O QUADRINHO BRASILEIRO DO NOVO SÉCULO
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SESC BELENzINHO DE 16 DE mAIO A 10 DE AgOStO DE 2013
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O QUADRINHO BRASILEIRO DO NOVO SÉCULO
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A arte sequencial ĂŠ o ato de urdir um tecido. Will Eisner
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As Histórias em Quadrinhos provocam um certo desassossego. Conduzidos que somos por narrativas, palavras e imagens carregadas de intenção, revelam e dissimulam as fronteiras do universo cultural e do simbólico que nos envolve. Expõem um sentimento que nasce do desejo humano em se expressar, em fincar traços por entre cavernas, deixando vestígios de sua existência e de sua identidade remota. Nestas trilhas do tempo, os desenhos cômicos, detentores da redenção social, por seu caráter revelador e visceral, sinalizam, como as veias de um corpo, os trajetos da arte gráfica contemporânea, que se desdobram pelas caricaturas, charges, quadrinhos, novelasgráficas, cartuns e tantas outras formas de expressão, historicamente apropriadas na formação do imaginário nacional. Desde As Aventuras de Nhô Quim – ou Impressões de uma Viagem à Corte, criada por Angelo Agostini, em 1869, para o jornal A Vida Fluminense, passando pela série da Edição Maravilhosa publicada por Adolfo Aizen, ao Chiclete com Banana de Angeli, as HQs permitiram consolidar as relações com seu público, - que se transforma na iminência dos tempos - e se refletem na exposição HQBR21 – o quadrinho brasileiro do novo século, sob curadoria do pesquisador Paulo Ramos e do Núcleo da Imagem e da Palavra, do Sesc Belenzinho. O Sesc, ao acreditar na força educadora da arte e a compreensão do significado das vertentes expressivas, propicia a difusão das linguagens artísticas que favorecem a reflexão e a experiência, nos tirando da zona de conforto do convencional, do que é padrão, em meio a um mundo plural e em constante mutação. Ao concentrar o cenário de expressões, estilos e autores da atualidade, a mostra amplia os sentidos e descobertas do prazer, rastreando a capacidade de sublimar a crítica e a ambivalência do comportamento humano. Trágica ou cômica, a arte sequencial, conhecida como HQ, está embebida de seu tempo, de sua tecnologia, e, por sua dimensão sensorial e alcance narrativo, apreende o inusitado que cerca a condição humana.
Danilo Santos de Miranda Diretor Regional do SESC São Paulo
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HQBR21 O QUADRINHO BRASILEIRO DO NOVO SÉCULO
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A história dos quadrinhos no Brasil remonta à própria origem da linguagem, com Angelo Agostini, no século XIX. De lá pra cá, muita coisa aconteceu. Artistas se consagraram aqui e no exterior, editoras e publicações surgiram e desapareceram, gêneros se fortaleceram a cada geração, o leitor mudou de cara, os fanzines viraram revistas... Embora a linguagem sempre nos fosse familiar e criações importantes nos gêneros infantil, humor e aventura tivessem ganhado destaque, as experiências autorais, de investigação das formas de criação e desenvolvimento de narrativas mais longas, tiveram poucos expoentes. Com a chegada do século XXI, o quadrinho nacional passa por um processo transformador. Os trabalhos adultos ganham maior relevância e, com eles, variados caminhos narrativos e de gênero, novos formatos e meios de circulação surgem. Cresce a produção de novela gráfica – antes episódica; coletivos e autores independentes se organizam; a internet vira uma plataforma criativa. A exposição HQBR21 – O Quadrinho Brasileiro do Novo Século agrupa os principais expoentes desse processo em três grandes eixos, a partir da virada do século. O primeiro, Narrativas, apresenta as histórias mais extensas, feitas no formato livro, produzidas como novelas gráficas. O segundo, Independentes, ajusta o foco para as publicações alternativas que ganharam destaque no período, feitas como laboratório de criação e resposta à histórica falta de espaço existente no meio editorial. Webtiras, o terceiro eixo, é todo dedicado à produção virtual de tiras. Se a Internet trouxe novos ares para os quadrinhos, pode-se dizer que, no campo dessas histórias curtas, a expansão no meio digital foi revolucionária. O renascimento das histórias em quadrinhos adultas no país é uma narrativa até aqui inédita, mas que a exposição HQBR21 quer ajudar a compreender. Na ação que ocorre quadro a quadro, no espaço entre os quadrinhos, da relação única entre tempo, texto e imagem, os artistas aqui reunidos constroem sua obra. E de publicação para publicação, na extensa e diversa produção atual, esses criadores estão reescrevendo e inserindo mais um capítulo brasileiro na história da linguagem dos quadrinhos mundiais.
