Mostra de cinema
Sesc | Serviço Social do Comércio Departamento Nacional
Mostra de cinema
Sesc | Serviço Social do Comércio Departamento Nacional Rio de Janeiro 2017
Sesc | Serviço Social do Comércio Presidência do Conselho Nacional ANTONIO OLIVEIRA SANTOS
Departamento Nacional Direção-Geral CARLOS ARTEXES SIMÕES
Diretoria de Educação e Cultura FERNANDO JOSÉ DE ALMEIDA
CONTEÚDO Departamento de Cultura MARCIA COSTA RODRIGUES
Assessoria de Cinema MARCO AURÉLIO LOPES FIALHO NADIA MORENO
Texto MARCO AURÉLIO LOPES FIALHO
PRODUÇÃO EDITORIAL Departamento de Comunicação e Mídia Núcleo de Comunicação Institucional PEDRO HAMMERSCHMIDT CAPETO
Supervisão editorial, edição e preparação FERNANDA SILVEIRA
Projeto gráfico e diagramação ANA CRISTINA PEREIRA (HANNAH23)
Estagiária de Design PALOMA MATTOS
Revisão de texto MICHELE PAIVA
Produção gráfica CELSO MENDONÇA
ficha catalográfica Sesc. Departamento Nacional. Clássicos Sci-fi: uma jornada de quatro décadas pelo fantástico mundo dos filmes B de ficção científica: mostra de cinema / Sesc, Departamento Nacional. – Rio de Janeiro : Sesc, Departamento Nacional, 2017. 72 p. ; 27 cm. ISBN 978-85-8254-057-2.
1. Cinema. 2. Cinema - História. 3. Filmes de ficção científica. 4. Mostra de cinema. 5. Mostra Sesc - Catálogo. I. Título. CDD 791.43
©Sesc Departamento Nacional, 2017 Av. Ayrton Senna, 5.555 — Jacarepaguá Rio de Janeiro — RJ CEP 22775-004 Tel.: (21) 2136-5555 www.sesc.com.br Distribuição gratuita. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei no 9.610/1998. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida sem autorização prévia por escrito do Departamento Nacional do Sesc, sejam quais forem os meios e mídias empregados: eletrônicos, impressos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.
O Serviço Social do Comércio (Sesc) é uma instituição de prestação de serviços de caráter socioeducativo que promove o bem-estar dentro das áreas de Educação, Saúde, Cultura, Lazer e Assistência com o objetivo de contribuir para a melhoria de vida de seu público e facilitar seu aprimoramento cultural e profissional. Dentre as diversificadas áreas de atuação do Sesc, a cultura se caracteriza como democrático disseminador de conhecimento, importante ferramenta para a educação e transformação da sociedade, levada ao público de grandes e pequenas cidades por meio da itinerância de espetáculos, exposições e mostras de cinema. Nesse cenário, a mostra de cinema Clássicos do Sci-fi: Uma Jornada de Quatro Décadas pelo Fantástico Mundo dos Filmes B de Ficção Científica exibe seis filmes dirigidos por diretores diversos, tendo como cenários os diferentes gêneros de ficção científica. Os malditos (1963), A ameaça que veio do espaço (1953), O planeta proibido (1956), O planeta dos vampiros (1965), Fuga no século 23 (1976) e Eles vivem (1988) são os títulos que compõem a mostra, os quais trazem provocações pertinentes não só ao período em que foram exibidos, mas à nossa vida atual. Ao possibilitar o livre acesso aos movimentos culturais, no cinema e também nas artes plásticas, no teatro, na literatura ou na música, o Sesc incentiva a produção artística, investindo em espaço e estrutura para apresentações e exposições, mas, acima de tudo, promovendo a formação e qualificação de um público que habita os quatro cantos do Brasil.
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Hoje, especialmente, é a chamada cultura nerd quem mais valoriza a ficção científica e, contraditoriamente, privilegia superproduções de grandes estúdios em detrimento de outras com orçamentos menores, os filmes B e, com isso, de certa forma, desconsiderando a história do segmento. Percebemos então a importância de expandir o tema e sua discussão para plateias mais amplas, combatendo a resistência aos filmes de ficção científica de baixo orçamento. Na verdade, foi com muita criatividade que esses diretores avançaram na história dos efeitos especiais; e seria no mínimo injusto não atribuir à ficção científica essa importante contribuição realizada em prol do cinema.
Ficção científica lembra naves espaciais, extraterrestres e exploração de planetas desconhecidos (e conhecidos). Por que há tanto interesse por esses temas que parecem tão distantes da gente? E por que não investigar sobre uma aproximação mais humana com esses assuntos tão misteriosos? Poucas coisas assombraram mais o homem cheio de razão do século 20 do que a possibilidade de existir outras formas de vida fora da terra. No entanto, o século 21 já chegou, e estamos finalmente prontos para ousar e estreitar a convivência entre a ficção científica e o nosso cotidiano.
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Abordar a ficção científica a partir da ótica terrestre enriquece a análise, e, ao mesmo tempo, põe em suspenso o aspecto preconceituoso com o qual o tema é tratado na historiografia do cinema: uma mera distração para alienados desvinculada das questões terrenas. Quem inventou o critério de estranheza capaz de classificar seres de outros planetas e alienígenas em comparação a nós, terrestres?
DEFINA ALTERIDADE: Qualidade ou natureza do que é outro, diferente.
Alteridade é uma questão inevitável quando assistimos a obras de ficção científica. Além disso, a questão temporal igualmente nos perturba: o que é mais estranho, deparar com um futuro ameaçador ou viver em um presente confuso? Além de tantas perguntas, o que oferecemos para o público do Sesc é uma breve reflexão sobre a ficção científica no cinema por meio de uma amostra de alguns temas que circundam o gênero, obras importantes tanto para sua história quanto para o estabelecimento de sua estética e a ideia de que, sem culpa, esses filmes podem ser assistidos de forma despretensiosa como pura diversão.
A mostra
DEFINA SCI-FI: Termo abreviado do inglês (Science Fiction) para ficção científica.
traz seis filmes de quatro décadas diferentes (1950, 1960, 1970 e 1980), de diretores consagrados, entre eles alguns mestres do cinema, como Mario Bava, John Carpenter e Joseph Losey. Os malditos (1963), por exemplo, foi produzido pela Hammer, empresa alemã das mais importantes do chamado cinema B, e responsável por diversos clássicos do terror e da ficção científica das décadas de 1950 a 1970. Compõem a mostra também A ameaça que veio do espaço (1953), O planeta proibido (1956), O planeta dos vampiros (1965), Fuga no século 23 (1976) e Eles vivem (1988). O sci-fi possui um número infindável de títulos e obras-primas. Por isso houve uma escolha deliberada de títulos que exploram e abordam temas variados desse universo. O importante aqui são as discussões que os títulos selecionados sugerem e provocam. Como são produções de quatro décadas diferentes, a proposta deste catálogo é a divisão em seções por década, assemelhando-se a um formato de almanaque. Os leitores vão poder se deliciar com as diversas informações aqui presentes, as muitas curiosidades que envolvem os filmes, os diretores e as análises das obras.
