Centro Universitário Senac
CONECTANDO ESPAÇOS VAZIOS: REQUALIFICANDO A PRAÇA SEDE PARQUE PINHEIROS
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VANESSA DE OLIVEIRA BRAZ
CONECTANDO ESPAÇOS VAZIOS: REQUALIFICANDO A PRAÇA SEDE PARQUE PINHEIROS
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao
Centro
Universitário
Senac,
como
exigência parcial para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Prof. Ms. Marcella de Moraes Ocke Müssnich
São Paulo 2019
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RESUMO O trabalho surge a partir da falta de áreas de lazer para o uso coletivo devidamente estruturadas dentro da região de Taboão da Serra, consequentemente, em seu momento de descanso e interação social, os cidadãos procuram passear por parques ou praças distantes de suas moradias, por falta de espaços destinados para a promoção do bem-estar, eventos festivos, culturais, lazer, esportivo e de contato com o meio ambiente. Este estudo reforça a importância da preservação do meio ambiente inserindo-o no contexto da cidade, agregando o lazer e seus diversos modelos atuais para atingir a população local. Previsto
no
projeto
espaço
multifuncional
para
que
seja
promovido pela comunidade local, diversificadas atividades ou aulas ao ar livre. Pretende-se também na proposição do projeto adequar os espaços permeáveis, solucionando problemas de drenagem urbana e de qualificação da paisagem com elementos de infraestrutura verde.
Palavra-chave: 1. Lazer 2. Diversificação de usos 3. Interação social. 4. Parque 5. Praça
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ABSTRACT The work arises from the lack of recreational areas for collective use duly structured within the region of TaboĂŁo da Serra, consequently, in their moment of rest and social interaction, citizens seek to stroll through parks or squares far from their homes, for lack of spaces designed for the promotion of well-being, festive, cultural, leisure, sports and environmental contact. This study reinforces the importance of preserving the environment by inserting it in the context of the city, adding leisure and its various current models to reach the local population. Planned in the multifunctional space project to be promoted by the community various activities or classes outdoors. It is also intended in the proposal of the project to adapt the permeable spaces, solving problems of urban drainage and qualification of the landscape with elements of green infrastructure.
Keyword: 1. Leisure 2. Diversification of uses 3. Social interaction. 4. Park 5. Square
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LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - PERPECTIVA FIGURA2-FOTO MESA DE PING PONG EM CONCRETO FIGURA 3 - CONCEPÇÃO DO MOBILIÁRIO FIGURA 4 - FOTO DA QUADRA FIGURA 5 - IMPLANTAÇÃO FIGURA 6 - FOTO DO PROJETO FIGURA 7 - FOTO DO PROJETO FIGURA 8 - FOTO DO PROJETO FIGURA 9 - FOTO DO PROJETO FIGURA 10 - FOTO DO PROJETO FIGURA 11 - FOTO DO PROJETO FIGURA 12 - FOTO DO PROJETO FIGURA 13 - FOTO DO PROJETO FIGURA FIGURA 14 - EST. KIZAEMOM TAKEUTI, 1970. PREFEITURA DE TABOÃO. FIGURA 15 - EST. KIZAEMOM TAKEUTI, 1970. PREFEITURA DE TABOÃO. FIGURA 16 -RECORTE DE TABOÃO DA SERRA COM CENTRALIDADES DEMARCADAS. ACERVO DO AUTOR. FIGURA 17- MAPA DE ZONEAMENTO. ESCALA 1:20000. ACERVO DO AUTOR FIGURA 18 - MAPA ÁREA VERDE E CICLOFAIXA. ESCALA 1:20000. ACERVO DO AUTOR FIGURA 19 - MAPA DE ACESSO AO BAIRRO. ESCALA 1:20000. ACERVO DO AUTOR FIGURA 20 - MAPA DE USO DO SOLO. ESCALA 1:20000. ACERVO DO AUTOR FIGURA 21 - MAPA CHEIOS E VAZIOS. ESCALA 1:20000. ACERVO DO AUTOR FIGURA 22 - MAPA DE VERDE EXISTENTE. ESCALA 1:20000. ACERVO DO AUTOR FIGURA 23 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 24 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 25 -FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 26 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 27 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 28 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 29 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 30 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 31- FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 32 - FOTO ÁREA DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 33 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 34 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 35 -FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 36 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 37 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 38 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 39 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 40 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 41 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 42 - FOTO ÁREA DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 43 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 44 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 45 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 46 - ALAGAMENTO AO LONGO DA BR. SEM ESCALA. FOTO RETIRADA DA INTERNET. FIGURA 47 - ALAGAMENTO AO LONGO DA BR. SEM ESCALA. FOTO RETIRADA DA INTERNET. FIGURA 48: ESPÉCIE: ARPINA PURPURATA, IPÊ ROSA. FOTO RETIRADA DA INTERNET FIGURA 49: ESPÉCIE: ARACHIS REPENS, IPÊ AMARELO. FOTO RETIRADA DA INTERNET FIGURA 50: ESPÉCIE: HEDYCHIUM CONORARIUM, LIRIO DO BREJO. FOTO RETIRADA DA INTERNET FIGURA 51: ESPÉCIE: ZANTEDESCHIA AETHIOPICA, COPO DE LEITE. FOTO RETIRADA DA INTERNET FIGURA 52: ESPÉCIE: ARPINA PURPURATA. FOTO RETIRADA DA INTERNET FIGURA 53 : ESPÉCIE: ARACHIS REPENS, GRAMA AMENDOIM. FOTO RETIRADA DA INTERNET FIGURA 54: ESPÉCIE: TÁBUA. FOTO RETIRADA DA INTERNET FIGURA 55: AMPLIAÇÃO 1. ESCALA 1:1500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 56: CORTE PROJETUAL. ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 57: 3D. ACERVO DO AUTOR FIGURA 58: CORTE PROJETUAL. ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 59: 3D. ACERVO DO AUTOR FIGURA 60: CORTE PROJETUAL. ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 61: 3D. ACERVO DO AUTOR FIGURA 62: AMPLIAÇÃO 2 . ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 63: CORTE PROJETUAL. ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR
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FIGURA 64: 3D. ACERVO DO AUTOR FIGURA 65: CORTE PROJETUAL. ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 66: 3D. ACERVO DO AUTOR FIGURA 67: CORTE PROJETUAL. ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 68: 3D. ACERVO DO AUTOR FIGURA 69: CORTE PROJETUAL. ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 70: 3D. ACERVO DO AUTOR FIGURA 71: AMPLIAÇÃO 3 . ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 72: CORTE PROJETUAL. ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 73: 3D. ACERVO DO AUTOR FIGURA 74: CORTE PROJETUAL. ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 75: 3D. ACERVO DO AUTOR FIGURA 76: CORTE PROJETUAL. ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 77: 3D. ACERVO DO AUTOR FIGURA 78: AMPLIAÇÃO 4 . ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 79: CORTE PROJETUAL. ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 80: 3D. ACERVO DO AUTOR FIGURA 81: CORTE PROJETUAL. ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 82: 3D. ACERVO DO AUTOR FIGURA 83: CORTE PROJETUAL. ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 84: 3D. ACERVO DO AUTOR FIGURA 85: AMPLIAÇÃO 5 . ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 86: CORTE PROJETUAL. ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 87: 3D. ACERVO DO AUTOR FIGURA 88: CORTE PROJETUAL. ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 89: 3D. ACERVO DO AUTOR FIGURA 90: CORTE PROJETUAL. ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 91: 3D. ACERVO DO AUTOR FIGURA 92: AMPLIAÇÃO 6 . ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 93: CORTE PROJETUAL. ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 94: 3D. ACERVO DO AUTOR FIGURA 95: CORTE PROJETUAL. ESCALA 1:500. ACERVO DO AUTOR FIGURA 96: 3D. ACERVO DO AUTOR
37 38 39 39 40 40 41 42 42 43 43 44 44 45 46 46 47 47 48 48 49 50 51 51 52 52 53 53 53 54 54 54 54
SUMÁRIO: APRESENTAÇÃO 1.1 introdução 1.2 problemática 1.3 justificativa 1.4 objetivo CAPÍTULO 1: CONCEITUAÇÃO 2.1 O espaço público e o lazer na cidade 2.3 A praça brasileira e sua formação histórica CAPÍTULO2: MÉTODO E ESTUDO DE CASO 3.1 A Praça dos Nossos Sonhos 3.2 Amenidades Urbanas Setor Esportivo 3.3 Parque ecológico Indaiatuba 3.4 Parque Urbano da Orla do Guaíba CAPÍTULO 3: ÁREA DE ESTUDO 4.1 Histórico e dados regionais 4.2 levantamento do bairro Parque Pinheiros CAPÍTULO 4: PROJETO 6.0 CONCLUSÃO 7.0 REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA
8 9 10 10 10 10
11 12 13 14 15 16 17 17 18 18 19
20 22 24 26 55 56
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APRESENTAÇÃO
1.1 INTRODUÇÃO Com o desenvolvimento econômico industrial de São Paulo no final do Séc. XIX e início do séc. XX, estruturas como a malha ferroviária surgem para o transporte de produtos ao centro da cidade, a população rural caminha-se para os grandes centros em busca de trabalho, simultaneamente a necessidade da construção de moradia aumenta, o veículo particular e a construção de malhas rodoviárias tornam-se parte fundamental do plano urbanístico, e a partir dos anos 60, a era modernista toma conta do pensamento de cidade ideal. As novas edificações, surgem vendendo o individualismo, a segurança, e o espaços de lazer privativos para uso dos moradores, contudo começa a se perder a ideologia de que a cidade era constituída para um aglomerado de pessoas e espaços destinados ao uso público.
Segundo Gehl (2010) as cidades devem pressionar os urbanistas e os arquitetos a reforçarem as áreas de pedestres como uma política urbana integrada para desenvolver cidades vivas, seguras, sustentáveis e saudáveis. Igualmente urgente é reforçar a função social do espaço da cidade como local de encontro que contribui para os objetivos da sustentabilidade social e para uma sociedade democrática e aberta. Uma cidade adequada deve conter segurança, pessoas se movimentando, uma estrutura que permita o caminhar a pé, pedalar, conectividade com atividade rotineiras, diversificação de espaços sociais, culturais, lazer e promover o bem-estar.
Hoje esses polos industriais e as grandes glebas residenciais disseminaram-se pelos municípios adjacentes, surgindo grandes vazios urbanos nas áreas centrais, demarcando grosseiramente, e dividindo toda a cidade com seus muros altos, deixando a cidade e sua dimensão humana cair em esquecimento dentre os tópicos do planejamento urbano. A época da indústria deixou marcas, desde a grande mancha de poluentes nos terrenos centrais, que atualmente é um problema para possíveis ocupações mais adequadas nas áreas centrais da cidade, em busca de uma cidade compacta, visando necessidades atuais a serem atendidas, o enriquecimento do valor dos terrenos próximo á malha dos modais existentes, dessa forma excluindo aqueles que mais fazem uso do transporte público, assim, as regiões periféricas, as quais grande parte dela estão destinadas a áreas de preservação ambiental, e próximas aos cursos de água, começam a ser ocupadas. Os encontros nos espaços públicos da cidade, perder força, são ameaçados pelos obstáculos, ruídos, poluição, riscos de acidentes, enfim, descartados. Assim como ocorreu em toda São Paulo, nas áreas periférica fica bastante clara a falta de presença do poder público para coordenar uma urbanização adequada e para oferecer espaços livres de lazer, podendo nelas, além de preservar, criar usos, como ciclovia, pista de caminhada, quiosques, áreas multifuncionais, e revitaliza, proteger e qualificar os existentes. 9
a
vida
Segundo urbana
Gehl(2013) a cada e para o pedestre
ano, as condições para tornam-se menos dignas.
1.4 OBJETIVO Criar uma praça multifuncional no Bairro Parque Pinheiros, com o
1.2 PROBLEMÁTICA
intenção de definir um local adequado para atividades que atualmente já ocorrem e complementar a intervenção já existente, hoje conhecida como
A falta de espaços pensados, bem definidos e projetados para
Sede do Parque Pinheiros. Com o foco em sediar um novo espaço voltado
abrigar adequadamente programas ou atividades de lazer que já estão
para as crianças e mulheres, para ampliar as atividades de dança e luta que
sendo desenvolvidos, ou podem vir a ser ampliadas, nas áreas periféricas
hoje acontecem no meio da praça, e que vem sendo desenvolvidas de forma
dentro de São Paulo, em conjunto com a preservação, ampliação e
precária sem estrutura inadequada para as atividades. Além disto a Sede
melhorias dos espaços públicos degradados e subutilizados, agindo
Parque Pinheiros possui características esportivas para adultos (quadras de
em conjunto com áreas verdes com estrutura urbana adequada para
futebol, campo, pista de skate, grande fluxo de bicicletas) e de passagem para
resolver problemas de drenagem em áreas pré dispotas ao alagáveis.
os moradores dos dois condomínios HIS, deixando nítido a necessidade de se organizar o fluxo espacial destas atividades devido ao uso continuo do local. Esta nova praça também passará a ser a nova sede de eventos festivos
1.3 JUSTIFICATIVA O município de Taboão da serra, hoje obriga seus moradores a terem que percorrer uma longa distância, para procurar um local de lazer
culturais (festa junina, carnaval, festa de dia das crianças, feira e etc.) que hoje acontecem em meio a Rua Elena Morais de Oliveira, tendo a mesma como única ligação viária da EMEF Prof Maria Alice Borges Ghion e da EMI Pelezinho, promovendo a liberação do viário para melhor atender os usuários do local. Proponho também como parte importante desde projeto, cuidar do entorno
de qualidade, ou restringe em espaços privativos dentro das edificações,
que dão acesso a todo este equipamento existente, ampliando estes acessos,
mediante os locais públicos inadequados e degradados. Tendo em vista
partindo de terrenos próximos que são área com problemas de alagamento.
desta problemática e procurando atender esta demanda, este trabalho surge com a intenção de ampliar e requalificar espaços livres públicos.