Curadoria
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Houve diferentes tentativas no Brasil de se publicar quadrinhos no formato livro. A estratégia só vingou mesmo neste século. Até então, o país nunca tinha produzido tantas histórias autorais, contadas como se fossem obras literárias. Embora recentes, algumas delas já reúnem qualidades suficientes para se firmarem entre as principais já criadas no circuito editorial brasileiro. Essas histórias ainda carecem de um nome consensual. Na falta de um termo próprio, pluralizam-se os batismos: romance gráfico, novela gráfica, graphic novel. Expressões distintas para se referir aos mesmos pontos comuns: a construção narrativa longa, relatada em várias páginas; o caráter autoral; o uso do formato livro; a apropriação da singular linguagem dos quadrinhos.
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Adeus, Chamigo Brasileiro André Toral Companhia das Letras, 1999
Fruto de farta e minuciosa pesquisa, Adeus, Chamigo Brasileiro reconstitui visualmente os bastidores de quem viveu a sangrenta Guerra do Paraguai (1864-1870). O estudo para compor a obra fez parte do doutorado em História Social, defendido por André Toral, na Universidade de São Paulo. Os temas de época são recorrentes nas narrativas do quadrinista.
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O Dobro de Cinco, O Rei do Ponto, A Soma de tudo – Partes I e II Lourenço Mutarelli Devir, 1999, 2000, 2001, 2002; Quadrinhos na Cia [Diomedes], 2012
“A Trilogia do Acidente”, como ficou conhecida a saga do detetive Diomedes, é o trabalho em quadrinhos mais conhecido de Lourenço Mutarelli. Produzido na virada de século, serviu para mostrar que histórias em quadrinhos mais longas, produzidas por autores nacionais, eram um caminho possível a ser trilhado no país. A história foi reunida em volume único em 2012. Mutarelli é também romancista e ator, principais atividades a que tem se dedicado nos últimos anos.
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Santô e os Pais da Aviação Spacca Companhia das Letras, 2005
A trajetória dos pioneiros da aviação é um tema que Spacca estudou desde a adolescência. Vinte e cinco anos depois, a detalhada pesquisa gerou Santô e os Pais da Aviação, obra mais premiada do Troféu HQMix de 2006 – venceu quatro categorias, incluindo melhor desenhista, álbum e roteiro. O quadrinista tem se dedicado nos últimos anos a outros trabalhos que abordam temas de época e adaptações.
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A Boa Sorte de Solano Dominguez Wander Antunes e Mozart Couto Desiderata, 2007
O título A Boa Sorte de Solano Dominguez sintetiza com precisão o tema da obra. O cafetão que protagoniza a narrativa vivia às custas da prostituição da esposa. Com a morte dela, vê na filha a tal sorte para manter a renda. A história irá ganhar uma segunda versão, já em produção. Wander Antunes é um dos principais roteiristas contemporâneos, com trabalhos importantes publicados na Europa, ainda inéditos no Brasil.
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mesmo Delivery Rafael Grampá Desiderata, 2008
Mesmo Delivery é a obra que projetou Rafael Grampá para o mundo dos quadrinhos. A história mostra um thriller à la Tarantino. O destaque são os desenhos, que dificilmente deixam o leitor indiferente. O álbum, publicado primeiro nos Estados Unidos, permitiu a inserção do autor no disputado meio editorial norte-americano.
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O Filho da Costureira e o Catador de Batatas Bruno D’Angelo e Ricardo Giassetti JBC, 2008
Pensada para marcar o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, O Filho da Costureira e o Catador de Batatas traz uma tocante história sobre a vinda dos estrangeiros. A revista criada por Bruno D´Angelo e Ricardo Giassetti constrói dois caminhos de leitura: da esquerda para a direita, mostra a vida de um neto de escravos, filho de uma costureira; no sentido inverso, próprio da leitura oriental, narra a desafiadora chegada de um japonês, que se torna catador de batatas em terras brasileiras. No meio da obra, as duas trajetórias se encontram, bem como os dois imigrantes.
