Um olhar sobre a Grife Balmain

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UM OLHAR SOBRE A GRIFE BALMAIN PROJETO CENOGRÁFICO

Catharine Luzie Lopes do Nascimento



UM OLHAR SOBRE A GRIFE BALMAIN Projeto Cenográfico

Centro Universitário Senac - Santo Amaro Arquitetura e Urbanismo Trabalho de Conclusão de Curso - TCC São Paulo - Dezembro 2019 Orientador: Profº. Dr. Nelson José Urssi

Catharine Luzie Lopes do Nascimento


NASCIMENTO, Catharine Luzie Lopes Um olhar sobre a grife Balmain Projeto Cenográfico/ Catharine Luzie Lopes do Nascimento - São Paulo [SP], 2019. Orientador (a): Prof.º Dr. Nelson José Urssi Trabalho de Conclusão de Curso [Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo] - Centro Universitário Senac - Santo Amaro, São Paulo, 2019. 1. Moda 2. Cenografia 3. Desfile 4. Exposição 5. Grife Balmain 6. Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM 7. Urssi, Nelson José [Orientação].



AGRADECIMENTOS


Agradecimentos O trabalho de conclusão de curso representa mais uma etapa a ser conquistada, é o primeiro passo para um sonho, para um logo caminho a ser trilhado, um caminho repleto de aprendizagens, ganho de experiências e realizações. E isso só acontece quando temos ao nosso lado, pessoas que amamos como nossa família e amigos, acredito que sem eles não seria possível realizar esses sonhos e dar um passo a diante. A minha família e ao meu pai Marcos, gostaria de agradecer o incentivo e apoio em todos os momentos, principalmente durante esse ano. A minha querida mãe Valéria, gostaria de agradecer por tudo o que tem feito por mim, pelo carinho, pelo amor, por ser minha estrutura em todo momento, pelo incentivo e pelas palavras de conforto. Agradeço-a imensamente por me proporcionar tudo isso, deixando muitas vezes de realizar os seus sonhos para realizar os meus. Ao meu professor orientador Nélson Urssi, agradeço por me incentivar, me apoiar, insistir na minha capacidade de desenvolver este trabalho, e ainda conversar e aconselhar como fez ao longo de todo esse ano. Aos colegas e aos demais professores, que de alguma forma me ensinaram e me prepararam para chegar até aqui. As minhas amigas, Carolina, Heloisa e Mariana gostaria de dizer que foi incrível passar esses cinco anos com vocês, agradeço o carinho e o companheirismo, durante essa jornada, acredito que sem vocês essa faculdade não teria sido tão divertida. Muito obrigada!

Catharine Luzie


Resumo

O projeto surgiu com o desejo de evidenciar a importância do espaço cenográfico nos desfiles de moda e exposição no âmbito do estudo da expografia. Para tanto, foi necessário um estudo aprofundado do significado da moda e suas implicações individuais e em grupo. O entendimento da configuração da moda no Brasil, a evolução nos eventos que envolviam a moda tanto nos desfiles como nas exposições, análise dos espaços cenográficos, a contextualização e ambientação que integram a criação do espaço cênico através da sonoplastia e materialidade que completaram o estudo para o desenvolvimento do projeto. A inserção do projeto se dá a partir do estudo da moda no Brasil, juntamente com as referências projetuais analisadas, sendo escolhido um local para a proposição da exposição e desfiles da grife Balmain no Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM.

Palavras-chave: espaço cenográfico, exposição, desfile de moda, moda e projeto.


Abstract

The project came up with the desire to highlight the importance of scenographic space in fashion shows and exhibition in the scope of the study of expography. This required an in-depth study of the meaning of fashion and its individual and group implications. Understanding the configuration of fashion in Brazil, the evolution of events involving fashion in both fashion shows and exhibitions, analysis of scenographic spaces, the contextualization and ambiance that integrate the creation of scenic space through the sonoplasty and materiality that completed the study to project development. The insertion of the project is based on the study of fashion in Brazil, along with the design references analyzed, and it was chosen a place for the proposition of the exhibition and fashion shows of the Balmain brand at the Museum of Modern Art of SĂŁo Paulo - MAM.

Keywords: scenographic space, exhibition, fashion show, fashion and design.


SUMÁRIO


Sumário Introdução ........................................................................11

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1.Moda.........................................................................13 1.1 Moda e Corpo como Linguagem e Comunicação......13 1.2 Indústrias, fios sintéticos e Rhodia no Brasil ...........14 1.3 Os Primeiros Desfiles no Brasil ...............................16 1.4 A FENIT e os Shows-Desfiles da Rhodia ...................17 1.5 Da Phytoervas Fashion a São Paulo Fashion Week ...24

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2. Cenografia ...................................................................33

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3. Desfile...........................................................................37 3.1 A Cenografia nos Desfiles de Moda ........................38 3.2 Estudos de Casos dos Desfiles ................................38 3.2.1 Desfile Saint Laurent Primavera/ Verão 2019 .......38 3.2.2 Desfile Louis Vuitoon Primavera/ Verão 2019 ......40 3.2.3 Desfile Dior Outono / Inverno 2019......................41 3.2.4 Desfile Louis Vuitton Outono/Inverno 2019 .........43 3.2.5 Desfile Berluti Outono / Inverno 2015..................44 3.2.6 Desfile Mary Katrantzou Outoni/Inverno 2016 .....46

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4. Exposição .....................................................................49 4.1 A Cenografia nos Espaços Expositivos .....................49 4.2 Estudos de Casos de Exposição ...............................51 4.2.1 Exposição Rodarte...............................................51 4.2.2 Exposição Christian Dior, Designer of Dreams.......54 4.2.3 Exposição Dior: From Paris to the World ...............58

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5.Histórico da grife Balmain ..............................................61

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6.Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM...............67 6.1 Levantamento fotográfico do MAM...........................69 7. Projeto............................................................................73 7.1 Partido Arquitetônico ..............................................73 7.2 Localização da Implantação do Projeto ....................75 7.3 Memorial de Projeto ................................................77 7.3.1 Contabillização fotográfica das peças da Grife Balmain para a Exposição ..................................................77 7.3.2 Contabilização Fotográfica das peças da Grife Balmain para o desfile .......................................................86 7.3.3 Brienfing do projeto de Expografia ......................92 7.3.4 Plano de Massas ...................................................93 7.4 Projeto de intervenção ...........................................94 7.4.1 Projeto Parede .....................................................98 7.4.2 Expositores ........................................................100 7.4.3 Área de Workshops ............................................104 7.4.5 Arquibancada .....................................................105 7.4.6 Puffs, poltronas e assentos para imprensa.... .....105 7.4.7 Passarela ............................................................106 7.4.8 Painel de LED .....................................................108 7.4.9 Logo na Recepção ...............................................108 7.4.10 Camarins ...........................................................109 7.4.11 Intervenção nos vidros da fachada do...............112 7.4.12 Iluminação do Projeto ........................................113 7.4.13 Sonoplastia ........................................................113 7.4.14 Materialidade do projeto .....................................113 Considerações Finais...........................................................127 Referência...............................................................129 Lista de Figuras...................................................................131


INTRODUÇÃO


Introdução A ideia do trabalho de conclusão de curso surgiu após a participação em um concurso promovido pela rede de hotéis Accor em 2018 com a professora coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Univeristário Senac, Valéria Fialho, com a proposta de realizar o projeto de interiores para uma acomadação, inspirado em um diretor criativo de moda, sugerido pela rede. Após a análise de diversos diretores criativos, eu e minha dupla escolhemos o Olivier Rousteing da grife Balmain para a inspiração na elaboração do projeto. Isso gerou um interesse em acompanhar e aprofundar os estudos sobre a grife e com isso o surgimento da ideia em trazer como proposta para um trabalho acadêmico.

no MAM para a criação de um espaço cênico da exposição e desfile da grife parisiense com o objetivo de proporcionar ao público a oportunidade de ter um espaço na cidade, onde seja possível a apreciação, aprendizagem e reconstrução de novas ideias em âmbito geral, através da marca Balmain que está em grande destaque na moda e em um processo de retomada da alta-costura além da prêt-à-porter (pronto a vestir). O projeto proporcionará ao visitante a experimentação do meio através da exploração do cenário com elementos que possibilitam a construção de um figurino com o olhar da grife Balmain.

A proposta deste projeto é mostrar a importância do espaço cênico nas apresentações de moda e nas formas como a moda pode ser apresentada. Para tal, estudaremos o que é moda, como é utilizada para expressar identidade, sentimentos, comportamento e cultura. Estudaremos também como a moda se desenvolveu no Brasil, a partir da Rhodia e da Feira Nacional de Industria Têxtil (Fenit) até a atual semana de moda, a São Paulo Fashion Week. A apresentação do projeto se dará a partir de uma pesquisa realizada em duas partes. A primeira falaremos sobre a cenografia em seu âmbito geral, para então enfatizar a cenografia nas exposições e a cenografia nos desfiles de moda internacional. Partindo dos estudos de caso, analisados como referência projetual e espacial juntamente com a história da moda no Brasil, escolheu-se então o Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM, para a apresentação do cenário da exposição e desfile da grife Balmain. A segunda parte será a criação a elaboração de um projeto 13


MODA

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1. Moda Moda vem do latim modus e tem como significados, modo, maneira e comportamento. Em francês: mode, significa uso, hábito, estilos ou costume, que é determinada a partir de um lugar permanecendo durante um certo período. (DANTAS, Gabriela Cabral da Silva, 2018). A moda surgiu em meados do século XV como renascimento na Europa. Na idade média as vestimentas seguiam um padrão de classe social, a maneira que o sujeito se destacava na sociedade. Contudo, foi no século XVII quando a burguesia na Europa passou a produzir e utilizar os vestuários usados pelos nobres, indicando nesse período um início de processo do trabalho de costura, onde os mesmos tinham a obrigação de produzir peças a fim de apresentar estilos para diferenciar a classe nobre da burguesia. (DANTAS, Gabriela Cabral da Silva, 2018). No final do século XX a moda nos países capitalistas passou a ser valorizada a partir de uma rede de comunicação que se tornou um destaque para a época. Era possível estar próximo a moda através das galerias, em propagandas e outdoors presentes nas principais avenidas, em shoppings, em propagandas de programas de televisão, entre outros. A moda obteve uma nova forma de comunicação nas décadas de 20 e 30 quando os desenhos realizados por estilistas, apresentavam a moda de forma teatral. Obteve principal destaque quando artistas de Hollywood desfilavam suas roupas em eventos importantes. (BARNARD, Malcolm, 2003). A moda nasce a partir de gostos, preferências e escolhas das pessoas, que apresenta um indicativo que englobam o ato de consumir, utilizar, usar ou fazer, é um hábito que identifica um sujeito ou um grupo. A moda não está presente apenas no vestuário, envolvem aspectos culturais e comportamentais. Nesse momento voltaremos o olhar para a moda como vestuário e indumentária,

ou seja, a moda entendida como conjunto formados pelos trajes, adornos e acessórios e em sua composição com o corpo, dando ao sujeito possibilidades de relações com os outros, transformações pessoais e o posicionamento sociocultural. (CASTILHO, Kathia, 2004). A moda relaciona o indivíduo com a sociedade em que está inserido a partir do momento em que o vestuário e o corpo compõem a criação de uma linguagem, onde o corpo não é apenas um veículo para a apresentação da moda, mas sim uma parte dessa comunicação. A moda em junção com o corpo e suas articulações, tem como objetivo também, transformar a aparência do sujeito para então ressemantizá-lo ao mundo, ou seja, recriá-lo. Possibilita ao indivíduo demonstrar a maneira de ser e estar, é uma forma de ressemantizar o sujeito não impondo limites em relação a sua aparência na qual ele mesmo constrói. (CASTILHO, Kathia, 2004).

1.1 Moda e Corpo como Linguagem e Comunicação A moda é uma forma de linguagem que o sujeito cria para então apresentar-se para a sociedade. O conjunto que forma a indumentária, sendo eles: trajes, adornos e acessórios, não são apenas vestimentas que protegem e embelezam o corpo, trazem sentidos e significados que contribuem para a construção da expressão sobre identidade, sentimento e comportamento de cada um. (CASTILHO, Kathia, 2004). A moda em junção com o corpo e suas articulações têm como papel principal transformar a aparência do sujeito para então recriá-lo ao mundo. Fazer com que o sujeito diferencia-se, individualiza-se, chame a atenção para si, atraindo o olhar do outro. (CASTILHO, Kathia, 2004). 15


1 “A Moda, [...] Entidade abstrata, “modaliza” maneiras de o sujeito materializar-se como presença; propõe continuidades e rupturas; inaugura, recupera e antecipa tendências e perspectivas. Como todas as instituições, dita modas, que, na aparência, são oferecidos como propostas.” (CASTILHO, Kathia, 2004, p.17).

Ao se relacionar com a sociedade a moda é uma forma de comunicação que o indivíduo tem para construir com outros recursos, nesse caso o vestuário, o seu espaço de interação social, ou seja, com a moda é possível que o sujeito se posicione no território, onde ele possa marcar presença. (CASTILHO, Kathia, 2004). A moda juntamente com corpo em composição com a indumentária proporciona ao sujeito uma comunicação não verbal, esse tipo de comunicação é apresentado através de uma linguagem visual, da observação em relação ao outro. “Umberto Eco declara que está “falando através” de suas roupas, por exemplo, presumivelmente quer dizer com isso que está usando roupas para fazer a mesma espécie de coisas que a palavra escrita faz quando ela a usa em outros contextos (Eco 1973: 59).” (BARNARD, Malcolm, 2003, p.50).

O vestuário é uma forma de se comunicar com outra pessoa, ou grupo social, ela é a mensagem que o sujeito pretende passar e de certa forma causar sensação no receptor, nesse caso no observador. Fica evidente quando um indivíduo utiliza de outros meios, como a fotografia, para mostrar-se, ou seja, apresentar a composição do seu corpo com traje, adornos e vestuário. A moda está presente no estado de humor do indivíduo, também está presente em acontecimentos e eventos importantes, onde o sujeito sente a necessidade de se “apresentar”, “estar bem vestido”. Na maioria das vezes a roupa representa o estado de espírito do indivíduo dado aquele momento em que a usa, sendo assim utilizada como mensagem proposital ao entendimento de 16

quem o observa. (BARNARD, Malcolm, 2003). O vestuário, além de proporcionar a expressão do indivíduo, passou por um processo de adaptação devido as inovações urbanas e tecnológicas, que por sua vez forçaram mudanças nas estruturas das roupas. “[...] mudanças nas estruturas das roupas, adaptando-as aos meios de transportes mecanizados, cada vez mais velozes – como os trens, bondes e automóveis -, que exigiam vestes mais práticas e menos constrangedores. Alterava-se um estilo de vida até então restrito a ambientes domésticos e religiosos.” (CHALHOUB, Sidney, 2005 apud BRAGA, João e PRADO, Luís Andrade, 2011).

No próximo capítulo, discutiremos a Moda no Brasil partindo da produção dos fios sintéticos, como foi dada a configuração da moda e o início dos desfiles no país.

1.2 Indústrias, fios sintéticos e Rhodia no Brasil A produção de fibras sintéticas no Brasil, iniciou em 1926 com as Indústrias Matarazzo, sendo um dos maiores grupos industriais do país, instalados por toda a cidade de São Paulo, porém a unidade fabril produtora de tecidos, estava instalada no município de São Caetano, região do ABC. A indústria Matarazzo, produzia diariamente fibras rayon de viscose e fiocco, que nessa época, eram fibras artificiais misturadas ao algodão, que posteriormente passariam a ser fibras sintéticas, feitas de polímero por processos químicos. “O rayon (ou raiom) é uma fibra artificial obtida a partir da pasta de celulose de madeira ou de línter da semente de algodão – tratada com soda cáustica. Há basicamente dois tipos de rayons: o de acetado e o de viscose.” (BRAGA, João e PRADO, Luís André, 2011).


A indústria Matarazzo sofreu um processo, dos produtores de seda natural que restringiram o uso do termo seda, pelo fato de terem o produto chamado viscoseda. Outro grande acontecimento para a época e que trouxe desvantagem para a Indústria Matarazzo foi a chegada da concorrente Rhodia empresa francesa, que em 1929 iniciou suas atividades no setor têxtil, instalando-se em Santo André, também na região do ABC. Dois anos depois, em 1931 começou a produção de fio de acetado de celulose, a chamada “seda artificial”, pela Companhia Brasileira de Sedas Rhodiaseta. Essa atividade foi extremante inovadora, pois o mercado girava apenas entorno dos fios naturais como o algodão. (BONADIO, Maria Cláudia, 2014). Em 1935 a grife francesa de lingerie, Valisère, foi decisiva para a aceitação do fio de acetado no mercado. Com o passar dos anos, com pesquisas e novas produções, a Rhodia foi crescendo continuamente produzindo fibra sintética, rayon viscose. No ano de 1955 a Rhodia fortaleceu a presença no mercado têxtil, iniciando a produção do fio de nylon. Veio produzindo sucessivamente poliéster e acrílico. Foi nessa época em que a empresa começou a investir fortemente em publicidade e também apresentou um projeto com a intenção de criar uma moda para o Brasil, ou seja, utilizar produtos e tecnologias, voltados para a arte com a criatividade e um toque de estilo brasileiro. As coleções produzidas aqui no Brasil, ganharam reconhecimento internacional, recebida nas passarelas dos países como: França, Itália, Portugal, Espanha, Estados Unidos entre outros, as coleções brasileiras criadas pela Seleção Rhodia de Moda. (BONADIO, Maria Cláudia, 2014). Com o crescimento do setor da moda no país a Rhodia investiu na formação da carreira de modelo, na época chamado de manequim para então apresentar para as empresas publicitárias de revistas de moda e para as grandes feiras de indústria têxtil como a Feira Nacional da Indústria Têxtil - Fenit, onde iniciou as-

sim os shows-desfiles, tema que abordaremos com destaque para estudo.

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A partir do momento em que a Rhodia começou a investir em campanhas publicitarias na década de 60, o publicitário Lívio Rangan, que pertencia a uma das maiores agências brasileiras, a agência Standard Propaganda, foi nomeado o diretor de publicidade da marca, construindo assim sua equipe composta por Alceu Penna, Roberto Duailibi, Otto Stupakoof e Cyro del Nero. O grupo reunido tinha como principal objetivo criar e divulgar as peças produzidas pela marca, ressaltando também a posição do governo da época em apresentar a indústria têxtil nacional, que vinha trazendo novo posicionamento para o Brasil no mercado, a fim de incentivar a população brasileira a utilizar dos fios sintéticos produzidos no Brasil. (BONADIO, Maria Cláudia, 2014). Com isso, Lívio Rangan e sua equipe criaram uma nova forma de publicidade para a marca e para a moda no Brasil, a fim de apontar novos estudos da história da moda brasileira juntamente com a indústria têxtil. Com o retorno que a propaganda produzia, trouxeram um novo estilo para uma das coleções de moda lançada pela Rhodia, esse estilo chamado “Brazilian Style” denominava também um novo estilo brasileiro. (BONADIO, Maria Cláudia, 2014). “[...] um estilo brasileiro de moda, que, em linhas gerais, poderia ser definido como uma transposição das tendências internacionais da moda para o País, em fotografias que apresentavam cenários, modelos e/ ou padronagens têxteis com alusões a elementos brasileiros.” (BONADIO, Maria Claudia, 2014, p.15).

Os cenários criados para os shows-desfiles da Rhodia produzidos pela equipe de Lívio Rangan pretendiam além de criar uma identificação com o público através da sedução, do envolvimento, e percepção, trazer também a compreensão cultural.

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Desta forma o projeto a que me proponho elaborar é criar um cenário que traga sensações e envolvimento do público ao assistir um desfile e explorar uma exposição cronológica da grife Balmain no Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM, como foram os primeiros desfiles na cidade de São Paulo.

1.3 Os primeiros desfiles no Brasil Os desfiles nas cidades brasileiras, começaram a se destacar, na segunda metade da década de 1920 pelo Mappin Stores, magazine da elite paulistana, então localizado na Praça do Patriarca, no centro da cidade de São Paulo, onde realizava desfiles de moda com modelo vivos, afim de apresentar as roupas femininas das coleções semestrais importadas da Europa e divulgadas em catálogos. Em 1939 a loja do Mappin Store, foi transferida para um prédio com cinco andares, no centro da cidade, onde no quarto andar havia um Salão de Chá que apresentavam muitos desfiles de moda até a década de 1960.

file com a presença da imprensa. Também no Rio de Janeiro a Companhia Progresso Industrial do Brasil, conhecida como Bangu, realizou show beneficente no Copacabana Palace, ressaltando o algodão nas peças. Diante de tamanha repercussão a Bangu levou os desfiles para as demais cidades brasileiras, como São Paulo e Belo Horizonte, criando o primeiro calendário de apresentações. (QUEIROZ, Mário Antônio Pinto de, 2014). No fim da década de 1950 o empreendedor da indústria nacional de feiras e negócios e eventos Caio de Alcântara Machado realizou a primeira Fenit transformando no maior evento de moda da América Latina. Neste momento a Rhodia apresentou e introduziu os fios sintéticos nas peças brasileiras. Também na década de 1950 a moda foi impulsionada não apenas por pessoas que a criavam, mas também por intelectuais como o italiano jornalista, historiador e negociador de obras Pietro Maria Bardi e o artista plástico Flávio de Carvalho. Bardi conhecido por ser esposo da Lina Bo Bardi, arquiteta conhecida por projetar o Museu de Arte Moderna de São Paulo - MASP, articulou o Primeiro Desfile de Moda Brasileira no ano de 1952 em que vinha discutindo além da posição da moda brasileira, o material brasileiro, o algodão. (BRAGA, João e PRADO, Luís André, 2011).

“O dado mais relevante, contudo, é que os desfiles de moda do Mappin [...] foram os primeiros realizados no Brasil pelos dados disponíveis, informação confirmada por anúncios publicitários e registros fotográficos existentes no Acervo Histórico do Mappin Stores. Eles tentavam replicar aqui a forma de apresentação e venda de alta-costura das maisons francesas, e contribuíram para firma a loja como símbolo da modernidade em uma São Paulo que projetada para si da locomotiva do Brasil.” (BRAGA, João e PRADO, Luís André, 2011).

Já na cidade do Rio de Janeiro, a Casa Canadá organizava desfiles femininos para a alta sociedade e em 1944 inaugurou o salão de modas “Canadá de Luxe” onde realizou o primeiro des18

[Fig.1] - Cartaz promocional da coleção, Rhoadia, São Paulo. Fonte: História da Moda no Brasil - Das infuências as autoereferências, 2011.


