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Projeto Álbum Se o avanço tecnológico trouxe novas e importantes possibilidades para a música, afora nostalgias e romantismos – o vinil praticamente definiu um formato de fruição musical, consolidando grande parte do arquivo sonoro feito no país com o manuseio da agulha entre uma faixa e outra para mudar de música, a capa em formato grande, o conceito de um trabalho expresso na sequência das faixas e o lado A e o lado B. O projeto Álbum remonta períodos da música brasileira por meio de registros fonográficos que ajudaram a construir sua história. São discos considerados clássicos por apresentarem em seu conteúdo inovações estéticas que influenciaram gerações, trazendo à tona o contexto político e a estética de uma época. Resgatar títulos expressivos da discografia da música brasileira e apresentá-los para o público em formato de show, abre uma possibilidade sem precedentes para a revitalização da memória cultural do país, bem como para a difusão de uma cultura que deve, necessariamente, ser dinâmica e transformadora. Lançar um olhar para o passado compreendendo-o como um ponto norteador para o entendimento do presente, propiciando assim um campo fértil para construção do que está por vir, é uma das ações constantes do SESC. A tradição e a inovação mantêm diálogo no dia-a-dia da instituição, ambas entendidas de maneira que o estreitamento e a permeabilidade do relacionamento entre gerações contribuam e incentivem o surgimento de novos paradigmas para a arte e para a cultura.
Sesc Belenzinho
Tom Zé: “Todos os Olhos” Quem não sorriu ou até se surpreendeu ao saber que o estranho olho fotografado na capa do álbum Todos os Olhos, que Tom Zé lançou em 1973, seria uma bolinha de gude encaixada em um ânus? Uma ideia genial criada para afrontar e ludibriar a censura, num dos períodos mais repressivos do regime militar em nosso país. Mesmo que o fotógrafo (hoje escritor) Reinaldo Moraes tenha revelado, décadas depois, que optou pela foto de uma boca em vez do ânus, por causa da dificuldade de conseguir uma imagem menos explícita, isso não diminui o valor desse projeto visual, forte candidato em qualquer enquete sobre as melhores capas de discos de música brasileira. Polêmicas à parte, Todos os Olhos não deve nada a outros grandes discos do tropicalista Tom Zé. “Todo compositor brasileiro é um complexado /Por que então essa mania danada /Essa preocupação de falar tão sério”, provoca o irreverente baiano, em Complexo de Épico, faixa que abre o álbum, seguida pela releitura insólita da canção “A Noite do Meu Bem” (de Dolores Duran).
Duas obras-primas de Tom Zé também foram lançadas nesse disco: a satírica bossa nova Brigitte Bardot e o bem sacado samba Augusta, Angélica e Consolação, dedicado a Adoniran Barbosa e aos Demônios da Garoa. Esse retrato agridoce de São Paulo se completa com Botaram Tanta Fumaça, que já denunciava a poluição na metrópole paulista, quatro décadas atrás. Poucos conseguiram sintetizar tão bem, com humor e ironia, os contrastes absurdos desta cidade que tanto amamos e odiamos.
Carlos Calado Jornalista e crítico de música, com mestrado em Artes pela USP. Colaborador da “Folha de S. Paulo” e do “Valor”, mantém o blog Música de Alma Negra. Autor dos livros “Tropicália: a História de Uma Revolução Musical” (1997) e “O Jazz como Espetáculo” (1990), entre outros; coautor do livro “300 Discos Importantes da Música Brasileira” (2008). Já foi curador de diversos projetos musicais produzidos pelo Sesc SP.
foto: AndrĂŠ Conti
repertório* todos os olhos (1973)
1. Cademar (Tom Zé / Augusto de Campos) 2. Todos os Olhos (Tom Zé) 3. Dodó e Zezé (Odair Cabeça de Poeta / Tom Zé) 4. Quando Eu Era Sem Ninguém (Tom Zé)
ficha técnica
5. Brigitte Bardot (Tom Zé) 6. Augusta, Angélica e Consolação (Tom Zé) 7. Botaram Tanta Fumaça (Tom Zé) 8. O Riso e a Faca (Tom Zé) 9. Complexo de Épico (Tom Zé) *a apresentação das músicas não será necessariamente nessa ordem
Tom Zé (Voz/performance) Daniel Maia (Guitarra/voz) Jarbas Mariz (Viola 12 cordas/bandolim/percussão/voz) Cristina Carneiro (Teclados/voz) Felipe Alves (Baixo/voz) Rogério Bastos (Bateria)
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todos os olhos (1973) 1 • Cademar (Tom Zé / Augusto de Campos) 2 • Todos os Olhos (Tom Zé) 3 • Dodó e Zezé (Odair Cabeça de Poeta / Tom Zé) 4 • Quando Eu Era Sem Ninguém (Tom Zé) 5 • Brigitte Bardot (Tom Zé) 6 • Augusta, Angélica e Consolação (Tom Zé) 7 • Botaram Tanta Fumaça (Tom Zé) 8 • O Riso e a Faca (Tom Zé) 9 • Complexo de Épico (Tom Zé)
*sujeito a alterações a apresentação das músicas não será necessariamente nessa ordem
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