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CAPÍTULO 1: CONCEITUAÇÃO 11
2.1 O ESPAÇO PÚBLICO E O LAZER NA CIDADE. A definição de espaço público, assume muitas formas, tamanho, e local, transformando-se no cartão postal de uma cidade, sendo ele desde uma calçada até a paisagem vista da janela, tendo sempre que possível o livre acesso de qualquer pessoa, sem definição social ou étnica. O espaço público cria um cenário para apropriação de pessoas para suas manifestações, eventos festivos, comemorações culturais, comercio mesmo sendo este um espaço fechado ou aberto. Normalmente, a criação de espaços públicos de lazer é do âmbito do Poder Público. Atualmente na cidade de São Paulo, alguns desses espaços tem se reestruturado a partir de uma necessidade de lazer da população local, tendo uma apropriação que acontece por parte dos moradores do bairro. A forma de utilização dessas áreas, muitas vezes, não é prevista pelo poder público. E os motivos para que esses grupos ser organizem são vários e podem ter um caráter esportivo, cultural, educacional, entre outros.
liberdade de expressão artística, política e de participação cívica. Este espaço único não tem classificação estabelecida por princípios religiosos, étnico de gênero ou condições financeiras. Tem sido reforçado a necessidade de criar uma cidade viva, que as pessoas sintam vontade de caminhar pelo espaço público, permanecer no local, pedalar, um convite para uma cidade movimentada, promovendo qualidade múltipla para o urbano. Outros aspectos também são afetados através da transformação destes espaços, taxas de criminalidade local caem, possibilidades de atividades formais e informais surgem a partir de um espaço igual a todos. A saúde melhora, à medida que as pessoas sentem confiança e passam a caminhar e praticar esportes nesses locais. Assim como as cidades podem convidar as pessoas para uma vida na cidade, há muitos exemplos de como a renovação de um único espaço, ou mesmo a mudança no mobiliário urbano e outros detalhes podem convidar
Um bom planejamento deste espaço público, gera igualdade social, levanta questões relativas ao direito das pessoas a liberdade de expressão artística, política e de participação cívica ativa, desfrutando e se engajando na sociedade, quando mal projetado pode tornar a cidade mais segregada, tornando a mesma cada vez mais privatizada, excludente das classes menos favorecidas, com bases na religião, étnica e de gênero. Gerando uma cidade hostil, dividida, e com relações sociais frágeis e conflitos constantes. Incluir pela cidade, uma boa definição deste espaço, está ligado também a segurança dos usuários deste local, visto que a taxa de criminalidade cai quando existe presença do estado, município, da comunidade e do setor privado, unidos para melhor atender o bem-estar das pessoas e dimensionar as necessidades locais. Atualmente, temos percebidos movimentos nas cidades que demandam espaços públicos de qualidade com variada possibilidade de usos. E, além do investimento público tem ocorrido parcerias com o setor privado e envolvimento da sociedade civil na construção desses espaços.
a pessoas a desenvolver um padrão de uso totalmente novo. (GEHL, 2010, p. 28)
Segundo Gehl (2010, p.8) O planejamento físico pode influenciar imensamente o padrão de uso em regiões e áreas urbanas específicas. O fato de as pessoas serem atraídas para caminhar e permanecer no espaço da cidade é muito mais uma questão de se trabalhar cuidadosamente a dimensão humana e lançar um convite tentador. Fica claro a necessidade de espaços para que atividades diversas de interesse social, contato interpessoal, cultural, lazer, possibilidade de parada, descanso, permanência e bate-papo e até mesmo o simples fato de caminhar, está ligado a qualidade da cidade que é uma condição para que tudo isso se desenvolva. Para Gehl (2010) a maior parte das atividades urbanas mais atrativas e populares pertence ao grupo de atividades opcionais e por isso uma boa qualidade urbana é pré-requisito. O desequilíbrio ambiental causado pela escassez de áreas verdes nas grandes cidades brasileiras tem sido motivo de preocupação nas últimas décadas, sendo ponto
Um bom espaço público promove igualdade social, cria relações interpessoais, enfraquece as tensões sociais, levanta questões relativas ao direito das pessoas a 12
crucial nas discussões que ocorrem nas universidades e institutos de pesquisas, no poder público, nas ONGs e na
sociedade em geral. A diminuição gradativa dos espaços vegetados urbanos está fortemente associada ao aumento da impermeabilização e da densidade construída, principalmente das áreas centrais, e ao crescimento horizontal desordenado das zonas periféricas, vque provoca desmatamentos em áreas que antes eram rurais. (SANCHES, 2014, p. 19)
Jan Gelh, arquiteto e urbanista, possui uma visão mais vasta e defende o modelo tradicional do espaço público mais atrativo, que permita a integração de diversos usos e vida social ativa a partir de uma boa arquitetura, que cria uma sensibilidade no usuário, oferecendo um bem-estar. Para ele, é mais significativo projetar edifícios que contribuam para a vida ativa dos espaços públicos, incentivando as experiências que a cidade propícia através da continuação dos usos internos e externos públicos. A medida em que cresce, a cidade perde seu espaço e sua memória, e com a procura e interesses cada vez mais individuais, fica mais fácil cair no esquecimento, porém as diversas necessidades humana ainda precisa ser sanada, e os antigos desenhos e relações com os espaços públicos precisam e devem ser atualizados e modernizados. A cidade deveria confundir-se com o espaço público, o que nem sempre acontece. A coesão social, as trocas culturais, o convívio das diferentes étnicas, de atividades e de classes dao, enfim, expressão á sociedade, mas a simbologia coletiva não necessariamente se materializa no espaço urbano.(CORTÉS, DATA, P.11) Cada vez mais fica nítido que os locais públicos vem perdendo sua importância, espaço e visibilidade, hora disputam com a grande estruturação que a cidade vem obtendo, com o surgimento de grandes empreendimentos, edificações cada vez com mais andares, é perceptível que os moradores tem procurado cada vez mais passar suas horas de distração dentro de shoppings. Uma ideologia de que a cidade é perigosa, muros, câmeras e locais que restringem o acesso começam a surgir, perde-se a relação com a rua, com o caminhar, as trocas culturas e étnicas, o contato com a natureza e sua história.
