Catálogo das Mostras CineSesc: Terror Giallo

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Sesc | Serviço Social do Comércio

TERROR GIALLO



Sesc | Serviço Social do Comércio


APRESENTAÇÃO

A sedução exercida pela imagem é algo que muitos pensadores vêm tentando compreender melhor. Mas quando essa sedução é permeada pela violência, a questão se torna um pouco mais complexa e nos faz indagar sobre o papel da imagem em nosso mundo contemporâneo. O terror é a vertente que mais se defronta com essa questão, e é no giallo, faceta italiana desse gênero, que talvez fique mais evidente a relação entre violência, imagem e beleza. É sempre importante relativizar o que representa socialmente uma imagem. Ela não pode ser analisada simplesmente como uma verdade pronta e acabada. Uma imagem sem contexto descamba inevitavelmente para o blefe. Por isso, contextualizar, analisar, criticar e relativizar são atos necessários para uma compreensão mais complexa acerca do papel que a imagem exerce na sociedade. A apropriação e a aceitação acrítica das imagens no mundo contemporâneo podem conduzir a um desastre coletivo, devido ao poder que as chamadas redes sociais e os mass media exercem atualmente em nossas vidas.


Quando pensamos que o chamado terror giallo italiano, apesar de ter suas bases lançadas nos anos 1960, se desenvolveu estilisticamente nos anos 1970 com muitas produções, nos vem à mente que o período demarcado entre o final dos anos 1960 e o final dos 1970 ficou conhecido na Itália como “os anos de chumbo”, cuja referência eram os chumbos das balas de revólver em decorrência do número altíssimo de mortes por assassinatos. Esse tempo foi marcado pelo extremismo das ideias tidas como de esquerda e direita, além da ascensão das máfias. Os atos extremamente violentos por parte da Brigada Vermelha, por exemplo, são representativos dessa época, com vários atentados que desestabilizaram o governo italiano, então constituído por uma coalizão entre os democratas cristãos e os comunistas. Era natural que o cinema também não escapasse desse clima e não repercutisse de alguma forma essa violência. Outra vertente desenvolvida na época foi o chamado Cinema Político Italiano, que nos brindou com obras expressivas como A classe operária vai ao paraíso, Um cidadão acima de qualquer suspeita, ambos de Elio Petri, e Sacco e Vanzetti, de Giuliano Montaldo.


APRESENTAÇÃO

Mas o giallo, nessa conjuntura conturbada, ficou fora das discussões políticas. Todavia, muitos de seus filmes esboçam críticas à formação social da Itália, caso de Seis mulheres para o assassino, de Bava, bastante ácido em sua construção dos personagens burgueses, que ostentavam títulos de conde e marquês, apesar de nutrir um gosto pervertido pela violência. O que mais chamou atenção nesses títulos foi a incorporação da violência nos enredos. O giallo esforçou-se na estetização da violência e nos fez cúmplices dela. Não à toa seus diretores escolheram a câmera subjetiva como ponto de vista. De repente, nós espectadores assumimos o olhar do assassino. O giallo nos promoveu de voyeurs a assassinos pervertidos, e isso foi realizado de maneira tão sedutora que sequer reparamos a mudança. Hitchcock nos mostrou o quanto o cinema nos transformava em compulsivos voyeurs, mas foram os italianos do subgênero em questão que nos apresentaram o prazer de matar no cinema. Por isso, a obsessão dos diretores giallo pelo close na mão e o gosto insinuante pelo plano-detalhe da luva preta ameaçadora.


