RE-URBANIZAÇÃO: Favela do Bombeiro

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RE-URBANIZAÇÃO FAVELA DO BOMBEIRO

ALINE MARIA ANDRADE 1


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Imagem extraida do Geosampa


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Re - urbanização Favela do Bombeiro Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac, como exigência para obtenção do Título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientação: Profª. Drª. Beatriz Kara José Centro Universitário Senac São Paulo, 2019

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Agradeço primeiramente a Deus, aos meus pais e aos amigos e colegas de classe que me ajudaram nesse processo. Agradeço especialmente a minha mãe Eliane, pelas palavras de apoio e pelo consolo nas noites de choro e agonia com trabalhos incompletos, quando tudo parecia desmoronar você esteve ao meu lado. Ao meu pai Silvanildo, por acreditar no meu potencial e permitir que eu entrasse nessa jornada. Sou grata pelo apoio dos meus padrinhos, Kelly e Ricardo, pelo acolhimento em sua casa e por todo conforto que me proporcionaram e toda a ajuda em relação aos trabalhos, apoio nas horas de aflição e cansaço. Sou imensamente grata a minha chefe Maria Cristina, pela oportunidade e compreensão para que eu pudesse concluir todas as etapas os devidos trabalhos, sendo não somente chefe, mas uma amiga, companheira e por todas as palavras sábias e de carinho para comigo. Aos meus amigos, pelas noites viradas concluindo os trabalhos, e mesmo em meio a tanto desespero, risos, choros e brigas que em toda boa amizade e que fazem arquitetura acontecem! essas serão sempre boas recordações que irei levar por toda aminha vida. Venho por meio deste agradecer imensamente aos amigos que me deram apoio e me ajudaram a concluir este trabalho (Leticia Falco, Nathalia Fernandes, Felipe Franscisco, Lucas Galaverna e Thayná Pazzianotto) A Mayara Barbosa pela paciência e disponibilidade mesmo com as correrias do curso de arquitetura. Obrigada pelas sugestões, apoio e o mais importante a sua amizade que com toda certeza irei levar para sempre. Agradeço aos moradores do Bombeiro, ao representante Genésio, que me acolheram em suas casas e se prontificaram para toda ajuda em que eu precisa-se. Por fim serei eternamente grata a minha orientadora, professora Beatriz Kara, pelo apoio, conselhos, que muitas vezes foi uma amiga, sendo paciente, compreensiva e atenciosa. Fico lisongeada pela oportunidade de te-la como minha orientadora e professora de Politicas Públicas em urbanização de favela, que certamente me encontrei como estudante de arquitetura. Obrigada pelos ensinamentos e conhecimentos, que me fizeram refletir e progredir mediante ao processo.

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“Urbanização de Favelas é urbanização da cidade, a cidade de fato.” 9


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RESUMO | ABSTRACT

Com a expulsão dos trabalhadores do centro e a falta das moradias de aluguéis acessíveis, deu-se início a autoconstrução nas regiões mais afastadas da cidade, caracterizando uma população mais pobre e desprovidas de infraestrutura básica, e consequentemente, o surgimento de uma segregação social. Para chegar nas especulações de projeto é necessário entender os processos históricos da expansão urbana periférica e abordar os conceitos de erradicação, reurbanização e urbanização nas favelas. Além disso, o texto busca realizar uma breve análise histórica da Favela do Bombeiro bem como apontar soluções para a urbanização do local, viabilizando projetos de áreas verdes, provisão de habitação e equipamentos públicos.

With the expulsion of the workers from the venter and the lack of accessible rented housing, self-construcion began inthe most remote áreas of the city, characterizing a poorer population and lacking basic infrastructure and, consequently, the emergence of social segregation. To arrive at the Project speculations it is necessary to understand the historical processes of the peripheral urban expansion and to approach the concepts of eradication, redevelopment and urbanizaton in the favelas. In addition, the text seeks to macke a brief historical analysis of the favela del Bombeito as well as pointing out solutions for the urbanization of the site, enabling green área projects, provisiono of housing and public facilities.

Palavras chave: Expulsão, autoconstrução, Expansão urbana, Favela, Urbanização, áreas verdes, Habitação, Equipamentos.

Key words: Expulsion, self-constrution, Uban expansion, Favela, Urbanization, green áreas, Housing, Equipment.

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1. INTRODUÇÃO..................................................................................................14 1.1 OBJETIVOS GERAIS.....................................................................................14 1.2 JUSTIFICATIVA............................................................................................14 1.3 METODOLOGIA..........................................................................................14 2. APROXIMAÇÃO CONCEITUAL DO PROBLEMA................................................16 2.1 Favela e Periferia........................................................................................16 3. URBANIZAÇÃO EM FAVELAS...........................................................................18 3.1..Regularização fundiária............................................................................18 3.2 Favelas em áreas de Mananciais...............................................................19 4. ANÁLISE TERRITORIAL....................................................................................20 4.1 Análise do bairro.......................................................................................24 4.2 Legislação..................................................................................................29 5. BOMBEIRO.....................................................................................................30 5.1 Caracterização Socioeconômica................................................................18 5.2 Topografia.................................................................................................36 5.3 Fluxos e acessos........................................................................................38 5.4 Hidrografia................................................................................................39 5.5 Assentamentos.........................................................................................42 5.6 Densidade.................................................................................................43 5.7 Infraestrutura...........................................................................................44 6. PARTIDO E ANÁLISE......................................................................................45 6.1 Diretrizes e estudo..................................................................................46 7. REFERÊNCIAS PROJETUAIS...........................................................................47 7.1 Favela Guilherme Bude...........................................................................47 7.2 Favela do Sapé........................................................................................48 7.3 Morar Carioca - Morro dos Macacos.....................................................49 8. PROJETO........................................................................................................50 8.1 CONCEITO................................................................................................53 8.2 Intervenção I - Tipologia I........................................................................55 8.3 Intervenção I - Tipologia II.......................................................................76 8.4 Intervenção II - Rampa e escadarias........................................................83 8.5 Interveção III - Parque linear....................................................................86 8.6 Intervenção IV - Praças............................................................................94 8.7 Intervenção V - Drenagem.......................................................................96 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................98 10. BIBLIOGRÁFIA............................................................................................101

SUMÁRIO

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1 - INTRODUÇÃO

Esse trabalho tem o objetivo de compreender os processos urbanos que levaram a formação das periferias no município de São Paulo e, consequentemente, o surgimento de uma segregação social. Além disso, o texto busca realizar uma sucinta análise histórica da Favela do Bombeiro bem como apontar soluções para a urbanização do local. Os principais motivos para o estudo da favela, partem do interesse em contribuir para políticas públicas em áreas menos providas de infraestrutura, condicionadas a uma realidade precária e, muitas vezes, invisibilizada pelo Estado. A Favela do Bombeiro consiste em uma área parcialmente urbanizada, porém algumas condições ainda são pouco desenvolvidas, tais como, iluminação pública, saneamento básico, assentamentos em risco de escorregamento que não possuem uma condição regular perante a prefeitura. As periferias urbanas geralmente se encontram nas áreas de proteção aos mananciais e preservação ambiental, proporção na qual a cidade foi desenvolvida através da expulsão das classes trabalhadoras da região central. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2010) o Brasil tem 11,4 milhões de pessoas vivendo em favelas. Com isso pôde-se notar um grande déficit no que se refere a ocupação de territórios negligenciados pelo poder público e sujeitos a moradia precária, falta de saneamento básico, e condições insalubres para qualidade de vida adequada.