No final da década de 1970, surgiram os grupos de moda organizadas pelas confecções o Grupo Moda-rio, este foi o pioneiro seguido depois de Minas Gerais e em São Paulo, pelo grupo Paulista de moda. (QUEIROZ, Mário Antônio Pinto de, 2014). Na década de 1990 a empresária Cristina Arcangeli criou com o Paulo Borges, a Phytoervas Fashion. No período subsequente de 1996 e 2001 o Shopping Morumbi, lançou o Morumbi Fashion onde proporcionou grandes desfiles para a cidade de São Paulo. No Brasil as principais semanas de moda, são Fashion Rio e a São Paulo Fashion Week - SPFW, além de existir a Casa de Criadores, na qual lança novos estilistas na moda brasileira, o Dragão Fashion na cidade de Fortaleza, e Minas Trend em Belo Horizonte. (QUEIROZ, Mário Antônio Pinto de, 2014).

[Fig.2] - Primeiro desfile de Moda Brasileira no MASP em 1952, São Paulo. Fonte: História da Moda no Brasil - Das infuências as autoreferências, 2011.

[Fig.3] - Pietro Maria Bardi, as modelos Anah, Silvie e Bettine, a esposa de Paulo Franco, Lina Bo Bardi e Paulo Franco durante o desfile de modelos de Christian Dior, no MASP em 1951. Fonte: História da Moda no Brasil - Das infuências as autorreferências, 2011.

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1.4 A Fenit e os shows-desfile da Rhodia Um grande marco para a Rhodia que se estendeu entre os anos de 1963 e 1970 foram os chamados shows-desfiles executados por ela apresentando desfiles de moda junto com apresentações musicais, peças teatrais e danças, sendo uma das principais atrações da Fenit (Feira Nacional da Indústria Têxtil) dentre outros eventos composto pela empresa Alcântara Machado. (BONADIO, Maria Cláudia, 2014).

[Fig.4] - Logo da FENIT. Fonte: Moda e Publicidade no Brasil nos anos 1960, 2004.

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tecnológicos para a época, os maquinários criados a fim de desenvolver uma nova era para a moda. Nos anos de 1958 à 1970 as feiras ocorriam nos pavilhões do Ibirapuera.

[Fig.5] - Convite para a FENIT os shows-desfiles da Rhodia. Fonte: Moda e Publicidade no Brasil nos anos 1960, 2004.

A Fenit idealizada pelo empresário Caio de Alcântara Machado, foi inspirada nas feiras internacionais de Nova York, com o objetivo de criar um espaço de visibilidade das mercadorias, em que era possível conhecer últimas novidades em máquinas têxtis, fios, tecidos e roupas prontas. Um espaço de mostruário com objetivo de desenvolver a indústria da moda e movimentar a economia.

[Fig.6] - Vista da FENIT em 1960. Fonte: Moda e Publicidade no Brasil nos anos 1960, 2004.

As feiras industriais, conhecidas por apresentar um grande espaço de exposição, representava naquele tempo, símbolo de novidade além de gerar a economia do país, pois esses espaços com cenário bem projetados, como era o caso da Fenit que apresentavam seus stands decorados passando a ter a função principal de atrair uma demanda grande de público. (BONADIO, Maria Cláudia, 2014). As feiras voltadas para as indústrias, segundo Maria Claudia Bonadio são espaços privilegiados e destinados a visibilidade de uma mentalidade industrial, ou seja, eram expostos os avanços 20

[Fig.7] - Fila para a entrada no pavilhão da FENIT. Fonte: Moda e Publicidade no Brasil nos anos 1960, 2004.


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A Fenit e todas as feiras realizadas pela empresa Alcântara Machado eram abertas ao público, sendo assim uma maneira estratégica de popularizar a moda no país e uma nova forma de entretenimento para a população. O objetivo do grupo Alcântara Machado, ao promover esses desfiles na Fenit, tinha a intenção de incentivar a profissionalização da moda no Brasil. “Nos primeiros anos de feira, predominavam as exposições de máquinas e amostras de novos fios e tecidos em stands sisudos e desfiles tradicionais, com apresentação formal e voltinha na ponta da passarela - em auditórios sem estrutura e conforto, onde os desfiles eram observados em pé -, deixando muito a desejar ao público frequentador.” (BONADIO, Maria Claudia, 2014, p.82).

Em 1962 estilistas renomados traziam a moda italiana produzida a partir de fios e tecidos brasileiros, a indústria têxtil brasileira, sendo reconhecida internacionalmente. (BONADIO, Maria Cláudia, 2014).

[Fig.8] - Votorantim - 5ª ed. na FENIT 1962. Fonte: Votorantim 100 anos.

[Fig.9] - Votorantim - 5ª ed. na FENIT 1962. Fonte: Votorantim 100 anos.

[Fig.10] - Votorantim - 5ª ed. na FENIT 1962. Fonte: Votorantim 100 anos.

[Fig.11] - Votorantim - 5ª ed. na FENIT 1962. Fonte: Votorantim 100 anos.

A feira também trazia a valorização do algodão e fibras naturais, como linho, lona e seda natural mesmo em uma época em que o mercado estava perdendo para as fibras sintéticas de Nylon, na qual vinha ganhando um amplo espaço no Brasil diante da forte tendência estrangeira mesmo que essa fosse produzida no país pela Rhodia. A Fenit ao longo dos anos passou a ter uma nova conotação, reconhecimento e popularidade uma vez que deixou de ser um evento puramente de amostras, passando a ser um evento mais participativo, com atrações musicais, shows, desfiles de estilistas estrangeiros como por exemplo Pierre Cardin e de empresas renomadas para a época como a Votorantim. No ano de 1962 o evento atraiu a atenção do público através de concurso de Miss Universo e Miss Brasil, obtendo assim um grande destaque jornalístico de imprensa e de interesse popular. (BONADIO, Maria Cláudia, 2014).

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Cenógrafos tão importantes como Cyro del Nero de Oliveira Pinto (1931-2010) que atuou na equipe da Rhodia entre os anos 1962 à 1970 junto com o diretor de publicidade Lívio Rangan. Nesse ano a Rhodia apresentou um grande espetáculo considerado um show-desfile Brazilian Look com a participação de oito dos principais criadores da alta moda no Brasil: Dener, João Miranda, Francisco José, Guilherme Guimarães, Jose Nunes, Rui Spohr, José Ronaldo e Marcilio Campos. (BONADIO, Maria Cláudia, 2014).

[Fig.12] - Votorantim - 5ª ed. na FENIT 1962. Fonte: Votorantim 100 anos.

[Fig.13] - Votorantim - 5ª ed. na FENIT 1962. Fonte: Votorantim 100 anos.

No ano de 1963 a Fenit recebeu a elaboração dos seus cenários através de artistas plásticos e cenógrafos substituindo os caixotes de stands por palcos, labirintos, passarelas e boutiques modernizados e dinamizados no pavilhão.

[Fig.14] - FENIT no ano de 1963. Fonte: Moda e Publicidade no Brasil nos anos 1960, 2004.

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[Fig.15] - Reportagem sobre os desfiles ocorridos na FENIT em 1965. Fonte: Moda e Publicidade no Brasil nos anos 1960.

[Fig.16] - Desfile da coleção Brazilian Primitive, da Rhodia, na 8ª FENIT, Ibirapuera em 1965. Fonte: História da Moda no Brasil - Das infuências as autoereferências, 2011.


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No ano de 1966 o evento recebeu um novo destaque ao homenagear através de pequenos trailers de peças que estavam em cartaz em alguns teatros da cidade, além de apresentar o lançamento do livro “O segredo da elegância” de Jean Shirmpton. Com o intuito de chamar atenção de um novo público, consumidores jovens, promoveu então o desfile Moda Jovem Guarda e com o passar dos anos tornou-se o foco do evento. Devido ao grande sucesso da Fenit, o espaço tornou-se pequeno e foi necessário construir um outro espaço que comportasse toda a demanda que a feira proporcionava, devido a isso em 1970 a feira deixa os pavilhões do Parque Ibirapuera.

“Em 1970, aconteceu a última Fenit no Parque do Ibirapuera. A partir de 1971, as feiras se tornaram restritas ao público convidado e começaram a ser realizadas no Anhembi, [...] foram construídos: uma área coberta quatro vezes maior que a do Ibirapuera (78.000m²) denominada Palácio das exposições, dez auditórios para reunião, clubes para expositores, galerias de lojas, um boulevard grastronomique com dezesseis restaurantes típicos e um grande restaurante popular; um estacionamento para 3.500 carros, controlado eletronicamente e projetado pelo paisagista Roberto Burle Marx, e um espaço com arvores plantadas de dez em dez metros. O projeto previa ainda a construção de áreas de lazer com praças e jardins “embelezados com espelhos d’agua” (Visão, setembro de 1970:20). (BONADIO, Maria Claudia, 2014, p.90).

[Fig.17] - Cartaz do Momento 68, show-desfiles da Rhodia no ano de 1968. Fonte: História da Moda no Brasil - Das influências as autoereferências, 2011.

Em 1969 a Rhodia apresentou o show Stravaganza em que Cyro del Nero adaptou o local transformando-o em um circo, com shows de palhaços, bailarinas, mágicos e trapezistas, além de animais como cavalos, elefantes, ursos, tigres e leões.

A Rhodia virou uma atração dentro da Fenit, ao transformar seus desfiles em espetáculos relacionando-o intimamente com a arte, utilizavam de minidramas, peças musicais conforme o tema proposto como estratégia de marketing. [Fig.18] - Stravaganza: Fashion Circus Show FENIT ano de 1969. Fonte: Alceu Penna, 2017.

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[Fig.19 e 20] - Stravaganza: Fashion Circus Show FENIT ano de 1969. Fonte: Moda e Publicidade no Brasil nos anos 1960, 2004.

[Fig.21] - Planta da FENIT do ano de 1966. Fonte: Moda e Publicidade no Brasil nos anos 1960, 2004.

A participação da Rhodia na Fenit, foi um grande impulso para a feira. O espaço que a Rhodia ocupava dentro do local de exposição era cerca de 10% e se localizava estrategicamente ao fundo do pavilhão, para que o público tivesse que atravessar pelos corredores e forçosamente conhecer os stands de outras empresas. (BONADIO, Maria Cláudia, 2014). Para que o espaço em que a Rhodia estava interagisse com o tema, era dada aos cenógrafos a missão de criar o evento em uma total adaptação do local. Todos os desfiles da Rhodia na Fenit apresentavam um espetáculo excêntrico, além de apresentar uma superprodução não só nos cenários dos espetáculos como também em termos de moda. [Fig.22] - Planta da FENIT do ano de 1969. Fonte: Moda e Publicidade no Brasil nos anos 1960, 2004.

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A Rhodia apresentava e ressaltava a ideia de nacionalidade em termos de moda ao trazer costureiros brasileiros que criavam peças com estampas que haviam sido elaboradas por artísticas plásticos nacionais. “A mistura de desfile de moda, arte, teatro e show foi estratégia que a empresa encontrou para fazer a publicidade de seus produtos no Brasil, relata Jean Avril, ex-presidente da empresa.” (BONADIO, Maria Claudia, 2014, p.90).

Em 1971 a Rhodia deixa de participar da Fenit, e a feira mantem o objetivo inicial que era um evento de negócios voltada para o comércio.

1 “A moda esteve presente no MASP em eventos e exposições realizadas no passado, como o desfile de vestidos de Christian Dior, em 1951; o desfile de moda brasileira, em 1952; e o Festival de Moda – I Exposição Retrospectiva da Moda Brasileira, de 1971, no qual foram exibidas algumas das peças que estão presentes nesta mostra.” (InfoArtsp, 2016).

O MASP, além de apresentar a moda brasileira através do acervo doado, apresenta um histórico relevante contribuindo assim para perpetuar o potencial da Rhodia na década 1960.

Em 1972 a Rhodia doou 78 peças produzidas no ano de 1960 para o Museu de Arte de São Paulo, sendo na época escolhidas pelo fundador do museu, Pietro Maria Bardi. As peças doadas foram apresentadas nos shows-desfiles da Rhodia para a Fenit, onde a marca fazia grandes espetáculos. (Arte na Moda: Coleção MASP Rhodia, 2016). O museu de arte de São Paulo, o MASP, apresentou seu acervo completo no ano de 2016 com a mostra “Arte de Moda: Coleção Masp Rhodia”, com a curadoria da mostra assinada pelo diretor artístico Adriano Pedrosa, a curadora adjunta Patrícia Carla e o curador Tomás Toledo. Segundo o site InfoArtsp, a curadora adjunta Patrícia Carla ressalta que “o acervo único reúne a riqueza de um momento histórico marcado pela ascensão do prêt-à-porter e pela crescente industrialização do país.” Esclarece ainda “A importância dessa exposição, além de trazer a estética e a plasticidade da época, é aproximar a arte de outras áreas, como moda e design, e é um bom exemplo de dessacralização do espaço museológico”. (InfoArtsp, 2016).

[Fig.23] - Exposição “Arte Na Moda: Coleção Masp Rhodia” ano de 2016. Fonte: Masp.org.

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[Fig. 27] - Exposição “Arte Na Moda: Coleção Masp Rhodia” ano de 2016. Fonte: Masp.org. [Fig.24] - Exposição “Arte Na Moda: Coleção Masp Rhodia” ano de 2016. Fonte: Masp.org.

[Fig. 26] - Exposição “Arte Na Moda: Coleção Masp Rhodia” ano de 2016. Fonte: Masp.org.

1.5 Da Phytoervas Fashion a São Paulo Fashion Week

[Fig. 25] - Exposição “Arte Na Moda: Coleção Masp Rhodia” ano de 2016. Fonte: Masp.org.

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Na década de 1990 o mercado dos cosméticos estava em alta, assim como a moda, então a empresária Cristiana Arcangeli da marca Phytoervas, patrocinou o primeiro evento voltado para a moda e cosméticos chamado Phytoervas Fashion. Tinha como objetivo inicial a divulgação de sua empresa, mas ao perceber que Paulo Borges, hoje idealizador e diretor criativo da São Paulo Fashion Week, concebia naquela época uma carreira promissora no mercado da moda, produzindo desfiles e dirigindo comercias para televisão, a empresária propôs a ele que criasse um evento para divulgar novos estilistas que pudessem criar modelos para o concurso. (CHLAMTAC, Alexia, 2015).


A Phytoervas Fashion apresentou oito edições com o propósito de dar a oportunidade a novos estilistas e durante essas edições surgiram estilistas brasileiros como Alexandre Herchcovitch, Walter Rodrigues, Clements Ribeiro, Coopa Roca, Der Haten, Marisa Ribeiro, Anelise de Salles, Elisa Stecca, Jorge Kaufmann, Ana Bento, Eduardo Ferreira, Fabiana Mortari, Jeziel Moraes, Marita de Dirceu, Yamê Reis, Estella Alcantara, Olive, Marcos Borches, Ronaldo Fraga, Gaspar Saldanha, Jun Nakao, Leonardo de Chiams, Stefani, Babel, Carla Fincato, Hariela Zacarias, Joy Bar, Mario Queirós, Paula Martins, Sta Efigênia, Alessia Anzaloni, Fernando Sommer, Marcelo Sommer, Guilherme Mata, Larissa Heringer, Marcelo Quadros, Fause Haten Vera Arruda, Sonia Maalouli, entre outros. (ARCANGELI, Cristina, 2018). Três anos depois, a Phytoervas Fashion deixa de ser prestigiada, pois Paulo Borges juntamente com estilistas brasileiros propõem um novo projeto, com o objetivo de criar uma semana de moda no Brasil, para estilistas profissionais que já não podiam mais participar do evento da Phytoervas Fashion, que passou a ser apenas um entretenimento para a época. (BORGES, Paulo, 2014). Nos anos 2000 o evento Phytoervas Fashion encerrou sua trajetória, mas deixou relevante contribuição para a moda em São Paulo, uma vez que muitos dos estilistas que foram descobertos na época, hoje fazem parte da consagrada São Paulo Fashion Week, que era conhecida como Morumbi Fashion, pois o shopping Morumbi patrocinou por muitos anos, com o intuito de criar uma concorrência com o shopping Iguatemi, que era o grande shopping reconhecido e relacionado com a moda em São Paulo e do Brasil, e em 2001 teve seu nome alterado para São Paulo Fashion Week. (CHLAMTAC, Alexia, 2015, e BORGES, Paulo, 2014). O diretor criativo Paulo Borges na palestra Day 1 / A História de Paulo Borges e a criação da SPFW para a Endeavor Brasil, relata o difícil início da primeira edição da SPFW, aponta os principais problemas encontrados:

1 “A primeira edição foi um caos, porque imagina que a gente fazia um evento para quatrocentas pessoas que era o Phytoervas Fashion, eram três desfiles em uma mesma sala a noite e a gente passou a fazer durante cinco a seis dias de trinta, trinta e cinco á quarenta desfiles. Não tinha modelo suficiente, o modelo não tinha cache, tinha que organizar uma tabela de mercado para as modelos, não tinham profissionais, não tinham maquiadores, não tinham técnicos, não tinham cenotécnicos, não tinham coordenadores de camarim, enfim não tinham uma série de profissões que com o passar do tempo passaram a existir.” (BORGES Paulo, 2014).

A SPFW com o passar dos anos obteve uma inovação por apresentar um formato de semana de moda, envolvendo um grande número de profissionais que até então não existiam no mercado, isso trouxe um desenvolvimento para a moda, cenografia, economia entre outras áreas. (BORGES, Paulo, 2014). Dentre várias áreas que um evento como esse envolve, podemos destacar como principal para esse presente trabalho de conclusão de curso a cenografia que por muitos anos na SPFW foi realizada por Daniela Thomas. Daniela Thomas é uma cenógrafa que surgiu nos anos 80 e trabalha com cinema, teatro e exposições, logo transformou-se em uma profissional reconhecida, passando assim a trabalhar juntamente com o diretor criativo Paulo Borges nos eventos da São Paulo Fashion Week. (ENCICLOPÉDIA, Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira, 2017). Quando a SPFW foi transferida da Bienal do Parque Ibirapuera, para um galpão, em uma área industrial, a cenógrafa Daniela Thomas transformou junto com o diretor criativo Paulo Borges o espaço frio em um local aconchegante. (THOMAS, Daniela, 2018). Na entrevista da SPFW N46 no ano de 2018, a cenógrafa afirmou que o tecido é o principal elemento para a moda, ou seja, “a 27


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estrutura primordial para a moda”, além de ser utilizado também na cenografia do SPFW, como forma de separação das salas de desfiles com os demais ambientes. (THOMAS, Daniela, 2018). Em entrevista afirma: “que o tecido absorve o som, dá uma qualidade glamurosa para o espaço muito duro” sendo ele de grande importância para a composição do ambiente. Utilizou em sua cenografia “materiais industriais, separando, mas sempre com transparências para as pessoas sentirem o tamanho do novo espaço e a cortina de veludo molhado, em quantidades industriais separa mais ou menos duzentos metros de parede da parte central a parte dos desfiles”. (THOMAS, Daniela, 2018). A SPFW é o principal evento de moda da América Latina, perde apenas para a semana de moda em Paris, Nova Iorque, Londres e Milão. (CHLAMTAC, Alexia, 2015). Em suas edições apresenta temas que englobam assuntos referentes a sociedade, na edição N47 o evento produzido pelo arquiteto e design Guto Requena, apresenta o tema “Qual é a sua Utopia?” com um discurso que induz o público a refletir e se questionar sobre sua própria utopia, ou seja, em que cada um acredita diante de um mundo repleto de diversidade. A cenografia do galpão industrial, o espaço Arca, com aproximadmanete 5.000 m² e pé-direito de 16 metros de altura criado por Guto Requena apresenta uma grande praça de convivência central com duas grandes salas laterais onde ocorriam os desfiles. A ideia principal era proporcionar a interação do público através do mobiliário que continha seis letras formando a palavra Utopia, cada uma com uma função, mas todas uniam o público presente no evento, estimulava o coletivo em cada um. (REQUENA, Guto, 2019). A criação do espaço partiu da ideia de interação, onde esse mobiliário proporcionou a participação do público, simplesmente pelo ato de sentar para “descansar” para então você interagir com a pessoa ao seu lado e assim haver uma convivência, pois todos 28

estavam lá pelo mesmo motivo, reconhecer as novas tendências das grifes e da moda. (REQUENA, Guto, 2019). Algumas peças apresentavam bancos para descanso, pequeno bar, espaço para carregar o celular e acompanhar através de telas interativas a programação do evento como também o paisagismo que compunha o espaço. Todo o mobiliário foi feito com madeira de reflorestamento e apresenta iluminação interna em todas as peças. (REQUENA, Guto, 2019). O arquiteto Guto Requena conseguiu unir em sua cenografia a arquitetura, tecnologia e sustentabilidade, assunto em alta para o meio e para a arquitetura atualmente. O espaço apresentou também grandes telões que ocupavam as paredes no local proporcionando ao público o desfile ao vivo que aconteciam nas salas, e o tecido, “cortina de veludo molhado” citado por Daniela Thomas na edição N46 estava presente nessa edição, a fim de separar a praça central das salas de desfiles. As salas de desfiles eram grandes, compridas com um pé-direito alto, apresentavam iluminação direcionada para as passarelas ao nível do público. Continha um mobiliário adaptável a cada desfile conforme o gosto do diretor criativo para a composição do percurso que os modelos faziam.

[Fig.28] - SPFW ed. N47, ano de 2019. Fonte: Estudio Guto Requena.


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[Fig.29] - SPFW ed. N47, ano de 2019. Fonte: Estudio Guto Requena.

[Fig.31] - SPFW ed. N47, ano de 2019. Fonte: Estudio Guto Requena.

[Fig.30] - SPFW ed. N47, ano de 2019. Fonte: Estudio Guto Requena, Guto, 2019.

[Fig.32] - SPFW ed. N47, ano de 2019. Fonte: Estudio Guto Requena, Guto, 2019.

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[Fig.33] - SPFW ed. N47, ano de 2019. Fonte: Estudio Guto Requena.

[Fig.34] - SPFW ed. N47, ano de 2019. Fonte: Estudio Guto Requena, Guto, 2019.

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[Fig.35] - SPFW ed. N47, ano de 2019. Fonte: Imagem autoral.

[Fig.37] - SPFW ed. N47, ano de 2019. Fonte: Imagem autoral.

[Fig.36] - SPFW ed. N47, ano de 2019. Fonte: Imagem autoral.

[Fig.38] - SPFW ed. N47, ano de 2019. Fonte: Imagem autoral.


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A SPFW edição N48 o idealizador e diretor criativo Paulo Borges apresentou em uma entrevista para o site Metrópoles a importância da semana de moda para a indústria, defendendo a ideia que “Um desfile é uma plataforma muito múltipla é um storytelling” ressaltou também que na edição N48 o tema é um jogo de palavras cruzadas. O empresário Paulo Borges na entrevista mencionou que o terceiro Projeto Estufa é uma nova plataforma adotada pelo SPFW, na qual proporciona ao público por meio de desfiles e apresentações de moda, encontros, conversas a busca de novas reflexões. Propicia a diversidade na produção do pensamento criativo buscando ideias transformadoras voltada para o mercado da moda, design, sustentabilidade, tecnologia, responsabilidade social, consumo de novos materiais e identidade no Brasil. A edição N48 aconteceu no Pavilhão das Culturas Brasileiras em que Projeto Estufa apresentou a curadoria de Roberto Martini, uma pessoa especializada na área de tecnologia e indivíduos, oferecendo o direito a exposições, palestras talks e labs discutindo a relação do indivíduo com a tecnologia e a construção do futuro.