Também nos despertou o prazer pelo corte, pelo vermelho abundante do sangue jorrando pescoço abaixo e da câmera inquieta e perseguidora. O giallo é a obsessão perversa do nosso olhar, o prazer de sentir o assassino desferir o golpe de misericórdia, que traz algo de doentio em nós, essa vontade irrefreável de penetrar na imagem, de sermos cúmplices até da compulsão de matar. A mostra do Sesc contempla os quatro maiores diretores do subgênero giallo: Mario Bava, Dario Argento, Lucio Fulci e Sergio Martino. Cada um com seu estilo peculiar tingiu o giallo com suas tonalidades marcantes. A presença de um assassino é uma das marcas detectáveis, mas em muitas vezes o serial killer pode aparecer com relativo destaque. A música também é agregada como um elemento expressivo para criar o suspense das cenas ou para pontuar a atmosfera muitas vezes lúdica que permeia esse requintado subgênero do terror. Como quase sempre o filme giallo se passa na chamada alta sociedade italiana, os personagens são sempre brancos e bem-sucedidos, tanto os assassinos quanto os assassinados.


SEIS MULHERES PARA O ASSASSINO


ORIGEM: ITÁLIA ANO DE PRODUÇÃO: 1964 DURAÇÃO: 89 MIN CLASSIFICAÇÃO: 18 ANOS DIREÇÃO: MARIO BAVA ELENCO: CAMERON MITCHELL, EVA BARTOK

SINOPSE Isabella, uma jovem modelo, é assassinada por uma misteriosa figura mascarada numa Casa de Moda, pertencente à Condessa Cristiana. Quando o namorado de Isabella se torna suspeito do assassinato, o diário da vítima, contendo informações que relacionam a jovem ao assassino, desaparece. O mascarado passa então a matar todas as modelos da casa para encontrar o diário.


BREVE REFLEXÃO Mario Bava é um dos diretores mais injustiçados da história do cinema. Entretanto, não resta dúvida sobre sua presença no cinema italiano: foi um dos grandes, um diretor talentoso e estiloso. Conhecia como poucos a arte do cinema. Sua experiência como fotógrafo cinematográfico foi decisiva para o que faria depois como diretor. Deixou sua marca em diversos gêneros, como a ficção, o suspense e o terror. Foi um mestre e um dos fundadores do estilo giallo; ditou os seus fundamentos e criou as convenções de tudo que depois seria desenvolvido como suas principais marcas.


Uma das grandes características do estilo giallo de terror é a forma com que os cenários são concebidos, e não é diferente em Seis mulheres para o assassino. O estilo art déco, mais do que um elemento decorativo na trama, adquire mesmo um protagonismo tal o papel que Bava reserva para os cenários no conjunto de seu filme. E esse não é só um trabalho desenvolvido em Seis mulheres para o assassino, pois chega a ser uma marca do diretor. Mas fica evidente que essa supremacia do cenário não é casual. O que cada ornamento representa na concepção do filme tem um peso, um valor mais de significante do que de significado. Aliás, um dos artifícios de Bava é o de fazer com que cada elemento visual de suas obras seja tão relevante quanto a própria trama que está sendo narrada.


Entender e incorporar o visual como um ente protagonista de suas histórias deve ser encarado como um atributo de seu poderoso cinema. Talvez sua formação de fotógrafo tenha lhe dado essa atenção especial pela imagem, um apuro notório presente na maioria de seus filmes. Cada cena possui um conceito fotográfico, um detalhe no que vai ser iluminado e no que se tornará sombra. Há feixes de luz e cor perfeitamente construídos, como se Bava quisesse nos mostrar que todo o artificialismo da sociedade retratada está inteiramente contemplado nessa concepção visual. Todavia, Seis mulheres para o assassino é uma obra para ser fruída com os sentidos, porque são eles os que mais nos revelam os meandros dos personagens. Nesse ponto é um autêntico giallo, um filme no qual as diversas camadas da imagem dialogam com um perfeccionismo impressionante. Claro que a camada sonora também imprime muito corpo às imagens, pois ela pontua sentimentos, sustos e momentos de surpresas que emanam da história.


Entretanto, o que mais impressiona nessa obra é o quanto Bava consegue fazer uma síntese da decadente sociedade italiana do pós-guerra, introjetando uma superficialidade acachapante, expondo as ambições sem limites de personagens falidos que hipocritamente escondem suas sujeiras nos títulos nobiliárquicos que sustentam. Não à toa, o diretor investe no universo da moda como um simulacro desse mundo em ruínas, putrefato, prestes a desabar e ser afundado em sua própria lama.