1.2 OBJETIVOS

O presente trabalho tem o propósito de intervir em um perímetro do tecido urbano conhecido como favela Enlevo/Bombeiro, localizado no bairro Jardim Capela do distrito do Jardim Ângela, da Subprefeitura M’boi Mirim do Município de São Paulo. Tendo-se como estratégia urbanizar o espaço, a fim de integra-lo na mancha urbana ao redor, intercambiando projetos de habitação de interesse social, drenagem urbana, saneamento básico, provisão de equipamentos públicos e sistema viário.

1.1- JUSTIFICATIVA

A escolha do local para este estudo abrange um entorno interessante devido à algumas áreas verdes não utilizadas; uma avenida principal que atende a essa população; escolas; unidade básica de saúde; um centro de pescaria e lazer e um córrego que permeia toda a extensão da comunidade. Outra característica é a existência de casas em solapamento com riscos iminentes de contaminações e desabamentos. Encontra-se também um grande problema com a acessibilidade dos moradores para a rede viária externa e com a própria circulação interna, que muitas vezes é realizada por vielas muito estreitas. Neste contexto, pretende-se com o presente trabalho propor uma readequação da malha viária local, a fim de promover o deslocamento mais eficiente e eficaz dos moradores, bem como ressignificar e proporcionar uma integração do córrego existente, criando ao longo de sua extensão espaços de lazer aproveitando as áreas verdes existentes. Como há habitações em áreas de riscos, será necessário promover a realocação de algumas famílias, o que exigirá um estudo criterioso para a nova implantação de unidades habitacional de interesse social.

1.3METODOLOGIA

Para entender o processo urbano e histórico que levaram a esta forma de ocupação precária, serão realizadas pesquisa bibliográfica e de campo. Na pesquisa bibliográfica, buscar-se-á registros existentes tais como: mapas, dados demográficos, estudos de caso de reurbanizações relacionadas ao objeto deste trabalho. Na pesquisa de campo, serão realizadas entrevistas tanto com os moradores como com profissionais experientes neste tipo de urbanização, de modo a desenvolver uma proposta que considere as necessidades específicas retratadas.

Durante a pesquisa de campo, registros da área através de fotografias e croquis serão produzidos.

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2. APROXIMAÇÃO CONCEITUAL DO PROBLEMA

O crescimento das cidades brasileiras foi continuamente acompanhado pelo crescimento de habitações precárias, cortiços, favelas, loteamentos periféricos, que surgiram como alternativas habitacionais para a população mais pobre e historicamente excluída do mercado imobiliário formal. (DENALDI, 2003, p.8)

Com a chegada da industrialização em meados do séc. XIX na cidade de São Paulo, e a economia cafeeira trouxeram muitos imigrantes, e a supervalorização de glebas, terrenos e prédios. O investimento imobiliário tinha presença forte na expansão urbana e garantiu um intenso processo de valorização em poucos anos. A produção industrial trouxe muitos trabalhadores do campo para a cidade, dando início a produção da moradia operária no período de (...) implantação e consolidação das relações e produção capitalista e da criação do mercado de trabalho livre. (BONDUKI, 1994. Pg 712) A atividade exercida pela iniciativa privada tinha o objetivo de obter os recursos da construção ou investimento nas casas de aluguéis, que abrigava os trabalhadores de baixa renda e a classe média. (...) A maioria dos trabalhadores morava em cortiços sendo muitas vezes ocupados por mais de uma família. Conclui-se que quase 90% da população incluindo a classe média eram inquilinos (BONDUKI, 1994). A Lei do Inquilinato em 1942 levou ao congelamento dos valores locativos, impactando a relação entre proprietário e inquilino, a produção, distribuição e consumo de moradias populares. A medida acaba desestimulando a construção de moradias para aluguel e estimulando a venda e a difusão da propriedade privada. A redução do estoque de moradias para aluguel dificultou ainda mais o acesso da população mais pobre ao mercado formal. (DENALDI, 2003, Pg. 13) Com a especulação imobiliária e a ascensão dos valores do aluguel, sobretudo nas áreas centrais, levou a um alto índice de inadimplência, e, por consequência, à efetivação de despejos, que evoluíram ainda mais nos anos pós-guerra. Os valores dos aluguéis não eram compatíveis com os salários, tornando-se quase impossível encontrar preços de moradias acessíveis em áreas melhor localizadas. O congelamento dos alugueis decorrente da Lei do Inquilinato influenciou o processo de expulsão da população de baixa renda das áreas centrais. A população expulsa do centro da cidade de São Paulo migrou para os extremos do município como os bairros Jd. Ângela, Grajaú, Parelheiros etc. Estima-se que cerca de 10% da população paulistana tenha sido despejada entre 1945 e 1948. (BONDUKI, 1994). Em virtude dos despejos, a população bus16

cou alternativas habitacionais adquirindo propriedades mais baratas ou, até mesmo, ocupando terrenos públicos. Os lotes mais acessíveis geralmente encontravam-se em zonas de proteção ambiental e sem infraestrutura adequada, onde as famílias implantam suas casas através de autoconstrução.

2.1 Favela e Periferia

As periferias urbanas “constituídas como territórios de sobrevivência da população pobre trabalhadora” (BURGOS, 2010) foram produzidas pela produção doméstica da habitação, o sistema da autoconstrução que uniu os moradores na construção de suas casas nos loteamentos irregulares e em invasões de terras. Essa forma tornou-se predominante do padrão periférico de urbanização, caracterizado por proporcionar grandes deslocamentos entre a moradia e os locais de trabalho. As favelas são territórios ilegais localizados em terrenos públicos ou privados que expressam a exclusão social e desigualdade de classes. São caracterizadas como aglomerados subnormais, que são constituídas por vielas, e escadarias como forma de acesso e são desprovidas de saneamento básico. Tais espaços podem ou não ser representados por movimentos organizados de luta por moradia. Geralmente encontram-se em áreas de proteção permanente (APP) e os assentamentos habitacionais são precários, constituídas por barracos sem iluminação e ventilação adequadas para a garantia de qualidade ambiental. Tais espaços sofreram evolução ao longo do tempo, pois nas primeiras favelas os barracos de madeira ou palha eram bastante presentes. Esses barracos foram gradativamente sendo substituídos por alvenaria. Em suma, as favelas fazem parte das periferias, ou parte das áreas que são desenvolvidas. Tanto na periferia em geral, como na favela em si, a questão da habitação social está presente. Em São Paulo, as evoluções das ocupações irregulares tiveram um processo intenso a partir dos anos 70 que permanece na atualidade como continuidade da desigualdade social deste processo histórico. (...) O crescimento da população favelada no município de São Paulo foi da ordem de