2. 2 A INFRAESTRUTURA VERDE Nas últimas décadas dentro dos centros urbanizados é perceptível os fenômenos causados pela poluição, que vão desde os problemas na saúde, enchentes, secas e a criação de polos com microclimas, outro o grande desafio das metrópoles contemporâneas tem sido promover e continuar sua centralidade e mobilidade, que é através dos espaços públicos tem sua promoção bem sucedida. A ecologia junto a paisagem, foi inserida entre as necessidades urbanas nos últimos anos, entendendo-se que a interação social humana e a natureza era uma mudança positiva e necessária a ser levada em consideração pelos planejadores urbanos. Tem sido implementada dentre os planejamentos urbanos sustentáveis em várias cidades por todo o mundo, proporcionando diversos benefícios para que os efeitos climáticos sofridos em diversas cidades sejam suportados ou ao menos amenizados. Na cidade do Rio de Janeiro, observa-se um caso de replantio de mata nativa na Tijuca, afim de proteger os mananciais de água da cidade, hoje com a floresta regenerada, nota-se que este maciço auxilia na diminuição da temperatura local. Também é alvo de atividades esportivas, lazer e recreação, ainda abriga um sitio histórico-cultural. Trabalhos como Emerald Necklace de Frederick Law Olmsted, que mesclam sustentabilidade, paisagem urbana e desenvolvimento da cidade, foram um dos primeiros a serem executados no século XIX, consiste em vários parques interligados por mata ciliares dos rios Stony Brook e Muddy, os quais foram recuperados, estabelecendo um sistema hídrico aliado com o esgoto, resolvendo o problema de esgoto sanitário gerado pela indústria e a poluição generalizada, e que era agravada pelas inundações frequentes que geravam epidemias. Até hoje é um modelo de áreas alagáveis, que controla enchentes com melhoria do ar, das águas e do solo, protege a biodiversidade, promove a circulação de pessoas ameniza o clima, tem espaços recreativos e de lazer. A infraestrutura verde, também chama de ecológica, é uma rede de vários fragmentos permeáveis e vegetáveis, com arborização, elas permeiam por locais públicos e privados, conectam-se e definem a paisagem. Procurando manter e restabelecer os processos naturais e culturais que permitem qualidade da vida urbana. 13
As arvores essenciais na infraestrutura verde, têm funções
2. 3 A PRACA BRASILEIRA E SUA FORMULAÇÃO HISTÓRICA
ecológicas insubstituíveis como: contribuir significamente para prevenir erosão e assoreamento de corpos d’água; promover a infiltração das águas das chuvas, reduzindo o impacto das gostas que compactam o solo; capturar gases de efeitos estufa; ser habitat para diversas espécies
A praça brasileira é praticamente desconhecida em sua essência, destacando-se como jardim e em outra hora como praça de esportes, desde os primórdios das colônias, desempenha um papel profundo no contexto das relações sociais, sendo vista como um ponto de encontro de toda a população, sem definição de uso único.
promovendo a biodiversidade, mitigar efeitos de ilhas de calor, para citar algumas. A floresta urbana consiste no somatório de todas as árvores que se encontram na cidade, em parques e praças, ruas e fragmentos de matas ( Hough, 1984 e 1994; Newnam et al.,2009).
Consiste em intervenções de baixo impacto na paisagem e de alto desempenho, envolvendo espaços multifunciais e flexíveis, incluindo diversas funções que atendem necessidades humanas ao longo do tempo, procura atender o transporte não poluente alternativo, estimulando uma vida ativa ao usuários deste espaço. Pode constituir-se em um suporte para a cidade, quando bem implantada e monitorada, proporciona fontes renováveis, e uma rápida recuperação aos eventos climáticos. É preciso ter uma boa abordagem sistêmica para alcançar um projeto bem sucedido de infraestrutura verde. vv Tem sido desenvolvida para manter e restabelecer a natureza e seus recursos hídricos e bióticos, e estimular a circulação e o conforto das pessoas, algumas implantações destes espaços são jardins de chuva, biovaletas, lagoas de infiltração (de detenção) e pluviais, teto verde e muro verde, pisos drenantes e outras.
Segundo Fabio Robba (2002) As transformações ocorridas na segunda metade do século XIX, com o enriquecimento do país em função da exportação de produtos como o café e a borracha, foram marcantes e sinalizaram mudanças significativas na forma da construção da cidade brasileira no final do século XIX e começo do século XX. As ruas e praças mais importantes passam a receber tratamento de jardim, sendo ornadas com canteiros de arvores e flores ornamentais. Belo Horizonte foi planejada e implantada como a primeira cidade republicana do Brasil, repleta de jardins projetados, um parque urbano, avenidas e boulevards. A estruturação urbana na colônia, partia da doação de uma área de sesmaria para determinado santo, e assim a criação de uma capela e intuição de uma paroquia em seu louvor. Não existia proprietário absoluto da terra, e sim um sistema de exploração. Iniciava-se assim o desenho urbano das cidades no Brasil, com partida em volta de uma capela, e que a partir daí surgiam conexões, ruas, largos, pequenos espaços de terras (lotes), e os adros das igrejas, espaços livres em frente a capela, destinado ao primeiro espaço público brasileiro, assim começam a surgir as praças. Estas tinham como características brasileiras, seus templos ou edificações importantes governamentais passam a serem implantadas nas suas mediações. A praça é um elemento urbano. Por ser um dos fragmentos do mosaico espacial que compõe a cidade, a praça está intimamente ligada as questões sociais, formais e estéticas de um assentamento. Não é possível falar sobre praças sem analisar o contexto urbano no qual estão inseridas. (Robba, 2003, P.18)
A construção do passeio público no Rio de Janeiro foi motivada pelas novas ideias que surgem na Europa, com intensão de usufruto dos espaços ao ar livre para a burguesia mercantil, podendo exibir suas riquezas dentro da cidade, porém a diferença social e economia entre os povos, trouxe ao Rio de Janeiro, um espaço 14
vazio, inseguro e pouco atraente para os recursos públicos. Apenas a partir de 1860, que inicia-se o habito de caminhar ou passear pelo jardim botânico, momento em que estes locais ganham visibilidade e intenção de restaurações. No centro de São Paulo, as praças feitas durante o século XX, são influenciadas pela estética e o funcionalismo moderno norte – americano, que tinham uma ideologia de refúgio urbano, com conceito de parque nacional, parque urbano e jardins privativos, sem diálogo com o espaço urbano, ignorando o entorno existente. Os jardins particulares e as edificações com áreas verdes começam a surgir pela cidade, a população começa a cair na graça e apreciar a vegetação, entre o século XIX e começo de XX, a influência de outros países para a transformação de um pais colonial para uma cidade republicada começa, e é refletida em bairros-jardins, boulevards, parques urbanos, avenidas e grandes outras transformações pela cidade, , fazendo uso de cor e vegetação tropical, as pracas recebem tratamento de ornamentação e canteiros ajardinados. Com a modernização da cidade a praticar da segunda metade do século XX, a crescente atividade comercial implanta o modelo industrial, trazendo desta forma a população trabalhadora para a cidade, as ruas e largos