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O estudioso francês Éric Dufour (2012, p. 9) afirma que: a ficção científica nasceu na Europa no século 19. É um gênero literário ligado a um fenômeno novo, a industrialização ligada ao liberalismo econômico. [...] A industrialização é primeiramente a emergência das grandes empresas nas cidades, e por conseguinte o desaparecimento dos pequenos artesãos e também da ruralidade. [...] É depois o triunfo da técnica, logo da ciência, pois ambas são inseparáveis. O trio indústria, técnica e ciência ofereceu ao homem a possibilidade de criação de máquinas complexas. Então um passo maior foi possível: o da exploração do espaço e seus mistérios. A nave espacial (incluindo aqui o foguete) talvez seja o maior ícone da ficção científica, pois não só é o veículo que leva o ser humano para fora da órbita terrestre, como também traz alienígenas e viajantes no tempo. O que TESTE SEUS a ficção científica se esforça por realizar é criar possibilidades CONHECIMENTOS Onde se pode encontrar as de novas máquinas e de supor como seria o mundo no naves espaciais a seguir? futuro com elas, ou de como reagiríamos à chegada de 1. ENTERPRISE alienígenas e suas tecnologias superiores. São discussões 2. GALACTICA tão pertinentes ao nosso mundo quanto as de um filme 3. AXIOM neorrealista italiano. 4. RODGER YOUNG 5. DISCOVERY ONE Nos séculos 19 e 20, o avanço tecnológico e científico 6. ESTRELA DA MORTE significava evolução da humanidade. Porém, os benefícios dessa evolução acabaram subjugados historicamente a interesses classistas. A ciência ficou atrelada então às políticas de estado. O progresso, então, associou-se à ideia de avanço capitalista e serviu a governos de toda espécie, que usaram o mote tecnológico para camuflar ambições políticas e econômicas em boa parte escusas. No entanto, no decorrer do século atual, o progresso vem sendo visto como um inimigo, principalmente em razão dos danos provocados ao meio ambiente e em razão da corrida armamentista. CONSELHO
O cenário era de pós-Segunda Guerra Mundial (19391945), com o mundo dividido entre capitalismo (EUA) e socialismo (URSS). Esse período — a guerra fria — marcou uma época de grandes transformações tecnológicas que permitiram uma conquista territorial para além dos limites terrestres. O mundo das décadas de 1950, 1960, 1970 e 1980 foi o da corrida espacial, com as duas potências ideologicamente opostas lutando pela supremacia (inter)planetária.
Ao assistir aos filmes desta mostra é fundamental ter esse contexto histórico em mente. Não é por acaso o considerável aumento quantitativo dos filmes de ficção científica a partir da década de 1950.
RESPOSTAS: 1. Star Trek ou Jornada nas estrelas / 2.Battlestar Galactica / 3. Wall-E / 4. Tropas estelares / 5. 2001 – Uma odisseia no espaço / 6. Star Wars «
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O reflexo dessas disputas foi representado pelas criações artísticas de escritores e cineastas do século 20, que criaram obras de ficção científica girando em torno das sociedades distópicas, isto é, francamente críticas às organizações sociais assentadas na primazia do DEFINA SOCIEDADE DISTÓPICA/ tecnológico e ideológico. A distopia está presente em algumas DISTOPIA: obras da mostra. A palavra distopia é formada a partir Três escritores são fundamentais para a consolidação literária da ficção científica: Julio Verne, H. G. Wells e Mary Shelley. Frankenstein (1818) é o grande marco, pois afinal o “ser” criado não é resultado de uma magia, mas sim de uma experiência científica. O cinema tem uma longa história de flerte com a ficção científica a partir de duas perspectivas básicas: a primeira relacionada com o espaço sideral; outra, uma vertente voltada para o terror e as séries. Viagem à lua (1901), de Méliès, é um bom exemplo, mas longe de ser o único. Fritz Lang, René Clair e Abel Gance estiveram bem próximos do que hoje conhecemos como ficção científica. O cinema de ficção científica, como gênero de pleno direito, nasceu nos EUA nos anos [19]50. A emergência desse gênero novo está ligada à perda de poder dos grandes estúdios [...] Por outras palavras, do ponto de vista quantitativo, o cinema de ficção científica foi, no começo, um cinema marginal no sentido econômico do termo (DUFOUR, 2012, p. 39-40).
(dis), “ruim”; e da raiz grega (topos), que se traduz como “lugar”. O termo designa o oposto de utopia. Diz respeito a um tipo de imaginário recriado na literatura ou no filme, que é considerado indesejável. Representa um local onde as contradições dos discursos ideológicos são levadas para as suas consequências mais extremas. A DISTOPIA EXPLORA A REALIDADE ATUAL COM A INTENÇÃO DE ANTECIPAR CERTOS MÉTODOS DE CONDUÇÃO DA SOCIEDADE QUE PODERIAM LEVAR A SISTEMAS INJUSTOS E CRUÉIS.
A distopia, portanto, alerta sobre os perigos potenciais de ideologias, práticas e comportamentos em que as sociedades são majoradas.
Analisada em sua origem no cinema, a ficção científica associa-se então a um formato de produção de baixo custo, o chamado filme B, em um período pós-guerra (Segunda Guerra Mundial), em que o mundo caminhava para uma polarização política entre duas potências, os Estados Unidos e a União Soviética. A maioria dos filmes trata dessa questão política, alguns de forma mais direta, outros indiretamente, explorando temas da época, como a própria questão espacial e a manipulação da informação pela mídia. TESTE SEUS CONHECIMENTOS Quem são os autores das obras distópicas a seguir? 1. A máquina do tempo (1895) 2. Metrópolis (1927) 3. 1984 (1949) 4. Fahrenheit 451 (1953) 5. Laranja mecânica (1962) 6. Androides Sonham com Ovelhas Elétricas? (1968)
Com 2001, uma odisseia no espaço, de Stanley Kubrick, os filmes de ficção científica ganham, pela primeira vez, um orçamento considerável e seria visto pelas grandes produtoras do cinema como um gênero com imensas possibilidades de ganho financeiro. Diretores como George Lucas (Star wars, 1977) e Steven Spielberg (ET, o extraterrestre, 1982) comprovaram esse potencial estratosférico.
RESPOSTAS: 1. H.G. Wells / 2. Fritz Lang / 3. George Orwell / 4. Ray Bradbury / 5. Anthony Burgess / 6.Philip K. Dick «
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CONSAGROU O GÊNERO FICÇÃO CIENTÍFICA
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Como não se lembrar de Viagem
ao centro da Terra (1864), Vin te mil léguas submarinas (1970) eA volta ao mundo em 80 dias (18 73)? Vários diretores e roteiristas adaptaram seus livros para o cinema, sendo A volta ao mundo em 80 dias (1956) dirigida po r Michael Anderson, com o ast ro inglês David Niven e o mexicano Cantinflas; e Vinte mil léguas submarinas (1954) realizado po r Richard Fleischer e estrelado por Kirk Douglas e James Mason, as versões mais famosas.
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Pioneira na ficção cie ntífica, escreveu Frankenstei n, um misto de horror gótico e fic ção científica. Uma das obras mais influentes da literatura mundial m esmo nos dias atuais. Frankenstein re cebeu diversas adaptações para o cin ema. Em 1931, a Universal lançou um a das mais famosas, dirigida por James Whale e protagonizada por Bo ris Karloff. O sucesso do filme lev ou o estúdio a realizar, em 1935, a co ntinuação A noiva de Frankenstei n. Em 1994, o diretor e ator shakes peariano Kenneth Branagh realizou outra famosa versão e, em 2015, os estúdio s hollywoodianos produziram mais um a.
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Célebre escritor de A
máquina do tempo (1895), O hom em invisível (1896), A guerra dos mundos (1898), entre outras obras es petaculares e referenciais para o gê nero. Utopia, distopia, guerra nucle ar, ética na ciência são alguns de seus temas preferidos. Um artista atento à sua época, mas profun damente preocupado com o fu turo da humanidade. Wells ch egou a assistir em vida a Daqui a 10 0 anos (1936), adaptação cinematog ráfica de uma de suas obras, dirigid a por William Cameron Menzies.
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As definições que você verá aqui foram extraídas do site <http://www.xr.pro.br/Ficcao_Cientifica.html>, mas sabemos que há muito mais definições por aí. Que outras você conhece?
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Tematicamente, o filme de ficção científica apresenta muitos estilos, comumente chamados de subgêneros. Desde o clássico espacial passando pelo apocalíptico, pela invasão alienígena, pela guerra, pelo cômico, pelos monstros, as opções não são só variadas, como também muitas vezes se misturam. Enumeramos alguns exemplos.