[Fig.39] - SPFW ed. N48,Desfile Fernanda Yamamoto. Fonte: Fashion Forward.

[Fig.40] - SPFW ed. N48,Desfile Fernanda Yamamoto.Fonte: Fashion Forward.

[Fig.41] - SPFW ed. N48,Desfile Fernanda Yamamoto. Fonte: Fashion Forward.

[Fig.42] - SPFW ed. N48,Desfile Fernanda Yamamoto.Fonte: Fashion Forward.

[Fig.43] - SPFW ed. N48,Desfile Fernanda Yamamoto.Fonte: Fashion Forward.

[Fig.44] - SPFW ed. N48,Desfile Fernanda Yamamoto. Fonte: Fashion Forward.

O jogo de palavras como o tema principal da edição, trouxe as palavras que envolvem tudo que é trabalhado dentro de uma semana de moda, sendo: “[...] potência, criatividade, pensar, afeto e sintonia”. O tema da última edição do SPFW rompe com o estereotipo, começando pelo profissional de moda, os modelos representam a diversidade cultural, racial, biotipo e etária. Os estilistas e as grifes trouxeram para as passarelas o povo brasileiro.

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[Fig.45] - SPFW ed. N48,Desfile Fernanda Yamamoto. Fonte: Passarelando.

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[Fig.46] - SPFW ed. N48, Desfile JoĂŁo Pimenta. Fonte: Passarelando.


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[Fig.48] - SPFW ed. N48, Desfile Eliza Magrin. Fonte: Redação Engeplus.

[Fig.47] - SPFW ed. N48, Desfile Cavalera. Fonte: Passarelando.

A SPFW atualmente tornou-se referência como moda no Brasil e no mundo, com presença de grandes estilistas como Alexandre Herchcovitch e Ronaldo Fraga, entre outros, que nos desfiles proporcionam através da moda, temas que levam o espectador ao um questionamento social, envolvimento sensorial e interação. A SPFW não utilizou apenas da moda dos estilistas para passar uma mensagem a sociedade, como também, utilizou da cenografia do ambiente para a complementação dos questionamentos que levam ao público a interação.

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CENOGRAFIA

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2.Cenografia Cenografia palavra de origem grega, que surgiu por volta do século V a.c. restringia-se a fachadas de palácios e templos gregos. Diversas definições são encontradas para designar o significado de cenografia sendo elas: “A cenografia, do grego skenografia, e do latim scenographia, síntese histórica e tecnológica do ato projetivo cênico, abrange atualmente todo o processo de criação e construção do evento estético-espacial e da imagem cênica.” (URSSI, Nelson José, 2006).

Na concepção de José Carlos Serroni cenografia, é uma definição vinda do grego “Cenografia é a grafia da cena”, ou com a que consta no Aurélio: “arte e técnica de projetar e dirigir a execução de cenários. “Cenografia não é apenas um desenho de cena, não é só projetar e executar cenários. Nem mesmo a definição de Svoboda, o mais representativo cenógrafo do século passado, traduz a cenografia com precisão: “Cenografia é a interação do espaço, tempo e luz no

meio ativo em que apresenta a identidade, composta por espacialidade, tempo, planos, volumetria, sonoplastia e iluminação. Com decorrer dos anos e com a modernização, a cenografia sofreu transformações deixando de ser, segundo J.C. Serroni, apenas para teatro, ópera, e alguns trabalhos na televisão e cinema, passando a ser apresentada como novas possibilidades nas áreas de danças, publicidade, eventos, festas, estandes, vitrines, carnaval, parques lúdicos, decorações nos shoppings e, especialmente, na área de museografia e exposições. Segundo o cenógrafo Cyro del Nero a cenografia deixou de ser exclusivamente a construção do espaço teatral, atualmente está além limites das artes do espetáculo. “Hoje, paradas públicas, aberturas de Jogos Olímpicos, shows, desfiles de moda, a renovação de antigos edifícios com novas vocações, a metamorfose de produtos pela cenografia para uma nova visualização, a reavaliação de espaços públicos aos quais são agregados propósitos criativos e a revelação de espaços esquecidos mediante tratamentos cenográficos que lhes emprestam monumentalidade” (NERO, Cyro del, 2010).

palco”. (SERRONI, J.C., 2013). “Uma definição que, a meu ver, já avança um pouco mais é da cenógrafa neozelandesa Doria Hanah [...] “Cenografia é um desenho de papel dinâmico que acontece no palco, orquestrando o ambiente sensorial e visual da performance”.” (SERRONI, J.C., 2013).

A cenografia, apresenta além dessas definições, novos aspectos a serem analisados como a origem textual, a apresentação de um significado, a contextualização do momento histórico. E a partir disso a cenografia passa a ser concebida através de um tema, podendo ser uma ação, um texto, um argumento, um produto, uma proposta, um programa, ou um objeto. Tornou-se um

Corresponde a um conjunto de elementos plásticos e técnicos que representam o espaço. Apresenta a diversidade nas intervenções sendo possível criar um novo espaço dentro de um espaço, uma atmosfera, uma nova visão de representação. Segundo o cenógrafo Cyro del Nero, a cenografia atende a dramaturgia de muitos espaços, ela pode ser imaginada, pensada e realizada. Apresenta um domínio comum à arquitetura, em que define e qualifica espaços variados, como também cria os dispositivos cênicos ressaltando elementos decorativos, indumentárias, luzes e materialidade.

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[Fig.49] - Cenário para peça teatral. Fonte: VivaDecora, 2018.

[Fig.51] - Cenário para shows. Fonte: VivaDecora, 2018.

[Fig.50] - Cenário para programa de televisão. Fonte: VivaDecora, 2018.

[Fig.52] - Cenário para eventos. Fonte: VivaDecora, 2018.


“Podemos encontrar aplicações cenográficas além da cena teatral, nos campos das artes visuais, da arquitetura e do design, o que amplia consideravelmente os horizontes de atuação do cenógrafo em nossa cultura.” (URSSI, Nelson José, 2006).

Com o avanço do desenvolvimento tecnológico em diversas áreas e principalmente nas artes visuais, o apelo visual no meio cenográfico é explicito e composto a partir de elementos básicos que constituem e fundamentam essa nova forma de comunicação. “O fundamentos da linguagem visual foram elaborados na Bauhaus como parte do curso básico de Johannes Itten por um vocabulário de elementos básicos – o ponto, a linha, a forma, a direção, o tom, a cor, a textura, a dimensão, a escala e o desenvolvimento – organizados em uma gramática compositiva de relações e contratastes – equilíbrio e instabilidade, simetria e assimetria, regularidade e irregularidade, simplicidade e complexidade, unidade e fragmentação, economia e profusão, minimização e exagero, previsibilidade e espontaneidade, atividade e êxtase, sutileza e ousadia, neutralidade e ênfase, transparência e opacidade, estabilidade e variação, exatidão e distorção, planura e profundidade, singularidade e justa posição, sequencialidade e acaso, agudeza e difusão, repetição e episocidade, que oferecem uma grande variedade de meios para a expressão visual de um determinado conteúdo.” (Urssi, Nelson José, 2006).

muito a atuação desse profissional na criação de estandes. Lojas contratam o cenógrafo para produzir suas vitrines. Ele encontra trabalho na publicidade, nos lançamentos de produtos, na realização de eventos, no Carnaval, nas festas, nas decorações temáticas de shoppings e bufês infantis, nos shows musicais, na arquitetura teatral, nos parques temáticos.” (SERRONI, J.C., 2013).

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Para que o cenógrafo possa desenvolver o projeto do espaço cenográfico, é necessário que ele esteja envolvido em todo o processo. Um exemplo disso é a cenografia de uma peça teatral, é de extrema importância que o cenógrafo esteja presente aos ensaios, disposto a contribuir com o ator para que possa desenvolver e descobrir o seu personagem. Contribuir também com o diretor de arte para que este experimente possibilidades, e juntos através de uma equipe composta por figurinista, designer de luz, sonoplasta, técnico em marcenaria entre outros, possam elaborar o cenário que desperte um sentimento no público. (SERRONI, J.C., 2013). O cenógrafo deve dominar vários aspectos dessa linguagem na qual chamamos de cenografia, deve apresentar um conhecimento teórico, atuar nas artes plásticas, pinturas e esculturas, na arquitetura, em elétrica e hidráulica, iluminação, resistência dos materiais, cálculo, geometria, física entre outros. Deve buscar alternativas para desenvolver sua cenografia através de desenhos ou plataformas de computação, desenvolver maquetes e protótipos para melhor visualização, entre outros recursos gráficos. (SERRONI, J.C., 2013).

Atualmente o papel do cenógrafo abrange várias áreas, como citado anteriormente, é necessário que o cenógrafo esteja presente no ambiente que será transformado, dando ao espaço a dinâmica e a concepção do que será apresentado. “[...] o cenógrafo é solicitado em diversas atividades, muitas delas novas, como a museografia, frequente nos museus e nas exposições, e as feiras, que exigem

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DESFILE

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3. Desfile Os desfiles de moda iniciaram no final do século XIX, no continente Europeu, onde as lojas, conhecidas como magazines e os ateliês mostravam coleções para os seus clientes. Ocorria a costuras de peças exclusivas para a alta classe, e esses costureiros faziam seus próprios desfiles dentro de suas “maisons” restrito aos seus convidados, a fim de mostrar e vender as peças que produziam. (CRANE, Diane, 2006 apud QUERIOZ, Mário Antônio Pinto de, 2014). “Na França, Itália e Inglaterra os desfiles antecipavam o que passaria a ser copiado para todos o mundo, inicialmente pelas costureiras, através da divulgação nos chamados “figurinos” (revistas com moldes), e logo em seguida se expandiram para várias outras partes do mundo, nas chamadas “capitais da moda”, e continuaram influenciando a forma de vestir, adaptados por confecções em larga escala.” (CRANE, Diane, 2006 apud QUERIOZ, Mário Antônio Pinto de, 2014).

Nesse momento iremos ressaltar a importância da cenografia voltada para um evento de moda, apresentando as características que compõem o espaço cenográfico pensando na ambientação e contextualização. Á princípio será necessário fazer uma análise do que são os desfiles de moda e suas configurações, expressando a marca, o estilo e as inspirações das coleções.

Os desfiles de moda são realizados a fim de trazer lucros para as grifes, ou seja, variam conforme o orçamento e interesse de cada grife. As marcas apresentam o que elas vêm produzindo, com a finalidade de envolver o público, a consumir e comprar suas peças, para isso é necessária uma produção, seja ela simples ou repleta de recursos para que tal objetivo seja atingido. “[...] Para esse espetáculo são convidados jornalistas, personalidades que estão na mídia, compradores e formadores de opinião. Alguns são responsáveis pela escolha de quais peças irão para as butiques ou grandes lojas, e outros são difusores do que assistiram, e graças à velocidade da informação em nossos dias – vídeos e fotos que circulam rapidamente nas redes sociais e os sites de moda – milhares de pessoas conhecem as coleções em tempo real ao do desfile. O tempo desse espetáculo, que é um show ao vivo, não chega a 20 minutos. Parece pouco tempo para uma grande produção, mas é o suficiente para surpreender um público exigente e ainda o deixá-lo com vontade de ver mais.” (QUEIROZ, Mário Antônio Pinto de, 2014).

Os desfiles podem acontecer em diversos locais desde uma sala para um público restrito, até grandes espaços sendo eles museus, espaços públicos, estádios de futebol, parques onde possa abranger um maior público. O tema da coleção é um ponto muito significativo, pois proporciona um mundo novo de ideias, em que o público possa entender a essência do que está sendo apresentado. (QUEIROZ, Mário Antônio Pinto de, 2014).

“Um desfile de moda parte da coleção de um designer de moda ou de uma equipe (no caso de empresas de maior porte), [...] é necessário surpreender os clientes com um espetáculo que valoriza ainda mais os produtos.” (QUEIROZ, Mário Antônio Pinto de, 2014).

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3 3.1 A Cenografia nos Desfiles de Moda A cenografia em um evento de moda está diretamente relacionada aos desfiles, que tem como objetivo das grifes apresentar as tendências produzidas, e para isso é necessário propiciar uma dinâmica de organização espacial do evento. O espaço em sua configuração requer do diretor de arte a criação e projeção dos lugares em que o público estará posicionado, a iluminação que dará o foco na modelo desfilando, a sonoplastia que pontuará o ritmo da apresentação, o elemento visual composto por formas, linhas, planos, cores, texturas, proporcionalidade e escala que transformadas em cenário transmitem a mensagem que o diretor criativo da grife quer apresentar além do vestuário. (DIAS, Regina M. A.; BARBOSA, Ana M. 2009). A cenografia tem um papel de extrema importância, pois contribui para a composição do evento considerando duas características distintas sendo elas a contextualização e a ambientação no processo de construção do espaço para o desfile. A contextualização apresenta o tipo de cenário em que o diretor da marca juntamente com o cenógrafo tende a criar no desfile, podendo ser a representação de uma época, uma estação do ano, um sentimento, ou até mesmo uma arquitetura existente como inspiração, entre outros. A sua função é apresentar a cenografia de um evento através de um tema. (DIAS, Regina M. A.; BARBOSA, Ana M. 2009). Conjuntamente com a contextualização, a ambientação se dá através da materialização do espaço, onde os elementos, as formas, cores, texturas estão todos interligados e ressignificados pelo cenógrafo que é responsável por criar uma linguagem que propicie a interação do tema com o público, afim de proporcionar sensações e experiências através do espaço criado baseado em uma história, tema ou até mesmo um texto descritivo.

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Os elementos que mais chamam a atenção do público em um evento de desfile é a “boca de cena” e a passarela. Itens que requerem a primeira visualização no ato do desfile, sendo a “boca de cena” o local onde os modelos surgem causando a primeira impressão, e a passarela por apresentar um espaço onde os modelos possam ser vistos de todos os ângulos. (DIAS, Regina M. A.; BARBOSA, Ana M. 2009).

3.2 Estudos de Casos dos Desfiles A seguir serão analisados cenários de desfiles internacionais, onde serão abordados um conjunto de aspectos que descrevem espaço do desfile, iniciando pela inserção, localização, cenário com efeitos visuais, iluminação, sonoplastia, contextualização de grifes importantes e conhecidas mundialmente.

3.2.1 Desfile Saint Laurent Primavera/Verão 2019 O desfile da coleção Primavera-Verão de 2019 da Saint Laurent, chamado de desfile-espetáculo, localizado na Praça do Tocadéro, em área livre, ao entardecer, apresentou como plano de fundo a bela Torre Eiffel iluminada. Obteve direção e aprovação do diretor criativo da grife Anthony Vaccarello, tanto na coleção como no cenário do desfile, sendo apresentado assim na semana de moda em Paris de 2019. Pequenas adaptações foram realizadas no espaço, nesse caso a passarela foi contemplada com um tratamento diferenciado, onde as modelos caminhavam em um espelho d’água para que o mesmo pudesse refletir a Torre Eiffel apresentando um contraste para quem observava de frente. Para a composição do cenário, na lateral oposta onde o público permanecia, foi colocado


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uma sequência de palmeiras iluminadas na cor branca, criando o mesmo efeito de reflexo na água.

[Fig. 53] - Desfile Saint Laurent, Semana de Moda em Paris, Primavera/Verão 2019. Fonte: Lilian Pacce, 2018.

[Fig. 54 e 55] - Desfile Saint Laurent, Semana de Moda em Paris, Primavera/Verão 2019. Fonte: Lilian Pacce, 2018.

A iluminação era frontal para as modelos que caminhavam em sequência pelo espelho d’água, contrastava com a escuridão intensa no ato do desfile. O público permanecia em um lado da passarela, onde fora criado uma estrutura em metal na cor preta, uma arquibancada, para que o mesmo pudesse se posicionar para apreciação do evento. A iluminação nessa estrutura para o público permaneceu apagada no momento do desfile. No decorrer do estudo apresentado, foi possível observar que a paleta de cores usadas no cenário, era predominantemente preto, tons de cinza escuro e branco. No momento do desfile o efeito sonoro Phoenix de Gadolan contribuiu para provocar ainda mais um suspense ao público diante da nova coleção que a grife Saint Laurent apresentava, sendo uma nova fase de luxo e glamour.

[Fig. 56] - Desfile Saint Laurent, Semana de Moda em Paris, Primavera/Verão 2019. Fonte : Lilian Pacce, 2018.

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O cenário externo, compunha através dos vidros o espaço em que o evento acontecia nos corredores criados. A ideia da cenógrafa Es Devlin, foi criar os espelhos d’água como referência dos triângulos apresentados no Museu do Louvre.

[Fig. 57] - Desfile Saint Laurent, Semana de Moda em Paris, Primavera/Verão 2019. Fonte : Lilian Pacce, 2018.

3.2.2 Desfile Louis Vuitton Primavera/Verão 2019 O desfile da coleção primavera-verão 2019 da Louis Vuitton, localizado no Cour Carrée do Louvre, apresenta uma forma de estrutura espacial, criado pela cenógrafa Es Devlin para a semana de moda em Paris de 2019. O cenário futurista retrô segundo Lilian Pacce jornalista, escritora, curadora e consultora de moda brasileira, apresenta em sua configuração corredores em vidro, moldados por uma estrutura em ferro com iluminação fixa nas laterais e superior da estrutura. Os modelos saiam do museu, por uma passarela em nível, no tom de cinza claro e desfilavam por dentro dessa estrutura iluminada que apresentava também angulações acentuadas, sendo possível observar o conjunto de paralelogramos formados, na vista área. 42

[Fig.58] - Desfile Louis Vuitton, Semana de Moda em Paris, Primavera/Verão 2019. Fonte: Fashion Forward, 2018.

O público permaneceu em uma das laterais dessa estrutura, sequenciado por um conjunto de assentos que compunham também a paleta de cores do cenário, na sua maioria apresentava a cor branca e preta. A sonoplastia do ambiente apresentava a música Standing On The Horizon (feat. Moses Sumney).


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3.2.3 Desfile Dior Outono/Inverno 2019

[Fig.59 e 60] - Desfile Louis Vuitton, Semana de Moda em Paris, Primavera/Verão 2019. Fonte: Fashion Forward, 2018.

[Fig. 61] - Desfile Louis Vuitton, Semana de Moda em Paris, Primavera/Verão 2019. Fonte: Fashion Forwrad, 2018.

A grife Dior apresentou sua coleção de outono-inverno 2019 em uma caixa retangular projeta nos jardins do Museu Rodin em Paris. Convidada pela diretora criativa Maria Grazia Chiuri, a artista italiana Bianca Pucciarelli Menna que apresenta seu pseudônimo de Tomaso Binga, justamente por conta do seu discurso feminino, teve total liberdade para criar o cenário de desfile da Dior para a semana de mora em Paris, além de abrir o evento com um discurso feminista lido por ela. O cenário apresentava uma compatibilidade com o discurso lido na abertura do evento, onde o espaço amplo tinha suas paredes revestidas com uma sequência de molduras quadradas uma ao lado da outra, formando uma malha, na cor vermelha. Em algumas molduras quadradas havia imagens em relevo explorando o corpo feminino nu, sendo cada imagem uma letra formada pelo corpo e configurada para formar o alfabeto feminino.

[Fig. 62] - Desfile Christian Dior, Semana de Moda em Paris, Outono/Inverno 2019. Fonte: Fashion Forward, 2019.

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O teto espelhado dava a sensação de continuidade dessas molduras, assim como o piso e a passarela, em nível, apresentavam essa sequência de molduras vermelhas que vinham das paredes. O ambiente do desfile era claro, não apenas pela iluminação central fixada no teto espelhado, mas em toda sua composição. Apresentava na paleta de cores do cenário a predominância do branco e utilizava do vermelho para ressaltar as molduras que continham as imagens de corpos femininos em branco e preto. A disposição do público, composta por três módulos retangulares brancos sem encosto dispostos nas laterais e no centro, determinando assim a passarela por onde as modelos caminhavam, em formato de U. A sonoplastia presente no momento do desfile foi de Amy Winehouse com a música Tears Dry On Their Own. [Fig. 64] - Desfile Christian Dior, Semana de Moda em Paris, Outuno/Inverno 2019. Fonte: Fashion Forward, 2019.

[Fig. 63] - Desfile Christian Dior, Semana de Moda em Paris, Outuno/ Inverno 2019. Fonte: Fashion Forward, 2019.

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[Fig. 65 e 66] - Desfile Christian Dior, Semana de Moda em Paris, Outono/Inverno 2019. Fonte: Fashion Forward, 2019.


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3.2.4 Desfile Louis Vuitton Outono/Inverno 2019 O desfile da coleção outono-inverno 2019 da grife, teve o cenário assinado pelo diretor criativo da marca Nicolas Ghesquière, localizado em uma estrutura criada no Cour Carrée do Louvre, para a semana de moda em Paris. O cenário apresentava a fachada do grande museu Centro Georges Pompidou criado pelos arquitetos Renzo Piano e Richards Rogers que foi um impacto na época de sua construção.

[Fig. 67] - Desfile Christian Dior, Semana de Moda em Paris, Outuno/Inverno 2019. Fonte: Fashion Forward, 2019.

A ideia do diretor criativo Nicolas Ghesquière, em trazer a fachada de um museu para dentro de outro museu como ressalta Lilian Pacce. Foi inspirada no tema da coleção The People Watching do Café Beaubourg, onde as pessoas podiam contemplar a vista da praça e do museu Pompidou simultaneamente. Sendo assim, o cenário foi composto por estrutura metálica na cor branca, utilizando também de estruturas tubulares com cores diversas como azul, verde, vermelho, amarelo, laranja e tons de cinza claro e cabos de aço. A passarela permite que o desfile ocorra tanto na fachada do cenário, sendo elevada no primeiro contato visual, quanto ao nível do público, passando por entre ele e em diagonal. Desta forma a disposição dos assentos permitiu que se formassem triângulos com iluminação interna na cor vermelha. O fluxo dos modelos seguem uma sequencia que em alguns pontos permitia o cruzamento entre eles, trazendo o dinamismo e envolvendo o público. A iluminação clara tinha como foco a fachada do Pompidou e a passarela em diagonal, mantendo todo o restante com ausência de iluminação.

[Fig. 68] - Desfile Christian Dior, Semana de Moda em Paris, Outuno/Inverno 2019. Fonte: Fashion Forward, 2019.

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[Fig. 72] - Desfile Louis Vuitton, Semana de Moda em Paris Outono/Inverno 2019. Fonte: Lilian Pacce, 2019.

3.2.5 Desfile Berluti Outono/Inverno 2015 [Fig. 69] - Desfile Louis Vuitton, Semana de Moda em Paris Outono/Inverno 2019. Fonte: Lilian Pacce, 2019.