446%, enquanto a população total cresceu 44%, de acordo com dados do IBGE – 1980. ” (MARICATO, 1987) “Se, por um lado, o aumento da população favelada em São Paulo é espantoso, de outro não se pode negar que houve uma relativa melhora nas condições de vida: a área construída do domicílio cresceu, em média, de 16,2% em 1973 para 28,9% em 1987; o percentual de domicílios com piso de terra batida desceu de 46,3% para 7,4% e para 4,5% em 1993 (...) em 1973 e em 1980, 1,3% e 2,4% das casas eram de alvenaria; em 1987, 50,5% dos domicílios favelas têm paredes externas em tijolo ou bloco de concreto e, em 1991, 75% das casas são de material durável.” (DENALDI apud TASCHNER, 1997) A melhoria das condições de construção não exclui o fato de que essas pessoas ainda vivem em condições precárias mediante os assentamentos aglomerados e as áreas insalubres de infraestrutura e que, nem sempre, evoluíram no quesito técnico construtiva, mesmo nas ocupações mais recentes. Cabe dizer que a favela concentra níveis diferentes de rendas e que também é moradia da classe média. (DENALDI 2003)

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Em meados do século xx, a favela era vista pelo Governo como “doença social” e as conclusões de propostas eram a erradicação total das ocupações. Com a transformação deste pensamento, a maioria dos governos passaram a promover as remoções apenas em situações que apresentam riscos e condições insalubres de permanência das moradias. As classificações para as tipologias de intervenções em favelas são divididas em 3 (três) categorias, quais sejam: erradicação/remoção total, reurbanização e urbanização. (DENALDI apud BUENO, 2000) As erradicações são necessárias em ocasiões em que os moradores se encontram em baixo de linhões, aterro sanitário ou quando não há possibilidade de consolidação da favela. Também pode ser requerido esta forma de remoção em casos de especulação imobiliária se estiverem em eixo de melhoramento, dessa forma são assentadas nas habitações projetadas nos locais de remoção, como por exemplo a favela dentro da operação Água Espraiada, nomeada como Jardim Edite. “(...) Sobre esta forma urbana, BUENO (2000: 280-297) chama a atenção para o valor estético, arquitetônico e cultural dos assentamentos de favela e propõe que se resgate a qualidade urbanística da “forma urbana típica da ocupação e edificação paulatinas”. Defende que as políticas de urbanização de favelas respeitem ao máximo a forma do assentamento e as edificações existentes. ” (DENALDI apud BUENO, 2000)

Acredito que a reurbanização desses assentamentos precários é a tentativa de dar a essa população uma proporção diferente do seu cotidiano, em busca de melhorar a viabilidade e as condições que vivem, para dar a oportunidade da moradia digna, a infraestrutura necessária, o direito de ir e vir, a regularização necessária, além da inclusão de equipamento públicos, praças e todos os componentes dos quais essa população é desprovida, mediante a grande falta de interesse do Estado para as área periférica/favelizadas. “A urbanização seria também a aceitação da favela como fenômeno urbano, mantendo as características do parcelamento de solo e das habitações e a ‘reurbanização’ seria: Aceitação da favela enquanto fenômeno urbano, mas não a aceitação da forma e da tipologia urbanística e habitacional

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3. URBANIZAÇÃO EM FAVELAS

que ela revela, levando à demolição da favela e à reconstituição de tudo no mesmo lugar, com um padrão urbanístico e arquitetônico semelhante à linguagem dominante. Este tipo de intervenção, a que denominaremos de reurbanização, também tem sido aplicado em favelas suscetíveis a maré e com problemas de inundação. ” (DENALDI apud BUENO, 2000)

3.1 Regularização Fundiária

A regularização fundiária em assentamentos urbanos precários, “consiste no conjunto de medidas jurídicas, ” urbanas, sociais e ambientais para promover a regularização das áreas irregulares e a titulação dos ocupantes, de maneira a garantir o direito à moradia digna e um ambiente “ecologicamente equilibrado”. “A área urbana consolidada: parcela da área urbana com densidade demográfica superior a 50 (cinquenta) hectare e malha viária implantada e que tenha, no mínimo, 2 (dois) dos seguintes equipamentos de infraestrutura urbana implantados: drenagem de águas pluviais, esgoto sanitário, abastecimento de água potável, distribuição de energia elétrica ou limpeza urbana, e manejo de resíduos sólidos. ” (LEI 11977, 2009)

Os assentamentos irregulares são constituídos por parcelamentos informais, inseridos em terras públicas ou de propriedade privada, que são utilizados para fins de moradia. A regularização fundiária poderá ser realizada pelo Estado, Municípios, Distrito Federal e por intuito coletivo muitas vezes organizadas pelas associações dos moradores destas áreas, fundações, organizações sociais ou por interesse público e outras associações civis que tenham o objetivo de desenvolvimento urbano. Os fundamentos para atender a regularização nestas áreas devem observar alguns requisitos necessários para sua eficácia, tais como: - As áreas ou lotes que necessitam ser regularizados que estão em áreas de risco e sem infraestrutura básica - As famílias que serão reassentadas


- Levantamento do cadastro de moradores a receberem o título - A malha viária existente ou projetadas Dessa forma o projeto de regularização de interesse social deverá ser condicionado pelas características existentes da ocupação e das áreas a serem modificadas, a fim de definir os parâmetros urbanísticos e ambientais, além de identificar as vias e lotes que serão destinados aos espaços livres de uso público.

3.2 Favelas em áreas de Mananciais

“ A existência de água em condições sanitárias adequadas à utilização para abastecimento humano está relacionada à manutenção das condições do ciclo hidrológico e impedimento de qualquer contaminação” (...) (DENALDI, 2014)

- Compatibilizar o desenvolvimento socioeconômico com a proteção e recuperação dos mananciais. -Disciplinar e orientar a expansão urbana para fora das áreas hídricas e preservar os recursos naturais. - Promover ações de educação ambiental As áreas definidas como ARO (áreas de restrição à ocupação) são atividades indicadas a lazer, educação ambiental que não exija a implantação de habitação. Também estão inclusas as áreas de proteção permanente (APP) e áreas coberta por matas. As áreas de ocupação dirigida são aquelas que tem o interesse de consolidação ou implantação de usos urbanos, desde que atendam aos requisitos ambientais necessárias. (Lei 12.233, 2006)

Com expulsão da classe trabalhadora para os loteamentos periféricos afastados dos bairros centrais, ouve a concentração dessa população muitas vezes beirando os córregos, nas margens dos rios como as Represas Guarapiranga e Billings. Dessa forma, poluindo as reservas hidrográficas e o meio ambiente. “Atualmente, existem mais de 1,5 milhão de pessoas morando nas Bacias das represas Guarapiranga e Billings. Nos assentamentos de baixa renda, ampla maioria na região, os recursos da população para a construção das habitações são mínimos e não há infraestrutura ou serviços urbanos. ” (MARTINS, 2006)

Para o controle do uso do solo dessas áreas, foram instituídas por lei as definições das áreas de proteção e recuperação dos mananciais. A proposta na legislação consiste, basicamente, em restringir a inserção das ocupações, tornando-a ainda mais “rarefeita” conforme a distância das áreas já consolidadas e das margens das represas. As diretrizes da Lei da represa do Guarapiranga, (local onde a favela de estudo se encontra) define os tipos de uso e restrições obrigatórias: - Integrar os programas e nais e setoriais (transportes, neamento ambiental e

políticas regiohabitações, sainfraestrutura)

- Determinar as condições e os instrumentos básicos, produção de água e abastecimento da população.