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Sábado dos meus Amores Marcello Quintanilha Conrad, 2009
Dono de um singular timing narrativo, Marcello Quintanilha tem uma predileção por contar histórias de brasileiros comuns, da periferia do país. Sábado dos Meus Amores reúne seis contos curtos, construídos na linguagem dos quadrinhos. O autor vive na Espanha, país onde tem produzido álbuns para o mercado europeu. O olhar de fora só refinou seu modo de enxergar o Brasil nas histórias que cria.
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Bando de Dois Danilo Beyruth Zarabatana Books, 2010
Únicos sobreviventes do bando, uma dupla de cangaceiros tem a missão de vingar os demais integrantes do grupo, assassinados numa emboscada. A tarefa guarda uma segunda meta: libertar as almas dos colegas mortos. Mescla de cangaço com faroeste do diretor italiano Sergio Leone, Bando de Dois e seu idealizador, Danilo Beyruth, foram os principais vencedores dos prêmios nacionais de quadrinhos dos anos de 2010 e 2011.
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Cachalote Rafael Coutinho e Daniel Galera Quadrinhos na Cia, 2010
Cachalote inaugurou um projeto que tinha a proposta de reunir um escritor e um desenhista. A meta: a produção de um álbum em quadrinhos. A obra foi o resultado das trocas de experiências entre o romancista Daniel Galera e o artista plástico Rafael Coutinho. O trabalho narra seis histórias, contadas paralelamente. Sua boa repercussão rendeu publicações também na Europa.
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Daytripper Gabriel Bá e Fábio Moon Panini, 2011
Depois de anos publicando no país e trilhando uma gradativa inserção no mercado norte-americano, os gêmeos Gabriel Bá e Fábio Moon reuniram essas duas experiências em Daytripper. Principal trabalho da dupla, foi lançado primeiro nos Estados Unidos e depois no Brasil. A obra sobre um escritor de obituários, que passa por diferenciadas mortes, ganhou os principais prêmios de quadrinhos estadunidenses e teve edições na Europa, também com boa repercussão.
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Saino a Percurá Lelis Independente, 2001; Zarabatana Books, 2011
Dono de um estilo único, construído com aquarela, Lelis relembra em Saino a Percurá causos inspirados na infância, vivida no interior de Minas Gerais. A primeira edição da obra foi publicada em 2001 com auxílio de lei de incentivo à cultura. Dez anos depois, ganhou uma segunda versão, com mais histórias e um “ôtra vez” agregado no título. Lelis divide os quadrinhos com trabalhos para a imprensa mineira e o mercado editorial europeu.
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morro da Favela André Diniz Barba Negra / Leya, 2011
Morro da Favela é o local onde hoje fica o Morro da Providência, no Rio de Janeiro. Foi lá que o fotógrafo Maurício Hora cresceu e testemunhou a mudança do domínio do jogo do bicho para o tráfico de drogas. O olhar dele sobre a realidade contemporânea da periferia carioca é reconstruído com precisão narrativa pelo quadrinista André Diniz. A obra, premiada no Brasil, foi traduzida também para vários países europeus.
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monstros Gustavo Duarte Quadrinhos na Cia, 2012
Monstros traz uma bem-humorada história do que aconteceria se os gigantes seres japoneses, à la Godzila, invadissem o Brasil. Ambientado em Santos, cidade do litoral sul de São Paulo, o álbum reprisa o estilo que tornou Gustavo Duarte conhecido no circuito nacional de quadrinhos, o de construir a narrativa sem nenhuma palavra, somente com o apoio das imagens.
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V.I.S.H.N.U. Eric Acher, Ronaldo Bressane e Fabio Cobiaco Quadrinhos na Cia, 2012
V.I.S.H.N.U. é uma das raras histórias em quadrinhos de ficção científica criadas neste século no Brasil. Resultado da parceria entre Eric Acher, Ronaldo Bressane e Fabio Cobiaco, mostra a relação entre humanos e a onipresente máquina que intitula a obra. Outro diferencial do álbum é o fato de ter sido produzido num formato quadrado, pouco visto em publicações autorais nacionais.