apertadas perdem seu espaço para novas e mais largas vias ajardinadas no canteiro central, o valor da terra aumenta, os espaços livres públicos passam a não serem mais encontrados com facilidade, tornando-se uma das poucas opções de área de lazer existente pelo núcleo urbano, porém o esporte, ainda é tratado de forma excludente, deixando as classes mais pobres sem acesso aos clubes. O jardim californiano ganha imensa popularidade, Roberto Burle Marx é conhecido por ter uma abordagem distinta do então paisagismo californiano, a partir de 1940, começam as mudanças de concepção deste espaço livre pela cidade brasileira, parques e praças agregam programas de lazer voltado ao esporte e a recreação da criança. A partir dos anos de 1970, com o grande crescimento populacional urbano, a reconstrução da infra-estrutura da cidade foi inegável, a necessidade de se atender as demandas de transporte, habitação e lazer tornasse obrigatória, nas áreas centrais, as praças e parques tem características mais marcantes de passeio, conexões de transporte, estações e praças-edifícios, já nas áreas de habitação consolidasse como uma grande área de lazer, além de servir para o convívio das pessoas, na denominada era moderna, passou a ser incorporado o lazer cultural, a recreação infantil e o lazer do esporte, como pontos importantes e serem atendidos neste novo desenho de espaço. Em conjunto com as até aqui denominados requisitos básicos para obter sucesso
em um bom desenho de praça moderna, uma nova linha toma conta dos pensadores e arquitetos brasileiros, nomeada de contemporânea, essa nova corrente projetual tem aceitado diversas formas de difundidas propostas. Liberdade e irreverência são as palavras mais adequadas para definir essa linha de projeto de formação. Desenhos arrojados, geométricos, cênicos, coloridos, gráficos orgânicos, evocativos e celebrando formas do passado ou antigos ícones são aceitos e propostos, além de serem implantados elementos equipamentos dos mais diversos tipos e formas, como pórticos coloridos, colunas, ruinas, esculturas. (Robba, 2005, P.42)
2.2 A IMPORTÂNCIA DE CAMINHAR Estudos comprovam a importância de garantir um ambiente urbano que as pessoas almejam ter em seu percurso diário, ruas vibrantes, cheias de vida e convidativas tem tido impactos consideráveis na saúde, nos Estados Unidos, na década de 70, 1 a cada 10 americanos era obeso, até 2007, esse numero foi para 1 a cada 3 americanos. A ligação entre o uso do automóvel e doenças como a obesidade, a asma e a rinite, surge como uma das causas como agravante, a época do rodoviarismo vivenciado não apenas nos Estados Unidos, teve impactos significativos aos moradores das cidades, devido ao pensamento em constituir novas e maiores rodovias, e negligenciando os demais meios de transporte ( ônibus, trem, bicicleta, etc), o uso constante do carro, e a aceitação do transito, ocupa o tempo que poderiam ser gastos com caminhadas, exercícios físicos, tendo reflexo significante na saúde, na economia tento em vista os gastos com remédios e tratamentos. Speck fala que para ter na cidade uma caminhabilidade correta, é preciso seguir os seguintes passos: 1- Por o automóvel em seu lugar, 2- Mesclar os usos, 3- Adequar o estacionamento, 4- Deixar o sistema de transporte fluir, 5- Proteger o Pedestre, 6- Acolher as bicicletas,
7-Criar bons espaços, 8- Plantar arvores, 9- Criar Faces de Ruas Agradáveis e Singulares, e 10- Eleger suas prioridades. 15
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CAPÍTULO 2: MÉTODO E ESTUDO DE CASO
3.2 AMENIDADES URBANAS SETOR ESPORTIVO Projeto: Amenidades Urbanas Setor Esportivo. Localização: Caracas, Distrito Capital, Venezuela. Arquitetos: Ricardo Sanz Sosa & Rodrigo Marín Briceño Data: 2015 FIGURA 1 - PERPECTIVA
FIGURA 2 - Foto mesa de ping-pong em concreto.
Apartir da implantação de um grande conjunto de interesse habitacional ao longo da Avenida Bolívar em Caracas, surge um vazio urbano na continuidade do terreno, então um concurso foi lançado com o intuito de melhor adequar aquele espaço para o uso predominante determinado pelos moradores, a proposta vencedora foi escolhida por arquitetos e os usuários do local. Disponivel em: https://www.archdaily.com.br/br/908398/amenidades-urbanas-setor-esportivo-ricardo-sanz-sosa-androdrigo-marin-briceno FIGURA 3 - CONCEPÇÃO DO MOBILIÁRIO
FIGURA 4 - FOTO DA QUADRA
3.1 PRAÇA DOS NOSSOS SONHOS Projeto: A Praça dos Nossos Sonhos Localização: Remansito, Paraguai Arquitetos: Lukas Fúster Data: 2012 A escolha desse projeto para estudo de caso, é relevante pela forma que foi realizado o estudo preliminar do projeto, afim de atender os moradores local, procurando integrar e ouvir as necessidades levantadas durante o processo criativo, mediante debates, encontros e várias oficinas organizada para os moradores, incluindo adultos, crianças e adolescentes, com o foco em estruturar uma praça ideal, que reflita sobre o direito de brincar e a importância do espaço publico, surge então uma série de desenhos de brinquedos, modelos de mobiliários e usos que foram usados para o desenvolvimento do projeto. Disponivel em: https://www.archdaily.com.br/br/764076/a-praca-dos-nossos-sonhos-lukas-fuster
FIGURA 5 - IMPLANTAÇÃO
FIGURA 6 - FOTO DO PROJETO
FIGURA 7 - FOTO DO PROJETO
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3.3 PARQUE ECOLÓGICO INDAIATUBA
FIGURA 8 - FOTO DO PROJETO
FIGURA 9 - FOTO DO PROJETO
FIGURA 10 - FOTO DO PROJETO
Localização: Indaiatuba, São Paulo. Arquitetos: Ruy Ohtake Data: 2015 Convidado pelo prefeito de Indaiatuba na época (por volta de 1991), Clain Ferrari, para desenvolver um plano diretor para a cidade Ruy Ohtake vai até Indaiatuba, onde realiza uma visita pela cidade e conhece o córrego Barnabé, antes poluido e hoje torna-se o atual parque. Confiante de que não seria possivel recuprerar o córrego, Ohtake usou a lei federal que impõe 15% de área verde para todos os loteamentos e disse para o prefeito conversar com os fazendeiros. Primeiro na recuperação do córrego, ajustando o relevo, com plantio do gramado, das árvores e da construção dos primeiros equipamentos – visando as crianças, para que elas tivessem uma área pública para seus jogos brincadeiras, desde pelada de futebol até parque infantil, depois caminhada para quem quisesse caminhar, principalmente o pessoal mais idoso e áreas para shows e cultivos de árvores brasileiras. Disponivel em: https://www.archdaily.com.br/br/764076/a-praca-dos-nossos-sonhos-lukas-fuster
3.4 PARQUE URBANO DA ORLA DO GUAÍBA Localização: Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil Arquitetos: Paulo Kawahara, Valéria Bechara, Gianna Rossanna De Rossi, Ariadne Daher, Felipe Guerra, Fernando Popp, Taco Roorda, Data: 2018
FIGURA 11 - FOTO DO PROJETO
Um projeto focado em regeneração de efeitos sociais, econômicos e ambientais sistêmicos. Conectam-se as pessoas, a cultura, a história e a natureza em um círculo virtuoso de valorização, bem conectado à malha urbana, sendo de fácil acesso aos pedestres e ciclistas, metrô, ônibus e automóveis em geral. As qualidades arquitetônicas do projeto estão ligadas a forma como ele se insere na paisagem, tirando partido da topografia para acomodar a infraestrutura necessária e criar passeios de contemplação do cenário. Os materiais são concreto, vidro, madeira e aço em seus acabamentos naturais, garantindo leveza ao conjunto.