Criado por H.G. Wells no livro A máquina do tempo, é provavelmente o subgênero mais popular. Pode envolver viagens do presente para o futuro, mas na maioria dos casos são viagens do presente para o passado ou de visitantes do futuro para o presente.
TALVEZ VOCÊ SAIBA DISSO... OU NÃO
H.G. Wells foi o autor que viajou mais longe no futuro: mais de 850 mil anos. Ninguém quebrou tal recorde até hoje, a não ser em viagens para o passado.
A viagem em si pode não ser o assunto principal, mas a história depende dela, como em Buck Rogers. Quando é o assunto principal, pode mostrar os choques culturais ou as complicações dos efeitos de paradoxo temporal, como em De volta para o futuro.
Novamente Júlio Verne por meio de, principalmente, duas obras, Viagem ao centro da terra e Vinte mil léguas submarinas. É válido indagar se o tema de miniaturização, presente no filme Viagem fantástica, estaria contido neste subgênero. CONSELHO
Talvez seja melhor, neste caso, primeiro ver o filme e depois ler o livro. O fato é que, na verdade, o filme (1966) veio antes do livro, mas o livro (a adaptação) foi lançado seis meses antes do filme. Imagine a briga que não rolou aqui...
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TALVEZ VOCÊ SAIBA DISSO... OU NÃO
Hoje muito conhecido, Verne teve seu primeiro livro, Cinco semanas em um balão, recusado por nada menos que 15 editoras.
Também começou com H. G. Wells em A guerra dos mundos, em que invasores de marte atacam violentamente a terra no século 19, arrasando as defesas militares e alterando o ecossistema com o terrível Red Weed, “trepadeira vermelha”. Foi sem dúvida o gênero mais popular desde o início do cinema até mais ou menos a época em que A guerra dos mundos aterrorizou os cinemas, depois o gênero caiu no esquecimento só vindo ser ressuscitado na década de 1990 pelo blockbuster Independence Day.
TALVEZ VOCÊ SAIBA DISSO... OU NÃO
Em 1938, 40 anos após o lançamento deste livro, o então desconhecido radialista Orson Welles causou pânico em várias cidades norte-americanas ao noticiar, em edição extraordinária, uma invasão marciana (na véspera do Halloween) que foi o divisor de águas no sucesso das transmissões radiofônicas da época. Welles roteirizou e fez uma dramatização de A guerra dos mundos, relatando a chegada de centenas de marcianos em naves extraterrestres em Nova Jersey. O jornal Daily News resumiu na manchete do dia seguinte à reação ao programa: “Guerra falsa no rádio espalha terror pelos Estados Unidos.”
Inaugurado por Júlio Verne, em Viagem à lua, e também por H.G. Wells em O primeiro homem na lua, é um dos poucos temas que se tornou parcialmente realidade, embora a tecnologia usada no programa Apollo estivesse muito à frente daquela imaginada por Verne. Aqui ocorre também um dos assuntos mais mal resolvidos da ficção científica: a questão da gravidade.
E lá vem H. G. Wells novamente com O homem invisível, que até hoje é refilmado. Na década de 1930, Jerry Siegel e Joe Shuster criariam o super-homem, que, apesar de ser um visitante alienígena, daria origem ao subgênero da ficção científica menos cuidadoso com suas premissas: o dos super-heróis, que muitas vezes recai para a ficção fantástica.
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Ou futuro do pretérito é a ambientação passada que, no entanto, não corresponde à história do mundo real. Como um futuro superado ou mesmo uma visão alternativa proposital. Obras como Metrópolis, de Fritz Lang; e Farenheit 451, de Ray Bradubury, imaginavam ambientações futuras que já foram ultrapassadas ou cujo curso atual da história já inviabilizou. A ambientação fica como uma espécie de universo alternativo, ou algo do tipo “como seria se tal coisa tivesse acontecido?”. Obras como Vinte mil léguas submarinas e Viagem à lua, por exemplo, já podem ser consideradas retrofuturistas, outro exemplo interessante é a estranha ambientação do filme de Terry Gilian, Brazil – o filme.
Trata-se de qualquer ambientação que se localize no futuro em nosso planeta, mas em geral aborda uma era mais adiantada tecnologicamente e ou socialmente.
Em geral, localiza-se em um futuro próximo de caraterísticas decadentes do ponto de vista moral. Superpopulação, alto índice de violência urbana e degeneração ambiental são temas frequentes, mas o essencial é a temática tecnológica frequentemente com foco na informática, nas telecomunicação e na eletrônica. Esse subgênero tem como principais marcos iniciais as obras Neuromancer, de Willian Gibson, e Piratas de dados, de Bruce Sterling, do final da década de 1980.
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O nome diz tudo: obras que se ambientam em um mundo futuro depois da Terceira Guerra Mundial ou equivalente. Podem explorar os efeitos diretos dessa catástrofe — como a herança nuclear — ou simplesmente ignorá-la como o curioso Crepúsculo de aço, com Patrick Swaize. Provavelmente o exemplo mais famoso é Mad Max.
Ambientação que, como o próprio nome diz, se concentra na exploração espacial futura. Star Trek, Perry Rhodan e Buck Rogers são alguns exemplos. Muitas delas estão repletas de um dos temas que mais abusa da licença poética na ficção científica: as batalhas espaciais.
O exemplo mais popular é, sem dúvida, E.T., o extraterrestre, de Spielberg, mas o gênero remonta o cinema em preto e branco, com a obra O dia em que a terra parou, em que o alienígena Klatu e seu indestrutível robô guarda-costas Gort vêm ao nosso planeta pedir os fim dos testes nucleares.
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Diversos monstros do espaço já aterrorizaram livros, gibis e filmes, protagonizando obras que vão desde o terror trash grotesco até obras de ação muito bem elaboradas como O predador, estrelado por Arnold Schwarzenegger.
Muitas vezes se mistura com o tema da futurâmica espacial, mas há como exceção nada mais nada menos do que Star Wars e a série de tevê Galactica, que simplesmente não podem ser enquadradas em nenhum dos outros gêneros anteriores: aqui as batalhas espaciais são presença obrigatória.
TALVEZ VOCÊ SAIBA DISSO... OU NÃO
Qualquer coisa que se fale da saga é chover no molhado. George Lucas se inspirou no velho arquétipo do herói, mais precisamente no conceito de jornada do herói, de Joseph Campbell, e com uma fórmula relativamente simples, uma história do bem contra o mal tão comum nas novelas, Lucas criou uma franquia milionária.
Space opera enfatiza a guerra espacial e a aventura romântica muitas vezes melodramática, e que se passa principalmente, ou completamente, no espaço. Em geral, envolve conflito entre adversários que têm habilidades avançadas, armas futuristas e/ou outra tecnologia sofisticada. Os
space opera surgiram
na
década de 1930 e continuam a ser produzidos em literatura, cinema, quadrinhos e jogos de vídeo. Exemplos: o anime Space Dandy, a franquia de Star Wars e, olha só que surpresa, o desenho He-man e o filme Guardiões da galáxia também têm alguns elementos desse gênero
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TALVEZ VOCÊ SAIBA DISSO... OU NÃO
O termo não tem nenhuma relação com a música, mas em vez disso é uma brincadeira com o termo “horse opera”, que foi cunhado durante o auge do cinema mudo para indicar filmes de faroeste clichês e fórmulas.