TENEBRE


ORIGEM: ITÁLIA ANO DE PRODUÇÃO: 1982 DURAÇÃO: 106 MIN CLASSIFICAÇÃO: 18 ANOS DIREÇÃO: DARIO ARGENTO ELENCO: ANTHONY FRANCIOSA, MIRELLA D’ANGELO

SINOPSE O escritor Peter Neal chega à cidade de Roma para promover seu último livro, Tenebre, mas descobre que alguém está usando seus romances como inspiração para cometer assassinatos. Ele se vê envolvido nos crimes e passa a tentar descobrir o provável assassino.


BREVE REFLEXÃO O roteiro de Tenebre foi inspirado por um incidente real, as ameaças de morte sofridas pelo próprio diretor Dario Argento. O filme, realizado em uma época prolífica do diretor, tem influências bem marcadas do mestre do giallo, Mario Bava. A câmera estilosa e protagonista pode ser um bom exemplo da sombra baviana que paira sob essa obra de Argento. Em Tenebre, algumas características típicas da obra de Argento são bem acentuadas, entre elas a poderosa trilha musical do grupo Goblin, com seu rock progressivo e seus sintetizadores salientes. O estilo rústico e exagerado na construção das cenas também é uma marca bem pronunciada do diretor. Algumas cenas merecem destaque, como a longa e arrepiante perseguição da bela vizinha do escritor por um cachorro preto. Argento abusa na manipulação das emoções dos espectadores ao criar um clima angustiante. Parece que quanto mais torcemos para a sequência terminar, mais ela se dilata.


As diversas cenas de assassinato vão de um lado aumentando o suspense do filme ao ocultar-se sempre o rosto do assassino, mas por outro lado, a cada nova cena, a violência torna-se mais contundente e mais explícita. O filme vai revelando elementos do gore (filme de terror com cenas de grande derramamento de sangue), porém o estilo giallo é mesmo o preponderante. Os objetos não nos enganam – os closes em navalhas, machados, cordas e luvas pretas são um bom exemplo –, mas o abuso da câmera subjetiva reafirma a necessidade do estilo giallo. O espectador tem sempre a impressão de ser o assassino, já que Argento oscila o tempo todo nessa visão subjetiva, ora como se fosse a do assassino ora como indeterminada, propondo que pode ser a nossa visão de espectador. Ele chega a brincar com esse truque ao nos enganar constantemente sugerindo que o assassino está perto de uma possível vítima graças ao uso da visão subjetiva.


UMA LAGARTIXA NUM CORPO DE MULHER


ORIGEM: ITÁLIA ANO DE PRODUÇÃO: 1971 DURAÇÃO: 103 MIN CLASSIFICAÇÃO: 18 ANOS DIREÇÃO: LUCIO FULCI ELENCO: FLORINDA BOLKAN, STANLEY BAKER, JEAN SOREL

SINOPSE Mulher é acusada de ter matado sua vizinha, após ter sonhado com o assassinato. Giallo psicodélico e onírico do mestre Lucio Fulci, com uma grande atuação da brasileira Florinda Bolkan.


BREVE REFLEXÃO Um das facetas mais incríveis desse Uma lagartixa em um corpo de mulher, giallo roteirizado e dirigido pelo mestre Fulci, é a permanente fronteira entre sonho (ou seria pesadelo?) e realidade, entre erotismo e mistério. Em muitos momentos, tudo lembra também trechos de comerciais de TV, pois há uma atmosfera artificial, com uma imagem extremamente clean e cortes abruptos em algumas cenas. Ficamos sem saber se o flerte com o universo psicodélico (tipo de arte criada a partir de experimentos lisérgicos nos anos 1970) pertence aos personagens ou é resultante do fascínio do próprio Fulci por esse universo.