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4. ANÁLISE DO TERRITÓRIO

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Diagrama autoral

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Mapa base extraido do Geosampa


O perimetro de estudo encontra-se no extremo sul do Município de São Paulo, localizado no bairro Jd. Capela distrito do Jardim Ângela inserido na subprefeitura M’Boi Mirim O Distrito insere-se em área de proteção aos mananciais da represa Guarapiranga e na macrozona de Proteção e Recuperação Ambiental e Macroárea de Redução da Vulnerabilidade Urbana e recuperação Ambiental. Subprefeitura M’Boi Mirim

Jd. Ângela

Bombeiro

Diagrama e montagens autoral Mapa base extraido do Geosampa

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A região é conhecida como “fundão” por estar no limite entre o município de São Paulo e o município de Embu das Artes. Os problemas de trânsito e mobilidade são intensos na região, bem como os problemas com drenagem urbana que fazem com que o local seja alvo de enchentes com bastante frequência.

Mapa de Área de Preservação Ambiental

Além disso, o distrito possui muitas favelas com baixos índices de saneamento, loteamentos irregulares, falta de equipamentos públicos, de lazer, de educação e rede de saúde que atenda a demanda da região.

Mapa de loteamentos inrregulares Diagrama autoral Mapa base extraido do GEOSAMPA Distrito Jd. Ângelo Área de Proteção Ambiental Represa Guarapiranga e Billings

https://cbn.globoradio.globo.com/grandescoberturas/seu-bairro-nossa-cidade-sp/2016/08/31/ JARDIM-ANGELA-SUPERA-TITULO-DE-BAIRRO-MAIS-VIOLENTO-DO-MUNDO-MAS-CONVIVE-COM-PROBLEMAS.htm

Diagrama autoral Mapa base extraido do GEOSAMPA

Terminal St Amaro

Favelas Renda familiar acima de 6 salários minimos Renda familiar de até 6 salários minimos

A região do Jd Ângela possui um terminal de ônibus que atende toda a população ao redor e realiza a conexão com os terminais Santo Amaro (com acesso a linha esmeralda da cptm e linha lilás do Metrô), Pinheiros (com acesso à linha amarela), Metrô Santa Cruz e Itaim Bibi (que fazem conexão com o terminal Guarapiranga).

Terminal Guarapiranga Terminal Jd. Ângela

Diagrama autoral Mapa base extraido do GEOSAMPA Terminal de ônibus

Metro linha Lilás

Trem - linha esmeralda

Faixas de ônibus

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4.1 Análise do Bairro

Mapa de Favelas

O bairro do Jd. Capela é caracterizado pelas grandes áreas formadas por favelas, escadarias, ladeiras e a predominância de morros em todo o seu entorno. A caracterização a seguir será realizada a partir de uma observação empírica do bairro. A região do Jd. Capela abrange algumas áreas providas de saneamento básico, iluminação pública e pavimentação, porém ainda é um bairro distante das condições urbanas necessárias e dignas para a população. Algumas ações governamentais foram alcançadas para a área, como a pavimentação e alargamento de um trecho da via que dá acesso ao bairro e a pavimentação de alguns acessos para as favelas do perímetro. A inserção das favelas ainda é um problema perceptível. Alguns assentamentos se encontram localizados nos topos dos morros e muitas vezes em toda a extensão do bairro, como por exemplo favelas em loteamentos irregulares, áreas favelizadas, problemas de saneamento básico, iluminação pública, pavimentação, casas em situação de escorregamento e solapamento devido à falta de canalização dos córregos e problemas de acessibilidade das áreas internas e externas das favelas.

Diagrama autoral Mapa base extraido do GEOSAMPA

Acesso Favela do Bombeiro

A partir da realidade apresentada as questões foram se mostrando importantes para a construção de uma proposição para a área, refletindo como melhorar as condições urbanas desse local.

Diagrama autoral Mapa base extraido do Google

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Imagem autoral


O perimetro apesar de estar em área de proteção ambiental só agregam duas áreas de parques (Parque Ecológico Guarapiranga e o parque M’Boi Mirim) que também não é utilizado pela população pois, está inserido em uma localização distante e muitas vezes a população não se sentem motivados para o uso do espaço. O bairro é totalmente desprovido de áreas de lazer, praças e áreas verdes.

Diagrama autoral Mapa base extraido do Google

Diagrama autoral Mapa base extraido do Google

O bairro dispõe de pontos comerciais e serviços nas proximidades, como, escolas, creches, 1(um) Céu, postos de saúde, 2 (dois) parques nas redondezas (M’boi Mirim e parque estadual), 1 (um) hospital e maternidade (M’boi Mirim) que atende toda o distrito do Jd. Ângela. O acesso ao bairro é feito pela avenida principal M’Boi Mirim, Avenida Guarapiranga, Estrada de Itapecerica da Serra e Estrada do Embu Guaçu. A região é servida por uma rede de transporte coletivo, que dá acesso ao terminal de ônibus mais próximo (Jd. ngela) que atende os moradores locais, e ao terminal Santo Amaro onde fazem baldeação para seus destinos. O sistema de transporte público que serve a região é composto por linhas de ônibus e de lotação. Nas proximidades da favela existem 02 (dois) pontos finais de lotação, localizada no bairro do Jd. Capela e Vila Calú. Para os moradores da comunidade muitas vezes torna-se cansativo o deslocamento para esses pontos finais, sendo assim grande parte da população utiliza os pontos de ônibus próximos à favela e realizam baldeações para outras regiões através do Terminal Jardim angela. Imagem extraida do Geosampa

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Hospital M’Boi Mirim

AMA

Comércio Serviço Escola

UBS

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Diagrama autoral Mapa base extraido do Geosampa

- Figura 01 Mapa de pontos de pontos de interesse


Terminal Jd. Ă‚ngela

Ponto de Ă´nibus

Ponto final Jd. Capela

Ponto final Vila Calu

Diagrama autoral

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Mapa base extraido do Geosampa - Figura 02 Mapa de percurso de transportes do bairro


Com a análise e levantamento da área, pode-se notar através da elaboração do mapa, os percursos cotidianos para fora da comunidade, que articulam com os locais mais acessíveis para os moradores. Nota-se a falta de comércio e serviços no interior da favela, e um grande polo de escolas no bairro, que atendem a maioria da população da região. O mapa mostra quais trajeto tendem a serem mais utilizados e todos eles são acessiveis a pé.