O desfile Outono-Inverno 2015 da marca Berluti conhecida por seus sapatos de couro e sua alfaiataria de luxo do diretor criativo Alessandro Sartori, foi no Musée des Arts Décoratifs em Paris. O cenário ressaltava através da iluminação e a materialidade espelhada, uma passarela levemente sinuosa que era formada pela disposição dos assentos compostos por cadeiras onde o público assistia ao desfile. Os modelos na passarela saiam pela lateral do ambiente, não havendo necessáriamente uma boca de cena no cenário. A iluminação por spots centrais fixos no teto do museu proporcionavam amplitude no ambiente e foco na passarela, fazendo com que o publico permanecesse em um ambiente um pouco mais escuro.

[Fig. 70 e 71] - Desfile Louis Vuitton, Semana de Moda em Paris Outono/Inverno 2019. Fonte: Lilian Pacce, 2019.

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A sonoplastia presente no momento do desfile foi de Mike Oldfield com a música Tubular Bells.


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Juntamente com o desfile, a grife Berluti pensou em uma exposição dos sapatos, inspirada no filme Up Altas Aventuras, onde na expografia foram usados balões de gás hélio, fazendo com que os sapatos Berluti flutuassem no ambiente.

[Fig. 73] - Desfile Berluti Outono/Inverno 2015. Fonte: BETAK, Fashion Show Revolution, 2017.

[Fig.74] - Desfile Berluti Outono/Inverno 2015. Fonte: BETAK, Fashion Show Revolution, 2017.

[Fig.75] - Desfile Berluti Outono/Inverno 2015. Fonte: BETAK, Fashion Show Revolution, 2017.

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3.2.6 Desfile Mary Katrantzou Outono/Inverno 2016 O desfile da grife Mary Katrantzou, da coleção Outono-Inverno de 2016 aconteceu no centro de conferências em Lindley Hall, London. No cenário as modelos saiam pelas extremidades de um painel branco central em direção a duas passarelas que se cruzam no centro do ambiente formando a letra X, assim como os trilhos que posicionavam os holofotes no teto, tornando a iluminação direta sobre a mesma. A disposição dos assentos que eram bancos contínuos na cor branca, contornavam o desenho da passarela, formando triângulos de diversos tamanhos no espaço. A materialidade da passarela é equivalente a espuma na cor rosa formando triangulos, sendo representadas em acessórios e detalhes nas peças do desfile.

[Fig.78] - Mary Katrantzou, Outono/Inverno, 2016. Fonte: Fashion Forward.

[Fig.79] - Mary Katrantzou, Outono/Inverno, 2016. Fonte: Fashion Forward.

[Fig.80] - Mary Katrantzou, Outono/Inverno, 2016. Fonte: Fashion Forward.

[Fig.81] - Mary Katrantzou, Outono/Inverno, 2016. Fonte: Fashion Forward.

A paleta de cores do ambiente era composta tons de rosa da iluminação e do contorno da passarela, e branco no painel central e nos assentos.

[Fig.76 e 77] - Mary Katrantzou, Outono/Inverno, 2016. Fonte: Fashion Forward.

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[Fig.82] - Mary Katrantzou, Outono/Inverno, 2016. Fonte: Fonte: BETAK, Fashion Show Revolution, 2017.

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EXPOSIÇÃO

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4. Exposição 4.1 A Cenografia nos Espaços Expositivos As exposições têm um grande valor e significado podendo ser denominada em diversas formas como: exposição individual, coletiva, antológica, retrospectiva, histórica, comemorativa, cronológica e temática, tendo característica permanente, temporária e itinerante.

A cenografia dentro do espaço expositivo vem desenvolver uma função técnica e artística conjuntamente com a expografia que é uma a linguagem da exposição, uma maneira de descrever de forma multissensorial e tridimensional a escrita de um espaço.

As exposições se enquadram em uma mostra ou uma feira vinculada ao comércio. Exposições artísticas ou exposições de arte, podem ser atemporais, necessitam de um espaço habilitado, onde apresentam obras, peças contemporâneas, peças arqueológicas, antiguidades ou até mesmo objetos que tenham significado, dimensão e criação voltados para a arte. (PILOTO, Jorge; SUMAILA, Fernando; AFONSO, Luísa, 2019).

A expografia é a junção entre exposição e descrição podendo ser compreendida como uma forma de “escrita na exposição”, é um conjunto de técnicas para o desenvolvimento. É apresentada em um espaço físico construído e baseados em três elementos como: o conteúdo, a ideia e a forma. Tem como objetivo proporcionar aos visitantes experiências, sensações e aprendizagem. (BAUER, Jonei Eger, 2014).

Outra forma de apresentar as exposições são as feiras voltadas para o comércio e indústrias. Surgiu nos séculos XIX e XX, quando esses eventos ofereciam ao público mercadorias e produção técnica de forma lúdica, ou seja, com o propósito de atrair as pessoas para compra do produto. A exposição é um espaço artificialmente criado, um espaço efêmero, característicos e configurado como uma festa, apresenta um caráter de curta duração, porém que causa um impacto no olhar das pessoas, pois devem ser convidativas, devem “tocar” quem a vê e ser tocada visualmente pelo público, onde a visão forma um elo entre o público, a marca, a história e a cenografia. (BONADIO, Maria Cláudia, 2014 e DEMETRESCO, Sylvia, 2014).

“É na sua expografia que o museu se esforça em traduzir os objetos que ele expõe, de modo claro às diversas categorias de público, construindo sua narrativa, entendido enquanto instrumento de educação, cultura e informação.” (BAUER, Jonei Eger, 2014).

Para que uma exposição seja realizada, é necessário que seja feito um briefing do projeto, ou seja, uma coleta de dados e informações, para o desenvolvimento e organização do evento. É um documento contendo a descrição da situação de uma marca ou empresa. Esclarecendo a ideia com algumas perguntas como: Qual a proposta da exposição? Qual a marca? O que será explorado na exposição? Quais produtos serão expostos? Qual o tema da expografia?

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Qual é a localização? Por quanto tempo deve permanecer a exposição? O qual o perfil do público alvo? Quais as cores e formas a serem exploradas? Qual o grau de interação que o público poderá ter com as peças? Essas perguntas são realizadas com o objetivo de fazer um levamento de informações que possam direcionar a elaboração do projeto, para que o mesmo seja criado e haja uma organização na sua montagem, ressaltando questões de organização do espaço como a definição das cores, materialidade, elementos decorativos que estejam de certa forma relacionados com o tema proposto. (DEMETRESCO, Sylvia, 2014). A tipologia é um ponto a ser considerado na elaboração da uma expografia, quando bem estruturada e direcionada a um tipo de criação, ou seja, ela apresenta uma linguagem discursiva, comunicativa e sensorial para o público. (DEMETRESCO, Sylvia, 2014). Em uma exposição é possível apresentar e buscar a interação com o público através de provocação dos órgãos sensitivos do corpo, sendo eles a visão, olfato, audição, tato e paladar. A tatilidade é apreciada em uma exposição através da possibilidade do público manusear o que está sendo exposto, sendo presente através da materialidade, tanto da peça como do cenário. A visão atrai e traz a primeira impressão, e pode determinar a um desejo de consumo, ou não, no momento em que o espectador se depara com objetos no espaço, é o primeiro sentido a ser convocado. O olfato e o paladar podem estar diretamente associados ao bem-estar e as boas lembranças individuais, da mesma forma, momentos não tão agradáveis. A audição é acionada, causando sensações de acordo com o tipo de som do ambiente, afetando um comportamento do público. (DESMESTRESCO, Sylvia, 2014). 52

A iluminação é outro ponto importante para a composição da cenografia na exposição, a luz é a responsável pelas mudanças da encenação, podendo ser por spots, holofotes, spots sobre trilhos. Lâmpadas de LED convencionais, fita de LED, sendo cores quentes e frias, cada uma apresentando e desempenhando a sua função, porém não podem ofuscar a visão do público. Há diversas formas de direcionamento do foco de luz, sendo esses: luz central, luz focada, luz cruzada, luz lateral, luz cenográfica.

[Fig.83] - Luz central. [Fig.84] - Luz focada. Fonte: Vitrinas e exposições: Fonte: Vitrinas e exposições: arte e técnica do visual mer- arte e técnica do visual merchandising, 2014. chandising, 2014.

[Fig.85] - Luz cruzada. Fonte: Vitrinas e exposições: arte e técnica do visual merchandising, 2014.

[Fig.86] - Luz lateral. Fonte: Vitrinas e exposições: arte e técnica do visual merchandising, 2014.

[Fig.87] - Luz cenográfica. Fonte: Vitrinas e exposições: arte e técnica do visual merchandising, 2014.


4.2 Estudos de Casos de Exposição

Os elementos expositivos são plataformas elevadas em diversos tamanhos e formatos, são quadradas e retangulares na cor cinza claro fosca, dispostas nas laterais e fundo da sala. As mesmas eram decoradas com arranjos de flores em diversas cores.

Neste capítulo serão descritos cenários voltados para exposições internacionais de moda, onde serão abordados aspectos de um conjunto composto por materialidade da expografia, iluminação, expositécnica e paleta de cores que compõe o cenário.

Os manequins estavam posicionados em cima dessas plataformas de diversas alturas, e apresentavam uma diversidade de cores sendo elas roxo, rosa, vermelho, branco e preto, apresentavam também os mesmos arranjos na cabeça, assim como aqueles que decoravam a plataforma na qual se encontravam.

4.2.1 Exposição Rodarte

O cenário apresentava uma iluminação de trilhos no teto decorado, onde os spots estavam direcionados para os manequins expostos na plataforma, utilizando do recurso luz central nas peças.

A exposição da Rodarte realizada no National Museum of Women in the Arts, em Washington D.C permaneceu no museu durante os meses de novembro de 2018 à fevereiro de 2019. A curadoria da exposição foi dirigida por Jill D’Alessandro e o cenário criado pelo arquiteto e designer Rafael de Cárdenas do escritório Architecture At Large.

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A exposição da Rodarte, marca criada pelas irmãs Kate e Laura Mulleavy, que por terem grandes habilidades artesanais apresentam um olhar diferente para a moda. Elas descontroem a ideia de moda para consumo, e a transformam em arte. Desta forma causam um forte impacto na indústria da moda desde os anos de 2005. O designer Rafael de Cárdenas apresentou uma expografia diversificada, onde foi possível explorar variadas formas de expor as peças da marca dando a sensação de que algumas roupas estavam flutuando no espaço. O primeiro cenário foi montado em uma sala retangular, com paredes na cor cinza claro e o piso em carpete na cor cinza escuro, ressaltando o espaço.

[Fig. 88] - Exposição Rodarte, 2019. Fonte: Lilian Pacce, 2019.

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O segundo cenário descrito apresenta um espaço circular, em sua composição as paredes em cinza escuro assim como no piso. Os elementos expositivos eram compostos por duas plataformas circulares de tamanhos diferenciados, uma sobre a outra, apresentando-se também na cor cinza escuro fosca como nas paredes. Os manequins estavam posicionados de forma organizada nos expositivos circulares, todas tinham a mesma cor e apresentavam looks diversos. A iluminação da sala continha totens fixados na parede circular na cor branca, e o teto apresentava um trilho contínuo quadrado com spots direcionados para as peças expostas na estrutura circular, utilizando o recuso de luz central nos manequins.

[Fig. 89] - Exposição Rodarte, 2019. Fonte: Lilian Pacce, 2019.

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O terceiro cenário traz a ideia de uma vitrine com roupas flutuantes, pois o ambiente contém as paredes na cor cinza escuro ressaltando a expografia em forma de vitrine, com uma caixa retangular em uma alta plataforma elevada. A caixa apresenta em sua envoltória uma parede fina na cor preta e as peças estavam dispostas sem manequins, foram penduras por finos cabos transparentes, permitindo a sensação de que estavam flutuando. Todas as peças apresentavam uma semelhança em sua composição e recorte. É possível observar uma linguagem além da linguagem do cenário. A iluminação do cenário encontra-se no piso da plataforma elevada sendo direcionadas para cima nas peças expostas, utilizando assim o recurso de iluminação cenográfica, citados a cima.

[Fig. 90] - Exposição Rodarte, 2019. Fonte: Lilian Pacce, 2019.


O quarto cenário descrito apresenta uma sala ampla também com paredes na cor cinza escura. Os elementos expositores são duas plataformas retangulares na cor cinza escuro fosca, que determinavam de certa forma o percurso e o fluxo dentro dessa sala. Os manequins apresentavam peças diversificadas, porém com a predominância de vestido longo com cores fortes e marcantes, com isso foi possível analisar as tonalidades das cores do ambiente de exposição, para que o mesmo não chamasse a atenção do público além do foco principal que eram os looks da Rodarte.

O quinto cenário desse conjunto de mostras, apresenta uma sala ampla com paredes na cor cinza escuro, assim como o piso. Na parte central do espaço há uma caixa branca aberta na frente e atrás, onde separam duas peças importantes que foram os figurinos do filme Cisne Negro, passando a sensação de estarem flutuando, pois foram pendurados por cabos transparentes.

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Compõe o espaço, duas plataformas retangulares, localizadas nas laterais da sala, na cor cinza fosco claro, que contém os manequins expostos.

A iluminação estava presente na ambientação, sendo também direcionadas para as peças expostas, através de spots fixados no teto.

Há ausência de iluminação na sala, porém foram colocados trilhos com spots fixos no teto, direcionados para as peças, tanto localizadas dentro da caixa branca central, como nas peças expostas nas laterais da sala, utilizando também o recuso de luz central.

[Fig. 91] - Exposição Rodarte, 2019. Fonte: Lilian Pacce, 2019.

[Fig. 92] - Exposição Rodarte, 2019. Fonte: Lilian Pacce, 2019.

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4.1.2 Exposição Christian Dior, Designer of Dreams A exposição Christian Dior, Designer of Dreams realizada no Musée des Arts Décoratifs comemorou os 70 anos da criação da Maison Dior com uma exposição que permaneceu no museu durantes os meses de julho de 2017 à janeiro de 2018. A curadoria da exposição foi dirigida pela cenógrafa Nathalie Crinière. A mostra apresenta a história da marca, desde o seu fundador Christian Dior, passando pelos seis diretores criativos da grife. A cenógrafa ressaltou em seu trabalho diversas ambientações segundo o site Fashion Forward, sugere uma galeria de arte, um ateliê, uma rua, um ‘boudoir’ e até um jardim com plantas cortadas na silhueta do new look. Seguindo uma sequência de imagens será descrito em ordem alguns dos ambientes ressaltando a materialidade, a iluminação e a paleta de cores, de cada uma.

[Fig. 93] - Exposição Christian Dior, Designer of Dreams, 2017. Fonte: Paris por Paulo Pereira, 2017.

O primeiro cenário apresentava um amplo espaço, onde foram colocadas bases elevadas para os manequins, formada por desenho circular. A mesma apresenta uma materialidade marcante visto que é revestida na frente e nas laterais em espelho sendo possível ver o reflexo do piso do museu, e em sua base, na borda, há um contorno luminoso, assim como nas laterais, apresentando o recurso de iluminação cenográfica, ou seja, da baixo para cima. Os manequins na cor preta foram usados para ressaltar as peças em tons claros, sendo posicionados conforme o desenho e a curva sinuosa em que a base espelhada proporcionava. Nesse mesmo ambiente, ainda com a base elevada, há a presença de expositor em três níveis, onde os manequins estavam distribuídos. A iluminação encontra-se direcionada e de frente para as peças expostas, também há iluminação cenografia na base elevada espelhada.

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[Fig. 94 e 95] - Exposição Christian Dior, Designer of Dreams, 2017. Fonte: Paris por Paulo Pereira, 2017.


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O segundo cenário seguindo a ordem na qual foi determinada sobre a exposição Christian Dior, Designer of Dreams, foi analisado o espaço partindo da linguagem que a cenógrafa criou para a exposição. A presença da base elevada, onde estão dispostos os manequins, desenha com curvas sinuosas o percurso do público. Nessas bases a ausência do espelho é perceptível visto que não há um desenho no piso para reflexo do mesmo. O teto revestido de folhagem em tons brancos, desenha o espaço, juntamente com a iluminação entre a forração, deixando assim o ambiente claro, e utilizando o recurso de iluminação cruzada para as peças expostas.

[Fig. 97] - Exposição Christian Dior, Designer of Dreams, 2017. Fonte: Paris por Paulo Pereira, 2017.

[Fig. 96] - Exposição Christian Dior, Designer of Dreams, 2017. Fonte: Paris por Paulo Pereira, 2017. [Fig. 98] - Exposição Christian Dior, Designer of Dreams, 2017. Fonte: Paris por Paulo Pereira, 2017.

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O terceiro cenário dessa exposição, pertence a sequência do histórico da Dior apresentando os diretores criativos que passaram pela grife no decorrer dos anos. O cenário apresenta também uma base elevada em formatos ortogonais, onde os manequins estão dispostos, na cor cinza, criando uma linguagem com os manequins na cor preta, a fim de permitir em que as peças sejam um destaque na exposição. Juntamente com a base elevada, há uma tela fixa com a foto do diretor criativo da época. A iluminação por trilhos fixos no teto, na cor preta, permite em que as peças recebam luz direta. Na parede há uma faixa de iluminação proporcionando um desenho e seguindo as formas ortogonais, criando uma lingaugem no espaço, porém se destacando dos demais cenários da exposição Christian Dior, Designer of Dreams.

[Fig.100] - Exposição Christian Dior, Designer of Dreams, 2017. Fonte: Paris por Paulo Pereira, 2017.

[Fig. 99] - Exposição Christian Dior, Designer of Dreams, 2017. Fonte: Paris por Paulo Pereira, 2017.

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O quarto e último cenário, apresenta um espaço de exposição semelhante a uma vitrine. O expositor é uma fachada de loja, com texturas e a representação de uma escada na entrada da loja. Contém nas laterais peças em manequins em um fundo iluminado branco, e uma vitrine central com algumas peças em outros tipos de manequins. No centro do espaço há um único manequim dentro de uma peça em formato hexagonal, em um envoltório em vidro.

[Fig. 101] - Exposição Christian Dior, Designer of Dreams, 2017. Fonte: Paris por Paulo Pereira, 2017.

[Fig.102] - Exposição Christian Dior, Designer of Dreams, 2017. Fonte: Paris por Paulo Pereira, 2017.

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4.1.3 Exposição Dior: From Paris to the World A exposição Dior: From Paris to the World, traz para o mundo os 70 anos da grife, no Denver Art Museum. A exposição foi projetada pelo escritório de arquitetura OMA, com o atual designer e arquiteto Shohei Shigematsu, buscou para a exposição, criar uma linguagem que percorre um caminho sinuoso através de um andar do edifício angular projetado por Daniel Libeskind, onde apresenta uma linha do tempo do trabalho da gravadora e sua história com passagens dos diretores criativos da grife. A exposição foi organizada pelo próprio museu DAM e curada por Florence Müller, curadora de arte têxtil e moda da Fundação Avenir da DAM, com a presença de 200 peças de alta costura, além de bijuterias, acessórios , desenhos, fotografias , vídeos de passarela e outros arquivos que contam a história da Dior.

[Fig. 103] - Exposição Christian Dior: From Paris to the World. Fonte: The Archietect’s Newspaper, 2018.

O primeiro cenário da sequencia de alguns ambientes da exposição Dior: From Paris to the World, apresenta uma expografia trabalha em bases circulares sobrepostas elevadas do piso, formando níveis em que os manequins foram expostos, também trabalhado na cor preta, afim de que haja um destaque nas peças. Através do reflexo nas bases circulares é possível observar que houve um projeto de iluminação utilizando o recurso de iluminação cruzada.

[Fig. 104] - Exposição Christian Dior: From Paris to the World. Fonte: The Archietect’s Newspaper, 2018.

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Para o segundo cenário criou-se um espaço amplo para apresentação das peças expostas em manequins convencionais em cores claras, expostos em uma base continua e elevada do piso recebendo um tratamento de iluminação inferior, proporcionada visibilidade as peças. A ligação que o escritório OMA proporcionou em relação ao edifício em que está inserido, está presente na materialidade onde a curadoria, trouxe para a exposição o material alumínio como pano de fundo ondulado para os displays que expõem as peças. A iluminação por trilhos está disposta no ambiente fazendo com que as peças recebam a luz central.

[Fig. 106] - Exposição Christian Dior: From Paris to the World. Fonte: The Archietect’s Newspaper, 2018.

[Fig. 105] - Exposição Christian Dior: From Paris to the World. Fonte: The Archietect’s Newspaper, 2018.

[Fig. 107] - Exposição Christian Dior: From Paris to the World. Fonte: The Archietect’s Newspaper, 2018.

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GRIFE BALMAIN

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5. Histórico da grife Balmain Nesse trabalho, será apresentado o histórico da grife Balmain afim de entender a criação da marca e seu fundador com o propósito de desenvolver a função de cenógrafo em pesquisar a história e a trajetória, para então criar um cenário para uma exposição cronológica e um desfile inspirado nas coleções de uma década da grife Balmain, ou seja do ano de 2010 até o ano de 2020, uma Balmain de Olivier Rousteing. Pierre Alexandre Claudius Balmain nasceu em 18 de maio de 1914 em uma cidade no sul da França. De família simples, sua mãe trabalhava com as irmãs em uma boutique chamada Galeria Parisê na cidade. (PACCE, Lilian, 2018). Pierre Balmain mudou-se para Paris, onde estudou Arquitetura na escola de Belas Artes, embora não tenha completado os estudos, apresentava um gosto e habilidade em desenhar, inclusive nos temos livres desenhava vestidos sendo seus primeiros croquis apresentados e vendidos para Robert Piguet. (PACCE, Lilian, 2018). Ao desistir de concluir o curso de Arquitetura na escola de Belas Artes, Edward Molyneaux lhe oferece um emprego, no qual permaneceu entre os anos de 1934 e 1939. Logo em seguida juntou-se a Lucien Lelong, onde teve a oportunidade de conhecer e conviver com grandes estilistas como Christian Dior. (PACCE, Lilian, 2018). No ano de 1945 Pierre Balmain abriu seu próprio negócio e passou a ser conhecido por lançar um estilo chamado Jolie Madame (parecido com o que Christian Dior fez “New Look”). Jolie Madame é um estilo que ressalta a mulher feminina, de cintura pequena, bem marcada com saia longa e volumosa, muitas vezes com corte A (base larga e cintura fina). (PACCE, Lilian, 2018).

Em 1950 começou a fazer sucesso quando também a escritora e poeta feminista Gertrude Stein (amiga de sua mãe) e sua companheira Alice Babette Toklas escrevem sobre Pierre Balmain na Vogue. (PACCE, Lilian, 2018). No ano de 1951 a marca Balmain já vendia peças de prêt-à-porter (pronta-a-vestir) também nos Estados Unidos, apresentando muito sucesso no continente americano, por ter sido capaz de traduzir a moda francesa em roupas que a mulher americana poderia usar: simplicidade e elegância. Conseguiu com sua moda produzir roupas em escala, não apenas a alta-costura que era o vestuário sob medida do corpo da cliente. (PACCE, Lilian, 2018). Na década de 50 Pierre Balmain popularizou-se com várias peças com vestidos com transparências, casacos cintados, capas. Entre 1951 e 1972 Balmain desenhou peças para 16 filmes de Hollywood entre os quais contavam obras de cinema com a participação de estrelas como Viven Legh e Mae Wets e concebeu peças para filmes franceses como o famoso “E Deus Criou a Mulher” que apresentou Brigitte Bardot ao mundo. Da mesma maneira que criou peças para o cinema ele criou para o teatro sendo nomeado pelo prêmio Tony. (PACCE, Lilian, 2018).