Há um nítido confronto entre o modo de vida da personagem de Florinda Bolkan com o de sua vizinha, uma mulher afeita a se esbaldar em animadas festas. O agito no apartamento ao lado suscita a imaginação dessa entediada dona de casa. Fulci brinca com isso e abusa das cores, da música, do erotismo e do recurso de zoom da câmera para aproximar e afastar a imagem, o que nos provoca uma sensação de vertigem. Não bastando, o diretor cria pequenos flashes em que a tela se divide, marcando bem o espaço entre realidade e imaginação de sua protagonista. Como um típico giallo, aqui também há uma crítica à alta sociedade italiana, aristocrática e hipócrita. Outro elemento constante nesse subgênero de terror e presente neste filme é o cenário extravagante, assim como os figurinos zelosamente requintados.


Políticos, empresários e damas da sociedade formam o quadro de tipos sociais dessa obra. As relações envolvem negócios, política e casamento, o que muito diz acerca da sociedade italiana dos anos 1970, por mais que muitas vezes a história sequer se passe no país. Se há muita imaginação, há igualmente muita confusão. Sessões de análise, sonhos eróticos lésbicos, adultério marital e assassinatos surgem na tela, não necessariamente nessa ordem. E este é o mistério de Uma lagartixa em um corpo de mulher: a forma com que Fulci constrói a narrativa desse giallo. Investigação policial, intrigas misteriosas, alucinações, inspetores minuciosos e crises de má consciência predominam nas cenas. A câmera, sempre na mão, reflete a perturbação mental da protagonista.


Algo que surge permanentemente à frente da protagonista são as portas. Como estamos discutindo a relação entre sonho e realidade, a presença de portas – e são várias que aparecem na história – tem um poder simbólico que deve ser salientado. Elas nos levam para os mais inesperados lugares, no caso do filme, o nosso inconsciente, ou melhor, o inconsciente da protagonista. Numa longa e importante cena em que um encontro se transforma em um sinistro jogo labiríntico, são as portas que nos dizem que muito ainda precisa ser elucidado, pois se há muitas portas é porque as respostas estão incompletas. O mais incrível dessa trama inusitada elaborada por Fulci é o modo como ele juntou elementos diversos da mesma época em uma encenação muito própria. LSD, política, luxúria, adultério, assassinato e decadência se misturam em um jogo que representa com maestria o momento histórico rocambolesco da Itália da década de 1970.


NO QUARTO ESCURO DE SATÃ


ORIGEM: ITÁLIA ANO DE PRODUÇÃO: 1972 DURAÇÃO: 97 MIN CLASSIFICAÇÃO: 18 ANOS DIREÇÃO: SERGIO MARTINO ELENCO: EDWIGE FENECH, ANITA STRINDBERG

SINOPSE Assassinatos misteriosos ocorrem num vilarejo lançando suspeitas sobre um escritor decadente e sua esposa. Adaptação livre do célebre conto O gato preto, de Edgar Allan Poe.


BREVE REFLEXÃO No quarto escuro de Satã é mais um clássico giallo em que a decadência da alta sociedade italiana é retratada de forma contundente. Sergio Martino (Torso), um dos grandes nomes do terror giallo italiano, realiza uma obra contundente sobre ambição, sexo e poder nos círculos ricos, neste caso em um vilarejo do interior da Itália. Como em outros gialli da mostra, novamente o cenário ocupa lugar de destaque na história do filme, que revela duplamente a ostentação e a decadência de um modo de vida típico de uma determinada burguesia italiana, aristocrática e que vive à sombra de um passado anacrônico e perdulário. Nessa obra encontram-se valores morais deteriorados, carcomidos pela hipocrisia de um machismo fortemente introjetado. Há uma descarada desfaçatez nas ações dos personagens, que agem sem freios, como se não houvesse para eles condutas a serem seguidas. Há um solipsismo reinante, como se só os desejos de seus protagonistas lhes bastassem. Mas esses traços exacerbados do “eu” possuem um caráter histórico de uma classe criada na base do “querer é poder”. Adultérios, estupros e assassinatos acompanham os personagens, porém no giallo a única beleza reafirmada e consentida é a da violência e da morte. Elas representam simbolicamente essa elite decadente e estéril.