FIGURA 12 - FOTO DO PROJETO
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FIGURA 13 - FOTO DO PROJETO
https://www.archdaily.com.br/br/907892/parque-urbano-da-orla-do-guaiba-jaime-lerner-arquitetosassociados
CAPÍTULO 3: ÁREA DE ESTUDO 19
4.1 HISTÓRICO E DADOS REGIONAIS Como a grande maioria das cidades que nasceram em torno de uma igreja central ou da câmara ou ainda do cruzamento de vias, no início do século XVI, o municipio de Taboão, era apenas uma das muitas vilas e inumeráveis bairros pertencentes à então crescente e progressista São Paulo de Piratininga. Surgindo simultaneamente a partir de três diferentes núcleos de povoamento, e um deles eram o bairro em estudo, que viria a ser nomeado d e Jardim Santa Luzia. Outros núcleos de povoamento se expandiam simultaneamente, o Pirajuçara antigo, e a Vila Iasi onde o se instala a primeira indústria da cidade, com seus laboratórios de sorologia e vacinas, empregava um grande número de pessoas que aos poucos foi se estabelecendo como moradores da região. Em meados de 1910, um vilarejo foi definitivamente instalado as margens do córrego Poá e Pirajuçara, sendo longe de tudo, os moradores precisavam ir a pé até a região do Butantã para ir ao Centro da Cidade, nessa época o município era um subdistrito de Itapecerica da Serra. Por volta de 1915, a circulação rodoviária provocou o surgimento de pequenas aglomerações de pessoas ao longo das estradas, foram chamados de “povoadosentroncamentos”. Em 1919, chegaram os primeiros japoneses em Taboão da Serra que se acomodam nas terras próprias para a agricultura, localizadas próximo a atual Avenida Kisaemom Tekauti. Na década de 50, os moradores já chegavam a quase cinco mil moradores, e, em 1953, Taboão continuava sendo um bairro, só que agora do Embu. Por muitos anos o município ficou conhecido como cidade dormitório e ao longo da BR 116, área dominada pelo polo industrial, sendo este o perfil principal de desenvolvimento econômico até 1990, porém não era o suficiente para suprir a mão de obra existente, fazendo com que a população local necessita-se procurar emprego no centro de São Paulo, caráter este que é recorrente até hoje, sendo notório o grande fluxo de entrada e saída de veículos através das avenidas principais de acesso a região e também da BR 116, que atravessa o município. 20
A partir dos anos 2000, a região passa por uma mudança econômica, perdendo seu caráter de polo industrial, devido ao tráfego intenso de veículos particulares, por ser uma rota utilizada pelos municípios vizinhos como acesso a São Paulo, e passa a ser de caráter comercial, onde grandes varejistas se instalam, Grupo Pão de Açúcar, Carrefour, Wal Mart e a Nacional Iguatemi. O município se estende por 20,3 km² e contava com 244 528 habitantes no último censo. A densidade demográfica é de 12 051,7 habitantes por km² no território do município.
FIGURA 14 - EST. KIZAEMOM TAKEUTI, 1970. PREFEITURA DE TABOÃO.
FIGURA 15 - EST. KIZAEMOM TAKEUTI, 1970. PREFEITURA DE TABOÃO.
Disponível em: http://www.taboaohistoriaememoria.com.br/maissearch.php?art_id=156
FIGURA 16 -RECORTE DE TABOÃO DA SERRA COM CENTRALIDADES DEMARCADAS. ACERVO DO AUTOR.
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4.2 JUSTIFICATIVA DO BAIRRO E DO TERRENO. Hoje o acesso ao Bairro Parque Pinheiros para quem vem sentido dos Municípios de Itapecerica da Serra e Embu das Artes, ou da Cidade de São Paulo, é por meio da BR 116 ou pela Av. Laurita Ortega Mari, e para os que vem de Campo Limpo, ou circulam por Taboão da Serra o acesso acontece pela Estrada Kizaemon Takeuti. Analisando o Zoneamento (2007) para o bairro Parque Pinheiros, é percepitível como o território é dominado pela Zona Mista, e Zeis1, fazendo jus ao uso do solo real FIGURA, ponto este importante para a justificativa deste projeto, procurando atender o lazer desda area predominantemente residencial. É notorio a pouca area destinada a perservação ambiental, sendo esta, esquecida pelo poder público, e transformando-se em uma barreira urbana, um espaço esquecido, sem uso e deteriorado. Ainda tratando sobre o Zoneameto, outro ponto a ser avaliado é a ZI, terreno este que faz divisa com o local escolhido para a proposta a ser lançada, esta grande gleba industrial cria uma sensação de vazio urbano e abandono ao longo da Av. Laurita Ortega Mari, muros e gradis extendem-se ao longo de toda a sua via, e hora a calçada esta deteriorada, ou não tem espaço suficiente para o pedestre percorrer seu caminho de forma segura, precisando andar pela Avenida. O terreno escolhido, esta inserido em Zeis1, espaço o qual devido a implantação do conjunto de HIS, tornou-se um ‘resto’ urbano sem uso destinado, acarretando em uma grande barreira urbana, que já coexistia devido a ZI, dividindo e excluindo ainda mais este pedaço do bairro. Em parte do terreno hoje, já estão implementadas as escolas, EMEF Prof. Maria Alice Borges Ghion, EMI Pelezinho, nesses zoneamentos. Analisando o mapa de cheios e vazios, deixa claro como o bairro é intesamente denso, em sua grande parte ocupado por lotes com uma frente pequena, sobrando pouco espaços que podem ser destinados para inserir equipamentos para o lazer, além do local destinado a preservação ambiental, parte do terreno hoje destinado a área industrial, localizado a beira da BR116, e a Praça Parque Sede Pinheiros, que tem acessos pela Rua Manoel Gonçalves, Rua Mario Lotorre e Rua Helena Moraes de Oliveira.