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Apesar de ter ocorrido em 1945, a bomba atômica em Hiroshima e Nagazaki teve um enorme peso em muitas discussões das décadas posteriores, com o mundo bipolarizado (EUA × URSS) e ameaçado por uma possível destruição planetária. A questão ecológica também ganhou espaço, pois testes nucleares eram realizados em oceanos e impactaram a vida marinha e a humana. Os efeitos radioativos ainda hoje causam discussões e preocupações na comunidade científica e na sociedade civil mundial. Algumas obras, inclusive no cinema, inseriram essas questões tão relevantes para a sobrevivência e qualidade de vida na terra. Nos anos 1950, os Estados Unidos viveram um momento histórico hoje denominado como macarthismo (derivação do nome do senador republicano Joseph McCarthy), caracterizado por perseguições e grande intolerância ao pensamento político de esquerda. Até um discurso liberal podia ser interpretado como antiamericano. Nesse embalo, criou-se em 1952 o Comitê de Investigação de Atividades Antiamericanas do Senado dos Estados Unidos, ligado diretamente à Segurança Nacional. O resultado de tudo isso foi histeria, e o clima de perseguição foi instalado na sociedade da época. Nessa neurose coletiva eram divulgadas “listas negras” compostas de pessoas não confiáveis socialmente aos olhos do governo. Instituiu-se um clima de grande constrangimento e desmoralização da reputação dos acusados. A União Soviética lançou, no dia 3 de novembro de 1957, seu segundo satélite espacial, tripulado por uma cadela chamada Laika. O primeiro havia sido lançado um mês antes, o famoso Sputnik 1. Em 19 de dezembro do mesmo ano, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) aprovou a presença de armas atômicas dos Estados Unidos na Europa, incluindo mísseis de alcance intermediário. O livro Pé na estrada (1957), de Jack Kerouac, marcou a chamada geração beat. Os beatniks, como eram chamados, falam no ritmo e na linguagem do jazz e detestam o apego da classe média por valores materiais e seu apreço pela falsa harmonia do establishment norte-americano DEFINA: que instituiu o american way of life. Os poetas Allen Ginsberg e O autor Jack Kerouac introduziu a expressão geração Lawrence Ferlinghetti são alguns dos representantes dessa nova e beat em 1948, qualificando influente tendência, em especial na década de 1960 e 1970. a juventude não conformista de Nova York da época. O nome surgiu durante um papo com o escritor John Clellon Holmes. A gíria beat fazia parte do vocabulário de pessoas das ruas, tinha a ver com opressão, mas para Kerouac tinha uma conotação espiritual.
Os soviéticos explodiram a primeira bomba de hidrogênio, chamada de “superbomba”, em 12 de agosto de 1953. O diretor do projeto atômico soviético, o físico Kurchatov, devido ao poder destrutivo do artefato, o chamou de “bomba do juízo final”, em razão de a bomba de hidrogênio, de acordo com cientistas, ser 700 vezes mais potente do que as lançadas em Hiroshima e Nagasaki.
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DEFINA: Ordem ideológica, econômica, política e legal x Elite social, econômica e política
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outer space
No interior do Arizona, astrônomo descobre que uma espaçonave caiu no deserto, mas ninguém acredita nele. Quando moradores começam a desaparecer, ele decide investigar. A ameaça que veio do espaço se baseia em um conto de Ray Bradbury (autor de Fahreinheit 451) que teve a versão cinematográfica realizada por ninguém menos que o diretor francês François Truffaut, em 1966. No filme há um exagero do som estridente e tão característico do teremim (antigo instrumento musical eletrônico controlado sem qualquer contato físico pelo músico), um dos elementos principais do filme B dos anos 1950 e 1960 — também muito utilizado nos filmes de horror. Desde criança, o diretor Jack Arnold tinha adoração pelas pulp fiction. Ele chegou a inventar para os estúdios que era especialista em filmes de ficção científica. Como ninguém nos anos 1950 tinha experiência no gênero, foi bem conveniente acreditar nessa história. O filme modifica a representação imagética habitual de uma nave espacial. O formato mais utilizado era o de um prato, mas Jack Arnold criou uma versão hexagonal. Há no filme um reflexo da paranoia ideológica típica do período de guerra fria. No caso, o E.T. adquire forma humana. Um dos efeitos interessantes do filme é o usado na câmera subjetiva do alienígena, que induz que sua visão é diferente da visão humana.
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Inspirado em A tempestade, de William Shakespeare, o filme narra a história de uma expedição para verificar uma colônia de cientistas em um planeta distante. Um dos clássicos absolutos da ficção científica, a produção marcou a estreia do icônico robô Robby. O robô Robby fez uma participação especial no episódio 20 (“Guerra dos robôs”) da primeira temporada da série Perdidos no espaço (Lost in space), como um personagem diferente. O robô da série foi diretamente inspirado nele. Depois fez uma aparição rápida no filme Gremlins (1984), depois em três episódios da série The Twilight Zone e em um episódio de Columbo. O planeta proibido tem como um de seus temas a conquista e exploração espacial. Mas aqui não se discute como o homem alcançou esse patamar de desenvolvimento, parte da ideia de que isso é um fato consumado. O filme resgata a figura do robô para o cinema. Apesar de ser um personagem coadjuvante, Robby rouba a cena, funcionando como um elemento cômico no enredo. Como não rir com sua produção em série de uísque. Não tem como olhar para o robô Robby e não lembrar imediatamente a série televisiva Perdidos no espaço. A semelhança entre os robôs é assustadora.
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A década de 1960 ficou marcada por grandes viagens humanas. No final da década, depois de muitos investimentos, o homem enfim pisa em solo lunar, em 1969, com o astronauta norte-americano Louis Armstrong pilotando a Apollo 11. Segundo ele, pisar na lua significava “um pequeno passo para um homem, mas um gigantesco para a humanidade”. Outro fato marcante para a década de 1960 foi a Guerra do Vietnã, que, embora tenha começado em 1955, teve a participação militar norte-americana durante 10 expressivos anos (1965-1975). Foi no meio dessa guerra que os norte-americanos chegaram à lua. Mas esse período acabou tendo consequências sociais impactantes e imprevisíveis, com protestos veementes contra a invasão e a interferência dos Estados Unidos em países periféricos. Em paralelo à viagem espacial, os norte-americanos realizaram outros tipos de viagem, a das drogas. Artistas da época utilizavam drogas alucinógenas como instrumento de resistência contra a guerra que, segundo eles, não lhes pertencia. Muitas obras artísticas foram produzidas sob a influência das drogas, com muitas cores e movimentos, por vezes circulares. Formava-se assim a arte psicodélica. A ideia do psicodélico estava inserida em uma lógica mais ampla, a da contracultura, em que todos os valores comportamentais burgueses foram condenados, sendo incentivadas as formas alternativas de vida. Há assim um grande impacto cultural desses novos valores no vestir, nos relacionamentos conjugais, no morar, enfim, em toda a forma de ver a organização social tradicional.
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Um turista norte-americano, um jovem líder de uma gangue e sua problemática irmã acabam presos em um complexo secreto que faz experiências com crianças. O filme é uma fascinante parábola de Losey sobre paranoia atômica. Muitos pensam que Joseph Losey é um diretor inglês, já que sua carreira foi desenvolvida na Inglaterra, mas Losey era norteamericano, vítima da violenta perseguição macarthista que ocorreu no pós-guerra nos Estados Unidos. O filme Os malditos influenciou a ideia de gangue incorporada em Laranja mecânica (1971), de Stanley Kubrick. É muito evidente a filiação de Kubrick a Losey na realização desse clássico do cinema. O comentário feito pela personagem Freya Neilson, quase no início de Os malditos, expressa bem a verve inerente à obra, mas também revela muito sobre o pensamento de Joseph Losey: “Eu gosto de Losey porque ele não gosta do mundo. E isso já é um bom começo.” Losey tinha motivos de sobra para não gostar do mundo, mas ele não gostava do mundo que o circundava — cruel e ameaçador —, um mundo prestes a vivenciar uma catástrofe nuclear. Muitos atores desistiram de trabalhar com Losey — por ter sido perseguido pelo marcathismo —, pois não queriam ver seus nomes vinculados a uma pessoa da lista negra do Senado dos Estados Unidos. Alguns de seus projetos foram impedidos e largados no meio por conta disso. A famosa produtora inglesa Hammer vinha flertando com Losey, mas os filmes que ela produzia já eram explicitamente violentos, o que definitivamente afastava Losey, que de pronto declarou: “Eu acho que a violência interna é muito mais terrível e muito mais eficaz, tanto comercialmente e socialmente [...] Eu não gosto de violência física explícita” (SANJEK, 2002). Mas a situação delicada de Losey em plena ebulição macarthista o impulsionou a aceitar o desafio de filmar na Hammer uma ficção-científica, gênero com o qual ele não tinha muita intimidade. A proposta era adaptar
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TALVEZ VOCÊ SAIBA DISSO... OU NÃO
Essa produtora se especializou em filmes de terror, tendo no casting gente como Christopher Lee e Daniel Radcliffe.