Claro que o gato nessa história, o gato de Poe, possui igualmente um papel simbólico. Allan Poe era um crítico da aristocracia decadente. Sintetizava sua análise de forma cumulativa, detectando a permanência da nobreza feudal perdulária na nova sociedade burguesa em ascensão, na transição do final do século 19 para o início do 20. Nasce desse encontro uma estranha simbiose na qual nobreza e burguesia se fundem em seus projetos de permanência e ascensão, respectivamente, o que confere a essa união um irrefutável traço de decadência anunciada. Há um momento em que o próprio protagonista assumirá que a sua educação é de origem bárbara (visigoda).


No quarto escuro de Satã representa bem o aspecto sombrio, violento e sórdido dessa mistura de classes abastadas. Vale lembrar que logo na primeira cena vemos o retrato pintado da rainha Maria Stuart, investido de uma enorme carga simbólica, quando o personagem masculino principal, Olivieiro, está oferecendo uma festa. Ele, já alcoolizado, fala de sua mãe comparando-a à rainha inglesa, chamando-a de mártir e assassina, enquanto os convidados, aparentemente alheios, a chamam de prostituta. A agressividade dessa primeira cena se arrastará por todo o filme. Olivieiro estupra a mulher e a empregada sem que lhe reste o menor lampejo de humanidade.


Não casualmente, o racismo escancarado irrompe no enredo com a face mais deslavada possível. A falta de escrúpulos dá o tom às relações entre patrões e funcionários, com os desmandos acintosos dos primeiros sobre os segundos. Há uma carnalidade imperativa nesse giallo, de uma força já posta nos créditos do filme, onde a própria música de Bruno Nicolai que a embala consegue comunicar um quê de melancolia e decadência impressionante. Marino constrói seus protagonistas como um cancro social, algo anacrônico que precisa ser extirpado. A mensagem é forte, o filme também, todavia o vinho de qualidade é sempre rascante, jamais doce.


Sesc | Serviço Social do Comércio PRESIDÊNCIA DO CONSELHO NACIONAL

José Roberto Tadros DEPARTAMENTO NACIONAL DIREÇÃO-GERAL

CONTEÚDO DIRETORIA DE CULTURA

Marcos Henrique da Silva Rego GERÊNCIA DE CULTURA

Márcia Costa Rodrigues

Carlos Artexes Simões ANALISTAS EM AUDIOVISUAL

PUBLICAÇÃO DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO SUPERVISÃO EDITORIAL

Jane Muniz

Fábio Lucas Belotte Marco Aurélio Lopes Fialho TEXTOS

Marco Aurélio Lopes Fialho

PRODUÇÃO EDITORIAL

Juliana Marques COPIDESQUE

Gustavo Barbosa (Conceito Comunicação Integrada) PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO

Paloma de Mattos

©Sesc Departamento Nacional, 2018 Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610/1998. Distribuição gratuita, venda proibida www.sesc.com.br



Todo ano, o CineSesc adquire os direitos de exibição de longasmetragens que são levados para todo o Brasil nas programações dos Departamentos Regionais do Sesc. O projeto é organizado por mostras temáticas com filmes contemporâneos em que há uma seleção específica de um movimento estético ou diretor(a) importante na história do cinema. A área audiovisual do Sesc busca ofertar obras com formas narrativas impactantes e que trazem reflexões para todo o público, alinhadas com os princípios sociais que movem a instituição. A principal marca do CineSesc é o foco no cinema independente. Vale dizer que os filmes participantes têm muitas dificuldades para adentrar no circuito comercial, e até quando conseguem entrar em cartaz ficam restritos a uma ou duas salas nas maiores capitais brasileiras. Fazer esses conteúdos atingirem um público mais amplo é o nosso desafio e uma de nossas tarefas mais importantes.

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