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Desistência do Azul L. M. Melite Zarabatana Books, 2012
Obra inovadora, tanto no roteiro quanto nos desenhos, Desistência do Azul foi o trabalho mais inovador publicado no Brasil em 2012. Com ares de realismo fantástico, o álbum mostra a trajetória do menino Lucius Tundra por mundos reais e ficcionais. Foi a primeira novela gráfica criada por Leandro Melite Moraes, ou somente L. M. Melite, como prefere assinar suas histórias.
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Se as editoras não vão até os autores, os autores arregaçam as mangas e se tornam os próprios editores. Essa ideia ganhou força no Brasil a partir de meados da década que inaugurou este século. Cansados de esperar, quadrinistas de diferentes partes do país passaram a se autopublicar, ajudados pelas novas tecnologias de edição e impressão. O fenômeno gerou centenas de publicações independentes, a maioria delas no formato revista e desconhecida do grande público. Eram laboratórios em papel, que imprimiam soluções narrativas e estilos, testados pelo público leitor. O tempo e a persistência garantiam resultados finais gradativamente melhores, tanto em termos técnicos quanto qualitativos. Muitas dessas obras alternativas não deixam a desejar a suas correlatas saídas de grandes editoras.
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graffiti 76% quadrinhos
Saída 3
Vários Autores Editor Fabiano Barroso, de 1995 a 2012
Guga Schultze | Coleção 100% quadrinhos, nº 4, 2009
A Comadre do zé
Relógio Insano
Luciano Irrthum Coleção 100% quadrinhos, nº 3, 2009
Eloar Guazzelli | Coleção 100% quadrinhos, nº2, 2007
O grupo mineiro da Graffiti se formou ainda nos anos finais do século passado. Mas ganhou corpo mesmo na última década. Os primeiros trabalhos deles e de outros autores foram materializados na revista Graffiti 76% quadrinhos, que durou até o ano passado. Em 2007, eles iniciaram a edição de álbuns com narrativas mais longas, dentro da Coleção 100% quadrinhos. Relógio Insano, de Eloar Guazzelli, A Comadre do Zé, de Luciano Irrthum, e Saída 3, de Guga Schultze, são três das cinco obras que integraram a série.
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Ragú Vários Autores Editores Christiano Mascaro e João Lin, desde 2000
Os epicentros da pernambucana Ragú são os quadrinistas João Lin e Christiano Mascaro. Durante 11 anos, eles editaram 15 publicações com trabalhos deles e de outros autores brasileiros. A revista que leva o nome do grupo teve oito números e conseguiu repercussão também fora do país.
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Powertrio, Overdose, Cabaret e Encore Eduardo Medeiros, Mateus Santolouco e Rafael Albuquerque, 2008, 2009 e 2010
Com experiência no mercado norte-americano, Rafael Albuquerque, Mateus Santolouco e Eduardo Medeiros se reuniram para produzir quadrinhos no Brasil sob o selo MondoUrbano. A proximidade física – dois moram em Porto Alegre e um em Florianópolis – ajudou a viabilizar a ideia por trás das histórias, narradas em capítulos, cada um em uma revista em quadrinhos própria. Todas as partes foram reunidas num álbum, em 2010, publicado pela editora Devir.
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Nanquim Descartável
Jam
Vários Autores | Roteirista e editor Daniel Esteves, de 2007 a 2010
Daniel Esteves, Gil Tokio, Jozz, Marlon Tenório e Will
O Louco, a Caixa e o Homem
Editor Edu Mendes, 2010
Daniel Esteves e Will | 2011
O Quarto Mundo foi possivelmente o grupo que mais ajudou a dar visibilidade nos últimos anos ao circuito independente. Formado por autores de diferentes partes do país, uniam-se pela proposta da autopublicação e distribuição das próprias produções. Nanquim Descartável, O Louco, a Caixa e o Homem e Jam são apenas três das dezenas de trabalhos gerados pelo coletivo, como gostavam de ser chamados. O Quarto Mundo encerrou as atividades no ano passado.
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Beleléu
Aparecida Blues
Daniel Lafayette, Eduardo Arruda, Tiago Elcerdo e Stêvz,
Biu e Stêvz 2011
desde 2009
Beleléu é ao mesmo tempo nome do coletivo e título da publicação independente carioca, que reúne trabalhos de Daniel Lafayette, Eduardo Arruda, Tiago Elcerto e Stêvz. Este último dividiu com Biu a autoria do álbum Aparecida Blues, sobre um músico morto. Em 2012, os quadrinistas inauguraram uma editora de destaque no cenário independente, que leva o nome grupo.