[Fig. 108] - Pierre Balmain, 1965. Fonte: Penso Moda, Fanny Littmann, 2015.

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Nessa mesma época, inicia uma nova fase de produção não apenas na moda, mas na perfumaria, onde lançou seu primeiro perfume Elysées 64-83 sendo o número de seu telefone, segundo a consultora de moda brasileira Lilian Pacce. Lançou também Vent – Vert, um perfume com aroma refrescante puxado para o cítrico. Após um ano lançou o perfume que levava o nome de seu estilo Jolie Madame, no qual é conhecido até hoje. (PACCE, Lilian, 2018). Pierre Balmain teve em boa parte de sua trajetória seu companheiro Erik Mortensen ao seu lado como assistente pessoal desde a década de 50.

Em 1990 Erik deixou a marca Balmain e foi substituído por Hérver Pierre que permaneceu até 1993, altura em que Oscar de la Renta se tornou o estilista principal da marca. Permaneceu na marca durante 10 anos e em 2002 apresentou sua última coleção na grife. (PACCE, Lilian, 2018). Oscar de la Renta tinha um estilo muito próximo ao de Pierre Balmain, apresentava na sua costura corpete valorizando o busto, saia longa e volumosa, mantendo a tradição que é o costume na época. Assim houve um rompimento, pois as tendências e estilos mudaram até chegar em Olivier Rousteing. (PACCE, Lilian, 2018). Oscar de la Renta deixa a grife e então acaba a alta-costura da Balmain.

[Fig. 109] - Perfume Elysées 64-83. Fonte: Balmain.

Pierre Balmain falece em 1982 por causa de complicações com sua saúde. Assim quem assumiu a marca foi companheiro Erik Mortensen, porém não herda a grife. Manteve apenas a tradição do fundador produzindo 17 coleções e ganhando algumas premiações pelas peças apresentadas. (PACCE, Lilian, 2018).

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[Fig. 110] - Oscar de la Renta, desfile Balmain, Primavera/Verão, 1996. Fonte: Time, 2015.

Balmain quase faliu nos anos 2000, porém com a entrada de Christophe Decarnin voltou aos holofotes, pois o diretor criativo investiu em um novo estilo a herança Couture de Balmain, misturando essas referências com o universo do rock e um estilo militar. Criou coleções inspiradas em músicos e ícones fashions como o cantor Prince e Michael Jackson. Com a saída de Decarnin


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em 2011, onde foi afastado por conta do seu vicio a drogas e instabilidade emocional, seu assistente Olivier Rousteing assumiu a marca. (PACCE, Lilian, 2018).

[Fig. 111] - Christophe Decarnin e modelos. Fonte: Daily Beast, 2017.

[Fig. 112] - Olivier Rousteing, após desfile da Balmain Fonte: Vogue, 2016.

Atualmente o diretor criativo da marca Olivier Rousteing desde 2011. Nascido no sudoeste da França Olivier Rousteing é filho adotivo, de uma família de classe média alta francesa. (PACCE, Lilian, 2018). Ao permanecer na grife Balmain, agora como diretor criativo, Rousteing deu continuidade ao Decarnin com peças que apresentavam muito brilho, silhueta skinny, jeans rasgado, medalhões e franjas. (PACCE, Lilian, 2018).

[Fig. 113] - Olivier Rousteing e modelos. Fonte: Harpers Bazaar, 2017.

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Lançou com a L’Oreal Paris uma marca de maquiagem e cosméticos, explorando uma nova tendência, além da moda que está em alta. Em 2016 a marca foi vendida, porém manteve seu auge. (PACCE, Lilian, 2018).

[Fig. 115] - Publicidade do lançamento da linha de maquiagem. Fonte: Mondo Moda, 2017.

Após 16 anos a marca volta com a alta-costura, no ano de 2019, tendo como estilista Oliver Rousteing. (PACCE, Lilian, 2018).

[Fig. 114] - Olivier Rousteing. Fonte: Harpers Bazaar, 2017.

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Atualmente a grife vem se destacando não só na Europa como na América Latina, atingindo também o público brasileiro com a inauguração de uma loja no Shopping Cidade Jardim em maio de 2019, onde o diretor criativo Olivier Rousteing juntamente com o Studio AMV de Paris, desenvolveram o projeto de acordo com um novo conceito do diretor criativo. (FFW, 2019).


5 “Sempre nos certificamos de que estamos, acima de tudo, desenhando para a geração de hoje, como ela vive e como ela se veste. Nossos novos endereços são espaços onde sei que a Balmain Army definitivamente se sentiria em casa”. (ROUSTEING, Olivier apud FFW, 2019).

A loja de 200 m² apresenta o mesmo conceito de as boutiques da marca em Paris, que segundo Rousteing tem como objetivo transportar a atmosfera parisiense para qualquer lugar do mundo onde a marca estiver presente. (FFW, 2019). A inspiração para esse novo conceito de loja, veio dos “hôtel particulier” (espécies de palácios parisienses), onde os espaços são divididos em salas conectadas, trazendo a ideia de um espaço residencial, composto por biblioteca, jardim, quartos, dedicando assim cada ambiente da loja a apresentar uma coleção da Balmain. (FFW, 2019).

[Fig. 116] - Loja Balmain, Shopping Cidade São Paulo. Fonte: Fashion Foward, 2019.

[Fig. 117] - Loja Balmain, Shopping Cidade São Paulo. Fonte: Fashion Foward, 2019.

[Fig. 118] - Loja Balmain, Shopping Cidade São Paulo. Fonte: Fashion Foward, 2019.

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MUSEU DE ARTE MODERNA DE SÃO PAULO - MAM

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6. Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM O Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma das mais importantes instituições culturais da cidade. O MAM foi fundado em 1948 e apresentou uma trajetória descontinua, entre os anos de 1949 à 1969. Nesse período esteve situado em diversos locais da cidade de São Paulo, com atividades instáveis, quando Ciccillo Matarazzo em 1963 decidiu extinguir o MAM doando todo o acervo para a USP que resultou na criação do MAC USP. (IMBROISI, Margaret, 2016). Em 1965 foi reorganizado, porém ainda sem um espaço fixo. No ano de 1969 é inaugurada a nova sede do MAM sob a marquise do Parque Ibirapuera. Anteriormente o espaço obteve um projeto temporário idealizado pela arquiteta Lina Bo Bardi e Martin Gonçalves para abrigar a exposição “Bahia”, nesse meio tempo, mesmo idealizado, foi usado como depósito para a Fundação Bienal, sendo depois adaptado para abrigar o museu de acordo com o projeto museográfico idealizado pelo arquiteto italiano e diretor do MAM, Giancarlo Palanti. No ano de 1982 a arquiteta Lina Bo Bardi foi convidada a reestruturar e remodelar o museu com ampliação de 900m² de área. (IMBROISI, Margaret, 2016).

[Fig. 119] - Croqui do MAM - Projeto da Arquiteta Lina Bo Bardi, 1982. Fonte: Acervo do MAM.

O novo projeto apresenta a valorização entre a arte, arquitetura e espaço público, com a implantação de planos de vidros na fachada dos espaços e das salas de exposição, apresentando a transparência do edifício, ideia do arquiteto italiano Giancarlo Palanti, posteriormente executado por Lina Bo Bardi nesse projeto. (LÁRIOS, Karen Emmerchi D’Arc Bruder, 2017). [Fig. 120] - Maquete do MAM - Projeto da Arquiteta Lina Bo Bardi, 1982. Fonte: Acervo do MAM.

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Em 1995, Milú Vilela assumiu o cargo de presidente do museu e arrecadou fundos para a realização da reforma para implantação do restaurante, auditório, sala de exposição e ateliê conforme o projeto de Lina Boa Bardi em 1982. (IMBROISI, Margaret, 2016).

As exposições principais são realizadas em duas salas, segundo uma grade anual estruturada em quatro temporadas. Outras mostras são exibidas regularmente nos espaços da biblioteca e do corredor de ligação, onde é desenvolvido o programa de instalações Projeto Parede. (IMBROISI, Margaret, 2016). Tem como objetivos a conservação, extroversão e ampliação de seu patrimônio artístico, a divulgação da arte moderna e contemporânea e a organização de exposições e de atividades culturais e educativas, sendo uma instituição de interesse público sem fins lucrativos. A missão do MAM de São Paulo é colecionar, estudar, incentivar e difundir a arte moderna e contemporânea brasileira, tornando-a acessível ao maior número de pessoas possível. (IMBROISI, Margaret, 2016).

[Fig. 121] - Publicação sobre o MAM no jornal Folha de São Paulo, no ano de 1998. Fonte: Acervo do MAM.

Atualmente o museu apresenta um programa composto por salas de exposição, ateliê, reserva técnica, biblioteca especializada em arte, auditório, restaurante e loja que são ambientes internos. Os espaços do museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, um espaço de 6.000m² projetado por Roberto Burle Marx, onde são expostas obras do acervo a céu aberto. (IMBROISI, Margaret, 2016). [Fig. 122] - Planta do MAM atualizada. Fonte: Reprodução autoral.

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A escolha do MAM para a implantação do projeto de desfile e exposição da grife Balmain, se deu por conta estar próximo a Bienal de São Paulo, que por muitos anos sediou os desfiles e eventos da Fenit e posteriormente da São Paulo Fashion Week, iniciando assim um grande marco para a criação e desenvolvimento da moda no Brasil desde a década de 60 até os dias atuais. Este ano o complexo do Ibirapuera, recebeu no Pavilhão das Culturas Brasileiras, a edição N48 da São Paulo Fashion Week, confirmando e relembrando o inicio do desenvolvimento da moda no país.

6.1 Levantamento Fotográfico do Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM Com o objetivo de mostrar a localização onde o projeto será inserido, foram realizadas quatro visitas no local, sendo técnicas e fotográficas, além de contato com os colocaboradores da biblioteca e da recepção, para levantamento de dados e informações do museu. A reprodução fotográfica se deteve apenas para os locais onde haverá intervenção e que foram autorizadas para serem fotografadas.

[Fig. 123] - MAM. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 124] - MAM. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 125 e 126] - MAM. Fonte: Imagem autoral.

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[Fig. 127] - MAM. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 129] - MAM. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 128] - MAM. Fonte: Imagem autoral.

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[Fig. 130 e 131] - MAM. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 133] - MAM. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 132] - MAM. Fonte: Imagem autoral.

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PROJETO

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7. Projeto Nesse capítulo será desenvolvido o projeto cenográfico iniciando pelo partido arquitetônico do projeto, sua localização, o memorial de projeto subdivididos em tópicos com desenhos técnicos e imagens renderizadas para melhor visualização e entendimento do mesmo.

A exposição receberá um tratamento na materialidade, na a cenografia dos expositores, na passarela, nas arquibancadas, nos puffs e poltronas, seguindo uma paleta de cores criada a partir de um olhar e de estudos aprofundados sobre a grife. A disposição do mobiliário foi pensada a fim de proporcionar a interação entre os visitantes.

7.1 Partido Arquitêtonico O local escolhido para o desenvolvimento do projeto cenográfico, com a criação de um espaço expositivo juntamente com a área de desfile da grife Balmain, será o MAM, Museu de Arte Moderna de São Paulo, que está localizado na marquise do Parque Ibirapuera. A volumetria do espaço expositivo e de desfile, acompanha o sentido interno do museu. O projeto proposto modifica as linhas ortogonais que o museu apresenta, trazendo através de linhas sinuosas movimento e leveza ao espaço, apresentadas na maior parte da passarela, expositores e mobiliários, seguindo o tema proposto para a exposição que é a cronologia, da década de 2010 da grife Balmain, apresentada pela transição entre o diretor criativo Christophe Dercanin e o atual diretor criativo Olivier Rousteing. O museu além de apresentar linhas ortogonais no volume interno, apresenta uma fachada em vidro, onde propicia a visão externa, porém não interfere diretamente na iluminação do ambiente interno. O museu receberá em sua fachada uma intervenção com adesivos no vidro a fim de convidar o público para visitar a exposição.

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Como parte integrante do projeto criou-se um folder para o direcionamento e explicação da exposição, pois há uma cronologia a ser seguida e assim o visitante poderá vivenciar a transição dos diretores criativos da grife. Esse folder será disponilizado na recepção do Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM, como um convite a expografia de “Um olhar sobre a grife Balmain”.

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7.2 Localização da Implantação do Projeto O local da implantação do projeto de exposição e desfile da grife Balmain será no MAM que está situado na Av. Pedro Alvarez Cabral com acesso pelo portão 3 nas dependências do Parque Ibirapuera, um dos maiores parques urbanos da cidade de São Paulo. A região onde o museu está localizado é bem atendida por vias públicas e trasnporte público, além de comportar estacionamentos dentro do parque. A visitação ao MAM é permitida de terças-feiras a domingos e feriado, com ingressos acessíveis ao público, e aos sábados gratuito.

[Fig. 135] - Localização aproximada Parque Ibirapuera. Fonte: Snazzy Maps.

[Fig. 134] - Localização Parque Ibirapuera. Fonte: Snazzy Maps.

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[Fig. 136] - Oca. Fonte: site Parque Ibirapuera.

[Fig. 142] - Auditório Oscar Niemeyer. Fonte: site Parque Ibirapuera.

[Fig. 137] - Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM. Fonte: site Parque Ibirapuera.

[Fig. 141] - Museu Afro Brasil. Fonte: site Parque Ibirapuera.

[Fig. 139] - Mapa dos complexos de edifícios do Parque Ibirapuera. Fonte: ArchDaily.

[Fig. 140] - Pavilhão das Culturas Brasileiras. Fonte: site Parque Ibirapuera.

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[Fig. 138] - Fundação Bienal de São Paulo. Fonte: site Parque Ibirapuera.


7.3 Memorial de Projeto A proposta principal do projeto é construir um espaço expositivo em que possa apresentar uma retrospectiva da grife parisiense Balmain, na década atual. Trazer ao Brasil uma Balmain contemporânea que iniciou com o diretor criativo Christophe Decarnin permanecendo até 2012 e posteriormente uma Balmain na visão de seu atual diretor criativo Olivier Rousteing. Essa por sua vez traz a modernidade de um jovem, com uma visão que rompe paradigmas, em que é permitido apresentar suas coleções em diversos espaços permanecendo ainda o requinte e o glamour presentes nas peças e cenários da marca. Na opinião de Rousteing “[...] tenho valorizado a diversidade na moda, pois acredito que a moda pode transformar [...]” (PACCE Lilian, 2019 - Entrevista com Oivier Rousteing). Outra proposta para o projeto é permitir que o visitante possa assistir um desfile de moda da grife, para isso como parte do projeto o desfile acontece em datas e horários fixos nos finais de semana. Pensando nisso, escolheu-se um periodo em que a maioria das pessoas estejam em horários livres para o lazer e cultura . Desta forma sabádos as 15:00, durante 20 minutos, no período de dois meses.

ração com espaço físico; a visualização do espaço na produção de um desfile de moda. Foram contabilizadas as peças de uma década de 2010 até 2020 com coleções Primavera/ Verão e Outono/Inverno masculino e feminino. Para isso selecionou-se três peças de cada coleção para a exposição totalizando 102 peças e mais duas peças para o desfile totalizando 68 peças. Sendo assim há 170 peças para composição da cronologia para exposição e desfile, tendo como tema “Um olhar sobre a grife Balmain”. 7.3.1 Contabilização fotográfica das peças da grife Balmain para a exposição.

[Fig. 143] - Paris, Verão 2010 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 144] - Paris, Verão 2010 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 145] - Paris, Verão 2010 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 146] - Paris, Inverno 2010 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 147] - Paris, Inverno 2010 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 148] - Paris, Inverno 2010 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

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Pensando na contextualização do projeto, a proposta será construir um espaço expositivo que permita ao visitantes o conhecimento do histórico com alguns acontecimentos relevantes da grife por meio dos dois últimos diretores criativos, a visitação do espaço expositivo com as peças em ordem cronológica; a contemplação dos acessórios e maquiagens da grife; a experimentação na construção de uma peça; na participação de um workshop; a permissão para o uso de um espaço dentro do ambiente em que grupos possam refletir sobre o momento; a possibilidade de inte

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[Fig. 149] - Paris, Verão 2011 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 150] - Paris, Verão 2011 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 151] - Paris, Verão 2011 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 155] - Paris, Inverno 2011 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 156] - Paris, Inverno 2011 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 157] - Paris, Inverno 2011 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 152] - Paris, Verão 2011 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 153] - Paris, Verão 2011 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 154] - Paris, Verão 2011 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 158] - Paris, Verão 2012 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 159] - Paris, Verão 2012 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 160] - Paris, Verão 2012 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

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[Fig. 161] - Paris, Verão 2012 Olivier Rousteign. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 162] - Paris, Verão 2012 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 164] - Paris, Inverno 2012 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 165] - Paris, Inverno 2012 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 163] - Paris, Verão 2012 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 165] - Paris, Inverno 2012 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 167] - Paris, Inverno 2012 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 168] - Paris, Inverno 2012 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 169] - Paris, Inverno 2012 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 170] - Paris, Verão 2013 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 171] - Paris, Verão 2013 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 172] - Paris, Verão 2013 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

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[Fig. 173] - Paris, Verão 2013 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 174] - Paris, Verão 2013 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 175] - Paris, Verão 2013 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 179] - Paris, Verão 2014 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 180] - Paris, Verão 2014 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 181] - Paris, Verão 2014 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 176] - Paris, Inverno 2013 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 177] - Paris, Inverno 2013 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 178] - Paris, Inverno 2013 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 182] - Paris, Verão 2014 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 183] - Paris, Verão 2014 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 184] - Paris, Verão 2014 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

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[Fig. 185] - Paris, Inverno 2015 Olivier Rousteign. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 186] - Paris, Inverno 2015 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 187] - Paris, Inverno 2015 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 191] - Paris, Verão 2015 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 192] - Paris, Verão 2015 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 193] - Paris, Verão 2015 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 188] - Paris, Inverno 2015 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 189] - Paris, Inverno 2015 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 190] - Paris, Inverno 2015 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 194] - Paris, Inverno 2016 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 195] - Paris, Inverno 2016 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 196] - Paris, Inverno 2016 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

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[Fig. 197] - Paris, Verão 2016 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 198] - Paris, Verão 2016 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 199] - Paris, Verão 2016 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 203] - Paris, Inverno 2017 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 204] - Paris, Inverno 2017 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 205] - Paris, Inverno 2017 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 200] - Paris, Verão 2016 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 201] - Paris, Verão 2016 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 202] - Paris, Verão 2016 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 206 - Paris, Inverno 2017 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 207] - Paris, Inverno 2017 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 208] - Paris, Inverno 2017 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

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[Fig. 209] - Paris, Verão 2017 Olivier Rousteign. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 210] - Paris, Verão 2017 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 211] - Paris, Verão 2017 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 215] - Paris, Inverno 2018 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 216] - Paris, Inverno 2018 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 217] - Paris, Inverno 2018 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 212] - Paris, Verão 2017 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 213] - Paris, Verão 2017 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 214] - Paris, Verão 2017 Olivier Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 218] - Paris, Inverno 2018 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 219] - Paris, Inverno 2018 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 220] - Paris, Inverno 2018 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

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[Fig. 221] - Paris, Verão 2018 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 222] - Paris, Verão 2018 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 223] - Paris, Verão 2018 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 227] - Paris, Inverno 2019 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 228] - Paris, Inverno 2019 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 229] - Paris, Inverno 2019 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 224] - Paris, Verão 2018 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 225] - Paris, Verão 2018 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 226] - Paris, Verão 2018 Oliver Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 230] - Paris, Verão 2019 Olivier Rousteing. Fonte: Pinterest.

[Fig. 231] - Paris, Verão 2019 Olivier Rousteing. Fonte: Pinterest.

[Fig. 232] - Paris, Verão 2019 Olivier Rousteing. Fonte: Pinterest.

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[Fig. 233] - Paris, Verão 2019 Olivier Rousteign. Fonte: Lilian Pacce.

[Fig. 234] - Paris, Verão 2019 Olivier Rousteing. Fonte: Lilian Pacce.

[Fig. 235] - Paris, Verão 2019Olivier Rousteing. Fonte: Lilian Pacce.

[Fig. 239] - Paris, Verão 2020 Oliver Rousteing. Fonte: Wepick.

[Fig. 240] - Paris, Verão 2020 Oliver Rousteing. Fonte: Wepick.

[Fig. 241] - Paris, Verão 2020 Oliver Rousteing. Fonte: Wepick.

[Fig. 236] - Paris, Inverno 2020 Olivier Rousteing. Fonte: Vogue.

[Fig. 237] - Paris, Inverno 2020 Olivier Rousteing. Fonte: Vogue.

[Fig. 238] - Paris, Inverno 2020 Olivier Rousteing. Fonte: Vogue.

[Fig. 242] - Paris, Verão 2020 Oliver Rousteing. Fonte: Vogue.

[Fig. 243] - Paris, Verão 2020 Oliver Rousteing. Fonte: Vogue.

[Fig. 244] - Paris, Verão 2020 Oliver Rousteing. Fonte: Vogue.

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7.3.2 Contabilização fotográfica das peças da grife Balmain para a desfile

[Fig. 245] - Paris, Verão 2010 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 246] - Paris, Verão 2010 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 247] - Paris, Inverno 2010 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 251] - Paris, Verão 2011 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 252] - Paris, Verão 2011 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 253] - Paris, Inverno 2011 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 248] - Paris, Inverno 2010 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 249] - Paris, Verão 2011 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 250] - Paris, Verão 2011 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 254] - Paris, Inverno 2011 Christophe Decarnin. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 255] - Paris, Verão 2012 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 256] - Paris, Verão 2012 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

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[Fig. 257] - Paris, Verão 2012 Olivie Rousteung. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 258] - Paris, Verão 2012 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 259] - Paris, Inverno 2012 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 263] - Paris, Verão 2013 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 264] - Paris, Verão 2013 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 265] - Paris, Verão 2013 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 260] - Paris, Inverno 2012 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 261] - Paris, Inverno 2012 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 262] - Paris, Inverno 2012 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 265] - Paris, Verão 2013 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 267] - Paris, Inverno 2013 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 268] - Paris, Inverno 2013 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

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[Fig. 269] - Paris, Ver達o 2014 Olivie Rousteung. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 270] - Paris, Ver達o 2014 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 271] - Paris, Inverno 2014 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 275] - Paris, Inverno 2015 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 276] - Paris, Inverno 2015 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 277] - Paris, Ver達o 2015 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 272] - Paris, Inverno 2014 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 273] - Paris, Inverno 2015 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 274] - Paris, Inverno 2015 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 278] - Paris, Ver達o 2015 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 279] - Paris, Inverno 2016 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 280] - Paris, Inverno 2016 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

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[Fig. 281] - Paris, Verão 2016 Olivie Rousteung. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 282] - Paris, Verão 2016 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 283] - Paris, Verão 2016 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 287] - Paris, Inverno 2017 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 288] - Paris, Inverno 2017 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 289] - Paris, Verão 2017 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 284] - Paris, Verão 2016 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 285] - Paris, Inverno 2017 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 286] - Paris, Inverno 2017 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 290] - Paris, Verão 2017 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 291] - Paris, Verão 2017 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 292] - Paris, Verão 2017 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

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[Fig. 293] - Paris, Inverno 2018 Olivie Rousteung. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 294] - Paris, Inverno 2018 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 295] - Paris, Inverno 2018 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 299] - Paris, Verão 2018 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 300] - Paris, Verão 2018 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 301] - Paris, Inverno 2019 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 296] - Paris, Inverno 2018 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 297] - Paris, Verão 2018 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 298] - Paris, Verão 2018 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 302] - Paris, Inverno 2019 Olivie Rousteing. Fonte: Fashion Forward.