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Outro motivos que levaram a escolha este terreno, foi o fato em que nos últimos anos o local acabou recebendo diversas modificações para transformar a área com a intenção de suprir a necessidade de um espaço de lazer local, tendo em vista o seu entorno, que se localizam dois condomínios HIS. Como já citado, o terreno é uma barreira devido a sua posição territorial, pois ele é localizado em uma rua sem saída, e que se dá acesso ao conjundo de HIS, escolas como EMEF Prof. Maria Alice Borges Ghion, EMI Pelezinho, e em seu entorno, faz divisa com áreas indústriais, e residências, ou seja, um encontro de usos mistos no entorno, mas que também é um importante local de passagem dos estudantes, que cruzam o terreno para acessar a escola EE Maria Aparecida Nigro Gava. Apesar de todas as tentativas de transformações já implantadas, é notório que este local ainda não é convidativo a população, pois, apenas os que o conhecem, sabem de sua existência, ou seja, os moradores do entorno. Muito esses projetos contribuem para sua degradação, uma vez que utilizam de equipamentos urbanos de má qualidade e padrão, não sendo um projeto qualificado aquela região, que respeite os usuários e as necessidades dos mesmos. Fortificando mais uma vez, a necessidade extrema de um projeto que integre os espaços, se preocupe com a inserção no dia a dia das pessoas e com o que efetivamente é necessário para as mesmas.
FIGURA 17 - MAPA DE ZONEAMENTO. ESCALA 1:20000. ACERVO DO AUTOR FIGURA 18 - MAPA ÁREA VERDE E CICLOFAIXA. ESCALA 1:20000. ACERVO DO AUTOR FIGURA 19 - MAPA DE ACESSO AO BAIRRO. ESCALA 1:20000. ACERVO DO AUTOR FIGURA 20 - MAPA DE USO DO SOLO. ESCALA 1:20000. ACERVO DO AUTOR FIGURA 21 - MAPA CHEIOS E VAZIOS. ESCALA 1:20000. ACERVO DO AUTOR FIGURA 22 - MAPA DE VERDE EXISTENTE. ESCALA 1:20000. ACERVO DO AUTOR
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4.3 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO TERRENO
FIGURA 23 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 24 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 25 -FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 26 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 27 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 28 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 29 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 31 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 32 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 33 - FOTO ÁREA DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR
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FIGURA 34 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 35 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 36 -FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 37 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 38 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 39 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 41 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 42 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 43 - FOTO DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR FIGURA 44 - FOTO ÁREA DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR
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CAPÍTULO 4: PROJETO
PARTIDO ARQUITETÔNICO
AVALIAÇÃO DE ÁREA ALAGÁVEL
O partido arquitetônico desse projeto surge como CONEXÃO, pois é a partir da integração de diferentes trechos, encorpados a um único desenho de piso, que conecta todos os locais no perímetro. Ligando os espaços existentes e os propostos, em um únicos desenho, com a intenção de se transformar em um novo polo de lazer, cultura e integração da população. Este novo piso requalifica os trechos de calçada ao longo da Rua Helena Moraes de Oliveira, e incentiva o visitante a entrar no espaço dentro da intervenção, passando por diferentes mobiliários e áreas dentro do parque, e se conectando ao segundo trecho, localizado ao longo da BR116, que por sua vez, será responsável por definir um novo acesso aos moradores do bairro, que anteriormente não contavam com calçadas em seu percusso. Eis que, dentro do parque, é criado um caminho de ipês, que pretendem marcar visualmente o passear, incentivando, mais uma vez, o caminhar pelo local, sendo um ponto atrativo, que busque sempre a integração do pedestre com o parque, visualmente e estéticamente.
Após uma análise do bairro Parque Pinheiros, ficou claro a necessidade de requalificar e ampliar o Sede Parque Pinheiros, levando em consideração que este espaço, nos últimos 10 anos, tem sido alvo de diversas adequações para atender o lazer local, incluindo novas quadras para diversificados esportes. Este projeto nasce com o intuito de integrar a praça, ao contexto urbano, fazendo partido da requalificação das calçadas existentes, que irão percorrer o entorno desta quadra, conectando-se com resquícios de terrenos sem uso, que serão utilizados para ampliar o projeto. A implantação do projeto inicia-se respeitando os caminhos de passagem feitos pelos moradores, e integrando novos caminhos trazendo o pedestre para dentro da intervenção, promovendo um novo passeio seguro, tendo como ponto de partida, a falta de calçadas adequadas em algumas partes da quadra, integrando estrutura alagáveis e paradas estratégicas da água, que se justifica devido o caminho do curso de água natural, ter sido parte soterrado inicialmente para que infraestruturas rodoviárias como a implantação da BR116 acontece-se, e com o passar do tempo, a implantação de edificações como o mercado Assaí e outros, ao longo da rodovia e do Córrego Poá, que impermeabilizam o solo próximo ao caminho percorrido pela água de forma natural. Outro fator importante para a piora com relação a área alagadiça, foi a chegada da empresa Cinpal ao lado sul da BR, no ano de 2015, para sua implantação, foi realizado um grande aterro, elevando cerca de 10 m de altura do nível original. Parte da antiga canalização existente, será mantida, a nova infraestrutura virá com intenção de apoio em momentos de intensa chuva.
FIGURA 45 - FOTO ÁREA DO TERRENO. ACERVO DO AUTOR
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ESC: 1/4000
FIGURA 46 - ALAGAMENTO AO LONGO DA BR. SEM ESCALA. FOTO RETIRADA DA INTERNET.
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FIGURA 47 - ALAGAMENTO AO LONGO DA BR. SEM ESCALA. FOTO RETIRADA DA INTERNET.