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Samba Lucas Gehre, Gabriel Góes e Gabriel Mesquita, desde 2008
A revista Samba é uma criação do trio Lucas Gehre, Gabriel Góes e Gabriel Mesquita, que desfila pela capital federal. O primeiro número entrou na passarela dos quadrinhos em 2008. Os três autores dividem os trabalhos entre a revista e outras publicações e adaptações da área de quadrinhos.
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Café Espacial Vários Autores Editores Sérgio Chaves e Lídia Basoli, desde 2007
O sabor da Café Espacial foi aromatizado no interior de São Paulo pela dupla Sérgio Chaves e Lídia Basoli, os refinadores dos grãos da revista. As xícaras, servidas na forma de revista, trazem um paladar refinado, que mescla textos, fotografias e histórias em quadrinhos. Cada capa é feita por um desenhista convidado. A publicação, bastante premiada no Brasil, foi uma das poucas que conseguiram ser vendidas em livrarias.
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Picabu Vários Autores Editor Carlos Ferreira, de 1990 a 2012
Os primeiros números da gaúcha Picabu surgiram na década de 1990. Houve um vácuo de lá para cá, preenchido nos últimos anos com dois novos volumes. A proposta permaneceu basicamente a mesma: reunir trabalhos em quadrinhos de diferentes gerações de autores do Rio Grande do Sul.
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Achados e Perdidos Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho, 2011
O álbum mineiro Achados e Perdidos se diferencia por dois motivos. O primeiro é pela qualidade da obra em si, escrita por Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho. Foi um dos melhores trabalhos independentes de 2011, sendo reeditado no ano seguinte. O segundo motivo é que foi o primeiro a dar visibilidade para o recurso do Catarse, forma de arrecadação de verba junto a internautas, usada pelos autores para viabilizar o trabalho.
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Duo.tone
Quadrinhos A2
Vítor Cafaggi | 2011
Paulo Crumbim e Cristina Eiko | desde 2012
Ovelha Negra Daniel Werneck e Ricardo Tokumoto | 2011
O Pandemônio foi talvez a maior surpresa do Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ), realizado em 2011 em Belo Horizonte, cidade onde mora a maior parte do grupo. Unidos pelo prazer de produzir quadrinhos, os autores se destacaram pela qualidade das obras que produziram, todas estreantes. Três delas são Duo. Tone, de Victor Cafaggi, Quadrinhos A2, de Paulo Crumbim e Cristina Eiko, e o inovador Ovelha Negra, de Daniel Werneck e Ricardo Tokumoto.
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Promessas de amor a desconhecidos enquanto espero o fim do mundo I II e III Pedro Franz 2009, 2010, 2012
O catarinense Pedro Franz é autor do que talvez seja o quadrinho independente mais experimental do período, a começar do nome: Promessas de amor a desconhecidos enquanto espero o fim do mundo. Dono de um estilo inovador, o quadrinista dividiu a história em três partes, intituladas Limbo (2009), Underground (2010) e Potlatch (2012). A segunda trazia páginas soltas. Cabia ao leitor construir a narrativa do modo como queria.
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02+01=00 e Another Planet Amilcar Pinna 2011 e 2012
Amilcar Pinna é uma das grandes surpresas do quadrinho independente dos últimos anos. Artista experiente no mercado de ilustração e nos quadrinhos estadunidenses, 02+01=00 foi sua obra de estreia no cenário alternativo. Misto de ficção científica e hq erótica, a história foi seguida por Another Planet, que explora o mesmo universo ficcional. As duas narrativas bem elaboradas acontecem sem texto, acompanhadas de um desenho ímpar.
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Estórias gerais Wellington Srbek e Flavio Colin 2001
A primeira edição de Estórias Gerais foi publicada em 2001, de forma independente, pelo roteirista da obra, Wellington Srbek. O trabalho foi marcado também pela arte do veterano Flavio Colin, desenhista que morreria no ano seguinte. A história conta causos do sertão brasileiro de décadas passadas e foi publicada também no exterior. A obra ganhou uma segunda edição em 2007, pela Conrad, e uma terceira no ano passado, pela Nemo.