[Fig. 303] - Paris, Verão 2019 Olivie Rousteing. Fonte: Pinterest.

[Fig. 304] - Paris, Verão 2019 Olivie Rousteing. Fonte: Pinterest.

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[Fig. 305] - Paris, Verão 2019 Olivie Rousteung. Fonte: Lilian Pacce.

[Fig. 306] - Paris, Verão 2019 Olivie Rousteing. Fonte: Lilian Pacce.

[Fig. 307] - Paris, Inverno 2020 Olivie Rousteing. Fonte: Vogue.

[Fig. 311] - Paris, Verão 2020 Olivie Rousteing. Fonte: Vogue.

[Fig. 312] - Paris, Verão 2020 Olivie Rousteing. Fonte: Vogue.

Diretores Criativos da grife Balmain 2010- 2020

[Fig. 313] - Christophe Decarnin. Fonte: Glamurama. [Fig. 308] - Paris, Inverno 2020 Olivie Rousteing. Fonte: Vogue.

[Fig. 309] - Paris, Verão 2020 Olivie Rousteing. Fonte: Wepick.

[Fig. 314] - Olivier Rousteing. Fonte: Twitter (@ORousteing).

[Fig. 310] - Paris, Verão 2020 Olivie Rousteing. Fonte: Wepick.

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7.3.3 Briefing do Projeto de Expografia Diante de todos requisitos citados anteriormente, foi criado um briefing do projeto, partindo dos estudos de referências da construção dos espaços expositivos apresentados no TCC1. Pensando nisso e na configuração da criação de uma exposição de moda com desfile, foi estipulado um período de permanência da expografia no museu, sendo de 2 meses, com o acontecimento do desfile aos sábados, as 15hr por aproximadamente vinte minutos, horário livre, para o lazer e cultura.

[Fig. 315] - Briefing do projeto. Fonte: Imagem autoral.

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7.3.4 Plano de Massas Para o desenvolvimento do projeto, utilizou-se de uma tipologia sequencial uma vez que se propõem mostrar um acontecimento pela construção de uma sequência de peças datadas para apresentar uma unidade narrativa no tempo. O tema da exposição é uma cronologia da grife Balmain. Para isso foi criado um plano de massas com a finalidade de entender e estudar os ambientes do museu, e assim ter um levantamento dos espaços que podem ser usados para a intervenção.

Foram analisados a configuração dos ambientes a fim de que as áreas que estão demarcadas em azul na planta, a área técnica e acervo existente do museu, não sejam utilizados, pois estes são de uso e funcionamento do MAM. Áreas demarcadas em verde, são áreas que aceitam pequenas intervenções que contribuem para o projeto. Nas áreas demarcadas em amarelo, são ambientes de livre acesso do público no museu. Por fim a área demarcada em vermelho é a sala Milú Vilela, onde terá a proposição da expografia “Um olhar sobre a grife Balmain”.

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[Fig. 316] - Plano de massas do projeto. Fonte: Imagem autoral.

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7.3.4 Projeto de Intervenção O projeto tem como proposição criar uma cronologia da grife Balmain apresenta uma expografia em dois momentos. Inicialmente com a exposição e posteriormente a adaptação dos espaços para a apresentação do desfile. Serão apresentadas duas plantas do projeto na qual serão descritos a baixo, a fim de proporcionar conhecimento nos dois momentos da expografia.

Fig. [317] - Planta do projeto de exposição Fonte: Imagem autoral.

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Fig. [318] - Planta do projeto de desfile. Fonte: Imagem autoral.

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Fig. [319] - Ampliação da planta do projeto de exposição. Fonte: Imagem autoral.

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Fig. [320] - Ampliação da planta do projeto de desfile. Fonte: Imagem autoral.

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7.4.1 Projeto Parede Para o projeto, foi pensado em um ambiente como um todo, porém respeitando cada espaço e suas finalidades. Inicia-se a exposição apropriando-se do projeto parede existente no local, com o logo da marca, o título da exposição, um painel com o descritivo da exposição e um histórico da grife, desde a fundação em 1945 em Paris por Pierre Balmain até a inauguração da loja no Brasil no shopping Cidade São Paulo registrando alguns momentos relevantes. A materialidade empregada no logo e no titulo fixos na parede é em MDF com dois centimetros de espessura na cor preta, como de origem da grife. O descritivo e a linha do tempo apresenta uma materialidade em adesivo fixo no corredor entre hall de entrada da sala Milú Vilela. [Fig. 322] - Linha do tempo Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 321] - Render logo e título. Fonte: Imagem autoral.

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[Fig. 323] - Descritivo exposição Fonte: Imagem autoral.


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[Fig. 325] - Render vista do Projeto Parede. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 324] - Render descritivo e linha do tempo Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 326] - Render vista do Projeto Parede. Fonte: Imagem autoral.

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7.4.2 Expositores A exposição tem para a apresentação das peças a criação de uma estrutura modular. Os módulos criados, foram posicionados lateralmente, formando vários seguimentos em leves curvas sinuosas que consequentemente dão forma à passarela. Os módulos projetados individualmente seguem um padrão de 2,50 m de altura, com base elevada de 0,08 cm do piso, largura frontal 0,80 cm e profundidade 0,60 cm. Construídos em compensado flexível, revestidos de fórmica em cinza clara fosca com rodinhas em sua base para fácil movimentação, disponibilizam os manequins, com a cronologia do evento e fixa técnica em cada modelo, em formato de uma folha A5 em paisagem.

[Fig. 327] - Desenho técnico do expositor modular. Fonte: Imagem autoral.

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[Fig. 328 a;b;c;d;e;] - Expositores modulares. Fonte: Imagem autoral.


A planta a seguir, é uma base para localização do percurso no qual o público, pode seguir. Sinaliza os expositores com as peças por ano, após o percurso pelo corredor, onde está localizado o Projeto Parede. A junção de módulos, foi pensada partindo da contabilização das peças por ano, sendo assim os anos de 2010 e 2011 estão em um mesmo conjunto; ano de 2012 em apenas um conjunto; 2013 e 2014 dividem o mesmo conjunto; 2015 e 2016 também o dividem; 2017 e 2018 apresentam o maior número de peças contabilizadas, recebendo assim um conjunto para cada um. Os anos de 2019 e 2020 apresentam a mesma quantidade de contabilização e também recebem um tratamento específico para cada conjunto.

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[Fig. 329] - Modelo de ficha técnica. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 330] - Modelo de ficha técnica. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 331] - Planta de localização cronológica. Fonte: Imagem autoral.

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[Fig. 332] - Conjunto 2010 e 2011. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 334] - Conjunto 2013 e 2014. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 333] - Conjunto 2012. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 335] - Conjunto 2015 e 2016. Fonte: Imagem autoral.


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[Fig. 336] - Conjunto 2017. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 338] - Conjunto 2019. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 337] - Conjunto 2018. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 339] - Conjunto 2020. Fonte: Imagem autoral.

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Para expor os acessórios e maquiagens, que fazem parte da grife, os expositores centrais foram dispostos em três locais no ambiente, posicionados no centro da sala de exposição. São projetados em compensado flexível e revestidos de formica branco neve, com três tamanhos diferentes: Módulo 1 (A – 0.80 x Ø 0.80, raio 0.40), Módulo 2 (A - 0.70 x Ø 0.80, raio 0.40), Módulo 3 (A – 0.50 x Ø 0.60, raio 0.30), Módulo 4 (A – 0.65 x Ø 0.40, raio 0.20) Essas dimensões proporcionam ampla visão dos produtos expostos, sem que impeçam, além de manter a fidelidade da linguagem com a forma que os espaço expositivo apresenta.

7.4.3 Área para Workshops Dentro do espaço expositivo do museu foi projetado um espaço específico para experimentação livre, onde a criatividade pode torna-se concreta. A ideia que sejam realizados workshop voltados para a moda, apresentando tendências da grife em linhas gerais. Um local para interação convívio e aprendizagem para as pessoas. O ambiente contém quatro conjunto de mesas circulares com quatro lugares, espelho, manequins, tecidos, material de costura e arara tipo árvore.

B

A

A

B

Corte A-A

Corte B-B [Fig. 340] - Desenho técnico expositor central. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 341 a;b;c;] - Expositores centrais Fonte: Imagem autoral.

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[Fig. 342 a;b;c] - Renders área workshop. Fonte: Imagem autoral.


7.4.5 Arquibancada As arquibancadas projetadas para o local são em forma curva sinuosa, e também direcionam a passarela. Projetadas em madeira e revestidas em fórmica carvalho americano, e tendo almofadas pretas, são mobiliários fixos no momento da exposição, que permitem seu uso pelo público, com alturas 0,45; 0,90 e 1,35 cm com 0,30 cm de encosto. Voltado aos grupos de estudos de cursos e áreas afins para que possam desenvolver no local, o momento de conhecimento ou reconhecimento da grife, a construção de relações e pensamentos, a reflexão sobre o tema que venham a ser desenvolvidas, por orientação de professores, monitores, ou até mesmo usadas como áreas de descanso, de observação por qualquer público.

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7.4.6 Puffs, Poltronas e Assentos para Imprensa Para os assentos o projeto propõe 100 poltronas confortáveis em suede preta próxima a passarela para que o público possa assistir o desfile e 10 puffs em suede preto circulares medindo (A – 0,50 x Ø 1,0), possibilitando a comunicação e convívio entre os visitantes. Ao fundo da exposição foram reservados assentos para a imprensa de frente para a passarela, local estratégico para desenvolver o trabalho fotográfico.

[Fig. 343] - Render arquibancada. [Fig. 344] - Desenho técnico. Fonte: Imagem autoral. [Fig. 347] - Render poltronas, puff e arquibancada. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 345] - Desenho técnico. [Fig. 346] - Render arquibancada. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 348] - Render cadeiras da impresa. Fonte: Imagem autoral.

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7.4.7 Passarela A passarela foi projetada a partir da sinuosidade e da disposição dos expositores modulares seguindo a cronologia da década. Em carpete na cor azul, a forma da passarela possibilita o cruzamento no fluxo da passagem das modelos no momento do desfile, representado na planta por setas laranjas. Isso é o resultado intencional em manter uma linguagem sinuosa também na movimentação das pessoas e não apenas na disposição dos elementos dispositivos. As setas em vermelho respresenta aa circulação do público no espaço incluindo a passarela, em que possibilita o acesso livre para explorar toda a ambientação criada. Diferente das modelos que tem um trajeto pré determinado, como mostram as plantas a seguir.

Fig. [349] - Fluxo das modelos. Fonte: Imagem autoral.

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Fig. [350] - Fluxo do pĂşblico. Fonte: Imagem autoral.

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7.4.8 Painel de LED circular

7.4.9 Logo na recepção

Em dias que não há desfile um painel circular de led fixo no teto por cabo de aço com 2 m de diâmetro, sobre o centro da passarela ficará transmitindo os desfiles da grife que estão representados na exposição e em dias que não há desfile ficará transmitindo os desfiles da grife que estão representados na exposição e nos dias em que há desfile, este painel transmitirá a movimentação da produção das modelos mostrando o universo dos bastidores do desfile.

Um dos objetivos é permitir que a exposição chegue o mais próximo ao visitante de forma leve e descontraída para isso o visitante é recepcionado no hall de entrada com um grande logo da grife Balmain, sendo a letra B em dimensões (L-1,0 x A – 1,50 x P – 0,30 cm) em compensado flexível preto para que os mesmo possam fotografar e tirar selfies.

[Fig. 352] - Render logo da Balmain na recepção. Fonte: Imagem autoral. [Fig. 351] - Render painel de LED. Fonte: Imagem autoral.

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Outro local pensado para essa interatividade é a parede que divide o camarim de produção de maquiagem e a sala de exposição Milú Vilela, onde há o nome da grife para além de apresentar a marca, as pessoas possam fotografar e serem fotografadas.


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[Fig. 355] - Render dos camarins. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 353] - Render logo da Balmain na parede de gesso. Fonte: Imagem autoral.

7.4.10 Camarins Os bastidores do desfile são compostos por três camarins em tamanhos em funções diferentes e sanitários. Esses espaços foram aproveitados e adaptados pois, já existem no museu, sendo assim definimos no projeto como camarim 1, 2 e 3.

[Fig. 354] - Render do hall dos camarins. Fonte: Imagem autoral.

Camarim 1- Estruturado para as peças do desfile. Em área de 27,47 m² o espaço contém doze araras retangulares e tubulares comportando seis cabides em cada. Base em madeira, para que outros acessórios possam serem utilizados no desfile. O espaço recebeu um tratamento de interiores com tres puffs retangulares no centro da sala para apoio e um armário em fórmica carvalho americano com divisórias para que os modelos possam guardar seus pertences.

[Fig. 356] - Render camarim 1. Fonte: Imagem autoral.

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[Fig. 357] - Render camarim 1. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 358] - Render camarim 2. Fonte: Imagem autoral.

Camarim 2 – Estruturado para a troca de roupa. Em área de 40,19 m² o espaço contém quatro trocadores com espelho, porta cabides e bancos para que nesse local seja realizada a troca das peças das modelos na preparação e durante o desfile. Quatro puffs localizados nas laterais da sala e dois espelhos de 2,50 de altura fixos na parede oposta aos provadores. Nesse camarim também houve um tratamento de interiores e atenção para o espaço visto que é um local onde os modelos realizam as trocas das roupas e permanecem, sendo assim recebeu um aparador de apoio com alimentação.

[Fig. 359] - Render camarim 2. Fonte: Imagem autoral.

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[Fig. 360 - Render camarim 2. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 361] - Render camarim 3. Fonte: Imagem autoral.

Camarim 3 – Estruturado para a produção da maquiagem e cabelo Em área projetada de 54,77 m² o espaço contém espelhos nas paredes, balcão em madeira para material de maquiagem e cabelo, vinte cadeiras apropriadas para a maquiagem. Um espaço criado dentro da sala de exposição apresenta uma forma sinuosa compotas por parede de gesso. O camarim projetado dá acesso a passarela, sendo divido o camarim da passarela por uma cortina de 4,0 metros de altura. O mobiliário projetado com mesas com 0,75 cm de altura em sua base, apresentando na materialidade também fórmica carvalho americano. Além da iluminação do ambiente, fitas de LED iliminam ao redor dos espelhos e há 20 spots para iluminação direcionais. [Fig. 362] - Render camarim 3. Fonte: Imagem autoral.

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7.4.11 Intervenção nos vidros da fachada do MAM

O objetivo de projetar uma intervenção nos vidros externo do museu é para chamar atenção, aguçar a curiosadade e fazer com que o público que esteja passeando no parque Ibirapuera, venha apreciar e conhecer um espaço cenográfico criado para exposição e desfile de moda. A intenção em utilizar os vidros como convite para a entrada no MAM sem que interfira no projeto da arquiteta Lina Bo Bardi. As letras fixadas nos vidros escuros, destacam-se por conta de sua cor, seguindo a paleta de cores da grife, e apresentam sua materliadade em adesivos, de aproximadamente 1,20 cm de altura para 1,0 m de largura. [Fig. 363] - Render camarim 3. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 365] - Render adesivo nos vidros da fachada do museu. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 364] - Render camarim 3. Fonte: Imagem autoral.

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7.4.12 Iluminação do projeto

Para a iluminação das peças na sala de exposição do museu e camarins, serão dispostos spots nos trilhos existentes no forro do MAM, propiciando iluminação direcionada e difusa em luz branca, tornando o ambiente amplo e claro. 7.4.13 Sonoplastia A sonoplastia tem como objetivo dar rtimo as apresenytações do desfile. A música escolhida foi - Blast Off de Gesaffelstein & Pharrell Willians, relembrando o último desfile masculino Verão 2020 da grife Balmain, onde o diretor criativo Olivier Rousteing, abre seu desfile para um púlico maior.

Paris, Verão 2015 Olivie Rousteing. .

Cor branca. Fonte: Imagem autoral.

Paris, Inverno 2012 Olivie Rousteing.

Cor preta. Fonte: Imagem autoral.

Paris, Inverno 2019 Olivie Rousteing.

Cor cinza. Fonte: Imagem autoral.

7.4.14 Paleta de cores do projeto A paleta de cores do projeto foi criada a partir de uma construção do olhar sobre as peças contabilizadas da grife Balmain. A ideia de utilizar as cores neutras, sendo o branco, o preto e tons de cinza, são por apresentarem uma predominância nas peças da grife a Balmain. A grife também se aproporia da mistura de cores primarias principalmente na ultima coleção lançada no ano de 2019 sendo para o Verão de 2020. A cor azul escurto da passarela surgiu após a contabilização, onde é possivel ver que nos anos de 2015 e 2016 a grife se apropriou de tons de azul, preto e cinza para a coleção, sendo assim para trazer um destaque no percurso, a passarela tem a cor azul, sendo tom um pouco mais claro, em relação a peça apresentada.

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7.4.15 Materialidade do projeto Os materiais selecionados para o projeto são: Madeira, compensado e compensado flexível. Fórmica para revestimento nas cores cinza claro, branco neve e carvalho americano. Carpete na cor azul. Tapete na cor renda. Tecido suede preto e bege. Paris, Inverno 2012 Olivie Rousteing.

Paris, Verão 2019 Olivie Rousteing.

Cor azul. Fonte: Imagem autoral.

Cor branca neve. Fonte: Imagem autoral.

A madeira compensada usada nas estruturas das arquibancadas e mobiliário é excelente material estrutural além de trazer facilidade em processá-la. O uso destes elementos aliados a técnicas tradicionais tem ocasionado avanços tecnológicos cada vez mais eficientes, além do mais, a madeira tem grande vantagem por ser um material sustentável e possuir custo relativamente baixo. A escolha também por este material se dá pelo fato de se priorizar o aconchego, a elegância que o ambiente estabeleceu. O compensado flexível de 4 mm é um atrial que assume a forma pré-estabelecida e após moldada a peça se torna bem resistente, por isso foi projetada na construção dos expositores laterais, centrais, e no logo com a letra B. A fórmica é um laminado melamínico que foi selecionada para revestir expositores laterais na cor cinza claro fosca, branco neve para o revestimento dos expositores centrais, para ressaltar os acessórios e maquiagens e carvalho americano para revestimentos dos mobiliarios e arquibancadas. É um material leve que permite a moldagem das peças com ótimo acabamento sendo de fácil manuseio e transporte. Além de ter baixo custo e de fácil e eficaz higienização.

Paris, Verão 2016 Olivie Rousteing.

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Cor bege. Fonte: Imagem autoral.


O carpete na cor azul empregado na composição da passarela é um material que absorve o impacto da passagem das pessoas trazendo mais segurança aos modelos, além de conforto e aconchego ao ambiente. Os tapetes na cor bege claro, apresentam a mesma especificação e função que o carpete, porém foram empregado com a função dar um toque de tratamento de interiores no espaço expositivo, no camarim 3 e nas cabines do camarim 2. O suede é um tecido sintético de poliéster com acabamento similar a camurça, usada na cor preta, para o revestimento dos puffs redondos centrais, nas almofadas expostas nas arquibancadas, nas poltronas. O suede também foi empregado na cor bege claro para os puffs de apoio nos camarins 1 e 2. Esse material traz elegância, conforto é funcional e de alta apelo estético.

Material compensado flexível de 4 mm. Utilizado nos expositores modulares e nos expositores centrais.

7 Material fórmica carvalho americano. Utilizado no revestimento da arquibancada, nas araras do camarim 1 e 3, no mobiliário da area do workshop.

Material fórmica cinza fosca. Utilizado no revestimento dos expositores modulares e em sua base.

Material fórmica branco neve fosca. Utilizado no revestimento dos expositores centrais e em sua base.

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7 Material carpete azul em linho, pode ser fixo com fita dupla face ou cola de contato. Utilizado na passarela para percurso das modelos e do pĂşblico.

Material tecido suede preto de poliester. Utilizado nos estofados das cadeiras, puffs e almofadas da arquibancada.

Material tecido suede bege de poliester. Utilizado nos estofados dos puffs dos camarins 1 e 2.

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Material carpete bege em linho, pode ser fixo com fita dupla - face ou cola de contato. Utilizado na passarela para percurso das modelos e do pĂşblico.


7.4.16 Imagens Renderizados do projeto.

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[Fig. 366] - Render do espaรงo expositivo - desfile. Fonte: Imagem autoral.

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[Fig. 367] - Render do espaรงo expositivo - desfile. Fonte: Imagem autoral.

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[Fig. 368] - Render do espaรงo expositivo - desfile. Fonte: Imagem autoral.

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[Fig. 369] - Render do espaรงo expositivo - desfile. Fonte: Imagem autoral.

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[Fig. 370] - Render do espaรงo expositivo - desfile. Fonte: Imagem autoral.

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[Fig. 371] - Render do espaço expositivo - exposição. Fonte: Imagem autoral.

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[Fig. 372] - Render do espaço expositivo - exposição. Fonte: Imagem autoral.

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[Fig. 373] - Fotomontagem Exposição. Fonte: Imagem autoral.

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[Fig. 374] - Fotomontagem Exposição. Fonte: Imagem autoral.


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[Fig. 375] - Fotomontagem Desfile. Fonte: Imagem autoral.

[Fig. 376] - Fotomontagem Desfile. Fonte: Imagem autoral.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS


Considerações Finais O presente trabalho de conclusão de curso veio para encerrar um ciclo de 5 anos. A escolha do tema relacionado a moda trouxe a necessidade de muita pesquisa, pois a área de atuação era totalmente desconhecida. As pesquisas iniciaram com leituras diversas que buscaram esclarecer o que é moda, a moda no Brasil, a moda e corpo como linguagem e comunicação, os primeiros desfiles no Brasil, a importância da Rhodia, da FENIT no desenvolvimento da indústria da moda, até chegarem os desfiles da Phytoervas Fashion, Morumbi Fashion e posteriormente a São Paulo Fashion Week, em que todo significado, toda interpretação, mensagem, valores culturais e sociais, são representados, apresentados, e contextualizados através da moda e da linguagem cenográfica que compõe e ambientaliza o processo de construção do espaço cenográfico e desfile.