Comércio Serviço Escola Diagrama autoral Mapa base extraido do Geosampa

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- Figura 03 Mapa de rede de transporte da região

Perimetro da favela Percuso para o comércio Percuso para a escola Percuso para serviços


O Plano Diretor Estratégico divide o Município em duas macrozonas (Estruturção e qualificação urbana e Proteção ambiental) e 8 (oito) macroáreas. A área de estudo escolhida está dentro da Macrozona de Proteção e Recuperação Ambiental e na Macroárea de Redução de Vulnerabilidade Urbana e Recuperação Ambiental.

4.2 Legislção

A zona de uso demarcada no perimetro de estufo é caracterizada como ZEIS 1(um) que são as áreas ocupadas por população de baixa renda. Incluí favelas e loteamentos irregulares e alguns conjuntos habitacionais que não estão regulares.

A Macroárea em questão tem como onjetivo fortalecer as capacidades de proteção social socioambientais e acesso às políticas públicas, a promoção de regularização fundiária de assentamentos precários e equipamentos de infraestrutura urbana e a dinamização de Habitação de interesse Social para reassentamento da população que se encontra nas áreas de risco de escorregamento, alagamento e em áreas de preservação permanente. Para isso o Plano Diretor estabeleceu as zonas de uso e ocupação do solo que determinam as áreas de Redução da Vulnerabilidade e Recuperação Ambiental caracterizadas como ZEIS 1 (um), 2 (dois), 3 (três), 4 (quatro) e 5 (cinco).

Mapa base extraido do Geosampa

A lei de zoneamento dispõem dos parâmetros de uso e ocupação do solo, elencadas na tabela abaixo:

Informações extraídas da Lei de Zoneamento16 402/2016

Com o fato da favela estar inserida no perímetro de proteção aos mananciais, as definições de uso e ocupação são definidas pela Lei 12.233/2006 Proteção e Recuperação dos Mananciais da Bacia Hidrográfica do Guarapiranga os seguintes parâmetros: - As áreas de Recuperação Ambiental – 1 (ARA) São definidas onde a ocorrências habitacionais de interesse social, desprovidos de infraestrutura; - Estas áreas serão objeto de Programa de Recuperação Social (PRIS), que incluirá a cota parte mínima de terreno por unidade habitacional.

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Diagrama autoral Mapa base extraido do Geosampa

Córrego Embu Mirim Área verde Serviço Industria Comércio Área Residencial Intitucional 30

- Figura 04

Perimetro da favela Mapa de Uso e Ocupação do Solo


5. BOMBEIRO

31 Imagem autoral


A partir dos anos 1970 deu-se início a ocupação da favela do Bombeiro, área que pertencia ao poder público. Muitos moradores eram migrantes, alguns nordestinos, de Pernambuco e Ceará, outros de Minas Gerais, e pouquíssimos ocupantes pertenciam a cidade de São Paulo. A Favela do Bombeiro tem área total de implantação de 51.604,62 m², uma população de aproximadamente 800 moradores. Ao lado Norte, Sul e Leste abrange alguns pontos importantes que são próximos a comunidade como:

Ponto de ônibus

AMA

Ponto de ônibus

Ponto de ônibus Creche

Associação Eugêncio Goes

E.E Prof. Honório Monteiro

Pesqueiro UBS Diagrama autoral Mapa base extraido do Geosampa

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- Mapa de localização


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5.1 Caracterização Socioeconômica

O índice Paulista de vulnerabilidade Social (IPVS) dá um parâmetro geral da classificação das rendas por setor entre alta e baixa vulnerabilidade no município de São Paulo e sua região metropolitana. As classes mais predominantes no distrito são formadas pelas faixas de alta, muito alta e média vulnerabilidade, em algumas exceções considerada de baixa vulnerabilidade. A partir dos dados visto no mapa elaborado, com base nos dados levantados pelo GEOSAMPA e IBGE, entende-se que a favela Bombeiro é caracterizado por 3 (três) indicadores sociais, formados pelos grupos 6 (aglomerados subnormais), 5 (por setor censitário) e 3 (vulnerabilidade baixa);

6%

19% 74%

Perimetro da favela Diagrama autoral Mapa base extraido do Geosampa

34

- Figura 05 Mapa do índice de Vulnerabilidade


Diagrama autoral: Mapa base extraido do Geosampa

- Mapa do índice de Vulnerabilidade

Diagrama autoral: Informações extraídas de IBGE (2010) origem e destino

- Tabela de Nível de escolaridade

As informações obtidas através do IBGE (2010) origem e destino, mostram o nível de escolaridade geral do bairro Jd. Capela onde está inserida a favela Bombeiro. Com base nas informações levantadas a partir de entrevistas realizadas com os moradores da favela, nota-se que a maioria da população entre 40 a 50 anos cursou até o nível fundamental incompleto e entre 20 a 30 anos em uma pequena porcentagem obteve o nível superior

4.5 Topográfia

Em relação ao seu relevo, em seu ponto mais alto, ela apresenta um declive de 35 metros. O segundo ponto mais íngreme do assentamento tem um declive de 20 metros que vai decrescendo em sua extensão transversal chegando ao nível plano da ocupação, que oscila a cada 1 metro em toda extensão longitudinal. O mapa a seguir demonstra a topografia da favela em relação ao seu entorno.

4.6 Cheios e vazios, fluxos e acessos

A favela dispõe de 8 acessos principais de pedestres, elencados a seguir:

- 4 (quatro) escadarias pela rua Enlevo que se encontra em seu 3º ponto mais alto, localizado na cota 770; - 1 (um) na esquina da rua Espuma do Mar em seu 2º ponto mais alto, localizado na cota 785; - 3 (três) pelo nível plano levando a Travessa Magondi e Estrada Embu Guaçu, localizado na cota 758; A partir dos acessos principais, os fluxos internos da favela são realizados através de vielas, que dão acesso aos domicílios, e possuem, geralmente, entre 0,80cm e 1,20m. Lindeira ao córrego e a garagem de ônibus há duas ruas que diferem do padrão observado, medindo de 3(três) a 4(quatro) metros de largura.

35


5.2 Topografia

Perimetro da favela

Diagrama autoral Mapa base extraido do Geosampa cota de nível 800 cota de nível 795 cota de nível 790 cota de nível 785 cota de nível 780 cota de nível 775 cota de nível 770 cota de nível 765 cota de nível 760

36

- Figura 06 Mapa de topográfia


CORTE AA

CORTE BB

CORTE CC

CORTE DD

37


5.3 Fluxos e vazios

Diagrama autoral Mapa base extraido do Geosampa

- Figura 07 Mapa dos fluxos existentes

Vielas Passagem alternativa

38

Escadarias


5.4 Hidrografia

O córrego Embu Mirim Guarapiranga permeia toda a extensão da favela em condições de contaminação despejo de esgoto, tem exatamente 45 casas as quais encontram-se em área de preservação permanente e estão condicionadas a solapamento e escorregamento (considerados risco 3 e 4) com base no GEOSAMPA, sendo que em alguns pontos afloram sobre o córrego comprometendo o meio ambiente e colocando em risco a vida de seus ocupantes/habitantes/residentes.