o romance Crianças de luz, de H. L. Lawrence. Losey o fez, mas imprimindo seu estilo inconfundível, impregnando a trama com personagens repletos de toques psicológicos e ações misteriosas. Era Losey sendo o inconformado Losey de sempre. O final de Os malditos é muito tenso, como espectadores, saímos da projeção indignados pelos gritos das crianças. Somos todos um pouco aquelas, pois também queremos viver nossa liberdade. O filme revela uma descrença total de Losey pelo poder e faz uma ode ao inconformismo. Se tudo está errado, ainda nos resta a luta e o grito. Losey faz um cinema humanista, aponta as formas equivocadas de os homens se estabelecerem no mundo e o egoísmo que impede o florescer vida.
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Clássicos Sci-fi
Em um futuro não muito distante, uma missão de investigação do planeta chamado Aura, lança duas naves no espaço, Argos e Galliot. Ao chegarem à superfície de um planeta desconhecido, a tripulação começa a lutar uns contra os outros sem entenderem o motivo, tendo então que descobrir o que há nesse planeta. Para conseguir mesclar miniaturas e atores reais, o diretor Mario Bava utilizou o Schüfftan Process, que consiste na utilização de um espelho específico para criar a ilusão dos atores interagindo com as miniaturas. Há um conceito imagético no filme visivelmente influenciado pela estética psicodélica da época. A composição que o diretor Mario Bava cria é surpreendente, o uso proeminente do vermelho e do roxo junto com os uniformes dos tripulantes das naves formam uma atmosfera lisérgica interessante, com os personagens em momentos nos quais perdem o controle psíquico, o que provoca misteriosas crises de esquecimento. O filme é estruturado por um clima que causa no espectador a sensação de que algo pode ocorrer a qualquer instante. Bava é mestre do horror e tem como marca a construção de uma ambiência que sustenta pela construção da mise-en-scène: um cenário sempre executado de forma impecável, fora sua concepção de fotografia encorpada, com uma palheta de cores muito detalhista (sua marca como fotógrafo exemplar que também era) e a maneira precisa na qual situava os atores no cenário, e um tom uniforme que conseguia na presença deles em cena. Destaque para a presença no elenco da bela Norma Bengell. Na época, Bengell vivia um momento marcante em sua trajetória
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DEFINA: Spaghetti western, Faroeste Espaguete, Faroeste Macarrônico, Bang-bang à Italiana qualquer um desses é apenas um modo de dizer que o filme de faroeste foi uma produção italiana, geralmente das décadas de 1960 e 1970.
profissional ao conseguir emplacar uma carreira internacional. O sucesso não veio ao acaso, mas em grande parte pela repercussão da Palma de Ouro no Festival de Cannes do filme O pagador de promessas (1962), de Anselmo Duarte, também indicado ao Oscar em 1963 de Melhor Filme Estrangeiro. Norma fez filmes na Itália e na França, com diretores como o neorrealista
Alberto Lattuada e Sergio Corbucci, um dos grandes do Faroeste Espaguete
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Um dos mais expressivos acontecimentos dessa década foi o fim da Guerra do Vietnã, que ficou conhecida como a guerra que os norte-americanos não venceram. O fim melancólico em 1975 trouxe sérias consequências para os Estados Unidos, que saíram seriamente abatidos depois da derrota no
DEFINA: O Caso Watergate ocorreu durante as eleições para a reeleição de Nixon em 1972, quando a Sede Nacional do Partido Democrata foi invadida para colocação de escutas telefônicas. A sede ficava em Washington, no Complexo Watergate, e a derrocada de Nixon aconteceu quando se descobriu que a invasão teve a anuência do então presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos, que obrigou Nixon a divulgar as gravações que provavam seu comando na invasão à Sede do Partido Democrata. Dois anos depois, em 1974, Nixon teve que renunciar, antes de ser cassado, e novas eleições foram realizadas, com a vitória de Jimmy Carter, do Partido Democrata.
conflito. A crise política norte-americana chega ao seu auge no Caso Watergate, em TESTE SEUS CONHECIMENTOS:
1972, envolvendo o então presidente Richard
Correlacione a coluna da data/personagem com seu respectivo evento ocorrido na década de 1970.
Nixon, que renunciou antes do término de
1. 11 de setembro de 1973/Augusto Pinochet 2. 25 de abril de 1974/António de Oliveira Salazar 3. 11 de novembro de 1975/MPLA e UNITA 4. 13 de abril de 1975/ Rafik Hariri
de 1970, os conflitos frutos da Guerra Fria se
a. Revolução dos Cravos em Portugal b. Guerra civil libanesa c. Golpe militar no Chile d. Guerra civil Angolana
seu segundo mandato, em 1974. Na década regionalizam mais do que nunca e pipocam pelo mundo na forma de golpes militares e revoluções. No campo da tecnologia, vários acontecimentos impactam o mundo e marcam a década.
TESTE SEUS CONHECIMENTOS O que é verdadeiro sobre as revoluções tecnológicas da década de 1970? ( ) 1971 – A Intel lançou o primeiro microprocessador do mundo, o Intel 4004. ( ) 1972 – Lançado o Odyssey, primeiro videogame do mundo. ( ) 1973 – Lançamento da TV em cores no Brasil. ( ) 1974 – O homem foi à lua. ( ) 1975 – A missão espacial Viking I foi lançada ao planeta Marte. ( ) 1976 – Fundação da Apple. ( ) 1979 – Fundação da Microsoft.
