de restauro 8. Espaço administrativo TÉRREO - COTA 730 ESC : 1/500
36
8
1, 2, 3 E 4 PAVIMENTO ESC : 1/500
37
2
5
Administração 1. Sala de Máquinas 2. DML 3. D. Lixo 4. Vestiários 5. Refeirório/café 6. Área de exposição 7. Sala de restauro 8. Espaço administrativo 5 PAVIMENTO ESC : 1/500
38
CORTE ESC : 1/500
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EDIFÍCIO CULTURAL
Todo este bloco é onde se concentra o programa cultural, é onde os alunos e artistas irão começar a ter acesso às artes e consequentemente explorar o edifício, por isso a ideia de ressignificar estes espaços com o movimento de blocos e paredes que acabam criando outro tipo de uso e perspectivas de um mesmo lugar.
40
1 1 2 3
Legenda 1. Oficina Oficina 1. 2. DML 2. DML 3. Sala de de Mรกquinas Mรกquinas 3. Sala 41
SUBSOLO ESC : 1/500
6 4
5
Legenda 4. Hall 5. Sala Multiuso 6. Área livre para exposições
TÉRREO ESC : 1/500
42
2
8
7
6
Legenda 2. DML 6. Área livre para exposições 7. Sala de concepção de figurinos 8. Salas de desenho/ateliê 43
1 PAVIMENTO ESC : 1/500
6 7
2 10 7
Legenda
2 PAVIMENTO ESC : 1/500
2. DML 6. Área livre para exposições 9. Sala de Música 10. Estúdio audiovisual 44
2
6
11 12
Legenda
3 PAVIMENTO ESC : 1/500
2. DML 6. Área livre para exposições 11. Estúdio Fotográfico 12. Sala audiovisual 45
2 15
13
14
16
Legenda
4 PAVIMENTO ESC : 1/500
2. DML 13. Enfermaria 14. Academia 15. Sala de Ginรกstica 16. Piscina
46
CORTE ESC : 1/500
47
CORTE ESC : 1/500
CORTE ESC : 1/500
48
6 7
1 4
8
2
Legenda
SUBSOLO ESC : 1/500
1. Sala de ensaio 2. Enfermaria 3. Camarim 4. Vestiรกrio 5. Sala de Figurinos 6. Sala de Cenรกrios 7. Sala de Mรกquinas 8. DML 49
3 5
10
8
9
Legenda
1 PAVIMENTOESC : 1/500
8. DML 9. Hall 10.Palco 50
10
9
Legenda 9. Hall 10.Palco 51
2 PAVIMENTOESC : 1/500
11
12 11 2 4
Legenda
3 PAVIMENTO ESC : 1/500
2. Enfermaria 4. Vestiรกrio 11. Salas de Danรงa 12. Fisioterapia 52
13
Legenda 13. Café 53
4 PAVIMENTO ESC : 1/500
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS DEBORD, GUY; A Sociedade do Espetáculo. Versão para eBook eBooksBrasil.com, 2003. LAKKA, Vanilton; Notas Sobre Dança e Cidade. GOUVÊA, Raquel Valente de. A improvisação de dança na (trans) formação do artista-aprendiz: uma reflexão nos entre lugares das artes cênicas, filosofia e educação. 2012. 160 p. Tese de Doutorado (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, Campinas, SP COHEN, Bonnie Bainbridge. Sentir, perceber e agir. São Paulo: Ed: Sesc, 2015. Decifrando as áreas verdes públicas. In: Revista Formação, Brasil, 2010, 17, v. 2, p. 63-80. Disponível em: <http://revista.fct.unesp.br/index.php/ formacao/article/view/455> Centro Cultural: a cultura à promoção da arquitetura. Revista On-Line IPOG Especializa. Julho de 2013. Disponível em: <http://pt.scribd.com/document/343574019/centro-cultural-a-cultura-a-promocao-da-arquitetura-31715112-pdf> https://www.culturaemercado.com.br/site/pesquisa-traz-dados-sobre-o-trabalho-de-artistas-de-rua-de-sao-paulo/ Pesquisa traz dados sobre o trabalho de artistas de rua de São Paulo. Disponível em: <https://www.culturaemercado.com.br/site/pesquisa-traz-dados-sobre-o-trabalho-de-artistas-de-rua-de-sao-paulo/> Dados gráficos: <http://www.perfil.seade.gov.br/> Surgimento da arte urbana. março, 2016. por Laurobc. Disponível em: < https://gritourbanosite.wordpress.com/2016/03/02/20/>
IMAGENS: Capa: https://wallhere.com/pt/wallpaper/1416111 http://historiaemaulas.blogspot.com/ https://danzaenmalaga.wordpress.com/2017/03/21/contenido-destacado-2/ https://www.meucoracaoafricano.com/single-post/2016/08/16/O-que-descobri-sobre-Quizilas-Eew%C3%B3 https://www.bandaloop.org/who-we-are https://www.archdaily.com/134268/the-national-ballet-school-kpmb-architects
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