R4

R2

R3

Diagrama autoral Mapa base extraido do Geosampa

- Figura 08 Mapa de Risco de escorregamento

39


40


Imagem autoral

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Outro fator importante é que o córrego já foi alvo de intervenção, pois antes não havia acesso para Travessa Magondi, que dá acesso a duas escolas. Com a necessidade de travessia das crianças que estudam nessas escolas, os moradores uniram-se e mudaram o curso do córrego formando uma passagem. A prefeitura também interviu para a pavimentação de algumas ruas, porém uma parte delas ainda permanece de terra. Além disso, foram instalados equipamentos como uma creche e uma quadra de futebol a pedido do representante dos moradores, mas os mesmos não são utilizados pelas crianças pois tornaram-se pontos de tráfico de drogas.

Imagem autoral

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5.5 Assentamentos

As edificações do assentamento são precárias pois, muitas vezes, as casas são desprovidas de ventilação e iluminação mínima. Uma parcela dos moradores demonstra preocupação com a qualidade ambiental de sua residência, recuando a mesma do alinhamento da rua/viela, inserindo portão para a entrada e revestimento nas vedações.

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5.6 Densidade demografica

Com base nos dados obtidos pelo IBGE, toda a região tem um grande adensamento devido à presença de algumas favelas incluindo o perímetro de estudo. De acordo com análise, os valores elencados a baixo referem-se ao total de domicílios por hectare.

Diagrama autoral Mapa base extraido do Geosampa 207 - 351 hab/ha

- Figura 09 Mapa de Densidade

351 - 30346 hab/ha 92 - 146 hab/ha

43


5.7 Infraestrutura

A partir das pesquisas e entrevistas feita aos moradores, consta distribuição de água para todas as casas e iluminação para cada domicílio, porém somente 8% dos moradores receberam encanamento de esgoto e 92% pagam a conta referente a rua Enlevo, e mesmo aqueles que têm rede de esgoto, o despejo é feito no córrego. Todo o perímetro da favela postes para iluminação das vielas, porém ainda não foi disponibilizado iluminação pública.

Diagrama autoral Mapa base extraido do Geosampa Córrego Coleta de esgoto

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- Figura 10 Mapa de Coleta de esgoto por domicilio

Distribuíção de água - 100% Iluminação Pública - 0% Drenagem pluvial 0% Pavimentação - parcial

Coleta de esgoto 8% Coleta de lixo - parcial Rede elétrica domiciliar - 100%


Os problemas analisados a partir das visitas e entrevistas feito na comunidade, referem-se às condições dos acessos internos, pois as vielas e pequenas vias não possuem iluminação pública e que torna a circulação dos moradores insalubre e insegura. Como mostra a analise anterior, somente 8% da população recebe coleta de esgoto, assim muitas vielas acabam recebendo esgoto das casas e da rua Enlevo. Por essa questão é despejado dentro do córrego praticamente 82% de todo o esgoto da favela. Os acessos dos assentamentos é quase 90% percorrido entre vielas e escadarias muito precárias, tendo em vista que muitas moradias estão em condições insalubre, sem ventilação adequada, e iluminação necessária para o conforto ambiental e pessoal. Algumas vias ainda são precárias e sem pavimentação adequada, proporcionando empoçamento em dias chuvosos e paralisação de esgoto despejados na rua. A condição do córrego acarreta grande preocupação com a saúde dos moradores, pois, muitos dejetos e entulhos de resto de material de construção são despejados no córrego propiciandoriscos de deslizamento e doenças contagiosas para as familias que moram a beira do córrego. Contudo, a favela do Bombeiro abrange diversas potencialidades, que contribui para a proposta. Um dos principais pontos é a área ao longo de toda a extensão onde encontra-se o córrego. Existe um grande potencial para um parque linear e que facilitaria tanto no acesso dos moradores quanto na possibilidade de ocupar os vazios com a existência de praças e quadra de futebol. Apesar dos seus pontos íngremes, a extensão longitudinal da favela possibilita aberturas de vias internas a partir das vielas e escadarias, obtendo assim obtendo um parcelamento do solo adequado, espaços livres e articulações que desafogam o tecido e propõe novos acessos adequados para a população.

6.1 Diretrizes do Estudo

O objetivo da proposta parte da análise obtida das visitas e entrevistas com os moradores do Bombeiro e as potencialidades levantadas. A principal intensão do projeto é a possibilidade de proporcionar as áreas de lazer, praças, comércios e serviços, requalificação das vias de circulação precárias trazendo usos cotidianos para a comunidade e futuras habitações que possuam articulações com o tecido urbano.

6. PARTIDO E ANÁLISE

Tendo em vista a conceitualização apresentada no item 4 (Urbanização em Favelas), entendo o tipo de estudo proposto para o local como uma “Urbanização” e “Reurbanização” de favela. Partindo da análise, foram elaboradas algumas diretrizes de projeto elencadas abaixo: - Remoções necessárias das famílias nas quais estão em áreas de risco, incluindo as áreas non aedificandi nas margens do córrego e todo seu perímetro de afastamento. Dessa forma 35 (trinta e cinco) domicílios terão que ser removidos por estarem nessas condições. - Remoções em áreas devido a alargamento de vielas e que a acessibilidade e circulação dos moradores são precárias e em grande parte muito aglomeradas em condições insalubres de iluminação e ventilação adequada, sendo 79 famílias removidas dessas áreas. - A partir das remoções as famílias serão realocadas nas habitações projetadas e inseridas nas mesmas glebas em que foram removidas. - As escadarias existentes que dão acesso à rua Enlevo 03 (três) serão mantidas, e será proposto projeto de requalificação para as mesmas a fim de transformá-las não só em espaço de passagem dos pedestres, como também de permanência da população. - Será proposto também novos espaços livres com o intuito de proporcionar o desafogo do tecido e a articulação da vida cotidiana dos moradores. - Para uma das vielas que permeia quase toda a extensão longitudinal da favela, será proposto o alargamento da malha viária de 03 (três) metros de largura, possibilitando uma circulação adequada e acessivel. A nova via será compartilhada entre pedestres e veículos, porém desestimulando a permanência diária dos automóveis, que poderão utilizar a via apenas em casos de emergência ou extrema necessidade. - A viela que dá acesso à esquina entre a rua do Mar e rua Escaravelho de Ouro, será proposto o alargamento devido as condições precárias do percurso dos moradores. - Partindo das premissas do projeto, será proposto um novo parcelamento das quadras, em revisão ao parcelamento já existente.