RESPOSTAS 1: 1. c.; 2. a.; 3. d.; 4. b. RESPOSTAS 2: ( v ) 1971 – A Intel lançou o primeiro microprocessador do mundo, o Intel 4004./ ( v ) 1972 – Lançado o Odyssey, primeiro videogame do mundo. / ( f ) 1973 – Lançamento da TV em cores no Brasil. / ( f ) 1974 – O homem foi à lua. / ( v ) 1975 – A missão espacial Viking I foi lançada ao planeta Marte. / ( v ) 1976 – Fundação da Apple. / ( f ) 1979 – Fundação da Microsoft. «
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Fuga no 23 sécul’so run Logan
No século 23, a população tem uma idade limite para viver: 30 anos, idade estipulada por computadores para manter o controle demográfico. O policial Logan é designado para encontrar o “santuário”, local onde os fugitivos se escondem. Ele está próximo de completar os 30 anos e começa a questionar as regras do sistema. O filme Fuga no século 23 traz reflexões claras a respeito da sociedade norte-americana daquele momento. A informática dava seus primeiros passos, e a automação da sociedade criava sérias dúvidas a respeito do futuro. As drogas ganharam o mundo, e a necessidade de fugir do presente era cada vez mais evidente. Projeções para o futuro da humanidade eram feitas incessantemente, e as drogas serviam para ajudar nessas previsões. No filme, as pessoas deveriam morrer aos 30 anos, uma clara referência aos jovens artistas que morreram de overdose na década de 1970, geralmente aos 27 anos. Essa sociedade distópica, supostamente do futuro, presente na fita nada mais é que uma parábola de um mundo atual que almeja planificação, corpos disciplinados e ordenados, totalmente pacificados pela ideologia dominante, que impera quase sem contestação. Tanto que a descoberta que se faz no futuro é a do nosso tempo, do quanto fracassamos na nossa tarefa de TESTE SEUS CONHECIMENTOS harmonização social. Parece que os Há muitas lendas sobre o conhecido Clube dos 27, isto é, grupo de artistas que morreram padrões estabelecidos pelos donos aos 27 anos, principalmente músicos de rock do poder não podem ser alterados, e blues. Na década de 1970, tivemos muitas pois confirmam o sucesso das perdas, boa parte em razão do abuso de drogas. Você é capaz de identificar os nomes gerações anteriores. Fuga no século dos artistas a seguir que nos deixaram entre 23 vende a ideia dos donos do 1969 e 1980? poder de que a tecnologia seria uma ferramenta eugênica, capaz de trazer uma indelével felicidade à sociedade, em que a palavra morte é substituída por renovação. a
b
c
RESPOSTAS: a. Jim Morrisson; b. Janis Joplin; c. Jimi Hendrix. «
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Fuga no 23 sécul’so run Logan
Nota-se como o uso de uma música eletrônica, composta por Jerry Goldsmith, ajuda a criar a ambiência de futuro, assim como a fotografia de cores bem delineadas e realistas de Ernest Laszlo colaboram para dar veracidade à história. Já a direção de arte se esmera em construir uma sociedade que, apesar de situada fora do nosso tempo, realça o aspecto de limpidez da época retratada, com o excesso de tons pastéis nos cenários e o uso dos vidros e espelhos, em contraste com as roupas coloridas usadas pelos humanos. O filme também trabalha as práticas ritualísticas da sociedade futurista, como a cerimônia do Carrossel, na qual as pessoas que atingiram a idade-limite são sacrificadas. Rituais modernos, chamados de renovação, que apesar de toda a pirotecnia envolvida, mais se assemelham aos espetáculos realizados nos coliseus romanos. Interessante reparar como os filmes mais contestadores desta mostra são os da década de 1970 e 1980, muito como reflexo dos movimentos de contestação que afloraram no final dos anos 1960, inclusive na estética da época. Fuga no século 23 talvez seja o filme mais ousado em sua representação de um futuro como expressão do presente. Trabalha com uma suposta sociedade utópica que se sustenta por uma farsa, pois nada mais é que uma bolha artificial criada com a finalidade de se isolar de um mundo hostil, mas que acaba se mostrando tão hostil quanto o antigo.
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A decadência da era psicodélica ocorre em meados da década de 1970, quando as drogas sintéticas começam a se propagar nos Estados Unidos, em especial a cocaína, que, por sua vez, marcou a década de 1980 e a chegada dos yuppies TESTE SEUS CONHECIMENTOS desejosos de ascensão social. Visualmente os yuppies No cenário político do Brasil, a eram engravatados, bem-sucedidos e seu estilo de década de 1980 ainda estava vida era calcado nos valores do mercado financeiro. marcada pela Ditadura Militar, que mostrava sinais de enfraquecimenA fluidez, a aceleração, o estilo volúvel das grandes to. Quais foram os presidentes que corporações econômicas passaram a dar o tom, efetivamente governaram o país inclusive nas artes, com o estilo pós-moderno. nessa época? Médici Itamar Figueiredo Tancredo Sarney
A década de 1980 foi marcada pelo governo de Ronald Reagan (1981-1989), cuja política externa marcou os últimos anos da Guerra Fria (1991), uma estratégia para deter a influência soviética no mundo. Os Estados Unidos colaboraram sistematicamente com grupos mercenários que lutavam contra os governos de esquerda na África (Angola e Moçambique), Ásia (Camboja e Afeganistão) e América Latina (El Salvador, Granada e Nicarágua), além do apoio aos movimentos que combatiam o regime socialista no leste europeu. A série de filmes Rambo, com Sylvester Stallone, foi um dos marcos da Era Reagan – os três primeiros filmes (1982, 1984 e 1988). Nenhum outro filme representou tão exemplarmente sua política externa. Rambo é um ex-combatente do Vietnã que enfrenta soviéticos, afegãos e outros “inimigos”. Ele representa a força do combatente norte-americano, determinado na sua luta pela justiça a ser feita sempre pela força. Por outro lado, o muro de Berlim tinha 156 quilômetros de extensão e cerca de 300 torres militares para observação do movimento nos arredores. Fora isso, era protegido por cães policiais e cercas eletrificadas. Da mesma forma que foi o símbolo do começo da Guerra Fria, também foi ícone do seu fim. Nos últimos anos da década de 1980, a URSS entrou em colapso, e diversas manifestações começam a surgir nas duas partes da Alemanha, reivindicando a destruição do muro de Berlim. Naquele mesmo ano, populares portando marretas e outras ferramentas derrubaram o muro em um protesto televisionado para o mundo todo. Com a queda da barreira geográfica, iniciou-se um processo que terminou na reunificação da Alemanha, em outubro de 1990.
RESPOSTAS: c; e.
a. b. c. d. e.
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Eles vivem They live
Um trabalhador braçal chega a Los Angeles e encontra um emprego em um edifício em construção. Em uma operação policial, parte do local onde mora é destruída, então ele encontra uns óculos escuros aparentemente comuns, mas ao usá-los consegue enxergar alienígenas disfarçados de seres humanos e as mensagens subliminares que eles transmitem através da mídia. De maneira crítica, Eles vivem retrata o papel da mídia, em especial o caráter incisivamente ideológico assumido nos noticiários e filmes da década de 1980, salientando a massificação da informação por meio da televisão e da indústria cultural. Durante todo o período da Guerra Fria, a guerra da informação foi o sustentáculo dos sistemas políticos, que investiram exagerados recursos financeiros de modo que a informação chegasse sistematicamente à população em geral. O poder econômico capitalista se concentrou em grandes holdings, com empresas mais fortes controlando outras. Esse conglomerado de empresas se configuram de forma impessoal e se institui como DEFINA: Holding é uma Sociedade Anônima, uma extraordinária forma de os empresa que possui subalternos não saberem quem exerce o comando. como atividade principal a participação acionária
Seguindo essa tendência, os canais de televisão majoritária em uma ou foram organizados em grandes redes corporativas mais empresas. Trata-se de uma empresa que comandam todas as instâncias da informação, do que possui a maioria das jornal impresso ao canal a cabo, passando pelo canal ações de outras empresas aberto e a internet. Essas corporações da informação se e que detém o controle de sua administração e associaram por sua vez a empresas igualmente grandes políticas empresariais. e fortes economicamente, formando grupos gigantescos que extrapolaram a noção de territorialidade e passaram a se desenvolver no plano internacional, globalizando suas ações e mercado. Os interesses políticos desses megaempresários os tornaram muito poderosos.
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Eles vivem They live
Eles vivem propõe uma reflexão sobre o poder das comunicações na vida das pessoas, nos faz pensar sobre nosso cotidiano aparentemente frugal, associando os interesses do poder econômico privado, que nos induz ao consumismo voraz e predatório, à política de informação. Interessante notar como o artifício dos óculos escuros é tão potente no filme. O que eles representam no filme? Não seriam os tais óculos escuros o elemento que nos oblitera a visão? Vale lembrar também que o personagem de Roddy Piper , o protagonista, é um homem comum, o cidadão trabalhador simples TALVEZ VOCÊ SAIBA DISSO... OU NÃO que vive apenas para trabalhar e construir as bases A atuação de Roddy Piper foi muito da nação norte-americana. Ele representa a todos criticada, mas a escolha de Carpenter não tinha a ver com seu talento. nós que, imersos no mundo do trabalho, somos Piper era um homem comum que envolvidos pela sedução do consumo, vendidos alçou a fama com os programas de pelos detentores dos meios de informação, aliados às luta livre na TV como um dos vilões de aparência rude e imponência. corporações econômicas controladoras do mercado. Sua uma figura poderosa era a contradição que Carpenter queria explorar: apenas sua imagem, objeto central de sua crítica no filme.