LISTA DE PLANTIO: Plantio Jardim de chuva:
Plantio caminho dos ipês:
Figura 48: Espécie: Arpina purpurata Ipê rosa
Figura 49: Espécie: Arachis repens Ipê amarelo
Plantio Biovaletas:
Figura 52: Espécie: Arpina purpurata
Figura 50: Espécie: Hedychium conorarium Lirio do brejo
Figura 51: Espécie: Zantedeschia Aethiopica Copo de leite
Plantio área alagavel:
Figura 53 : Espécie: Arachis repens Grama amendoim
Figura 54: Espécie: Tábua
29
5 5
66
IMPLANTAÇÃO ESC: 1/1500 30
4
4
3
1
2 Ampliações
31
Tirando partido da topografia do terreno, e escolhendo o trecho que consiste em menor aclive, e divisas com muros, para que seja implantado estruturas ajardinadas, desenvolvendo funções como de jardim de chuva, biovaletas
e
canteiros
aquáticos.
E os locais de maior aclive, será implantando praças, infraestrutura para drenagem correta, pisos drenantes e acessibilidade, com inclinação mínima para as paredes afim de chegar aos canteiros ajardinados. Nesta parte do projeto, um espaço para conter as chuvas fortes foi projetado, auxiliando um possível o alagamento na BR116. 32
AMPLIAÇÃO 1 ESC: 1/1500
FIGURA 43: AMPLIAÇÃO. ACERVO DO AUTOR
CORTE AA ESC: 1/500
33
CORTE BB ESC: 1/500
34
CORTE CC ESC: 1/500
35
AMPLIAÇÃO 2 ESC: 1/500 36
CORTE DD ESC: 1/500
37
CORTE EE ESC: 1/500
38
CORTE FF ESC: 1/500
39
Sendo este um novo terreno encorporando a praça existente, este espaço que antes era um vazio urbano, passará a ser o espaço para desenvolver atividades com caráter educativo. Constituído de uma marquise com grandes placas de metal que podem modificar este espaço, podendo se transformar em um local mais aberto, ou mais fechado, dependendo de qual for o uso do dia. Por este terreno estar entre as duas escolas que constroem o entorno, este foi o melhor lugar escolhido para desenvolver esta parte do projeto, assim, tanto poderá ser usado para as aulas já desenvolvidas em meio a praça Sede Pinheiros (dança e luta para as crianças), como pode sediar atividades como feiras culturas, festas juninas, realizadas 40 pela comunidade e pela escola.
AMPLIAÇÃO 3 ESC: 1/500
CORTE GG ESC: 1/500
41
CORTE HH ESC: 1/500
42
CORTE II ESC: 1/500
43
Na praça Sede Parque pinheiros, foi redefinido os passeios, o playground será ampliado, e será criado um espaço para uma academia ao ar livre, levando em consideração os levantamentos realizados durante a visita técnica, onde em conversa com a população, os mesmos queixaram-se de falta de mobiliários, e de mal conservação do espaço atual.
AMPLIAÇÃO 4 ESC: 1/500 44
CORTE JJ ESC: 1/500
45
CORTE QQ ESC: 1/500
46
CORTE KK ESC: 1/500
47
Retirando as grades da praça para
promover
maior
integração,
além do novo piso já citado, procuro estabelecer durante estes passeios, espaços de contemplação a natureza, nesta parte do projeto clareiras surgem, respeitando a vegetação existente, e novas propostas, desenvolvendo sensações aos visitantes.
AMPLIAÇÃO 5 ESC: 1/500 48
CORTE LL ESC: 1/500
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CORTE MM ESC: 1/500
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CORTE NN ESC: 1/500
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CORTE OO ESC: 1/500
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CORTE PP ESC: 1/500
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5.0 CONCLUSÃO Foi proposto através deste trabalho o estudo dos conceitos de espaços públicos, estudos de caso e escolha do local para assim realizar um projeto de requalificação e agregar um novo espaço público, levando em consideração uma área que a alguns anos tem recebido mudanças para melhor atender o lazer dos moradores locais, aproveitando desta iniciativa, fazendo partido de espaços urbanos degradados próximos a intervenção existente, e sem uso adequado, este estudo tem a intenção de requalificar um espaço que antes era um grande vazio urbano. É preciso resgatar na história da cidade a importância da praça para a sociedade, e quais as suas funções, procurando rebate-las nas atividades sociais desenvolvidas atualmente, e estruturar esses espaços para abraçar diversos usos, e que com o tempo, este local não perca a sua essência e importância para as pessoas.
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7.0 BIBLIOGRAFIA: JACOBS, Jane. Morte e Vida de Grandes Cidades. São Paulo, WMF, Martins Fontes, 2003. KLIASS, Rosa Grena. Parques Urbanos de São Paulo. São Paulo, DOCUMENTOS ONLINE:
Editora Pini,1993. LEITE,
Carlos.
Cidades
sustentáveis,
cidades
inteligentes
–
desenvolvimento sustentável num planeta urbano. Bookman. MAGNOLI, Miranda Martinelli. Paisagem Ambiente: Ensaios – Nº 21. São Paulo, 2006. MACEDO, Silvio Soares e SAKATA, Francine GRAMACHO. Parques Urbanos No Brasil. São Paulo, Edusp, 3ª Edição, 2010. SANCHES, Patrícia, de áreas degradadas a espaços vegetados, 1 edição, São Paulo .Editora Senac 2011. SUN, Alex, Projeto da praça convívio e exclusão no espaço público, 2 edição, São Paulo. Editora Senac 2008. ROBBA, fabio, Praças brasileiras, 1 edição, São Paulo. Editora Senac, 2002. ABBUD, Benedito, criando paisagens, 4 edição, São Paulo. Editora Senac, 2010.
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Prefeitura de São Paulo < https://ts.sp.gov.br/leis-e-normas/plano-diretor acessado em 29/04/2019 > Pedrotti, Gabriel, A praça dos sonhos, 2015. < https://www.archdaily.com. br/br/764076/a-praca-dos-nossos-sonhos-lukas-fuster. Acesso em 24/04/2019> Brany, Julia. Caracas: O mais recente de arquitetura e notícia, 2015, link: https://www.archdaily.com.br/br/tag/caracas, acesso em 30 de abril de 2019. Medeiros Joçai. Construção da cidade,2017. link : http://www. taboaohistoriaememoria.com.br/maissearch.php?art_id=156,
acesso
em
05/05/2019. Brant, Julia. Amenidades Urbanas Setor esportivo, 2015. Link: https:// www.archdaily.com.br/br/908398/amenidades-urbanas-setor-esportivo-ricardosanz-sosa-and-rodrigo-marin-briceno acesso em 24/04/2019.