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- A requalificação e reimplantação da creche destinada aos moradores, disponibilizada pela igreja da vizinhança. - As áreas livres existentes na favela sendo que um dos seus usos será mantido como quadra de futebol, porém será requalificado nas condições próprias para o uso. Já a outra parte será proposto uma grande praça que irá permear toda a quadra de futebol. - Será proposto ainda em toda sua extensão mobiliarios urbanos, interações e atividades projetadas para as crianças e as famílias, incluindo uma ciclovia interligando os espaços de lazer.

Parque Linear

Parque Linear Praça Áreas livres

Diagrama autoral Mapa base extraido do Geosampa

- Figura 11 Mapa de remoção

Remoção de faixa de 3 metros para alargamento da viela Remoção das casas em área de preservação permanente (APP) Remoção das casas em risco 02 e condições precárias e insalubres Córrego Alargamento de viela Novos acessos Escadarias requalificadas Diagrama autoral

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Mapa base extraido do Geosampa - Figuras 12, 13 e 14 Diagramas de proposta de intervenção


6.1.1 FAVELA GUILHERME BUDE

7. REFERÊNCIAS DE PROJETO

A Favela Guilherme Bude está inserida no município de São Paulo, no Distrito de Tremembé Zona Norte. O projeto faz parte do programa Renova SP-SEHAB/PMSP, junto ao escritório HF arquitetos. Seu perímetro apresenta uma situação na qual os acessos através de escadarias são precários e o local é desprovido de áreas livres de lazer e infraestrutura adequada. Em geral o perímetro é relativamente consolidado tanto em termos físicos quanto sociais. O projeto proposto tem o objetivo de inserir as infraestruturas necessárias associando sua implantação com a criação de espaços públicos de pequena escala, tais como vielas, escadarias, praça e praças. A ação de maior impacto, relacionada a solução de um problema de drenagem, permitiu a criação de um espaço para o lazer infantil vinculado a uma escadaria reconfigurada. Área aproximada: 8.300m2 / Domicílios: 300 / Reassentamentos propostos: 14 (4,6%) (H+F Arquitetos)

O projeto define as escadarias não só como passagem, mas, como áreas de permanência. Intercalando em platôs as escadarias articulam pequenas áreas verdes e áreas que interagem com as crianças e os demais usuários. Em comparação à Favela do Bombeiro, as intervenções realizadas na Favela Guilherme Bude também dizem respeito aos desníveis e a transformação dos espaços ocupados por escadarias. A maneira como definem sua articulação como passagem e local de permanência, áreas livres que se interligam com os degraus e platôs, propondo novos espaços de lazer e dando vida às barreiras físicas que outrora não se integravam ao tecido urbano, mesmo sendo utilizadas como meio de acesso.

as

47


7.1 REURBANIZAÇÃO FAVELA SAPÉ

O perímetro da favela do Sapé encontra-se na região do Rio Pequeno zona Oeste do Município de São Paulo. A reurbanização do Sapé é uma iniciativa da Secretaria da Habitação Municipal de São Paulo (SEHAB).

Os principais objetivos da urbanização do Sapé, são recolocar as famílias que se encontram em área de risco margeando o córrego presente, e prever infraestrutura urbana para os moradores da região. A partir desse levantamento propor novas moradias para reassentar as famílias removidas das condições de risco, buscando articular as novas habitações com as áreas verdes, lazer e ao córrego que vincula os acessos transversais em toda sua extensão.

Essa referência se assemelha às propostas na Favela do Bombeiro no que diz respeito à condição em que se encontra o córrego, os assentamentos e sua extensão que permeia a da área non aedificandi. As condições topográficas também são semelhantes, além da possibilidade de implantação das habitações e das áreas comuns, como a inserção de áreas livres articulando-se entre as vielas e escadarias. Outra referência importante para o projeto de urbanização da Favela do Bombeiro está relacionada à contenção do tipo gabião que foi também na Favela do Sapé. 48


7.2 MORAR CARIOCA - MORRO DOS MACACOS

O projeto define os parâmetros urbanísticos específicos para o perímetro dos espaços livres e vias de conexão com o entorno, de forma a regular e induzir uma ocupação que valorize as intervenções realizadas, potencializando vazios consistentes como propulsores da urbanidade. O projeto de reubanização tem como proposta promover a inserção dos espaços livres, de acordo com as necessidades dos moradores sendo definido pelos mesmos a forma de utilização dessas áreas. A implantação dos edificações são são definidos a paritr de sua topografia ingrime possibilitando uma circulação continua e a integação asáreas livres.

Para a propostade de projeto foi utilizado como referencia as áreas livres inseridas nos miolos, com a intenção de desaglomerar as áreas insalubres e integrando junto aproposta de habitação verticalizada para aproveitar melhor o espaço e promover a circulação continua dos moradores e os usuarios que utilizam a favelacomo passagem.

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8. PROJETO

Imagem autoral

51


O mapa representa as intervenções baseadas das análises e das diretrizes observadas anteriormente, sendo caracterizado em VI intervenções elencadas a baixo: Intervenção I: Inserção das habitações e creche Intervenção II: Escadarias e rampas Intervenção III: Parque Linear e canalisação do córrego Intervenção IV: Praças Intervenção V: Drenagem e pavimentação

INTERVENÇÃO II

INTERVENÇÃO I

INTERVENÇÃO III

INTERVENÇÃO V INTERVENÇÃO IV 52


8.1 CONCEITO

A intenção de projeto parte do estudo do tecido topográfico existente da favela e das relações urbanas existentes da região e do perímetro.

dos no tecido, articulado junto as habitações e integrando as áreas de permanência onde serão previstos incentivos para as crianças e os demais usuários.

A partir das reflexões e estudo das condições precárias em que se encontra a favela, foram instituídas algumas premissas importantes para o conceito do projeto, sendo uma delas a preocupação em preservar os fluxos existentes que fazem parte do cotidiano dos moradores, incluindo novos usos e incentivando a permanência e integrando áreas de lazer, requalificando e sugerindo novas conexões em todo o perímetro.

Em alguns miolos desprovidos de iluminação e ventilação será proposto pequenas praças que proporcionam o desafogo desses espaços, incentivando as áreas de convivência entre os moradores. As praças e escadarias serão demarcados por cor amarela, tornando um marco de todos os acessos e fluxos da favela de forma que as escadarias sejam integradas a praças tornando não somente uma passagem, mas a permanência no local, de maneira a evitar áreas marginalizadas e subutilizadas.

Com base nas premissas e partindo do levantamento dos assentamentos precários e que serão motivo de remoção, o projeto tem como proposta a reposição das famílias retiradas. Dessa forma as disposições das habitações foram pensadas de maneira que possam ser inseridas nos espaços em que ocorreu as remoções, reforçando a ideia de preservar as conexões e a identidade dos moradores da favela. As habitações são caracterizadas por 2 (dois) acessos mediante as condições topográficas, sendo em sua cota mais alta do acesso ao pavimento intermediário sendo aberto ao público trazendo a ideia de mirante já que estão localizados no meio nível da edificação. Dessa forma os pavimentos se dividem em 3(três) acima e de 4 (quatro) a 5(cinco) pavimentos abaixo, dependendo da inserção na topografia.