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Clássicos Sci-fi
D L O N R JACK A 7/ 3/ 1 – 6 1 14/10/19
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Clássicos Sci-fi
1953
Girls in the Night
1953
The Glass Web
1953
A ameaça veio do espaço
1954
O monstro da lagoa negra
1955
A revanche do monstro
1955
Tarântula
1955
A caravana da morte
1956
Fora da lei
1956
Onde imperam as balas
1957
O incrível homem que encolheu
1957
Epílogo de uma sentença
1957
A soldo do diabo
1958
O monstro sanguinário
1958
A mensagem do planeta
1958
A força do amor
1958
Escola do vício
1959
Balas que não erram
1959
O rato que ruge
1961
Solteiro no paraíso
1964
Um assunto internacional
1964
Demônios na pista
1968
Uma casa como poucas
1974
Na mira do investigador
1974
Games Girls Play
1975
Boss Nigger
1975
Conspiração na Suíça
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Começou a carreira como ator na Inglaterra, de 1937 até 1939. Durante a Segunda Guerra Mundial trabalhou como assistente do importante documentarista britânico Robert Flaherty. Depois de dirigir por dez anos alguns documentários, na década de 1950, começou a dirigir filmes de ficção-científica e horror. Seu primeiro êxito foi o clássico A ameaça que veio do espaço (1953), mas outros vieram sequencialmente, como O monstro da lagoa negra (1954), Tarântula (1955) e sua obra de maior renome, O incrível homem que encolheu (1957), sendo reconhecido como um das maiores referências do gênero. Trabalhou em uma comédia com o astro britânico Peter Sellers, O rato que ruge (1959). Nos anos 1960, sua carreira declinou, realizou outras comédias, mas sem conseguir manter a inspiração. Em paralelo ao cinema, ainda na década de 1950, trabalhou ostensivamente em séries televisivas de ficção-científica e de comédias como a tradicional A família Sol-Lá-Si-Dó. Seu último trabalho foi Marilyn, sonhos e realidades, de (1980), feito para tevê. Morreu aos 75 anos, vítima de arteriosclerose.
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Clássicos Sci-fi
LCOX I W . FRED M – 23 7 0 9 1 22/12/
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Clássicos Sci-fi
1938
Joaquin Murrieta
1943
A volta de Lassie
1946
A coragem de Lassie
1948
Three Daring Daughters
1948
Hills of Home
1949
O jardim secreto
1952
Shadow in the Sky
1953
Code Two
1954
Tennessee Champ
1956
O planeta proibido
1960
I Passed for White
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Diretor norte-americano trabalhou para a MGM (Metro-GoldwynMayer) quase toda a sua carreira. Começou na empresa na área de marketing, passando para a função de assistente de direção do consagrado diretor King Vidor. O que chama a atenção na carreira de Wilcox é a diversidade de gêneros em que trabalhou. Wilcox foi, sem dúvida, um típico diretor dos estúdios de Hollywood, extremamente versátil e disposto a dirigir filmes independentemente do projeto. Nesse contexto, realizou filmes como O planeta proibido (1956), considerado um dos grandes clássicos sci-fi da história; o musical e filme de família A volta de Lassie (1943), que devido ao grande sucesso de público mereceu duas continuações: A coragem de Lassie (1946) e Hills of home (1948). Destacou-se como um hábil diretor de atores-mirins, o que pode ser ratificado em sua versão cinematográfica para o clássico da literatura O jardim secreto (1949). Depois de deixar a MGM, em 1957, tendo realizado depois apenas mais um filme em 1960 (I passed white, um drama sobre miscigenação, no qual fez o roteiro, produziu e dirigiu). Esse filme marca a estreia no cinema do hoje consagrado compositor John Williams.
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Clássicos Sci-fi
VA A B O I MAR 7/4 2 – 4 1 31/7/19
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Clássicos Sci-fi
O planeta dos vampiros
1946
L’orecchio
1947
Santa notte
1966
Ringo del Nebraska (Não
1947
Legenda sinfonica
creditado)
1947
Anfiteatro Flavio
1966
Os punhais do vingador
1949
Variazioni sinfoniche
1966
O ciclo de pavor
1954
Ulisses (Não creditado)
1966
Le spie vengono dal semi
1956
I vampiri (Não creditado)
freddo
1959
Caltiki, o monstro imortal
1968
Perigo: Diabolik
(Não creditado)
1968
L’odissea (minisérie de tevê;
1959
O gigante da maratona
episódio: “Polifemo”)
(Não creditado)
1960
A maldição do demônio
1960
Esther e o rei
1961
O último dos vikings (Não
1965
1970
Bambole per la luna
d’agosto
1970
Il rosso segno della follia
1970
Roy Colt e Winchester Jack
creditado)
1971
Reazione a catena
1961
As maravilhas de Aladim
1972
Gli orrori del castello di
1961
Hércules no centro da terra
Norimberga
1961
A vingança dos vikings
1972
Quante volte... quella notte
1963
Olhos diabólicos
1974
Lisa e il diavolo (como
1963
As três máscaras do terror
Mickey Lion)
1963
Drácula, o vampiro (como
1974
Cani arrabbiati
John M. Old)
1977
Schock
1964
Sei donne per l’assassino
1979
La Venere d’Ille (para a tevê)
1964
La strada per Forte Ala
mo (como John M. Old)
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Considerado um dos maiores realizadores do cinema fantástico italiano ao lado de Dario Argento e Lucio Fulci, Mario Bava conheceu tanto o sucesso de bilheteria com filmes comerciais quanto o fracasso com obras de vanguarda. Apelidado de “maestro do macabro”, Bava fez jus ao título por saber mesclar elementos tão díspares quanto horror gótico, violência urbana, sombras, paletas variadas de cores, sugestão e exposição de forma tão incisiva e inovadora que vários de seus filmes tiveram grande importância na cultura pop, como a violência de Banho de sangue ter influenciado na série Sextafeira 13; a riqueza da atmosfera de Planeta dos vampiros ter sido base para Alien – o oitavo passageiro; e A máscara do demônio ser referência visual para a maioria dos filmes de Tim Burton. Seus exercícios de construção de estilo e de atmosfera são alguns dos mais definitivos já feitos no cinema de gênero. Mario Bava morreu em Roma devido a um ataque cardíaco, em 25 de abril de 1980, aos 65 anos, dias após um check-up médico revelar que estava em perfeita saúde.
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Clássicos Sci-fi
JOS
Y E S O L EPH
2/ 6 2 – 9 0 14/1/19
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Clássicos Sci-fi
1945
A Gun in His Hand
1947
Leben des Galilei
1948
O menino dos cabelos verdes
1950
Intolerância
1951
O cúmplice das sombras
1951
M
1951
The Big Night
1954
A fera adormecida
1955
A Man on the Beach
1956
The Intimate Stranger
1957
Tempo impiedoso
1958
A cigana vermelha
1959
First on the Road
1959
Encontro fatal
1960
The Criminal
1962
Eva
1963
Os malditos
1963
O criado
1964
King & Country
1966
A mulher detective
1967
O acidente
1968
Choque!
