projeto álbum 'Chaos A.D.' (1993) | Sepultura | outubro 2013

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Dias 24, 25 e 26 de outubro de 2013 F

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Quinta, Sexta e Sábado, às 21h30

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projeto álbum Se o avanço tecnológico trouxe novas e importantes possibilidades para a música, afora nostalgias e romantismos – o vinil praticamente definiu um formato de fruição musical, consolidando grande parte do arquivo sonoro feito no país com o manuseio da agulha entre uma faixa e outra para mudar de música, a capa em formato grande, o conceito de um trabalho expresso na sequência das faixas e o lado A e o lado B. O projeto Álbum remonta períodos da música brasileira por meio de registros fonográficos que ajudaram a construir sua história. São discos considerados clássicos por apresentarem em seu conteúdo inovações estéticas que influenciaram gerações, trazendo à tona o contexto político e a estética de uma época.

Resgatar títulos expressivos da discografia da música brasileira e apresentá-los para o público em formato de show, abre uma possibilidade sem precedentes para a revitalização da memória cultural do país, bem como para a difusão de uma cultura que deve, necessariamente, ser dinâmica e transformadora.

Lançar um olhar para o passado compreendendo-o como um ponto norteador para o entendimento do presente, propiciando assim um campo fértil para construção do que está por vir, é uma das ações constantes do Sesc. A tradição e a inovação mantêm diálogo no dia-a-dia da instituição, ambas entendidas de maneira que o estreitamento e a permeabilidade do relacionamento entre gerações contribuam e incentivem o surgimento de novos paradigmas para a arte e para a cultura.

Sesc Belenzinho

Próximo de completar 30 anos de estrada, o Sepultura comprova que sempre soube lidar muito bem com as mudanças. Incorporando ao seu trabalho cada uma das transformações pelas quais passou ao longo da carreira, construiu uma identidade reconhecida em todo o mundo. O álbum Chaos A.D., gravado em 1993 pela formação Max Cavalera (guitarra e vocal), Andreas Kisser (guitarra solo), Paulo Xisto (baixo) e Iggor Cavalera (bateria), demonstra isso com clareza. Àquela altura, com quase 10 anos de atividade, a banda já contava com uma bagagem digna de respeito. Das raízes death metal dos primeiros discos à surpreendente evolução apresentada pela trinca Schizophrenia (1987), Beneath the Remains (1989) e Arise (1991), o grupo, então já entre os grandes nomes do thrash, nunca deixou de lado a busca por novos elementos musicais. Nesse sentido, Chaos A.D., mais que uma evolução técnica, significou uma explosão criativa: carregava um estilo único, diferente de tudo o que havia sido feito dentro dos limites do thrash metal. As músicas ganharam variações rítmicas complexas, repletas de síncopes e contratempos. Composições lentas e cadenciadas dividiam espaço com outras muito próximas do industrial e do hardcore. A bateria teve papel importante nessa reviravolta, ao trazer elementos percussivos tribais para o som da banda, aproximando-o da música brasileira.

Compondo a cozinha, a presença do baixo também foi acentuada, com maior destaque para o instrumento. Os riffs e solos de guitarra se tornaram mais despojados, ao mesmo tempo em que mantiveram o peso e agressividade característicos. Os vocais foram acrescidos de novos timbres, alternando entre passagens guturais, distorcidas, sussurradas ou quase faladas. As letras, por sua vez, passaram a abordar questões políticas e sociais de forma ainda mais explícita, muitas vezes flertando com o punk, com uma forte crítica à barbárie contemporânea. Dessa mescla saíram clássicos absolutos como Refuse Resist, Territory, Slave New World e Propaganda, até hoje recebidas com entusiasmo nos shows da banda. Tudo isso parece assustadoramente vivo nesse álbum que, 20 anos depois de lançado, preserva intacta sua atualidade.

Bruno Brum Nasceu em Belo Horizonte, em janeiro de 1981. Escritor e designer gráfico, publicou os livros Mínima ideia (2004), Cada (2007) e Mastodontes na sala de espera (2011). Entre 2006 e 2009 coeditou, com o compositor Makely Ka, a Revista de Autofagia, dedicada à literatura e às demais linguagens artísticas.

repertório* CHAOS A.D. (1993) 1. Refuse / Resist (Max Cavalera) 2. Territory (Andreas Kisser) 3. Slave New World (Evan Seinfeld / Max Cavalera) 4. Amen (Max Cavalera)

ficha técnica Derrick Green Vocal Andreas Kisser Guitarra

5. Kaiowas (Max Cavalera)

Paulo Jr. Baixo

6. Propaganda (Max Cavalera) 7. Biotech is Godzilla (Jello Biafra) 8. Nomad (Andreas Kisser) 9. We Who are not as Others (Max Cavalera) 10. Manifest (Max Cavalera) 11. The Hunt** (Justin Sullivan / Robert Heaton) 12. Clenched Fist (Max Cavalera) 13. Polícia*** (Tony Belloto) * sujeito a alterações. a apresentação das músicas não será necessariamente nessa ordem ** cover New Model Army *** cover Titãs

Eloy Casagrande Bateria

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CHAOS A.D. (1993)* 1 • Refuse / Resist (Max Cavalera) 2 • Territory (Andreas Kisser) 3 • Slave New World (Evan Seinfeld / Max Cavalera) 4 • Amen (Max Cavalera) 5 • Kaiowas (Max Cavalera) 6 • Propaganda (Max Cavalera) 7 • Biotech Is Godzilla (Jello Biafra) 8 • Nomad (Andreas Kisser) 9 • We Who Are Not As Others (Max Cavalera) 10 • Manifest (Max Cavalera) 11 • The Hunt** (Justin Sullivan / Robert Heaton) 12 • Clenched Fist (Max Cavalera) 13 • Polícia*** (Tony Bellotto)

*sujeito a alterações a apresentação das músicas não será necessariamente nessa ordem ** cover New Model Army *** cover Titãs

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