Diagrama de circulação e ventilação cruzada das edificações

A disposição dos edificios parte da proposta de circulação e ventilação cruzada beneficiando as áreas secas voltadas para a fachada norte e as áreas molhadas para a fachada sul. Dessa forma, as unidades são providas de iluminação e conforto térmico. Os materiais de construção foram pensados de maneira que se articulem com o entorno, sendo utilizado estrutura de concreto e tijolo baiano aparente.

Diagrama de ventilaçaõ cruzada e iluminação

As unidades foram pensadas em relação ao tipo de família e a quantidade de morador por domicilio. Será proposto unidades de 2 (dois) a 3 (três) quartos e unidades de estúdios com planta livre, sendo possível a ampliação destas com a unidade vizinha. As tipologias foram agrupadas em função do cumprimento e características de implantação elencadas abaixo:

Fachada Norte

Tipologia I: 04 edifícios de 45,00 metros Tipologia II: 01 edifícios de 39,00 metros Unidades projetadas: 114 Os fluxos existentes serão requalificados e reinseri-

Fachada Leste/Oeste

Fachada Sul

53


Planta tipo unidade de 62m²

Planta tipo unidade de 52 m ²

Planta tipo unidade de 30 m ²

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Os edificios tipo I caracterizam-se por possuírem 44 metros de comprimento, as unidades são contempladas por seriviços, comércios e uma creche. Juntos as edificações possuem um total de 92 unidades residenciais.

8.2 INTERVENÇÃO I - TIPOLOGIA I

Nas páginas a seguir serão devidamente ampliados para melhor compreenção. área a ser ampliada 1

área a ser ampliada 2

área a ser ampliada 3

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CORTE AA

CORTE BB

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CORTE CC


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CORTE DD

CORTE EE

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CORTE FF


8.3 INTERVENÇÃO I - TIPOLOGIA II Os edificios tipo II caracteriza-se por possuir 39 metros de comprimento, o térreo é contemplado por serviço ecomércio. A edificação possue um total de unidades residenciais. A páginas a seguir serão devidamente ampliados para uma melhor compreenção.

Área a ser ampliada

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79


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CORTE HH


8.4 INTERVENÇÃO II - RAMPAS E ESCADARIAS A interveção II contempla os acessos da favela, como rampas e escadarias, que será devidamente ampliado para melhor entendimento.

Área a ser ampliada

83


84


85

CORTE II


8.5 INTERVENÇÃO III- PARQUE LINEAR A interveção III Contempla um parque linear localizado em toda a extensão longitudinal da favela, dispondo de espaços de lazer, mobiliários, áreas verdes e ciclovia. Os espaços dispostos ao decorrer do parque são caracterizados por pisos de cores diferenciadas. O parque conecta 3 (três) acessos para as áreas internas e externas da favela, sendo parte integrado ao parque.

Área verde Ciclovia Praças

Rua Quadra Gabião - conteção do córrego Córrego canalizado

Rua compartilhada

Área a ser ampliada 1

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Área a ser ampliada 2


AMPLIAÇÃO 1

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CORTE JJ


Mobiliรกrios urbanos

https://www.instagram.com/dwgarquitetura/

Imagem autoral

https://www.viverbem.com.br/2019/01/parque-barigui-academia-ao-ar-livre.html

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Ampliação 2

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CORTE KK


8.6 INTERVENÇÃO IV - PRAÇAS A intervenção IV contempla as praças de desafogo das áreas aglomeradas, com o propósito de trazer iluminação e ventilação para as casas desprovidas, e também incentivando o uso das áreas para convivio e lazer.

Área a ser ampliada

94


AMPLIAÇÃO

Mobiliário Praça Casas

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8.7 INTERVENÇÃO V - DRENAGEM O projeto de drenagem das áreas requalificadas e ruas compartilhadas, será feita através de piso drenante intertravado. Para as ruas consolidadas será feito piso verde nas calçadas, contribuindo para os dias chuvosos.

Detalhe 2 Detalhe 3

Piso pedestre

Piso ciclovia

Piso praças

Ruas compartilhadas

DETALHE PISO DRENANTE

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DETALHE 2 - DRENAGEM DE RUA COMPARTILHADA

DETALHE 3 - DRENAGEM DE RUAS CONSOLIDADAS

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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS Por meio deste foi possível que em meio uma área tão precária, instalada em uma topografia muito assentuada, próximo ao um correto aberto, de elevada densidade e sem infraestrutura, p projeto de reeurbanização da favela Bombeiro, vem para qualificar não só no âmbito da habitação, mas dá configuração viária, no sistema de espaços livres, e equipamentos públicos. Esse projeto é uma alternativa para a realidade desta favela, e que foi proposto segundo a análise crítica e sobreposta de diversos fatores, foi pensando de modo a manter a maior parte das famílias nas suas casas, mas dando a infraestrutura necessário. Por muitas estarem contidas em atrasa de riscos, essas foram passíveis de remoção e realocadas nas habitações de interesse social incorporadas na favela. Entretanto, como a favela está em constante transformação, as medidas adotadas são adequadas para o presente momento, mas que devem ser revistas ou adaptadas com o crescimento da favela.

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Imagem autoral


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Imagem autoral


ral

10. BIBLIOGRÁFIA Prefeitura Municipal de Santo André; Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional; Moradia Social em áreas de mananciais. São Paulo: Annablume, 2004. (Projeto GEPAM,6) MARTINS, Maria Lucia Refinetti; Moradia e Mananciais Tensão e diálogo na Metrópole. São Paulo, FAUSP/FAPESP. 2006 Barrios Populares Medellín: Favelas São Paulo/ organização de Maria Lourdes Zuquim, Liliana Maria Sánchez Mazo e colaboração Yvonne Mautner. São Paulo; FAUUSP, 2017. DENALDI, Rosana; Politicas de Urbanização de Favelas: evolução e impasses. São Paulo; FAUUSP, 2003 LEI Nº 11.977, DE 7 DE JULHO DE 2009. Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV e a regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas; LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012 – CÓDIGO FLORESTAL, Proteção da vegetação nativa; IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Dia Nacional da Habitação: Brasil tem 11,4 milhões de pessoas vivendo em favelas. Disponível: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de- noticias/noticias/15700-dados-do-censo-2010-mostram-11-4-milhoes-de-pessoas- vivendo-em-favelas. Acessado em: 24 de fevereiro de 2019. BONDUKI, Nabil Georges; Origem da habitação social no Brasil, 1994; LEI Nº 12.233, DE JANEIRO DE 2006, Área de Proteção aos Mananciais da Bacia Hidrográfica do Guarapiranga BRUGOS, Rosalina; Periferias urbanas da metrópole de São Paulo: territórios da base da indústria da reciclagem no urbano periférico. AGB – São Paulo; FAUSP 2010

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