O projeto criado tem como intenção apresentar os espaços em que o visitante além de apreciar as peças e conhecer a marca, também possa vivênciar, protagonizar um momento do desfile e criação. A apredizagem ultrapassa a visão do espectador com o intuito de causar sensações. O projeto superou as expectativas criadas no TCC 1 quando a ideia inicial era apenas a criação de um desfile de moda. A forma como foi desenvolvido possibilitou abranger a ideia da cenografia não apenas para um desfile e sim a construção de uma cenografia para uma exposição de moda, ainda com o objetivo de socializar a moda e os desfiles na cidade, sem restrição de público, de faixa etária, culturas e classes sociais.

Os estudos de caso trouxeram uma visão e direcionamento para a elaboração e construção do projeto expositivo, partindo de uma observação mais técnica, aprofundando sobre a expografia. A escolha da grife foi devido a marca ter um olhar para a “geração de hoje, como ela vive e como ela se veste”, além de estar chegando ao país e trazendo a inovação de pensamento, descontrução de valores estéticos e rupturas com os espaços tradicionais de desfiles. O estudo sobre o processo histórico da moda no Brasil e os locais em que permeavam, foi decisivos para a escolha do local de implantação do projeto cenográfico. Pensar no MAM é associá-lo com um complexo que sediou a moda durante muitos anos na cidade de São Paulo. 129


BIBLIOGRAFIA


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Lista de Figuras Figura 1: Cartaz promocional da coleção Brazilian Style, da seleção Rhodia Moda, São Paulo. Fonte: Livro História da Moda no Brasil – Das influências, as autoreferências, 2011. Figura 2: primeiro desfile de Moda Brasileira no MASP, em São Paulo no ano de 1952. Fonte: Livro História da Moda no Brasil – Das influências, as autoreferências, 2011. Figura 3: Da esquerda para a direita, Pietro Maria Bardi, as modelos Anah, Silvie e Bettine; a esposa de Paulo Franco, Lina Bo Bardi e Paulo Franco durante o desfile de modelos de Christian Dior, no MASP no ano de 1951. Fonte: Livro História da Moda no Brasil – Das influências, as autoreferências, 2011. Figura 4: Logo FENIT, criação do arquiteto e artista gráfico Mauricio Nogueira de Lima (1930-1999). Fonte: Moda e Publicidade no brasil nos anos de 1960, 2004. Figura 5: Convite para a FENIT os shows-desfiles da Rhodia. Fonte: Livro Moda e Publicidade no Brasil nos anos 1960, 2004. Figura 6: Vista da FENIT em 1960. Fonte: Livro Moda e Publicidade no Brasil nos anos 1960, 2004. Figura 7: Fila para a entrada no pavilhão da FENIT. Fonte: Moda e Publicidade no Brasil nos anos 1960, 2004. Figura 8: Votorantim - 5ª ed. na FENIT 1962. Fonte: http://www.votorantim100.com/noticia/a-moda-da-votorantim-na-passarela-da-fenit. Figura 9: Votorantim - 5ª ed. na FENIT 1962. Fonte: http://www.votorantim100.com/noticia/a-moda-da-votorantim-na-passarela-da-fenit. Figura 10: Votorantim - 5ª ed. na FENIT 1962. Fonte: http://www.votorantim100.com/ noticia/a-moda-da-votorantim-na-passarela-da-fenit. Figura 11: Votorantim - 5ª ed. na FENIT 1962. Fonte: http://www.votorantim100.com/ noticia/a-moda-da-votorantim-na-passarela-da-fenit. Figura 12: Votorantim - 5ª ed. na FENIT 1962. Fonte: http://www.votorantim100.com/ noticia/a-moda-da-votorantim-na-passarela-da-fenit. Figura 13: Votorantim - 5ª ed. na FENIT 1962. Fonte: http://www.votorantim100.com/ noticia/a-moda-da-votorantim-na-passarela-da-fenit. Figura 14: FENIT no ano de 1963. Fonte: Livro Moda e Publicidade no Brasil nos anos 1960, 2004. Figura 15: Reportagem sobre os desfiles do ano de 1965 que aconteciam na FENIT . Fonte: Livro Moda e Publicidade no Brasil nos anos 1960, 2004.

Figura 16: Desfile da coleção Brazilian Primitive, da Rhodia, na 8ª FENIT, Ibirapuera em 1965. Fonte: História da Moda no Brasil - Das influências as autoereferências, 2011. Figura 17: Cartaz do Momento 68, show-desfiles da Rhodia: a banda Brazilian Octopus, bailarinos e modelos da Rhodia no ano de 1968. Fonte: História da Moda no Brasil - Das influências as autoereferências, 2011. Figura 18: Stravaganza: Fashion Circus Show FENIT ano de 1969. Fonte: http://www.alceupenna.com/index.php/2017/11/07/1969-stravaganza/. Figura 19: Stravaganza: Fashion Circus Show FENIT ano de 1969. Fonte: Livro Moda e Publicidade no Brasil nos anos 1960, 2004. Figura 20: Stravaganza: Fashion Circus Show FENIT ano de 1969. Fonte: Livro Moda e Publicidade no Brasil nos anos 1960, 2004. Figura 21: Pllanta do pavilhão da FENIT no ano de 1966. Fonte: Livro Moda e Publicidade no Brasil nos anos 1960, 2004. Figura 22: Planta do pavilhão da FENIT no ano de 1969. Fonte: Moda e Publicidade no Brasil nos anos 1960, 2004. Figura 23: Exposição “Arte Na Moda: Coleção Masp Rhodia” ano de 2016. Fonte: https://masp.org.br/exposicoes/arte-na-moda-colecao-masp-rhodia. Figura 24: Exposição “Arte Na Moda: Coleção Masp Rhodia” ano de 2016. Fonte: https://masp.org.br/exposicoes/arte-na-moda-colecao-masp-rhodia. Figura 25: Exposição “Arte Na Moda: Coleção Masp Rhodia” ano de 2016. Fonte: https://masp.org.br/exposicoes/arte-na-moda-colecao-masp-rhodia. Figura 26: Exposição “Arte Na Moda: Coleção Masp Rhodia” ano de 2016. Fonte: https://masp.org.br/exposicoes/arte-na-moda-colecao-masp-rhodia. Figura 27: Exposição “Arte Na Moda: Coleção Masp Rhodia” ano de 2016. Fonte: https://masp.org.br/exposicoes/arte-na-moda-colecao-masp-rhodia. Figura 28: São Paulo Fashion Week ed. N47, ano de 2019. Fonte: https://gutorequena. com/utopia. Figura 29: São Paulo Fashion Week ed. N47, ano de 2019. Fonte: https://gutorequena. com/utopia. Figura 30: São Paulo Fashion Week ed. N47, ano de 2019. Fonte: https://gutorequena. com/utopia.

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Figura 31: São Paulo Fashion Week ed. N47, ano de 2019. Fonte: https://gutorequena. com/utopia.

Figura 33: São Paulo Fashion Week ed. N47, ano de 2019. Fonte: https://gutorequena. com/utopia.

Figura 48: Desfile Eliza Magrin no São Paulo Fashion Week ed. N48. Fonte: https:// www.google.com/search?biw=1360&bih=576&tbm=isch&sxsrf=ACYBGNShsoVBC5QdWDz2FpG7eMant8Usiw%3A1573424632848&sa=1&ei=-I3IXY-8M92d5OUPqcW98As&q=s%C3%A3o+paulo+fashion+week+48&oq=S%C3%A3o+Paulo+Fashion+Week+&gs_l=img.1.4.0l5j0i30l2j0i5i30j0i24l2.5792998.5801188..5803481...2.0..0.128.2170.2 1j3......0....1..gws-wiz-img.....10..35i362i39j0i67j0i8i30.5q0brotIavc#imgrc=GZzCE1HyL_-kgM.

Figura 34: São Paulo Fashion Week ed. N47, ano de 2019. Fonte: https://gutorequena. com/utopia.

Figura 49: Cenografia para peça teatral. Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/arquitetura-cenografica/

Figura 35: São Paulo Fashion Week ed. N47, ano de 2019. Fonte: Imagem autoral.

Figura 50: Cenografia para programa de televisão. Fonte: https://www.vivadecora.com.br/ pro/arquitetura/arquitetura-cenografica/

Figura 32: São Paulo Fashion Week ed. N47, ano de 2019. Fonte: https://gutorequena. com/utopia.

Figura 36: São Paulo Fashion Week ed. N47, ano de 2019. Fonte: Imagem autoral. Figura 37: São Paulo Fashion Week ed. N47, ano de 2019. Fonte: Imagem autoral. Figura 38: São Paulo Fashion Week ed. N47, ano de 2019. Fonte: Imagem autoral. Figura 39: Desfile Fernanda Yamamoto no São Paulo Fashion Week ed. N48. Fonte: https:// ffw.uol.com.br/desfiles/sao-paulo/n48/fernanda-yamamoto/1740461/ Figura 40: Desfile Fernanda Yamamoto no São Paulo Fashion Week ed. N48. Fonte: https:// ffw.uol.com.br/desfiles/sao-paulo/n48/fernanda-yamamoto/1740461/ Figura 41: Desfile Fernanda Yamamoto no São Paulo Fashion Week ed. N48. Fonte: https:// ffw.uol.com.br/desfiles/sao-paulo/n48/fernanda-yamamoto/1740461/ Figura 42: Desfile Fernanda Yamamoto no São Paulo Fashion Week ed. N48. Fonte: https:// ffw.uol.com.br/desfiles/sao-paulo/n48/fernanda-yamamoto/1740461/ Figura 43: Desfile Fernanda Yamamoto no São Paulo Fashion Week ed. N48. Fonte: https:// ffw.uol.com.br/desfiles/sao-paulo/n48/fernanda-yamamoto/1740461/ Figura 44: Desfile Fernanda Yamamoto no São Paulo Fashion Week ed. N48. Fonte: https:// ffw.uol.com.br/desfiles/sao-paulo/n48/fernanda-yamamoto/1740461/ Figura 45: Bastidores desfile Fernanda Yamamoto no São Paulo Fashion Week ed. N48. Fonte: https://passarelando.com/destaques-do-quarto-dia-de-spfw-n48/?doing_wp_cron= 1572747087.7371969223022460937500. Figura 46: Desfile João Pimenta no São Paulo Fashion Week ed. N48. Fonte: https://passarelando.com/destaques-do-quarto-dia-de-spfw-n48/?doing_wp_cron=1572747087.73719 69223022460937500. Figura 47: Desfile Cavalera no São Paulo Fashion Week ed. N48. Fonte: https://passarelando.com/destaques-do-quarto-dia-de-spfw-n48/?doing_wp_cron=1572747087.737196922 3022460937500.

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Figura 51: Cenografia para shows. Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/ arquitetura-cenografica/ Figura 52: Cenografia para eventos. Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/arquitetura-cenografica/ Figura 53: Desfile da grife Saint Laurent para Semana de Moda em Paris coleção primavera/ Verão 2019. Fonte: https://www.lilianpacce.com.br/desfile/modelos-andando-sobre-a-agua-no-desfile-de-saint-laurent/. Figura 54: Desfile Saint Laurent para Semana de Moda em Paris coleção primavera/ Verão 2019. Fonte: https://www.lilianpacce.com.br/desfile/modelos-andando-sobre-a-agua-no-desfile-de-saint-laurent/. Figura 55: Desfile da grife Saint Laurent para Semana de Moda em Paris coleção primavera/ Verão 2019. Fonte: https://www.lilianpacce.com.br/desfile/modelos-andando-sobre-a-agua-no-desfile-de-saint-laurent/. Figura 56: Desfile da grife Saint Laurent para Semana de Moda em Paris coleção primavera/ Verão 2019. Fonte: https://www.lilianpacce.com.br/desfile/modelos-andando-sobre-a-agua-no-desfile-de-saint-laurent/. Figura 57: Desfile da grife Saint Laurent para Semana de Moda em Paris coleção primavera/ Verão 2019. Fonte: https://www.lilianpacce.com.br/desfile/modelos-andando-sobre-a-agua-no-desfile-de-saint-laurent/. Figura 58: Desfile da grife Louis Vuitton, Semana de Moda em Paris, coleção Primavera/Verão 2019. Fonte: https://ffw.uol.com.br/noticias/moda/a-visao-futurista-de-nicholas-ghesquiere-para-o-verao-da-louis-vuitton/. Figura 59: Desfile da grife Louis Vuitton, Semana de Moda em Paris, coleção Primavera/Verão 2019. Fonte: https://ffw.uol.com.br/noticias/moda/a-visao-futurista-de-nicholas-ghesquiere-para-o-verao-da-louis-vuitton/.


Figura 60: Desfile da grife Louis Vuitton, Semana de Moda em Paris, coleção Primavera/Verão 2019. Fonte: https://ffw.uol.com.br/noticias/moda/a-visao-futurista-de-nicholas-ghesquiere-para-o-verao-da-louis-vuitton/. Figura 61: Desfile da grife Louis Vuitton, Semana de Moda em Paris, coleção Primavera/Verão 2019. Fonte: https://ffw.uol.com.br/noticias/moda/a-visao-futurista-de-nicholas-ghesquiere-para-o-verao-da-louis-vuitton/. Figura 62: Desfile da grife Christian Dior, Semana de Moda em Paris, coleção Outono/ Inverno 2019. Fonte: https://www.dior.com/pt_br/desfiles/pret-a-porter-feminino/desfile-pret-a-porter-outono-inverno-2019-2020. Figura 63: Desfile da grife Christian Dior, Semana de Moda em Paris, coleção Outono/ Inverno 2019. Fonte: https://www.dior.com/pt_br/desfiles/pret-a-porter-feminino/desfile-pret-a-porter-outono-inverno-2019-2020. Figura 64: Desfile da grife Christian Dior, Semana de Moda em Paris, coleção Outono/ Inverno 2019. Fonte: https://www.dior.com/pt_br/desfiles/pret-a-porter-feminino/desfile-pret-a-porter-outono-inverno-2019-2020. Figura 65: Desfile da grife Christian Dior, Semana de Moda em Paris, coleção Outono/ Inverno 2019. Fonte: https://www.dior.com/pt_br/desfiles/pret-a-porter-feminino/desfile-pret-a-porter-outono-inverno-2019-2020. Figura 66: Desfile da grife Christian Dior, Semana de Moda em Paris, coleção Outono/ Inverno 2019. Fonte: https://www.dior.com/pt_br/desfiles/pret-a-porter-feminino/desfile-pret-a-porter-outono-inverno-2019-2020. Figura 67: Desfile da grife Christian Dior, Semana de Moda em Paris, coleção Outono/ Inverno 2019. Fonte: https://www.dior.com/pt_br/desfiles/pret-a-porter-feminino/desfile-pret-a-porter-outono-inverno-2019-2020. Figura 68: Desfile da grife Christian Dior, Semana de Moda em Paris, coleção Outono/ Inverno 2019. Fonte: https://www.dior.com/pt_br/desfiles/pret-a-porter-feminino/desfile-pret-a-porter-outono-inverno-2019-2020. Figura 69: Desfile da grife Louis Vuitton, Semana de Moda em Paris, coleção Outono/ Inverno 2019. Fonte: https://www.lilianpacce.com.br/video/ao-vivo-outono-inverno-2019-20-da-louis-vuitton/. Figura 70: Desfile da grife Louis Vuitton, Semana de Moda em Paris, coleção Outono/ Inverno 2019. Fonte: https://www.lilianpacce.com.br/video/ao-vivo-outono-inverno-2019-20-da-louis-vuitton/. Figura 71: Desfile da grife Louis Vuitton, Semana de Moda em Paris, coleção Outono/ Inverno 2019. Fonte: https://www.lilianpacce.com.br/video/ao-vivo-outono-inverno-2019-20-da-louis-vuitton/.

Figura 72: Desfile da grife Louis Vuitton, Semana de Moda em Paris, coleção Outono/ Inverno 2019. Fonte: https://www.lilianpacce.com.br/video/ao-vivo-outono-inverno-2019-20-da-louis-vuitton/. Figura 73: Desfile Berluti Outono/Inverno 2015. Fonte: Livro BETAK, Fashion Show Revolution, 2017. Figura 74: Desfile Berluti Outono/Inverno 2015. Fonte: Livro BETAK, Fashion Show Revolution, 2017. Figura 75: Desfile Berluti Outono/Inverno 2015. Fonte: Livro BETAK, Fashion Show Revolution, 2017. Figura 76: Desfile grife Mary Katrantzou, em Londres, coleção Outono/ Inverno 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/londres/inverno-2016-rtw/mary-katrantzou/1482496/. Figura 77: Desfile grife Mary Katrantzou, em Londres, coleção Outono/ Inverno 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/londres/inverno-2016-rtw/mary-katrantzou/1482496/. Figura 78: Desfile grife Mary Katrantzou, em Londres, coleção Outono/ Inverno 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/londres/inverno-2016-rtw/mary-katrantzou/1482496/. Figura 79: Desfile grife Mary Katrantzou, em Londres, coleção Outono/ Inverno 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/londres/inverno-2016-rtw/mary-katrantzou/1482496/. Figura 80: Desfile grife Mary Katrantzou, em Londres, coleção Outono/ Inverno 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/londres/inverno-2016-rtw/mary-katrantzou/1482496/. Figura 81: Desfile grife Mary Katrantzou, em Londres, coleção Outono/ Inverno 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/londres/inverno-2016-rtw/mary-katrantzou/1482496/. Figura 82: Desfile grife Mary Katrantzou, em Londres, coleção Outono/ Inverno 2016. Fonte: Livro BETAK, Fashion Show Revolution, 2017. Figura 83: Ilustração sobre Luz Central. Fonte: Livro Vitrinas e exposições: arte e técnica do visual merchandising, 2014. Figura 84: Ilustração sobre Luz Focada. Fonte: Livro Vitrinas e exposições: arte e técnica do visual merchandising, 2014. Figura 85: Ilustração sobre Luz Cruzada. Fonte: Livro Vitrinas e exposições: arte e técnica do visual merchandising, 2014. Figura 86: Ilustração sobre Luz Laterall. Fonte: Livro Vitrinas e exposições: arte e técnica do visual merchandising, 2014. Figura 87: Ilustração sobre Luz Cenográfica. Fonte: Livro Vitrinas e exposições: arte e técnica do visual merchandising, 2014.

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Figura 88: Exposição Rodarte, no ano de 2019. Fonte: https://www.lilianpacce.com.br/ moda/a-trajetoria-da-rodarte-em-sua-primeira-exposicao-solo/. Figura 89: Exposição Rodarte, no ano de 2019. Fonte: https://www.lilianpacce.com.br/ moda/a-trajetoria-da-rodarte-em-sua-primeira-exposicao-solo/. Figura 90: Exposição Rodarte, no ano de 2019. Fonte: https://www.lilianpacce.com.br/ moda/a-trajetoria-da-rodarte-em-sua-primeira-exposicao-solo/. Figura 91: Exposição Rodarte, no ano de 2019. Fonte: https://www.lilianpacce.com.br/ moda/a-trajetoria-da-rodarte-em-sua-primeira-exposicao-solo/. Figura 92: Exposição Rodarte, no ano de 2019. Fonte: https://www.lilianpacce.com.br/ moda/a-trajetoria-da-rodarte-em-sua-primeira-exposicao-solo/. Figura 93: Exposição da grife Christian Dior, Christian Dior, Designer of Dreams, no ano de 2017. Fonte: http://parisporpaulopereira.com/2017/07/grandiosa-expo-christian-dior-em-paris/. Figura 94: Exposição da grife Christian Dior, Christian Dior, Designer of Dreams, no ano de 2017. Fonte: http://parisporpaulopereira.com/2017/07/grandiosa-expo-christian-dior-em-paris/. Figura 95: Exposição da grife Christian Dior, Christian Dior, Designer of Dreams, no ano de 2017. Fonte: http://parisporpaulopereira.com/2017/07/grandiosa-expo-christian-dior-em-paris/. Figura 96: Exposição da grife Christian Dior, Christian Dior, Designer of Dreams, no ano de 2017. Fonte: http://parisporpaulopereira.com/2017/07/grandiosa-expo-christian-dior-em-paris/. Figura 97: Exposição da grife Christian Dior, Christian Dior, Designer of Dreams, no ano de 2017. Fonte: http://parisporpaulopereira.com/2017/07/grandiosa-expo-christian-dior-em-paris/. Figura 98: Exposição da grife Christian Dior, Christian Dior, Designer of Dreams, no ano de 2017. Fonte: http://parisporpaulopereira.com/2017/07/grandiosa-expo-christian-dior-em-paris/. Figura 99: Exposição da grife Christian Dior, Christian Dior, Designer of Dreams, no ano de 2017. Fonte: http://parisporpaulopereira.com/2017/07/grandiosa-expo-christian-dior-em-paris/. Figura 100: Exposição da grife Christian Dior, Christian Dior, Designer of Dreams, no ano de 2017. Fonte: http://parisporpaulopereira.com/2017/07/grandiosa-expo-christian-dior-em-paris/.