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EP Dalton Soares e Magenta King 2011
O ex-integrante d’O Contínuo (grupo paulista de hqs independentes que durou de 2005 a 2010) Dalton Soares, ou Dalts, como é conhecido, e o estreante nos quadrinhos, Magenta King, se juntaram em 2011 para produzir o EP. Os autores, muito experientes no campo do design, criaram uma história sem texto que narra um duelo de guitarristas num show de rock. A trama é toda construída considerando a oposição/complementação entre protagonistas/ artistas, fundindo os desenhos num formato de quadrinho pouco convencional. Na história curta, nada é gratuito. Forma, narrativa e desenho são pensados para potencializar o resultado final.
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A internet mudou radicalmente o modo de circulação das tiras no Brasil. Nos últimos anos, o meio virtual se tornou o principal gestor do gênero, antes quase exclusivo aos cadernos de cultura dos jornais. Hoje, o maior volume dessas histórias curtas na forma de quadrinhos está nos blogs e sites, e não mais nas páginas impressas. Tanto que publicações jornalísticas já buscam na net séries para integrarem seu rol de autores diários. Alguns desses quadrinistas possuem vários seguidores fiéis em suas páginas e perfis nas redes sociais. Outros ainda estão à espera de serem descobertos na vastidão virtual. Todos vivem a instigante incerteza de encontrar os rumos dos quadrinhos na internet e em seus diferentes suportes de leitura. E já ajudaram a consolidar a maior revolução vista sobre as tiras desde que elas passaram a circular nos jornais, há mais de cem anos.
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talk to myself Show Allan Sieber talktohimselfshow.zip.net
Allan Sieber foi um dos primeiros quadrinistas a criar um blog na Internet. Na página virtual, ele publica de tudo um pouco: situações corriqueiras, histórias com personagens fixos. Em outras, ele mesmo é o protagonista e entrevista a si próprio no divertido programa Talk to myself show. Sieber tem dividido os quadrinhos com trabalhos de animação.
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malvados André Dahmer malvados.com.br
André Dahmer, com suas tiras de Malvados, provou que é possível conseguir destaque por meio da Internet. Em pouco tempo, suas tiras conseguiram tanta repercussão que migraram para livros e páginas de cadernos de cultura dos principais jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo. Dahmer é um dos autores brasileiros de quadrinhos que mais tem seguidores e visitas na web.
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mau Humor Arnaldo Branco oesquema.com.br/mauhumor
Mau Humor é o nome como Arnaldo Branco batizou os cartuns e tiras que faz na Internet. Com muito bom humor, diga-se a verdade. Sua série de tiras mais conhecida é Mundinho Animal, que tem presença frequente na página virtual. Lá, ele reproduz também tiras do Agente 013, trabalho que divide com o desenhista Claudio Mor e que publica no jornal carioca “O Globo”.
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Um Sábado Qualquer Carlos Ruas umsabadoqualquer.com
Carlos Ruas é um dos expoentes da nova geração de autores que surgiram já com a Internet. Seu blog, dedicado à série Um Sábado Qualquer, está entre os mais visitados e populares da área de quadrinhos. O tema abordado é provocador: religião. O protagonista é Deus – e muitas vezes o Diabo. O autor já publicou duas coletâneas com tiras da série.
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Bichinhos de Jardim Clara Gomes bichinhosdejardim.com
As tiras de Bichinhos de Jardim, de Clara Gomes, estão entre as primeiras a saírem da Internet e migrarem para as páginas impressas dos jornais. É publicado pelo jornal “O Globo”, do Rio de Janeiro, e tem boa repercussão no meio virtual. Os protagonistas fazem jus ao título da série: são, de fato, bichinhos de jardim.
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Os Passarinhos Estevão Ribeiro ospassarinhos.com.br
Os Passarinhos procura recuperar aquele clima de bom humor das antigas tiras, no estilo “uma piada por dia”. Os protagonistas são duas aves – uma alta e magra; outra baixa e gorda, aspirante a escritor – que protagonizam a maioria dos diálogos e situações de humor. A série de Estevão Ribeiro ganhou duas coletâneas, uma delas custeada parcialmente pelos próprios internautas.
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montanaro João Montanaro joaomontanaro.blogspot.com.br
João Montanaro teve uma carreira meteórica. Aos 12 anos, foi descoberto por meio dos trabalhos de humor que fazia em seu blog. Da Internet migrou para o caderno infantil da “Folha de S.Paulo” e, poucos meses depois, para o destacado espaço das charges do jornal. Seus primeiros quadrinhos foram reunidos no livro “Cócegas no Raciocínio”.