1968
Cerimônia secreta
1970
Dois vultos na paisagem
1970
O mensageiro
1972
O assassinato de Trotsky
1973
A casa da boneca
1975
Galileo
1975
A inglesa romântica
1976
Um homem na sombra
1978
As estradas do sul
1979
Don Giovanni
1982
Uma estranha mulher
1985
Confidências na sauna
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Sesc | Serviço Social do Comércio
Sua carreira começou com o curta-metragem A Gun in his Hand, em 1945, e três anos depois fez seu primeiro longametragem, O menino dos cabelos verdes (1948), uma obra de vigoroso apelo antibelicista e antirracial. Quatro filmes depois, a carreira do norte-americano Losey é bruscamente interrompida, no início da década de 1950, pela ação do macarthismo, que incluiu seu nome na lista negra de Hollywood. Impedido de trabalhar, ele se mudou para Inglaterra. Abriu-se, assim, um novo período na vida e na carreira do diretor, marcado por grandes dificuldades nos primeiros anos. Mesmo distante dos Estados Unidos, foi obrigado a usar um pseudônimo nos filmes que dirigiu, ou pior, sofreu o constrangimento de vê-los assinados por um “testa de ferro”. Foi com o a estreia de O criado, em 1963, que Losey se fez conhecido internacionalmente e foi também a primeira de suas realizações britânicas que conseguiu alcançar popularidade nos Estados Unidos. Seu filme O mensageiro (1971), com Julie Cristhie e Alan Bates, ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Com Um homem na sombra, estrelado por Alain Delon e Jeanne Moreau, conquistou o prêmio francês César como Melhor Filme e Melhor Diretor.
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Clássicos Sci-fi
SON R E D N MICHAEL A 19 30/1/
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Sesc | Serviço Social do Comércio
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Clássicos Sci-fi
1949
Private Angelo
1950
Waterfront Women
1951
Hell Is Sold Out
1951
Night Was Our Friend
1953
Will Any Gentleman...?
1953
The House of the Arrow
1955
The Dam Busters
1956
1984
1956
A volta ao mundo em 80 dias
1957
Yangtse Incident
1958
Chase a Crooked Shadow
1959
Shake Hands with the Devil
1959
The Wreck of the Mary Deare
1960
All the Fine Young Cannibals
1961
The Naked Edge
1964
Flight from Ashiya
1964
Wild and Wonderful
1965
Operation Crossbow
1966
The Quiller Memorandum
1968
The Shoes of the Fisherman
1972
Pope Joan
1975
Doc Savage: The Man of Bronze
1975
Conduct Unbecoming
1976
Fuga do século 23
1977
Orca
1978
Dominique
1982
Murder by Phone
1984
Second Time Lucky
1986
Separate Vacations
1989
The Jeweller’s Shop
1989
Millennium
1998
Summer of the Monkeys
1999
As novas aventuras de Pinóquio
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Anderson provém de uma família dedicada ao teatro. Seus pais foram os atores Lawrence e Beatrice Anderson. Sua tia-avó era Mary Anderson, a primeira atriz shakespeariana dos Estados Unidos (em Louisville há um teatro com seu nome). Depois de servir na Segunda Guerra Mundial, Anderson iniciou sua carreira em filmes britânicos. Tornou-se diretor em 1949, quando dirigiu seu primeiro sucesso, o filme de guerra The Dam Busters — cujos efeitos especiais são frequentemente citados como inspiração para a saga Star Wars. Em 1956, dirigiu a primeira adaptação para o cinema de 1984, de George Orwell, e também A volta ao mundo em 80 dias, por cuja direção foi indicado ao Oscar da Academia e ao Golden Globe. Em 1968, dirigiu Anthony Quinn, Laurence Olivier e John Gielgud em As sandálias do pescador. Mudou-se para Hollywood, onde dirigiu dois filmes de ficção científica, Doc Savage: The Man of Bronze (1975) e Fuga do século 23 (1976). Este último grande sucesso de bilheteria, que serviu para alavancar outros filmes distribuídos pela Metro-Goldwyn-Mayer e se tornou um filme cult. Anderson também dirigiu Orca (1977), para depois se dedicar às minisséries, como The Martian Chronicles (1980), Sword of Gideon (1986) e Young Catherine (1991). Em 1988, dirigiu Bottega dell’orefice, inspirado na peça de teatro escrita por Karol Wojtyla (o papa João Paulo II), em 1960. Sua filmografia de diretor inclui ainda All the Fine Young Cannibals (1960), Flight from Ashiya (1964), The Quiller Memorandum (1966), Yangtse Incident (1957) e Conduct Unbecoming (1975). Hoje, quase centenário, Michael Anderson é atualmente o mais idoso diretor vivo a ter sido indicado ao Oscar de Melhor Diretor.
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Clássicos Sci-fi
JOHN
R E T N E P CAR 9 16/1/1
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1974
Dark Star
1976
Assault on Precinct 13
1978
Os olhos de Laura Mars (como roteirista)
1978
Halloween
1978
Someone’s Watching Me!
1979
Elvis
1980
The Fog
1981
Escape from New York
1982
O enigma de outro mundo
1983
Christine
1984
Starman
1986
Big Trouble in Little China
1987
Prince of Darkness
1988
Eles vivem
1992
Memoirs of an Invisible Man
1993
Body Bags
1995
Village of The Damned
1995
In the Mouth of Madness
1996
Fuga de Los Angeles
1998
Vampiros
2001
Ghosts of Mars
2011
The Ward
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Desde a infância, foi fascinado por filmes, principalmente pelos westerns de Howard Hawks e John Ford, bem como por filmes de terror e ficção científica de baixo orçamento dos anos 1950, como O planeta proibido e The Thing from Another World, filmando filmes curtos de horror, antes mesmo de entrar no ensino médio. Estudou na Universidade do Oeste de Kentucky, onde seu pai presidia o departamento de música, transferindo-se depois para a Escola de Artes Cinematográficas da Universidade do Sul da Califórnia, em 1968, graduando-se em 1971. Apesar de Carpenter ter trabalhado em vários gêneros, está mais associado aos filmes de horror e de ficção científica dos anos de 1970 e 1980. Grande parte de seus foram fracassados, tanto crítica como comercialmente, exceto Halloween (1978), Escape from New York (1981) e Starman (1984). No entanto, muitos dos seus filmes de 1970 e de 1980 como Dark Star (1974), Assault on Precinct 13 (1976), The Fog (1980), O enigma de outro mundo (1982), Christine (1983), Big Trouble in Little China (1986), Prince of Darkness (1987) e Eles vivem (1988), que se tornaram clássicos Cult. Seus filmes são caracterizados por luminosidade e fotografia minimalistas e utilização de câmeras estáticas. Distintas composições sintetizadas são normalmente usadas, sendo compostas por ele mesmo. John Carpenter descreve-se como influenciado por Howard Hawks, Alfred Hitchcock e The Twilight Zone.
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Clássicos Sci-fi
REFERÃ&#x160;NCIAS
CARNEIRO, G.; BRITO, F.; PRIMATI, C. Bate-papo Sci-fi. Bate papo realizado na Livraria Cultura de São Paulo no dia 08 de maio de 2015. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=SWtlqkwAiTQ>. Acesso em: 30 maio 2015.
DUFOUR, E. O cinema de ficção científica. Lisboa: Texto & Grafia, 2012.
L., Jéssica. Ficção científica e seus subgêneros. [S.l.]: Liga dos Betas, 2015. Disponível em: <http://ligadosbetas.blogspot.com.br/2015/08/ficcaocientifica-e-seus-subgeneros.html>. Acesso em: 30 maio 2016.
MARIO Bava. [S.l.]: Cine Café, 2011. Disponível em: <https://cinecafe. wordpress.com/diretores/mario-bava/>. Acesso em: 30 maio 2016.
PIRES NETO, J. O planeta dos vampiros. [S.l.]: Boca do Inferno, 2011. Disponível em: <http://bocadoinferno.com.br/críticas/2011/07/planetados-vampiros-1965/>. Acesso em: 30 maio 2016.
O QUE é distopia? [S.l.]: Oquee, [20--?]. Disponível em: <http://oquee. com/distopia/>. Acesso em: 30 maio 2016.
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