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Figura 101: Exposição da grife Christian Dior, Christian Dior, Designer of Dreams, no ano de 2017. Fonte: http://parisporpaulopereira.com/2017/07/grandiosa-expo-christian-dior-em-paris/. Figura 102: Exposição da grife Christian Dior, Christian Dior, Designer of Dreams, no ano de 2017. Fonte: http://parisporpaulopereira.com/2017/07/grandiosa-expo-christian-dior-em-paris/. Figura 103: Exposição da grife Christian Dior, em Paris, Dior: From Paris to the World, ano de 2018. Fonte: https://archpaper.com/2018/11/oma-dior-paris-world-denver-art-museum/#gallery-0-slide-0. Figura 104: Exposição da grife Christian Dior, em Paris, Dior: From Paris to the World, ano de 2018. Fonte: https://archpaper.com/2018/11/oma-dior-paris-world-denver-art-museum/#gallery-0-slide-0. Figura 105: Exposição da grife Christian Dior, em Paris, Dior: From Paris to the World, ano de 2018. Fonte: https://archpaper.com/2018/11/oma-dior-paris-world-denver-art-museum/#gallery-0-slide-0. Figura 106: Exposição da grife Christian Dior, em Paris, Dior: From Paris to the World, ano de 2018. Fonte: https://archpaper.com/2018/11/oma-dior-paris-world-denver-art-museum/#gallery-0-slide-0. Figura 107: Exposição da grife Christian Dior, em Paris, Dior: From Paris to the World, ano de 2018. Fonte: https://archpaper.com/2018/11/oma-dior-paris-world-denver-art-museum/#gallery-0-slide-0. Figura 108: Foto de Pierre Balmain, fundador da grife Balmain, no ano de 1965. Fonte: https://pensomodafannylittmann.wordpress.com/2015/10/30/balmain-e-sua-historia-ate-o-atual-fenomeno-olivier-rousteing/. Figura 109: Perfume Elysées 64-83 da grife Balmain. Fonte: https://balmainperfumes.blogspot.com/2013/12/elysees-64-83-by-balmain-c1946.html. Figura 110: Diretor criativo da época Oscar de la Renta no desfile da Balmain, coleção Primavera/Verão, 1996. Fonte: https://time.com/3526248/world-renowned-fashion-designer-oscar-de-la-renta-dies-aged-82/. Figura 111: Diretor criativo da época Christophe Decarnin ao lado de modelos da Balmain. Fonte: https://www.thedailybeast.com/christophe-decarnin-leaves-balmain-and-ends-fashions-most-expensive-house. Figura 112: Atual diretor criativo da grife Balmain, Olivier Rousteing, após desfile da grife. Fonte: https://vogue.globo.com/lifestyle/noticia/2016/11/olivier-rousteing-fala-sobre-adocao-por-familia-branca-e-preconceito.html. Figura 113: Atual diretor criativo da grife Balmain, Olivier Rousteing, e modelos da grife. Fonte: https://www.harpersbazaar.com/fashion/designers/a9661450/balmain-costumes-paris-opera/.


fico. Fonte: Imagem autoral. Figura 114: Olivier Rosuteing produzindo desenhos para a grife. Fonte: https://www.harpersbazaar.com/fashion/designers/a9661450/balmain-costumes-paris-opera/. Figura 115: Publicidade do lançamento da linha de cosméticos e maquiagens. Parceria da grife Balmain com a L’Oreal Paris. Fonte: https://mondomoda.com.br/2017/08/24/balmain-loreal-paris-batom/loreal-paris-balmain-campanha-maquiagem-2017-nico-bustos-4/. Figura 116: Loja da grife Balmain, inaugura no shopping Cidade Jardim na cidade de São Paulo em maio de 2019. Fonte: https://ffw.uol.com.br/noticias/moda/balmain-abre-sua-primeira-loja-no-brasil/. Figura 117: Loja da grife Balmain, inaugura no shopping Cidade Jardim na cidade de São Paulo em maio de 2019. Fonte: https://ffw.uol.com.br/noticias/moda/balmain-abre-sua-primeira-loja-no-brasil/. Figura 118: Loja da grife Balmain, inaugura no shopping Cidade Jardim na cidade de São Paulo em maio de 2019. Fonte: https://ffw.uol.com.br/noticias/moda/balmain-abre-sua-primeira-loja-no-brasil/. Figura 119: Croqui do Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM, Projeto da Arquiteta Lina Bo Bardi, ano de 1982. Fonte: Acervo do MAM, disponibilizado pelo próprio museu. Figura 120: Maquete do Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM, Projeto da Arquiteta Lina Bo Bardi, ano de 1982. Fonte: Acervo do MAM, disponibilizado pelo próprio museu. Figura 121: Publicação sobre o MAM no jornal folha de São Paulo, no ano de 1998. Fonte: Acervo do MAM, disponibilizado pelo próprio museu. Figura 122: Planta atualizada do MAM, realizada pela autora, com base na planta disponibilizada pelo próprio museu. Figura 123: Visita técnica com levantamento de dados sobre o MAM e levamento fotográfico. Fonte: Imagem autoral. Figura 124: Visita técnica com levantamento de dados sobre o MAM e levamento fotográfico. Fonte: Imagem autoral. Figura 125: Visita técnica com levantamento de dados sobre o MAM e levamento fotográfico. Fonte: Imagem autoral. Figura 126: Visita técnica com levantamento de dados sobre o MAM e levamento fotográfico. Fonte: Imagem autoral. Figura 127: Visita técnica com levantamento de dados sobre o MAM e levamento fotográfico. Fonte: Imagem autoral. Figura 128: Visita técnica com levantamento de dados sobre o MAM e levamento fotográ-

Figura 129: Visita técnica com levantamento de dados sobre o MAM e levamento fotográfico. Fonte: Imagem autoral. Figura 130: Visita técnica com levantamento de dados sobre o MAM e levamento fotográfico. Fonte: Imagem autoral. Figura 131: Visita técnica com levantamento de dados sobre o MAM e levamento fotográfico. Fonte: Imagem autoral. Figura 132: Visita técnica com levantamento de dados sobre o MAM e levamento fotográfico. Fonte: Imagem autoral. Figura 133: Visita técnica com levantamento de dados sobre o MAM e levamento fotográfico. Fonte: Imagem autoral. Figura 134: Mapa de localização do Parque Ibirapuera, retira pela autora no site Snazzy Maps. Fonte: https://snazzymaps.com/. Figura 135: Mapa de localização do MAM, retira pela autora no site Snazzy Maps. Fonte: https://snazzymaps.com/. Figura 136: Oca, no Parque Ibirapuera. Fonte: https://parqueibirapuera.org/equipamentos-parque-ibirapuera/oca-do-ibirapuera/. Figura 137: MAM, no Parque Ibirapuera. Fonte: https://parqueibirapuera.org/equipamentos-parque-ibirapuera/museu-de-arte-moderna-de-sao-paulo-mam/. Figura 138: Fundação Bienal de São Paulo, Parque Ibirapuera. Fonte: https://parqueibirapuera.org/equipamentos-parque-ibirapuera/bienal-de-arte/. Figura 139: Mapa de localização dos complexos de edifícios do parque. Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/872168/mansoes-de-sao-paulo-ocupam-area-de-dois-parques-ibirapuera/5926e48de58ece59f3000256-mansoes-de-sao-paulo-ocupam-area-de-dois-parques-ibirapuera-imagem. Figura 140: Pavilhão das Culturas Brasileiras, no parque Ibirapuera. Fonte: https://parqueibirapuera.org/equipamentos-parque-ibirapuera/pavilhao-das-culturas-brasileiras/. Figura 141: Museu Afro Brasil, no parque Ibirapuera. Fonte: http://www.saopaulo.sp. gov.br/ultimas-noticias/museu-afro-comemora-13-anos-com-entrada-gratuita-ate-20-de-novembro/. Figura 142: Auditório Oscar Niemeyer, no parque Ibirapuera. Fonte: https://parqueibirapuera.org/equipamentos-parque-ibirapuera/auditorio-do-ibirapuera/. Figura 143: Paris, Christophe Decarnin, 2010. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

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Figura 144: Paris, Christophe Decarnin, 2010. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 145: Paris, Christophe Decarnin, 2010. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 160: Paris, Olivier Rousteing, 2012. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 161: Paris, Olivier Rousteing, 2012. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 146: Paris, Christophe Decarnin, 2010. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 162: Paris, Olivier Rousteing, 2012. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 147: Paris, Christophe Decarnin, 2010. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 163: Paris, Olivier Rousteing, 2012. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 148: Paris, Christophe Decarnin, 2010. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 164: Paris, Olivier Rousteing, 2012. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 149: Paris, Christophe Decarnin, 2011. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 165: Paris, Olivier Rousteing, 2012. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 150: Paris, Christophe Decarnin, 2011. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 166: Paris, Olivier Rousteing, 2012. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 151: Paris, Christophe Decarnin, 2011. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 167: Paris, Olivier Rousteing, 2012. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 152: Paris, Christophe Decarnin, 2011. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 168: Paris, Olivier Rousteing, 2012. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 153: Paris, Christophe Decarnin, 2011. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 169: Paris, Olivier Rousteing, 2012. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 154: Paris, Christophe Decarnin, 2011. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 170: Paris, Olivier Rousteing, 2013. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 155: Paris, Christophe Decarnin, 2011. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 171: Paris, Olivier Rousteing, 2013. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 156: Paris, Christophe Decarnin, 2011. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 172: Paris, Olivier Rousteing, 2013. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 157: Paris, Christophe Decarnin, 2011. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 173: Paris, Olivier Rousteing, 2013. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 158: Paris, Christophe Decarnin, 2012. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 174: Paris, Olivier Rousteing, 2013. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 159: Paris, Olivier Rousteing, 2012. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 175: Paris, Olivier Rousteing, 2013. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

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Figura 176: Paris, Olivier Rousteing, 2013. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 177: Paris, Olivier Rousteing, 2013. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 178: Paris, Olivier Rousteing, 2013. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 179: Paris, Olivier Rousteing, 2014. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 180: Paris, Olivier Rousteing, 2014. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 181: Paris, Olivier Rousteing, 2014. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 182: Paris, Olivier Rousteing, 2014. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 183: Paris, Olivier Rousteing, 2014. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 184: Paris, Olivier Rousteing, 2014. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 185: Paris, Olivier Rousteing, 2015. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 186: Paris, Olivier Rousteing, 2015. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 187: Paris, Olivier Rousteing, 2015. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 188: Paris, Olivier Rousteing, 2015. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 189: Paris, Olivier Rousteing, 2015. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 190: Paris, Olivier Rousteing, 2015. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 191: Paris, Olivier Rousteing, 2015. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 192: Paris, Olivier Rousteing, 2015. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 193: Paris, Olivier Rousteing, 2015. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 194: Paris, Olivier Rousteing, 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 195: Paris, Olivier Rousteing, 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 196: Paris, Olivier Rousteing, 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/bal-

main/. Figura 197: Paris, Olivier Rousteing, 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 198: Paris, Olivier Rousteing, 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 199: Paris, Olivier Rousteing, 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 200: Paris, Olivier Rousteing, 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 201: Paris, Olivier Rousteing, 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 202: Paris, Olivier Rousteing, 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 203: Paris, Olivier Rousteing, 2017. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 204: Paris, Olivier Rousteing, 2017. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 205: Paris, Olivier Rousteing, 2017. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 206: Paris, Olivier Rousteing, 2017. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 207: Paris, Olivier Rousteing, 2017. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 208: Paris, Olivier Rousteing, 2017. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 209: Paris, Olivier Rousteing, 2017. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 210: Paris, Olivier Rousteing, 2017. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 211: Paris, Olivier Rousteing, 2017. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 212: Paris, Olivier Rousteing, 2017. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/bal-

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main/. Figura 213: Paris, Olivier Rousteing, 2017. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 214: Paris, Olivier Rousteing, 2017. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 215: Paris, Olivier Rousteing, 2018. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 216: Paris, Olivier Rousteing, 2018. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 217: Paris, Olivier Rousteing, 2018. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 218: Paris, Olivier Rousteing, 2018. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 219: Paris, Olivier Rousteing, 2018. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 220: Paris, Olivier Rousteing, 2018. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 221: Paris, Olivier Rousteing, 2018. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 222: Paris, Olivier Rousteing, 2018. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/; Figura 223: Paris, Olivier Rousteing, 2018. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 224: Paris, Olivier Rousteing, 2018. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 225: Paris, Olivier Rousteing, 2018. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 226: Paris, Olivier Rousteing, 2018. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 227: Paris, Olivier Rousteing, 2019. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 228: Paris, Olivier Rousteing, 2019. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

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Figura 229: Paris, Olivier Rousteing, 2019. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 230: Paris, Olivier Rousteing, pin/323344448245254476/?lp=true.

2019.

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Figura 233: Paris, Olivier Rousteing, 2019. Fonte: https://www.lilianpacce.com.br/desfile/ balmain-plissada-e-arquitetonica/. Figura 234: Paris, Olivier Rousteing, 2019. Fonte: https://www.lilianpacce.com.br/desfile/ balmain-plissada-e-arquitetonica/. Figura 235: Paris, Olivier Rousteing, 2019. Fonte: https://www.lilianpacce.com.br/desfile/ balmain-plissada-e-arquitetonica/. Figura 236: Paris, Olivier Rousteing, 2019. Fonte: https://www.vogue.com/fashion-shows/ fall-2019-ready-to-wear/balmain. Figura 237: Paris, Olivier Rousteing, 2019. Fonte: https://www.vogue.com/fashion-shows/ fall-2019-ready-to-wear/balmain. Figura 238: Paris, Olivier Rousteing, 2019. Fonte: https://www.vogue.com/fashion-shows/ fall-2019-ready-to-wear/balmain. Figura 239: Paris, Olivier Rousteing, 2020. Fonte http://www.wepick.com.br/moda/balmain-traz-alfaiataria-luxuosa-brilho-e-muito-jeans-para-o-seu-verao-2020/. Figura 240: Paris, Olivier Rousteing, 2020. Fonte http://www.wepick.com.br/moda/balmain-traz-alfaiataria-luxuosa-brilho-e-muito-jeans-para-o-seu-verao-2020/. Figura 241: Paris, Olivier Rousteing, 2020. Fonte http://www.wepick.com.br/moda/balmain-traz-alfaiataria-luxuosa-brilho-e-muito-jeans-para-o-seu-verao-2020/. Figura 242: Paris, Olivier Rousteing, 2020. Fonte: https://www.vogue.com/fashion-shows/ spring-2020-ready-to-wear/balmain. Figura 243: Paris, Olivier Rousteing, 2020. Fonte: https://www.vogue.com/fashion-shows/ spring-2020-ready-to-wear/balmain. Figura 244: Paris, Olivier Rousteing, 2020. Fonte: https://www.vogue.com/fashion-shows/ spring-2020-ready-to-wear/balmain.


Figura 245: Paris, Christophe Decarnin, 2010. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 261: Paris, Olivier Rousteing, 2012. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 246: Paris, Christophe Decarnin, 2010. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 262: Paris, Olivier Rousteing, 2012. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 247: Paris, Christophe Decarnin, 2010. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 263: Paris, Olivier Rousteing, 2013. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 248: Paris, Christophe Decarnin, 2010. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 264: Paris, Olivier Rousteing, 2013. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 265: Paris, Olivier Rousteing, 2013. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 249: Paris, Christophe Decarnin, 2011. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 250: Paris, Christophe Decarnin, 2011. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 251: Paris, Christophe Decarnin, 2011. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 252: Paris, Christophe Decarnin, 2011. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 253: Paris, Christophe Decarnin, 2011. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 254: Paris, Christophe Decarnin, 2011. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 255: Paris, Olivier Rousteing, 2012. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 256: Paris, Olivier Rousteing, 2012. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 257: Paris, Olivier Rousteing, 2012. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 258: Paris, Olivier Rousteing, 2012. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 259: Paris, Olivier Rousteing, 2012. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 260: Paris, Olivier Rousteing, 2012. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 266: Paris, Olivier Rousteing, 2013. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 267: Paris, Olivier Rousteing, 2013. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 268: Paris, Olivier Rousteing, 2013. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 269: Paris, Olivier Rousteing, 2014. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 270: Paris, Olivier Rousteing, 2014. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 271: Paris, Olivier Rousteing, 2014. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 272: Paris, Olivier Rousteing, 2014. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 273: Paris, Olivier Rousteing, 2015. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 274: Paris, Olivier Rousteing, 2015. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/. Figura 275: Paris, Olivier Rousteing, 2015. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 276: Paris, Olivier Rousteing, 2015. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/. Figura 277: Paris, Olivier Rousteing, 2015. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/bal-

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main/.

-men/.

Figura 278: Paris, Olivier Rousteing, 2015. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 294: Paris, Olivier Rousteing, 2018. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 279: Paris, Olivier Rousteing, 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 295: Paris, Olivier Rousteing, 2018. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 280: Paris, Olivier Rousteing, 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 296: Paris, Olivier Rousteing, 2018. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 281: Paris, Olivier Rousteing, 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 297: Paris, Olivier Rousteing, 2018. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 282: Paris, Olivier Rousteing, 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 298: Paris, Olivier Rousteing, 2018. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 283: Paris, Olivier Rousteing, 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 299: Paris, Olivier Rousteing, 2018. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 284: Paris, Olivier Rousteing, 2016. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 300: Paris, Olivier Rousteing, 2018. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 285: Paris, Olivier Rousteing, 2017. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 301: main/.

Paris, Olivier Rousteing, 2019. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/bal-

Figura 286: Paris, Olivier Rousteing, 2017. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 302: main/.

Paris, Olivier Rousteing, 2019. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/bal-

Figura 287: Paris, Olivier Rousteing, 2017. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 303: Paris, Olivier Rousteing, pin/323344448245254476/?lp=true.

Figura 288: Paris, Olivier Rousteing, 2017. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 304: Paris, Olivier Rousteing, pin/323344448245254476/?lp=true.

Figura 289: Paris, Olivier Rousteing, 2017. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 305: Paris, Olivier Rousteing, 2019. Fonte: https://www.lilianpacce.com.br/desfile/ balmain-plissada-e-arquitetonica/.

Figura 290: Paris, Olivier Rousteing, 2017. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-men/.

Figura 306: Paris, Olivier Rousteing, 2019. Fonte: https://www.lilianpacce.com.br/desfile/ balmain-plissada-e-arquitetonica/.

Figura 291: Paris, Olivier Rousteing, 2017. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 307: Paris, Olivier Rousteing, 2019. Fonte: https://www.vogue.com/fashion-shows/ fall-2019-ready-to-wear/balmain.

Figura 292: Paris, Olivier Rousteing, 2017. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain/.

Figura 308: Paris, Olivier Rousteing, 2019. Fonte: https://www.vogue.com/fashion-shows/ fall-2019-ready-to-wear/balmain.

Figura 293: Paris, Olivier Rousteing, 2018. Fonte: https://ffw.uol.com.br/desfiles/balmain-

Figura 309: Paris, Olivier Rousteing, 2020. Fonte http://www.wepick.com.br/moda/bal-

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2019.

2019.

Fonte:

https://br.pinterest.com/

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https://br.pinterest.com/


main-traz-alfaiataria-luxuosa-brilho-e-muito-jeans-para-o-seu-verao-2020/. Figura 310: Paris, Olivier Rousteing, 2020. Fonte http://www.wepick.com.br/moda/balmain-traz-alfaiataria-luxuosa-brilho-e-muito-jeans-para-o-seu-verao-2020/. Figura 311: Paris, Olivier Rousteing, 2020. Fonte: https://www.vogue.com/fashion-shows/ spring-2020-ready-to-wear/balmain. Figura 312: Paris, Olivier Rousteing, 2020. Fonte: https://www.vogue.com/fashion-shows/ spring-2020-ready-to-wear/balmain. Figura 313: Imagem Christophe Decarnin. Fonte: https://glamurama.uol.com.br/bye-bye-70369/. Figura 314: Imagem Olivier Rousteing. Fonte: https://twitter.com/orousteing

Figura 330: Modelo de ficha técnica. Fonte Imagem realizada pela autora. Figura 331: Planta da localização cronológica. Fonte Imagem realizada pela autora. Figura 332: Imagem renderizada conjunto modular 2010 e 2011. Fonte Imagem realizada pela autora. Figura 333: Imagem renderizada conjunto modular 2012. Fonte Imagem realizada pela autora. Figura 334: Imagem renderizada conjunto modular 2013 e 2014. Fonte Imagem realizada pela autora. Figura 335: Imagem renderizada conjunto modular 2015 e 2016. Fonte Imagem realizada pela autora. Figura 336: Imagem renderizada conjunto modular 2017. Fonte Imagem realizada pela autora.

Figura 315: Briefing do Projeto. Fonte Imagem realizada pela autora. Figura 316: Plano de massas do projeto. Fonte Imagem realizada pela autora. Figura 317: Planta do projeto de exposição. Fonte Imagem realizada pela autora.

Figura 337: Imagem renderizada conjunto modular 2018. Fonte Imagem realizada pela autora. Figura 338: Imagem renderizada conjunto modular 2019. Fonte Imagem realizada pela autora.

Figura 318: Planta do projeto de desfile. Fonte Imagem realizada pela autora. Figura 319: Ampliação planta do projeto de exposição. Fonte Imagem realizada pela autora.

Figura 339: Imagem renderizada conjunto modular 2020. Fonte Imagem realizada pela autora. Figura 340: Desenho técnico do expositor central: Fonte Imagem realizada pela autora.

Figura 320: Ampliação planta do projeto de desfile. Fonte Imagem realizada pela autora. Figura 321: Imagem renderizada logo e título. Fonte Imagem realizada pela autora. Figura 322: Linha do tempo. Fonte Imagem realizada pela autora. Figura 323: Descritivo criado para exposição. Fonte Imagem realizada pela autora. Figura 324: Imagem renderizada descritivo e linha do tempo. Fonte Imagem realizada pela autora.

Figura 341: [a; b; c;] Imagem renderizada expositores centrais. Fonte Imagem realizada pela autora. Figura 342: [a; b; c;] Imagem renderizada área de workshops. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 343: Imagem renderizada arquibancada. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 344: Desenho técnico da arquibancada. Fonte: Imagem realizada pela autora.

Figura 325: Imagem renderizada Projeto Parede. Fonte Imagem realizada pela autora. Figura 345: Imagem renderizada arquibancada. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 326: Imagem renderizada Projeto Parede. Fonte Imagem realizada pela autora. Figura 346: Desenho técnico da arquibancada. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 327: Desenho técnico do expositor modular: Fonte Imagem realizada pela autora. Figura 328: [a; b; c; d; e] Imagem renderizada expositores modulares. Fonte Imagem realizada pela autora.

Figura 347: Imagem renderizada puffs, poltronas e arquibancada. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 348: Imagem renderizada cadeira impressa. Fonte: Imagem realizada pela autora.

Figura 329: Modelo de ficha técnica. Fonte Imagem realizada pela autora. Figura 349: Planta fluxo das modelos. Fonte: Imagem realizada pela autora.

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pela autora. Figura 350: Planta fluxo do público. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 351: Imagem renderizada painel de LED fixo no teto. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 352: Imagem renderizada logo Balmain na recepção. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 353: Imagem renderizada logo Balmain na parede de gesso criada. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 354: Imagem renderizada do hall dos camarins. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 355: Imagem renderizada dos camarins. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 356: Imagem renderizada do camarim 1. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 357: Imagem renderizada do camarim 1. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 358: Imagem renderizada do camarim 2. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 359: Imagem renderizada do camarim 2. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 360: Imagem renderizada do camarim 2. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 361: Imagem renderizada do camarim 3. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 362: Imagem renderizada do camarim 3. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 363: Imagem renderizada do camarim 3. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 364: Imagem renderizada do camarim 3. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 365: Imagem renderizada do adesivo dos vidros da fachada do museu. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 366: Imagem renderizada do espaço expositivo – desfile. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 367: Imagem renderizada do espaço expositivo – desfile. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 368: Imagem renderizada do espaço expositivo – desfile. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 369: Imagem renderizada do espaço expositivo – desfile. Fonte: Imagem realizada

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Figura 370: Imagem renderizada do espaço expositivo – desfile. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 371: Imagem renderizada do espaço expositivo – exposição. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 372: Imagem renderizada do espaço expositivo – exposição. Fonte: Imagem realizada pela autora. Figura 373: Imagem fotomontagem com as modelos a grife Balmain. Fonte: imagem realizada pela autora. Figura 374: Imagem fotomontagem com as modelos a grife Balmain. Fonte: imagem realizada pela autora. Figura 375: Imagem fotomontagem com as modelos a grife Balmain. Fonte: imagem realizada pela autora. Figura 376: Imagem fotomontagem com as modelos a grife Balmain. Fonte: imagem realizada pela autora.



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