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Última Quimera Orlandeli ultimaquimera.com.br
No início, havia o azarado Grump. Depois, ele passou a dividir espaço com a série SIC, que aborda temas cotidianos, sem personagem fixo, em narrativas construídas no tamanho de duas tiras (tiras duplas). SIC ganhou projeção ao vencer o Salão Internacional de Humor de Piracicaba na categoria tiras. Orlandeli já publicou uma coletânea da série pela editora Conrad.
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Ordinário Rafael Sica rafaelsica.zip.net
Rafael Sica construiu algumas das tiras mais inovadoras produzidas nos últimos anos no Brasil e é um bom exemplo da versatilidade criativa do meio virtual. Sem palavras, elas apresentam situações muitas vezes surreais, em que cabe ao leitor a tarefa de reconstruir o sentido. Os trabalhos veiculados em Ordinário, nome de seu blog e também da série, foram reunidos em livro.
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Linha do trem Raphael Salimena linhadotrem.com.br
O humor é a tônica da série Linha do Trem, de Raphael Salimena. O que muda é a forma de construir a história cômica. Ela pode variar de estilo e de tema. Pode ser na forma de tira, vertical ou horizontal, com poucos ou muitos quadrinhos, numa história mais curta ou então longa. Essa liberdade de formas, possível graças à versatilidade da Internet, é uma das marcas da série.
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ANOtAçõES
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SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO Administração Regional no Estado de São Paulo PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL Abram Szajman DIRETOR DO DEPARTAMENTO REGIONAL Danilo Santos de Miranda SUPERINTENDENTES Técnico Social Joel Naimayer Padula Comunicação Social Ivan Giannini Administração Luiz Deoclécio Massaro Galina Assessoria Técnica e de Planejamento Sérgio José Battistelli GERENTES Ação Cultural Rosana Paulo da Cunha Adjunta Flávia Carvalho Assistentes Juliana Braga e Nilva Luz; Estudos e Desenvolvimento Marta Colabone Adjunta Andréa Nogueira; Sesc Belenzinho Marina Avilez Adjunta Patrícia Piquera
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HQBR21 O QUADRINHO BRASILEIRO DO NOVO SéCULO Coordenadores de Área Salete dos Anjos, Andressa de Gois e Silva, Edmilson Ferreira Lima, Josué Cardoso, Mario Luiz Alves de Matos, Roselaine Tavares da Silva Idealização e Coordenação do Projeto Núcleo da Imagem e da Palavra Catia Leandro (Supervisão), Alcimar Frazão, Daniela Momozaki e Vanessa Raquel Lambert; Mirella Aparecida e Djeane Firmino de Almeida (estágiárias) Núcleo Sócio Educativo Juliana Santos (Supervisão), Ana Meyer, Aline Medeiros de Souza, Juraci de Souza, Mauro Lucas, Regina Marques e Simone Alves Fourniol Curadoria Alcimar Frazão, Juliana Santos e Paulo Ramos Design Expográfico Marta Bogéa Assistentes de expografia Claudia Afonso e Clara Kanazawa Identidade Visual Estúdio Campo Dispositivo ótico Luciana Ohira e Sérgio Bonilha (desenvolvimento), Lourenço Mutarelli (ilustração) Desenho de Luz Equipe de Iluminação Sesc Belenzinho Elétrica e Apoio a Montagem Equipe de Infraestrutura Sesc Belenzinho Educativo Quadrado Projetos Culturais: Valquíria Prates Produção DB Produções Artísticas: Drika Bourquim Montagem Fina Manuseio
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HQBR 21 O QUADRINHO BRASILEIRO DO NOVO SÉCULO galpão cultural Visitação de 16 de maio a 10 de agosto de 2013. Terça a sábado, das 10h às 21h. Domingos e feriados, das 10h às 19h. Acesso para visitação até 1 hora antes do fechamento do espaço. Agendamento de visitas educativas (11) 2076 9704 (das 10h às 17h) ou agendamento@belenzinho.sescsp.org.br
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Sesc Belenzinho Rua Padre Adelino, 1000 BelĂŠm TEL: (11) 2076 9700 CEP 03303 000 email@belenzinho.sescsp.org.br sescsp.org.br
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